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BOX 007 007/007 FUVEST 2011 1ª Fase - Conhecimentos Gerais (28/11/2010) PAG 01/24 V Caderno Reserva Instruções Só abra este caderno quando o fiscal autorizar. Verifique se sua folha de respostas pertence ao grupo V. A prova consta de 90 questões. Em cada teste, há 5 alternativas, sendo correta apenas uma. Preencha completamente o alvéolo na folha de respostas, utilizando necessariamente caneta esferográfica (azul ou preta). Não deixe questões em branco na folha de respostas. Duração da prova: 5h. O candidato deve controlar o tempo disponível. Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito. No final da prova, poderá ser levado somente o gabarito de respostas. A devolução do caderno de questões, no final da prova, é obrigatória. Obs. Divulgação da lista de convocados e dos locais de exame da 2ª fase: 20/12/2010. ASSINATURA DO CANDIDATO: V

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BOX 007007/007

FUVEST 20111ª Fase − Conhecimentos Gerais (28/11/2010)

V

PAG 01/24 VCaderno Reserva

Instruções

� Só abra este caderno quando o fiscal autorizar. � Verifique se sua folha de respostas pertence ao grupo V. � A prova consta de 90 questões. � Em cada teste, há 5 alternativas, sendo correta apenas uma. � Preencha completamente o alvéolo na folha de respostas, utilizando

necessariamente caneta esferográfica (azul ou preta).

� Não deixe questões em branco na folha de respostas. � Duração da prova: 5h. O candidato deve controlar o tempo disponível. � Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito. � No final da prova, poderá ser levado somente o gabarito de respostas. � A devolução do caderno de questões, no final da prova, é obrigatória.

Obs. Divulgação da lista de convocados e dos locais de exame da 2ª fase: 20/12/2010. ASSINATURA DO CANDIDATO:

V

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V

01 O olho é o senhor da astronomia, autor da cosmografia, conselheiro e corretor de todas as artes humanas (...). É o príncipe das matemáticas; suas disciplinas são intimamente certas; determinou as altitudes e dimensões das estrelas; descobriu os elementos e seus níveis; permitiu o anúncio de acontecimentos futuros, graças ao curso dos astros; engendrou a arquitetura, a perspectiva, a divina pintura (...). O engenho humano lhe deve a descoberta do fogo, que oferece ao olhar o que as trevas haviam roubado.

Leonardo da Vinci, Tratado da pintura.

Considere as afirmações abaixo: I. O excerto de Leonardo da Vinci é um exemplo do

humanismo renascentista que valoriza o racionalismo como instrumento de investigação dos fenômenos naturais e a aplicação da perspectiva em suas representações pictóricas.

II. Num olho humano com visão perfeita, o cristalino focaliza exatamente sobre a retina um feixe de luz vindo de um objeto. Quando o cristalino está em sua forma mais alongada, é possível focalizar o feixe de luz vindo de um objeto distante. Quando o cristalino encontra-se em sua forma mais arredondada, é possível a focalização de objetos cada vez mais próximos do olho, até uma distância mínima.

III. Um dos problemas de visão humana é a miopia. No olho míope, a imagem de um objeto distante forma-se depois da retina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se uma lente divergente.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 02 A passagem do modo de vida caçador-coletor para um modo de vida mais sedentário aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação de animais e de plantas. Com base nessa informação, é correto afirmar que a) no início da domesticação, a espécie humana

descobriu como induzir mutações nas plantas para obter sementes com características desejáveis.

b) a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou seja, a diminuição das intervenções humanas no meio natural com fins produtivos.

c) a grande concentração de plantas cultivadas em um único lugar aumentou a quantidade de alimentos, o que prejudicou o processo de sedentarização das populações.

d) no processo de domesticação, sementes com características desejáveis pelos seres humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção artificial.

e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, garantindo a eliminação progressiva de relações sociais escravistas.

03 Em 2008, o candidato do Partido Democrata, Barack Obama, foi eleito presidente dos Estados Unidos da América (EUA). Os gráficos abaixo se referem a uma pesquisa eleitoral realizada no dia das eleições nos estados da Califórnia e do Mississipi.

Com base nesses gráficos e tendo em vista o contexto das eleições de 2008 e as particularidades históricas dos Estados Unidos, considere as seguintes afirmações: I. Os gráficos relativos ao estado da Califórnia

sinalizaram a vitória de Obama com mais de 70% dos votos, obtidos de modo majoritário em todos os segmentos raciais.

II. A eleição de Obama ocorreu em meio a uma profunda crise econômica que exigiu a intervenção do Estado no sistema financeiro do país, alterando as práticas e os discursos liberais cujas premissas vinham se fortalecendo mundialmente desde a década de 1990.

III. Mesmo com a abolição da escravidão, no século XIX, a questão racial continuou a marcar a política dos estados sulistas, que procuraram garantir os privilégios dos brancos por meio de leis de segregação, anuladas somente entre 1964 e 1967, durante o governo de Lyndon Johnson.

Está correto o que se afirma em a) II, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III.

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V

04 Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.

Diagrama referente ao poema ZEN.

Observe as figuras acima e assinale a alternativa correta. a) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN são

elementos típicos da produção poética brasileira da década de 1960. O perímetro do triângulo ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do retângulo BCJI.

b) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN podem ser observados tanto no conteúdo semântico da palavra por ele formada quanto na simetria de suas formas geométricas. Por exemplo, as áreas do triângulo ABF e do retângulo BCJI são iguais.

c) O poema ZEN pode ser considerado concreto por apresentar proporções geométricas em sua composição. O perímetro do triângulo ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do retângulo BCGF.

d) O concretismo poético pode utilizar proporções geométricas em suas composições. No poema ZEN, por exemplo, a razão entre os perímetros do trapézio ADGF e do retângulo ADHE é menor que 7/10.

e) Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são representantes do concretismo poético, que utiliza proporções geométricas em suas composições. No poema ZEN, por exemplo, a razão entre as áreas do triângulo DHG e do retângulo ADHE é 1/6.

05

Um viajante saiu de Araripe, no Ceará, percorreu, inicialmente, 1000 km para o sul, depois 1000 km para o oeste e, por fim, mais 750 km para o sul. Com base nesse trajeto e no mapa acima, pode-se afirmar que, durante seu percurso, o viajante passou pelos estados do Ceará, a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Goiás e

Rio de Janeiro, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo.

b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750 km da cidade de São Paulo.

c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo.

d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750 km da cidade de São Paulo.

e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo.

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V

06 Leia o seguinte texto:

Era o que ele estudava. “A estrutura, quer dizer, a estrutura” – ele repetia e abria as mãos branquíssimas ao esboçar o gesto redondo. Eu ficava olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade nem sonho. Película e oco. “A estrutura da bolha de sabão, compreende?” Não compreendia. Não tinha importância. Importante era o quintal da minha meninice com seus verdes canudos de mamoeiro, quando cortava os mais tenros que sopravam as bolas maiores, mais perfeitas.

Lygia Fagundes Telles, A estrutura da bolha de sabão, 1973.

A “estrutura” da bolha de sabão é consequência das propriedades físicas e químicas dos seus componentes. As cores observadas nas bolhas resultam da interferência que ocorre entre os raios luminosos refletidos em suas superfícies interna e externa.

Considere as afirmações abaixo sobre o início do conto de Lygia Fagundes Telles e sobre a bolha de sabão:

I. O excerto recorre, logo em suas primeiras linhas, a um procedimento de coesão textual em que pronomes pessoais são utilizados antes da apresentação de seus referentes, gerando expectativa na leitura.

II. Os principais fatores que permitem a existência da bolha são a força de tensão superficial do líquido e a presença do sabão, que reage com as impurezas da água, formando a sua película visível.

III. A ótica geométrica pode explicar o aparecimento de cores na bolha de sabão, já que esse fenômeno não é consequência da natureza ondulatória da luz.

Está correto apenas o que se afirma em

a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III.

07 O acidente ocorrido em abril de 2010, em uma plataforma de petróleo no Golfo do México, colocou em risco o delicado equilíbrio do ecossistema da região. Além da tentativa de contenção, com barreiras físicas, de parte do óleo derramado, foram utilizados dispersantes químicos. Dispersantes são compostos que contêm, em uma mesma molécula, grupos compatíveis com óleo (lipofílicos) e com água (hidrofílicos). Levando em conta as informações acima e com base em seus conhecimentos, indique a afirmação correta.

a) O uso de dispersantes é uma forma de eliminar a poluição a que os organismos marítimos estão expostos.

b) Acidentes como o mencionado podem gerar novos depósitos de petróleo, visto que a formação desse recurso depende da concentração de compostos de carbono em ambientes continentais.

c) Entidades internacionais conseguiram, após o acidente, a aprovação de sanções econômicas a serem aplicadas pela ONU às empresas e países que venham a ser responsabilizados por novos danos ambientais.

d) A presença de petróleo na superfície da água, por dificultar a passagem da luz, diminui a taxa de fotossíntese realizada pelo zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a cadeia alimentar.

e) Os dispersantes aumentam a quantidade de petróleo que se mistura com a água, porém não o removem do mar.

08

Atualmente, grandes jazidas de diamantes, localizadas em diversos países africanos, abastecem o luxuoso mercado mundial de joias. O diamante é uma forma cristalina do carbono elementar constituída por uma estrutura tridimensional rígida e com ligações covalentes. É um mineral precioso devido a sua dureza, durabilidade, transparência, alto índice de refração e raridade. Analise as afirmações abaixo: I. O diamante e a grafite são formas alotrópicas de

carbono com propriedades físicas e químicas muito similares. Apesar disso, o diamante é uma das pedras preciosas mais valiosas existentes e, a grafite, não.

II. A partir do cartaz acima, é possível inferir a associação entre a extração de diamantes na África e o comércio internacional de armas, que abastece grupos rivais envolvidos nas guerras civis desse continente.

III. O cartaz denuncia a vinculação dos países africanos islâmicos com o terrorismo internacional e o seu financiamento por meio do lucrativo comércio mundial de diamantes e pedras preciosas.

Está correto o que se afirma apenas em a) I e II. b) I e III. c) II. d) II e III. e) III.

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V

09 O gráfico abaixo retrata as emissões totais de gás carbônico, em bilhões de toneladas, por ano, nos Estados Unidos da América (EUA) e na China, no período de 1800 a 2000.

Analise as afirmações a seguir: I. Nos EUA, o aumento da emissão de gás carbônico

está vinculado ao desenvolvimento econômico do país, iniciado com a Revolução Industrial. No caso da China, tal aumento está associado à instalação maciça de empresas estrangeiras no país, ocorrida logo após a Segunda Guerra Mundial.

II. A queima de combustíveis fósseis e seus derivados, utilizada para gerar energia e movimentar máquinas, contribui para a emissão de gás carbônico. Por exemplo, a combustão de 1 litro de gasolina, que contém aproximadamente 700 g de octano (C8H18, massa molar = 114 g/mol), produz cerca de 2,2 kg de gás carbônico (CO2, massa molar = 44 g/mol).

III. A diferença entre as massas de gás carbônico emitidas pelos EUA e pela China, no período de 1900 a 2000, em bilhões de toneladas, é dada pela área da região compreendida entre as duas curvas e duas retas verticais, passando pelos pontos correspondentes aos anos de 1900 e de 2000.

Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

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10 A seguinte declaração foi divulgada no jornal eletrônico FOLHA.com – mundo em 29/05/2010: “A vontade do Irã de enriquecer urânio a 20% em seu território nunca esteve sobre a mesa de negociações do acordo assinado por Brasil e Turquia com Teerã, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores brasileiro Celso Amorim”. Enriquecer urânio a 20%, como mencionado nessa notícia, significa a) aumentar, em 20%, as reservas conhecidas de

urânio de um território. b) aumentar, para 20%, a quantidade de átomos de

urânio contidos em uma amostra de minério. c) aumentar, para 20%, a quantidade de 238U presente

em uma amostra de urânio. d) aumentar, para 20%, a quantidade de 235U presente

em uma amostra de urânio. e) diminuir, para 20%, a quantidade de 238U presente

em uma amostra de urânio.

11 Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de movimento, solta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As distâncias sm e sb percorridas, respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a menina soltou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, valem: a) sm = 1,25 m e sb = 0 m. b) sm = 1,25 m e sb = 1,50 m. c) sm = 1,50 m e sb = 0 m. d) sm = 1,50 m e sb = 1,25 m. e) sm = 1,50 m e sb = 1,50 m. 12 Usando um sistema formado por uma corda e uma roldana, um homem levanta uma caixa de massa m, aplicando na corda uma força F que forma um ângulo � com a direção vertical, como mostra a figura. O trabalho realizado pela resultante das forças que atuam na caixa � peso e força da corda �, quando o centro de massa da caixa é elevado, com velocidade constante v, desde a altura ya até a altura yb, é:

a) nulo.

b) F (yb – ya).

c) mg (yb – ya).

d) F cos (� ) (yb – ya).

e) mg (yb – ya) + mv2/2.

13 Um esqueitista treina em uma pista cujo perfil está representado na figura abaixo. O trecho horizontal AB está a uma altura h = 2,4 m em relação ao trecho, também horizontal, CD. O esqueitista percorre a pista no sentido de A para D. No trecho AB, ele está com velocidade constante, de módulo v = 4 m/s; em seguida, desce a rampa BC, percorre o trecho CD, o mais baixo da pista, e sobe a outra rampa até atingir uma altura máxima H, em relação a CD. A velocidade do esqueitista no trecho CD e a altura máxima H são, respectivamente, iguais a

a) 5 m/s e 2,4 m. b) 7 m/s e 2,4 m. c) 7 m/s e 3,2 m. d) 8 m/s e 2,4 m. e) 8 m/s e 3,2 m.

14 Um gavião avista, abaixo dele, um melro e, para apanhá-lo, passa a voar verticalmente, conseguindo agarrá-lo. Imediatamente antes do instante em que o gavião, de massa MG = 300 g, agarra o melro, de massa MM = 100 g, as velocidades do gavião e do melro são, respectivamente, VG = 80 km/h na direção vertical, para baixo, e VM = 24 km/h na direção horizontal, para a direita, como ilustra a figura acima. Imediatamente após a caça, o vetor velocidade u do gavião, que voa segurando o melro, forma um ângulo � com o plano horizontal tal que tg � é aproximadamente igual a a) 20. b) 10. c) 3. d) 0,3. e) 0,1.

15 A lei de conservação da carga elétrica pode ser enunciada como segue: a) A soma algébrica dos valores das cargas positivas e

negativas em um sistema isolado é constante. b) Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons

ao ser aterrado. c) A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um

número inteiro multiplicado pela carga do elétron. d) O número de átomos existentes no universo é

constante. e) As cargas elétricas do próton e do elétron são, em

módulo, iguais.

NOTE E ADOTE

As porcentagens aproximadas dos isótopos 238U e 235U existentes em uma amostra de urânio natural são, respectivamente, 99,3% e 0,7%.

NOTE E ADOTE

g = 10 m/s2

Desconsiderar: - Efeitos dissipativos. - Movimentos do esqueitista em relação ao esqueite.

NOTE E ADOTE

Desconsiderar efeitos dissipativos.

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V

16 Em um ponto fixo do espaço, o campo elétrico de uma radiação eletromagnética tem sempre a mesma direção e oscila no tempo, como mostra o gráfico abaixo, que representa sua projeção E nessa direção fixa; E é positivo ou negativo conforme o sentido do campo.

Consultando a tabela acima, que fornece os valores típicos de frequência f para diferentes regiões do espectro eletromagnético, e analisando o gráfico de E em função do tempo, é possível classificar essa radiação como a) infravermelha. b) visível. c) ultravioleta. d) raio X. e) raio �. 17 Um objeto decorativo consiste de um bloco de vidro transparente, de índice de refração igual a 1,4, com a forma de um paralelepípedo, que tem, em seu interior, uma bolha, aproximadamente esférica, preenchida com um líquido, também transparente, de índice de refração n. A figura ao lado mostra um perfil do objeto. Nessas condições, quando a luz visível incide perpendicularmente em uma das faces do bloco e atravessa a bolha, o objeto se comporta, aproximadamente, como a) uma lente divergente, somente se n > 1,4. b) uma lente convergente, somente se n > 1,4. c) uma lente convergente, para qualquer valor de n. d) uma lente divergente, para qualquer valor de n. e) se a bolha não existisse, para qualquer valor de n.

18 Um laboratório químico descartou um frasco de éter, sem perceber que, em seu interior, havia ainda um resíduo de 7,4 g de éter, parte no estado líquido, parte no estado gasoso. Esse frasco, de 0,8 L de volume, fechado hermeticamente, foi deixado sob o sol e, após um certo tempo, atingiu a temperatura de equilíbrio T = 37 oC, valor acima da temperatura de ebulição do éter. Se todo o éter no estado líquido tivesse evaporado, a pressão dentro do frasco seria a) 0,37 atm. b) 1,0 atm. c) 2,5 atm. d) 3,1 atm. e) 5,9 atm.

19 O filamento de uma lâmpada incandescente, submetido a uma tensão U, é percorrido por uma corrente de intensidade i. O gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.

As seguintes afirmações se referem a essa lâmpada. I. A resistência do filamento é a mesma para qualquer

valor da tensão aplicada. II. A resistência do filamento diminui com o aumento da

corrente. III. A potência dissipada no filamento aumenta com o

aumento da tensão aplicada. Dentre essas afirmações, somente a) I está correta. b) II está correta. c) III está correta. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas.

Radiação eletromagnética

Frequência f (Hz)

Rádio AM 106 TV (VHF) 108 micro-onda 1010 infravermelha 1012 visível 1014 ultravioleta 1016 raios X 1018

raios � 1020

NOTE E ADOTE

No interior do frasco descartado havia apenas éter. Massa molar do éter = 74 g K = oC + 273 R (constante universal dos gases) = 0,08 atm�L / (mol�K)

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V

20 Uma geladeira é vendida em � parcelas iguais, sem juros. Caso se queira adquirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas a menos, ainda sem juros, o valor de cada parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de R$ 125,00, respectivamente. Com base nessas informações, conclui-se que o valor de � é igual a a) �� b) �� c) �� d) �6 e) �� 21 Sejam �� � � � e �� � � � � � �. A soma dos valores absolutos das raízes da equação ���� � �� é igual a a) � b) � c) � d) � e) � 22 No losango ���� de lado 1, representado na figura, tem-se que � é o ponto médio de ������, � é o ponto médio de ������ e �� ��������. Então, �� é igual a

a)

� �

b)

c)

d)

��

e) ��

23 Seja � tal que a sequência !" � #$%�, !� � #$%&��, !' � #$%(�� forme, nessa ordem, uma progressão aritmética. Então, !" � !� � !' é igual a

a)

��

b)

��

c)

��

d)

��

e) �

24 Na figura, o triângulo ��� é equilátero de lado 1, e ���), �*+� e �,-� são quadrados. A área do polígono �)*+,- vale a) � � �� b) � �� c) � � �� d) � � �� e) � � ��� 25 Sejam e . números reais positivos tais que � . � /� . Sabendo-se que 012. � � � ���, o valor de 3%�. � 3%� é igual a

a)

b)

��

c)

d)

��

e) ��

26 A esfera 4, de centro 5 e raio 6 � , é tangente ao plano 7. O plano 8 é paralelo a 7 e contém 5. Nessas condições, o volume da pirâmide que tem como base um hexágono regular inscrito na intersecção de 4 com 8 e, como vértice, um ponto em 7, é igual a

a)

�� 6'

b)

��� 6'

��

c)

��� 6'

d)

��� 6'

��

e) �� 6'

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V

27 Um dado cúbico, não viciado, com faces numeradas de 1 a 6, é lançado três vezes. Em cada lançamento, anota-se o número obtido na face superior do dado, formando-se uma sequência !9 :9 ;�. Qual é a probabilidade de que : seja sucessor de ! ou que ; seja sucessor de :?

a)

� �

b)

����

c)

� �

d)

� �

e) ���

28 No plano cartesiano, os pontos 9 �� e ��9 � pertencem à circunferência <. Uma outra circunferência, de centro em ��� 9 ��, é tangente a < no ponto 9 ��. Então, o raio de < vale

a)

���

b)

���

c)

��

d)

����

e) �� 29 Seja �� � ! � =>?@, em que !9 :��e ; são números reais. A imagem de � é a semirreta A��9BC e o gráfico de � intercepta os eixos coordenados nos pontos �9 � e 9�����. Então, o produto !:; vale a) ���� b) ��� c) ��� d) � e) ��

30 Um sólido branco apresenta as seguintes propriedades: I. É solúvel em água. II. Sua solução aquosa é condutora de corrente

elétrica. III. Quando puro, o sólido não conduz corrente elétrica. IV. Quando fundido, o líquido puro resultante não

conduz corrente elétrica. Considerando essas informações, o sólido em questão pode ser a) sulfato de potássio. b) hidróxido de bário. c) platina. d) ácido cis-butenodioico. e) polietileno. 31 Considere 4 frascos, cada um contendo diferentes substâncias, a saber:

Frasco 1: 100 mL de H2O(�)

Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de ácido acético de concentração 0,5 mol/L

Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de KOH de concentração 1,0 mol/L

Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de HNO3 de concentração 1,2 mol/L

A cada um desses frascos, adicionaram-se, em experimentos distintos, 100 mL de uma solução aquosa de HC� de concentração 1,0 moI/L. Medindo-se o pH do líquido contido em cada frasco, antes e depois da adição de HC�(aq), pôde-se observar aumento do valor do pH somente a) nas soluções dos frascos 1, 2 e 4. b) nas soluções dos frascos 1 e 3. c) nas soluções dos frascos 2 e 4. d) na solução do frasco 3. e) na solução do frasco 4. 32 A figura abaixo traz um modelo da estrutura microscópica de determinada substância no estado sólido, estendendo-se pelas três dimensões do espaço. Nesse modelo, cada esfera representa um átomo e cada bastão, uma ligação química entre dois átomos.

A substância representada por esse modelo tridimensional pode ser a) sílica, (SiO2)n. b) diamante, C. c) cloreto de sódio, NaC�. d) zinco metálico, Zn. e) celulose, (C6H10O5)n.

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V

33 Em um funil de separação, encontram-se, em contato, volumes iguais de duas soluções: uma solução aquosa de I2, de concentração 0,1 � 10-3 mol/L, e uma solução de I2 em CC�4, de concentração 1,0 � 10-3 moI/L.

Considere que o valor da constante Kc do equilíbrio

é igual a 100, à temperatura do experimento, para concentrações expressas em moI/L. Assim sendo, o que é correto afirmar a respeito do sistema descrito? a) Se o sistema for agitado, o I2 será extraído do CC�4

pela água, até que a concentração de I2 em CC�4 se iguale a zero.

b) Se o sistema for agitado, o I2 será extraído da água pelo CC�4, até que a concentração de I2 em água se iguale a zero.

c) Mesmo se o sistema não for agitado, a concentração de I2 no CC�4 tenderá a aumentar e a de I2, na água, tenderá a diminuir, até que se atinja um estado de equilíbrio.

d) Mesmo se o sistema não for agitado, a concentração de I2 na água tenderá a aumentar e a de I2, no CC�4, tenderá a diminuir, até que se atinja um estado de equilíbrio.

e) Quer o sistema seja agitado ou não, ele já se encontra em equilíbrio e não haverá mudança nas concentrações de I2 nas duas fases.

34 Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível sentir o odor do combustível a certa distância da bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da gasolina, que são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de oxigênio, não há combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram propostas para isso: I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do

oxigênio estão em equilíbrio químico e, por isso, não reagem.

II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm energia suficiente para iniciar a combustão.

III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio encontram-se tão separadas que não há colisão entre elas.

Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

35 O isótopo 14 do carbono emite radiação �, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo apresenta cerca de 900 decaimentos � por hora � valor que permanece constante, pois as plantas absorvem continuamente novos átomos de 14C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferramenta de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos � por hora por grama de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de a) 19 100 a.C. b) 17 100 a.C. c) 9 400 a.C. d) 7 400 a.C. e) 3 700 a.C.

Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5 700 anos 36 As naves espaciais utilizam pilhas de combustível, alimentadas por oxigênio e hidrogênio, as quais, além de fornecerem a energia necessária para a operação das naves, produzem água, utilizada pelos tripulantes. Essas pilhas usam, como eletrólito, o KOH(aq), de modo que todas as reações ocorrem em meio alcalino. A troca de elétrons se dá na superfície de um material poroso. Um esquema dessas pilhas, com o material poroso representado na cor cinza, é apresentado a seguir.

Escrevendo as equações das semirreações que ocorrem nessas pilhas de combustível, verifica-se que, nesse esquema, as setas com as letras a e b indicam, respectivamente, o sentido de movimento dos a) íons OH- e dos elétrons. b) elétrons e dos íons OH-.

c) íons K+ e dos elétrons.

d) elétrons e dos íons K+.

e) elétrons e dos íons H+.

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V

37 Os confeitos de chocolate de determinada marca são apresentados em seis cores. Com eles, foi feito o seguinte experimento, destinado a separar os corantes utilizados em sua fabricação: Confeitos de cada uma das seis diferentes cores foram umedecidos com água e pressionados contra uma folha de papel especial, de modo a deixar amostras dos corantes em pontos igualmente espaçados, sempre a 2 cm da base da folha. A seguir, a folha foi colocada em um recipiente com água, de forma a mergulhar somente a base da folha de papel na água, sem que o líquido tocasse os pontos coloridos. Após algum tempo, quando a água havia atingido o topo da folha, observou-se a formação de manchas de diferentes cores, aqui simbolizadas por diferentes formas e tamanhos:

Os confeitos em cuja fabricação é empregado um corante amarelo são os de cor a) vermelha, amarela e marrom. b) amarela, verde e laranja. c) verde, azul e marrom. d) vermelha, amarela e verde. e) vermelha, laranja e marrom.

38 Para identificar quatro soluções aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções de hidróxido de sódio, sulfato de potássio, ácido sulfúrico e cloreto de bário, não necessariamente nessa ordem, foram efetuados três ensaios, descritos a seguir, com as respectivas observações. I. A adição de algumas gotas de fenolftaleína a

amostras de cada solução fez com que apenas a amostra de B se tornasse rosada.

II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tornou-se incolor pela adição de amostra de A.

III. Amostras de A e C produziram precipitados brancos quando misturadas, em separado, com amostras de D.

Com base nessas observações e sabendo que sulfatos de metais alcalino-terrosos são pouco solúveis em água, pode-se concluir que A, B, C e D são, respectivamente, soluções aquosas de a) H2SO4, NaOH, BaC�2 e K2SO4. b) BaC�2, NaOH, K2SO4 e H2SO4. c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaC�2. d) K2SO4, H2SO4, BaC�2 e NaOH. e) H2SO4, NaOH, K2SO4 e BaC�2.

39 Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desenvolvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas estruturais dos princípios ativos desses medicamentos são:

Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois dos grupos funcionais que estão presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir. Esses grupos são característicos de a) amidas e éteres. b) ésteres e álcoois. c) ácidos carboxílicos e éteres. d) ésteres e ácidos carboxílicos. e) amidas e álcoois.

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V

40 A figura abaixo representa uma célula diploide e as células resultantes de sua divisão.

Nesse processo, a) houve um único período de síntese de DNA, seguido

de uma única divisão celular. b) houve um único período de síntese de DNA, seguido

de duas divisões celulares. c) houve dois períodos de síntese de DNA, seguidos

de duas divisões celulares. d) não pode ter ocorrido permutação cromossômica. e) a quantidade de DNA das células filhas permaneceu

igual à da célula mãe. 41 Os resultados de uma pesquisa realizada na USP revelam que a araucária, o pinheiro brasileiro, produz substâncias antioxidantes e fotoprotetoras. Uma das autoras do estudo considera que, possivelmente, essa característica esteja relacionada ao ambiente com intensa radiação UV em que a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de anos. Com base na Teoria Sintética da Evolução, é correto afirmar que a) essas substâncias surgiram para evitar que as

plantas sofressem a ação danosa da radiação UV. b) a radiação UV provocou mutações nas folhas da

araucária, que passaram a produzir tais substâncias. c) a radiação UV atuou como fator de seleção, de

maneira que plantas sem tais substâncias eram mais suscetíveis à morte.

d) a exposição constante à radiação UV induziu os indivíduos de araucária a produzirem substâncias de defesa contra tal radiação.

e) a araucária é um exemplo típico da finalidade da evolução, que é a produção de indivíduos mais fortes e adaptados a qualquer ambiente.

42 Na evolução dos vegetais, o grão de pólen surgiu em plantas que correspondem, atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso significa que o grão de pólen surgiu antes a) dos frutos e depois das flores. b) das flores e depois dos frutos. c) das sementes e depois das flores. d) das sementes e antes dos frutos. e) das flores e antes dos frutos.

43 Considere os filos de animais viventes e as seguintes características relacionadas à conquista do ambiente terrestre: I. Transporte de gases feito exclusivamente pelo

sistema respiratório, independente do sistema circulatório.

II. Respiração cutânea e pulmonar no mesmo indivíduo.

III. Ovos com casca calcárea resistente e porosa. A sequência que reproduz corretamente a ordem evolutiva de surgimento de tais características é: a) I, II e III. b) II, I e III. c) II, III e I. d) III, I e II. e) III, II e I. 44 Em 1910, cerca de 50 indivíduos de uma espécie de mamíferos foram introduzidos numa determinada região. O gráfico abaixo mostra quantos indivíduos dessa população foram registrados a cada ano, desde 1910 até 1950.

Esse gráfico mostra que, a) desde 1910 até 1940, a taxa de natalidade superou

a de mortalidade em todos os anos. b) a partir de 1938, a queda do número de indivíduos

foi devida à emigração. c) no período de 1920 a 1930, o número de

nascimentos mais o de imigrantes foi equivalente ao número de mortes mais o de emigrantes.

d) no período de 1935 a 1940, o número de nascimentos mais o de imigrantes superou o número de mortes mais o de emigrantes.

e) no período de 1910 a 1950, o número de nascimentos mais o de imigrantes superou o número de mortes mais o de emigrantes.

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V

45 O quadro abaixo lista características que diferenciam os reinos dos fungos, das plantas e dos animais, quanto ao tipo e ao número de células e quanto à forma de nutrição de seus integrantes.

Característica I II III Tipo de célula Exclusivamente procarióticos Maioria eucarióticos Exclusivamente eucarióticos Número de células Exclusivamente unicelulares Unicelulares ou pluricelulares Exclusivamente pluricelulares Forma de nutrição Exclusivamente heterotróficos Autotróficos ou heterotróficos Exclusivamente autotróficos

Com relação a essas características, os seres vivos que compõem o reino dos fungos estão indicados em:

Tipo de célula Número de células Forma de nutrição a) I III II b) II III I c) III II I d) III I II e) II II III

__________________________________________________________________________________________ 46 Ao noticiar o desenvolvimento de mecanismos de prevenção contra a esquistossomose, um texto jornalístico trouxe a seguinte informação: Proteína do parasita da doença “ensina” organismo a se defender dele.

Folha de S. Paulo, 06/08/2010. Traduzindo a notícia em termos biológicos, é correto afirmar que uma proteína, presente a) no platelminto causador da doença, ao ser

introduzida no ser humano, estimula resposta imunológica que, depois, permite o reconhecimento do parasita no caso de uma infecção.

b) no platelminto causador da doença, serve de modelo para a produção de cópias de si mesma no corpo do hospedeiro que, então, passa a produzir defesa imunológica contra esse parasita.

c) no molusco causador da doença, estimula a produção de anticorpos no ser humano, imunizando-o contra uma possível infecção pelo parasita.

d) no molusco causador da doença, atua como anticorpo, no ser humano, favorecendo a resposta imunológica contra o parasita.

e) no nematelminto causador da doença, pode ser utilizada na produção de uma vacina capaz de imunizar o ser humano contra infecções por esses organismos.

47 Uma das extremidades de um tubo de vidro foi envolvida por uma membrana semipermeável e, em seu interior, foi colocada a solução A. Em seguida, mergulhou-se esse tubo num recipiente contendo a solução B, como mostra a Figura 1. Minutos depois, observou-se a elevação do nível da solução no interior do tubo de vidro (Figura 2).

O aumento do nível da solução no interior do tubo de vidro é equivalente a) à desidratação de invertebrados aquáticos, quando

em ambientes hipotônicos. b) ao que acontece com as hemácias, quando

colocadas em solução hipertônica. c) ao processo de pinocitose, que resulta na entrada

de material numa ameba. d) ao processo de rompimento de células vegetais,

quando em solução hipertônica. e) ao que acontece com as células�guarda e resulta na

abertura dos estômatos.

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48 No heredograma abaixo, o símbolo representa um homem afetado por uma doença genética rara, causada por mutação num gene localizado no cromossomo X. Os demais indivíduos são clinicamente normais.

As probabilidades de os indivíduos 7, 12 e 13 serem portadores do alelo mutante são, respectivamente, a) 0,5; 0,25 e 0,25. b) 0,5; 0,25 e 0. c) 1; 0,5 e 0,5. d) 1; 0,5 e 0. e) 0; 0 e 0. 49 A figura abaixo representa, em corte longitudinal, o coração de um sapo.

Comparando o coração de um sapo com o coração humano, pode-se afirmar que a) não há diferenças significativas entre os dois quanto

à estrutura das câmaras. b) enquanto no sapo o sangue chega pelos átrios

cardíacos, no coração humano o sangue chega pelos ventrículos.

c) ao contrário do que ocorre no sapo, no coração humano o sangue chega sempre pelo átrio direito.

d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câmaras do coração humano por onde passa sangue arterial não passa sangue venoso.

e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao coração por dois vasos, um que se abre no átrio direito e o outro, no átrio esquerdo.

50 As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma identidade própria, que lhes dava força e significado. Norberto Luiz Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica.

São Paulo: Atual, p.20, 2006. Adaptado. As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos

políticos entre seus habitantes. b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante

sua formação escolar. c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e

definição de leis e moeda próprias. d) concentração populacional em núcleos urbanos e

isolamento em relação aos grupos que habitavam o meio rural.

e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos de organização política.

51 Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso.

Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.

Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos

e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno.

b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente.

c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia.

d) resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque.

e) forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário.

52 Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações a) orientais do continente europeu. b) nativas da Oceania. c) africanas do Magreb. d) indígenas da América Central. e) asiáticas da Indonésia.

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53 Quando os Holandeses passaram à ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial.

Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825. Lisboa: Edições 70, s.d., p.115.

Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a

a) conquista espanhola do México, a fundação de Salvador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia.

b) invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses.

c) presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão.

d) expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos portugueses e a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança.

e) conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos judeus de Portugal.

54 É assim extremamente simples a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econômica – a terra, única força produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos. Mas, elas não são contudo bastante profundas para se caracterizarem em situações radicalmente distintas.

Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].

Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial, \

a) só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que porventura fizessem parte de outras.

b) havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a critérios econômicos.

c) todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários rurais, exceto os pequenos trabalhadores livres, semilivres ou escravos.

d) diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário complexo, marcado por conflitos sociais.

e) a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não alteravam a simplicidade da estrutura social.

55

A cena retratada no quadro acima simboliza a a) estupefação diante da destruição e da mortalidade

causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.

b) Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.

c) perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.

d) força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.

e) defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.

56 Foi precisamente a divisão da economia mundial em múltiplas jurisdições políticas, competindo entre si pelo capital circulante, que deu aos agentes capitalistas as maiores oportunidades de continuar a expandir o valor de seu capital, nos períodos de estagnação material generalizada da economia mundial.

Giovanni Arrighi, O longo século XX. Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo. Rio de Janeiro/São Paulo:

Contraponto/Edunesp, p.237, 1996.

Conforme o texto, uma das características mais marcantes da história da formação e desenvolvimento do sistema capitalista é a a) incapacidade de o capitalismo se desenvolver em

períodos em que os Estados intervêm fortemente na economia de seus países.

b) responsabilidade exclusiva dos agentes capitalistas privados na recuperação do capitalismo, após períodos de crise mundial.

c) dependência que o capitalismo tem da ação dos Estados para a superação de crises econômicas mundiais.

d) dissolução frequente das divisões políticas tradicionais em decorrência da necessidade de desenvolvimento do capitalismo.

e) ocorrência de oportunidades de desenvolvimento financeiro do capital a partir de crises políticas generalizadas.

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57 — Não entra a polícia! Não deixa entrar! Aguenta! Aguenta! — Não entra! Não entra! repercutiu a multidão em coro. E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo. — Aguenta! Aguenta!

Aluísio Azevedo, O cortiço, 1890, parte X. O fragmento acima mostra a resistência dos moradores de um cortiço à entrada de policiais no local. O romance de Aluísio Azevedo a) representa as transformações urbanas do Rio de

Janeiro no período posterior à abolição da escravidão e o difícil convívio entre ex-escravos, imigrantes e poder público.

b) defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasileira de manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime.

c) denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribui os problemas sociais existentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.

d) valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira.

e) apresenta a imigração como a principal origem dos males sociais por que o país passava, pois os novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.

58 África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros.

Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila Hernandez, A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005.

A frase acima se justifica porque a) os movimentos de independência na África foram

patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente.

b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana.

c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente.

d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas.

e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência.

59 A burca não é um símbolo religioso, é um símbolo da subjugação, da subjugação das mulheres. Quero dizer solenemente que não será bem-recebida em nosso território.

Nicolas Sarkozy, presidente da França, 22/6/2009, Estadão.com.br, 22/6/2009.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,burcas-nao-tem-lugar-na-franca-diz-sarkozy,391152,0.htm –

Acessado em 10/6/2010. Deputados que integram a Comissão Parlamentar encarregada de analisar o uso da burca na França propuseram a proibição de todos os tipos de véus islâmicos integrais nos serviços públicos. (…) A resolução prevê a proibição do uso de tais vestimentas nos serviços públicos — hospitais, transportes, escolas públicas e outras instalações do governo.

Folha Online, 26/1/2010. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u684757.shtml.

Acessado em 10/6/2010. Com base nos textos acima e em seus conhecimentos, assinale a afirmação correta sobre o assunto. a) O governo francês proibiu as práticas rituais

islâmicas em todo o território nacional. b) Apesar da obrigatoriedade de o uso da burca se

originar de preocupações morais, o presidente francês a considera um traje religioso.

c) A maioria dos Estados nacionais do Ocidente, inclusive a França, optou pela adoção de políticas de repressão à diversidade religiosa.

d) As tensões políticas e culturais na França cresceram nas últimas décadas com o aumento do fluxo imigratório de populações islâmicas.

e) A intolerância religiosa dos franceses, fruto da Revolução de 1789, impede a aceitação do islamismo e do judaísmo na França.

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60 Esta foto ilustra uma das formas do relevo brasileiro, que são as chapadas.

É correto afirmar que essa forma de relevo está a) distribuída pelas regiões Norte e Centro-Oeste, em

terrenos cristalinos, geralmente moldados pela ação do vento.

b) localizada no litoral da região Sul e decorre, em geral, da ação destrutiva da água do mar sobre rochas sedimentares.

c) concentrada no interior das regiões Sul e Sudeste e formou-se, na maior parte dos casos, a partir do intemperismo de rochas cristalinas.

d) restrita a trechos do litoral Norte-Nordeste, sendo resultante, sobretudo, da ação modeladora da chuva, em terrenos cristalinos.

e) presente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, tendo sua formação associada, principalmente, a processos erosivos em planaltos sedimentares.

61 O rico patrimônio histórico-arquitetônico da cidade de São Luiz do Paraitinga, parcialmente destruído pelas chuvas no início de 2010, associa-se a um fausto vivido pelo Vale do Paraíba, no passado, entre final do século XIX e início do século XX, proporcionado pela cultura do café. Considere as seguintes afirmações sobre o Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. I. A pecuária leiteira, que se desenvolveu no Vale, a

partir da crise do café, é, ainda hoje, uma atividade econômica praticada na região.

II. Essa região abriga as maiores hidrelétricas do Estado, responsáveis pelo fornecimento de energia para a Região Metropolitana de São Paulo.

III. O relevo de Mares de Morros marca a paisagem dessa região, estendendo-se, também, para outros estados brasileiros.

IV. A industrialização dessa região foi favorecida por sua localização, entre as duas maiores cidades brasileiras, bem como por sua acessibilidade rodoviária.

Está correto o que se afirma em a) I, II e III, apenas. b) I e IV, apenas. c) I, III e IV, apenas. d) II e IV, apenas. e) I, II, III e IV.

62 Conforme proposta do geógrafo Aziz Ab’Saber, existem, no Brasil, seis domínios morfoclimáticos. Assinale a alternativa correta sobre o Domínio Morfoclimático das Araucárias. a) A urbanização e a exploração madeireira pelas indústrias

da construção civil e do setor moveleiro tiveram papel central na redução de sua vegetação original.

b) O manejo sustentável permitiu a expansão de parreirais em associação com a mata de araucária remanescente, na faixa litorânea.

c) As araucárias recobriam as planícies da Campanha Gaúcha no sul do país, tendo sido dizimadas para dar lugar à avicultura e à ovinocultura.

d) A prática da silvicultura possibilitou a expansão desse domínio morfoclimático para a porção oeste do Planalto Ocidental Paulista.

e) A expansão do processo de arenização no sul do país provocou a devastação da cobertura original de araucária.

63

Sobre a produção de madeira oriunda de florestas plantadas, no Brasil, para fabricação de papel e celulose, considere o gráfico e as afirmações seguintes: I. Os estados de São Paulo e Paraná respondem,

juntos, por cerca de 50% da produção nacional, em função de sua proximidade com as indústrias processadoras, com o maior mercado consumidor do país e com os principais eixos de exportação.

II. O cultivo de espécies voltadas a essa produção tem avançado sobre territórios dos estados da Bahia e do Espírito Santo, sendo responsável pela subtração de parcela da Mata Atlântica nesses estados.

III. Nos estados da região Sul, que figuram entre os oito maiores produtores do país, essa produção está restrita a pequenas propriedades, associada a produtos voltados à subsistência, tais como laticínios, charque e hortaliças.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

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64 A metrópole se transforma num ritmo intenso. A mudança mais evidente refere-se ao deslocamento de indústrias da cidade de São Paulo [para outras cidades paulistas ou outros estados], uma tendência que presenciamos no processo produtivo – como condição de competitividade – que obriga as empresas a se modernizarem.

A. F. A. Carlos, São Paulo: do capital industrial ao capital financeiro, 2004. Adaptado.

Com base no texto acima e em seus conhecimentos, considere as afirmações:

I. Um dos fatores que explica o deslocamento de indústrias da capital paulista é o seu trânsito congestionado, que aumenta o tempo e os custos da circulação de mercadorias.

II. O deslocamento de indústrias da capital paulista tem acarretado transformações no mercado de trabalho, como a diminuição relativa do emprego industrial na cidade.

III. O deslocamento de indústrias da cidade de São Paulo decorre, entre outros fatores, do alto grau de organização e da forte atuação dos sindicatos de trabalhadores nessa cidade.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 65 A representação gráfica abaixo diz respeito à oferta interna de energia, por tipo de fonte, em quatro países.

As fontes de energia 1, 2 e 3 estão corretamente identificadas em:

1 2 3

a) petróleo nuclear gás natural

b) gás natural carvão mineral fontes renováveis

c) fontes renováveis nuclear carvão mineral

d) petróleo gás natural nuclear

e) carvão mineral petróleo fontes renováveis

66 A figura abaixo é uma representação esquemática da geopolítica atual (1991�2009), segundo o autor Philip S. Golub.

Considerando seus conhecimentos sobre a atual geopolítica mundial, identifique a alternativa que contém um título adequado para a figura bem como informações que completam, corretamente, os itens 1, 2 e 3 da legenda.

Título Legenda

a) Hegemonia con- testada da tríade: emergência de um Mundo Poli-cêntrico.

1. Resistência à influência europeia.

2. Países membros da OTAN. 3. Potências militares regio-

nais sob a liderança de Brasil e Índia.

b) Mundo Unipolar: planeta sob o controle econô-mico dos EUA.

1. Resistência ao uso de armas nucleares.

2. Países signatários de tratados de livre-comércio.

3. Países do hemisfério sul sob tutela dos EUA.

c) Membros per-manentes do Conselho de Se-gurança da ONU e Mundo Tripolar.

1. Resistência à influência europeia.

2. Países membros da OTAN. 3. Potências militares regio-

nais sob a liderança de Brasil e Índia.

d) Hegemonia con- testada da tríade: emergência de um Mundo Poli-cêntrico.

1. Resistência à hegemonia norte-americana.

2. Países da tríade. 3. Ascensão de poderes

regionais e diminuição do poder norte-americano.

e) Membros per-manentes do Conselho de Se-gurança da ONU e Mundo Tripolar.

1. Resistência ao uso de armas nucleares.

2. Países signatários de tratados de livre-comércio.

3. Países do hemisfério sul sob tutela dos EUA.

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V

67

Os investimentos diretos da China no Brasil aumentaram vertiginosamente nos últimos anos, conforme pode ser observado no gráfico acima.

Sobre esses investimentos, é correto afirmar:

a) Destinam-se, principalmente, à produção de matéria-prima no Brasil, destacando-se minério de ferro e soja.

b) Originam-se, principalmente, da falta de qualificação da mão de obra no setor agrícola, na China, nos últimos anos.

c) Devem-se à necessidade de a China diversificar e expandir sua indústria pesqueira para além do Sudeste asiático.

d) Concentram-se na produção pecuária, visando atender à crescente demanda de sua carteira de negócios no mercado norte-americano.

e) Relacionam-se à flexibilização da legislação trabalhista brasileira, que tem atraído investimentos chineses, sobretudo para o setor de biotecnologia.

68 Observe o mapa abaixo, no qual estão representadas cidades africanas em que ocorreram jogos da seleção brasileira de futebol pouco antes e durante a Copa do Mundo de 2010.

As distâncias*, em linha reta e em km, entre Johannesburgo e as demais cidades localizadas no mapa, estão corretamente indicadas em:

Dar es Salaam Harare Durban Porto

Elizabeth a) 25.900 9.100 5.600 10.500 b) 18.900 5.380 870 4.600 c) 2.590 910 560 1.050 d) 259 91 56 105 e) 1.890 530 87 460

*Valores aproximados.

69 Doenças tropicais surgem graças a um conjunto de fatores biológicos, ecológicos e evolutivos que condicionam a sua ocorrência exclusivamente nas proximidades do Equador, entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Porém, a perpetuação das doenças tropicais em países aí situados depende, fundamentalmente, da precária situação econômica vigente e é consequência direta do subdesenvolvimento.

E. P. Camargo, Doenças tropicais, 2008. Adaptado.

Com base no mapa e em seus conhecimentos, indique a afirmação correta. a) O recente desenvolvimento econômico alcançado

pela Índia e pela Indonésia favoreceu a erradicação da malária desses países, apesar da tropicalidade.

b) O clima tropical, quente e úmido, permite a rápida proliferação da malária em países como Peru, Chile e Colômbia.

c) A concentração da malária, no Nordeste do Brasil, deve-se à precariedade do saneamento básico na região semiárida.

d) Na África subsaariana, nota-se alta concentração da malária, fruto da tropicalidade e da miséria que assola a região.

e) Na Amazônia brasileira, a morte por malária foi erradicada, fruto de consecutivas campanhas de vacinação.

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V

Texto para as questões de 70 a 74 Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna. O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar. — Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador? — Sim, eu também sangro... — Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali que é uma praga. — Homem, eu da cirurgia não entendo muito... — Pois já não disse que sabe também sangrar? — Sim... — Então já sabe até demais. No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta. Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado. Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.

Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.

70 Das seguintes afirmações acerca de diferentes elementos linguísticos do texto, a única correta é:

a) A expressão sublinhada em “para curar a gente a bordo” (L. 12) deve ser entendida como pronome de tratamento de uso informal.

b) A fórmula de tratamento (L. 14) com que o barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom cerimonioso do início do diálogo.

c) O destaque gráfico da palavra “muito” (L. 14) produz um efeito de sentido que é reforçado pelas reticências.

d) O pronome possessivo usado nos trechos “saiu o nosso homem” (L. 18) e “lanceta do nosso homem” (L. 30) configura o chamado plural de modéstia.

e) A palavra “fortuna”, tal como foi empregada na linha 19, pode ser substituída por “bens”, sem prejuízo para o sentido.

71 Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte frase: a) “era um dos combóis que traziam fornecimento para

o Valongo”. b) “você estava bem bom, se quisesse ir conosco”. c) “Pois já não disse que sabe também sangrar?”. d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal a

médico de navio negreiro”. e) “logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois

marinheiros”.

72 Neste trecho, em que narra uma cena relacionada ao tráfico de escravos, o narrador não emite julgamento direto sobre essa prática. Ao adotar tal procedimento, o narrador a) revela-se cúmplice do mercado negreiro, pois fica

subentendido que o considera justo e irrepreensível. b) antecipa os métodos do Realismo�Naturalismo, o

qual, em nome da objetividade, também abolirá os julgamentos de ordem social, política e moral.

c) prefigura a poesia abolicionista de Castro Alves, que irá empregá-lo para melhor expor à execração pública o horror da escravidão.

d) contribui para que se constitua a atmosfera de ausência de culpa que caracteriza a obra.

e) mostra-se consciente de que a responsabilidade pelo comércio de escravos cabia, principalmente, aos próprios africanos, e não ao tráfico negreiro.

73 Assim como faz o barbeiro, nesse trecho de Memórias de um sargento de milícias, também a personagem José Dias, de Dom Casmurro, irá se passar por médico (homeopata), para obter meios de subsistência. Essa correlação indica que I. estamos diante de uma linha de continuidade

temática entre o romance de Manuel Antônio de Almeida e o romance machadiano da maturidade.

II. agregados transgrediam com bastante desenvoltura princípios morais básicos, razão pela qual eram proibidos de conviver com a rígida família patriarcal do Império.

III. os protagonistas desses romances decalcam um mesmo modelo literário: o do pícaro, herói do romance picaresco espanhol.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 74 A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem exemplificada em:

a) “quando tem pouco que fazer”; “cumpria sabê-lo aproveitar”.

b) “Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”. c) “saber fazer render a nova posição”; “Chegaram

com feliz viagem ao seu destino”. d) “puxar conversa”; “entendedor do riscado”. e) “adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”. 75 Considere a seguinte afirmação: Ambas as obras criticam a sociedade, mas apenas a segunda milita pela subversão da hierarquia social nela representada. Observada a sequência, essa afirmação aplica-se a a) A cidade e as serras e Capitães da areia. b) Vidas secas e Memórias de um sargento de

milícias. c) O cortiço e Iracema. d) Auto da barca do inferno e A cidade e as serras. e) Iracema e Memórias de um sargento de milícias.

5 10 15 20 25 30

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V

76 Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede.

“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.

Machado de Assis, Crítica. No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema: a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim. b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim. c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti. e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.

Texto para as questões de 77 a 79

A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe desde há muito tempo. Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente. Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação.

Octavio Ianni. Dialética das relações sociais. Estudos avançados, n. 50, 2004.

77 Segundo o texto, a questão racial configura-se como “enigma”, porque a) é presa de acirrados antagonismos sociais. b) tem origem no preconceito, que é de natureza

irracional. c) encobre os interesses de determinados estratos

sociais. d) parece ser herança histórica, mas surge na

contemporaneidade. e) muda sem cessar, sem que, por isso, seja superada. 78 As palavras do texto cujos prefixos traduzem, respectivamente, ideia de anterioridade e contiguidade são a) “persistente” e “alteridade”. b) “discriminados” e “hierarquização”. c) “preconceituosos” e “cooperação”. d) “subordinados” e “diversidade”. e) “identidade” e “segregados”.

79 Conforme o texto, na questão racial, o funcionamento da sociedade dá-se a ver de modo a) concentrado. b) invertido. c) fantasioso. d) compartimentado. e) latente.

Texto para as questões de 80 a 82

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:

— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.

National Geographic Brasil. Adaptado. 80 Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que a) cidades são geralmente feias, mas interessantes. b) o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita

cidade. c) La Paz é tão feia quanto São Paulo. d) São Paulo é uma cidade feia. e) São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do

mundo. 81 No terceiro parágrafo do texto, a expressão que indica, de modo mais evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às pessoas a que se refere é a) “disposição para o trabalho”. b) “vibração empreendedora”. c) “feição muito particular”. d) “saindo para trabalhar”. e) “dessa gente”. 82 Ao reproduzir um diálogo, o texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra “garra”, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo, a) “lanço à queima-roupa”. b) “Agora você me pegou”. c) “deixa eu ver”. d) “Bogotá é muito feiosa”. e) “é algo que me toca”.

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V

Texto para as questões de 83 a 85

A ROSA DE HIROXIMA Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética. 83 Neste poema, a) a referência a um acontecimento histórico, ao

privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.

b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.

c) o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal.

d) o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção popular.

e) o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor de sua mensagem.

84 Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem-se apontar a sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos a) 2 e 17. b) 1 e 5. c) 8 e 15. d) 9 e 18. e) 14 e 3. 85 Os aspectos expressivo e exortativo do texto conjugam-se, de modo mais evidente, no verso: a) “Mudas telepáticas”. (V. 2) b) “Mas oh não se esqueçam”. (V. 9) c) “Da rosa da rosa”. (V. 10) d) “Estúpida e inválida”. (V. 14) e) “A antirrosa atômica”. (V. 16)

5 10 15

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V

Texto para as questões de 86 a 88

The perils of counterfeit drugs go way beyond being ripped off by dubious online pill-pushers. The World Health Organization (WHO) estimates that 50 per cent of all medicines sold online are worthless counterfeits. In developing nations fake pills may account for as much as 30 per cent of all drugs on the market. Even in the developed world, 1 per cent of medicines bought over the counter are fakes.

Some key events illustrate the risk these pose. In Nigeria, 2500 children died in 1995 after receiving fake meningitis vaccines. In Haiti, Bangladesh and Nigeria, around 400 people died in 1998 after being given paracetamol that had been prepared with diethylene glycol – a solvent used in wallpaper stripper. The fakers are nothing if not market-aware: in the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu.

What can be done? The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues alerts when it finds anomalies in the medicine supply chain. Such events include sudden drops in wholesale prices, hinting at fakes coming onto the market, or the mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes, says Nimo Ahmed, head of intelligence at the UK’s Medicine and Healthcare Products Regulatory Agency.

New Scientist, 10 July 2010, p. 18. Adaptado.

86 De acordo com o texto, medicamentos falsificados, em geral,

a) são consumidos apenas em países pobres e de pouco acesso à internet.

b) encontram dificuldade de comercialização com o aparecimento de novas doenças.

c) são ineficazes e contêm elementos danosos à saúde em sua composição.

d) possuem embalagens atraentes que ludibriam o consumidor.

e) vêm sendo criteriosamente apreendidos pela Organização Mundial da Saúde.

87 O texto informa que os falsificadores

a) atuam na venda de remédios no mercado atacadista.

b) roubam o selo de qualidade da Organização Mundial da Saúde.

c) utilizam placebo nos medicamentos. d) apresentam-se como representantes oficiais da

indústria farmacêutica. e) estão sempre alertas à demanda do mercado.

88 Segundo o texto, para conter a venda de medicamentos falsificados, a Organização Mundial da Saúde

a) estimula a venda promocional de medicamentos importantes sempre que necessário.

b) coordena o trabalho de uma organização que acompanha o fornecimento de remédios no mercado farmacêutico, alertando para possíveis irregularidades.

c) exige que todos os medicamentos exibam o holograma da organização e o código de barras.

d) controla o lançamento de novos medicamentos no mercado, a exemplo do Tamiflu.

e) autoriza apenas a comercialização de medicamentos que passaram pelo crivo das agências sanitárias internacionais.

Texto para as questões 89 e 90

Europe’s economic distress could be China’s opportunity. In the past, the country has proved a hesitant investor in the continent, but figures show a 30 percent surge in new Chinese projects in Europe last year. And these days Europe looks ever more tempting. Bargains proliferate as the yuan strengthens and cash-strapped governments forget concerns over foreign ownership of key assets. On a recent visit to Greece, Vice Premier Zhang Dejiang sealed 14 deals, reportedly the largest Chinese investment package in Europe, covering a range of sectors from construction to telecoms. Meanwhile, Irish authorities have opened talks with Chinese promoters to develop a 240-hectare industrial park in central Ireland where Chinese manufacturers could operate inside the European Union free of quotas and costly tariffs. In time, that could bring 10,000 new jobs. “It’s good business,” says Vanessa Rossi, an authority on China at the Royal Institute of International Affairs in London. “There’s big mutual benefit here.” Europe needs money; China needs markets.

Newsweek, July 19, 2010, p. 6. Adaptado. 89 Segundo o texto, a China

a) aproveitou o momento da crise mundial e fez vários investimentos no próprio país.

b) teve problemas econômicos similares aos dos países europeus, mas conseguiu superá-los.

c) hesitava em investir em países asiáticos e perdeu boas oportunidades na região.

d) aumentou seus investimentos na Europa no ano passado.

e) ressurgiu como potência mundial após vários anos de isolamento.

90 Afirma-se, no texto, que a Irlanda

a) negocia com a China o desenvolvimento de um parque industrial que trará benefícios à Europa e à própria China.

b) possui um plano de desenvolvimento que exime os investidores de pagamento de impostos.

c) enfrenta sérios problemas de desemprego, que já afetaram dez mil trabalhadores.

d) deseja fechar acordos que envolvam outros países da União Europeia.

e) planeja as mudanças que pretende implementar junto à Câmara Real de Negócios Internacionais, em Londres.

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FUVEST 20111ª Fase − Conhecimentos Gerais (28/11/2010)

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FUVEST 2011 Prova de Conhecimentos Gerais

28/11/2010

RESPOSTA GRUPO

V GRUPO

K GRUPO

Q GRUPO

X GRUPO

Z RESPOSTA GRUPO

V GRUPO

K GRUPO

Q GRUPO

X GRUPO

Z B 01 01 01 01 01 A 46 77 16 62 31 D 02 02 02 02 02 E 47 78 17 63 32 C 03 03 03 03 03 D 48 79 18 64 33 B 04 04 04 04 04 D 49 80 19 65 34 E 05 05 05 05 05 C 50 81 20 66 35 A 06 06 06 06 06 B 51 82 21 67 36 E 07 07 07 07 07 D 52 83 22 68 37 C 08 08 08 08 08 B 53 84 23 69 38 D 09 09 09 09 09 E 54 85 24 70 39 D 10 41 61 30 45 A 55 86 25 71 40 E 11 42 62 31 46 C 56 87 26 72 41 A 12 43 63 32 47 A 57 88 27 73 42 E 13 44 64 33 48 E 58 89 28 74 43 B 14 45 65 34 49 D 59 90 29 75 44 A 15 46 66 35 50 E 60 26 30 81 10 C 16 47 67 36 51 C 61 27 31 82 11 B 17 48 68 37 52 A 62 28 32 83 12 D 18 49 69 38 53 B 63 29 33 84 13 C 19 50 70 39 54 E 64 30 34 85 14 A 20 51 71 10 55 B 65 31 35 86 15 D 21 52 72 11 56 D 66 32 36 87 16 B 22 53 73 12 57 A 67 33 37 88 17 B 23 54 74 13 58 C 68 34 38 89 18 C 24 55 75 14 59 D 69 35 39 90 19 A 25 56 76 15 60 C 70 10 45 40 75 E 26 57 77 16 61 B 71 11 46 41 76 C 27 58 78 17 62 D 72 12 47 42 77 E 28 59 79 18 63 A 73 13 48 43 78 A 29 60 80 19 64 D 74 14 49 44 79 D 30 61 81 20 65 A 75 15 50 45 80 E 31 62 82 21 66 E 76 16 51 46 81 A 32 63 83 22 67 E 77 17 52 47 82 C 33 64 84 23 68 C 78 18 53 48 83 B 34 65 85 24 69 A 79 19 54 49 84 C 35 66 86 25 70 D 80 20 55 50 85 B 36 67 87 26 71 E 81 21 56 51 86 D 37 68 88 27 72 C 82 22 57 52 87 E 38 69 89 28 73 B 83 23 58 53 88 A 39 70 90 29 74 C 84 24 59 54 89 B 40 71 10 56 25 B 85 25 60 55 90 C 41 72 11 57 26 C 86 36 40 76 20 E 42 73 12 58 27 E 87 37 41 77 21 A 43 74 13 59 28 B 88 38 42 78 22 D 44 75 14 60 29 D 89 39 43 79 23 C 45 76 15 61 30 A 90 40 44 80 24

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BOX 100001/001

FUVEST 20112ª Fase − Primeiro Dia (09/01/2011)

NOME

IDENTIDADE

MATÉRIAS NO TERCEIRO DIA (11/01/2011)

001/040

Página 1/14 − Caderno Reserva

APORTUGUÊS e REDAÇÃO

09/01/2011 (domingo)

INSTRUÇÕES

1. Aguardar a autorização do fiscal para abrir o caderno de prova.

2. Aguardar a autorização do fiscal para iniciar a prova.

3. Verificar se o seu nome está correto na prova.

4. Duração da prova: 4 horas. O candidato deve controlar o tempo disponível.

5. A prova deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

6. A solução de cada questão deve ser feita exclusivamente nos espaços destinados às respostas. O que

estiver fora NÃO será considerado na correção.

7. Este caderno de prova contém páginas destinadas a rascunho. O que estiver escrito nessas páginas

NÃO será considerado na correção.

8. Verificar se o caderno de prova contém 10 (dez) questões e a proposta de Redação e se a impressão

está legível.

9. Não utilizar caneta marca-texto.

REDAÇÃO

1. Não ultrapassar, de forma alguma, o espaço de 34 linhas reservado para o texto, dentro do retângulo

ABCD. O que estiver fora do retângulo, ou no verso da página, NÃO será considerado na correção.

2. A Redação deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

3. A letra deve ser LEGÍVEL.

4. Se errar, risque e escreva novamente a palavra. Ver exemplo.

5. Transcrever a Redação para a folha destinada a esse fim. O que estiver escrito na página “Rascunho da

Redação” NÃO será considerado na correção.

BOA PROVA!

ASSINATURA DO CANDIDATO:

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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Q.01Examine esta propaganda de uma empresa de certificação digital (mecanismo de segurança que garante autenticidade, confidenciabilidade e integridade às informações eletrônicas).

a) Aponte a relação de sentido que existe entre a mensagem verbal e a imagem.

b) Forme uma frase correta e coerente com base em um verbo derivado da palavra “burocracia”.

c) “Estar com os dias contados” é uma das dezenas de locuções formadas a partir do substantivo “dia”. Crie uma frase em que apareça uma dessas locuções (sem repetir, é claro, a locução utilizada na propaganda acima).

Q.02Leia o seguinte texto e responda ao que se pede.

Em boca fechada bem-te-vi não faz ninho

Campos de Melo passou todos os anos de sua vereança sem dar uma palavra. Era o boca de siri da câmara municipal de Cuité. Até que, uma tarde, ergueu o busto, como quem ia falar. O presidente da Mesa, mais do que depressa, disse:

Tem a palavra o nobre vereador. Então, em meio do grande silêncio, o grande mudo falou.

Peço licença para fechar a janela, pois estou constipado.

José Cândido de Carvalho, Se eu morrer, telefone para o céu.

a) Tendo em vista o contexto, é correto afirmar que, tanto do ponto de vista da estrutura quanto da mensagem, o título do texto constitui um provérbio?

b) Que frase do texto contribui de maneira mais decisiva para dar um caráter anedótico a essa breve narrativa? Justifique sua escolha.

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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Q.03É correto afirmar que os textos “a” e “b”, a seguir, podem ser entendidos de maneira diferente da que pretendiam seus redatores? Justifique sua resposta separadamente para cada um dos textos.

Texto a: Alguns sonhos não mudam. Quer dizer, só de tamanho. (Propaganda de uma instituição bancária)

Texto b: A chuva tirou tudo o que eles tinham. Agora vamos dar o mínimo que eles precisam. (Campanha feita por estabelecimentos comerciais em prol de vítimas de enchente)

Q.04Leia os seguintes versos de “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, e, em seguida, os dois comentários em que os autores explicam por que essa canção é uma de suas prediletas.

Caminhando contra o vento Sem lenço e sem documento No sol de quase dezembro Eu vou

O sol se reparte em crimes Espaçonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou

Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot

(...)

Ela pensa em casamento E eu nunca mais fui à escola Sem lenço e sem documento Eu vou

Eu tomo uma coca-cola Ela pensa em casamento E uma canção me consola Eu vou

Por entre fotos e nomes Sem livros e sem fuzil Sem fome, sem telefone No coração do Brasil

(...)

http://www.caetanoveloso.com.br

I. “A linguagem era nova, cheia de referências visuais, e tudo estava ali, combinando temas que nem sempre pareciam combinar: despreocupação, engajamento político, tecnologia, lirismo... .” Laura de Mello e Souza. Adaptado.

a) Transcreva um verso* que ilustre, de modo mais expressivo, o que está sublinhado nesse comentário. Justifique sua escolha. *(verso = uma linha.)

II. “A canção era importante pela força mágica de afirmar a potência criativa da vida em meio à fragmentação do mundo.” Jurandir Freire Costa. Adaptado.

b) Transcreva um verso que exemplifique, de modo mais evidente, o que está sublinhado nesse comentário. Justifique sua escolha.

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Texto a:

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Área Reservada

Não escreva no topo da folha

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Q.05Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.

Tem-se discutido muito sobre as funções essenciais da linguagem humana e a hierarquia natural que há entre elas. É fácil observar, por exemplo, que é pela posse e pelo uso da linguagem, falando oralmente ao próximo ou mentalmente a nós mesmos, que conseguimos organizar o nosso pensamento e torná-lo articulado, concatenado e nítido; é assim que, nas crianças, a partir do momento em que, rigorosamente, adquirem o manejo da língua dos adultos e deixam para trás o balbucio e a expressão fragmentada e difusa, surge um novo e repentino vigor de raciocínio, que não só decorre do desenvolvimento do cérebro, mas também da circunstância de que o indivíduo dispõe agora da língua materna, a serviço de todo o seu trabalho de atividade mental. Se se inicia e desenvolve o estudo metódico dos caracteres e aplicações desse novo e preciso instrumento, vai, concomitantemente, aperfeiçoando-se a capacidade de pensar, da mesma sorte que se aperfeiçoa o operário com o domínio e o conhecimento seguro das ferramentas da sua profissão. E é este, e não outro, antes de tudo, o essencial proveito de tal ensino.

J. Mattoso Câmara Jr., Manual de expressão oral e escrita. Adaptado.

a) Transcreva o trecho em que o autor trata da relação da linguagem com o pensamento.

b) Transcreva o trecho em que o autor trata da relação da linguagem com a fisiologia.

c) Segundo o autor, qual é o “essencial proveito” do ensino da língua?

Q.06Leia o seguinte texto.

Flagrado na Ilha de Caras, Fernando Pessoa disse que está bem mais leve depois que passou a ser um só.

LISBOA – Em pronunciamento que pegou de surpresa o mercado editorial, o poeta e investidor Fernando Pessoa anunciou ontem a fusão dos seus heterônimos. Com o enxugamento, as marcas Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro passam a fazer parte da holding* Fernando Pessoa S.A. “É uma reengenharia”, explicou o assessor e empresário Mário Sá Carneiro. Pessoa confessou que a decisão foi tomada “de coração pesado”: “Drummond sempre foi um só. A operação dele é enxutinha. Como competir?”, indagou. O poeta chegou a pensar em terceirizar os heterônimos através de um call-center** em Goa, mas questões de gramática e semântica acabaram inviabilizando as negociações. “Eles não usam mesóclise”, explicou Pessoa.

http://www.revistapiaui.com.br. Adaptado.

*Holding [holding company]: empresa criada para controlar outras empresas. **Call-center: central de atendimento telefônico.

a) Esse texto tem apenas finalidade humorística ou comporta também finalidade crítica? Justifique sua resposta.

b) Por que o “call-center” mencionado no texto seria localizado especificamente em Goa?

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Q.07Considere o seguinte excerto de O cortiço, de Aluísio Azevedo, e responda ao que se pede.

(...) desde que Jerônimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranquila seriedade de animal bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, e Rita preferiu no europeu o macho de raça superior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às imposições mesológicas, enfarava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulata era o prazer, a volúpia, era o fruto dourado e acre destes sertões americanos, onde a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde seu corpo porejou o cheiro sensual dos bodes.

Tendo em vista as orientações doutrinárias que predominam na composição de O cortiço, identifique e explique aquela que se manifesta no trecho a e a que se manifesta no trecho b, a seguir:

a) “o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração”.

b) “cedendo às imposições mesológicas”.

Q.08Leia o excerto de A cidade e as serras, de Eça de Queirós, e responda ao que se pede.

Era um domingo silencioso, enevoado e macio, convidando às voluptuosidades da melancolia. E eu (no interesse da minha alma) sugeri a Jacinto que subíssemos à basílica do Sacré-Coeur, em construção nos altos de Montmartre. (...)

Mas a basílica em cima não nos interessou, abafada em tapumes e andaimes, toda branca e seca, de pedra muito nova, ainda sem alma. E Jacinto, por um impulso bem jacíntico, caminhou gulosamente para a borda do terraço, a contemplar Paris. Sob o céu cinzento, na planície cinzenta, a cidade jazia, toda cinzenta, como uma vasta e grossa camada de caliça* e telha. E, na sua imobilidade e na sua mudez, algum rolo de fumo**, mais tênue e ralo que o fumear de um escombro mal apagado, era todo o vestígio visível de sua vida magnífica.

*Caliça: pó ou fragmentos de argamassa ressequida, que sobram de uma construção ou resultam da demolição de uma obra de alvenaria.

**Fumo: fumaça.

a) Em muitas narrativas, lugares elevados tornam-se locais em que se dão percepções extraordinárias ou revelações. No contexto da obra, é isso que irá acontecer nos “altos de Montmartre”, referidos no trecho? Justifique sua resposta.

b) Tendo em vista o contexto histórico da obra, por que é Paris a cidade escolhida para representar a vida urbana? Explique sucintamente.

c) Sintetizando-se os termos com que, no excerto, Paris é descrita, que imagem da cidade finalmente se obtém? Explique sucintamente.

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Q.09Entre as variedades de preconceito enumeradas a seguir, aponte aquelas que o grupo dos “capitães da areia” (do romance homônimo) rejeita e aquelas que acata e reforça: preconceito de raça e cor; de religião; de gênero (homem e mulher); de orientação sexual. Justifique suas respostas.

Q.10Examine o seguinte texto para responder ao que se pede.

POÉTICA

De manhã escureço De dia tardo De tarde anoiteço De noite ardo

A oeste a morte Contra quem vivo Do sul cativo O este é meu norte.

Outros que contem Passo por passo: Eu morro ontem

Nasço amanhã Ando onde há espaço

Meu tempo é quando.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.

a) Do ponto de vista da organização formal dada ao conjunto do poema, o poeta mostra-se vinculado à tradição literária. Essa afirmação tem fundamento? Justifique sua resposta.

b) Do ponto de vista da mensagem configurada no poema, o poeta expressa sua oposição até mesmo a coordenadas fundamentais da experiência. Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.

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a) Raça e cor:

b) Religião:

c) Gênero:

d) Orientação sexual:

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REDAÇÃO

Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.

Texto 1

Um grandioso e raro espetáculo da natureza está em cena no Rio de Janeiro. Trata-se da floração de palmeiras Corypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo.

Trazidas do Sri Lanka pelo paisagista Roberto Burle Marx, elas florescem uma única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantadas. Em seguida, iniciam um longo processo de morte, período em que produzem cerca de uma tonelada de sementes.

http://veja.abril.com.br, 09/12/2009. Adaptado.

Texto 2 Quando Roberto Burle Marx plantou a palma talipot, um visitante teria comentado: “Como elas levam tanto

tempo para florir, o senhor não estará mais aqui para ver”. O paisagista, então com mais de 50 anos, teria dito: “Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam contemplar”.

http://www.abap.org.br. Paisagem Escrita. nº 131, 10/11/2009. Adaptado.

Texto 3 Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um

sentimento de irmandade, um impulso de cerrar fileiras, ficar ombro a ombro ou marchar no mesmo passo. A solidariedade tem pouca chance de brotar e fincar raízes. Os relacionamentos destacam-se sobretudo pela fragilidade e pela superficialidade.

Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.

Texto 4 A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer

coisa que não nós mesmos.

G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman, em A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegação fornecida pela palma talipot, que, de certo modo, “sacrifica” a própria vida para criar novas vidas, é reforçada pelo altruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição, o mundo atual teria escolhido o caminho oposto.

Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?

*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

Instruções:Lembre se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua

portuguesa.A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.Dê um título a sua redação.

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Rascunho da RedaçãoAtenção: Leia atentamente as instruções no caderno de questões antes de preencher essa folha.

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BOX 100001/001

FUVEST 20112ª Fase − Primeiro Dia (09/01/2011)

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Página 14/14 − Caderno Reserva

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PPOORRTTUUGGUUÊÊSS

1Examine esta propaganda de uma empresa de certificaçãodigital (mecanismo de segurança que garante autentici -dade, confidenciabilidade e integridade às informaçõeseletrônicas).

a) Aponte a relação de sentido que existe entre a men -sagem verbal e a imagem.

b) Forme uma frase correta e coerente com base em umverbo derivado da palavra “burocracia”.

c) “Estar com os dias contados” é uma das dezenas delocuções formadas a partir do substantivo “dia”. Crieuma frase em que apareça uma dessas locuções (semrepetir, é claro, a locução utilizada na propagandaacima).

Resoluçãoa) A tecla delete representa o avanço tecnológico, que

seria responsável pelo fim próximo dos métodosde organização e trabalho representados pelocarim bo, símbolo da burocracia.

b) O verbo derivado do substantivo burocracia éburo cratizar.Exemplo: Os planos de saúde burocratizam oacesso a exa mes médicos mais complexos.

c) Seria possível construir frases com as locuçõestodo dia, dia a dia, dia e noite.Exemplo: Dia a dia crescem os congestionamentosno trân sito de São Paulo.

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2Leia o seguinte texto e responda ao que se pede.

Em boca fechada bem-te-vi não faz ninho

Campos de Melo passou todos os anos de sua vereançasem dar uma palavra. Era o boca de siri da câmaramunicipal de Cuité. Até que, uma tarde, ergueu o busto,como quem ia falar. O presidente da Mesa, mais do quedepressa, disse:

— Tem a palavra o nobre vereador.

Então, em meio do grande silêncio, o grande mudofalou.

— Peço licença para fechar a janela, pois estouconstipado.

(José Cândido de Carvalho, Se eu morrer, telefone para o céu.)

a) Tendo em vista o contexto, é correto afirmar que, tantodo ponto de vista da estrutura quanto da mensagem, otítulo do texto constitui um provérbio?

b) Que frase do texto contribui de maneira mais decisivapara dar um caráter anedótico a essa breve narrativa?Justifique sua escolha.

Resoluçãoa) O título constitui um provérbio quanto à estru -

tura: frase curta, sintética e sugestiva, com verbono presente do indicativo e formulação de umprincípio de conduta. Em relação à “mensagem”,o provérbio se aplica ao comportamento da per -so na gem, que só quebra seu longo silêncio parapro ferir uma irrelevância.

b) A frase que contribui para o caráter anedótico dotexto é a última, porque ela quebra a expectativado leitor, gerando um efeito de humor caracte -rístico da anedota: narrativa breve de um fatoengraçado ou picante.

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3É correto afirmar que os textos “a” e “b”, a seguir, podemser entendidos de maneira diferente da que pretendiamseus redatores? Justifique sua resposta separadamentepara cada um dos textos.

Texto a: Alguns sonhos não mudam. Quer dizer, só de ta -ma nho. (Propaganda de uma instituição ban -cária)

Texto b: A chuva tirou tudo o que eles tinham. Agoravamos dar o mínimo que eles precisam. (Cam -panha feita por estabelecimentos comer ciaisem prol de vítimas de enchente)

Resoluçãoa) Não há elementos suficientes para que se decida

se a primeira afirmação – “Alguns sonhos não mu -dam” – se refere a indivíduos (cada pessoa man -tém os mesmos sonhos ao longo do tempo) ou àcoletividade (todos têm os mesmos sonhos). Noprimeiro caso, se entenderia que a dimensão dossonhos varia com o tempo; no segundo, que taldimensão varia de pessoa para pessoa. Qualquerque tenha sido a intenção do redator, sua redaçãoadmite ambos os entendimentos.

b) “Dar o mínimo” pode implicar tanto uma atitudegenerosa (todo o mínimo) quanto uma restriçãomes quinha (apenas o mínimo). Tratando-se deuma campanha benemérita, é de supor que a in -tenção corresponda ao primeiro sentido, mas osegundo é igualmente possível.

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4Leia os seguintes versos de “Alegria, Alegria”, deCaetano Veloso, e, em seguida, os dois comentários emque os autores explicam por que essa canção é uma desuas prediletas.

Caminhando contra o ventoSem lenço e sem documentoNo sol de quase dezembroEu vou

O sol se reparte em crimesEspaçonaves, guerrilhasEm cardinales bonitasEu vou

Em caras de presidentesEm grandes beijos de amorEm dentes, pernas, bandeirasBomba e Brigitte Bardot

(...)

Ela pensa em casamentoE eu nunca mais fui à escolaSem lenço e sem documentoEu vou

Eu tomo uma coca-colaEla pensa em casamentoE uma canção me consolaEu vou

Por entre fotos e nomesSem livros e sem fuzilSem fome, sem telefoneNo coração do Brasil(...)

http://www.caetanoveloso.com.br

I. “A linguagem era nova, cheia de referências visuais, etudo estava ali, combinando temas que nem semprepareciam combinar: despreocupação, engajamentopolítico, tecnologia, lirismo... .” Laura de Mello eSouza. Adaptado.

a) Transcreva um verso* que ilustre, de modo maisexpressivo, o que está sublinhado nesse comentário.Justifique sua escolha. *(verso = uma linha.)

II. “A canção era importante pela força mágica de afirmara potência criativa da vida em meio à fragmentação domundo.” Jurandir Freire Costa. Adaptado.

b) Transcreva um verso que exemplifique, de modomais evidente, o que está sublinhado nessecomentário. Justifique sua escolha.

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Resoluçãoa) O verso que sintetiza engajamento político e

tecnologia é Espaçonaves, guerrilhas. Espaçonaves representa a tecnologia aeroespacialdo século XX e guerrilhas refere-se à luta armadaempreen dida por movi mentos revolucionários quecombatiam o governo ditatorial.

b) A fragmentação do mundo está mais evidente noverso “Em dentes, pernas, bandeiras”, formadode sinédoques, ou seja, metonímias em que partessão tomadas por todos, representando pessoas ecole tividades ou ideais.

5Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.

Tem-se discutido muito sobre as funções essenciais dalinguagem humana e a hierarquia natural que há entreelas. É fácil observar, por exemplo, que é pela posse epelo uso da linguagem, falando oralmente ao próximo oumentalmente a nós mesmos, que conseguimos organizaro nosso pensamento e torná-lo articulado, concatenado enítido; é assim que, nas crianças, a partir do momentoem que, rigorosamente, adquirem o manejo da língua dosadultos e deixam para trás o balbucio e a expressãofragmentada e difusa, surge um novo e repentino vigorde raciocínio, que não só decorre do desenvolvimento docérebro, mas também da circunstância de que o indivíduodispõe agora da língua materna, a serviço de todo o seutrabalho de atividade mental. Se se inicia e desenvolve oestudo metódico dos caracteres e aplicações desse novoe preciso instrumento, vai, concomitantemente,aperfeiçoan do-se a capacidade de pensar, da mesmasorte que se aperfeiçoa o operário com o domínio e oconhecimento seguro das ferramentas da sua profissão. Eé este, e não outro, antes de tudo, o essencial proveito detal ensino.

J. Mattoso Câmara Jr., Manual de expressão oral e escrita. Adaptado.

a) Transcreva o trecho em que o autor trata da relação dalinguagem com o pensamento.

b) Transcreva o trecho em que o autor trata da relação dalinguagem com a fisiologia.

c) Segundo o autor, qual é o “essencial proveito” doensino da língua?

Resoluçãoa) O autor trata das relações de linguagem com o

pensamento em: “... é pela posse e pelo uso dalinguagem, (...), que conseguimos organizar o nossopensamento e torná-lo articulado, conca te nado enítido”.

b) O autor trata das relações da linguagem com afisiologia em: “... surge um novo e repentino vigorde raciocínio, que não só decorre do desenvol -vimento do cérebro.”

c) Segundo o autor, o essencial proveito do ensino dalíngua é aperfeiçoar a “capacidade de pensar”.

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6Leia o seguinte texto.

Flagrado na Ilha de Caras, Fernando Pessoa disse queestá bem mais leve depois que passou a ser um só.

LISBOA – Em pronunciamento que pegou de surpresa omercado editorial, o poeta e investidor Fernando Pessoaanunciou ontem a fusão dos seus heterônimos. Com oenxugamento, as marcas Álvaro de Campos, Ricardo Reise Alberto Caeiro passam a fazer parte da holding*Fernando Pessoa S.A. “É uma reengenharia”, explicou oassessor e empresário Mário Sá Carneiro. Pessoaconfessou que a decisão foi tomada “de coraçãopesado”: “Drummond sempre foi um só. A operação deleé enxutinha. Como competir?”, indagou. O poeta chegoua pensar em terceirizar os heterônimos através de umcall-center** em Goa, mas questões de gramática esemântica acabaram inviabilizando as negociações.“Eles não usam mesóclise”, explicou Pessoa.

http://www.revistapiaui.com.br. Adaptado.

*Holding [holding company]: empresa criada paracontrolar outras empresas.

**Call-center: central de atendimento telefônico.

a) Esse texto tem apenas finalidade humorística oucomporta também finalidade crítica? Justifique suaresposta.

b) Por que o “call-center” mencionado no texto serialocalizado especificamente em Goa?

Resoluçãoa) O fragmento em questão tem tanto finalidade

humorística quanto crítica. As relações estabele -cidas entre a linguagem poé ti ca e a linguagem demercado refletem, em tom de deboche e ironia, atendência a rebaixar assuntos de interesse cul -tural, como a complexa criação heteronímica dopoeta Fernando Pessoa, ao plano de merosinteresses econômicos.

b) O call-center seria localizado em Goa por se tratarde uma localidade da Índia em que há falantes delíngua portuguesa. Outro fator que levaria o call-center para lá é de ordem econômica: a estratégiado mercado mundial escolheu a Índia e outrospaíses de mão de obra barata para a sede deserviços como call-centers.

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7Considere o seguinte excerto de O cortiço, de AluísioAzevedo, e responda ao que se pede.

(...) desde que Jerônimo propendeu para ela, fas -cinando-a com a sua tranquila seriedade de animal bome forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos deapuração, e Rita preferiu no europeu o macho de raçasuperior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às impo -sições mesológicas, enfarava a esposa, sua congênere, equeria a mulata, porque a mulata era o prazer, a volúpia,era o fruto dourado e acre destes sertões americanos,onde a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macacoe onde seu corpo porejou o cheiro sensual dos bodes.

Tendo em vista as orientações doutrinárias que predo mi -nam na composição de O cortiço, identifique e expliqueaquela que se manifesta no trecho a e a que se manifestano trecho b, a seguir:

a) “o sangue da mestiça reclamou os seus direitos deapuração”.

b) “cedendo às imposições mesológicas”.

Resoluçãoa) É do Naturalismo – poética predominante na

composição do romance de Aluísio Azevedo – aconcepção de que os comportamentos humanosobedecem a determinismo “de raça”, ou seja,genético, como se demonstraria na propensão damestiça, determinada por seu “sangue”, para o“macho de raça superior”.

b) As “imposições mesológicas” representam odeterminismo “do meio”, ou seja, do ambiente,físico e social, sobre o comportamento humano.

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8Leia o excerto de A cidade e as serras, de Eça de Queirós,e responda ao que se pede.

Era um domingo silencioso, enevoado e macio, convi -dan do às voluptuosidades da melancolia. E eu (nointeresse da minha alma) sugeri a Jacinto que subíssemosà basílica do Sacré-Coeur, em construção nos altos deMontmartre. (...)

Mas a basílica em cima não nos interessou, abafadaem tapumes e andaimes, toda branca e seca, de pedramuito nova, ainda sem alma. E Jacinto, por um impulsobem jacíntico, caminhou gulosamente para a borda doterraço, a contemplar Paris. Sob o céu cinzento, naplanície cinzenta, a cidade jazia, toda cinzenta, comouma vasta e grossa camada de caliça* e telha. E, na suaimobilidade e na sua mudez, algum rolo de fumo**, maistênue e ralo que o fumear de um escombro mal apagado,era todo o vestígio visível de sua vida magnífica.

*Caliça: pó ou fragmentos de argamassa ressequida, quesobram de uma construção ou resultam da demolição deuma obra de alvenaria.

**Fumo: fumaça.

a) Em muitas narrativas, lugares elevados tornam-selocais em que se dão percepções extraordinárias ourevelações. No contexto da obra, é isso que iráacontecer nos “altos de Montmartre”, referidos notrecho? Justifique sua resposta.

b) Tendo em vista o contexto histórico da obra, por que éParis a cidade escolhida para representar a vidaurbana? Explique sucintamente.

c) Sintetizando-se os termos com que, no excerto, Paris édescrita, que imagem da cidade finalmente se obtém?Explique sucintamente.

Resoluçãoa) Nos “altos de Montmartre”, Jacinto, com Paris

toda diante dos olhos, tem como uma “revelação”da natureza ilusória e perversa da grande cidade e,pela pri meira vez, cede, ou começa a ceder, à visãocrí tica de Zé Fernandes.

b) Paris foi a “capital do século XIX”: ao mesmotem po um grande centro cultural e a cidade pro -gres sista por excelência, em razão das refor masurbanas de Haussmann, da incorporação à vidadas últimas novidades tecnológicas, do prestígiode sua vida social, que justificavam seu poderirradiador de modas de todo tipo.

c) Em oposição à imagem convencional de uma Parisbrilhante, rica e dinâmica, a cidade “jazia, todacinzenta”, diante dos olhos dos protagonistas quea contemplavam de longe, sem ser envolvidos porseu ritmo febril nem iludidos por seus encantosinconsistentes.

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9Entre as variedades de preconceito enumeradas a seguir,aponte aquelas que o grupo dos “capitães da areia” (doromance homônimo) rejeita e aquelas que acata e reforça:preconceito de raça e cor; de religião; de gênero (homeme mulher); de orientação sexual. Justifique suas respostas.

Resoluçãoa) O grupo dos “capitães da areia” rejeita o pre -

conceito de raça e de cor. Nele convivem mulatos,brancos e negros, sem hostilidade de caráterracial.

b) O grupo rejeita também o preconceito religioso,pois nele convivem um praticante do catolicismo,como Pirulito, que mais tarde será padre, e adep -tos do candomblé, como é o caso de João Grande.O grupo vê como amigos tanto o padre José Pedrocomo a mãe-de-santo dona Aninha.

c) O preconceito de gênero existe no grupo dos capi -tães da areia até a admissão de Dora. A che ga da damenina ao trapiche é momento de grande ten são,porque há tentativa de estuprá-la. Após aintervenção de Pedro Bala, a integridade de Doraé preservada e ela se torna integrante do grupo eamante de seu protetor.

d) Há preconceito de orientação sexual, pois os capi -tães da areia expulsam do grupo o homos sexualpassivo, cuja presença contraria seu código moral.

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10Examine o seguinte texto para responder ao que se pede.

POÉTICA

De manhã escureçoDe dia tardoDe tarde anoiteçoDe noite ardo

A oeste a morteContra quem vivoDo sul cativoO este é meu norte.

Outros que contemPasso por passo:Eu morro ontem

Nasço amanhãAndo onde há espaço— Meu tempo é quando.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.

a) Do ponto de vista da organização formal dada aoconjunto do poema, o poeta mostra-se vinculado àtradição literária. Essa afirmação tem fundamento?Justifique sua resposta.

b) Do ponto de vista da mensagem configurada nopoema, o poeta expressa sua oposição até mesmo acoorde nadas fundamentais da experiência. Vocêconcorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.

Resoluçãoa) A afirmação tem fundamento porque “Poética” é

um soneto, forma poética tradicional que remontaao fim da Idade Média e foi intensamente culti -vada a partir do Renascimento. Ressalve-se que osoneto de Vinicius de Moraes não é ortodoxo nadisposição das rimas e pode ser chamado sonetilhoem razão de seus versos curtos, de quatro ou cincosílabas.

b) Essa afirmação é pertinente, porque as coorde na -das fundamentais da experiência são contrariadaspelo eu lírico na série de antíteses que resultamnos oxímoros que exprimem sua concepção daorigem e natureza do fenômeno poético, queassocia manhã não a claridade, mas a escuridão,situando a morte no passado e o nascimento nofuturo.

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RREEDDAAÇÇÃÃOO

Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.

Texto 1

Um grandioso e raro espetáculo da natureza está emcena no Rio de Janeiro. Trata-se da floração depalmeiras Corypha umbraculifera, ou palma talipot, noAterro do Flamengo.

Trazidas do Sri Lanka pelo paisagista Roberto BurleMarx, elas florescem uma única vez na vida, cerca decinquenta anos depois de plantadas. Em seguida, iniciamum longo processo de morte, período em que produzemcerca de uma tonelada de sementes.

http://veja.abril.com.br, 09/12/2009. Adaptado.

Texto 2

Quando Roberto Burle Marx plantou a palma talipot,um visitante teria comentado: “Como elas levam tantotempo para florir, o senhor não estará mais aqui paraver”. O paisagista, então com mais de 50 anos, teria dito:“Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver,estou plantando para que outros também possamcontemplar”.

http://www.abap.org.br. Paisagem Escrita. n.º 131, 10/11/2009. Adaptado.

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Texto 3

Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmentepode haver um senso de destino compartilhado, um sen -timento de irmandade, um impulso de cerrar fileiras,ficar ombro a ombro ou marchar no mesmo passo. A soli -dariedade tem pouca chance de brotar e fincar raízes. Osrelacionamentos destacam-se sobretudo pela fragilida dee pela superficialidade.

Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.

Texto 4

A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nosreconhecer na obrigação de viver em nome de qualquercoisa que não nós mesmos.

G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman, em A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegaçãofornecida pela palma talipot, que, de certo modo,“sacrifica” a própria vida para criar novas vidas, éreforçada pelo altruísmo* de Roberto Burle Marx, que aplantou, não para seu próprio proveito, mas para o dosoutros. Em contraposição, o mundo atual teria escolhidoo caminho oposto.

Com base nas ideias e sugestões presentes na imageme nos textos aqui reunidos, redija uma dissertaçãoargumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têmlugar no mundo contemporâneo?

*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de naturezainstintiva que incita o ser humano à preocupação com ooutro.

Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

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Comentário à proposta de Redação

Solicitou-se que o candidato redigisse uma dissertaçãoem prosa que respondesse à pergunta-tema: “O altruísmoe o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundocontemporâneo?” Entre os subsídios oferecidos pelaBanca Examinadora, encontrava-se a definição da palavraaltruísmo – segundo o dicionário Houaiss, “tendência ouinclinação instintiva que incita o ser humano à preo -cupação com o outro”. Esperava-se que o vesti bulandorefletisse sobre a importância do altruísmo numasociedade caracterizada pela predominância de valorescomo o individualismo e o imediatismo, que pouco ounenhum espaço dão ao interesse pelo outro ou pelasfuturas gerações. É provável que os vestibulandos, emgeral sensíveis a questões ambientais, tenham aproveitadoa oportunidade para, entre outras possibilidades, lamentara tendência de se valorizar o presente de formainconsequente e irresponsável, sem nenhum planeja mentoda exploração dos recursos naturais, em detrimento dasgerações vindouras. Caberia, ainda, contrastar essa visãoegoísta com o pensamento que norteava a conduta doarquiteto e paisagista Burle Max, ao plantar umdeterminado tipo de palmeira que dificilmente floresceriaa tempo de ser apreciada por ele (morto uma semana apósa primeira floração da planta).

FFUUVVEESSTT ((22ªª FFAASSEE )) –– JJAANNEEIIRROO//22001111

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BOX 151001/001

FUVEST 20112ª Fase − Segundo Dia (10/01/2011)

NOME

IDENTIDADE

001/040

Página 1/24 − Caderno Reserva

A10/01/2011 (segunda-feira)

INSTRUÇÕES

1. Aguardar a autorização do fiscal para abrir o caderno de prova.

2. Aguardar a autorização do fiscal para iniciar a prova.

3. Verificar se o seu nome está correto na prova.

4. Duração da prova: 4 horas. O candidato deve controlar o tempo disponível.

5. A prova deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

6. A solução de cada questão deve ser feita exclusivamente nos espaços destinados às respostas. O que

estiver fora NÃO será considerado na correção.

7. Nas questões que exigem cálculo, é indispensável indicar a resolução. A Banca não aceitará uma

simples resposta.

8. Este caderno de prova contém páginas destinadas a rascunho. O que estiver escrito nessas páginas

NÃO será considerado na correção.

9. Verificar se o caderno de prova contém 20 (vinte) questões e se a impressão está legível.

10. Não utilizar caneta marca-texto.

O presente caderno é composto por 20 questões sobre as disciplinas do Núcleo Comum do Ensino Médio: Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia e Inglês. Cada questão poderá abranger conhecimentos de mais de uma disciplina.

BOA PROVA!

ASSINATURA DO CANDIDATO:

A10/01/2011 (segunda-feira)

INSTRUÇÕES

1. Aguardar a autorização do fiscal para abrir o caderno de prova.

2. Aguardar a autorização do fiscal para iniciar a prova.

3. Verificar se o seu nome está correto na prova.

4. Duração da prova: 4 horas. O candidato deve controlar o tempo disponível.

5. A prova deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

6. A solução de cada questão deve ser feita exclusivamente nos espaços destinados às respostas. O que

estiver fora NÃO será considerado na correção.

7. Nas questões que exigem cálculo, é indispensável indicar a resolução. A Banca não aceitará uma

simples resposta.

8. Este caderno de prova contém páginas destinadas a rascunho. O que estiver escrito nessas páginas

NÃO será considerado na correção.

9. Verificar se o caderno de prova contém 20 (vinte) questões e se a impressão está legível.

10. Não utilizar caneta marca-texto.

O presente caderno é composto por 20 questões sobre as disciplinas do Núcleo Comum do Ensino Médio: Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia e Inglês. Cada questão poderá abranger conhecimentos de mais de uma disciplina.

BOA PROVA!

ASSINATURA DO CANDIDATO:

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Página 2/24 − Caderno Reserva

0000−00 02 440

Área ReservadaNão escreva no topo da folha

A

Q.01a) Quantos são os números inteiros positivos de quatro algarismos, escolhidos sem repetição, entre

?

b) Dentre os números inteiros positivos de quatro algarismos citados no item a), quantos são divisíveis por 5?

c) Dentre os números inteiros positivos de quatro algarismos citados no item a), quantos são divisíveis por 4?

Q.02No plano cartesiano , considere a parábola de equação e a reta de equação . Determine:

a) Os pontos e , de intersecção da parábola com o eixo coordenado , bem como o vértice da parábola .

b) O ponto , de abscissa positiva, que pertence à intersecção de com a reta .

c) A área do quadrilátero de vértices e .

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 01 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 02 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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Página 4/24 − Caderno Reserva

0000−00 04 880

Área ReservadaNão escreva no topo da folha

A

Q.03Um automóvel consome, em média, um litro de gasolina para percorrer, em região urbana, uma distância de 10 km. Esse automóvel é do tipo conhecido como flex, ou seja, pode utilizar, como combustível, gasolina e/ou álcool, com as propriedades fornecidas na tabela abaixo. Com base nas informações dadas, determine:

a) Os valores das energias EG e EA liberadas pela combustão de um litro de gasolina e de um litro de álcool, respectivamente.

b) A distância dA percorrida, em média, pelo automóvel com 1 litro de álcool.

c) O preço máximo Pm de um litro de álcool, acima do qual não seria conveniente, do ponto de vista financeiro, utilizar esse combustível, caso o litro de gasolina custasse R$ 2,40.

d) O gasto médio G com combustível, por quilômetro rodado pelo automóvel, em região urbana, usando exclusivamente álcool, se o litro desse combustível custar R$ 1,60.

Q.04Um menino puxa, com uma corda, na direção horizontal, um cachorro de brinquedo formado por duas partes, A e B, ligadas entre si por uma mola, como ilustra a figura abaixo. As partes A e B têm, respectivamente, massas mA = 0,5 kg e mB = 1 kg, sendo = 0,3 o coeficiente de atrito cinético entre cada parte e o piso. A constante elástica da mola é k = 10 N/m e, na posição relaxada, seu comprimento é x0 = 10 cm. O conjunto se move com velocidade constante v = 0,1 m/s. Nessas condições, determine:

a) O módulo T da força exercida pelo menino sobre a parte B.

b) O trabalho W realizado pela força que o menino faz para puxar o brinquedo por 2 minutos.

c) O módulo F da força exercida pela mola sobre a parte A.

d) O comprimento x da mola, com o brinquedo em movimento.

NOTE E ADOTE

poder calorífico (kcal/kg) densidade (g/cm3)

gasolina 1,0 x 104 0,7

álcool 7,0 x 103 0,8

A distância percorrida pelo automóvel é diretamente proporcional à energia liberada pelo combustível consumido.

NOTE E ADOTE

Aceleração da gravidade no local: g = 10 m/s2

Despreze a massa da mola.

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 03 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

A

Q.05Em um laboratório, há dois frascos com soluções aquosas diferentes:

Ácido acético de concentração 1,0 mol/L;

Ácido clorídrico de concentração 4,2 103 mol/L.

Fazendo dois testes, em condições iguais para as duas soluções, observou-se que,

ao mergulhar, nas soluções, os eletrodos de um aparelho para medir a condutibilidade elétrica, a intensidade da luz da lâmpada do aparelho era a mesma para as duas soluções;

ao adicionar a mesma quantidade de indicador universal para ácidos e bases a amostras de mesmo volume das duas soluções, a coloração final observada era a mesma.

a) Explique por que duas soluções tão diferentes exibem comportamentos tão semelhantes.

b) Considerando os valores fornecidos nesta questão, calcule a constante de dissociação iônica do ácido acético. Mostre os cálculos.

Q.06

Em 1921, E. Rutherford e J. Chadwick relataram que, ao bombardear átomos de nitrogênio N714 com

partículas alfa (núcleos de He24 ), ocorria a liberação de prótons. Posteriormente, eles afirmaram:

Não há informação sobre o destino final da partícula alfa... É possível que ela se ligue, de alguma maneira, ao núcleo residual. Certamente ela não é reemitida pois, se assim fosse, poderíamos detectá-la.

Anos mais tarde, P. Blackett demonstrou que, na experiência relatada por Rutherford e Chadwick, havia apenas a formação de um próton e de outro núcleo X. Também lembrou que, na colisão da partícula alfa com o átomo de nitrogênio, deveria haver conservação de massa e de carga nuclear.

a) Com base nas informações acima, escreva a equação nuclear representativa da transformação que ocorre ao se bombardear átomos de nitrogênio com partículas alfa.

b) O núcleo X formado na experiência descrita é um isótopo de nitrogênio? Explique sua resposta.

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

A

Q.07A solução de azul de bromotimol atua como indicador de pH. Em meio ácido, sua cor fica amarela e, em meio básico, azul. Para valores de pH entre 6 e 7, a solução fica verde.

Considere um aquário de água doce, iluminado e montado com peixes e plantas aquáticas. Retirou-se uma amostra de água desse aquário (amostra 1) e a ela adicionou-se solução de azul de bromotimol (indicador de pH), observando-se a cor verde.

a) O aquário foi mantido, por certo tempo, em ambiente escuro. Nova amostra de água foi retirada (amostra 2) e, ao se adicionar o indicador de pH, a coloração foi diferente da observada na amostra 1. Explique o que provocou a diferença de pH entre as amostras 1 e 2.

b) A adição excessiva de ração para peixes levou ao aumento da população de decompositores no aquário. Que coloração é esperada ao se adicionar o indicador de pH a uma amostra de água do aquário (amostra 3)? Justifique sua resposta.

Q.08Duas enzimas, M e N, agem sobre o mesmo substrato e têm sua atividade influenciada pelo pH, conforme indica o gráfico abaixo.

Utilizando as Tabelas I e II impressas na folha de respostas, esquematize um experimento para verificar a influência de diferentes temperaturas, entre 20 ºC e 60 ºC, na atividade dessas enzimas.

a) Complete a Tabela I, indicando, para cada um dos seis tubos teste: i. valor do pH; ii. ausência ( ) ou presença de enzima (M e/ou N); iii. ausência ( ) ou presença (+) de substrato; iv. valor da temperatura.

b) Para verificar se os resultados observados nos tubos teste são devidos à ação enzimática ou, exclusivamente, ao efeito da temperatura, indique como deve ser o controle do experimento, completando a Tabela II, de acordo com as instruções do item a.

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a) Tabela I (tubos teste) b) Tabela II (tubos controle)

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 7 Tubo 8 Tubo 9

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substrato:___

temperatura:___

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Tubo 4 Tubo 5 Tubo 6 Tubo 10 Tubo 11 Tubo 12

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A

Q.09Desde a Antiguidade até a época helênica, e durante a Idade Média (em algumas culturas, até hoje) se conferiu aos terremotos, como a todos os fenômenos cuja causa se desconhecia, uma explicação mística. Os filósofos da antiga Grécia foram os primeiros a aventar causas naturais dos terremotos; no entanto, durante o período medieval, explicações desse tipo foram formalmente proibidas por serem consideradas heréticas, e a única causa aceita na Europa era a da cólera divina. Somente em princípios do século XVII é que se voltou a especular acerca das causas naturais de tais fenômenos.

Alejandro Nava, Terremotos. 4ª ed. México: FCE, 2003, p.24-25. Traduzido e adaptado.

O texto menciona mudanças, da Antiguidade até o início do século XVII, na explicação dos fenômenos naturais. Hoje em dia, também é preciso considerar que as consequências dos terremotos não dependem só de sua magnitude, mas também do grau de desenvolvimento social do local onde ocorrem, como foi possível notar nos terremotos de 2010 no Haiti.

a) Identifique e explique as mudanças que, no contexto intelectual do século XVII, contribuíram para que os terremotos e outros fenômenos naturais deixassem de ser vistos apenas como fenômenos místicos.

b) No caso do Haiti, a pobreza do país ampliou o efeito devastador do fenômeno natural. Explique, historicamente, essa pobreza e seu impacto no agravamento das consequências dos terremotos.

Q.10Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento específico da cidade.

Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza.São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.

O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.

a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século XIX.

b) Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais.

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A

Q.11

a) Correlacione as informações contidas nos mapas acima.

b) Identifique e explique dois fatores responsáveis por mudanças no padrão espacial de distribuição da população brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.

Q.12O processo de formação de cidades brasileiras esteve associado, entre outras situações, à existência de aldeamento indígena, estação de saúde, arraial de mineração, capela, forte, assentamento de imigrantes, rota de tropeiros ou, ainda, à construção de cidades planejadas.

Com base no mapa e em seus conhecimentos:

a) Preencha, no quadro presente na folha de respostas, a legenda correta para o mapa acima.

b) Identifique e explique duas razões para a construção de Brasília, capital do país, que é uma cidade planejada.

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A

Q.13

In the latest move to inflame the racially tinged issue ahead of November’s congressional and state elections, Republican senators say they intend to call hearings on overturning the 14th amendment to the constitution, which grants citizenship to anyone born in the US. Leading Republicans have denounced the provision as outdated, saying it encourages “invasion by birth canal” in which illegal immigrants smuggle themselves into the US to have “anchor babies”. The change is being pushed by the Republican whip in the Senate, John Kyl, and senator Lindsey Graham, who said that “birthright citizenship is a mistake”. The 14th amendment was adopted in 1868 after the civil war to block laws that prevented former slaves from becoming US citizens. Reform must be approved by two-thirds of both houses of Congress and ratified by three-quarters of US states or by calling a convention by the states.

Guardian.co.uk. 3 August 2010. Adaptado.

Baseando-se nas informações fornecidas pelo texto, responda às questões a seguir:

a) O que a 14ª emenda à Constituição dos Estados Unidos assegura e por que ela foi adotada?

b) Qual é a questão polêmica apresentada no texto com relação aos imigrantes?

Q.14 Although the human brain has an impressive amount of storage space for memories, it does not keep each one indefinitely. We tend to forget memories that are similar to one another – remembering instead more novel events or information. In fact, forgetting is important because it makes it easier to recall new memories. Although forgetting can be annoying, it sometimes helps us learn. In 2007 researchers at Columbia University showed that genetically modified mice that cannot generate new neurons in the hippocampus – a brain area involved in storing memories – do better on memory tasks than mice that create new neurons as usual. Learning new information does not require new neurons; it simply requires that existing neurons connect in new ways. Yet storing a memory does require the ability to sprout new neurons. Thus, the genetically modified mice could still learn new information, like the most recent location of food in the maze, but had no old memories of where food was hidden interfering with their most recent one. Forgetting, then, helps us remember.

Scientific American, July 13, 2010. Adaptado.

Baseando-se no texto, responda:

a) Qual é a importância do esquecimento para o cérebro humano?

b) No experimento mencionado no texto, por que os ratos geneticamente modificados aprenderam novas informações com mais facilidade que os outros ratos?

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Q.15Os ventos alísios fazem parte da circulação atmosférica global, soprando das zonas tropicais, de alta pressão, para a zona equatorial, de baixa pressão, sendo responsáveis, por exemplo, pelo transporte de umidade oceânica para o nordeste brasileiro. Esse tipo de vento aparece no poema de João Cabral de Melo Neto “A escola das facas”, publicado em 1980 no livro de mesmo nome, a seguir.

O alísio ao chegar ao Nordeste baixa em coqueirais, canaviais; cursando as folhas laminadas, se afia em peixeiras, punhais.

Por isso, sobrevoada a Mata, suas mãos, antes fêmeas, redondas, ganham a fome e o dente da faca com que sobrevoa outras zonas.

O coqueiro e a cana lhe ensinam, sem pedra-mó, mas faca a faca como voar o Agreste e o Sertão: mão cortante e desembainhada.

a) Existe relação entre o que ocorre com o “alísio”, ao chegar ao Nordeste, e a palavra “escola”, presente no título do poema de João Cabral de Melo Neto? Explique.

b) A umidade do ar, trazida pelos ventos alísios, diminui ao entrar no continente. Descreva e explique duas adaptações evolutivas, relacionadas a esse fato, que diferenciam a vegetação da Zona da Mata da vegetação do Sertão.

Q.16Define-se geometricamente a razão áurea do seguinte modo: O ponto C da figura abaixo divide o segmento AB na razão áurea quando os valores AC/AB e CB/AC são iguais. Esse valor comum é chamado “razão áurea”.

A razão áurea, também denominada proporção áurea, número de ouro ou divina proporção, conquistou a imaginação popular e é tema de vários livros e artigos. Em geral, suas propriedades matemáticas estão corretamente enunciadas, mas muitas afirmações feitas sobre ela na arte, na arquitetura, na literatura e na estética são falsas ou equivocadas. Infelizmente, essas afirmações sobre a razão áurea foram amplamente divulgadas e adquiriram status de senso comum. Mesmo livros de geometria utilizados no ensino médio trazem conceitos incorretos sobre ela.

Trecho traduzido e adaptado do artigo de G. Markowsky, Misconceptions about the golden ratio, The College Mathematics Journal, 23, 1, january, 1992, pp. 2-19.

a) Reescreva o trecho “(...) mas muitas afirmações feitas sobre ela na arte, na arquitetura, na literatura e na estética são falsas ou equivocadas”, substituindo a conjunção que o inicia por “embora”, com as devidas alterações.

b) O verbo da oração “Infelizmente, essas afirmações sobre a razão áurea foram amplamente divulgadas” está na voz passiva analítica. Reescreva-a com o verbo na voz passiva sintética, fazendo as devidas alterações.

c) Na figura presente no espaço destinado à resposta desta questão, o polígono ADEFG é um pentágono regular. Utilize semelhança de triângulos para demonstrar que o ponto C da figura divide o segmento AB na razão áurea.

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Q.17As sensações provocadas nos passageiros, dentro de um carrinho, durante o trajeto em uma montanha-russa, podem ser associadas a determinadas transformações históricas, como se observa no texto:

A primeira é a da ascensão contínua, metódica e persistente. Essa fase pode representar o período que vai, mais ou menos, do século XVI até meados do século XIX. A segunda é a fase em que, num repente, nos precipitamos numa queda vertiginosa, perdendo as referências do espaço, das circunstâncias que nos cercam e até o controle das faculdades conscientes. Isso aconteceu por volta de 1870. Nunca é demais lembrar que esse foi o momento no qual surgiram os parques de diversões e sua mais espetacular atração, a montanha-russa, é claro. A terceira fase, na nossa imagem da montanha-russa, é a do “loop”, a síncope final e definitiva, o clímax da aceleração precipitada. A escala das mudanças desencadeadas, a partir desse momento, é de uma tal magnitude que faz os dois momentos anteriores parecerem projeções em câmara lenta.

N. Sevcenko, No loop da montanha-russa, 2009. Adaptado.

a) Explique duas das fases históricas mencionadas no texto.

b) Na montanha-russa esquematizada abaixo, um motor leva o carrinho até o ponto 1. Desse ponto, ele parte, saindo do repouso, em direção ao ponto 2, localizado em um trecho retilíneo, para percorrer o resto do trajeto sob a ação da gravidade (g = 10 m/s2).

Desprezando a resistência do ar e as forças de atrito, calcule 1. o módulo da aceleração tangencial do carrinho no ponto 2. 2. a velocidade escalar do carrinho no ponto 3, dentro do loop.

Q.18Recifes de coral são rochas de origem orgânica, formadas principalmente pelo acúmulo de exoesqueletos de carbonato de cálcio secretados por alguns cnidários que vivem em colônias. Em simbiose com os pólipos dos corais, vivem algas zooxantelas. Encontrados somente em mares de águas quentes, cujas temperaturas, ao longo do ano, não são menores que 20 ºC, os recifes de coral são ricos reservatórios de biodiversidade. Como modelo simplificado para descrever a existência dos recifes de coral nos mares, pode-se empregar o seguinte equilíbrio químico:

a) Descreva o mecanismo que explica o crescimento mais rápido dos recifes de coral em mares cujas águas são transparentes.

b) Tomando como base o parâmetro solubilidade do CO2 em água, justifique por que ocorre a formação de recifes de coral em mares de água quente.

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[17]

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 17 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 18 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

A

Q.19Os modelos permitem-nos fazer previsões sobre situações reais, sendo, em geral, simplificações, válidas em certas condições, de questões complexas. Por exemplo, num jogo de futebol, a trajetória da bola, após o chute, e o débito cardíaco dos jogadores podem ser descritos por modelos. Trajetória da bola: quando se despreza a resistência do ar, a trajetória da bola chutada, sob a

ação da gravidade (g=10 m/s2), é dada por h=d tg -5 d²/v0² (1+tg² ), em que v0 é a velocidade escalar inicial (em m/s), é o ângulo de elevação (em radianos) e h é a altura (em m) da bola a uma distância d (em m), do local do chute, conforme figura abaixo.

Débito cardíaco (DC): está relacionado ao volume sistólico VS (volume de sangue bombeado a cada batimento) e à frequência cardíaca FC pela fórmula DC = VS x FC.

Utilize esses modelos para responder às seguintes questões:

a) Durante uma partida, um jogador de futebol quer fazer um passe para um companheiro a 32 m de distância. Seu chute produz uma velocidade inicial na bola de 72 km/h. Calcule os valores de tgnecessários para que o passe caia exatamente nos pés do companheiro.

b) Dois jogadores, A e B, correndo moderadamente pelo campo, têm frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto. O jogador A tem o volume sistólico igual a 4/5 do volume sistólico do jogador B. Os dois passam a correr mais rapidamente. A frequência cardíaca do jogador B eleva-se para 150 batimentos por minuto. Para quanto subirá a frequência cardíaca do jogador A se a variação no débito cardíaco (DCfinal – DCinicial) de ambos for a mesma?

Q.20A borracha natural apresenta propriedades que limitam o seu uso. Por exemplo, ao ser aquecida, torna-se mole e pegajosa. O processo de vulcanização da borracha, desenvolvido a partir de 1839 e exemplificado na figura abaixo, permitiu a produção de pneus, mangueiras e outros utensílios incorporados à vida cotidiana. A utilidade industrial da borracha estimulou sua exploração comercial a partir das seringueiras da Amazônia. A produção brasileira desse produto dominou o mercado mundial até 1913, quando foi superada pela produção proveniente do cultivo de seringueiras na Ásia.

a) Por que a adição de enxofre, no processo de vulcanização, altera as características mecânicas da borracha natural?

b) Supondo que 16 g de enxofre foram adicionados a 1000 g de borracha natural pelo processo de vulcanização, exemplificado no esquema acima, responda: Que porcentagem de unidades de isopreno foi modificada por ligações cruzadas? (Massas molares: H = 1 g/mol, C = 12 g/mol e S = 32 g/mol)

c) Cite e explique uma consequência social provocada pela exploração da borracha na Amazônia até 1913.

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[19]

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 19 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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ÁREA DESTINADA À RESPOSTA DA QUESTÃO 20 (DELIMITADA PELOS CÍRCULOS ABCD)TEXTOS ESCRITOS FORA DESTA REGIÃO (OU A LÁPIS) NÃO SERÃO CONSIDERADOS PELO CORRETOR

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D C

RESERVA [2] [20]

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RASCUNHO

NÃO SERÁCONSIDERADONA CORREÇÃO

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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RASCUNHO

NÃO SERÁCONSIDERADONA CORREÇÃO

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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ação

Un

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Ves

tib

ula

r|13

/12/

2010

|09:

38:4

7

BOX 151001/001

FUVEST 20112ª Fase − Segundo Dia (10/01/2011)

001/040

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Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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1a) Quantos são os números inteiros positivos de quatro

algarismos, escolhidos sem repetição, entre 1, 3, 5, 6,8, 9?

b) Dentre os números inteiros positivos de quatro algaris -mos citados no item a), quantos são divisíveis por 5?

c) Dentre os números inteiros positivos de quatroalgarismos citados no item a), quantos são divisíveispor 4?

Resoluçãoa) A quantidade de números de 4 algarismos distin -

tos, escolhidos entre os elementos do conjunto {1; 3; 5; 6; 8; 9}, é A6,4 = 6 . 5 . 4 . 3 = 360

b) Entre os números do item a), os divisíveis por 5são, apenas, os terminados em 5. O número total éA5,3 = 5 . 4 . 3 = 60

c) Entre os números do item a), os divisíveis por 4são aqueles cujo número formado pelos doisúltimos algarismos é divisível por 4. São, portanto,os dos tipos

ou ou ou

ou

A quantidade total desses números é5 . A4,2 = 5 . 4 . 3 = 60

Respostas: a) 360 b) 60 c) 60

1 6 3 6 5 6

6 8 9 6

FFUUVVEESSTT ((22ªª FFAASSEE )) –– JJAANNEEIIRROO//22001111

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2No plano cartesiano Oxy, considere a parábola P de equa -ção y = – 4x2 + 8x + 12 e a reta r de equação y = 3x + 6 . Determine:

a) Os pontos A e B, de intersecção da parábola P com oeixo coordenado Ox, bem como o vértice V da pará -bola P.

b) O ponto C, de abscissa positiva, que pertence à inter -secção de P com a reta r.

c) A área do quadrilátero de vértices A, B, C e V.

Resoluçãoa) Os pontos A e B de intersecção da parábola P com

o eixo Ox têm abscissas que são raízes da equa -ção – 4x2 + 8x + 12 = 0 Assim:– 4x2 + 8x + 12 = 0 ⇔ x2 – 2x – 3 = 0 ⇔ x = – 1 oux = 3. Para x = – 1 ou x = 3, temos y = 0.Desta forma, A(– 1; 0) e B(3; 0).O vértice da parábola tem abscissa

xV = = 1 e ordenada

y = – 4 . 12 + 8 . 1 + 12 = 16. Assim, V(1; 16)

b) Os pontos de intersecção da parábola com a retatêm coordenadas que são soluções do sistema

⇔⇔

⇔ ⇔

O ponto C, de abscissa positiva, intersecção daparábola com a reta, é C(2; 12).

�y = – 4x2 + 8x + 12y = 3x + 6 �– 4x2 + 8x + 12 = 3x + 6

y = 3x + 6

�4x2 – 5x – 6 = 0y = 3x + 6 �

x = 2 e y = 12ou

3 15x = – ––– e y = ––––

4 4

– (+ 8)––––––––2 . (– 4)

FFUUVVEESSTT ((22ªª FFAASSEE )) –– JJAANNEEIIRROO//22001111

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c)

A área S, do quadrilátero convexo ABCV, é a somadas áreas dos triângulos AVM e CNB com a dotrapézio MVCN da figura acima. Assim, emunidades de área, temos:

SAVM = = 16

SCNB = = 6

SMVCN = = 14

S = SAVM + SCNB + SMVCN = 16 + 6 + 14 = 36

Respostas: a) A(– 1; 0), B(3; 0) e V(1; 16)b) C(2; 12)c) A área do quadrilátero é 36 unidades de

área.

3Um automóvel consome, em média, um litro de gasolinapara percorrer, em região urbana, uma distância de 10 km.Esse automóvel é do tipo conhecido como flex, ou seja,pode utilizar, como combustível, gasolina e/ou álcool,com as propriedades fornecidas na tabela abaixo. Combase nas informações dadas, determine:

a) Os valores das energias EG e EA liberadas pela com -bustão de um litro de gasolina e de um litro de álcool,respectivamente.

b) A distância dA percorrida, em média, pelo automóvelcom 1 litro de álcool.

c) O preço máximo Pm de um litro de álcool, acima doqual não seria conveniente, do ponto de vistafinanceiro, utilizar esse combustível, caso o litro degasolina custasse R$ 2,40.

d) O gasto médio G com combustível, por quilômetrorodado pelo automóvel, em região urbana, usandoexclusivamente álcool, se o litro desse combustívelcustar R$ 1,60.

2 . 16––––––

2

1 . 12––––––

2

(12 + 16) . 1––––––––––––

2

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Resolução

a) μG =

Com μG = 0,7g/cm3 = 0,7kg/� e VG = 1,0�, calcu -lemos mG:

0,7 =

1,0kg –––––––– 1,0 . 104kcal0,7kg ––––––––– EG

μA =

Com μA = 0,8g/cm3 = 0,8kg/� e VG = 1,0�, calcu -lemos mA:

0,8 =

1,0kg –––––––– 7,0 . 103kcal0,8kg ––––––––– EA

b) Conforme os dados, a distância percorrida peloveículo é diretamente proporcional à energialiberada pelo combustível.d = C Eem que C é uma constante própria do veículo.

= ⇒ =

= ⇒

dA = C EAdG = C EG

�dA

–––––dG

C EA–––––C EG

dA–––––

dG

EA––––EG

dA–––––

10

5,6 . 103–––––––––

7,0 . 103dA= 8,0km

mG = 0,7kg

EG = 7,0 . 103kcal

mA–––––

VA

mA–––––

1,0

mA = 0,8kg

EA = 5,6 . 103kcal

NOTE E ADOTEpoder calorífico (kcal/kg) densidade (g/cm3)

gasolina 1,0 x 104 0,7álcool 7,0 x 103 0,8

A distância percorrida pelo automóvel é diretamenteproporcional à energia liberada pelo combustívelconsumido.

mG–––––

VG

mG–––––

1,0

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c) R$ 2,40 –––––––––– 10kmPm –––––––––– 8,0km

d) R$ 1,60 (custo de 1,0�) –––––––––– 8,0kmG –––––––––– 1,0km

G =

Respostas:

a) EG = 7,0 . 103kcal

EA = 5,6 . 103kcal

b) dA = 8,0km

c) Pm = R$ 1,92

d) G = R$ 0,20

4Um menino puxa, com uma corda, na direção horizontal,um cachorro de brinquedo formado por duas partes, A eB, ligadas entre si por uma mola, como ilustra a figuraadiante. As partes A e B têm, respectivamente, massasmA = 0,5 kg e mB = 1 kg, sendo μ = 0,3 o coeficiente deatrito cinético entre cada parte e o piso. A constanteelástica da mola é k = 10 N/m e, na posição relaxada, seucomprimento é x0 = 10 cm. O conjunto se move comvelocidade constante v = 0,1 m/s. Nessas condições,determine:

a) O módulo T da força exercida pelo menino sobre aparte B.

b) O trabalho W realizado pela força que o menino fazpara puxar o brinquedo por 2 minutos.

c) O módulo F da força exercida pela mola sobre a parteA.

d) O comprimento x da mola, com o brinquedo emmovimento.

NOTE E ADOTE

Aceleração da gravidade no local: g = 10 m/s2

Despreze a massa da mola.

Pm = R$ 1,92

R$ 1,60–––––––

8,0

G = R$ 0,20

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Resolução

a) Sendo a velocidade constante, a força resultanteno sistema (cachorro-mola) é nula e portanto:

T = fatA+ fatB

= μ (PA + PB)

T = 0,3 . 15 (N) ⇒

b) 1) Cálculo da distância percorrida:Δs = V Δt (MU)Δs = 0,1 . 2,0 . 60 (m) = 12m

2) Cálculo do trabalho:W = T . ΔsW = 4,5 . 12 (J) ⇒

c) Para a parte A docachorro:

F = fatA= μ PA

F = 0,3 . 5,0 (N) ⇒

d) Lei de Hooke:F = k Δx = k (x – x0)1,5 = 10 (x – 0,1)0,15 = x – 0,1

Respostas: a) T = 4,5Nb) W = 54Jc) F = 1,5Nd) x = 0,25m

T = 4,5N

W = 54J

F = 1,5N

x = 0,25m

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5Em um laboratório, há dois frascos com soluções aquosasdiferentes:

– Ácido acético de concentração 1,0 mol/L;

– Ácido clorídrico de concentração 4,2 x 10–3 mol/L.

Fazendo dois testes, em condições iguais para as duassoluções, observou-se que,

– ao mergulhar, nas soluções, os eletrodos de umaparelho para medir a condutibilidade elétrica, aintensidade da luz da lâmpada do aparelho era amesma para as duas soluções;

– ao adicionar a mesma quantidade de indicadoruniversal para ácidos e bases a amostras de mesmovolume das duas soluções, a coloração final observadaera a mesma.

a) Explique por que duas soluções tão diferentes exibemcomportamentos tão semelhantes.

b) Considerando os valores fornecidos nesta questão,calcule a constante de dissociação iônica do ácidoacético. Mostre os cálculos.

ResoluçãoNo teste de condutibilidade elétrica, a intensidade daluz da lâmpada foi a mesma. Isso significa que as duassoluções têm a mesma condutibilidade elétrica.No teste com o indicador universal, as duas soluçõesapresentaram a mesma coloração. Isso implica que asduas soluções têm o mesmo pH.a) Podemos admitir que uma solução diluída de HCl

se encontra 100% ionizada e, portanto, teríamos:

100%HCl ⎯⎯⎯→ H+(aq) + Cl–(aq)

4,2 . 10–3mol/L 4,2 . 10–3 mol/L 4,2 . 10–3 mol/LA concentração de íons H+ na solução seria iguala 4,2 . 10–3 mol/L e a concentração total de íons nasolução seria 2 . 4,2 . 10–3 mol/L.

O ácido acético é um ácido fraco e, em soluçãoaquosa, não se ioniza totalmente:

H3CCOOH →← H+(aq) + H3CCOO–(aq)

Se as duas soluções apresentam o mesmo pH,podemos concluir que a concentração de íons H+

na solução de ácido acético deverá ser a mesmaque a do ácido clorídrico, ou seja, 4,2 . 10–3 mol/L.Como o ácido acético é um monoácido, ele apre -sen ta concentração de íons H+ e de H3CCOO– iguais(proporção de 1 : 1) e, portanto, a mesma con -centração total de íons na solução (2 . 4,2 . 10–3 mol/L),o que implica a mesma condutividade elétri ca.

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b)

Como o ácido acético é fraco, podemos dizer quea sua concentração no equilíbrio é praticamenteigual a 1,0 mol/L (desprezando-se 4,2 . 10–3 mol/L).A constante de equilíbrio do ácido, Ka, pode serexpressa por:

Ka =

Ka =

Ka ≅ 1,76 . 10–5

[H+] . [H3CCOO–]–––––––––––––––––

[H3CCOOH]

4,2 . 10–3 mol/L . 4,2 . 10–3 mol/L––––––––––––––––––––––––––

1,0 mol/L

H3CCOOH →← H+ + H3CCOO–

início1,0

mol/L0 0

ioniza-see forma

4,2 . 10–3

mol/L4,2 . 10–3

mol/L4,2 . 10–3

mol/L

equilí-brio

(1,0 – 4,2 . 10–3)mol/L

4,2 . 10–3

mol/L4,2 . 10–3

mol/L

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6Em 1921, E. Rutherford e J. Chadwick relataram que, aobombardear átomos de nitrogênio (14

7N) com partículas

alfa (núcleos de 42He), ocorria a liberação de prótons.

Posteriormente, eles afirmaram:

Não há informação sobre o destino final da partículaalfa... É possível que ela se ligue, de alguma maneira, aonúcleo residual. Certamente ela não é reemitida pois, seassim fosse, poderíamos detectá-la.

Anos mais tarde, P. Blackett demonstrou que, na expe -riência relatada por Rutherford e Chadwick, havia apenasa formação de um próton e de outro núcleo X. Tambémlembrou que, na colisão da partícula alfa com o átomo denitrogênio, deveria haver conservação de massa e decarga nuclear.

a) Com base nas informações acima, escreva a equaçãonuclear representativa da transformação que ocorre ao sebombardear átomos de nitrogênio com partículas alfa.

b) O núcleo X formado na experiência descrita é umisótopo de nitrogênio? Explique sua resposta.

Resolução

a) 147N + 42α ⎯⎯→ 1

1p + 178X

Conservação dos números de massa(soma dos índices superiores):14 + 4 = 1 + 17

Conservação das cargas nucleares(soma dos índices inferiores):7 + 2 = 1 + 8

b) Considerando que os isótopos são átomos di -ferentes que possuem mesma carga nuclear, pode-se afirmar que o núcleo X, com carga nuclearigual a 8, não é isótopo do nitrogênio, que temcarga nuclear 7. Pela tabela fornecida, o núcleo Xé isótopo do oxigênio (8O).

FFUUVVEESSTT ((22ªª FFAASSEE )) –– JJAANNEEIIRROO//22001111

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7A solução de azul de bromotimol atua como indicador depH. Em meio ácido, sua cor fica amarela e, em meiobásico, azul. Para valores de pH entre 6 e 7, a solução ficaverde.

Considere um aquário de água doce, iluminado e montadocom peixes e plantas aquáticas. Retirou-se uma amostrade água desse aquário (amostra 1) e a ela adicionou-sesolução de azul de bromotimol (indicador de pH),observando-se a cor verde.

a) O aquário foi mantido, por certo tempo, em ambienteescuro. Nova amostra de água foi retirada (amostra 2)e, ao se adicionar o indicador de pH, a coloração foidiferente da observada na amostra 1. Explique o queprovocou a diferença de pH entre as amostras 1 e 2.

b) A adição excessiva de ração para peixes levou aoaumento da população de decompositores no aquário.Que coloração é esperada ao se adicionar o indicadorde pH a uma amostra de água do aquário (amostra 3)?Justifique sua resposta.

Resoluçãoa) No aquário, mantido no escuro, todos os seres

vivos (plantas e peixes) realizam apenasrespiração liberando CO2 para o meio. O CO2dissolve-se na água formando H2CO3, tornando omeio mais ácido. O indicador adquire a coloraçãoamarela.

b) Coloração amarela. A decomposição aeróbica damatéria orgânica da ração libera CO2 para omeio, tornando-o ácido e o indicador adquire acoloração amarela.

FFUUVVEESSTT ((22ªª FFAASSEE )) –– JJAANNEEIIRROO//22001111

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8Duas enzimas, M e N, agem sobre o mesmo substrato etêm sua atividade influenciada pelo pH, conforme indicao gráfico abaixo.

Utilizando as Tabelas I e II impressas na folha derespostas, esquematize um experimento para verificar ainfluência de diferentes temperaturas, entre 20 ºC e 60 ºC,na atividade dessas enzimas.

a) Complete a Tabela I, indicando, para cada um dos seistubos-teste:

i. valor do pH;

ii. ausência (–) ou presença de enzima (M e/ou N);

iii. ausência (–) ou presença (+) de substrato;

iv. valor da temperatura.

b) Para verificar se os resultados observados nos tubos-teste são devidos à ação enzimática ou, exclusi -vamente, ao efeito da temperatura, indique como deveser o controle do experimento, completando a TabelaII, de acordo com as instruções do item a.

Tabela I (tubos-teste)

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

Tubo 4 Tubo 5 Tubo 6

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

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Resoluçãoa)

b)

Tabela II (tubos-controle)

Tubo 7 Tubo 8 Tubo 9

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

Tubo 10 Tubo 11 Tubo 12

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

pH: ___enzima:___substrato:___temperatura:___

Tabela I (tubos-teste)

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3

pH: ___2enzima:___Msubstrato:___+temperatura: 20___

pH: ___2enzima:___Msubstrato:___+temperatura: 40___

pH: ___2enzima:___Msubstrato:___+temperatura: 60___

Tubo 4 Tubo 5 Tubo 6

pH: ___8enzima:___Nsubstrato:___+temperatura: 20___

pH: ___8enzima:___Nsubstrato:___+temperatura: 40___

pH: ___8enzima:___Nsubstrato:___+temperatura: 60___

Tabela II (tubos-controle)

Tubo 7 Tubo 8 Tubo 9

pH: ___2enzima:___–substrato:___+temperatura: 20___

pH: ___2enzima:___–substrato:___+temperatura: 40___

pH: ___2enzima:___–substrato:___+temperatura: 60___

Tubo 10 Tubo 11 Tubo 12

pH: ___8enzima:___–substrato:___+temperatura: 20___

pH: ___8enzima:___–substrato:___+temperatura: 40___

pH: ___8enzima:___–substrato:___+temperatura: 60___

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9Desde a Antiguidade até a época helênica, e durante aIdade Média (em algumas culturas, até hoje) se conferiuaos terremotos, como a todos os fenômenos cuja causase desconhecia, uma explicação mística. Os filósofos daantiga Grécia foram os primeiros a aventar causasnaturais dos terremotos; no entanto, durante o períodomedieval, explicações desse tipo foram formalmenteproibidas por serem consideradas heréticas, e a únicacausa aceita na Europa era a da cólera divina. Somenteem princípios do século XVII é que se voltou a especularacerca das causas naturais de tais fenômenos.

Alejandro Nava, Terremotos. 4ª ed. México: FCE, 2003, p.24-25. Traduzido e adaptado.

O texto menciona mudanças, da Antiguidade até o iníciodo século XVII, na explicação dos fenômenos naturais.Hoje em dia, também é preciso considerar que asconsequências dos terremotos não dependem só de suamagnitude, mas também do grau de desenvolvimentosocial do local onde ocorrem, como foi possível notar nosterremotos de 2010 no Haiti.

a) Identifique e explique as mudanças que, no contextointelectual do século XVII, contribuíram para que osterremotos e outros fenômenos naturais deixassem deser vistos apenas como fenômenos místicos.

b) No caso do Haiti, a pobreza do país ampliou o efeitodevastador do fenômeno natural. Explique, historica -mente, essa pobreza e seu impacto no agravamento dasconsequências dos terremotos.

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Resoluçãoa) No século XVII, como resultado do movimento

renascentista (sobretudo do Renascimento Cien -tí fi co), consolidou-se uma nova mentalidade ba -seada no racionalismo e na investigação científicados fenômenos da Natureza. Como exemplossignificativos dessa mudança intelectual, podemoscitar Kepler, Galileu, Newton e sobretudoDescartes, que, além de matemático, foi o filósofoque sistematizou o pensamento racional e o mé -todo dedutivo, em substituição ao dogmatismo eao misticismo reinantes nas épocas precedentes.

b) A pobreza do Haiti tem caráter estrutural: re mon -ta à colonização de exploração, implantada pelaFrança com base na produção açucareira, e aofato de a independência do país ter resultado deuma revolta de escravos que eliminou a antigaclasse dominante. Entretanto, o Estado que emer -giu desse processo passou por uma sucessão degovernantes tirânicos, incapazes de implementarum projeto consistente de desenvolvimento nacio -nal, pois defendiam os interesses de uma nova eliteembasada na exclusão social. Assim, a totalausência de qualquer experiência democrática,somada à inexistência de quadros administrativose à manu tenção do povo em condições de misériaextrema e profunda ignorância tem inviabilizado,mesmo em tempos recentes, a montagem de umainfraes tru tu ra minimamente condizente com amoder ni dade.

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10Viver numa grande cidade implica o reconhecimento demúltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, deuma identificação visual, de um saber adquirido, portan -to. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente umamulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltandodo trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do lutoe das vestimentas operárias, também o olhar doassaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa,implica um conhecimento específico da cidade.

Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza.

São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.

O texto mostra como o forte crescimento territorial edemográfico de algumas cidades europeias, no século XIX,redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seushabitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.

a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidadescomo Londres e Paris, no século XIX.

b) Indique e analise uma característica, dentre as men cio -nadas no texto, que se faça presente em grandes cida -des atuais.

Resoluçãoa) Um motivo foi o processo de industrialização do

período, que multiplicou das fá bri cas nos grandescentros urbanos. O segundo motivo relaciona-secom as oportunidades de trabalho oferecidas pelaindústria, que atraíram mão de obra procedentede cidades menores ou mesmo das áreas rurais,levando à expansão demográfica e territorial(“inchaço”) das metrópoles industriais. Poder-se-ia acrescentar, como fator do crescimentodemográfico no século XIX, a queda da taxa demortalidade provocada pelos avanços da medicinano período: a descoberta da micro biologia porPasteur, a implantação da assepsia cirúrgica porLister e a identificação do bacilo da tuberculose(importante fator de mortalidade na época) porKoch.

b) “Também o olhar do assaltante ou o do policial,buscando ambos a sua presa, implica um conhe -ci mento específico da cidade”. Nas grandescidades atuais, a violência e a criminalidade(envolvendo como contraponto a atividadepolicial) têm ganhado crescente visibi lidade,gerando preocu pação entre as autoridades eprincipalmente na sociedade civil – vítima maiorda referida violência.

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11

Fonte: Ministério da Integração Nacional, 2006. Adaptado.

a) Correlacione as informações contidas nos mapasacima.

b) Identifique e explique dois fatores responsáveis pormudanças no padrão espacial de distribuição da popu -lação brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.

Resoluçãoa) No mapa das densidades demográficas, constata-

se uma distribuição irregular da população bra -sileira pelo território. Essa irregularidade é devidaa fatores, sobretudo, geográficos, que ao longo dahistória do País, determinaram uma espaciali -zação peculiar, com grandes adensamentos naporção oriental do território, com destaque para ocen tro-sul; afora estas, constatam-se aindaconcen tra ções pontuais, descontinuadas.A sobreposição do mapa das taxas de crescimentodemográfico ao das densidades demográficas per -mi te a seguinte constatação: as taxas de cres ci -men to são, em geral, maiores nas áreas de menorden sidade demográfica, pois estas são mais sensí -veis a qualquer acréscimo populacional; obser -vam-se aumentos populacionais mais expres sivosnas regiões Centro-Oeste e Norte, para onde, nasúltimas décadas, afluíram imigrantes atraídospela expan são das atividades agropecuárias –frentes pionei ras de colonização.É notável, também, a contínua expansão dasconurbações paulista e fluminense em decorrênciado dinamismo de suas economias.Deve-se constatar, ainda, que, nos maiores centrosurbanos, a taxa de crescimento natural dapopulação é menos expressiva em decorrência daredução das taxas de natalidade.

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b) Entre 1991 e 2000, o padrão espacial de distri bui -ção da população brasileira sofreu mudanças rela -cionadas a: (I) avanço da fronteira agrícola com aconsequente incorporação de novos territórios.Essa interiorização da população acompanha paripassu a expansão da economia, o que demandacontingentes cada vez mais numerosos de ativos;(II) crescimento das cidades médias em decor -rência da deterioração da infraestrutura dos gran -des centros urbanos. A despeito da urbanizaçãobrasileira ainda ser fortemente marcada pelomacrocefalismo, há uma tendência à descentra -lização da economia, como por exemplo a descon -cen tração da indústria, e dos serviços, o queprovoca o deslocamento de parte da populaçãodas grandes aglomerações para cidades menores,mas com melhores perspectivas de trabalho einserção, em geral.

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12O processo de formação de cidades brasileiras esteveassociado, entre outras situações, à existência de aldea -mento indígena, estação de saúde, arraial de mineração,capela, forte, assentamento de imigrantes, rota de tropei -ros ou, ainda, à construção de cidades planejadas.

Fonte: Atlas Histórico Escolar, FAE/MEC, 1996. Adaptado.

Com base no mapa e em seus conhecimentos:

a) Preencha, no quadro presente na folha de respostas, alegenda correta para o mapa acima.

b) Identifique e explique duas razões para a construçãode Brasília, capital do país, que é uma cidade plane -jada.

Resoluçãoa) LEGENDA

– Cuiabá, Diamantina e Ouro Preto –Arraial de Mineração;

– Nova Friburgo, Treze Tilhas e Blume nau –Assentamento de Imigrantes;

– Manaus, Belém, Natal – Fortes;

– Sorocaba, Ponta Grossa e Passo Fundo –Rota de Tropeiros

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b) Interiorização do Desenvolvimento – Uma daspreocu pa ções para se construir a capital no centrodo País era levar para o interior o crescimentoeconômico que se observava na faixa litorânea,desde o pe río do colonial. Ao construir a capital, osparâmetros de infraestrutura – como transportes,sanea men to básico, redes energéticas, comunica -ção seriam também levados para o interior. Odesenvol vi mento consequente atraiu contingentespopula cionais e houve a expansão do agronegócionas décadas posteriores. Questão Estratégica – Num primeiro momento, ainstalação da nova capital no interior permitiria oisolamento do poder constituído de um possívelataque externo por via marítima, situação a que aantiga capital, Rio de Janeiro, estava exposta.Além disso, no interior, a nova capital estariadistante das prováveis agitações e pressões popu -la res próprias dos grandes aglomerados urbanos.Assim, a cidade estaria localizada numa região desuposta “tranquilidade”, própria para o plane ja -mento econômico. Com o início do período militar,esse distanciamento geográfico resultou no isola -mento da capital das reivindicações sociais e, àmedida que recrudescia a repressão, a cidade maise mais se militarizava (crescimento da “auto-defesa”), o que dificultou sua integração ao meiosocial no período de redemocratização.

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13

In the latest move to inflame the racially tinged issueahead of November’s congressional and state elections,Republican senators say they intend to call hearings onoverturning the 14th amendment to the constitution,which grants citizenship to anyone born in the US.Leading Republicans have denounced the provision asoutdated, saying it encourages “invasion by birth canal”in which illegal immigrants smuggle themselves into theUS to have “anchor babies”.

The change is being pushed by the Republican whip inthe Senate, John Kyl, and senator Lindsey Graham, whosaid that “birthright citizenship is a mistake”.

The 14th amendment was adopted in 1868 after the civilwar to block laws that prevented former slaves frombecoming US citizens. Reform must be approved by two-thirds of both houses of Congress and ratified by three-quarters of US states or by calling a convention by the states.

Guardian.co.uk. 3 August 2010. Adaptado.

Baseando-se nas informações fornecidas pelo texto,responda às questões a seguir:

a) O que a 14.ª emenda à Constituição dos EstadosUnidos assegura e por que ela foi adotada?

b) Qual é a questão polêmica apresentada no texto comrelação aos imigrantes?

Resoluçãoa) A 14.a emenda assegura cidadania a qualquer

pessoa nascida nos EUA. Foi adotada em 1868após a Guerra Civil, para bloquear as leis queimpediam ex-escravos de se tornar cidadãosamericanos.

b) Os republicanos consideram ultrapassada a 14.a

emenda, pois, na opinião deles, ela incentiva ainvasão de imigrantes ilegais ao ter ritório dosEUA. A intenção inicial foi deturpada a partir domomento em que imigrantes passaram a invadiros EUA para assegurar sua permanência após onasci mento de seus bebês – “anchor babies”.

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14Although the human brain has an impressive amount of

storage space for memories, it does not keep each oneindefinitely. We tend to forget memories that are similarto one another – remembering instead more novel eventsor information. In fact, forgetting is important because itmakes it easier to recall new memories.

Although forgetting can be annoying, it sometimeshelps us learn. In 2007 researchers at ColumbiaUniversity showed that genetically modified mice thatcannot generate new neurons in the hippocampus – abrain area involved in storing memories – do better onmemory tasks than mice that create new neurons as usual.Learning new information does not require new neurons;it simply requires that existing neurons connect in newways.

Yet storing a memory does require the ability to sproutnew neurons. Thus, the genetically modified mice couldstill learn new information, like the most recent locationof food in the maze, but had no old memories of wherefood was hidden interfering with their most recent one.Forgetting, then, helps us remember.

Scientific American, July 13, 2010. Adaptado.

Baseando-se no texto, responda:

a) Qual é a importância do esquecimento para o cérebrohumano?

b) No experimento mencionado no texto, por que os ratosgeneticamente modificados aprenderam novas infor -ma ções com mais facilidade que os outros ratos?

Resoluçãoa) Esquecer é importante pois facilita a aquisição de

novas informações.b) Os ratos geneticamente modificados não podem

gerar novos neurônios no hipocampo, com isso,tendem a não armazenar informações por muitotempo. Por outro lado, têm maior facilidade paraabsorver novas informações, pois o esquecimentofaz parte do aprendizado.

15Os ventos alísios fazem parte da circulação atmosféricaglobal, soprando das zonas tropicais, de alta pressão, paraa zona equatorial, de baixa pressão, sendo responsáveis,por exemplo, pelo transporte de umidade oceânica para onordeste brasileiro. Esse tipo de vento aparece no poemade João Cabral de Melo Neto “A escola das facas”,publicado em 1980 no livro de mesmo nome, a seguir.

O alísio ao chegar ao Nordestebaixa em coqueirais, canaviais;cursando as folhas laminadas,se afia em peixeiras, punhais.

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Por isso, sobrevoada a Mata,suas mãos, antes fêmeas, redondas,ganham a fome e o dente da facacom que sobrevoa outras zonas.

O coqueiro e a cana lhe ensinam,sem pedra-mó, mas faca a facacomo voar o Agreste e o Sertão:mão cortante e desembainhada.

a) Existe relação entre o que ocorre com o “alísio”, aochegar ao Nordeste, e a palavra “escola”, presente notítulo do poema de João Cabral de Melo Neto?Explique.

b) A umidade do ar, trazida pelos ventos alísios, diminuiao entrar no continente. Descreva e explique duasadaptações evolutivas, relacionadas a esse fato, quediferenciam a vegetação da Zona da Mata da vegetaçãodo Sertão.

Resoluçãoa) Sim, pois, no Nordeste “o coqueiro e a cana...

ensinam” ao vento alísio “como voar o Agreste e oSertão” – não com as “mãos... fêmeas, redondas”com que o vento chega, mas com as mãos afiadas“em peixeiras, punhais” , depois que, “cursandoas folhas laminadas”, elas “ganham a fome e odente da faca”. Assim, as folhas do coqueiro e dacana são a escola em que o alísio ganha o seucaráter cortante, ou seja, aprende a agir com “mãocor tante e desembainhada”.

b) As adaptações evolutivas são adequações involun -tá rias de uma determinada espécie, que a possibi -litam sobreviver numa determinada região. Astransformações pelas quais a espécie passa, paraadequar-se a determinado meio, refletem umamaior eficiência morfológica.Sabendo-se que na Zona da Mata, domínio doclima Tropical úmido, macrotérmico úmido, comchuvas abundantes, concentradas no inverno, avegetação original é constituída pela floresta tropi -cal, com espécies latifoliadas, higrófilas e perenes.A densidade vegetal é elevada, diferente da vegeta -ção do Sertão Nordestino, onde prevalecem espé -cies xerófitas (cactáceas e bromeliáceas), coriácease peludas, sendo uma de suas adaptações atransformação de folhas em espinhos, caracte -rística do clima semiárido, macrotérmico seco,com chuvas escassas e irregulares.

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16Define-se geometricamente a razão áurea do seguintemodo: O ponto C da figura abaixo divide o segmento—AB na razão áurea quando os valores AC/AB e CB/ACsão iguais. Esse valor comum é chamado “razão áurea”.

A C B

A razão áurea, também denominada proporção áurea,número de ouro ou divina proporção, conquistou aimaginação popular e é tema de vários livros e artigos.Em geral, suas propriedades matemáticas estão correta -mente enunciadas, mas muitas afirmações feitas sobre elana arte, na arquitetura, na literatura e na estética sãofalsas ou equivocadas. Infelizmente, essas afirmaçõessobre a razão áurea foram amplamente divulgadas eadquiriram status de senso comum. Mesmo livros degeometria utilizados no ensino médio trazem conceitosincorretos sobre ela.

Trecho traduzido e adaptado do artigo de G. Markowsky,Misconceptions about the golden ratio, The College

Mathematics Journal, 23, 1, january, 1992, pp. 2-19.

a) Reescreva o trecho “(...) mas muitas afirmações feitassobre ela na arte, na arquitetura, na literatura e naestética são falsas ou equivocadas”, substituindo aconjunção que o inicia por “embora”, com as devidasalterações.

b) O verbo da oração “Infelizmente, essas afirmaçõessobre a razão áurea foram amplamente divulgadas”está na voz passiva analítica. Reescreva-a com o verbona voz passiva sintética, fazendo as devidas alterações.

c) Na figura presente no espaço destinado à resposta destaquestão, o polígono ADEFG é um pentágono regular.Utilize semelhança de triângulos para demonstrar queo ponto C da figura divide o segmento

—AB na razão

áurea.

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Resoluçãoa) Embora muitas afirmações feitas sobre ela na arte

sejam falsas ou equivocadas, [suas propriedadesmate máticas estão, em geral, corretamente enun -ciadas]. Obs.: não era necessário transcrever asegunda parte do período.

b) Infelizmente, divulgaram-se amplamente essasafirmações sobre a razão áurea.

c)

Considerando a circunferência γ circunscrita aopentágono regular ADEFG, temos:

1o. ) med(B^AD) = = = 36°

2o. ) med(A^DC) = = = 36°

3o. ) med(C^DB) = = = 36°

4o. ) med(A^BD) = = = 72°

5o. ) med(B^CD) = med(C

^AD) + med(A

^DC) =

= 36° + 36° = 72°

Assim, podemos concluir que:

6o. ) O triângulo ABD é isósceles de base —BD, ou

seja: AD = AB (I)

7o. ) O triângulo DBC é isósceles de base —BC, ou

seja: DC = BD (II)

8o. ) O triângulo CAD é isósceles de base —AD, ou

seja: DC = AC (III)

⏜DE––––

272°

––––2

⏜GA––––

272°

––––2

⏜FG––––

272°

––––2

⏜AD + ⏜EF–––––––––

272° + 72°

–––––––––2

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9o.) Das igualdades (II) e (III), concluímos que:

BD = AC (IV)

Por outro lado, de acordo com o critério (AA~),

podemos concluir que os triângulos isósceles DCB

e ABD são semelhantes.

Assim: = (V)

Finalmente, das igualdades (III), (IV) e (V), temos:

= , o que prova ser —AC o segmento

áureo de —AB.

17As sensações provocadas nos passageiros, dentro de umcarrinho, durante o trajeto em uma montanha-russa,podem ser associadas a determinadas transformaçõeshistóricas, como se observa no texto:

A primeira é a da ascensão contínua, metódica epersistente. Essa fase pode representar o período que vai,mais ou menos, do século XVI até meados do século XIX.A segunda é a fase em que, num repente, nos precipitamosnuma queda vertiginosa, perdendo as referências doespaço, das circunstâncias que nos cercam e até ocontrole das faculdades conscientes. Isso aconteceu porvolta de 1870. Nunca é demais lembrar que esse foi omomento no qual surgiram os parques de diversões e suamais espetacular atração, a montanha-russa, é claro. Aterceira fase, na nossa imagem da montanha-russa, é ado “loop”, a síncope final e definitiva, o clímax daaceleração precipitada. A escala das mudançasdesencadeadas, a partir desse momento, é de uma talmagnitude que faz os dois momentos anterioresparecerem projeções em câmara lenta.

N. Sevcenko, No loop da montanha-russa, 2009. Adaptado.

a) Explique duas das fases históricas mencionadas notexto.

b) Na montanha-russa esquematizada abaixo, um motorleva o carrinho até o ponto 1. Desse ponto, ele parte,saindo do repouso, em direção ao ponto 2, localizadoem um trecho retilíneo, para percorrer o resto do trajetosob a ação da gravidade (g = 10 m/s2).

DC––––AB

BC––––BD

AC––––AB

CB––––AC

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Desprezando a resistência do ar e as forças de atrito,calcule

1. o módulo da aceleração tangencial do carrinho noponto 2.

2. a velocidade escalar do carrinho no ponto 3, dentro doloop.

Resoluçãoa) Primeira fase, simbolizada pela “ascenção

continua, metódica e persistente” da montanharussa, corresponde ao período que vai doRenascimento à Primeira Revolução Industrial,caracterizado pela formação e consolidação dasestruturas econômica, social e política docapitalismo. A segunda, quando “nos precipitamosnuma queda vertiginosa, perdendo as referêciasdo espaço, das circunstâncias que nos cercam e atéo controle das faculdades conscientes”, inicia-secom a primeira crise do capitalismo (1873) e seaprofunda nos grandes conflitos de 1914-18 e1939-45, passando pela Grande Depressão.Finalmente, a terceira fase, simbolizada pelolooping, corresponde à perplexidade que vemdominando as mentes diante do fim das ideologiase do avanço vertiginoso da tecnologia, cujosdesdobramentos ninguém pode antever.

b1)

1) (BC)2 = (AB)2 + (AC)2

(BC)2 = 100 + 9 = 109

BC = �����109m

2) PFD: Pt = m atm g sen θ = m atat = g sen θ

at = 10 . (m/s2)

Sendo �����109 ≅ 10,4 vem:

10––––––

�����109

100at = ––––– m/s2

�����109

at ≅ 9,6m/s2

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b2)

Conservação da energia mecânica entre os pontos1 e 3:

(referência em 3)

= m g h

V3 = �����2gh

V3 = ����������� 2 . 10 . 4 (m/s)

Respostas: b1) ou at ≅ 9,6m/s2

b2) V3 = �����80 m/s = 4 ���5 m/s ≅ 8,9m/s

E3 = E1

m V32

––––––2

V3 = �����80 m/s = 4 ���5 m/s

100at = ––––– m/s2

�����109

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18Recifes de coral são rochas de origem orgânica, formadasprincipalmente pelo acúmulo de exoesqueletos decarbonato de cálcio secretados por alguns cnidários quevivem em colônias. Em simbiose com os pólipos doscorais, vivem algas zooxantelas. Encontrados somente emmares de águas quentes, cujas temperaturas, ao longo doano, não são menores que 20ºC, os recifes de coral sãoricos reservatórios de biodiversidade. Como modelosimplificado para descrever a existência dos recifes decoral nos mares, pode-se empregar o seguinte equilíbrioquímico:

CaCO3(s) + CO2(g) + H2O(l) →← Ca2+(aq) + 2HCO–3(aq)

a) Descreva o mecanismo que explica o crescimento maisrápido dos recifes de coral em mares cujas águas sãotransparentes.

b) Tomando como base o parâmetro solubilidade do CO2em água, justifique por que ocorre a formação derecifes de coral em mares de água quente.

Resoluçãoa) Em águas transparentes, o aumento da inten -

sidade de luz aumenta o processo de fotossíntese.Portanto, há uma diminuição da concentração dedióxido de carbono, segundo a equação:

luz6CO2 + 12H2O ⎯⎯→←⎯⎯ C6H12O6 + 6H2O + 6O2

clorofila

Como há diminuição da concentração de dióxidode carbono, o equilíbrio:CaCO3(s) + H2O(l) + CO2(g)→← Ca2+(aq) + 2HCO–

3(aq)será deslocado para esquerda (Príncipio de LeChatelier), aumentando a concentração deCaCO3, principal constituinte dos corais.

b) O aumento de temperatura diminui a solubilidadedo gás no líquido, portanto em águas quentes hádiminuição de concentração de dióxido decarbono na água. Concluímos, então, que oequilíbrio:CaCO3(s) + H2O(l) + CO2(g) →← Ca2+(aq) + 2HCO–

3(aq)será deslocado para esquerda, isto é, no sentido daformação de CaCO3, principal constituinte docoral.

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19Os modelos permitem-nos fazer previsões sobre situaçõesreais, sendo, em geral, simplificações, válidas em certascondições, de questões complexas. Por exemplo, numjogo de futebol, a trajetória da bola, após o chute, e odébito cardíaco dos jogadores podem ser descritos pormodelos.

• Trajetória da bola: quando se despreza a resistência doar, a trajetória da bola chutada, sob a ação da gravidade(g = 10 m/s2), é dada por h = d tgθ – 5 (d2/v0

2) (1 + tg2θ),em que v0 é a velocidade escalar inicial (em m/s), θ éo ângulo de elevação (em radianos) e h é a altura (emm) da bola a uma distância d (em m), do local do chute,conforme figura abaixo.

• Débito cardíaco (DC): está relacionado ao volumesistólico VS (volume de sangue bombeado a cadabatimento) e à frequência cardíaca FC pela fórmula DC = VS x FC.

Utilize esses modelos para responder às seguintesquestões:

a) Durante uma partida, um jogador de futebol quer fazerum passe para um companheiro a 32 m de distância.Seu chute produz uma velocidade inicial na bola de 72 km/h. Calcule os valores de tgθ necessários paraque o passe caia exatamente nos pés do companheiro.

b) Dois jogadores, A e B, correndo moderadamente pelocampo, têm frequência cardíaca de 120 batimentos porminuto. O jogador A tem o volume sistólico igual a 4/5do volume sistólico do jogador B. Os dois passam acorrer mais rapidamente. A frequência cardíaca dojogador B eleva-se para 150 batimentos por minuto.Para quanto subirá a frequência cardíaca do jogador Ase a variação no débito cardíaco (DCfinal – DCinicial) deambos for a mesma?

Resoluçãoa) Para que a bola atinja os pés do companheiro,

devemos ter, na expressão fornecida, h = 0. Sendo d = 32m e V0 = 72km/h (20m/s), temos:

h = d . tgθ – 5 (1 + tg2θ)( d2––––V0

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0 = 32 . tgθ – 5 (1 + tg2θ)

0 = 32 . tgθ – 5 2

(1 + tg2θ)

0 = 32 . tgθ – 12,8 (1 + tg2θ)

0 = 32tgθ – 12,8 + 12,8tg2θ

2tg2θ – 5tgθ + 2 = 0

tgθ =

tgθ =

ou

A existência de dois valores para a tg θ é justi -ficada pelo fato de que dois ângulos comple -mentares produzem o mesmo alcance horizontal,isto é, os ângulos θ1 e θ2 são complementares.

b) Calculemos os débitos cardíacos dos jogadores A eB nas situações inicial e final:

DCA(Inicial) = VS(B) . 120

DCB(Inicial) = VS(B) . 120

DCA(Final) = VS(B) . FC

DCB(Final) = VS(B) . 150

As diferenças no débito cardíaco de ambos osjogadores são iguais. Assim:DCB(Final) – DCB(Inicial) = DCA(Final) – DCA(Inicial)

VS(B) . 150 – VS(B) . 120 = VS(B) . FC – VS(B) . 120

150 – 120 = (FC – 120)

37,5 = FC – 120

Respostas:

a) tgθ1 = 2 ou

b) FC = 157,5 batimentos/minuto

1tgθ2 = –––2

( 322––––202 )

( 32–––20 )

5 ± ����������� 25 – 16–––––––––––––

4

5 ± 3––––––

4

tgθ1 = 2 1tgθ2 = –––2

4––5

4––5

4––5

4––5

4––5

FC = 157,5 batimentos/minuto

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20A borracha natural apresenta propriedades que limitam oseu uso. Por exemplo, ao ser aquecida, torna-se mole epegajosa. O processo de vulcanização da borracha,desenvolvido a partir de 1839 e exemplificado na figuraabaixo, permitiu a produção de pneus, mangueiras eoutros utensílios incorporados à vida cotidiana. Autilidade industrial da borracha estimulou sua exploraçãocomercial a partir das seringueiras da Amazônia. Aprodução brasileira desse produto dominou o mercadomundial até 1913, quando foi superada pela produçãoproveniente do cultivo de seringueiras na Ásia.

a) Por que a adição de enxofre, no processo devulcanização, altera as características mecânicas daborracha natural?

b) Supondo que 16 g de enxofre foram adicionados a1000 g de borracha natural pelo processo devulcanização, exemplificado no esquema acima,responda: Que porcentagem de unidades de isoprenofoi modificada por ligações cruzadas?

(Massas molares: H = 1 g/mol, C = 12 g/mol e S = 32 g/mol)

c) Cite e explique uma consequência social provocadapela exploração da borracha na Amazônia até 1913.

Resoluçãoa) A adição de átomos de enxofre na borracha altera

as suas propriedades tornando-a mais resistente,pois algumas ligações duplas da borracha serompem, aparecendo as “pontes de enxofre”(ligações cruzadas) que unem as cadeias do polí -mero.

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b) Por meio da equação química fornecida, temosduas unidades monoméricas com quatro átomosde enxofre adicionados, portanto, temos a seguinteproporção:2 unidades monoméricas: 4 átomos de enxofre2 . 68g ––––––––––––––– 4 . 32g

x ––––––––––––––– 16gx = 17g

Massa molar da unidade monomérica(C5H8):68g/mol

Cálculo da porcentagem de unidades mono mé -ricas alteradas pela adição de enxofre:1000g ––––––––– 17g100g ––––––––– xx = 1,7gporcentagem = 1,7%

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c) A exploração da borracha na Amazônia Ocidentalteve seu auge no final do século XIX e início doséculo XX, quando o grande fluxo migratório(apro ximadamente um milhão de imigrantes),atraído pela atividade, gerou um sistema de rela -ções sociais nas quais se destacou o que ficouconhecido como “aviamento”.Nesse sistema, estabelecia-se uma relação na qualo proprietário do seringal, o seringalista, em pre -gava diversos elementos no processo de extraçãodo látex, que culminava com o trabalho do serin -gueiro. Esse trabalhador instalava-se na pro prie -dade e, diariamente, fazia a extração do produtode árvores pré-escolhidas, juntando o látex atéperfazer “bolas” (as pelas) de cerca de 30 kg deborracha (devidamente “cozidas”) que eram tro -ca das com o seringalista por mantimentos eremédios. O seringalista, instalado na entrada doseringal num barracão (daí também o nome“sistema de barracão”), geralmente cobrava ummaior valor pelos mantimentos do que o valor dasbolas de borracha fornecidas, criando umasituação de endividamento do seringueiro, a qual,com o tempo, tornava impossível seu pagamento.Assim, o serin gueiro endividado passava a tra -balhar apenas para saldar uma dívida que, numcres cimento exponencial, ficava impossível de serpaga. Uma possível tentativa de fuga poderiacausar até a morte do seringueiro. Tal sistema de “produção” foi um dosresponsáveis pela decadência da produçãobrasileira a partir de 1913, quando a produçãoinglesa de borracha no Sudeste Asiático imposuma intensa concorrência ao produto brasileiro.

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117001/009

FUVEST 20112ª Fase − Terceiro Dia (11/01/2011)

NOME

IDENTIDADE

Conteúdo da Prova A001/040

Página 1/16 − Caderno Reserva

11/01/2011 (terça-feira)

INSTRUÇÕES

1. Aguardar a autorização do fiscal para abrir o caderno de prova.

2. Aguardar a autorização do fiscal para iniciar a prova.

3. Verificar se o seu nome está correto na prova.

4. Duração da prova: 4 horas. O candidato deve controlar o tempo disponível.

5. A prova deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

6. A solução de cada questão deve ser feita exclusivamente nos espaços destinados às respostas. O que

estiver fora NÃO será considerado na correção.

7. Nas questões que exigem cálculo, é indispensável indicar a resolução. A Banca não aceitará uma

simples resposta.

8. Este caderno de prova contém páginas destinadas a rascunho. O que estiver escrito nessas páginas

NÃO será considerado na correção.

9. Verificar se o caderno de prova contém 12 (doze) questões, de acordo com a carreira escolhida, e se a

impressão está legível.

10. Não utilizar caneta marca-texto.

Este caderno traz todas as 36 questões relativas às 6 disciplinas do 3º dia de prova.

Assim, cada candidato pode ter acesso às 12 questões propostas em seu exame, envolvendo duas ou três disciplinas, de acordo com a carreira escolhida.

ASSINATURA DO CANDIDATO:

11/01/2011 (terça-feira)

INSTRUÇÕES

1. Aguardar a autorização do fiscal para abrir o caderno de prova.

2. Aguardar a autorização do fiscal para iniciar a prova.

3. Verificar se o seu nome está correto na prova.

4. Duração da prova: 4 horas. O candidato deve controlar o tempo disponível.

5. A prova deve ser feita com caneta esferográfica azul ou preta.

6. A solução de cada questão deve ser feita exclusivamente nos espaços destinados às respostas. O que

estiver fora NÃO será considerado na correção.

7. Nas questões que exigem cálculo, é indispensável indicar a resolução. A Banca não aceitará uma

simples resposta.

8. Este caderno de prova contém páginas destinadas a rascunho. O que estiver escrito nessas páginas

NÃO será considerado na correção.

9. Verificar se o caderno de prova contém 12 (doze) questões, de acordo com a carreira escolhida, e se a

impressão está legível.

10. Não utilizar caneta marca-texto.

Este caderno traz todas as 36 questões relativas às 6 disciplinas do 3º dia de prova.

Assim, cada candidato pode ter acesso às 12 questões propostas em seu exame, envolvendo duas ou três disciplinas, de acordo com a carreira escolhida.

ASSINATURA DO CANDIDATO:

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M.01Determine o conjunto de todos os números reais para os quais vale a desigualdade

M.02Na figura abaixo, o cubo de vértices tem lado . Os pontos e são pontos médios das arestas e , respectivamente. Calcule a área da superfície do tronco de pirâmide de vértices .

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M.03Para a prova de um concurso vestibular, foram elaboradas 14 questões, sendo 7 de Português, 4 de Geografia e 3 de Matemática. Diferentes versões da prova poderão ser produzidas, permutando-se livremente essas 14 questões.

a) Quantas versões distintas da prova poderão ser produzidas?

b) A instituição responsável pelo vestibular definiu as versões classe A da prova como sendo aquelas que seguem o seguinte padrão: as 7 primeiras questões são de Português, a última deve ser uma questão de Matemática e, ainda mais: duas questões de Matemática não podem aparecer em posições consecutivas. Quantas versões classe A distintas da prova poderão ser produzidas?

c) Dado que um candidato vai receber uma prova que começa com 7 questões de Português, qual é a probabilidade de que ele receba uma versão classe A?

M.04a) Sendo a unidade imaginária, determine as partes real e imaginária do número complexo

b) Determine um polinômio de grau 2, com coeficientes inteiros, que tenha como raiz.

c) Determine os números complexos tais que tenha módulo igual a e tais que as partes real e imaginária de sejam iguais.

d) No plano complexo, determine o número complexo que é o simétrico de com relação à reta de equação .

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M.05As raízes da equação do terceiro grau

são todas reais e formam uma progressão geométrica. Determine

a) as raízes da equação;

b) o valor de .

M.06As circunferências e estão centradas em e , têm raios e , respectivamente, e tangenciam-se externamente. Uma reta é tangente a no ponto , tangente a no ponto e intercepta a reta no ponto . Sendo assim, determine

a) o comprimento ;

b) a área do quadrilátero ;

c) a área do triângulo .

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F.01Um forno solar simples foi construído com uma caixa de isopor, forrada internamente com papel alumínio e fechada com uma tampa de vidro de 40 cm 50 cm. Dentro desse forno, foi colocada uma pequena panela contendo 1 xícara de arroz e 300 ml de água à temperatura ambiente de 25 oC.Suponha que os raios solares incidam perpendicularmente à tampa de vidro e que toda a energia incidente na tampa do forno a atravesse e seja absorvida pela água. Para essas condições, calcule:

a) A potência solar total P absorvida pela água.

b) A energia E necessária para aquecer o conteúdo da panela até 100 o C.

c) O tempo total T necessário para aquecer o conteúdo da panela até 100 oC e evaporar 1/3 da água nessa temperatura (cozer o arroz).

F.02Num espetáculo de circo, um homem deita-se no chão do picadeiro e sobre seu peito é colocada uma tábua, de 30 cm 30 cm, na qual foram cravados 400 pregos, de mesmo tamanho, que atravessam a tábua. No clímax do espetáculo, um saco com 20 kg de areia é solto, a partir do repouso, de 5 m de altura em relação à tábua, e cai sobre ela. Suponha que as pontas de todos os pregos estejam igualmente em contato com o peito do homem. Determine:

a) A velocidade do saco de areia ao tocar a tábua de pregos.

b) A força média total aplicada no peito do homem se o saco de areia parar 0,05 s após seu contato com a tábua.

c) A pressão, em N/cm2, exercida no peito do homem por cada prego, cuja ponta tem 4 mm2 de área.

NOTE E ADOTE

Potência solar incidente na superfície da Terra: 1 kW/m2

Densidade da água: 1 g/cm3

Calor específico da água: 4 J/(g oC)

Calor latente de evaporação da água: 2200 J/g

Desconsidere as capacidades caloríficas do arroz e da panela.

NOTE E ADOTE

Aceleração da gravidade no local: g = 10 m/s2

Despreze o peso da tábua com os pregos.

Não tente reproduzir esse número de circo!

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F.03Trens de alta velocidade, chamados trens-bala, deverão estar em funcionamento no Brasil nos próximos anos. Características típicas desses trens são: velocidade máxima de 300 km/h, massa total (incluindo 500 passageiros) de 500 t e potência máxima dos motores elétricos igual a 8 MW. Nesses trens, as máquinas elétricas que atuam como motores também podem ser usadas como geradores, freando o movimento (freios regenerativos). Nas ferrovias, as curvas têm raio de curvatura de, no mínimo, 5 km. Considerando um trem e uma ferrovia com essas características, determine:

a) O tempo necessário para o trem atingir a velocidade de 288 km/h, a partir do repouso, supondo que os motores forneçam a potência máxima o tempo todo.

b) A força máxima na direção horizontal, entre cada roda e o trilho, numa curva horizontal percorrida a 288 km/h, supondo que o trem tenha 80 rodas e que as forças entre cada uma delas e o trilho tenham a mesma intensidade.

c) A aceleração do trem quando, na velocidade de 288 km/h, as máquinas elétricas são acionadas como geradores de 8 MW de potência, freando o movimento.

F.04A conversão de energia solar em energia elétrica pode ser feita com a utilização de painéis constituídos por células fotovoltaicas que, quando expostas à radiação solar, geram uma diferença de potencial U entre suas faces. Para caracterizar uma dessas células (C) de 20 cm2 de área, sobre a qual incide 1 kW/m2 de radiação solar, foi realizada a medida da diferença de potencial U e da corrente I, variando-se o valor da resistência R, conforme o circuito esquematizado na figura abaixo. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela.

a) Faça o gráfico da curva I U na figura impressa na folha de respostas.

b) Determine o valor da potência máxima Pm que essa célula fornece e o valor da resistência Rnessa condição.

c) Determine a eficiência da célula C para U = 0,3 V.

U (volt) I (ampère) 0,10 1,0 0,20 1,0 0,30 1,0 0,40 0,98 0,50 0,90 0,52 0,80 0,54 0,75 0,56 0,62 0,58 0,40 0,60 0,00

NOTE E ADOTE

1 t = 1000 kg

Desconsidere o fato de que, ao partir, os motores demoram alguns segundos para atingir sua potência máxima.

EficiênciaPfornecida

Pincid

NOTE E ADOTE

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A

F.05Um jovem pesca em uma lagoa de água transparente, utilizando, para isto, uma lança. Ao enxergar um peixe, ele atira sua lança na direção em que o observa. O jovem está fora da água e o peixe está 1 m abaixo da superfície. A lança atinge a água a uma distância x = 90 cm da direção vertical em que o peixe se encontra, como ilustra a figura abaixo. Para essas condições, determine:

a) O ângulo , de incidência na superfície da água, da luz refletida pelo peixe.

b) O ângulo que a lança faz com a superfície da água.

c) A distância y, da superfície da água, em que o jovem enxerga o peixe.

F.06Para manter-se equilibrado em um tronco de árvore vertical, um pica-pau agarra-se pelos pés, puxando-se contra o tronco, e apoia sobre ele sua cauda, constituída de penas muito rígidas, conforme figura ao lado. No esquema impresso na folha de respostas estão indicadas as direções das forças nos pés (T) e na cauda (C) do pica-pau que passam pelo seu centro de massa (CM) e a distância da extremidade da cauda ao CM do pica-pau, que tem 1 N de peso (P).

a) Calcule os momentos da forças P e C em relação ao ponto O indicado no esquema impresso na folha de respostas.

b) Escreva a expressão para o momento da força T em relação ao ponto O e determine o módulo dessa força.

c) Determine o módulo da força C na cauda do pica-pau.

NOTE E ADOTE

Índice de refração do ar = 1

Índice de refração da água = 1,3

Lei de Snell: v1/v2 = sen 1/sen 2

Ângulo sen tg 30o 0,50 0,58 40o 0,64 0,84 42o 0,67 0,90 53o 0,80 1,33 60o 0,87 1,73

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Q.01Os componentes principais dos óleos vegetais são os triglicerídeos, que possuem a seguinte fórmula genérica:

Nessa fórmula, os grupos R, R' e R" representam longas cadeias de carbono, com ou sem ligações duplas.

A partir dos óleos vegetais, pode-se preparar sabão ou biodiesel, por hidrólise alcalina ou transesterificação, respectivamente. Para preparar sabão, tratam-se os triglicerídeos com hidróxido de sódio aquoso e, para preparar biodiesel, com metanol ou etanol.

a) Escreva a equação química que representa a transformação de triglicerídeos em sabão.

b) Escreva uma equação química que representa a transformação de triglicerídeos em biodiesel.

Q.02Monóxido de carbono é um gás inodoro, incolor e muito tóxico. Um método para determinar sua concentração no ar consiste em fazê-Io reagir, completamente, com pentóxido de di-iodo, a temperaturas entre 160 oC e 180 oC. Nesse processo, o monóxido de carbono é oxidado, formando-se também uma substância simples. Medindo-se a massa dessa substância simples, é possível calcular a concentração de monóxido de carbono no ar.

a) Escreva a equação química balanceada da reação entre pentóxido de di-iodo e monóxido de carbono.

O pentóxido de di-iodo é um sólido que absorve água rapidamente, em condições ambientes, transformando-se num ácido monoprótico.

b) Escreva a equação química balanceada da reação entre pentóxido de di-iodo e água.

Se o ácido monoprótico mencionado for aquecido a temperaturas acima de 200 oC, sofrerá decomposição, regenerando o pentóxido de di-iodo e a água.

c) Determine a porcentagem da massa inicial desse ácido que se transforma em água por aquecimento acima de 200 oC. Mostre os cálculos.

massa molar g mol-1

H 1 O 16 I 127

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Q.03Maçaricos são queimadores de gás utilizados para produzir chamas de elevadas temperaturas, como as requeridas para soldar metais. Um gás combustível, muito utilizado em maçaricos, é o acetileno, C2H2, sendo que a sua combustão pode ser promovida com ar atmosférico ou com oxigênio puro.

a) Escreva a equação química balanceada da combustão completa do acetileno com oxigênio puro.

b) Em uma oficina de solda, existem dois cilindros idênticos, um deles contendo oxigênio puro (cilindro A) e o outro, ar atmosférico (cilindro B). Sabendo que, no interior dos dois cilindros, as condições de pressão e temperatura são as mesmas, qual dos dois cilindros contém a maior massa gasosa? Explique.

c) A temperatura da chama do maçarico é maior quando se utiliza a mistura de oxigênio e acetileno do que quando se usa a mistura de ar atmosférico e acetileno, mesmo estando os reagentes em proporção estequiométrica nos dois casos. Considerando as substâncias gasosas que recebem o calor liberado na combustão, em cada caso, explique essa diferença de temperatura.

massa molar g mol-1

O2 32 N2 28

Q.04Recentemente, foi preparado um composto A que é insolúvel em água. No entanto, quando misturado com água saturada de gás carbônico, forma-se uma solução que contém o íon B. Quando a solução resultante é aquecida, o gás carbônico é eliminado, e se formam duas camadas, uma de água e outra de composto A. Essas transformações reversíveis podem ser representadas pela seguinte equação química:

O composto A está sendo testado em um novo processo de extração do óleo de soja. No processo atual, utiliza-se hexano para extrair o óleo dos flocos de soja, formando uma solução. Em seguida, o hexano é separado do óleo de soja por destilação.

O novo processo, utilizando o composto A em vez de hexano, pode ser representado pelo seguinte esquema:

a) Descreva o que deve ser feito nas etapas X e Y para se obter o resultado mostrado no esquema.

b) Explique por que, no processo de extração do óleo de soja, é vantajoso evitar a destilação do solvente hexano.

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Q.05A espectrometria de massas é uma técnica muito utilizada para a identificação de compostos. Nesse tipo de análise, um feixe de elétrons de alta energia provoca a quebra de ligações químicas, gerando fragmentos das moléculas da amostra, os quais são registrados como linhas verticais em um gráfico, chamado espectro de massas. Nesse gráfico, em abscissas, são representadas as massas molares dos fragmentos formados e, em ordenadas, as abundâncias desses fragmentos.

Quando álcoois secundários são analisados por espectrometria de massas, resultam várias quebras de ligações, sendo a principal a que ocorre entre o átomo de carbono ligado ao grupo OH e o átomo de carbono vizinho. Para o 3-octanol, por exemplo, há duas possibilidades para essa quebra, como mostrado abaixo. Forma-se, em maior abundância, o fragmento no qual o grupo OH está ligado à cadeia carbônica mais curta.

A reação de hidratação do cis-2-penteno produz dois álcoois secundários que podem ser identificados por seus espectros de massas (A e B), os quais estão apresentados no espaço destinado à resposta desta questão.

a) Escreva a equação química que representa a reação de hidratação do cis-2-penteno, mostrando os dois álcoois secundários que se formam.

b) Atribua, a cada espectro de massas, a fórmula estrutural do álcool correspondente. Indique, em cada caso, a ligação que foi rompida para gerar o fragmento mais abundante.

massa molar g mol-1

H 1 C 12 O 16

Q.06Aldeídos aromáticos reagem com anidrido acético, produzindo ácidos com uma ligação dupla entre os dois átomos de carbono adjacentes ao grupo carboxila, como exemplificado:

Fenóis também podem reagir com anidrido acético, como exemplificado:

Um novo polímero, PAHF, foi preparado a partir da vanilina, por uma sequência de etapas. Na primeira delas, ocorrem duas transformações análogas às já apresentadas. Seguem as representações da vanilina e do PAHF.

a) Escreva a equação química balanceada que representa a reação da vanilina com anidrido acético.

O composto aromático obtido na reação descrita no item a pode ser transformado no polímero PAHF pela seguinte sequência de reações: hidrogenação, hidrólise e polimerização.

b) Considerando a ligação entre duas unidades monoméricas no polímero, como se pode classificar o PAHF? Seria: poliamida, poliálcool, poliácido, poliéster ou polialdeído? Explique.

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B.01

Os néfrons são as unidades funcionais dos rins, responsáveis pela filtração do sangue e pela formação da urina.

a) Complete a Tabela na folha de respostas, comparando as concentrações de aminoácidos, glicose e ureia, no sangue que chega ao néfron, com as concentrações dessas substâncias na urina e no sangue que deixa o néfron, em uma pessoa saudável. Marque com “X” os espaços da Tabela correspondentes às alternativas corretas.

b) Cerca de 30% da água presente no sangue que chega ao néfron passa para a cápsula renal, onde se inicia a filtração. Entretanto, a quantidade de água no sangue que sai do néfron é praticamente igual à quantidade de água do sangue que chega a ele. Explique como ocorre a recomposição da quantidade de água no sangue.

B.02Há doenças hereditárias que são causadas por mutações no DNA mitocondrial.

a) O risco de ocorrerem meninas e meninos afetados por essas doenças é igual na prole de mulheres afetadas e na prole de homens afetados? Justifique sua resposta.

b) Uma mutação no DNA mitocondrial pode estar presente nos espermatozoides dos afetados? Justifique sua resposta.

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Substância Concentração no sangue que chega ao néfron relativa à concentração na urina

Concentração no sangue que chega ao néfron relativa à concentração no sangue que deixa o néfron

Maior Menor Equivalente Maior Menor Equivalente

Aminoácidos

Glicose

Ureia

b)

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B.03Os acidentes em que as pessoas são “queimadas” por cnidários ocorrem com frequência no litoral brasileiro. Esses animais possuem cnidoblastos ou cnidócitos, células que produzem uma substância tóxica, que é composta por várias enzimas e fica armazenada em organelas chamadas nematocistos. Os cnidários utilizam essa substância tóxica para sua defesa e a captura de presas.

a) Em que organela(s) do cnidoblasto ocorre a síntese das enzimas componentes da substância tóxica?

b) Após a captura da presa pelo cnidário, como ocorrem sua digestão e a distribuição de nutrientes para as células do corpo do animal?

B.04Resultados de uma pesquisa publicada na revista Nature, em 29 de julho de 2010, mostram que a quantidade média de fitoplâncton dos oceanos diminuiu cerca de 1% ao ano, nos últimos 100 anos.

Explique como a redução do fitoplâncton afeta

a) os níveis de carbono na atmosfera.

b) a biomassa de decompositores do ecossistema marinho.

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B.05No gráfico abaixo, a curva mostra a porcentagem do gás oxigênio (O2) na atmosfera terrestre, ao longo do tempo, em relação ao nível atual. Nessa curva, os pontos I, II, III e IV representam o surgimento de grupos de seres vivos:

I. Eucariontes unicelulares II. Organismos multicelulares III. Cordados IV. Angiospermas

a) Que grupos de seres vivos, surgidos depois do ponto II e antes do ponto IV da curva, contribuíram para o aumento do O2 atmosférico?

b) Depois de que ponto assinalado na curva surgiu o cloroplasto?

c) Que tipos de respiração apresentam os animais que surgiram a partir do ponto III da curva?

B.06Quanto à termorregulação, os animais são classificados em endotérmicos, ou seja, dependentes da produção metabólica de calor, e ectotérmicos, que utilizam fontes ambientais de calor para manter seu metabolismo.

a) Um habitat com baixo suprimento de alimentos favorece o estabelecimento de animais endotérmicos ou ectotérmicos? Justifique sua resposta.

b) Considerando as características do primeiro grupo de vertebrados a conquistar definitivamente o ambiente terrestre, seus representantes viviam em um clima mais próximo ao tropical ou ao temperado? Justifique sua resposta.

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H.01Se utilizássemos, numa conversa com homens medievais, a expressão “Idade Média”, eles não teriam ideia do que isso poderia significar. Eles, como todos os homens de todos os períodos históricos, se viam vivendo na época contemporânea. De fato, falarmos em Idade Antiga ou Média representa uma rotulação posterior, uma satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados. No caso do que chamamos de Idade Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um desprezo indisfarçado pelos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI.

Hilário Franco Júnior, A Idade Média. Nascimento do Ocidente.3ª ed. São Paulo: Brasiliense, s.d. [1986]. p.17. Adaptado.

A partir desse trecho, responda:

a) Em que termos a expressão “Idade Média” pode carregar consigo um valor depreciativo?

b) Como o período comumente abarcado pela expressão “Idade Média” poderia ser analisado de outra maneira, isto é, sem um julgamento de valor?

H.02Observe a imagem e leia o texto a seguir.

Michelangelo começou cedo na arte de dissecar cadáveres. Tinha apenas 13 anos quando participou das primeiras sessões. A ligação do artista com a medicina foi reflexo da efervescência cultural e científica do Renascimento. A prática da dissecação, que se encontrava dormente havia 1.400 anos, foi retomada e exerceu influência decisiva sobre a arte que então se produzia.

Clayton Levy, “Pesquisadores dissecam lição de anatomia de Michelangelo”, Jornal da Unicamp, nº 256, junho de 2004,

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2004/ju256pag1.html. Acessado em 11/06/2010.

a) Explique a relação, mencionada no texto, entre artes plásticas e dissecação de cadáveres, no contexto do Renascimento.

b) Identifique, na imagem acima, duas características da arte renascentista.

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H.03Observe a seguinte foto.

Essas duas estátuas representam bandeirantes paulistas do século XVII e trazem conteúdos de uma mitologia criada em torno desses personagens históricos.

a) Caracterize a mitologia construída em torno dos bandeirantes paulistas.

b) Indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes que, em geral, são omitidos por essa mitologia.

H.04Observe os dois quadros a seguir.

Essas duas pinturas se referem à chamada Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), ocorrida na América do Sul entre 1864 e 1870.

a) Esses quadros foram pintados cerca de dez anos depois de terminada a Guerra do Paraguai, o da esquerda, por um brasileiro, o da direita, por um uruguaio. Analise como cada um desses quadros procura construir uma determinada visão do conflito.

b) A Guerra do Paraguai foi antecedida por vários conflitos na região do Rio da Prata, que coincidiram e se relacionaram com o processo de construção dos Estados nacionais na região. Indique um desses conflitos, relacionando-o com tal processo.

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H.05Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deparam face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.

Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974 [1929], p.9.

Publicado originalmente em 1929, logo transformado em best seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte, autobiográfico, já que seu autor foi combatente do exército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorrida entre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra”, considerando:

a) As formas tradicionais de realização de guerras internacionais, vigentes até 1914 e, a partir daí, modificadas.

b) A relação da guerra com a economia mundial, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX.

H.06Considere as seguintes charges.

Essas charges foram publicadas durante a presidência de João Goulart (1961-1964).

a) Cada charge apresenta uma crítica a um determinado aspecto do governo de Goulart. Identifique esses dois aspectos.

b) Analise como esses dois aspectos contribuíram para a justificativa do golpe militar de 1964.

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G.01A maior integração da Amazônia Legal à economia brasileira está baseada na estruturação de um sistema de circulação, envolvendo, principalmente, hidrovias e rodovias, conforme esquema abaixo.

Com base nesse esquema e em seus conhecimentos, identifique o eixo

a) hidroviário A e analise sua relação com os mercados interno e externo.

b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da pavimentação dessa rodovia, considerando um impacto ambiental e um social.

G.02 PESSOAL OCUPADO NOS ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS 2006

Localidade Total de pessoal ocupado

Mão de obra familiar

Empregados contratados

Brasil 16.367.633 12.810.591

(78,3%)

3.557.042

(21,7%)

Estado de São Paulo 828.492

416.111

(50,2%)

412.381

(49,8%)

Estado do Rio Grande do Sul 1.219.511

1.071.709

(87,9%)

147.802

(12,1%)

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006. Adaptado.

Com base na tabela e em seus conhecimentos:

a) Analise a presença de mão de obra familiar nos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, relacionando-a com as atividades agropecuárias predominantes em cada um deles.

b) Tendo em vista o fato de que a mão de obra familiar é majoritária no Brasil, analise os dados de pessoal ocupado nos estabelecimentos rurais no Estado de São Paulo, considerando as transformações agrárias ocorridas, nesse estado, a partir dos anos 1950.

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G.03Observe os gráficos abaixo sobre as exportações brasileiras.

a) Com base no gráfico A e em seus conhecimentos, analise e explique as exportações brasileiras entre 2001 e 2010.

b) Compare as exportações brasileiras para a América Latina/Caribe e para a União Europeia (gráfico B). Explique as diferenças encontradas.

G.04

Com base no mapa e em seus conhecimentos:

a) Analise os principais fluxos de turistas pelo mundo, relacionando-os com aspectos da Divisão Internacional do Trabalho.

b) Faça uma análise sobre a posição do Brasil na distribuição dos fluxos internacionais de turistas.

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G.05A erosão dos solos é um grave problema ambiental e socioeconômico. A intensidade dos processos erosivos, por sua vez, relaciona-se a fatores naturais e à ação humana.

a) Identifique e explique dois fatores que contribuem para a erosão dos solos, sendo um deles natural e outro decorrente da ação humana.

b) Identifique e explique um problema socioeconômico relacionado à erosão dos solos em áreas urbanas.

G.06Observe o mapa a seguir.

Em 1988, o ecólogo inglês Norman Myers propôs a criação do conceito de hotspot com o objetivo de resolver um dos dilemas dos conservacionistas: quais são as áreas mais importantes onde se deve preservar a biodiversidade na Terra? Conforme Myers, um hotspot deve conter pelo menos 1.500 espécies endêmicas de plantas e haver perdido mais de 3/4 da vegetação natural existente na área.

Sobre os dois hotspots em terras emersas, assinalados no mapa:

a) Identifique e explique as causas da existência do hotspot em território brasileiro.

b) Explique as causas da existência do hotspot na Ásia equatorial.

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FUVEST 20112ª Fase − Terceiro Dia (11/01/2011)

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0000−00 16 538

Área ReservadaNão escreva no topo da folha

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M.01Determine o conjunto de todos os números reais x para osquais vale a desigualdade

�log16

(1 – x2) – log4(1 + x)� <

Resolução

a) Condição de existência:

⇔ ⇔ – 1 < x < 1

b) �log16

(1 – x2) – log4(1 + x)� < ⇔

⇔ – < log16

(1 – x2) – log4(1 + x) < ⇔

⇔ – < – log4(1 + x) < ⇔

⇔ – 1 < log4(1 – x2) – log

4(1 + x)2 < 1 ⇔

⇔ – 1 < log4

< 1 ⇔

⇔ – 1 < log4

< 1⇔ < < 4 ⇔

⇔ ⇔ ⇔

⇔ ⇔ ⇔ – < x <

De (a) e (b), temos: V = x ∈ � � – < x <

Resposta: V = x ∈ � � – < x <

1–––

2

�1 – x2 > 01 + x > 0 �– 1 < x < 1

x > – 1

1–––

2

1–––2

1–––

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1–––2

log4(1 – x2)

–––––––––––2

1–––

2

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–––––––––(1 + x)2 �

� 1 – x––––––1 + x � 1

–––4

1 – x––––––1 + x

�1 – x

–––––– < 4 1 + x

1 – x 1–––––– > –––1 + x 4

� 1 – x < 4 + 4x4 – 4x > 1 + x

� 5x > – 35x < 3 �

3 x > – ––

5

3 x < ––

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3–––

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–––5 �

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M.02Na figura abaixo, o cubo de vértices A, B, C, D, E, F, G,H tem lado �. Os pontos M e N são pontos médios dasarestas

—AB e

—BC, respectivamente. Calcule a área da

superfície do tronco de pirâmide de vértices M, B, N, E,F, G.

Resolução

Seja x a medida dos lados transversos do trapézioisósceles MNGE e h, a sua altura.

1o. ) x2 =2

+ �2 ⇒ x =

2o. ) h2 = x2 –2

Assim:

h2 =2

–2

= ⇒ h =

A área total S do tronco de pirâmide MBNGEF é igualà soma das áreas de suas cinco faces, ou seja:

S = SEFG + SBNM + SBNGF + SBMEF + SMNGE ⇔

⇔ S = + + + +

+ �2 + . ⇔

⇔ S = + + + + ⇔

� �–––2 � �5

–––––2

� �2–––––

4 �

� �5–––––

2 � � �2–––––

4 � 18�2––––

16

32�–––––

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–––2

��–––�2

2––––––

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3�2––––

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2 � 32�–––––

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–––2

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9�2

–––8

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S = –––––4

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Resposta:

M.03Para a prova de um concurso vestibular, foram elaboradas14 questões, sendo 7 de Português, 4 de Geografia e 3 deMatemática. Diferentes versões da prova poderão serproduzidas, permutando-se livremente essas 14 questões.

a) Quantas versões distintas da prova poderão serproduzidas?

b) A instituição responsável pelo vestibular definiu asversões classe A da prova como sendo aquelas queseguem o seguinte padrão: as 7 primeiras questões sãode Português, a última deve ser uma questão de Mate -mática e, ainda mais: duas questões de Mate mática nãopodem aparecer em posições consecutivas. Quantasversões classe A distintas da prova poderão serproduzidas?

c) Dado que um candidato vai receber uma prova quecomeça com 7 questões de Português, qual é a proba -bilidade de que ele receba uma versão classe A?

Resoluçãoa) As 14 questões podem permutar entre si de P14 for -

mas diferentes. Desta forma, existem 14! ver sõesdiferentes de provas.

b) 1) Existem P7 = 7! maneiras diferentes de colocaras questões de português no início da prova, 3 formas de escolher a última questão da provaentre as questões de matemática e 4 formas deescolher a penúltima questão, entre as questõesde geografia.

2) Quanto às demais questões, existemP5 – P2 . P4 = 5! – 2 . 4! = 72 formas de montaras questões centrais, sem que duas questões dematemática estejam juntas.

3) Desta forma, existem 7! . 3 . 4 . 72 == 864 . 7! = 4 354 560 provas do tipo A.

c) Existem 7! . 7! provas cujas primeiras sete ques -tões são de português. Escolhida, ao acaso, umadessas provas, a probabilidade dela ser da versãoclasse A é

= =

Respostas: a) 14! b) 4 354 560 c)

864 . 7!–––––––

7! . 7!864

–––––––5 040

6––––

35

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M.04a) Sendo i a unidade imaginária, determine as partes real

e imaginária do número complexo

z0 = – + i

b) Determine um polinômio de grau 2, com coeficientesinteiros, que tenha z0 como raiz.

c) Determine os números complexos w tais que z0 . w

tenha módulo igual a 52 e tais que as partes real eimaginária de z0 . w sejam iguais.

d) No plano complexo, determine o número complexo z1que é o simétrico de z0 com relação à reta de equaçãoy – x = 0.

Resolução

Se z0 = – + i, então:

a) A parte real de z0 é e o coeficiente da parte

imaginária é 1, pois:

1) . = =

2) . = = –

3) De (1) e (2), tem-se:

z0 = – + i ⇔ z0 = + i

b) Um polinômio do 2o. grau de coeficientes inteirosque tem z0 como raiz pode ser P(z) = 4z2 – 4z + 5,pois:

1) se z0 = + i é raiz, então —z0 = – i é raiz

também.

Os polinômios do 2o. grau que têm z0 como raiz

são da forma P(z) = a0(z – z0)(z – –z0)

Portanto:

P(z) = a0 z – + i z – –i ⇒

⇒ P(z) = a0 z2 – z +

2) Se os coeficientes de P(z) são inteiros, então a0é múltiplo (não nulo) de 4.

Para a0 = 4, tem-se: P(z) = 4z2 – 4z + 5

1––––1 + i

1–––2i

1–––

2

1––––––

1 + i

1 – i––––––

1 – i

1 – i––––––1 – i2

1 – i––––––

2

1–––2i

i––i

i––––2i2

i––2

1 – i–––––

2 � i– ––

2 � 1––2

1––2

1––2

� � 1––2 � � � � 1

––2 � �

� 5––4 �

1––––1 + i

1–––2i

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c) Se w = a + bi, então:

1) z0 . w = + i (a + bi) =

= a + bi + ai + bi2 ⇒

⇒ z0 . w = a – b + b + a i

2) Se a parte real de z0 . w é igual à parte imagi -

nária, então a – b = b + a ⇔ a = – 3b

3) Para a = – 3b, tem-se z0 . w = – – i

4) �z0 . w� = 52 ⇒

⇒ –2

+ –2

= 52 ⇒

⇒ b = + 2 ou b = – 2

5) Para b = + 2 ⇒ a = – 6 e para b = – 2 ⇒ a = + 6Logo, os números complexos w são:w1 = – 6 + 2i e w2 = 6 – 2i

d) Sendo z0 = + i, cujo afixo é o ponto

; 1 , então o simétrico de z0 em relação à reta

y = x (bissetriz dos quadrados ímpares) é o

número complexo z1 = 1 + . i, cujo afixo é o

p o n t o

1; .

Respostas: a) Re(z0) = ; Im(z0) = 1

b) Um polinômio é P(z) = 4z2 – 4z + 5

c) w1 = – 6 + 2i; w2 = 6 – 2i

d) z1 = 1 + i

� 5b–––2 � � 5b

–––2 �

1––2

� 1–––2 �

1–––

2

� 1–––2 �

1––2

1––2

1––2

1––2

5b–––

2

5b–––

2

� 1––2 �

1––2

1––2

1––2 � 1

––2 �

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M.05As raízes da equação do terceiro grau

x3 – 14x2 + kx – 64 = 0

são todas reais e formam uma progressão geométrica.Determine

a) as raízes da equação; b) o valor de k.

Resolução

Se ; a; aq for o conjunto verdade da equação

x3 – 14x2 + kx – 64 = 0, então:

1) . a . aq = 64 ⇔ a3 = 64 ⇔ a = 4

2) Já que 4 é uma das raízes, temos:43 – 14 . 42 + k . 4 – 64 = 0 ⇔ k = 56

3) O polinômio x3 – 14x2 + 56x – 64 é divisível por x – 4 e, portanto:

⇔ x3 – 14x2 + 56x – 64 = 0 ⇔ (x – 4)(x2 – 10x + 16) = 0 ⇔

⇔ x – 4 = 0 ou x2 – 10x + 16 = 0 ⇔ x = 4 ou x = 2 ou x = 8

Respostas: a) {2; 4; 8} b) k = 56

1 – 14 56 – 64 41 – 10 16 0

� a––q �

a––q

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M.06As circunferências C1 e C2 estão centradas em O1 e O2,

têm raios r1 = 3 e r2 = 12, respectivamente, e tangenciam-

se externamente. Uma reta t é tangente a C1 no ponto P1,

tangente a C2 no ponto P2 e intercepta a reta↔O1O2 no

ponto Q. Sendo assim, determine

a) o comprimento P1P2;

b) a área do quadrilátero O1O2P2P1;

c) a área do triângulo QO2P2.

ResoluçãoSupondo P1 ≠ P2, o enunciado sugere a figuraseguinte:

a) 1) No triângulo O1O2R, retângulo, da figura, temos:O1O2 = r1 + r2 = 3 + 12 = 15

RO2 = r2 – r1 = 12 – 3 = 9

O1O22 = RO1

2 + RO22

⇒ 152 = RO12 + 92 ⇔ RO1 = 12

2) No retângulo O1RP2P1, temos: P1P2 = RO1 = 12

b) O quadrilátero O1O2P2P1 é um trapézio de basemaior O2P2 = 12, base menor O1P1 = 3, altura RO1 = 12 e área igual a

= 90 unidades de área.

c) A área SO1O2R do triângulo O1O2R é tal que

SO1O2R = = 54

A área SQO2P2do triângulo QO2P2 é tal que

=

2

⇔ =

2

⇔ SQO2P2= 96

Respostas: a) 12 b) 90 c) 96

SQO2P2–––––––––

54� 12

–––9 �

(12 + 3) . 12––––––––––––

2

9 . 12–––––––

2

SQO2P2–––––––––

SO1O2R� P2O2

–––––––RO2

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F.01Um forno solar simples foi construído com uma caixa deisopor, forrada internamente com papel alumínio efechada com uma tampa de vidro de 40 cm x 50 cm.Dentro desse forno, foi colocada uma pequena panelacontendo 1 xícara de arroz e 300 ml de água à temperaturaambiente de 25oC. Suponha que os raios solares incidamperpendicularmente à tampa de vidro e que toda a energiaincidente na tampa do forno a atravesse e seja absorvidapela água. Para essas condições, calcule:

a) A potência solar total P absorvida pela água.

b) A energia E necessária para aquecer o conteúdo dapanela até 100oC.

c) O tempo total T necessário para aquecer o conteúdo dapanela até 100oC e evaporar 1/3 da água nessatemperatura (cozer o arroz).

Resolução

I = 1,0kW/m2 = 1,0 . 103W/m2

A = 0,50 . 0,40 (m2)

a) Isolar =

1,0 . 103 = ⇒

b) Como apenas a água absorve calor, temos:

E = (m c Δθ)H2O ⇒ E = 300 . 4,0 . (100 – 25) (J)

Da qual:

A = 0,20m2

P–––A

P–––––0,20

P = 2,0 . 102W

NOTE E ADOTEPotência solar incidente na superfície da Terra: 1kW/m2

Densidade da água: 1g/cm3

Calor específico da água: 4J/(goC)Calor latente de evaporação da água: 2200J/gDesconsidere as capacidades caloríficas do arroz e da panela.

E = 9,0 . 104J

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c) Etotal = E + E’ ⇒ Etotal = E + . LV

Etotal = 9,0 . 104 + . 2200 (J)

P = ⇒ Δt = = (s)

Respostas: a) 2,0 . 102W

b) 9,0 . 104J

c) 1,55 . 103s

F.02Num espetáculo de circo, um homem deita-se no chão dopicadeiro e sobre seu peito é colocada uma tábua, de30cm x 30cm, na qual foram cravados 400 pregos, demesmo tamanho, que atravessam a tábua. No clímax doespetáculo, um saco com 20 kg de areia é solto, a partir dorepouso, de 5 m de altura em relação à tábua, e cai sobreela. Suponha que as pontas de todos os pregos estejamigualmente em contato com o peito do homem.Determine:

a) A velocidade do saco de areia ao tocar a tábua depregos.

b) A força média total aplicada no peito do homem se osaco de areia parar 0,05 s após seu contato com a tábua.

c) A pressão, em N/cm2, exercida no peito do homem porcada prego, cuja ponta tem 4 mm2 de área.

Resoluçãoa)

Conservação da energia mecânica:

(referência em B)

= m g H

V = 2gH = 2 . 10 . 5,0 (m/s)

m V2–––––

2

mH2O––––––

3

300––––

3

Etotal = 3,1 . 105J

Etotal––––––Δt

Etotal––––––P

3,1 . 105––––––––2,0 . 102

Δt = 1,55 . 103s

NOTE E ADOTE

Aceleração da gravidade no local: g = 10 m/s2

Despreze o peso da tábua com os pregos.

Não tente reproduzir esse número de circo!

EB = EA

V = 10m/s

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b) Pela lei da ação e reação, a força total aplicada nopeito do homem tem a mesma intensidade daforça média aplicada no saco.Teorema do impulso aplicado ao saco:

I→

saco = ΔQ→

saco

–(Fm – P) Δt = m ΔV (↓ + )

–(Fm – 200) 0,05 = 20 (0 – 10)

Fm – 200 = 4000

c) A força média total de 4200N é distribuída em 400pregos e, portanto, a força média em cada pregotem intensidade fm dada por:

fm = =

A pressão exercida por cada prego é dada por:

p =

p =

Respostas: a) V = 10m/sb) F = 4200Nc) p = 262,5 N/cm2

F.03Trens de alta velocidade, chamados trens-bala, deverãoestar em funcionamento no Brasil nos próximos anos.Características típicas desses trens são: velocidademáxima de 300 km/h, massa total (incluindo 500passageiros) de 500 t e potência máxima dos motoreselétricos igual a 8 MW. Nesses trens, as máquinaselétricas que atuam como motores também podem serusadas como geradores, freando o movimento (freiosregenerativos). Nas ferrovias, as curvas têm raio decurvatura de, no mínimo, 5 km. Considerando um trem euma ferrovia com essas características, determine:

a) O tempo necessário para o trem atingir a velocidadede 288 km/h, a partir do repouso, supondo que osmotores forneçam a potência máxima o tempo todo.

b) A força máxima na direção horizontal, entre cada rodae o trilho, numa curva horizontal percorrida a 288 km/h,supondo que o trem tenha 80 rodas e que as forçasentre cada uma delas e o trilho tenham a mesmaintensidade.

Fm = 4200N

Fm––––400

4200N––––––

400

fm = 10,5N

fm–––A

10,5N––––––––––4 . 10–2cm2

p = 262,5 N/cm2

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c) A aceleração do trem quando, na velocidade de 288 km/h,as máquinas elétricas são acionadas como geradoresde 8 MW de potência, freando o movimento.

Resoluçãoa) 1) Utilizando-se o teorema da energia cinética,

desprezando-se o efeito de forças dissipativas econsiderando-se que o movimento ocorra emlinha reta em um plano horizontal, temos:

τmotor = ΔEcin =

τmotor = . 2

(J)

τmotor = 2,5 . 105 . 64 . 102 (J)

2) Potmotor =

8,0 . 106 =

b) A força horizontal aplicada pelos trilhos fará opapel de resultante centrípeta:

Fh = Fcp =

Fh = (N)

Fh = 64 . 104N

Esta força total horizontal é aplicada nas 80 rodase, portanto, a força horizontal, em cada roda, édada por:

F1 = = . 103N

Nota: Estamos admitindo que todas as rodasestejam na curva.

NOTE E ADOTE

1 t = 1000 kg

Desconsidere o fato de que, ao partir, os motoresdemoram alguns segundos para atingir sua potênciamáxima.

m V2–––––

2

500 . 103––––––––

2 ( 288–––––

3,6 )

τmotor = 16 . 108J

τmotor––––––Δt

16 . 108

–––––––Δt

Δt = 2,0 . 102s

m V2–––––

R

500 . 103 . (80)2––––––––––––––

5,0 . 103

Fh = 6,4 . 105N

640––––

80

Fh––––80

F1 = 8,0 . 103N = 8,0kN

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c) Da expressão da potência instantânea, temos:Pot = F V8,0 . 106 = F . 80

No instante T em que a velocidade tem módulo80m/s, o trem começa a frear com uma força deintensidade F = 1,0 . 105N.Neste instante T, a aceleração tangencial do tremterá módulo a dado por:2.a Lei de Newton: F = m a1,0 . 105 = 500 . 103 at

Se o trem estiver no instante T em trajetóriaretilínea a sua aceleração só terá a componentetangencial com módulo at = 0,20 m/s2; contudo, seneste instante T o trem estiver no trecho curvo deraio R = 5,0 . 103m ele terá uma aceleraçãocentrípeta com módulo dado por:

acp = = (m/s2) = 1,28m/s2

Neste caso a aceleração vetorial terá módulo adado por a2 = at

2 + acp2 = 1,68.

Respostas: a) Δt = 2,0 . 102sb) F1 = 8,0 . 103Nc) at = 2,0 . 10–1 m/s2

acp = 1,28 m/s2

a ≅ 1,3 m/s2

F = 1,0 . 105N

at = 0,20 m/s2

V2

––––R

(80)2

–––––––5,0 . 103

a ≅ 1,3m/s2

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F.04A conversão de energia solar em energia elétrica pode serfeita com a utilização de painéis constituídos por célulasfotovoltaicas que, quando expostas à radiação solar,geram uma diferença de potencial U entre suas faces. Paracaracterizar uma dessas células (C) de 20 cm2 de área,sobre a qual incide 1 kW/m2 de radiação solar, foirealizada a medida da diferença de potencial U e dacorrente I, variando-se o valor da resistência R, conformeo circuito esquematizado na figura abaixo.

Os resultados obtidos estão apresentados na tabela.

a) Faça o gráfico da curva I x U na figura impressa nafolha de respostas.

b) Determine o valor da potência máxima Pm que essacélula fornece e o valor da resistência R nessa condi ção.

c) Determine a eficiência da célula C para U = 0,3 V.

U (volt) I (ampère)0,10 1,00,20 1,00,30 1,00,40 0,980,50 0,900,52 0,800,54 0,750,56 0,620,58 0,400,60 0,00

NOTE E ADOTE

PforneciddaEficiência = ––––––––––

Pincidente

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Resoluçãoa)

b) Com a tabela fornecida, podemos determinar apotência no circuito para cada par de valores detensão elétrica e intensidade de corrente, assim:

O maior produto da tensão elétrica pela intensi -dade de corrente elétrica fornece a potênciamáxima.

Pmáx = (i U)máx

Pmáx = 0,90 . 0,50 (W)

Sendo o resistor não ôhmico, podemos, nessas con -dições, calcular a resistência elétrica aparente R.U = R . i0,50 = R . 0,90

c) Determinemos, inicialmente, a potência incidente(Pi):1,0kW ––––––––– 1,0m2

Pi ––––––––– 20 . 10–4m2

Pi = 20 . 10–4kW

Para U = 0,30V, temos i = 1,0A e dessa maneira apotência fornecida será dada por:Pf = i UPf = 1,0 . 0,30 (W)

U (V) I (A) P = I . U (W)0,10 1,0 0,100,20 1,0 0,200,30 1,0 0,300,40 0,98 0,390,50 0,90 0,450,52 0,80 0,410,54 0,75 0,400,56 0,62 0,340,58 0,40 0,230,60 0,00 0,00

Pmáx = 0,45W

R ≅ 0,56Ω

Pi = 2,0W

Pf = 0,30W

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Da expressão fornecida para o cálculo da eficiên -cia, vem:

ε = =

(15%)

Respostas: a) Gráfico b) 0,45W e 0,56Ωc) 0,15 ou 15%

F.05Um jovem pesca em uma lagoa de água transparente,utilizando, para isto, uma lança. Ao enxergar um peixe,ele atira sua lança na direção em que o observa. O jovemestá fora da água e o peixe está 1 m abaixo da superfície.A lança atinge a água a uma distância x = 90 cm dadireção vertical em que o peixe se encontra, como ilustraa figura abaixo. Para essas condições, determine:

a) O ângulo α, de incidência na superfície da água, da luzrefletida pelo peixe.

b) O ângulo β que a lança faz com a superfície da água.

c) A distância y, da superfície da água, em que o jovemenxerga o peixe.

Resolução

Pf––––Pi

0,30––––2,0

ε = 0,15

NOTE E ADOTE

Índice de refração do ar = 1

Índice de refração da água = 1,3

Lei de Snell: v1/v2 = sen θ1/sen θ2

Ângulo θ sen θ tg θ

30° 0,50 0,58

40° 0,64 0,84

42° 0,67 0,90

53° 0,80 1,33

60° 0,87 1,73

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a) No triângulo retângulo com um dos vértices nopeixe:

tg α = ⇒

Da tabela:

b) Lei de Snell: nAr sen γ = nágua sen α

1 . sen γ = 1,3 . 0,67 ⇒

Da tabela:

Porém: β + γ = 90° ⇒ β + 60° = 90°

Da qual:

c) Da figura: tg β = ⇒ tg 30° =

0,58 = ⇒

Respostas: a) α = 42°; b) β = 30°; c) y = 0,52m

F.06Para manter-se equilibrado em um tronco de árvorevertical, um pica-pau agarrase pelos pés, puxando-secontra o tronco, e apoia sobre ele sua cauda, constituídade penas muito rígidas, conforme figura ao lado. Noesquema impresso na folha de respostas estão indicadasas direções das forças nos pés (T) e na cauda (C) do pica-pau – que passam pelo seu centro de massa (CM) – e adistância da extremidade da cauda ao CM do pica-pau,que tem 1 N de peso (P).

0,9––––

1tg α = 0,9

α = 42°

sen γ = 0,87

γ = 60°

β = 30°

y–––

x

y–––0,9

y–––0,9

y = 0,52m

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a) Calcule os momentos da forças P e C em relação aoponto O indicado no esquema impresso na folha derespostas.

b) Escreva a expressão para o momento da força T emrelação ao ponto O e determine o módulo dessa força.

c) Determine o módulo da força C na cauda do pica-pau.

Resolução

a) 1) O momento da força C, em relação ao ponto O,é nulo porque sua linha de ação passa por O.

2) Da figura: sen 30° = =

3) O momento de P (peso) em relação ao ponto Otem módulo dado por:

| MP| = P . d

| MP| = 1,0 . 8,0 . 10–2 (N.m)

O momento é uma grandeza vetorial e omomento da força P é normal ao plano do papele sentido saindo do papel.

d––––

16

1–––

2

d = 8,0cm

| MP| = 8,0 . 10–2 N.m

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b) 1) O somatório dos momentos em relação ponto Odeve ser nulo e, portanto:

MT + MP + MC = 0

MT = –MP

O momento da força T é normal ao plano dopapel e sentido entrando no papel.

2) | MT| = T . dT

8,0 . 10–2 = T . 16 . 10–2

c) A força resultante deve ser nula:

Da figura:

cos 30° = =

C = P

Respostas: a) | MC| = 0

b) T = 5,0 . 10–1N

c)

| MT| = | MP| = 8,0 . 10–2 N.m

T = 0,50N

C––––

P

3––––

2

3––––

2

3C = –––– N ≅ 0,87N

2

| MP| = 8,0 . 10–2 N.mdireção: normal ao plano do papelsentido: saindo do papel

| MT| = 8,0 . 10–2 N.mdireção: normal ao plano do papel=sentido: entrando no papel

3C = –––– N ≅ 8,7 . 10–1N

2

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Q.01Os componentes principais dos óleos vegetais são ostriglicerídeos, que possuem a seguinte fórmula genérica:

Nessa fórmula, os grupos R, R' e R" representam longascadeias de carbono, com ou sem ligações duplas.

A partir dos óleos vegetais, pode-se preparar sabão oubiodiesel, por hidrólise alcalina ou transesterificação,respectivamente. Para preparar sabão, tratam-se ostriglicerídeos com hidróxido de sódio aquoso e, parapreparar biodiesel, com metanol ou etanol.

a) Escreva a equação química que representa atransformação de triglicerídeos em sabão.

b) Escreva uma equação química que representa atransformação de triglicerídeos em biodiesel.

Resoluçãoa) A equação química da reação de hidrólise alcalina

do triglicerídeo (reação de saponificação) está aseguir:

O||

H2C — O — C — R O||

HC — O — C — R’O||

H2C — O — C — R”

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b) A reação do triglicerídeo com o metanol (reaçãode transesterificação) está representada a seguir:

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Q.02Monóxido de carbono é um gás inodoro, incolor e muitotóxico. Um método para determinar sua concentração noar consiste em fazê-lo reagir, completamente, compentóxido de di-iodo, a temperaturas entre 160°C e180°C. Nesse processo, o monóxido de carbono éoxidado, formando-se também uma substância simples.Medindo-se a massa dessa substância simples, é possível

calcular a concentração de monóxido de carbono no ar.

a) Escreva a equação química balanceada da reação entrepentóxido de di-iodo e monóxido de carbono.

O pentóxido de di-iodo é um sólido que absorve águarapidamente, em condições ambientes, transformando-se num ácido monoprótico.

b) Escreva a equação química balanceada da reação entrepentóxido de di-iodo e água. Se o ácido monopróticomencionado for aquecido a temperaturas acima de200°C, sofrerá decomposição, regenerando o pen -tóxido de di-iodo e a água.

c) Determine a porcentagem da massa inicial desse ácidoque se transforma em água por aquecimento acima de200°C. Mostre os cálculos.

Resolução2+ 4+

a) A oxidação do CO produz CO2 e a substânciasimples produzida corresponde ao iodo diatômico(I2).

5CO + I2O5 → 5CO2 + I2

b) I2O5 + H2O → 2HIO3(ácido monoprótico)

c) 2HIO3 → I2O5 + H2O M(HIO3) = 176g/mol2 mol 1 mol M(H2O) = 18g/mol

↓ ↓2 . 176g ––––––– 18g

100g ––––––– xx = 5,1g

Porcentagem: 5,1 %

massa molar

g mol1–

H 1

O 16

I 127

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Q.03Maçaricos são queimadores de gás utilizados paraproduzir chamas de elevadas temperaturas, como asrequeridas para soldar metais. Um gás combustível, muitoutilizado em maçaricos, é o acetileno, C2H2, sendo que asua combustão pode ser promovida com ar atmosféricoou com oxigênio puro.

a) Escreva a equação química balanceada da combustãocompleta do acetileno com oxigênio puro.

b) Em uma oficina de solda, existem dois cilindrosidênticos, um deles contendo oxigênio puro (cilindroA) e o outro, ar atmosférico (cilindro B). Sabendo que,no interior dos dois cilindros, as condições de pressãoe temperatura são as mesmas, qual dos dois cilindroscontém a maior massa gasosa? Explique.

c) A temperatura da chama do maçarico é maior quandose utiliza a mistura de oxigênio e acetileno do quequando se usa a mistura de ar atmosférico e acetileno,mesmo estando os reagentes em proporção estequio -métrica nos dois casos. Considerando as substânciasgasosas que recebem o calor liberado na combustão,em cada caso, explique essa diferença de temperatura.

Resoluçãoa) Combustão completa do acetileno:

C2H2 + 5/2 O2 → 2CO2 + H2O

b) O cilindro que tem maior massa é o que contémoxigênio puro, pois a massa molar do O2 (32g/mol)é maior que a massa molar média do ar(28,8g/mol).Cálculo da massa molar média do ar:Admitindo no ar 80% em mol de N2 e 20% em molde O2, temos:—Mar =

—Mar = 28,8g/mol

Outra explicação:Pelo Princípio de Avogadro, temos o mesmonúmero de moléculas nos dois cilindros. Nocilindro contendo ar, existem moléculas de N2, quetêm menor massa que as moléculas de O2.

c) Como os reagentes acetileno e oxigênio estão namesma proporção estequiométrica, o calor libera -do será o mesmo nos dois casos (O2 puro e O2 noar), para uma mesma massa de acetileno quei -mada.

massa molarg mol–1

O2N2

3228

(80 . 28 + 20 . 32)g/mol–––––––––––––––––––––

100

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Considerando o calor liberado na queima doacetileno com O2 puro, uma parte será absorvidapelos produtos da reação (CO2 e H2O).O calor liberado na queima do acetileno com o artambém será absorvido pelo gás nitrogênio, quenão participou da queima, portanto, a tem -peratura do sistema será menor do que a queocorre na queima do acetileno com O2 puro.

Q Q

Δθ1 Δθ2

Concluímos: Δθ1 > Δθ2

Q.04Recentemente, foi preparado um composto A que éinsolúvel em água. No entanto, quando misturado comágua saturada de gás carbônico, forma-se uma soluçãoque contém o íon B. Quando a solução resultante éaquecida, o gás carbônico é eliminado, e se formam duascamadas, uma de água e outra de composto A. Essastransformações reversíveis podem ser representadas pelaseguinte equação química:

O composto A está sendo testado em um novo processode extração do óleo de soja. No processo atual, utiliza-sehexano para extrair o óleo dos flocos de soja, formandouma solução. Em seguida, o hexano é separado do óleo desoja por destilação.

O novo processo, utilizando o composto A em vez dehexano, pode ser representado pelo seguinte esquema:

CO2 + H2O CO2 + H2O + N2

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a) Descreva o que deve ser feito nas etapas X e Y para seobter o resultado mostrado no esquema.

b) Explique por que, no processo de extração do óleo desoja, é vantajoso evitar a destilação do solventehexano.

Resoluçãoa) Na etapa X, foi adicionada água saturada de CO2.

Podemos verificar, pelo esquema, que flocos desoja foram extraídos com o composto A, formandouma solução (mistura homogênea) e, com a adiçãode água saturada de CO2 (etapa X), o equilíbrioda reação citada é deslocado para a direita, for -mando íons solúveis em água e que não se mis -turam com o óleo, o que configura um sistemabifásico.Na etapa Y, o sistema foi aquecido, provocando odesprendimento de CO2.A solução de B (íons) com água saturada de CO2,sendo aquecida (etapa Y), desloca o equilíbrio dareação para a esquerda, eliminando o CO2 e for -mando a substância A insolúvel em água (sistemabifásico).

b) No processo de destilação do solvente hexano,energia é consumida para provocar a vaporizaçãodo hexano.Algumas desvantagens desse processo em relaçãoao novo sugerido podem ser: maior consumo deenergia, presença de traços de hexano no óleo desoja, emissão de solvente volátil tóxico para o ar(contribui para o efeito estufa, para o smog foto -químico e é cancerígeno).No processo sugerido, toda substância A é rea -proveitada (evitando perda de material),obedecendo de forma mais adequada à químicaverde.

Q.05A espectrometria de massas é uma técnica muito utilizadapara a identificação de compostos. Nesse tipo de análise,um feixe de elétrons de alta energia provoca a quebra deligações químicas, gerando fragmentos das moléculas daamostra, os quais são registrados como linhas verticaisem um gráfico, chamado espectro de massas. Nessegráfico, em abscissas, são representadas as massasmolares dos fragmentos formados e, em ordenadas, asabundâncias desses fragmentos.

Quando álcoois secundários são analisados por espec -trometria de massas, resultam várias quebras de ligações,sendo a principal a que ocorre entre o átomo de carbonoligado ao grupo OH e o átomo de carbono vizinho. Parao 3-octanol, por exemplo, há duas possibilidades paraessa quebra, como mostrado abaixo. Forma-se, em maiorabundância, o fragmento no qual o grupo OH está ligadoà cadeia carbônica mais curta.

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A reação de hidratação do cis-2-penteno produz doisálcoois secundários que podem ser identificados por seusespectros de massas (A e B), os quais estão apresentadosabaixo.

a) Escreva a equação química que representa a reação dehidratação do cis-2-penteno, mostrando os dois álcooissecundários que se formam.

b) Atribua, a cada espectro de massas, a fórmula estru -tural do álcool correspondente. Indique, em cada caso,a ligação que foi rompida para gerar o fragmento maisabundante.

massa molarg mol–1

HCO

11216

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Resoluçãoa) Equação da reação de hidratação do cis-2-pen -

teno:

b) Admitindo apenas a quebra da ligação entre oátomo de carbono que apresenta o grupo OH e oátomo de carbono vizinho, temos:I) No caso do 2-pentanol, a quebra da ligação

entre o primeiro e o segundo átomo de carbonoproduziu os seguintes fragmentos:H3C — (massa molar 15g/mol) e

OH|

— C — CH2 — CH2 — CH3 (massa molar 73g/mol)H

No caso da quebra da ligação entre o segundo e oterceiro átomo de carbono, os fragmentosformados seriam:

OH|

H3C — C — (massa molar 45g/mol) e|

H

H2 H2— C — C — CH3 (massa molar 43g/mol)

II) No caso do 3-pentanol, a quebra da ligação citadaproduziria somente os fragmentos:H3C — CH2 — (massa molar 29g/mol)— CH — CH2 — CH3 (massa molar 59g/mol)

|OH

Observando o gráfico A, o fragmento de maiorabundância (100) apresenta massa molar igual a59g/mol, o que corresponde ao fragmento:

que aparece apenas na quebra da ligação do3-pentanol.

A ligação rompida foi entre os átomos de carbono2 e 3:

OHH2 | H2

H3C — C — C — C — CH3|

H

�OH| H2

— C — C — CH3H

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No gráfico B, o fragmento de maior abundância(100) apresenta massa molar 45g/mol, que

corresponde ao fragmento

originado na quebra da ligação dos átomos decarbono presentes no 2-pentanol.A ligação rompida é aquela entre os átomos decarbono 2 e 3:

OH| H2 H2

H3C — CH — C — C — CH3

Q.06Aldeídos aromáticos reagem com anidrido acético,produzindo ácidos com uma ligação dupla entre os doisátomos de carbono adjacentes ao grupo carboxila, comoexemplificado:

Fenóis também podem reagir com anidrido acético, comoexemplificado:

Um novo polímero, PAHF, foi preparado a partir davanilina, por uma sequência de etapas. Na primeira delas,ocorrem duas transformações análogas às já apresentadas.Seguem as representações da vanilina e do PAHF.

a) Escreva a equação química balanceada que representaa reação da vanilina com anidrido acético. O compostoaromático obtido na reação descrita no item a pode sertransformado no polímero PAHF pela seguinte se -quência de reações: hidrogenação, hidrólise e poli -merização.

b) Considerando a ligação entre duas unidades mono -méricas no polímero, como se pode classificar oPAHF? Seria: poliamida, poliálcool, poliácido, poliés -ter ou polialdeído? Explique.

�OH|

H3C — C —|

H�

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Resoluçãoa)

b) Hidrogenação:

Polimerização:

O PAHF é um poliéster.

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B.01Os néfrons são as unidades funcionais dos rins, res pon -sáveis pela filtração do sangue e pela formação da urina.

a) Complete a Tabela na folha de respostas, comparandoas concentrações de aminoácidos, glicose e ureia, nosangue que chega ao néfron, com as concentraçõesdessas substâncias na urina e no sangue que deixa onéfron, em uma pessoa saudável. Marque com “X” osespaços da Tabela correspondentes às alternativascorretas.

b) Cerca de 30% da água presente no sangue que chegaao néfron passa para a cápsula renal, onde se inicia afiltração. Entretanto, a quantidade de água no sangueque sai do néfron é praticamente igual à quantidade deágua do sangue que chega a ele. Explique como ocorrea recomposição da quantidade de água no sangue.

Resoluçãoa)

b) A água é reabsorvida nos túbulos renais porosmose, transporte ativo e ação do hormônioantidiu rético. As células que constituem os túbulosrenais são dotadas de invaginações de base quepotencializam a reabsorção.

Subs-tância

Concentração no sangueque chega ao néfron

relativa à concentração na urina

Concentração no sangueque chega ao néfron

relativa à concentração nosangue que deixa o néfron

Maior Menor Equi-valente Maior Menor Equi-

valente

Ami-noácidos

Glicose

Ureia

Subs-tância

Concentração no sangueque chega ao néfron

relativa à concentração na urina

Concentração no sangueque chega ao néfron

relativa à concentração nosangue que deixa o néfron

Maior Menor Equi-valente Maior Menor Equi-

valente

Ami-noácidos X X

Glicose X X

Ureia X X

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B.02Há doenças hereditárias que são causadas por mutaçõesno DNA mitocondrial.

a) O risco de ocorrerem meninas e meninos afetados poressas doenças é igual na prole de mulheres afetadas ena prole de homens afetados? Justifique sua resposta.

b) Uma mutação no DNA mitocondrial pode estarpresente nos espermatozoides dos afetados? Justifiquesua resposta.

Resoluçãoa) Não. O DNA mitocondrial é transmitido apenas

por via materna.b) Sim. Os espermatozoides possuem mitocôndrias

na peça intermediária.

B.03Os acidentes em que as pessoas são “queimadas” porcnidários ocorrem com frequência no litoral brasileiro.Esses animais possuem cnidoblastos ou cnidócitos, cé -lulas que produzem uma substância tóxica, que é com -posta por várias enzimas e fica armazenada em organelaschamadas nematocistos.

Os cnidários utilizam essa substância tóxica para suadefesa e a captura de presas.

a) Em que organela(s) do cnidoblasto ocorre a síntese dasenzimas componentes da substância tóxica?

b) Após a captura da presa pelo cnidário, como ocorremsua digestão e a distribuição de nutrientes para ascélulas do corpo do animal?

Resoluçãoa) As enzimas são proteínas sintetizadas nos ribos -

somos.b) As presas são digeridas na cavidade gastrovas -

cular, por via enzimática (digestão extracelular),e no interior das células, por atividade de enzimaslisossômicas (digestão intracelular). A distribuiçãodo alimento se faz por difusão de célula paracélula, uma vez que esses animais não possuemtecidos condutores (vasculares).

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B.04Resultados de uma pesquisa publicada na revista Nature,em 29 de julho de 2010, mostram que a quantidade médiade fitoplâncton dos oceanos diminuiu cerca de 1% ao ano,nos últimos 100 anos.

Explique como a redução do fitoplâncton afetaa) os níveis de carbono na atmosfera.b) a biomassa de decompositores do ecossistema marinho.

Resoluçãoa) A redução do fitoplâncton provoca a diminuição

da fotossíntese, fenômeno que sequestra CO2atmosférico, portanto devem aumentar os níveisde carbono na atmosfera.

b) O fitoplâncton produz o alimento e o O2 neces -sários à manutenção de toda teia alimentar. Suaredução deve provocar a diminuição da biomassade decompositores.

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B.05No gráfico abaixo, a curva mostra a porcentagem do gásoxigênio (O2) na atmosfera terrestre, ao longo do tempo,em relação ao nível atual. Nessa curva, os pontos I, II, IIIe IV representam o surgimento de grupos de seres vivos:

I. Eucariontes unicelularesII. Organismos multicelulares

III. CordadosIV. Angiospermas

a) Que grupos de seres vivos, surgidos depois do ponto IIe antes do ponto IV da curva, contribuíram para oaumento do O2 atmosférico?

b) Depois de que ponto assinalado na curva surgiu ocloroplasto?

c) Que tipos de respiração apresentam os animais quesurgiram a partir do ponto III da curva?

Resoluçãoa) – Algas pluricelulares (protoctistas);

– Briófitas, pteridófitas e gimnospermas (plantas).b) Os cloroplastos surgiram no ponto I a partir de

bactérias clorofiladas (procariontes) que foramenglobadas pelas células eucariotas.

c) Os cordados apresentam respiração branquial,cutânea e pulmonar.

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B.06Quanto à termorregulação, os animais são classificadosem endotérmicos, ou seja, dependentes da produçãometabólica de calor, e ectotérmicos, que utilizam fontesambientais de calor para manter seu metabolismo.

a) Um habitat com baixo suprimento de alimentos favo -rece o estabelecimento de animais endotérmicos ouectotérmicos? Justifique sua resposta.

b) Considerando as características do primeiro grupo devertebrados a conquistar definitivamente o ambienteterrestre, seus representantes viviam em um clima maispróximo ao tropical ou ao temperado? Justifique suaresposta.

Resoluçãoa) Ectotérmicos porque apresentam metabolismo

variável, dependendo da temperatura do meioambiente.

b) Tropical. Os primeiros vertebrados que conquista ramdefinitivamente o meio terrestre foram os répteis,animais característicos de ambientes tro pi cais.

H.01Se utilizássemos, numa conversa com homens medievais,a expressão “Idade Média”, eles não teriam ideia do queisso poderia significar. Eles, como todos os homens detodos os períodos históricos, se viam vivendo na épocacontemporânea. De fato, falarmos em Idade Antiga ouMédia representa uma rotulação posterior, uma satisfa -ção da necessidade de se dar nome aos momentos pas -sados. No caso do que chamamos de Idade Média, foi oséculo XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal pre -conceito, pois o termo expressava um desprezo indisfar -çado pelos séculos localizados entre a AntiguidadeClássica e o próprio século XVI.

(Hilário Franco Júnior, A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 3ª ed. São Paulo:

Brasiliense, s.d. [1986]. p.17. Adaptado.)A partir desse trecho, responda:a) Em que termos a expressão “Idade Média” pode

carregar consigo um valor depreciativo?b) Como o período comumente abarcado pela expressão

“Idade Média” poderia ser analisado de outra manei -ra, isto é, sem um julgamento de valor?

Resoluçãoa) Como os renascentistas do século XVI admiravam

a Antiguidade Clássica (Greco-Romana) e pro cu -ra vam espelhar-se nela, tendiam a depreciar operíodo que se inter pu nha entre eles e seu modelo.

b) A Idade Média deve ser analisada dentro de suaspeculiaridades (as estruturas feudais) e de suadinâmica própria, sem comparações valorativascom os períodos que a sucederam ou precederam.

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H.02Observe a imagem e leia o texto a seguir.

Fonte: Michelangelo. A criação de Adão, detalhe do teto daCapela Sistina, Vaticano (c. 1511). www.rastel.com.

Michelangelo começou cedo na arte de dissecar cadá ve -res. Tinha apenas 13 anos quando participou das pri -meiras sessões. A ligação do artista com a medicina foireflexo da efervescência cultural e científica do Renas -cimento. A prática da dissecação, que se encontravadormente havia 1.400 anos, foi retomada e exerceuinfluência decisiva sobre a arte que então se produzia.Clayton Levy, “Pesquisadores dissecam lição de anatomia de

Michelangelo”, Jornal da Unicamp, nº 256, junho de 2004,http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2004

/ju256pag1.html. Acessado em 11/06/2010.

a) Explique a relação, mencionada no texto, entre artesplásticas e dissecação de cadáveres, no contexto doRenascimento.

b) Identifique, na imagem acima, duas características daarte renascentista.

Resoluçãoa) A dissecação de cadáveres mencionada no texto ia

ao encontro de um dos objetivos dos artistas daRenascença: reproduzir a figura humana com omáximo realismo anatômico, dentro da concep çãonaturalista que constituía uma das vertentes maissignificativas do pensamento renascentista.

b) Antropocentrismo (valorização do ser humano),influência da arte clássica (utilização do afresco,nudez da figura de Adão) e perspectiva (noção deprofundidade na pintura).

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H.03Observe a seguinte foto.

Fonte: Imagens das estátuas de Antônio Raposo Tavares(esq.) e Fernão Dias Pais (dir.), existentes no salão de entrada

do Museu Paulista, São Paulo.

Essas duas estátuas representam bandeirantes paulistasdo século XVII e trazem conteúdos de uma mitologiacriada em torno desses personagens históricos.a) Caracterize a mitologia construída em torno dos ban -

deirantes paulistas.b) Indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes

que, em geral, são omitidos por essa mitologia.

Resoluçãoa) O visual militarizado e heroico que atualmente se

atribui aos bandeirantes foi elaborado a partir de1932, no contexto da Revolução Constitucionalistade São Paulo contra Vargas, quando se tornounecessário produzir uma identificação positivaentre o povo paulista e seu passado histórico,sintetizado no bandeirismo.

b) Geralmente, omite-se a precariedade da vida dospaulistas na época do bandeirismo, assim comosua brutalidade na destruição das missões jesuí ti -cas, com grande mortandade e também apre -samento de milhares de índios, e na aniquilaçãodo Quilombo dos Palmares.

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H.04Observe os dois quadros a seguir.

Fonte: Victor Meirelles de Lima, Combate naval doRiachuelo, 2.ª versão. 1882/1883.

Fonte: Juan Manuel Blanes, A destruição causadapela guerra, 1880.

Essas duas pinturas se referem à chamada Guerra daTríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), ocorrida naAmérica do Sul entre 1864 e 1870.a) Esses quadros foram pintados cerca de dez anos

depois de terminada a Guerra do Paraguai, o daesquerda, por um brasileiro, o da direita, por umuruguaio. Analise como cada um desses quadrosprocura construir uma determinada visão do conflito.

b) A Guerra do Paraguai foi antecedida por váriosconflitos na região do Rio da Prata, que coincidirame se relacionaram com o processo de construção dosEstados nacionais na região. Indique um dessesconflitos, relacionando-o com tal processo.

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Resoluçãoa) O quadro de Victor Meireles mostra uma visão

épi ca da Guerra do Paraguai, destacando o heroís -mo dos combatentes, notadamente dos brasileirosvitoriosos no Riachuelo. Já o quadro de Juan Bla -nes revela um enfoque humanista do conflito,enfatizando o sofrimento e a destruição inflingidospelos vencedores à população paraguaia.

b) Guerra da Cisplatina (1825-28), travada entreBrasil e Argentina e que resultou na indepen dên -cia do Uruguai. Guerras do Brasil contra Oribe (1851) e Aguirre(1864-65), líderes blancos uruguaios que se opu -nham à hegemonia brasileira sobre seu país. Guerra do Brasil contra Rosas (1851-52), dita dorargentino que, ao pretender reconstituir o ter -ritório do antigo Vice-Reino do Prata em benefíciode seu país, punha em xeque a hegemonia bra -sileira na região.

H.05Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão,e menos ainda uma aventura, pois a morte não é umaaventura para aqueles que se deparam face a face comela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração dehomens que, mesmo tendo escapado às granadas, foramdestruídos pela guerra.

Erich Maria Remarque, Nada de novo no front. São Paulo: Abril, 1974 [1929], p.9.

Publicado originalmente em 1929, logo transformado embest seller mundial, o livro de Remarque é, em boa parte,autobiográfico, já que seu autor foi combatente doexército alemão na Primeira Guerra Mundial, ocorridaentre 1914 e 1918. Discuta a ideia transmitida por “umageração de homens que, mesmo tendo escapado àsgranadas, foram destruídos pela guerra”, considerando:a) As formas tradicionais de realização de guerras in ter na -

cionais, vigentes até 1914 e, a partir daí, modi ficadas.b) A relação da guerra com a economia mundial, entre

as últimas décadas do século XIX e as primeiras doséculo XX.

Resoluçãoa) Antes da Primeira Guerra Mundial, a guerra

moderna baseava-se sobretudo na movimentaçãodas tropas com o objetivo de destruir o inimigo emalgumas batalhas decisivas (“guerra de movi -mento”). Essa estratégia foi tentada nos primeirosmeses do conflito de 1914-18, mas falhou diante doequilíbrio das forças em confronto e da novatecnologia militar. A partir de então, a linha defrente estabilizou-se, dando origem à “guerra detrincheiras”, que se estenderia até 1918. Nessa novamodalidade, as forças em presença per ma neciamimobilizadas em trincheiras por longos períodos,sujeitas à lama, ao frio, aos parasitas, às doenças eao tédio, que corroíam o moral dos combatentes.Periodicamente, realizavam-se ofen sivas frontaiscontra as posições inimigas, com enorme perda devidas e parcos ganhos territo riais.

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b) Antes de 1914, a guerra era vista pelas grandespotências como um instrumento de fortalecimentode sua própria economia, fosse pela conquista demer cados e fontes de matérias primas (neocolonia -lismo), fosse para fortalecer sua influência sobreEstados mais fracos (imperialismo), fosse aindapara destruir potências concorrentes. Todavia, asenormes despesas exigidas pela Primeira GuerraMundial (geradas pela mobi li zação de milhões depessoas, pelos gigantescos inves timentos naprodução bélica e pela imensa destruição derecursos por força da intensidade dos combates)provocou efeitos catastróficos na economia detodas as potências envolvidas – exceto nos EstadosUnidos, cujas perdas humanas e materiais forammuito menores que as sofridas pelos demaisbeligerantes. Assim sendo, a economia mundialsofreria mudanças drásticas depois de 1918: asforças econômicas mundiais se reordenariam emfavor dos Estados Unidos e em detrimento daspotências europeias tradicionais, e o liberalismodominante no século XIX cederia lugar aointervencionismo (mudança que, no caso norte-americano, somente ocorreria a partir de 1933).Obs. O título original do livro de Erich Maria

Remarque é Nada de Novo na Frente Oci dental.

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H.06Considere as seguintes charges.

Fonte: Augusto Bandeira, Correio da Manhã, 14/7/1963(esq.) e Biganti, O Estado de S.Paulo, 9/2/1964 (dir.)

Imagens extraídas de: Rodrigo Patto Motta, Jango e o golpede 1964 na caricatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p.

98 e 165.Essas charges foram publicadas durante a presidência deJoão Goulart (1961-1964).a) Cada charge apresenta uma crítica a um determinado

aspecto do governo de Goulart. Identifique esses doisaspectos.

b) Analise como esses dois aspectos contribuíram paraa justificativa do golpe militar de 1964.

Resoluçãoa) Intensificação do processo inflacionário e cres -

cente esquerdização do governo, evidenciada naretórica anti-imperialista dos líderes populistas ena proposta de “reformas de base” feita porGoulart.

b) A esquerdização do governo Goulart inquietou ossetores conservadores do País; concomitan te men -te, a retórica anti-imperialista de Goulart e seuspartidários, no contexto da Guerra Fria, fez comque as forças reacionárias civis e militares searticulassem, com respaldo norte-americano, paraimpedir uma possível “cubanização” do Brasil.Por essa razão, o Golpe de 1964 deve ser consi -derado como uma manobra conservadora que serepetiria em outros países do Cone Sul, resultandona implantação de ditaduras conservadoras ali -nhadas com os Estados Unidos.

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G.01A maior integração da Amazônia Legal à economiabrasileira está baseada na estruturação de um sistema decirculação, envolvendo, principalmente, hidrovias erodovias, conforme esquema abaixo.

Fonte: Huertas, D. M., Da fachada atlântica à imensidão amazônica, 2009. Adaptado.

Com base nesse esquema e em seus conhecimentos,identifique o eixoa) hidroviário A e analise sua relação com os mercados

interno e externo.b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da pavi -

mentação dessa rodovia, considerando um impactoambiental e um social.

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Resoluçãoa) O eixo A corresponde à hidrovia do Rio Madeira,

pela qual se escoa a produção, sobretudo de soja,da fronteira agrícola noroeste do Brasil. Possuiposição estratégica, pois é praticamente a únicavia de escoamento e de acesso ao litoral setentrio -nal brasileiro, no qual o acesso aos gran des mer ca -dos europeu e norte-americano é facili tado.Tam bém o desenvolvimento econômico das mar -gens é dinamizado por essa via, desta cando otransporte de produtos industrializados da ZonaFranca de Manaus e de commodities.No sistema de drenagem do Rio Madeira, destaca-se o corredor noroeste, que se estende de PortoVelho, RO, ao Rio Amazonas, em trecho a jusantede Manaus, AM. No complexo hidroviário que abrange a redehidrográfica do Rio Madeira, destaca-se ainda aprodução hidroelétrica, com a usina binacionalBrasil-Bolívia: Guajará, e as brasileiras: SantoAntônio e Jirau.

b) O eixo rodoviário citado é conhecido como BR-163(Cuiabá – Santarém); tal rodovia foi aberta nadécada de 1970 como uma obra de infraestruturaproje ta da pelo então governo militar para tentarintegrar a Amazônia à economia nacional. Entreos impactos sociais positivos, podemos citar oganho de competitividade do agronegócio, quenecessita reduzir custos para a exportação. Alémdisso, a rodovia facilita a ação do Estado paraatender a demanda social dos que habitam suasmargens.Por outro lado, a pavimentação facilitará a ocupa -ção das proximidades, fato que pode moti varconflitos por terra envolvendo latifundiários,posseiros, sem-terra e indígenas.Quanto aos impactos ambientais possíveis, pode -mos citar o agravamento da extração de madeira,perda sistemática de biodiversidade regional,expo sição do solo à erosão, contaminação poragro tó xicos e assoreamento dos cursos de água.

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G.02Pessoal ocupado nos estabelecimentos

agropecuários – 2006

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006. Adaptado.

Com base na tabela e em seus conhecimentos:a) Analise a presença de mão de obra familiar nos Es ta -

dos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, rela cio -nando-a com as atividades agropecuárias predomi-nantes em cada um deles.

b) Tendo em vista o fato de que a mão de obra familiaré majoritária no Brasil, analise os dados de pessoalocupado nos estabelecimentos rurais no Estado deSão Paulo, considerando as transformações agráriasocorridas, nesse estado, a partir dos anos 1950.

Resoluçãoa) Quanto ao uso da mão de obra familiar, nota-se

que, no Rio Grande do Sul, o seu uso é fortementedominante, chegando a 87,9% da mão de obratotal. Isso ocorre em função da grande presença doelemento imigrante que se estabeleceu em pe quenase médias propriedades nas zonas serranas, ondeesse tipo de mão de obra era mais plausível,incentivado também pelo apoio que a agroin dústriadava ao uso da mão obra familiar (como nasgranjas avícolas, ou no plantio de uva). Já no estadode São Paulo, observa-se um equilíbrio entre ocontingente de mão de obra familiar (50,2% dototal) e da mão de obra contratada (48,8%),evidenciando uma estrutura fundiária com fortetendência à concentração de terras, dificultando oacesso à terra para a mão de obra familiar. Outroaspecto observável é que o pessoal total ocupadonos estabelecimentos agropecuários é superior noRio Grande do Sul (com 1.219.551 trabalhadorescontra 828.429 trabalhadores em São Paulo).

b) O equilíbrio observado na distribuição de mão deobra empregada no setor agropecuário paulista sedeve às tradições históricas próprias do estado deSão Paulo, onde sempre despontou o predomíniodas grandes propriedades monocultoras voltadaspara a exportação ou para fornecimento à indús -tria. Isto ocorre desde os tempos da cultura docafé que, a partir da década de 1980, passou a

LocalidadeTotal depessoal

ocupado

Mão de obrafamiliar

Empregadoscontratados

Brasil 16.367.63312.810.591

(78,3%)3.557.042(21,7%)

Estado deSão Paulo

828.492416.111(50,2%)

412.381(49,8%)

Estado doRio Grande

do Sul1.219.511

1.071.709(87,9%)

147.802(12,1%)

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perder terreno para dois outros cultivos: a laranjae, principal mente, a cana de açúcar, quenecessitam de muita mão de obra contratada.Intensifica-se também, a partir da década de 1950,o processo de mecanização das atividadesagrícolas, no estado de São Paulo, o que leva auma concen tração de terras cada vez maior,rarefazendo a possibilidade de acesso à terra pelaatividade fami liar. A maior parte da mão de obrafamiliar em pregada no estado de São Paulo estárelacionada à produção de hortifrutigranjeiros emmunicípios da Grande São Paulo e outros,fornecidos ao consumo dos grandes centrosurbanos.

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G.03Observe os gráficos abaixo sobre as exportações brasi -leiras.

a) Com base no gráfico A e em seus conhecimentos,analise e explique as exportações brasileiras entre2001 e 2010.

b) Compare as exportações brasileiras para a AméricaLatina/Caribe e para a União Europeia (gráfico B).Explique as diferenças encontradas.

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Resoluçãoa) O gráfico A permite observar um aumento pau la -

tino das exportações de produtos básicos pri má -rios e a diminuição das exportações de produtosmanufaturados e semimanufaturados. O cresci -mento das exportações de produtos primários sejustifica pela qualidade e pela tradição do Brasilna produção desse tipo de bens, ao mesmo tempoem que crescia, entre 2001 e 2010, o mercadoconsumidor mundial, principalmente o chinês, doqual o Brasil se tornou um dos maiores forne ce -dores. A queda nas exportações de manufaturadose semimanufaturados se explica pela maiorconcorrência que os produtos brasileiros pas sa -ram a enfrentar no mercado mundial, pelo mesmocrescimento no fornecimento desses produtos pelaChina e por outras nações asiáticas.

b) No caso do mercado da América Latina e doCaribe, observa-se que é um dos maiores mer -cados consumidores do Brasil, correspondendo a21% das exportações brasileiras. Nota-se tambémque, para esses mercados, predominam as expor -ta ções de bens manufaturados, mostrando umamaior capacidade produtiva brasileira de benscom maior tecnologia, quando comparada àprodução desses países. A União Europeia aparececomo o terceiro maior consumidor de produtosbrasi leiros, com 19% do total das exportações,sendo que, nesse caso, a oferta de produtos básicose primários é maior, em função de o Brasil seconstituir num tradicional fornecedor (cujosprodutos são bastante apreciados) e em funçãotambém da concorrência de bens manufaturadose semimanufaturados, principalmente a asiática,que é muito mais intensa.

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G.04

Fonte: De Agostini, 2009. Adaptado.

Com base no mapa e em seus conhecimentos:a) Analise os principais fluxos de turistas pelo mundo,

relacionando-os com aspectos da Divisão Internacio -nal do Trabalho.

b) Faça uma análise sobre a posição do Brasil na distri -buição dos fluxos internacionais de turistas.

Resoluçãoa) Os principais fluxos de turistas pelo mundo ocor -

rem no sentido norte-norte, ou seja, entre paísesconcentradores da maior parte da renda mundial,apresentando maior dinamismo econômico, maiorseguridade social, além do desenvolvimento eminfraestrutura de serviços.Entre os fluxos secundários, destacam-se outrasmodalidades, envolvendo destinos que apresentamaspectos culturais, religiosos, exóticos e de natu -reza, predominantes em países do sul.

b) A posição brasileira pode ser avaliada comosecun dária, em relação aos principais fluxos.A evolução da atividade turística e seus correlatosno País é relativamente recente em virtude dosescassos investimentos no setor. Em decorrênciadessa situação, surgem problemas, tais como:• saturação do transporte aeroviário, com aero -

por tos subdimensionados, morosidade dos ser -viços.

• baixa qualificação da mão de obra gerando umatendimento deficitário; propaganda negativado País no exterior quanto aos problemas deviolência urbana e turismo sexual.

Embora o setor turístico brasileiro apresente equi -pamentos insuficientes e infraestrutura precária,sua potencialidade pode ser destacada, por exem -plo em razão dos seus atrativos naturais e do tu ris -mo de negócios, que é um dos mais crescentes.Todavia, ressaltam-se os investimentos que serãonecessários para a realização de eventos como aCopa de 2014 e a Olimpíada de 2016 (RJ).

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G.05A erosão dos solos é um grave problema ambiental esocioeconômico. A intensidade dos processos erosivos,por sua vez, relaciona-se a fatores naturais e à açãohumana.a) Identifique e explique dois fatores que contribuem

para a erosão dos solos, sendo um deles natural eoutro decorrente da ação humana.

b) Identifique e explique um problema socioeconômicorelacionado à erosão dos solos em áreas urbanas.

Resoluçãoa) Quanto ao fator natural, pode-se citar as chuvas

intensas concentradas no verão, acima de 1.500mm anuais, típicas de clima Tropical, que emterrenos com forte inclinação podem provocar otransporte de material inconsolidado. Quanto à ação humana, a retirada da coberturavegetal e desflorestamento promove a exposiçãodos solos às intempéries, podendo provocar ovoçorocamento.

b) Expansão urbana desordenada, com ocupaçãoinadequada do solo em terrenos de encosta, próxi -ma de rios e córregos, em áreas de mananciais,sobretudo pela população de baixa renda, excluídados terrenos mais valorizados que apresentammenor fragilidade pedológica. Essa conjuntura éresultado da ausência de políticas públicas, sub -me tida à especulação imobiliária.

G.06Observe o mapa a seguir.

Fonte: www.biodiversityhotspots.org. Acessado em 12/7/2010. Adaptado.

Em 1988, o ecólogo inglês Norman Myers propôs acriação do conceito de hotspot com o objetivo de resolverum dos dilemas dos conservacionistas: quais são as áreasmais importantes onde se deve preservar abiodiversidade na Terra? Conforme Myers, um hotspotdeve conter pelo menos 1.500 espécies endêmicas deplantas e haver perdido mais de 3/4 da vegetação naturalexistente na área.

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Sobre os dois hotspots em terras emersas, assinalados nomapa:a) Identifique e explique as causas da existência do

hotspot em território brasileiro.b) Explique as causas da existência do hotspot na Ásia

equatorial.Resoluçãoa) No Brasil, o hotspot abrange uma área que

compreende a faixa litorânea oriental em que seconcentram principalmente formações da MataTropical Atlântica, onde habita a maior parte dapopulação brasileira. É considerada um hotspotem função de sua megadiversidade e se encontrainstalada numa área de grande concentraçãohumana, cujas atividades urbanas e agropastorisse constituem numa constante ameaça à suapreservação. Segundo estudos, cerca de 90% desua formação original já se encontra alterada e aspossibilidades de se restabelecer a continuidadeespacial – característica própria de um hotspot –ainda são possíveis, com a formação de corredoresecológicos.

b) A região demarcada no Sudeste Asiático corres -pon de às Florestas Equatoriais e às formaçõesassocia das que se estendem pelas ilhas e por partedo continente. Sua fragmentação territorial, como surgimento de inúmeras ilhas vulcânicas e climaequatorial, facilitou o endemismo, permitindo osurgimento de uma das mais ricas megadiver si -dades do espaço terrestre, com milhares deespécies reconhecidas – condição primeira paracaracterizar um hotspot. A região se encontraameaçada por inúmeras atividades, como aprática de atividades agrícolas extensivas (com ouso da queimada), intensamente impactantes àsformações florestais, e a extração econômicapredatória de madeira. Outro problema inerenteà região que a torna uma área de hotspot é aelevada concen tra ção populacional em área degrande biodi versidade – uma ameaça constanteem razão do processo de ocupação, seja rural sejaurbana.

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