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Futuros Real e Virtual As pessoas têm uma dificuldade enorme em pensar sobre profecias, projeções, prospecções do futuro, ciclos, predições, prenúncios, presságios, prognósticos, adivinhações, conjeturas, prognósticos, agouros, hipóteses, suposições, antevisões, presciências e em geral o que diga respeito a antecipação do futuro. Como em tudo, o modelo esclareceu as coisas. Pois há dois tipos de futuro, o futuro real e o futuro virtual. Real e virtual fazem soma 50/50, ou seja, um não pode ser conhecido e outro sim. O real não pode ser conhecido, enquanto o virtual sim. Veja que no próprio modelo pesquisei o FUTURO VIRTUAL, ou seja, os ciclos e sua nomenclatura, o estabelecimento das regras e a nomeação dos parâmetros, enquanto aconselhei vividamente os possíveis leitores a NÃO FAZEREM projeções sobre o futuro real, pois podem machucar as pessoas, pelo sim e pelo não. Ora, devemos esperar que no mundo ideal da Matemática, que é virtual, as coisas aconteçam daquele modo, PERFEITAMENTE, porque há de fato uma teoria das previsões, das visões prévias, pré-visões, visões antecipatórias. Acontece que o real é habitado por pessoambientes reais, que tomam decisões a cada instante, do tipo 2 n , encruzilhadas binárias, que vão crescendo como uma árvore de decisões: 2 1 = 2, 2 2 = 4, 2 3 = 8, 2 4 = 2 4 Os conjuntos psicológicos são as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e os ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo). Os indivíduos são na Terra coisa de seis bilhões, portanto em tese 2 elevado a 6.10 = 16 e já na quinta decisão estamos com 32 pressões divergentes, o conjunto do lado variando igualmente, POR AÇÃO (ou seja, motor independente) e POR REAÇÃO (motor conjugado). 9 = 2 6.000.000.000 Portanto não é possível prever o futuro real PORQUE há livre- arbítrio, liberdade de condução da própria vida. Lógico que há limitantes, por segundo, um número monstruoso a cada segundo, que é o tempo humano de reação. Dentro do conjunto das famílias teríamos outro grupo menor de reações, e assim por diante.

futuros real e virtual

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não se pode prever o futuro real, ele varia demais a cada nanossegundo, mas podemos avaliar ORDENS DE PROBABILIDADE

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Futuros Real e Virtual

As pessoas têm uma dificuldade enorme em pensar sobre profecias, projeções, prospecções do futuro, ciclos, predições, prenúncios, presságios, prognósticos, adivinhações, conjeturas, prognósticos, agouros, hipóteses, suposições, antevisões, presciências e em geral o que diga respeito a antecipação do futuro. Como em tudo, o modelo esclareceu as coisas. Pois há dois tipos de futuro, o futuro real e o futuro virtual. Real e virtual fazem soma 50/50, ou seja, um não pode ser conhecido e outro sim. O real não pode ser conhecido, enquanto o virtual sim. Veja que no próprio modelo pesquisei o FUTURO VIRTUAL, ou seja, os ciclos e sua nomenclatura, o estabelecimento das regras e a nomeação dos parâmetros, enquanto aconselhei vividamente os possíveis leitores a NÃO FAZEREM projeções sobre o futuro real, pois podem machucar as pessoas, pelo sim e pelo não. Ora, devemos esperar que no mundo ideal da Matemática, que é virtual, as coisas aconteçam daquele modo, PERFEITAMENTE, porque há de fato uma teoria das previsões, das visões prévias, pré-visões, visões antecipatórias. Acontece que o real é habitado por pessoambientes reais, que tomam decisões a cada instante, do tipo 2n, encruzilhadas binárias, que vão crescendo como uma árvore de decisões: 21 = 2, 22 = 4, 23 = 8, 24 = 24

Os conjuntos psicológicos são as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e os ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo). Os indivíduos são na Terra coisa de seis bilhões, portanto em tese 2 elevado a 6.10

= 16 e já na quinta decisão estamos com 32 pressões divergentes, o conjunto do lado variando igualmente, POR AÇÃO (ou seja, motor independente) e POR REAÇÃO (motor conjugado).

9 = 26.000.000.000

Portanto não é possível prever o futuro real PORQUE há livre-arbítrio, liberdade de condução da própria vida. Lógico que há limitantes,

por segundo, um número monstruoso a cada segundo, que é o tempo humano de reação. Dentro do conjunto das famílias teríamos outro grupo menor de reações, e assim por diante.

como os costumes, as leis, a definição da psicologia humana, as ditaduras, os compromissos, as devoções, etc. Mesmo assim é muita coisa. Por isso mesmo a Psico-história (seria uma Psico-Geo-História, em termos do modelo; mas a Psicologia já tem seu espaçotempo, a Geo-História, de modo que teríamos uma redundância inútil) de Asimov em sua heptologia, Fundação, não poderá existir, pois nenhum “grande número” conseguiria estabilizar a pulsação de decisões. Pensei diferente, antes. Daí que, invariavelmente, as predições falhem miseravelmente, tanto na FC quanto na futurologia, em tudo que o ser humano tentou. Como é que dá certo com os seguros? Não dá, é claro. De fato eles têm projeções sobre sinistros, quantas pessoas morrerão em que idades esperadas. “Embarcam na onda”, como diz o povo, mas nada garante que vá continuar assim, indutivamente. É uma aposta. E eles não tentam muita precisão, pelo contrário, se contentam com pouco, com sobrecarregar o usuário com todo o custo da indefinição. De fato, dentro dos “grandes números” de Asimov podemos esperar que umas decisões anulem as outras, outras as dificultem, no conjunto vastas porções reduzindo-se ao eixo, sobrando linhas ou funções mais tratáveis, porém ainda ficam tantas que a coisa diverge. Por outro lado a extração que os ambientes fazem sobre os gênios ou criadores (indivíduos, famílias, grupos e empresas geniais) dificulta ainda mais tudo, porque inesperadamente surge uma invenção não prevista, como Asimov deu a entender com o Mulo, o mutante que desorganiza as previsões de Hari Seldon, o matemático da PH. Não admira, portanto, que o futuro real nunca coincida com as previsões de mágicos, de áugures, de feiticeiros, dos profetas dos modos políticadministrativos Escravista, Feudalista, Capitalista (estamos nas tentativas de terceira onda capitalista, com os programáquinas equivalentes a esse avanço voltadas para os prognósticos de fundo pseudo-tecnocientífico) e futuramente Socialista. Agora, com segurança podemos usar o método do modelo para, sondando continuamente a realidade, instituir algum paralelismo, reduzindo drasticamente a largura de banda da imprecisão. Podemos e devemos, para nossa segurança e estabilização psicológica - sabendo sempre

que no instante seguinte pode acontecer um evento desnorteador, um desastre, um desalinhamento dos astros ou modelos. Os futurólogos, ao contrário do que se pretendem, nada sabem da tecnociência própria das previsões, nem de sua matemática associada. São profetas com formação acadêmica, um envoltório inútil, uma tintura ou esmalte universitário que infunde respeito indevido. Tomada essa precaução, é utilíssimo investigar o Futuro Virtual como PARÂMETRO COLIGADO ou reativo políticadministrativo governempresarial pessoambiental do povelite/nação. Ter em reserva as previsões do FV para, medindo sempre o FR, reagir a ele com alguma preparação e reserva. Fora isso, entendo agoraqui que haveria muito perigo na confiança ingênua. Os ignorantes não devem, de modo algum, conhecer essa tecnociência, PORQUE ela traria confiança exagerada, que poderia migrar para uma crença na infalibilidade do modelo. Isso seria errado e perigoso. Vitória, sexta-feira, 14 de junho de 2002. José Augusto Gava.