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FUNDO DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS LEASETOTTA N.º 1, FTC FUNDO N.º 1169 REGULAMENTO DE GESTÃO

FUNDO DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS LEASETOTTA N. 1, FTC · Fundo, 1.300.000.000 (mil e trezentos milhões) de Unidades. 5. Novas Unidades. Poderão ser emitidas novas Unidades

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FUNDO DE TITULARIZAÇÃO DE CRÉDITOS

LEASETOTTA N.º 1, FTC

FUNDO N.º 1169

REGULAMENTO DE GESTÃO

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ÍNDICE

Artigo 1.º .......................................................................................................................... 4

(Definições) ...................................................................................................................... 4

Artigo 2.º .......................................................................................................................... 9

(Noção) ............................................................................................................................. 9

Artigo 3.º ........................................................................................................................ 10

(Objectivo) ..................................................................................................................... 10

Artigo 4.º ........................................................................................................................ 10

(Política de investimento) ............................................................................................. 10

Artigo 5.º ........................................................................................................................ 12

(Características dos Créditos) ...................................................................................... 12

Artigo 6.º ........................................................................................................................ 19

(Comissões, despesas e encargos do Fundo) ............................................................... 19

Artigo 7.º ........................................................................................................................ 20

(Subscrição) ................................................................................................................... 20

Artigo 8.º ........................................................................................................................ 20

(Administração do Fundo) ........................................................................................... 20

Artigo 9.º ........................................................................................................................ 21

(Funções da Sociedade Gestora) .................................................................................. 21

Artigo 10.º ...................................................................................................................... 22

(Custódia dos valores do Fundo) ................................................................................. 22

Artigo 11.º ...................................................................................................................... 23

(Funções do Depositário) .............................................................................................. 23

Artigo 12.º ...................................................................................................................... 24

(Responsabilidade da Sociedade Gestora e do Depositário) ..................................... 24

Artigo 13.º ...................................................................................................................... 24

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(Gestão dos Créditos) .................................................................................................... 24

Artigo 14.º ...................................................................................................................... 24

(Detentores) ................................................................................................................... 24

Artigo 15.º ...................................................................................................................... 25

(Cálculo dos valores a pagar aos Detentores) ............................................................. 25

Artigo 16.º ...................................................................................................................... 27

(Contas do Fundo) ......................................................................................................... 27

Artigo 17.º ...................................................................................................................... 27

(Liquidação e partilha) ................................................................................................. 27

Artigo 18.º ...................................................................................................................... 29

(Regulamento de gestão) ............................................................................................... 29

Artigo 19.º ...................................................................................................................... 30

(Jurisdição) .................................................................................................................... 30

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Artigo 1.º

(Definições)

1. Definições. Neste regulamento de gestão, e salvo se do contexto claramente

decorrer sentido diferente, os termos abaixo indicados, quando expressos ou

iniciados por maiúsculas, terão o significado que a seguir lhes é apontado:

Cedente

(“Originator/Seller”): o Totta - Crédito Especializado Instituição

Financeira de Crédito, S.A., instituição de

crédito com sede em Lisboa, na Rua da

Mesquita, n.º 6;

CMVM: Comissão do Mercado de Valores Mobiliários;

Conta do Fundo

(“Fund Account”): a conta aberta em nome do Fundo junto do

Deutsche Bank AG, London Branch, na qual são

depositadas as cobranças relativas aos Créditos;

Contrato de

Cessão de Créditos

(“Receivables Sale

Agreement”): o contrato de cessão dos Créditos para efeitos de

titularização, celebrado em 20 de Abril de 2009

entre o Cedente e o Fundo, representado pela

Sociedade Gestora;

Contratos de Locação

Financeira ou Aluguer

de Longa Duração

(“Receivables Contracts”): cada um dos contratos de locação financeira

mobiliária ou imobiliária e de aluguer de longa

duração, do qual resultam os Créditos, celebrado

entre o Cedente e cada um dos Devedores, e os

demais acordos e documentos relacionados;

Contrato de

Gestão de Créditos

(“Receivables Servicing

Agreement”): o contrato de gestão dos Créditos, celebrado em

20 de Abril de 2009 entre o Gestor dos Créditos

e o Fundo, representado pela Sociedade Gestora;

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5

Contrato de Prestação de

Serviços de Depositário

(“Custodian Agreement”): o contrato de prestação de serviços de

depositário celebrado em 20 de Abril de 2009

entre a Sociedade Gestora e o Depositário;

Créditos

(“Receivables”): os créditos emergentes de Contratos de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração,

adquiridos pelo Fundo ao Cedente nos termos do

Contrato de Cessão de Créditos, de acordo com o

presente regulamento de gestão;

Crédito Excluído

(“Written-off Receivable”): qualquer Crédito em relação ao qual, em

qualquer momento:

(i) não tenham sido pagas na respectiva data

de vencimento e não se encontrem ainda

pagas 18 ou mais prestações mensais ou 6

ou mais prestações trimestrais ou 3 ou mais

prestações semestrais, conforme aplicável;

ou

(ii) tenham sido iniciados procedimentos

executivos contra o respectivo Devedor

para recuperação de montantes em dívida

ao abrigo de Contratos de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração

ou tenham sido iniciados procedimentos

pelo respectivo Devedor ou contra si com

vista à sua declaração de falência ou

insolvência, em particular procedimentos

contra o respectivo Devedor ao abrigo do

Decreto-lei n.º 30689, de 27 de Agosto de

1940, Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de

Dezembro e/ou (se aplicável) ao abrigo do

Código da Insolvência e Recuperação de

Empresas, aprovado pelo Decreto-lei n.º

53/2004, de 18 de Março, ou quaisquer leis

ou regulamentos que possam no futuro

alterá-los, conforme aplicável; ou

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6

(iii) tenham sido recebidos montantes

resultantes da execução das garantias

associadas, incluindo montantes

decorrentes da venda ou disposição de bens

objecto de Contratos de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração

ou execução de garantias prestadas pelo

Devedor ou por outra entidade directa ou

indirectamente responsável pelo

cumprimento das obrigações

correspondentes a esse Crédito; ou

(iv) tenha sido atribuída, pelo Cedente ou pelo

Gestor dos Créditos, a qualificação de

Crédito Excluído;

Data de Cálculo

(“Calculation Date”): para cada período relevante, o último Dia Útil do

mês de acordo com o calendário TARGET 2 que

acabe antes de cada Dia de Pagamento de Juros

(cada um desses dias, “Interest Payment Date”);

Data de Constituição

do Fundo

(“Closing Date”): 20 de Abril de 2009;

Data de Pagamento

(“Fund Distribution Date”): cada uma das datas em que, nos termos previstos

no art. 15.º, n.º 1, deva ser efectuado pelo Fundo

um pagamento aos Detentores;

Data de Cálculo do

Portfolio Inicial

(“Initial Portfolio

Calculation Date”): 2 de Janeiro de 2009;

Data de Cálculo de

Portfolios Subsequentes

(“Subsequent Portfolio

Calculation Dates”): a data em que, durante o Período Adicional, for

calculado o portfolio de Créditos a ceder ao

Fundo nos termos previstos no Contrato de

Cessão de Créditos;

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7

Depositário

(“Custodian”): o Banco Santander Totta, S.A., instituição de

crédito com sede em Lisboa, na Rua do Ouro, n.º

88;

Detentores

(“Unitholders”): as pessoas singulares ou colectivas ou outras

entidades jurídicas que, em cada momento,

sejam titulares das Unidades;

Devedor

(“Obligor”): com relação a cada Contrato de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração, o

respectivo locatário ou outra pessoa ou pessoas

que sejam responsáveis pelo cumprimento das

obrigações resultantes desse contrato, incluindo

qualquer garante;

Dia TARGET 2

(“Target 2 Day”): qualquer dia em que o TARGET 2 esteja aberto;

Dia Útil

(“Business Day”): com relação às Obrigações, qualquer Dia

TARGET 2 ou, se determinado Dia TARGET 2

não for um dia em que os bancos estejam abertos

ao público em Londres, o dia TARGET 2

imediatamente subsequente em que os bancos

estejam abertos ao público em Londres; para

quaisquer outros efeitos, qualquer dia em que os

bancos estejam abertos em Lisboa;

Fundo

(“Fund”): o Fundo de Titularização de Créditos Leasetotta

N.º 1, FTC;

Gestor dos Créditos

(“Servicer”): o Totta – Crédito Especializado Instituição

Financeira de Crédito, S.A., instituição de

crédito com sede em Lisboa, na Rua da

Mesquita, n.º 6;

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Lei de Titularização

de Créditos

(“Securitisation Law”): o Decreto-lei n.º 453/99, de 5 de Novembro,

conforme alterado pelo Decreto-lei n.º 82/2002,

de 5 de Abril, pelo Decreto-lei n.º 303/2003, de 5

de Dezembro, pelo Decreto-lei n.º 52/2006, de

15 de Março e pelo Decreto-lei n.º 211-A/2008,

de 3 de Novembro;

Obrigações

(“Notes”): as Notes emitidas pelo Leasetotta No. 1 Limited;

Período Adicional

(“Revolving Period”): significa o período com início na primeira Data

de Pagamento (inclusive) e fim na data em que

ocorra um Evento de Amortização Antecipada

(“Early Amortisation Event”) (exclusive) ou (ii)

(inclusive) em 15 de Outubro de 2010, consoante

a que primeiro ocorrer;

Período de Cálculo

(“Calculation Period”): significa o período com início numa Data de

Cálculo (inclusive) e fim na Data de Cálculo

seguinte (exclusive);

Prospecto

(“Prospectus”): o prospecto relativo à emissão das Obrigações;

Sociedade Gestora

(“Fund Manager”): a Navegator, Sociedade Gestora de Fundos de

Titularização de Créditos, S.A., com sede em

Lisboa, na Rua Castilho n.º 20;

TARGET 2: o sistema Trans-European Automated Real-time

Gross Settlement Express Transfer;

Unidades

(“Units”): as unidades de titularização de créditos em que

se encontra dividido o Fundo e que constituem

os valores mobiliários sob a forma escritural

emitidos por aquele na data da sua constituição

ou em data posterior;

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9

Valor Global de

Capital Não Reembolsado

(“Aggregate Principal

Outstanding Balance”): em relação a cada um dos Créditos Adquiridos

(“Purchased Receivables”), em qualquer

momento, o montante resultante da soma do

Valor de Capital Não Reembolsado (“Principal

Outstanding Balance”) de cada um Créditos

Adquiridos;

2. Interpretação. Neste regulamento:

(a) os termos supra definidos no singular poderão ser utilizados no plural,

e vice-versa, com a correspondente alteração do respectivo significado;

(b) as epígrafes dos artigos não constituem suporte da interpretação ou

integração deste regulamento, sendo incluídas por razões de mera

conveniência;

(c) os termos identificados entre aspas e em itálico têm, no presente

regulamento de gestão, o significado que lhes é atribuído no Contrato

de Cessão de Créditos, no Contrato de Gestão de Créditos ou no

Contrato de Prestação de Serviços de Depositário, conforme aplicável.

Artigo 2.º

(Noçã o)

1. Natureza. O Fundo é um património autónomo pertencente a um ou mais

Detentores ao abrigo do regime especial de comunhão regulado pela Lei de

Titularização de Créditos, não respondendo em caso algum pelas dívidas dos

Detentores, do Cedente, do Depositário, do Gestor dos Créditos ou da

Sociedade Gestora.

2. Prazo. O Fundo é constituído por um prazo de 30 anos, tendo a sua

constituição sido devidamente autorizada pelo Conselho Directivo da CMVM

mediante deliberação tomada em 16 de Abril de 2009.

3. Modalidade. O património do Fundo é variável, podendo o Fundo, nos termos

previstos no art. 10.º, n.º 2, da Lei da Titularização de Créditos e no presente

regulamento de gestão, adquirir novos Créditos e emitir Unidades adicionais.

4. Unidades. As quotas-partes dos Detentores são expressas em Unidades com o

valor nominal unitário de €1 (um Euro) e global de €1.300.000.000 (mil e

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trezentos milhões de Euros), tendo sido emitidas, na Data de Constituição do

Fundo, 1.300.000.000 (mil e trezentos milhões) de Unidades.

5. Novas Unidades. Poderão ser emitidas novas Unidades ao abrigo do disposto

no art. 10.º, n.º 2, al. (b) da Lei de Titularização de Créditos e no presente

regulamento até ao montante total máximo de 1.300.000.000 (mil e trezentos

milhões), as quais serão fungíveis entre si e com as Unidades emitidas na Data

de Constituição do Fundo ou durante o Período Adicional.

Artigo 3.º

(Objectivo)

1. Objectivo. O objectivo principal do Fundo é proporcionar aos Detentores o

acesso à carteira de Créditos adquiridos pelo Fundo, de acordo com a política

de investimento estabelecida no artigo seguinte.

2. Risco. Considerando a política de investimento referida no artigo 4.º, o risco

geral ao qual o Fundo se encontra exposto depende do risco associado aos

Créditos.

3. Solvabilidade, rentabilidade e cumprimento. A solvabilidade, rentabilidade e

cumprimento futuro dos Créditos integrados no Fundo não são garantidos ou

assegurados pelo Cedente, pela Sociedade Gestora, pelo Depositário ou pelo

Gestor dos Créditos.

Artigo 4.º

(Polí tica de investimento)

1. Linhas gerais. A política de investimento do Fundo baseia-se, na Data de

Constituição do Fundo, na aquisição ao Cedente dos Créditos, os quais reúnem

as características descritas no artigo 5.º e que correspondem às listadas em

maior detalhe no Contrato de Cessão de Créditos.

2. Valor contabilístico. A carteira dos Créditos tem na Data de Constituição do

Fundo um valor contabilístico não inferior a €1.300.000.000 (mil e trezentos

milhões de Euros).

3. Composição do património do Fundo. Os Créditos representarão, em cada

momento, pelo menos, 75% do activo do Fundo.

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4. Modificação dos activos a todo o tempo. O Fundo poderá sempre adquirir

novos créditos se os Créditos que, em cada momento, integrem o seu

património:

(a) forem objecto de reembolso antecipado; ou

(b) vierem a revelar vícios ocultos,

tendo o Cedente, nos termos previstos no Contrato de Cessão de Créditos, a

obrigação de readquirir os Créditos em causa e, em contrapartida, pagar ao

Fundo o correspondente valor de reaquisição ou ceder ao Fundo Créditos que

satisfaçam os critérios de elegibilidade descritos no artigo 5.º, n.º 4.

5. Modificação dos activos durante o Período Adicional. O Fundo poderá, em

qualquer Data de Pagamento compreendida no Período Adicional, sempre que

os montantes previstos no art. 15.º, n.º 3, al. (a) (i) do regulamento de gestão

estejam disponíveis para o efeito e a aquisição adicional de créditos tenha sido

proposta pelo Cedente nos termos do Contrato de Cessão de Créditos, adquirir

créditos até um montante total máximo de €1.300.000.000 que cumpram com

as características indicadas no art. 5.º, n.º 5 deste regulamento.

6. Substituição de Créditos. Excepcionalmente o Gestor dos Créditos poderá

acordar alterações aos Contratos de Locação Financeira ou Aluguer de Longa

Duração, contanto que:

(a) sejam alheias à solvência / situação financeira do Devedor em causa;

(b) sejam devidas a mudanças nas condições de mercado, nomeadamente,

alterações com impacto em condições relevantes dos contratos de

locação financeira ou aluguer de longa duração (incluindo taxas de

juro, prazos de vencimento, causas e/ou condições de reembolso ou

custos) ou no enquadramento legislativo ou regulatório aplicável ou o

reforço dos mecanismos de concorrência que careçam de acordo entre

o Cedente e o Devedor em causa;

(c) a substituição dos Créditos inerentes aos Contratos de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração alterados não implique

modificações no risco de crédito médio ponderado dos demais

Créditos; e

(d) o efeito de tal alteração não implique a aquisição pelo Cedente ou por

uma terceira parte de Créditos (que não sejam Créditos Excluídos) com

um Valor Global de Capital Não Reembolsado que exceda 10% (dez

por cento) do Valor Global de Capital Não Reembolsado na Data de

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Cálculo do Portfolio Inicial ou na Data de Cálculo do Portfolio

Subsequente (i) da carteira de Créditos inicial e (se aplicável) (ii) dos

Créditos adquiridos subsequentemente pelo Fundo, nos termos da

cláusula 2.1.2 do Contrato de Cessão de Créditos,

sendo que qualquer destes limites poderá ser a todo o tempo alterado se tal for

autorizado pelo Banco de Portugal e/ou se ocorrerem modificações legislativas

ou regulamentares que tal permitam, desde que a alteração em causa não tenha

impacto adverso para os Detentores.

7. Aquisição dos Créditos substituídos. O Cedente compromete-se, com sujeição

aos termos e limites do Contrato de Cessão de Créditos e do Contrato de

Gestão de Créditos, a readquirir ou a indicar um terceiro que adquirirá os

Créditos substituídos, podendo, nesta hipótese, substituir esses Créditos por

outros que satisfaçam os critérios de elegibilidade referidos no artigo 5.º, n.º 4,

bem como os demais requisitos aplicáveis por força do Contrato de Cessão de

Créditos.

8. Créditos vencidos. O Gestor dos Créditos poderá alienar créditos vencidos,

bem como realizar quaisquer outras operações sobre créditos vencidos ou

outro tipo de créditos detidos pelo Fundo nos termos em que as mesmas sejam

permitidas pela Lei de Titularização de Créditos.

Artigo 5.º

(Caracterí sticas dos Créditos)

1. Periodicidade dos pagamentos. A periodicidade dos pagamentos inerentes aos

Créditos, a realizar pelos respectivos Devedores, será mensal, trimestral ou

semestral relativamente a 100% do valor total dos Créditos.

2. Taxas de juro. Os contratos com base nos quais foram seleccionados os

Contratos de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração consagram, na

Data de Cálculo do Portfolio Inicial:

(a) uma taxa de juro variável indexada à Euribor 1 (um) mês com relação a

2.793 (dois mil setecentos e noventa e três) créditos, representando,

aproximadamente, 6,98% (seis vírgula noventa a oito por cento) da

totalidade dos créditos;

(b) uma taxa de juro variável indexada à Euribor 3 (três) meses com

relação a 26.510 (vinte e seis mil quinhentos e dez) créditos,

representando, aproximadamente, 66,22% (sessenta e seis vírgula vinte

e dois por cento) da totalidade dos créditos;

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(c) uma taxa de juro variável indexada à Euribor 6 (seis) meses com

relação a 8.822 (oito mil oitocentos e vinte e dois) créditos,

representando, aproximadamente, 22,04% (vinte e dois vírgula zero

quatro por cento) da totalidade dos créditos;

(d) uma taxa de juro variável indexada à Euribor 12 (doze) meses com

relação a 20 (vinte) créditos, representando, aproximadamente, 0,05%

(zero vírgula zero cinco por cento) da totalidade dos créditos; e

(e) outros regimes de taxa de juro com relação a 1.887 (mil oitocentos e

oitenta e sete) créditos, representando, aproximadamente, 4,71%

(quatro vírgula setenta e um por cento) da totalidade dos créditos,

sendo a média ponderada de 5,99% (cinco vírgula noventa e nove por cento), a

média simples de 6,55% (seis vírgula cinquenta e cinco por cento) e a taxa de

juro máxima de 17,30% (dezassete vírgula trinta por cento).

3. Outros indicadores. Os contratos com base nos quais foram seleccionados os

Contratos de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração consagram, na

Data de Cálculo do Portfolio Inicial:

(a) um montante total de crédito em dívida de €1,472,351,032.21 (mil

quatrocentos e setenta e dois milhões, trezentos e cinquenta e um mil e

trinta e dois euros e vinte e um cêntimos); e

(b) uma data de vencimento compreendida entre 10 de Janeiro de 2009 e

15 de Dezembro de 2038, sendo a data de vencimento média da

totalidade dos créditos 16 de Abril de 2012.

4. Critérios de elegibilidade. Os Créditos satisfazem, de forma cumulativa, os

seguintes critérios:

(a) Cada um dos Créditos decorrentes de Contrato de Locação Financeira

ou Aluguer de Longa Duração é um crédito elegível (tal como definido

no Contrato de Cessão de Créditos) desde que, na Data de Cálculo do

Portfolio Inicial, no caso da cessão realizada na Data de Constituição

do Fundo, ou nas Datas de Cálculo de Portfolio Subsequentes, no caso

de cessões realizadas durante o Período Adicional:

(i) o Crédito possa ser individualizado e identificado na data de

aquisição pelo Fundo e a todo o tempo daí em diante e seja

legal e integralmente detido pelo Cedente naquela data;

(ii) o Crédito seja reembolsável, inclua juros e seja originado no

âmbito do financiamento da aquisição ou locação de veículo,

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equipamento ou imóvel, exclusivamente de acordo com a

condução ordinária dos negócios do Cedente com os Devedores

elegíveis;

(iii) o Crédito seja denominado em Euros;

(iv) o Crédito seja devido por um “Devedor Elegível”;

(v) a data de vencimento da última prestação do Crédito ocorra

numa data até (inclusive) à data que corresponder ao trigésimo

sexto mês anterior a 15 de Janeiro de 2042;

(vi) o Crédito corresponda a uma obrigação incondicional e

irrevogável do Devedor em causa (e qualquer garante) de pagar

a totalidade do capital, juros e outros montantes devidos nas

respectivas datas de vencimento, sendo um Crédito passível de

cessão nos termos do artigo 587.º, n.º 1, do Código Civil;

(vii) as actuais datas de vencimento do Crédito não tenham sido

objecto de prorrogação face às datas de vencimento originais e

não tenha sido refinanciado ou renegociado, nem o respectivo

Contrato de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração

tenha sido substituído ou objecto de novação em virtude de

incumprimento pelo respectivo Devedor ou por outro motivo;

(viii) o Crédito não seja um Crédito Excluído ou um crédito em

situação de incumprimento;

(ix) o Crédito seja livremente transmissível através de cessão de

créditos a favor do Fundo nos termos da Lei de Titularização de

Créditos e do disposto no Contrato de Cessão de Créditos e no

Contrato de Gestão de Créditos;

(x) o Crédito seja livremente transmissível ao abrigo do respectivo

Contrato de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração;

(xi) o Crédito tenha sido originado de acordo com os procedimentos

normais de concessão de crédito desta natureza e de cobrança

aplicáveis pelo Cedente e contanto que nenhuma disposição do

Contrato de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração

tenha sido modificada em virtude de uma situação de

incumprimento por parte do Devedor;

(xii) o Crédito tenha sido criado com respeito pela legislação que lhe

é aplicável, não desrespeite a legislação portuguesa sobre

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crédito ao consumo, incluindo, nomeadamente, o Decreto-Lei

n.º 359/91, de 21 de Setembro e a Lei n.º 24/96, de 31 de Julho

(tais como alterados), e que cumpre os avisos e instruções do

Banco de Portugal aplicáveis;

(xiii) o Crédito tenha sido originado por um contrato em relação ao

qual nenhum dos seus registos, informação e dados do mesmo

constantes implica a criação, modificação ou manutenção de

bases de dados ou ficheiros informáticos ilegais nos termos e

para os efeitos da Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro; e todos os

consentimentos e autorizações exigidos ou que devam ser

mantidos pelo Cedente ou pelo Gestor dos Créditos a este

respeito foram obtidos e são válidos e eficazes;

(xiv) o Crédito não esteja sujeito a restrições que prejudiquem a sua

originação, execução ou cessão;

(xv) o Crédito seja legal e integralmente detido pelo Cedente e livre

de qualquer ónus criado a favor de terceiro (não estando sujeito,

no todo ou em parte, nomeadamente, a penhor, hipoteca ou

outra forma de oneração, apreensão ou limitação, nem tendo

sido transmitido por qualquer outra forma, pelo que se encontra

livre de quaisquer ónus ou encargos oponíveis ao Cedente ou ao

Fundo (incluindo quaisquer subsidiárias dos seus accionistas

e/ou subsidiárias do Cedente));

(xvi) o Crédito constitua uma obrigação legal, válida, vinculativa e

eficaz para o respectivo “Devedor Elegível” de pagamento de

todos os montantes devidos e vencidos ou que venham a tornar-

se devidos e vencidos, não estando sujeita a litígio,

compensação ou réplica ou ordem de penhora;

(xvii) o prazo de reembolso do Crédito até à data de maturidade não

exceda 360 (trezentos e sessenta) meses;

(xvii) o activo associado ao Crédito não se encontre em construção;

(xviii) o Crédito tenha sido aleatoriamente escolhido para ser cedido

ao Fundo ao abrigo do Contrato de Cessão de Créditos;

(xxi) o Crédito seja reembolsável em prestações mensais, trimestrais

ou semestrais;

(xxii) tenha sido paga, pelo menos, uma prestação relativa ao Crédito;

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(xxiv) o reembolso do Crédito seja realizado em prestações iguais nos

termos previstos no Contrato de Locação Financeira ou Aluguer

de Longa Duração respectivo, salvo no que respeita aos valores

residuais em Contratos de Locação Financeira;

(xxv) os valores cobrados com relação ao Crédito possam ser

atribuíveis ao dia útil em que sejam recebidos;

(xxvi) os pagamentos inerentes ao Crédito não possam ser diferidos

nos termos do respectivo Contrato de Locação Financeira ou

Aluguer de Longa Duração; e

(xxvii) relativamente ao qual os Testes de Portfolio estariam satisfeitos

relativamente à carteira de Créditos se esse Crédito fosse

adquirido na Data de Constituição do Fundo ou na data de

aquisição subsequente durante o Período Adicional, conforme

aplicável,

cada um de tais critérios devendo encontrar-se satisfeitos na data em

que tais Créditos sejam oferecidos e na data em que sejam adquiridos.

“Testes de Portfolio” significa o seguinte:

(i) o Valor Global de Capital Não Reembolsado devido por

Devedores residentes no mesmo distrito não seja superior

a 40% (quarenta por cento) do Valor Global de Capital

Não Reembolsado da totalidade dos Créditos;

(ii) o Valor Global de Capital Não Reembolsado devido por

Devedores residentes nos três distritos que revelam maior

concentração de Devedores não seja superior a 70%

(setenta por cento) do Valor Global de Capital Não

Reembolsado da totalidade dos Créditos;

(iii) nenhum Devedor seja responsável pelo pagamento de

mais de €15.510.000 (quinze milhões e quinhentos e dez

mil Euros) ou mais de 1,05% (um vírgula zero cinco por

cento) do Valor Global de Capital Não Reembolsado da

totalidade dos Créditos;

(iv) a soma do Valor Global de Capital Não Reembolsado dos

Créditos devidos pelos dez maiores Devedores perfaçam

mais de €76.000.000 (setenta e seis milhões de Euros) ou

mais de 4,84% (quatro vírgula oitenta e quatro por cento)

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do Valor Global de Capital Não Reembolsado dos

Créditos;

(v) a soma do Valor Global de Capital Não Reembolsado dos

Créditos de todos os Devedores que sejam Devedores de

mais de 0,40% (zero vírgula quarenta por cento) não seja

superior a 8% (oito por cento) do Valor Global de Capital

Não Reembolsado dos Créditos;

(vi) a soma do Valor Global de Capital Não Reembolsado dos

Créditos relativos a Devedores empresas não seja superior

a 86% (oitenta e seis por cento) do Valor Global de

Capital Não Reembolsado dos Créditos;

(v) a soma do Valor Global de Capital Não Reembolsado dos

Créditos relativos a clientes regulares não seja superior a

14% (catorze por cento) do Valor Global de Capital Não

Reembolsado dos Créditos;

(vi) o Valor Global de Capital Não Reembolsado no âmbito

de Contratos de Aluguer de Longa Duração não seja

inferior a 6 (seis) por cento do Valor Global de Capital

Não Reembolsado da totalidade dos Créditos adquiridos;

(vii) o Valor Global de Capital Não Reembolsado no âmbito

de Contratos de Locação Financeira mobiliária não seja

superior a 45 (quarenta e cinco) por cento do Valor

Global de Capital Não Reembolsado da totalidade dos

Créditos adquiridos; e

(viii) o Valor Global de Capital Não Reembolsado no âmbito

de Contratos de Locação Financeira imobiliária não seja

superior a 49 (quarenta e nove) por cento do Valor Global

de Capital Não Reembolsado da totalidade dos Créditos

adquiridos.

(b) Cada um dos Devedores no âmbito de Contratos de Locação Financeira

ou Aluguer de Longa Duração é um Devedor elegível (tal como

definido no Contrato de Cessão de Créditos) desde que:

(i) seja um cliente do Cedente identificado no Contrato de Locação

Financeira ou Aluguer de Longa Duração que deu origem ao

Crédito e que obteve o crédito de acordo com os procedimentos

normais de concessão de crédito e de cobrança do Cedente;

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(ii) se trate de uma pessoa colectiva ou de comerciante em nome

individual cujos activos ou o estabelecimento se encontrem

localizados no território português;

(iii) (tanto quanto é do conhecimento do Cedente, na sequência de

este ter procedido às diligências necessárias mas sem ter obtido

confirmação da conservatória do registo competente), não está

insolvente;

(iv) não seja objecto de procedimentos de recuperação de crédito ou

parte em acções judiciais relacionadas com o respectivo

Contrato de Locação Financeira ou Aluguer de Longa Duração;

(v) seja responsável por efectuar pagamentos relativamente aos

Créditos;

(vi) os respectivos contactos (incluindo o número de telefone),

sejam, à data em que os Créditos foram originados, conhecidos

pelo Cedente;

(vii) cumpra com todos os avisos do Banco de Portugal aplicáveis e

não seja, nem tenha sido, sujeito a investigação ou processo

relacionado com branqueamento de capitais; e

(viii) não seja trabalhador do Cedente.

5. Critérios de elegibilidade adicionais. Durante o Período Adicional, só podem

ser adquiridos pelo Fundo Créditos que cumpram os seguintes critérios:

(a) preencham cumulativamente os critérios referidos no número anterior;

(b) a data da última prestação ocorra após 3 (três) meses a contar da data

de aquisição do Crédito pelo Fundo, mas antes ou no dia 15 de

Dezembro de 2038;

(c) aos quais esteja associada uma taxa de juro variável indexada a Euribor

a 1 (um), 3 (três), 6 (seis) ou 12 (doze) meses;

(d) não tenham qualquer prestação em atraso superior a 1 (um) mês;

(e) cujo valor de capital em dívida não seja inferior a €500 (quinhentos

euros);

(f) cujo sistema de pagamento de capital corresponda a prestações

periódicas tal como no modelo francês, a um método de uma variável

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geométrica ou aritmética progressiva de prestações ou a um método de

prestações constantes e iguais; e

(g) que não prevejam o pagamento de um valor residual superior a: (i) 5%

(cinco por cento) no que respeita a Contratos de Locação Financeira

mobiliária; (ii) 10% (dez por cento) no que respeita a Contratos de

Locação Financeira imobiliária e (iii) 16% (dezasseis por cento) no que

respeita a Contratos de Aluguer de Longa Duração.

Artigo 6.º

(Comissões, despesas e encargos do Fundo)

1. Comissões. O Fundo pagará as seguintes comissões:

(a) comissão de supervisão de 0,0067 por mil, por mês, com um limite

mínimo de €100 e máximo de €10.000, a favor da CMVM, calculada e

liquidada mensalmente, incidente sobre o valor líquido global do

Fundo no último dia de cada mês (nos termos previstos na Portaria n.º

913-I/2003, de 30 de Agosto);

(b) comissão de gestão pagável trimestral e postecipadamente à Sociedade

Gestora, em montante equivalente a 0,0035% por ano do Valor Global

de Capital Não Reembolsado dos Créditos que integram o Fundo no

início de cada Período de Cálculo;

(c) comissão de depósito pagável trimestral e postecipadamente ao

Depositário, em montante equivalente a 0,02% por ano do Valor

Global de Capital Não Reembolsado dos Créditos que integram o

Fundo no início de cada Período de Cálculo; e

(d) comissão de gestão dos Créditos pagável trimestral e postecipadamente

ao Gestor dos Créditos, em montante equivalente a 0,10% por ano do

Valor Global de Capital Não Reembolsado dos Créditos que integram

o Fundo no início de cada Período de Cálculo.

2. Custos adicionais. Às comissões referidas no número anterior acrescerão:

(a) os custos, despesas, encargos e outras responsabilidades devidos pelo

Fundo a terceiros no âmbito da aquisição dos Créditos pelo Fundo, que

devam ser pagos num Período de Cálculo com relação à aquisição de

Créditos pelo Fundo (incluindo os montantes devidos a qualquer

Contraparte da Operação de Cobertura de Risco);

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(b) os custos e despesas administrativas referentes ao registo do Fundo e às

publicações relativas ao Fundo que, nos termos da lei e regulamentos

aplicáveis, devam ser feitas;

(c) despesas relativas à contabilidade do Fundo, incluindo pagamento de

honorários aos revisores oficiais de contas;

(d) despesas efectuadas com a cobrança litigiosa dos Créditos nas quais

poderão incorrer a Sociedade Gestora, o Depositário e o Gestor dos

Créditos;

(e) despesas resultantes de prejuízos causados à Sociedade Gestora, ao

Depositário ou ao Gestor dos Créditos ou custos extraordinários

efectuados por estas entidades com relação a situações extraordinárias

no âmbito da execução das suas funções ao abrigo, respectivamente, do

presente regulamento, do Contrato de Prestação de Serviços de

Depositário e do Contrato de Gestão de Créditos, tais como as “Fund

Manager’s Liabilities”, as “Custodian Liabilities” e as “Servicer

Expenses”.

Artigo 7.º

(Subscriçã o)

1. Modalidade. As Unidades serão objecto de subscrição privada.

2. Procedimento. A subscrição das Unidades será feita através do preenchimento

e assinatura de impresso para o efeito a disponibilizar pela Sociedade Gestora.

3. Comissão. Não haverá comissão de subscrição.

Artigo 8.º

(Administraçã o do Fundo)

1. Sociedade gestora. A Navegator – Sociedade Gestora de Fundos de

Titularização de Créditos, S.A., é a sociedade gestora de fundos de

titularização de créditos responsável pela administração, gestão e

representação do Fundo, por conta dos Detentores, cumprindo-lhe exercer as

funções de sociedade gestora de fundos de titularização de créditos previstas

na Lei de Titularização de Créditos, na regulamentação aplicável e no presente

regulamento.

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2. Estrutura accionista. O capital social da Sociedade Gestora é detido, em

100%, pelo Deutsche Bank Europe GmbH, uma instituição de crédito de lei

alemã, com sede em Taunusanlage 12, 60325 Frankfurt am Main, na

Alemanha, com o capital social de € 5.000.000,00, registada na Conservatória

do Registo de Frankfurt am Main sob o número HRB 87506 e com sucursal

em Portugal, na Rua Castilho nº 20, 1250-069 Lisboa, registada na

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, sob o número de matrícula e

de identificação de pessoa colectiva 980 454 298, com um capital social afecto

de € 10.000,00 (dez mil euros).

3. Substituição. A Sociedade Gestora apenas poderá ser substituída a título

excepcional, por decisão da CMVM, a requerimento conjunto da Sociedade

Gestora e do Depositário, desde que sejam acautelados os interesses dos

Detentores e sejam observados os termos previstos na Lei de Titularização de

Créditos e regulamentação aplicável.

4. Divulgação da substituição. A substituição da Sociedade Gestora deve ser

divulgada no sistema de difusão de informação previsto no art. 367.º do

Código dos Valores Mobiliários no prazo de 3 (três) dias após a data em que a

substituição teve lugar.

Artigo 9.º

(Funções da Sociedade Gestora)

1. Regra geral. No exercício das suas funções, e enquanto representante legal do

Fundo, a Sociedade Gestora actua por conta dos Detentores e no interesse

exclusivo destes.

2. Atribuição geral. À Sociedade Gestora compete, em geral, praticar todos os

actos e operações necessários à boa administração do Fundo de acordo com

critérios de elevada diligência e competência profissional.

3. Atribuições especiais. À Sociedade Gestora compete, em especial:

(a) aplicar os montantes recebidos como contrapartida da subscrição das

Unidades na aquisição dos Créditos ao abrigo do Contrato de Cessão

de Créditos, de acordo com a Lei de Titularização de Créditos e este

regulamento;

(b) adquirir e alienar quaisquer Créditos, nos termos previstos no presente

regulamento (designadamente nos termos do artigo 17.º) e exercer os

direitos que, directa ou indirectamente, estejam relacionados com os

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bens e Créditos do Fundo, nos termos previstos no Contrato de Cessão

de Créditos, em respeito pela Lei de Titularização de Créditos;

(c) seleccionar os Créditos que devam constituir o património do Fundo,

de acordo com a lei e a política de investimento prevista neste

regulamento de gestão, e efectuar ou dar instruções ao Depositário para

que este efectue as operações adequadas à execução dessa política;

(d) praticar todos os actos necessários ou convenientes para a emissão das

Unidades;

(e) notificar, nos termos previstos no Contrato de Cessão de Créditos, os

Devedores de Créditos relativamente à cessão dos mesmos ao Fundo e

promover, no interesse dos Detentores e caso entenda necessário, o

averbamento da transmissão dos Créditos nas conservatórias de registo

predial competentes;

(f) calcular e mandar efectuar os pagamentos correspondentes aos

rendimentos e reembolsos das Unidades;

(g) pagar as despesas que, nos termos autorizados neste regulamento, caiba

ao Fundo suportar;

(h) representar o Fundo perante quaisquer entidades de supervisão e

informar a CMVM sempre que esta o solicite, e ainda sobre quaisquer

aplicações realizadas no âmbito do n.º 2. do artigo 12.º da Lei de

Titularização de Créditos;

(i) manter em ordem as contas do Fundo;

(j) dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos na lei e

regulamentação aplicáveis e no presente regulamento;

(k) autorizar a alienação de Créditos do Fundo, nos casos previstos no n.º 5

do artigo 12.º da Lei de Titularização de Créditos, de acordo com as

disposições legais e regulamentares aplicáveis, devendo a alienação

dos créditos vencidos ocorrer sempre que isso se revele do interesse

dos Detentores.

Artigo 10.º

(Custódia dos valores do Fundo)

1. Depositário. O Banco Santander Totta, S.A. é o banco depositário responsável

pela guarda dos valores pertencentes ao Fundo, cumprindo-lhe exercer as

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funções de banco depositário previstas na Lei de Titularização de Créditos, na

regulamentação aplicável e no presente regulamento.

2. Substituição. O Depositário apenas poderá ser substituído a título excepcional,

por decisão da CMVM, a requerimento da Sociedade Gestora, desde que

sejam acautelados os interesses dos Detentores e sejam observados os termos

previstos na Lei de Titularização de Créditos e regulamentação aplicável.

3. Divulgação da substituição. A substituição do Depositário deve ser divulgada

no sistema de difusão de informação previsto no art. 367.º do Código dos

Valores Mobiliários no prazo de 3 (três) dias após a data em que a substituição

teve lugar.

Artigo 11.º

(Funções do Depositário)

Compete ao Depositário, para além de outras funções indicadas no Contrato

de Prestação de Serviços de Depositário:

(a) receber, em depósito, todos os valores do Fundo e guardar todos os

documentos e outros meios probatórios relativos aos Créditos que

integrem o Fundo e que não tenham sido conservados pelo Cedente;

(b) investir os activos do Fundo, conforme determinado e de acordo com

as instruções recebidas da Sociedade Gestora, nos termos da Lei de

Titularização de Créditos e do presente regulamento de gestão;

(c) pagar aos Detentores, conforme determinado e de acordo com as

instruções recebidas da Sociedade Gestora, os rendimentos periódicos

e proceder ao reembolso das Unidades;

(d) executar as demais instruções que lhe sejam transmitidas pela

Sociedade Gestora, sem prejuízo do dever de, previamente à execução,

verificar a conformidade de todas as instruções recebidas da Sociedade

Gestora com a lei e o presente regulamento de gestão;

(e) caso venha a ser revogada pelo Banco de Portugal a autorização da

Sociedade Gestora para o exercício das suas funções ou se se verificar

outra causa de dissolução da Sociedade Gestora, propor à CMVM a

substituição da Sociedade Gestora;

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(f) assegurar que, nas operações relativas aos activos que integram o

Fundo, a respectiva contrapartida seja paga e entregue nos prazos

conformes à prática do mercado;

(g) assegurar que os rendimentos do Fundo sejam aplicados em

conformidade com a Lei de Titularização de Créditos e o regulamento

de gestão;

(h) assumir uma função de vigilância e garantir perante os Detentores o

cumprimento deste regulamento de gestão.

Artigo 12.º

(Responsabilidade da Sociedade Gestora e do Depositário)

A Sociedade Gestora e o Depositário respondem solidariamente perante os

Detentores por todos os compromissos assumidos nos termos da lei e do

presente regulamento, bem como pelo rigor da informação constante deste

regulamento.

Artigo 13.º

(Gestã o dos Créditos)

1. Nomeação e funções. Os Créditos serão geridos pelo Gestor dos Créditos, nos

termos previstos no Contrato de Gestão de Créditos, ao abrigo do qual o

Gestor dos Créditos foi nomeado pela Sociedade Gestora para, enquanto

representante legal do Fundo, desenvolver as funções próprias de um gestor de

créditos.

2. Substituição. O Contrato de Gestão de Créditos apenas poderá cessar com

motivo justificado, devendo, caso essa cessação venha a ocorrer, a substituição

do Gestor dos Créditos ter lugar nos termos previstos no artigo 5.º da Lei de

Titularização de Créditos e de acordo com o Contrato de Gestão de Créditos.

3. Divulgação da substituição. A substituição do Gestor dos Créditos deve ser

divulgada no sistema de difusão de informação previsto no art. 367.º do

Código dos Valores Mobiliários no prazo de 3 (três) dias após a data em que a

substituição teve lugar.

Artigo 14.º

(Detentores)

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1. Subscrição. A aquisição da qualidade de Detentor é feita na data de subscrição

e pagamento das respectivas Unidades.

2. Efeitos da subscrição. A subscrição de Unidades implica aceitação, sem

reservas, do presente regulamento e confere à Sociedade Gestora os poderes

necessários para realizar os actos de administração do Fundo.

3. Direitos. Os Detentores têm, nomeadamente, direito:

(a) ao pagamento de rendimentos periódicos, calculados nos termos deste

regulamento, que serão pagos de acordo com as instruções dadas pela

Sociedade Gestora ao Depositário, em conformidade com o previsto no

Contrato de Prestação de Serviços de Depositário;

(b) ao reembolso do valor nominal das Unidades, calculado nos termos

deste regulamento, que será pago de acordo com as instruções dadas

pela Sociedade Gestora ao Depositário, em conformidade com o

previsto no Contrato de Prestação de Serviços de Depositário;

(c) no âmbito do processo de liquidação e partilha do Fundo, à parte que

proporcionalmente lhes competir, considerando o valor que remanescer

depois de pagos os rendimentos periódicos e todas as demais despesas

e encargos do Fundo;

(d) a informação periódica e detalhada sobre a evolução do Fundo; e

(e) a receber, sem quaisquer encargos, os relatórios preparados e entregues

pelo Depositário à Sociedade Gestora nos termos previstos no Contrato

de Prestação de Serviços de Depositário.

4. Fungibilidade das novas Unidades. Às novas Unidades que sejam emitidas ao

abrigo do disposto no art. 10.º, n.º 2, al. (b) da Lei de Titularização de Créditos

e no presente regulamento são inerentes os mesmos direitos que cabem às

Unidades emitidas na Data de Constituição do Fundo ou durante o Período

Adicional, pelo que o pagamento dos respectivos rendimentos será realizado

pari passu com o pagamento dos rendimentos inerentes às Unidades emitidas

na Data de Constituição do Fundo ou durante o Período Adicional.

Artigo 15.º

(Cálculo dos valores a pagar aos Detentores)

1. Periodicidade. Os pagamentos inerentes às Unidades serão realizados dois

Dias Úteis antes de 15 de Julho de 2009 e, daí em diante, será realizado

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trimestralmente dois Dias Úteis antes de 15 de Janeiro, 15 de Abril, 15 de

Julho e 15 de Outubro de cada ano, em valor equivalente, com referência ao

respectivo Período de Cálculo, ao montante global das “Unit Principal

Distributions” e das “Unit Interest Distributions” (em conjunto, as “Unit

Distributions”), de acordo com os termos do Contrato de Prestação de

Serviços de Depositário e que se descrevem nos números seguintes.

2. Ordem dos pagamentos a realizar: juros. A parcela de juros dos Créditos

recebida durante o Período de Cálculo anterior que se encontre depositada na

Conta do Fundo será utilizada, em cada Data de Pagamento, de acordo com a

seguinte ordem de prioridades:

(a) pagamento dos montantes incorrectamente recebidos do Cedente a

título de juros;

(b) pagamento das comissões, despesas e encargos do Fundo indicadas no

art. 6.º do presente regulamento (“Fund Expenses”); e

(c) pagamento de rendimentos periódicos inerentes às Unidades (“Unit

Interest Distributions”),

sendo que cada pagamento só será realizado depois do pagamento anterior

haver sido integralmente realizado.

3. Ordem dos pagamentos a realizar: capital. A parcela de capital dos Créditos

recebida durante o Período de Cálculo anterior que se encontre depositada na

Conta do Fundo será utilizada, em cada Data de Pagamento, juntamente com

as receitas emergentes da emissão de novas Unidades (caso existam;

“Principal Application Amount”), de acordo com a seguinte ordem de

prioridades:

(a) pagamento dos montantes incorrectamente recebidos do Cedente a

título de capital;

(b) durante o Período Adicional, na aquisição de novos Créditos, nos

termos descritos no art. 4.º, n.º 5, do presente regulamento de gestão; e

(c) após o Período Adicional, no reembolso antecipado e parcial, de uma

forma proporcional, do valor nominal das Unidades (“Unit Principal

Distribution”).

4. Reembolso antecipado obrigatório. O reembolso antecipado obrigatório

parcial das Unidades ocorrerá em cada “Interest Payment Date” sempre que

existir “Available Principal Distribution Amount” disponível para o efeito,

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sendo o montante em causa aplicado de acordo com a Condition 6 (“Payments

and Priorities”) do Prospecto.

5. Procedimentos. Em cada Data de Pagamento, o Depositário procederá, por

conta do Fundo, à distribuição a favor de cada Detentor da respectiva parte

proporcional das “Unit Distributions” devidas nessa data, mediante

transferência do montante relevante para a conta bancária indicada na “Unit

Distribution Direction” relevante.

6. Limitação aos Créditos recebidos e prioridade. O risco de incumprimento

pelos Devedores dos Créditos corre por conta do Fundo e, em consequência,

dos Detentores, os quais não terão direito a receber qualquer pagamento

relativo às Unidades que detenham caso as receitas emergentes dos Créditos

recebidas pelo Fundo não sejam suficientes para efectuar o pagamento das

comissões, despesas e encargos do Fundo.

Artigo 16.º

(Contas do Fundo)

As contas do Fundo são encerradas a 31 de Dezembro de cada ano e serão

certificadas por um auditor registado na CMVM que não integre o conselho

fiscal da Sociedade Gestora, sendo desde já nomeado como auditor do Fundo

a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Deloitte & Associados, SROC

(SROC n.º 43), representada por Maria Augusta Cardador Francisco.

Artigo 17.º

(Liquidaçã o e partilha)

1. Não liquidação antecipada. Os Detentores não podem exigir a liquidação e

partilha do Fundo, pelo que, salvo o disposto nos n.º 2 a 4 deste artigo, o

Fundo deverá ser liquidado e partilhado no termo do seu prazo de duração.

2. Casos de liquidação antecipada. O Fundo poderá ser liquidado e partilhado

antes do termo do respectivo prazo de duração nos seguintes casos:

(a) se os activos residuais do Fundo representarem 10% ou menos do valor

dos Créditos detidos pelo Fundo na Data de Constituição do Fundo;

(b) por determinação da CMVM, em caso de revogação da autorização da

Sociedade Gestora ou de verificação de outra causa de dissolução da

Sociedade Gestora, não sendo esta substituída;

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(c) se a totalidade das Unidades for detida por um único Detentor e:

(i) ocorrer uma situação de incumprimento relativamente às

Obrigações, tal como previsto na Condition 8 (Events of Default

and Enforcement) do Prospecto; ou

(ii) o reembolso das Obrigações for permitido, seja de acordo com

os termos previstos na Condition 5 (Redemption and Purchase)

do Prospecto, incluindo, a título exemplificativo, na sequência

da alteração da lei fiscal em qualquer das jurisdições relevantes,

ou noutros termos que os titulares das Obrigações aprovem em

assembleia geral de obrigacionistas realizada de acordo com o

estabelecido na Condition 12 (Meetings of Instrumentholders;

Modification and Waiver; Substitution),

sendo que a Sociedade Gestora apenas poderá liquidar o Fundo (tendo

neste caso o dever de o fazer), se a liquidação for, na opinião da

Sociedade Gestora, depois de ter consultado o Detentor único, o(s)

titular(es) das Obrigações ou um seu representante, do interesse do

Detentor único.

3. Liquidação antecipada em caso de Detentor único. No caso previsto na al. (c)

do número anterior, a Sociedade Gestora ou qualquer parte interessada,

incluindo o Detentor único, o(s) titular(es) das Obrigações ou um seu

representante, notificará a CMVM, conforme aplicável:

(i) da ocorrência da situação de incumprimento e do envio da respectiva

notificação formal extrajudicial ou do accionamento judicial dos

créditos emergentes dos referidos valores mobiliários; ou

(ii) do reembolso antecipado das Obrigações,

devendo tal notificação ser feita no prazo de dez Dias Úteis a contar da data da

ocorrência da situação em causa e, em todo o caso, em momento anterior à

liquidação do Fundo.

4. Regras específicas. Às liquidações resultantes da ocorrência de qualquer das

situações referidas no n.º 2 deste artigo aplicam-se as regras seguintes:

(a) os Créditos que integram o património do Fundo serão transmitidos,

nos termos do n.º 5 do artigo 12.º e n.º 5 do artigo 38.º da Lei de

Titularização de Créditos e do presente regulamento;

(b) sem prejuízo do disposto no n.º 5 deste artigo, o preço da transmissão

dos Créditos corresponderá ao respectivo valor de mercado na data de

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transmissão e, para esse efeito, deverá ser objecto de relatório de

auditor registado na CMVM (sendo computado no apuramento do

mesmo o valor inerente a existência de Caps, Floors ou Collars com

relação aos Créditos em causa), conforme o disposto no n.º 6 deste

artigo;

(c) para além dos casos em que o Cedente readquira os Créditos tal como

previsto no n.º 5 deste artigo, os Créditos poderão ser transmitidos a:

(i) sociedades de titularização de créditos, fundos de titularização

de créditos ou outros veículos de titularização de créditos que

venham a ser autorizados por lei;

(ii) instituições de crédito autorizadas em Portugal;

(iii) outras entidades, no caso dos créditos transmitidos não serem

susceptíveis de titularização nos termos do artigo 4.º da Lei de

Titularização de Créditos e, consequentemente, não puderem

ser adquiridos pelas entidades previstas no número (i) supra; ou

(iv) a quaisquer outras entidades, se tal vier a ser autorizado, nos

termos, condições e com os limites que sejam aplicáveis, pela

Lei de Titularização de Créditos;

(d) no caso da alínea (c) (i) deste número, a transmissão de Créditos não

implicará alteração na gestão de créditos cedidos que sejam abrangidos

pelo n.º 1 do artigo 5.º da Lei de Titularização de Créditos, prevendo o

Contrato de Gestão de Créditos a transmissão da posição contratual do

Fundo para o adquirente dos créditos em caso de liquidação do Fundo.

5. Retransmissão ao Cedente. Nos casos de liquidação antecipada previstos no

n.º 2 deste artigo, os créditos que integrem o património do Fundo na sua data

de liquidação poderão ser retransmitidos ao Cedente, através de acordo para o

efeito entre o Fundo e o Cedente.

6. Conta de liquidação. A conta de liquidação do Fundo e a aplicação dos

montantes apurados devem, nos termos previstos no n.º 4, do artigo 38.º, da

Lei de Titularização de Créditos, ser apreciados por auditor registado na

CMVM.

Artigo 18.º

(Regulamento de gestã o)

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1. Alterações. As alterações a este regulamento de gestão serão previamente

aprovadas pela CMVM nos termos legalmente previstos, sendo depois objecto

de divulgação no sistema de difusão de informação previsto no art. 367.º do

Código dos Valores Mobiliários.

2. Aprovação de alterações. As alterações a este regulamento que impliquem o

aumento das comissões a pagar pelo Fundo ou a modificação da política de

investimentos serão previamente aprovadas pelos Detentores, excepto se os

titular(es) das Obrigações ou um seu representante houverem consentido nas

mesmas.

Artigo 19.º

(Jurisdiçã o)

Para todas as questões emergentes deste regulamento de gestão relacionadas

com a administração e actividade do Fundo é competente o foro cível da

comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro.