20
GUIA ESSENCIAL DE NARRATIVA PARA QUADRINHOS GRÁFICA Os fundamentos da arte apresentados de forma simples e direta! Guia especial para o quadrinista independente!

G R Á F I C A - Arte dos Quadrinhos€¦ · Em 2000 fui para Paris, onde pude aprender muito com Leo, o brasileiro autor de Aldebaran. Ele me ensinou sobre narrativa, arte-final,

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • GUIA ESSENCIAL DE

    NARRATIVA

    PARAQUADRINHOS

    GRÁFICA

    Os fundamentos da arte apresentados de forma simples e direta!Guia especial para o quadrinista independente!

  • Nasci em São Paulo em 1977. Desde que me lembro sempre gostei dedesenho e quadrinhos. Aos 12 anos, quando eu morava em Fortaleza,encontrei na banca da padaria uma estranha revista que mudaria a minhavida: Sandman! Passei a devorar tudo da Vertigo, quadrinhos europeus,mangás, fanzines… Foi quando comecei a criar minhas primeiras páginas epronto: Fui “contaminado” para sempre com o desejo de fazer histórias emquadrinhos.

    Em 1996 me mudei para Pernambuco para cursar Arte Visuais na UFPE. Euqueria apenas aprimorar a minha arte, mas terminei aprendendo algoprecioso e inesperado: Educação. Na época (1998 e 1999) estudeiquadrinhos com o controverso mestre Watson Portela, e logo depois criei oprimeiro Curso de Extensão em Histórias em Quadrinhos da UFPE.

    Em 2000 fui para Paris, onde pude aprender muito com Leo, o brasileiro autorde Aldebaran. Ele me ensinou sobre narrativa, arte-final, roteiro... Foi umaexperiência fascinante!

    De volta ao Brasil passei a trabalhar com ilustração editorial e quadrinhosindependentes, continuando a realizar oficinas, cursos e palestras. Em 2007comecei o agenciamento para o mercado americano com a ImpactoQuadrinhos, do Klebs Junior. Trabalhei para as principais editorasamericanas como assistente e publiquei algumas HQs como desenhista(penciller).

    Sobre o autor

    Em 2010 abandonei os "comics" e me especializei no ensino de artes visuaise quadrinhos, enquanto criava as minhas próprias HQs autorais eindependentes.

    Em 2017 decidi levar esse conhecimento ao mundo, e criei a PlataformaDigital “Arte dos Quadrinhos”! Esse e-book gratuito é um dos materiais quedesenvolvo para ajudar a todos que decidiram levar os quadrinhos a sério.Vamos nessa!

    Site: artedosquadrinhos.com.brE-mail: [email protected]: @artedosquadrinhosYouTube: Pedro Ponzo

    2

  • 1.......................Capa2.......................Sobre o autor3.......................Índice4.......................Introdução5.......................Proporção entre layouts e páginas de HQ6.......................Capítulo 1: A estrutura da página de quadrinhos8.......................Capítulo 2: Planos da Imagem10.....................Composição e área morta11.....................Capítulo 3: Escolha de imagem & narrativa gráfica12.....................Tipos de transições entre os quadrinhos15.....................Capítulo 4: Relação texto/imagem16.....................Combinando texto e imagem19.....................Vamos nessa!20.....................Contracapa

    Índice

    3

    OBSERVAÇÃO:

    Este e-book é 100% gratuito! É de autoria e propriedade intelectual de PedroPonzo, tendo sido devidamente registrado. É permitido o compartilhamentolivre desde que se mantenha a integridade do documento original.

    Todas as imagens utilizadas nesse e-book foram extraídas das obras de HQsautorais de Pedro Ponzo: Sangria (2007), A Cidade de Alex (2012) e Clã dasAçougueiras (2018). Essas obras são de propriedade intelectual de PedroPonzo e foram devidamente registradas.

    Para ler essas e outras HQs on-line, acesse:

    artedosquadrinhos.com.br/artes

    https://artedosquadrinhos.com.br/artes/

  • Muitos artistas que decidem fazer quadrinhos simplesmente pegam umapágina e começam a desenhar, a partir de um roteiro mais ou menosdefinido.

    Ignoram os princípios da Narrativa Gráfica e terminam se confundindo ecriando páginas também confusas, sequências truncadas, ações difíceis deentender, cenas monótonas e mal ambientadas, e mais uma série de errosque levam o leitor a desistir de ler a HQ.

    Infelizmente isso é muito comum, principalmente nos quadrinhosindependentes. Mas não se preocupe, pois eu reuni aqui o essencial daNarrativa Gráfica Para Quadrinhos, de forma prática, pronta para ser aplicadana criação das suas páginas.

    A primeira coisa que você precisa ter em mente é o seguinte:

    FAÇA OS LAYOUTS ANTES DE DESENHAR AS PÁGINAS ORIGINAIS!

    Fazer isso vai economizar muito esforço, e aumentar a qualidade da sua HQ.Isso porque você já terá resolvido todos os problemas de narrativa, e na horade fazer as páginas poderá se concentrar mais nas técnicas de desenho.

    Introdução

    4

  • É importante que você saiba qual o tamanho da página em que você vaidesenhar. Existem vários padrões que você pode seguir. Alguns artistascriam o seu próprio padrão, ou utilizam formatos comuns em determinadosmercados.

    O formato depende principalmente do tamanho final da sua publicação. Umapágina desenhada muito grande, se for impressa em formato muito pequeno,poderá ficar incompreensível, algumas linhas podem ficar muito finas ou atédesaparecer.

    Na mídia digital, a leitura em desktop ou mobile pode mudar radicalmente oformato escolhido para desenhar a sua HQ.

    Em qual formato desenhar, afinal? Para facilitar a sua vida, eu criei umpadrão baseado nos formatos de papel mais comuns aqui no Brasil, que são:

    Formato A4: Padrão “AdQ Pequeno”. Utilize aqui entre 3 e 5 quadros porpágina, geralmente com duas ou três tiras.Margem da página: 1cmLargura da calha: 0,3cm

    Formato A3: Padrão “AdQ Médio”. Utilize aqui entre 5 a 7 quadros por página,geralmente em três ou quatro tiras.Margem da página: 1,5cmLargura da calha: 0,4cm

    Proporção entre layouts e páginas de HQ

    A4

    A3

    5

  • Para fazer uma boa narrativa você precisa utilizar uma série de recursos deNarrativa Gráfica. Conhecer esses recursos é muito importante, mas colocá-los em prática, produzindo a sua HQ, é o que vai fazer a diferença. Com aprática, você aprende a controlar a experiência de leitura, criando fluidez,intensidade, suspense e muito mais. Esse domínio da narrativa será umdiferencial para a sua HQ, mesmo que o seu desenho ainda não seja tãodesenvolvido. Utilizar com sabedoria os recursos gráficos que você já tem, émuito mais efetivo para a qualidade da sua HQ do que um estudo exaustivode desenho.

    Vamos analisar agora a estrutura da página de quadrinhos. A linguagem dosquadrinhos se baseia em dois aspectos principais: Tempo e espaço. O tempoé a história em si, a sequência dos fatos, e o espaço é a estrutura física dapágina e dos quadrinhos dentro dela.

    Tempo: NarrativaEspaço: Estrutura

    O espaço principal do quadrinho é a página. Ela é subdividida em quadrinhosque são demarcados com linhas que chamaremos de “requadros”. O espaçoque sobra entre os requadros é chamado de “calha” ou “sarjeta”. O espaçoentre os requadros e a borda do papel chama-se “margem”.

    Capítulo 1: A estrutura da página de quadrinhos

    PÁG

    INA REQUADRO

    QUADRINHO

    MARGEM

    CALHA

    6

  • Cenas e ações são unidades de tempo, enquanto páginas e quadrinhos sãounidades de espaço.

    Quando for montar a estrutura da sua página de quadrinhos, considere aordem de leitura. A ordem de leitura dos quadrinhos é a mesma que a ordemde leitura de textos: Da esquerda para a direita, e de cima para baixo. Aordem de leitura oriental é diferente: Da direita para esquerda, de cima parabaixo.

    Na hora de fazer a sua HQ, escolha a sequência ocidental. Não recomendo asequência oriental para ninguém (exceto se você estiver produzindo uma HQpara ser publicada no Japão ou em outro país de leitura oriental). Vá por mim:já é difícil fazer uma boa narrativa na sequência ocidental…

    ORDEM DELEITURA

    OCIDENTAL

    A narrativa gráfica é a arte de mostrar umasequência de TEMPO através do ESPAÇO

    das páginas e quadrinhos.

    7

  • O conteúdo visual encerrado pelo requadro é a IMAGEM do quadrinho. Essaimagem, considerada individualmente, pode ser representada de diversasformas. A seleção das imagens que vão em cada quadrinho deve ser feitacom muito cuidado, e pensada de forma sequencial, de modo a criar uma boaNarrativa Gráfica.

    Para escolher bem cada imagem, é importante conhecer as opções básicasdisponíveis individualmente, para depois se pensar na montagem dasequência.

    Os planos de imagem determinam qual a distância relativa, se você estámostrando a imagem mais de perto, ou mais de longe.

    Plano Geral: Mostra tudo bem de longe. É utilizado principalmente paraambientar a história, para o leitor se situar na cena que está começando.

    Plano Total: Mostra os personagens de corpo inteiro, envoltos por seuambiente imediato. Utilizado para aproximar o leitor e mostrar o raio de açãodos personagens.

    Capítulo 2: Planos da Imagem

    PLANO GERAL

    PLANO TOTAL

    8

  • Mostra um detalhe bem de perto, ajuda o leitor a ver algumacoisa que seja relevante na história, algo que não daria para verclaramente em um quadrinho comum.

    PLANO AMERICANO PRIMEIRO PLANO

    (Quadros das HQs "Clã das Açougueiras", "A Cidade de Alex" e "Sangria" por Pedro Ponzo)

    Mostra o personagem dos joelhospara cima e é muito utilizado(adivinha) nos quadrinhosamericanos. É um bom plano paradiálogo e cenas de ação.

    PLANO DE DETALHE

    CLOSE

    Mostra o personagem da cintura oudo peito para cima. Muito utilizadoem diálogos, e para mostrar aexpressividade das mãos.

    Utilizado para mostrarum momento de falaimportante, ou para darum close na expressãofacial do personagem(ou os dois).

    Lembre de ser amigo do leitor! Deixe a narrativa clara, objetiva, fácil de ler!

    9

  • Quando for criar a imagem do quadrinho, lembre-se de distribuir todos oselementos do desenho de forma equilibrada. Não coloque muitos elementosde um lado só, muito em cima ou muito embaixo. Não faça os personagensespremidos no requadro, cortando as mãos, a cabeça ou os pés. Distribua oselementos de forma harmoniosa, mas também não precisa fazer tudosimétrico. Use a sua intuição de artista para equilibrar a composição. Àsvezes menos é mais!

    Os layouts que você irá fazer já deverão estar com a balonagem. Isso querdizer que você deverá reservar um espaço para colocar os balões,recordatórios e onomatopeias. A esse espaço nós chamamos “área morta”,porque, apesar de ser desenhada, essa parte da imagem será coberta pelabalonagem.

    Composição e área morta

    Sequência da HQ "Acidade de Alex" de Pedro Ponzo. Os balões ocupam uma áreaconsiderável dos quadrinhos, mas não comprometem a mensagem visual.

    A mesma sequência sem balonagem. Repare como muitos elementos da composiçãoestavam encobertos, mas mesmo assim foram totalmente desenhados.

    Planeje bem a composição antes dedesenhar as páginas originais!

    10

  • Para escolher bem a imagem que vai em cada quadrinho, você primeiroprecisa ter noção da CENA como um todo. A CENA é uma sequência deAÇÕES, que são contadas através de MOMENTOS. Cada QUADRINHO(unidade de espaço) narra um MOMENTO (unidade de tempo).

    Sabendo quais ações irão acontecer na cena, divida essas ações emmomentos. Esses momentos são as menores unidades de tempo que podemser mostrados na Narrativa Gráfica. Você terá que escolher um momento (uminstante paralisado, como uma fotografia) para cada quadrinho.

    O que vai gerar a narrativa será a transição entre os quadrinhos. De umquadrinho para o outro, pode-se passar menos tempo (de um momento parao outro, dentro da mesma ação), um período médio de tempo (do fim de umaação para o começo de outra ação), e um período maior de tempo (do fim deuma cena para o começo de outra cena).

    Entre um quadrinho e outro, há um espaço não preenchido, uma lacuna. Oleitor irá completar essa lacuna com a sua imaginação, de acordo com asinformações dos quadrinhos em sequência. O leitor será levado de umintervalo de tempo para outro, às vezes mais rápido, às vezes mais devagar.

    Cada quadrinho se interliga ao seguinte, criando a unidade da página, e cadapágina se interliga à seguinte, criando a unidade da HQ.

    Capítulo 3: Escolha de imagem & narrativa gráfica

    HISTÓRIA

    CENA

    AÇÃO

    CENA CENA CENA

    AÇÃO AÇÃO AÇÃO

    MOMENTO MOMENTO MOMENTO

    11

  • Tipos de transições entre os quadrinhos

    MOMENTO A MOMENTO AÇÃO A AÇÃO

    Aqui você mostra de um quadrinho para o outro o que acontece,praticamente, em tempo real. Instante após instante, de segundoa segundo. Esse tipo de transição é muito comum nos mangás,que às vezes prolongam as cenas de forma impressionante.

    Aqui já se passa mais tempo. Em um quadrinho está retratada ofinal de uma ação, e no próximo quadrinho está retratada o iníciode outra ação. Lembre que a imagem de cada quadrinho podecontar uma ação completa, ou a ação pode ser fragmentada econtada com vários quadrinhos.

    12

  • CENA A CENA

    AÇÃO A AÇÃO

    Essa é a transição onde se passa maistempo. O cenário muda, ospersonagens mudam, a situação muda.Em um quadrinho uma cena acabou, eno próximo quadrinho outra cena já estácomeçando. A transição de cena a cenaé geralmente feita de uma página paraoutra, pois isso acentua a sensação depassagem de tempo e/ou espaço.Muitas HQs, principalmente as maiscurtas, possuem apenas uma cena. Acena pode ocupar a história inteira, ouser contada em uma página, ou atémesmo em um único quadrinho. Muitosquadrinhos de transição cena a cena,em sequência, podem cobrir um imensointervalo de tempo, como períodoshistóricos.

    (Páginas 01 e 02 da HQ "A Cidade deAlex" por Pedro Ponzo)

    Início da HQ/ Início de Cena

    Final de Cena

    Início de Cena

    Final de Cena

    13

  • O espaço vazio entre um quadrinho e outro é preenchidopela mente do leitor, completando a sequência.

    ESTADO A ESTADO TRANSIÇÃO DESCONECTADA

    Não é necessariamente uma transição de um momento paraoutro, mas uma forma de transmitir um certo estado emocional.Aqui você mostra imagens que possam causar uma sensaçãoenvolvente no leitor. Por exemplo: Gotas de orvalho nas folhas,raios de sol, formigas andando em fila, o personagem deitado nagrama.

    É uma transição que aparentemente não tem nada a ver. Umquadrinho não guarda nenhuma relação óbvia com o outro. Essetipo de transição não deixa de ser uma transição de cena a cena,mas sua falta de nexo com o restante da narrativa causa umestranhamento no leitor.

    14

  • Capítulo 4: Relação texto/imagem

    RECORDATÓRIOS

    As histórias em quadrinhos são uma linguagem que não precisautilizar o texto para contar uma história, mas essa associação éclássica. O texto é uma ferramenta muito poderosa na mão doquadrinista, e pode ser utilizado de diversas maneiras.

    Uma das grandes vantagens é o poder de síntese que o textopossui. Em poucas linhas você pode passar muita informação,que demoraria demais ou seria muito difícil de contar apenascom imagens. Existem três formas principais de inserir o textoem uma HQ:

    São caixas de texto, geralmente retangulares, queajudam a contar a história. Esse texto pode serescrito em terceira pessoa, como uma narraçãoimpessoal, ou em primeira pessoa, como se fosse amemória ou o pensamento em tempo real de umpersonagem. O texto é geralmente escrito em umtempo pretérito (passado) ou presente.

    ONOMATOPEIAS

    BALÕESÉ a forma principal de utilizar o texto para as falasdos personagens. O balão de fala é geralmenteoval, com uma extensão (chamada “rabicho”) queaponta para a cabeça ou a boca do personagemque está falando.

    São um tipo de texto que, como naliteratura, indicam um barulho, ruído ouqualquer tipo de diferente da fala.

    15

  • Combinando texto e imagem

    PRIORIDADE DA IMAGEM

    Texto e imagem são linguagens de natureza essencialmentediferente. Enquanto a imagem representa de forma concreta arealidade, mostrando diretamente as coisas, o texto tem umaqualidade simbólica. O texto não mostra as coisas diretamente.O conjunto das letras em certa ordem significa alguma coisa.

    Quadrinhos é uma linguagem que combina imagens e textos,colocando-os em certa sequência. Apesar de utilizar esses doisrecursos de linguagem, quadrinhos já não é mais literatura ouarte visual. Pode ser considerada uma linguagem artística e decomunicação distinta, que tem a sua identidade própria.

    Combinar palavras e imagens é uma das habilidades que oquadrinista deve dominar, e existem várias possibilidades. Asformas básicas de fazer essa combinação são as seguintes:

    Aqui a imagem é o principal, é o que narra ahistória. O texto é superficial, apenas umcomplemento. Esse tipo de combinação é bastanteutilizada em cenas de ação.

    PRIORIDADE DA PALAVRANesse tipo de combinação, o texto é oelemento principal. O texto passa ainformação mais importantes doquadrinhos, enquanto a imagem apenasacompanha ou complementa. Essacombinação é mais utilizada em diálogos emomentos de pensamento ou reflexão.

    16

  • COMPLEMENTARNessa combinação, o texto e a imagem transmitem informações diferentes, quese complementam para formar um significado que seria impossível de entendercom apenas um dos dois. Esse tipo de combinação é a mais sofisticada, poiscria uma mensagem única a partir de dois recursos de linguagem diferentes.

    REDUNDÂNCIAÉ quando a imagem e o textotransmitem quase a mesmainformação. Esse recurso é útilpara reforçar uma certa mensagem.

    Dica de ouro: Procure evitar redundâncias desnecessárias e sempreadicone na imagem detalhes que enriqueçam a narrativa.

    17

  • MONTAGEMAs palavras têm caráter simbólico, poisquerem dizer alguma coisa. Apesar disso,elas também são elementos estéticos,pois as letras não deixam de serimagens, de carregar uma informaçãovisual. Na combinação “montagem” oartista estiliza o texto, criando palavrascom um design mais arrojado, chamativoou exagerado. Assim, ele integra maisfortemente o aspecto estético do textocom a imagem do quadrinho. muitoutilizada em capas e onomatopeias.

    PARALELISMOÉ quando o texto e aimagem não guardamnenhuma relaçãoaparente. Esse tipo derecurso não deixa deser uma combinaçãocomplementar, mas afalta de conexãoaparente passa umamensagem insólita,confusa ou inusitada.

    Todo o texto causa impacto visual. Dê atenção especial à balonagem, pois ela influenciamuito a experiência de leitura, e por consequência a NARRATIVA da sua HQ.

    18

  • Vamos Nessa!

    "OS LAYOUTS SÃO A ESSÊNCIA DAARTE DOS QUADRINHOS!"

    Agora é só botar a mão na massa! Utilize esse conhecimento para fazer oslayouts da sua HQ!

    Revise o seu roteiro, considere os planos da imagem, pontos de vista ecomposição, deixando a área morta. Planeje bem as transições de um quadrinhopara o outro e combine o texto com cuidado.

    Analise o ritmo de leitura quadrinho a quadrinho, página a página. Fazer oslayouts vai vai facilitar muito o seu trabalho na hora de desenhar as páginasfinais, seja no papel ou computador.

    Essa é a sua obra de arte, a sua história em quadrinhos, e eu tenho certeza quecriá-la será uma grande realização pessoal.

    Espero de coração que esse e-book tenha te ajudado de alguma forma. Qualquerdúvida pode entrar em contato comigo pelo e-mail:

    [email protected]

    Um abraço, até mais!

    19

  • GUIA ESSENCIAL DE

    NARRATIVA

    PARAQUADRINHOS

    GRÁFICA

    Leia artigos completos, assista avídeos exclusivos, aprenda comoficinas e aulas gratuitas naplataforma digital

    https://artedosquadrinhos.com.br/https://www.facebook.com/pedroponzo/http://www.youtube.com/c/PedroPonzo1