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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 23 QUESTÃO 01 Leia o trecho: Das duas epopeias que se encontram na origem da literatura grega, uma ilustra o poder de expansão da raça: evoca o estabelecimento dos gregos na costa da Ásia; graças à Ilíada, a guerra de Tróia, um dos mais notáveis episódios dessa empresa, passou a ser o acontecimento simbólico da força conquistadora dos helenos. A segunda epopeia focaliza outra qualidade dos mesmos helenos: a faculdade de adaptação que, acrescentada ao espírito de aventura, fez que esse povo apegado à terra se vergasse de tal forma a novas condições de existência que, mal despertou para a poesia, se revelou capaz de conceber e de apreciar o poema do mar, que é a Odisseia. Fonte: DUFOUR, Médéric e RAISON, Jean. Introdução ao livro Odisseia, de HOMERO. SP: Abril, 1981, p. 5. Sobre as duas maiores obras atribuídas ao grego Homero, Ilíada e Odisseia, identifique as alternativas corretas: I – Tanto a Ilíada como a Odisseia são poemas nos quais o espírito aventureiro dos gregos pode ser identificado. II – Ao contrário da Odisseia, a Ilíada trata de questões da organização política interna dos gregos da Antiguidade. III – As duas narrativas legaram às gerações futuras, gregas ou não, aspectos do cotidiano político e social dos gregos da Antiguidade. Estão corretas: (A) I apenas. (B) I e II apenas. (C) I e III apenas. (D) II e III apenas. (E) I, II e III. QUESTÃO 02 Leia o trecho: A História desempenhou papel fundamental na legitimação do poder de Estado e na consolidação de uma identidade nacional, no decorrer do tempo. No entanto, a História foi perdendo o papel central na construção da memória oficial com a inserção das tecnologias de comunicação no tecido das sociedades industriais. A mídia se transformou [...] no principal lugar de memória das sociedades contemporâneas, e passou a ser a principal testemunha da história. O desenvolvimento tecnológico, cada vez mais acelerado, promete provocar uma verdadeira revolução nas trajetórias operacionais da História. Fonte: ENNE, Ana Lucia e TAVARES, Cristiane. Memória, identidade e discurso midiático: uma revisão bibliográfica. Disponível em: www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/ 01/memoria2.doc. Acesso em: 02 jan. 2013, às 09H00. A partir da análise do texto, identifique as afirmativas corretas: I – O fragmento defende a concepção de que, apesar do desenvolvimento de novas tecnologias de informação, a História, como ciência, continuará a ser a principal fonte de preservação da memória das sociedades humanas. II – A ciência histórica, para os autores do texto, teve como uma de suas funções legitimar o poder do Estado. Por isso as novas tecnologias de informação apresentam um caráter mais democrático, ao permitirem o acesso a várias concepções sobre determinados assuntos. III – O conteúdo do texto aponta para o enfraquecimento da História como instrumento de construção da memória, ressaltando que as tecnologias de informação são o mais novo espaço de preservação desta memória. Estão corretas: (A) I e II apenas. (B) I e III apenas. (C) III apenas. (D) II e III apenas. (E) I, II e III. QUESTÃO 03 Analise atentamente os quadrinhos abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que mais bem expressa o conteúdo neles expresso: Fonte: FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala em quadrinhos. SP: Global, 2009, p. 45. SIMULADO ENEM | Página 1

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Gabarito do Simulado Enem4.

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  • CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIASQuestes de 1 a 23

    QUESTO 01

    Leia o trecho:

    Das duas epopeias que se encontram na origem da literatura grega, uma ilustra o poder de expanso da raa: evoca o estabelecimento dos gregos na costa da sia; graas Ilada, a guerra de Tria, um dos mais notveis episdios dessa empresa, passou a ser o acontecimento simblico da fora conquistadora dos helenos. A segunda epopeia focaliza outra qualidade dos mesmos helenos: a faculdade de adaptao que, acrescentada ao esprito de aventura, fez que esse povo apegado terra se vergasse de tal forma a novas condies de existncia que, mal despertou para a poesia, se revelou capaz de conceber e de apreciar o poema do mar, que a Odisseia. Fonte: DUFOUR, Mdric e RAISON, Jean. Introduo ao livro Odisseia, de HOMERO. SP:

    Abril, 1981, p. 5.

    Sobre as duas maiores obras atribudas ao grego Homero, Ilada e Odisseia, identifique as alternativas corretas:

    I Tanto a Ilada como a Odisseia so poemas nos quais o esprito aventureiro dos gregos pode ser identificado.

    II Ao contrrio da Odisseia, a Ilada trata de questes da organizao poltica interna dos gregos da Antiguidade.

    III As duas narrativas legaram s geraes futuras, gregas ou no, aspectos do cotidiano poltico e social dos gregos da Antiguidade.

    Esto corretas:

    (A) I apenas.(B) I e II apenas.(C) I e III apenas. (D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 02

    Leia o trecho:

    A Histria desempenhou papel fundamental na legitimao do poder de Estado e na consolidao de uma identidade nacional, no decorrer do tempo. No entanto, a Histria foi perdendo o papel central na construo da memria oficial com a insero das tecnologias de comunicao no tecido das sociedades industriais. A mdia se transformou [...] no principal lugar de memria das sociedades contemporneas, e passou a ser a principal testemunha da histria. O desenvolvimento tecnolgico, cada vez mais acelerado, promete provocar uma verdadeira revoluo nas trajetrias operacionais da Histria.

    Fonte: ENNE, Ana Lucia e TAVARES, Cristiane. Memria, identidade e discurso miditico: uma reviso bibliogrfica. Disponvel em: www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/

    01/memoria2.doc. Acesso em: 02 jan. 2013, s 09H00.

    A partir da anlise do texto, identifique as afirmativas corretas:

    I O fragmento defende a concepo de que, apesar do desenvolvimento de novas tecnologias de informao, a Histria, como cincia, continuar a ser a principal fonte de preservao da memria das sociedades humanas.

    II A cincia histrica, para os autores do texto, teve como uma de suas funes legitimar o poder do Estado. Por isso as novas tecnologias de informao apresentam um carter mais democrtico, ao permitirem o acesso a vrias concepes sobre determinados assuntos.

    I I I O contedo do tex to aponta para o enfraquecimento da Histria como instrumento de construo da memria, ressaltando que as tecnologias de informao so o mais novo espao de preservao desta memria.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) III apenas.(D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 03

    Analise atentamente os quadrinhos abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que mais bem expressa o contedo neles expresso:

    Fonte: FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala em quadrinhos. SP: Global, 2009, p. 45.

    SIMULADO ENEM | Pgina 1

  • Est correta:

    (A) apesar das tentativas dos brancos de imporem seus padres lingusticos aos negros, a fora da lngua falada pelos escravos acabou superando a dos europeus, uma vez que expresses africanas so mais comuns do que as europeias na lngua falada no Brasil.

    (B) os padres lingusticos do Norte e Nordeste atuais foram determinados a partir da fuso de elementos trazidos pelos negros da frica e pelos brancos europeus, no existindo a presena de termos indgenas nos vocabulrios existentes nestas regies do Brasil.

    (C) as normas cultas da lngua portuguesa foram subvertidas pelo contato com os vocabulrios trazidos pelos negros africanos escravizados no Brasil, o que promoveu o surgimento de um padro lingustico vulgar, no Norte e no Nordeste do pas.

    (D) o contato dos brancos de origem europeia com os negros escravizados nos primeiros tempos da colonizao do Brasil promoveu uma fuso de seus padres lingusticos, determinando peculiaridades no vocabulrio de regies onde este contato ocorreu.

    (E) a fuso de padres lingusticos africanos e europeus, desde o incio da colonizao do Brasil, foi responsvel pelo surgimento de uma lngua prpria dos brasileiros, sem diferenas significativas, independente da regio na qual falada.

    QUESTO 04

    Leia o trecho abaixo:

    Msica africana razoavelmente pura sobreviveu, nos Estados Unidos, em parte como msica ritual, pag e mais ou menos cristianizada, e em expresses como canes de trabalho e hollers. No estado da Louisiana, essa msica era at certo ponto oficialmente encorajada, como uma espcie de vlvula de escape para os escravos, talvez na mesma medida em que as danas tribais so hoje incentivadas pelas autoridades sul-africanas. [...] No entanto, a msica negra rapidamente passou a se fundir com componentes brancos, e a evoluo do jazz o resultado dessa fuso. O jazz surgiu no ponto de interseco de trs tradies culturais europeias: a espanhola, a francesa e a anglo-sax.

    Fonte: HOBSBAWM, Eric J. Histria social do Jazz. SP: Paz e Terra, 2008, p. 61.

    De acordo com a concepo expressa pelo fragmento:

    (A) apesar de influenciado por padres musicais europeus, o jazz dos Estados Unidos manteve-se como um estilo majoritariamente negro.

    (B) a origem do jazz estadunidense pode ser identificada como uma adaptao dos negros aos estilos musicais vindos da Europa.

    (C) o jazz estadunidense, apesar de surgir como uma manifestao dos negros do pas, resultado da fuso de padres culturais negros e europeus.

    (D) a evoluo do jazz levou o estilo a ser adotado como uma manifestao religiosa, influenciada pelo cristianismo vindo da Europa.

    (E) o jazz surgiu como um estilo musical tipicamente estadunidense na Louisiana, por ser o estado com maior nmero de negros no pas.

    QUESTO 05

    Analise as canes abaixo para responder a questo:

    Apesar de voc (1970)(Chico Buarque de Holanda)

    Hoje voc quem mandaFalou, t falado

    No tem discusso

    [...]Voc que inventou esse estado

    E inventou de inventarToda a escurido

    Voc que inventou o pecadoEsqueceu-se de inventar

    O perdo

    Apesar de vocAmanh h de ser

    Outro dia

    [...]Fonte: letra disponvel em: Chico Buarque letra e msica. SP: Companhia das Letras, 2004, p. 92.

    Que pas esse? (1978)Renato Russo

    Nas favelas, no SenadoSujeira pra todo lado

    Ningum respeita a ConstituioMas todos acreditam no futuro da nao

    Que pas esse?[...]

    Terceiro mundo se forPiada no exterior

    Mas o Brasil vai ficar ricoVamos faturar um milho

    Quando vendermos todas as almasDos nossos ndios num leilo

    Que pas esse?Fonte: Letra disponvel em: http://letras.mus.br/legiao-urbana/46973/. Acesso em: 31 dez.

    2012, s 09H30.

    Sobre a correlao dos textos, esto corretas as seguintes afirmativas:

    I Apesar de terem sido compostas em momentos distintos da vida poltica brasileira, as duas canes criticam de forma contundente a estrutura do pas, vigente no momento de sua composio.

    II Ambas as canes demonstram a insatisfao dos autores em relao ao direcionamento econmico dado pelos governos militares e seus efeitos para a sociedade brasileira.

    III Os momentos em que foram compostas determinaram o contedo das canes: a primeira, com uma crtica mais velada, foi escrita no auge da ditadura militar e a segunda, mais explcita, no momento do incio da abertura poltica.

    SIMULADO ENEM | Pgina 2

  • Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) II apenas.(D) III apenas.(E) II e III apenas

    QUESTO 06

    Leia o trecho abaixo:

    O prprio mapa desse pas anlogo superfcie plana horizontal sobre a qual se desenvolve uma prtica de atravessamento, e, mais que isso, ao campo de certa prtica esportiva, com sua cartografia traada rgua delimitando um espao de conquista. Na histria, na cultura e na geografia do pas uma subjetividade afirmativa e onipotente espelha a eficiente conquista territorial [...] que ligou os oceanos Atlntico e Pacfico em marcha para Oeste, esquadrinhando o solo em unidades federativas geometricamente definidas. Desenvolveu-se, assim, uma sensibilidade desarraigada, ligada ao fluxo contnuo, figurada nas estradas de ferro e nos desertos, como substrato de uma vocao imperialista para a conquista de [...] territrios, tendo o arranha-cu como desdobramento lgico no plano vertical.

    (Adaptado de WISNIK, Jos Miguel. Veneno remdio: o futebol e o Brasil. So Paulo: Cia das Letras, 2008. pp. 148-9)

    No texto acima, havia menes ao mapa de um pas e a uma atividade esportiva, propositalmente ocultados. A partir das informaes do texto, selecione a alternativa que preencha adequadamente essas referncias:

    (A)

    (http://pt.wikimedia.org. Acesso em 20/01/2013).

    Rgbi

    (B)

    (http://pt.wikimedia.org. Acesso em 20/01/2013).

    Futebol americano

    (C)

    (http://pt.wikimedia.org. Acesso em 20/01/2013).

    Tnis

    (D)

    (http://pt.wikimedia.org. Acesso em 20/01/2013).

    Kung-Fu

    (E)

    (http://pt.wikimedia.org. Acesso em 20/01/2013).

    Esgrima

    SIMULADO ENEM | Pgina 3

  • QUESTO 07

    Leia as informaes abaixo para responder a questo:

    Fonte: MACHADO, Dalcio. Jornal Correio Popular, Campinas, 02 abril 2012.

    O governo da Gr-Bretanha rejeitou uma carta aberta da presidente argentina, Cristina Kirchner, exigindo que Londres inicie negociaes para passar a Buenos Aires o controle sobre as Ilhas Malvinas. [...] A presidente atribui na carta o controle de Londres sobre as ilhas ao colonialismo britnico do sculo 19. [...] Em resposta, o governo britnico, que chama o arquiplago de Falklands, alegou que no haver negociaes sobre a soberania das ilhas enquanto a populao local desejar permanecer ligada Gr-Bretanha. [...] Os dois pases travaram uma guerra em 1982 pelo controle das ilhas.Um plebiscito sobre o status poltico das Malvinas deve ser realizado no arquiplago no prximo ms de maro.

    Fonte: Gr-Bretanha rejeita carta de Kirchner sobre Malvinas. Por BBC Brasil, em 03 jan. 2013 s 07h50. Disponvel em: http://noticias.br.msn.com/mundo/gr%C3%A3-bretanha-

    rejeita-carta-de-kirchner-sobre-malvinas-1. Acesso em: 03 jan. 2013, s 09H00.

    Tomando por base as informaes e o contexto das disputas entre Argentina e Inglaterra, assinale o que for correto:

    (A) do ponto de vista da poltica internacional, a deciso sobre qual dos pases tem direito sobre o arquiplago s poder ser tomada por meio de um plebiscito.

    (B) apesar das ilhas pertencerem ao territrio britnico, os interesses estratgicos e econmicos da Argentina levaram o pas a invadi-la em 1982, levando guerra entre os pases.

    (C) o desejo da populao das ilhas de continuarem sobre o domnio britnico foi responsvel pela ecloso da guerra em 1982, ano da ocupao argentina na regio.

    (D) as disputas entre os dois pases pelo controle sobre o arquiplago tm razes no colonialismo do sculo XIX, levando inclusive a uma guerra entre eles em 1982.

    (E) apesar de o territrio ser reconhecido pela comunidade internacional como pertencente Argentina, os interesses estratgicos ingleses levaram sua ocupao no sculo XIX.

    QUESTO 08

    Observe a tabela abaixo:

    Jos Marcos Pinto da Cunha e Rosana Baeninger . A Migrao nos Estados Brasileiros no perodo recente: principais tendncias e mudanas. Sem data, Campinas. Disponvel online:

    http://www.nepo.unicamp.br/textos/publicacoes/livros/migracao_ambiente/01pronex_02_migracao_nos_estados_brasileiros.pdf.

    Sobre os dados da tabela, correto:

    (A) o alto crescimento de So Paulo nos anos 1940/50 deveu-se ao esforo de uma poltica federal de trazer mo de obra imigrante para as lavouras de caf do interior paulista.

    (B) o crescimento mnimo, na comparao com os demais estados no mesmo perodo, do estado do Paran nos anos 1960/70 ocorreu graas ao esgotamento das terras arveis do estado.

    (C) o forte crescimento das regies Norte e Centro-Oeste devido ao nmero de polticas pblicas de ocupao destas regies, sobretudo entre os anos de 1950 e 1979.

    (D) o crescimento constante de Minas Gerais, atraindo trabalhadores para atividades extrativistas e de pecuria, ocorreu principalmente nos anos 1990/96

    (E) a diminuio do crescimento do nordeste nos anos 1991/96 por conta das alteraes climticas que tornaram ali o clima semirido afastando os trabalhadores.

    QUESTO 09

    Leia os trechos abaixo:

    Aconteceu, porm, que logo que a ponte foi dada por terminada, levantou-se uma terrvel tempestade, rompendo os cordames e despedaando os navios. Sabendo do ocorrido, Xerxes, indignado, mandou aplicar trezentas chicotadas no Helesponto [...]. [Xerxes] ordenou tambm aos executores que marcassem as guas com um ferro em brasa [e], juntamente com as chicotadas, ordenou a um dos executores que proferisse este discurso [...]: Onda traioeira, teu senhor assim te pune porque o ofendeste sem que ele te houvesse dado motivo para isso. [...].

    Fonte: HERDOTO. Histria. RJ: Prestgio, 2001, p. 771-772.

    Parece que Alexandre no se limitou somente ao estudo da moral e da poltica, mas se aplicou tambm s cincias mais profundas e secretas [...]. Isso comprovado pela carta que Alexandre escreveu a Aristteles [...]. Alexandre a Aristteles, sade. No aprovo a publicao dos seus tratados acromticos.

    SIMULADO ENEM | Pgina 4

  • Em que seramos superiores aos outros homens, se a cincia que nos ensinaste se tornasse comum a todos? Eu gostaria mais de estar acima dos outros pelos conhecimentos sublimes do que pelo poder. Adeus.

    Fonte: PLUTARCO. Alexandre o Grande. RJ: Ediouro, 2004, p. 25.

    Analisando atentamente os fragmentos e tomando por base o contexto histrico neles retratado, julgue as afirmativas abaixo:

    I Tanto Alexandre da Macednia como Xerxes da Prsia acreditavam piamente serem deuses vivos, como pode ser identificado na megalomania de suas atitudes como governantes.

    II Por ter uma base cultural grega, Alexandre, ao contrrio de Xerxes, que se julgava um deus vivo, possua vasto conhecimento cientfico, utilizando-se desta racionalidade na organizao de seu Imprio.

    III Por possurem uma base cultural em comum, tanto Alexandre da Macednia como Xerxes da Prsia tomavam suas decises polticas levando em conta estudos cientficos.

    Est(o) correta(s):

    (A) I e II apenas.(B) II e III apenas.(C) II apenas.(D) I e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 10

    Analise atentamente os quadrinhos abaixo para responder a questo:

    Fonte: MULLER, Gustavo (roteiro) e CAETO (ilustraes). 20 anos de impeachment. Disponvel em: http://g1.globo.com/politica/impeachment-collor-20anos/platb/hq. Acesso em:

    06 jan. 2013, s 18h.

    Da anlise dos quadrinhos depreende-se que:

    (A) o impeachment de Fernando Collor de Mello foi resultado da ao dos grupos de oposio que detinham, poca, a maioria das cadeiras no Senado e na Cmara dos Deputados.

    (B) o afastamento de Fernando Collor de Mello resultou de presses da opinio pblica, insatisfeita com os rumos do pas, apesar do apoio da maior parte dos congressistas sua permanncia.

    (C) as denncias de corrupo contra Fernando Collor de Mello foram responsveis por seu afastamento, mesmo no se apresentando nenhum documento que comprovasse seu envolvimento.

    (D) aps o incio da atuao dos caras-pintadas abriu-se uma CPI para investigar as denncias contra Fernando Collor de Mello, o que levou ao seu afastamento e posterior impeachment.

    (E) o processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, resultou de uma unio de foras entre a opinio pblica e as instituies de poder do pas, em 1992.

    QUESTO 11

    Leia as informaes abaixo para responder a questo:

    Fonte: Cangao. Disponvel em: http://canoadetolda.org.br/?page_id=971. Acesso em: 05 jan. 2013, s 08h30.

    SIMULADO ENEM | Pgina 5

  • Euclides da Cunha j compreendera que o homem do serto (...) est em funo direta da terra. Se a terra para ele inacessvel, ou quando possui uma nesga de cho v-se atenazado pelo domnio do latifndio ocenico, devorador de todas as suas energias, monopolizador de todos os privilgios, ditador das piores torpezas, que fazer, seno revoltar-se? Pega em armas, sem objetivos claros, sem rumos certos, apenas para sobreviver no meio que o seu. Ento, espantados, os homens das classes dominantes no sabem explicar por que ele se revoltou. Ele, sempre to cordato e humilde mesmo, que no falava ao senhor sem tirar da cabea o largo chapu de palha ou de couro, toma de uma arma, torna-se cangaceiro, arregimenta companheiros de infortnio e forma um grupo um bando.

    Fonte: FAC, Rui. Cangaceiros e fanticos. RJ: Bertrand Brasil, 1988, p. 38-39.

    Identifique as afirmativas corretas:

    I Apesar das tentativas dos historiadores de identificar causas para o surgimento do cangao, at os dias atuais no se encontrou uma justificativa coerente para a atuao dos bandos no Nordeste brasileiro.

    II Uma das maiores causas para o surgimento do cangao no Nordeste brasileiro est relacionada s disputas pela posse de terra entre camponeses e elites agrrias.

    III - As pssimas condies de vida do sertanejo nordestino podem ser apontadas como causas bsicas para o surgimento do cangao, que atuou em reas que, at os dias atuais, apresentam uma situao de grande pobreza e misria.

    Est(o) correta(s):

    (A) I e II apenas.(B) II apenas.(C) I e III apenas.(D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 12

    Leia o trecho abaixo:

    Tudo aquilo valera a pena? Era certo que a Revoluo falhara em transformar seu idealismo inicial no paraso poltico sobre a Terra com que tantos de seus partidrios tinham sonhado. Mas as mudanas que trouxera, apesar das muitas traies e dos aterradores massacres eram de longo alcance e permanentes.Geofrey Parker etalli. Ventos Revolucionrios Traduo Pedro Paulo Poppovic Consultores

    Associados. Rio de Janeiro, Ed. Abril1996.

    O texto acima se refere Revoluo Francesa, sem dvida, um dos eventos mais marcantes da histria ocidental. No decorrer de seus episdios, observamos uma Revoluo:

    (A) com ampla participao popular que no enfrentou praticamente oposio pois o povo estava todo

    mobilizado no mesmo sentido.(B) repleta de incertezas, avanos e retrocessos de

    diferentes grupos que faziam uso de diferentes noes de justia para justificar perseguies e massacres.

    (C) que contempla todos os interesses das classes mais populares e que, de fato, garantiu liberdade, igualdade e fraternidade a todos os franceses.

    (D) profundamente violenta, portadora de longas discusses e que, embora seu legado tenha sido pouco duradouro, trouxe a morte de centenas de milhares de pessoas.

    (E) que transformou profundamente os alicerces dos Estados Nacionais Modernos, ao passo em que instituiu verdades universais evidentes em si mesmas.

    QUESTO 13

    Leia o trecho abaixo:

    Durante a tarde, uma massa imensa de trabalhadores e soldados saiu dos distritos da periferia rumo ao centro da cidade. As ruas voltaram a ter as cores dos Dias de Fevereiro, embora a atmosfera agora fosse muito mais lgubre e os rostos na multido deixassem claro que ali, de fato, estavam os proletrios. Os ternos dos cidados de classe mdia, as barbas dos estudantes e os chapus de senhoras e jovens simpatizantes, to comuns em fevereiro, no faziam parte daquela turba. Os manifestantes carregavam faixas com slogans bolcheviques e grande frao deles exibia armas.

    Fonte: FIGES, Orlando. A tragdia de um povo A Revoluo Russa (1891-1924). RJ: Record, 1999, p. 530.

    Assinale a alternativa na qual podemos identificar o episdio histrico retratado pelo excerto acima:

    (A) o incio da fase burguesa da Revoluo Russa, na qual a burguesia do pas, que tentava assumir o controle desde fevereiro, manipula os operrios para atingir seu objetivo.

    (B) o incio da Guerra Civil Russa, que ops os operrios e outros grupos populares s classes mdias e burguesia, numa luta pelo controle da Rssia aps a derrubada do czar em fevereiro de 1917.

    (C) o incio da fase radical da Revoluo Russa, a fase bolchevique, perodo no qual, ao contrrio do ocorrido em fevereiro de 1917, houve violncia e conflitos armados.

    (D) o incio da fase popular da Revoluo Russa, em outubro de 1917, diferenciando os grupos envolvidos daqueles que participaram da fase burguesa da Revoluo, em fevereiro do mesmo ano.

    (E) a tomada de poder pelos bolcheviques e a consequente deposio do czar e do partido menchevique, que havia ascendido ao poder, com o apoio do soberano, em fevereiro de 1917.

    SIMULADO ENEM | Pgina 6

  • QUESTO 14

    Leia os trechos abaixo:

    O processo de independncia de Israel nasceu de baixo para cima, lembrando o ocorrido com os colonos ingleses que fundaram os Estados Unidos, e ao contrrio da viso disseminada de que Israel foi uma criao imposta de cima para baixo pelas potncias imperialistas. As instituies autnomas judaicas tornaram-se as precursoras da estrutura poltica do nascente Estado judeu e so um exemplo de elite poltica que soube aproveitar a conjuntura crtica existente.

    Fonte: ZAVERUCHA, Jorge. Armadilha em Gaza. SP: Gerao Editorial, 2010, p. 49-50.

    No fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo descobriu horrorizado o genocdio dos judeus nos campos de extermnio nazistas. Esse fato tornou mais dramticas as aspiraes do povo judeu a um pas prprio. [...] Nas Naes Unidas, a causa sionista encontrou o apoio dos Estados Unidos, desejosos de no ofender a poderosa comunidade judaica americana, e da Unio Sovitica, que via nisso a oportunidade de afastar a Gr-Bretanha do Oriente Mdio.

    Fonte: TREIGNIER, Michel. Guerra e paz no Oriente Mdio. Coleo Histria em Movimento. SP: tica, 1998, p. 27-28.

    Tomando por base os excertos e o contexto de criao do Estado de Israel, assinale a alternativa correta:

    (A) os dois fragmentos defendem uma mesma posio: a de que a criao de Israel como um Estado independente ocorreu graas ao passado de lutas do povo judeu, sem a interferncia ou presses externas.

    (B) ao comparar a luta dos judeus dos colonos americanos em seu processo de independncia, o primeiro texto aproxima-se do segundo, que defende que a criao de Israel foi resultado de influncias externas.

    (C) o primeiro texto defende que Israel surgiu a partir das lutas do povo judeu,enquanto o segundo aponta para a sua criao como resultado de presses das potncias mundiais da poca, E.U.A. e URSS.

    (D) os excertos defendem a concepo de que a criao do Estado de Israel s foi possvel graas ao apoio das potncias mundiais da poca, E.U.A. e URSS, aps a descoberta do genocdio ocorrido nos campos de extermnio alemes.

    (E) a criao do Estado de Israel, segundo os dois autores, ocorreu graas a combinao de dois fatores: um interno, representado pelas lutas dos judeus, e outro externo, manifestado pelas presses da ONU para sua realizao.

    QUESTO 15

    Leia atentamente as informaes abaixo:

    Fonte: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Imagem disponvel em: http://www.forte.jor.br/2012/07/05/revolta-dos-18-do-forte-de-copacabana/. Acesso em: 05 jan.

    2013, s 11H30.

    Saram os dezoitos heroicos combatentes, de peito a descoberto, pela praia de Copacabana, ao encontro das tropas governistas que marchavam em direo ao forte. [...] Dispostos a enfrentar os disparos inimigos, os rebeldes repudiaram a ordem de rendio. Manchando de sangue as alvas areias de Copacabana, os dezoito heris foram trucidados. [...] Apenas dois conseguiram sobreviver, embora gravemente feridos [...].

    Fonte: PRESTES, Anita Leocdia. Uma epopeia brasileira: a Coluna Prestes. Coleo Polmica. SP: Moderna, 1995, p. 9.

    Tomando por base o contexto histrico no qual ocorreu o episdio acima retratado, a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, assinale a alternativa na qual aparecem algumas propostas dos jovens militares conhecidos como tenentes.

    (A) moralizao da poltica nacional, com o fim do voto de cabresto e a instituio do voto secreto, reforma no sistema educacional e moralizao e valorizao das foras armadas.

    (B) implantao de um regime ditatorial controlado pelos militares, moralizao das foras armadas, extino das eleies diretas para presidente e enfraquecimento do poder legislativo, considerado corrupto.

    (C) fim do voto de censitrio, extenso do direito de voto s mulheres, reforma constitucional e enfraquecimento dos poderes legislativo e judicirio por meio da implantao de uma ditadura militar.

    (D) reforma educacional, moralizao das foras armadas e da poltica nacional, com a extino do voto censitrio, alm da possibilidade da legislao por meio de decretos leis.

    (E) reforma constitucional, fim do voto censitrio, vinculao das decises do Congresso s vontades do executivo, controlado pelos militares, e moralizao e valorizao das foras armadas.

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  • QUESTO 16

    "Map", interveno do artista alemo Aran Bartholl, na qual procura os erros de localizao que o sistema de mapa do Google produz e coloca um marcador semelhante ao do Google Maps no espao real do erro. Mostrando que nem sempre os sistemas de representao so equivalentes ao espao real.(Adaptado de BULHES, Maria Amelia. Web arte e cartografias digitais in Comcincia, no

    123 - 10/11/2010. Lisboa: Academia Real das Cincias, 1858. Disponvel em http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=61&id=768. Acesso em

    21/01/2013.)

    A interveno Map, assim como a viso crtica atribuda a ela, somente pode ser compreendida se considerarmos que:

    (A) o livre acesso a programas como o Google Maps prejudicial devido ao despreparo de certos usurios;

    (B) o espao delimitado por um programa como o Google Maps representa a realidade das cidades;

    (C) a tecnologia de localizao est muito atrasada em relao ao que foram os mapas de papel dos navegadores at o sculo XIX;

    (D) os mapas e localizadores, por mais tecnolgicos que sejam, so apenas representaes do espao real;

    (E) o erro das mquinas semelhante ao erro dos homens, devido ao atual desenvolvimento da inteligncia artificial.

    QUESTO 17

    Leia o trecho abaixo:

    Os homens de negcio estavam atentos s grandes oportunidades. Estavam desejosos de lucros. Vieram ento os economistas clssicos, dizendo que era isso exatamente o que devia acontecer. E ainda mais. Havia um conforto maior para o homem de negcios empreendedor. Diziam-lhe ao procurar o lucro estavam ajudando tambm o Estado.

    Leo Huberman. Histria da Riqueza do Homem . Editora Guanabara, 21 Ed, Rio de Janeiro, 1986.

    O texto de Leo Huberman faz referncia poltica econmica adotada por diversos pases ao longo do sculo XIX e tambm do sculo XX. Sobre este pensamento econmico e sua forma de pensar a sociedade, pode-se afirmar:

    (A) foi pensado por David Ricardo, tambm autor da lei dos salrios; estabelece o direito de liberdade econmica como fundamental, devendo o Estado ter papel marginal no campo da economia.

    (B) foi pensado originalmente na Frana, com os fisiocratas, e se desenvolveu no Reino Unido, com Adam Smith. Descreve a economia como elemento portador de leis naturais e atribui ao indivduo ampla liberdade de ao.

    (C) foi idealizado por Adam Smith e considera que a maior fonte de riqueza a terra, que, trabalhada, sustenta a economia. Segundo este autor, os sujeitos devem ser livres e competir em condies de igualdade entre todos.

    (D) os economistas clssicos desenvolveram seus mtodos a partir do reconhecimento de que a sociedade composta por seres igualmente capazes que deveriam agir livremente na produo de riquezas. Este pensamento inspirou pensadores com Mikail Bakunin e Tolstoi.

    (E) Adam Smith, precursor do liberalismo clssico, nada mais fez que adaptar para a economia o pensamento de John Locke, pensador do liberalismo poltico. Locke previa igualmente um Estado mnimo que favorecesse ao mximo o uso capitalista do solo.

    QUESTO 18

    Leia o excerto abaixo:

    Mas com a chegada das mquinas e do sistema fabril, a linha divisria se tornou mais acentuada ainda. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres, desligados dos meios de produo, mais pobres. Particularmente ruim era a situao dos artesos, que ganhavam antes o bastante para uma vida decente e que agora, devido competio das mercadorias feitas pela mquina, viram-se na misria. Temos uma ideia de como era desesperada a sua situao pelo testemunho de um deles, Thomas Heath, tecelo manual:

    Pergunta: Tem filhos?

    Resposta: No. Tinha dois, mas esto mortos, graas a Deus!

    Pergunta: Expressa satisfao pela morte de seus filhos?

    Resposta: Sim. Agradeo a Deus por isso. Estou livre do peso de sustent-los, e eles, pobres criaturas, esto livres dos problemas desta vida mortal.

    Fonte: HUBERMAN, Leo. Histria da riqueza do homem. RJ: Guanabara, 1986, p. 177.

    A leitura do excerto nos permite concluir que:

    (A) apesar da concorrncia imposta pelo surgimento do sistema fabril, os artesos conseguiram manter sua qualidade de vida.

    (B) a falncia dos artesos, com o surgimento do sistema fabril, foi causada pela sua recusa em utilizar as novas tecnologias industriais.

    (C) com o surgimento do sistema fabril, os artesos foram obrigados a se adaptar nova realidade, transformando-se em operrios das fbricas.

    (D) apesar do enriquecimento dos donos das fbricas, o desenvolvimento do sistema fabril foi acompanhado por uma melhor distribuio de renda.

    (E) o desenvolvimento do sistema fabril provocou a falncia dos artesos, promovendo um agravamento de seus problemas sociais e econmicos.

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  • QUESTO 19

    Leia o trecho abaixo:

    Seguida da televiso e, mais recentemente, da internet, a concepo que reina e os significados dados palavra celebridade dos quais a mdia se vale distanciaram a recepo do sentido inicial que a cultura das massas criou para o entretenimento e para a arte. [...] Os artefatos produzidos nos celebrity shows, nas revistas de fofoca, programas de auditrio, novelas e telejornalismo, alm das redes sociais na internet, so imagens com que o pblico mais simpatiza, almejando ficar mais parecido com o que foi visto. [...] O anseio da massa busca se identificar com os traos e as qualidades do dolo [...].

    Fonte: HISGAIL, Fani. Celebridades: modo de usar. Disponvel em: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?

    Edicao_Id=435&Artigo_ID=6592&IDCategoria=7621&reftype=2. Acesso em: 06 jan. 2013, s 17H30.

    Aps a anlise do fragmento, identifique o que for correto:

    I O texto demonstra que, apesar de uma relativa influncia sobre o cotidiano, os meios de comunicao no conseguem ditar padres de comportamento.

    II O contedo expresso no texto aponta para a influncia dos meios de comunicao de massa nas prticas cotidianas e no comportamento da populao.

    III O excerto demonstra que os meios de comunicao perderam sua funo inicial de entreter a populao, criando padres de idolatria e modificando a forma de agir da populao.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) II e III apenas.(C) I e III apenas.(D) II apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 20

    A funo do professor na sociedade , sem dvida,essencial. Por outro lado, esta categoria profissional, muitas vezes, vtima de sucateamento das condies de trabalho e de polticas pblicas menos atentas. Embora os professores se mobilizem e faam greve muitas vezes por mais de dois meses, as questes frequentemente permanecem e a educao pblica continua, em geral, com a qualidade prejudicada.

    Sobre os movimentos de trabalhistas descritos, correto afirmar que:

    (A) o setor de ensino tem funo menos relevante que outros setores para a economia; assim, a presso que estes trabalhadores exercem sobre o pas, quando em greve, muito menor que setores como o transporte pblico ou setores bancrios.

    (B) no Brasil, os professores tm se queixado de problemas que, na verdade, no existem de forma to intensa como a categoria aponta. Os reajustes salariais atribudos tm sido satisfatrios e as

    disputas com o governo so por fatores secundrios.(C) historicamente, a mobilizao dos professores alta,

    desde a greve de 1917, liderada por anarco-sindicalistas ligados ao sindicato dos professores, passando pelas greves do ABC de 1970-80; esta categoria profissional referncia nas lutas contra o governo.

    (D) as ms condies profissionais dos professores decorrem do descaso intencional por parte dos trs ltimos governos que administraram o pas; a educao pblica piorou muito a partir dos anos 2000.

    (E) a capacidade de mobilizao das categorias profissionais no Brasil foi determinada pela Consolidao das Leis Trabalhistas no governo de Vargas, que determinou os sindicatos ilegais e atrelou o movimento dos trabalhadores ao prprio governo, fazendo uma poltica trabalhista.

    QUESTO 21

    Observe a charge abaixo:

    http://dukechargista.com.br

    A charge acima revela:

    (A) que a corrupo de inteira responsabilidade dos polticos, que desviam dinheiro pblico de forma a prejudicar a sociedade. Isto desresponsabiliza o sujeito eleitor.

    (B) que o problema da corrupo o povo no saber votar, o que torna o eleitor, ignorante, o verdadeiro culpado pela corrupo. Isto culpa o sujeito eleitor.

    (C) uma ironia ao comparar o agente carcerrio, o poltico e o empresrio e apontar o eleitor como cmplice destes crimes por ele cometidos. Compromete o eleitor.

    (D) uma crtica ao apontar o eleitor que votou no poltico corrupto to criminoso como o prprio poltico e os demais criminosos. Isto responsabiliza tambm o eleitor.

    (E) uma stira ao apontar que o criminoso de colarinho branco mostra seu rosto enquanto o criminoso comum annimo, assim como o eleitor.

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  • QUESTO 22

    Projetos voltados para a poro sudeste do Par, tais como a construo da hidreltrica de Belo Monte (Rio Xingu), abertura de novas estradas, pavimentao da BR-163 (Cuiab-Santarm), crescimento da criao de gado, entre outros fatores, tm acelerado o processo de ocupao e movimentado novas fronteiras econmicas. Em decorrncia desse processo de reativao da fronteira, h acelerao da expropriao e explorao do territrio, resultando em desmatamento e muita violncia (assassinatos, escravido, ameaas de morte, expulses do campo) envolvendo populaes indgenas, agricultores e residentes em Unidades de Conservao (UCs).

    (Adaptado de SAMPAIO, Ricardo Dagnino e EL SAIFI, Samira. Conflitos pela terra na Amaznia: o caso da regio sudeste do Par in Comcincia, Brasil, No. 133 - 10/11/2011.

    http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=72&id=898. Acesso em 21/01/2013)

    O processo de ocupao da poro sudeste do Par exemplo de expanso territorial:

    (A) para explorao de recursos naturais sem a devida sem o acompanhamento por polticas estatais eficientes;

    (B) para povoamento de regio com baixa densidade demogrfica para a ocupao sustentvel do territrio;

    (C) para explorao de recursos minerais, desprezando-se outras riquezas da regio como a extrao da madeira;

    (D) para instalao de uma zona industrial livre de taxas, cuja proximidade de outros pases fortaleceria as exportaes;

    (E) para desocupao das reas indgenas e posterior realocao desses habitantes em terras mais frteis.

    QUESTO 23

    Leia o trecho abaixo:

    Uma classificao adotada para os problemas ambientais a diviso segundo Agendas. Assim, definiu-se Agenda Verde aquela que se refere assuntos como preservao de f lorestas e biodiversidade, Agenda Azul aquela que se refere gesto de recursos hdricos e Agenda Marrom aquela que se refere s questes ambientais relacionadas urbanizao, a industrializao, ao crescimento econmico e ao desenvolvimento social, tais como a poluio do ar, da gua e do solo, a coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento urbano, a segurana qumica, etc.

    (http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas/qualidade-ambiental. Acesso em 21/01/2013)

    Assinale a alternativa que apresente um medida capaz de resolver problemas relacionados Agenda Marrom e sua consequncia para a interao homem e meio ambiente:

    (A) regulamentar o desvio de rios para a irrigao nas grandes propriedades rurais, evitando, assim, o esgotamento de guas fluviais em regies com secas sazonais;

    (B) diminuir o desmatamento de regies e recompor as reas de Proteo Permanente (APPs) no meio rural, garantindo a preservao da biomassa e da biodiversidade;

    (C) garantir o acesso de moradia populao pobre em rea urbanizada e adequada, o que poderia minimizar perdas humanas e materiais em consequncia das enchentes;

    (D) criminalizar as queimadas na regio de florestas, como na Amaznia, evitando o aumento de produo de CO2, o que reduziria as consequncia do aquecimento global;

    (E) priorizar a agricultura familiar sustentvel, mais eficiente que as grandes zonas latifundirias de produo, o que levaria a uma economia dos recursos hdricos e melhor distribuio de renda no campo.

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  • CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIASQuestes de 24 a 45

    QUESTO 24

    Bela e facilmente reconhecvel constelao do zodaco situada entre Balana e Sagitrio. Na mitologia grega, Escorpio representa o animal que matou rion com sua picada. No cu, o corao do escorpio marcado pela vermelha Antares e uma ntida curva de estrelas marca sua cauda levantada. A cauda estende-se por uma rica rea da Via Lctea rumo ao centro da galxia.

    (p. 204. Guia Ilustrado Zahar de Astronomia, Ian Ridpath, ed. Zahar, 2 edio)

    (http://www.redorbit.com/education/reference_library/space_1/constellations/2574962/scorpius_constellation/, 31/01/2013, 17:00)

    A estrela Antares est a cerca de 520 anos-luz de distncia da Terra, tem 700 vezes o tamanho do Sol e 1500 vezes o seu brilho.

    Ao observar hoje um raio de luz proveniente de Antares, um observador na Terra est vendo um raio que saiu da estrela h algum tempo. Assinale a alternativa que mostra um evento histrico mais prximo de quando o raio partiu de Antares.

    (A) queda do muro de Berlim. (1989 d.C.)(B) chegada dos portugueses ao Brasil. (1500 d.C.)(C) fim do Imprio Romano. (476 d.C.)(D) eleio de Fernando Henrique Cardoso. (1994 d.C.)(E) incio das Cruzadas. (1095 d.C.)

    QUESTO 25

    Observe a tabela, retirada do manual de instrues, de uma determinada marca de forno micro-ondas:

    Ao utilizar um forno do modelo EM25, uma dona de casa aqueceu 100 g de gua de 20C a 40C em 10 segundos. Sabendo que o calor especfico da gua de 4 J/g.C, assinale a alternativa correta:

    (A) a potncia til indicada no manual est correta. (B) a potncia total indicada no manual est errada.(C) a potncia til indicada no manual est errada.(D) a capacidade do forno est errada.(E) os modelos EM25 e EM25G so idnticos.

    QUESTO 26

    O nmero de acidentes de trnsito causado por condutores que atravessam o sinal vermelho muito grande, por isso as prefeituras brasileiras vm instalando radares nos cruzamentos com semforo.

    O princpio de funcionamento dos radares de cruzamento tem uma tecnologia avanada, mas est baseado em conceitos simples. Trata-se de um sistema composto por 3 partes, o gatilho, um computador e a cmera. Quando o automvel passa pelo gatilho com o sinal vermelho, aciona o computador que ordena que a cmera fotografe o infrator.

    O princpio de funcionamento do gatilho est representado na figura abaixo.

    http://ciencia.hsw.uol.com.br/cameras-de-semaforo1.htm, 31/01/2013, 17:00

    Utilizando os conceitos do eletromagnetismo, julgue as alternativas a seguir:

    (A) caso um pedestre passe correndo pelo dispositivo do gatilho, ele pode criar uma variao do fluxo magntico gerado pela fiao subterrnea e ser fotografado pelo radar.

    (B) os sensores eletromagnticos no cho medem a diferena de tempo que cada roda do automvel demora para toc-los, calculando sua velocidade mdia entre as duas medidas.

    (C) a variao no campo eletromagntico pode ser causada por qualquer corpo que passar pelos sensores, independente de sua composio fsica e de suamassa.

    (D) o campo magntico gerado pela fiao subterrnea no depende da energia eltrica fornecida por um gerador a estes fios, pois o campo magntico gerado somente pelo metal dos fios.

    (E) ao passar pelo campo eletromagntico, o carro gera uma variao do campo devido sua grande massa de metal, acusando a passagem pelo cruzamento para o computador.

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  • QUESTO 27

    A Misso Apollo 13 teve muita repercusso devido ao acidente que quase matou os seus trs astronautas. No intuito de mostrar que a superstio com o nmero 13 infundada, a NASA organizou o lanamento da misso para o dia 11 de abril de 1970, s 13h 13min e 13s. Curiosamente, 55h e 55min depois do lanamento houve uma exploso em um dos mdulos da nave que impossibilitou a chegada Lua.

    A velocidade mdia da nave, do lanamento ao ponto de exploso foi de, aproximadamente, 1.550 m/s.

    Qual a data da exploso e a distncia aproximadaque os astronautas estavam da Terra?

    (A) a exploso aconteceu dia 11 de abril de 1970 a uma distncia de 402.400 km da Terra.

    (B) a exploso aconteceu dia 12 de abril de 1970 a uma distncia de 312.480 km da Terra.

    (C) a exploso aconteceu dia 13 de abril de 1970 a uma distncia de 220.00 km da Terra.

    (D) a exploso aconteceu dia 13 de abril de 1970 a uma distncia de 312.480 km da Terra.

    (E) a exploso aconteceu dia 11 de abril de 1970 a uma distncia de 220.000 km da Terra.

    QUESTO 28

    Moto contnuo o nome dado a um tipo de mquina que funcionaria indeterminadamente produzindo energia a partir de seu prprio movimento. Este tipo de mquina foi idealizado por muitas pessoas na busca de uma fonte inesgotvel de energia. Durante o Sculo XVIII, o fsico francs Sadi Carnot estudou o funcionamento das mquinas trmicas, como o motor de um carro, para entender e, talvez atingir, o melhor rendimento possvel.

    Estudando os ciclos de um gs dentro do motor, Carnot chegou concluso de que o rendimento ()

    respeita a equao:

    q

    , sendo TF a temperatura da regio mais fria da mquina e TQ a temperatura da regio mais quente, medidas em kelvin (K).

    O rendimento do moto contnuo deve ser de 100% (=1), sendo assim, a equao desenvolvida mostra que:

    (A) para existir o moto contnuo, TQ deve ser igual a TQ(B) o moto contnuo possvel, basta um cientista

    conseguir montar uma mquina com TQ =0.(C) o moto contnuo pouco provvel, pois TF deveria ser

    igual a 0K (zero absoluto), algo nuncaverificado.(D) o moto contnuo impossvel devidoao valor do

    rendimento da equao de Carnot ser sempre negativo.

    (E) o rendimento sempre zero nas condies da mquina de Carnot, sendo assim, o moto contnuoexiste.

    QUESTO 29

    Leia o texto abaixo:

    EUA alertam sobre agrotxico em suco de laranja brasileiro.Substncia usada no controle de algumas doenas. Utilizao permitida no Brasil, mas no mais aceita pelos americanos.

    Os americanos j se habituaram ao sabor brasileiro, so duzentas mil toneladas por ano, o que corresponde a 14,5% das exportaes de suco do Brasil.

    Mas essa exportao enfrenta agora uma dificuldade por causa do carbendazim, princpio ativo de alguns agrotxicos usados para controlar um tipo de fungo conhecido como pinta preta. A doena se multiplica rapidamente e acaba tomando toda a casca da laranja. O fruto no se desenvolve como deveria e tem amadurecimento precoce.

    O controle feito com aplicao regular de fungicidas a base de carbendazim, que agora est na mira dos EUA. Segundo estudos norte-americanos, a sustncia aumenta o risco de tumores de fgado em animais.

    Fonte: Portal G1 Agronegcios de 12/10/2012

    O uso de agrotxicos tem sido uma das grandes esperanas do homem para aumentar a produo de alimentos. Porm, o uso inadequado tem sido ultimamente um dos maiores problemas enfrentados pelas autorizadas.

    Podemos apontar como grande risco o uso inadequado dos variados tipos de agrotxicos pois:

    (A) podem levar a seleo de pragas mais resistentes e simultaneamente matar outros seres que participam na produo de laranjas ou no, como os agentes polinizadores.

    (B) no so bioacumulativos, podendo chegar ao lenol fretico e serem absorvidos pelas plantaes e, desta forma, contaminar o homem.

    (C) podem selecionar outras pragas diferentes do fungo, para o qual foram desenvolvidos, como os vrus dos citrus, pois induzem mutaes em suas clulas.

    (D) podem induzir cncer em diversos rgos, principalmente pele, do homem ou de outros animais criados pelo homem,.

    (E) com o passar do tempo, o carbendazim no controlar a populao de fungos praga, pois ficar mais fraco, devendo ser substitudo por outro fungicida.

    QUESTO 30

    Diferentes grupos de bactrias, foram cultivadas em diferentes tubos de ensaio com a mesma concentrao de oxignio inicialmente. Sabe-se que em cada tubo foi colocado um diferente tipo de micro-organismo quanto a sua capacidade de resistir a variaes maiores ou menores de oxignio livre.

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  • Os seres utilizados foram diferentes tipos de bactrias que podem ser: aerbias, anaerbias estritas e facultativas, bem como as microaerfilas. Estas ltimas sobrevivem com diferentes nveis de concentrao de oxignio no meio.

    Os resultados encontrados nos tubos, so observados no grfico abaixo e podem ser utilizados para diferenciar alguns grupos de bactrias de forma superficial.

    Dois pacientes internados em um hospital, que apresentavam diferentes infeces causas por bactrias, tiveram suas fichas de identificaes trocadas: um apresentava infeco pulmonar, paciente X, e outro intestinal, paciente Y.

    Foram recolhidas, de ambos, secrees nos locais da infeco e realizadas culturas para poder saber que tipo de bactria cada qual continha.

    Os resultados foram os seguintes:

    I- No paciente X, as bactrias apresentavam o comportamento conforme a linha c do grfico.II- No paciente Y, as bactrias apresentavam o comportamento conforme a linha a do grfico.

    Dados sobre as doenas:

    Clostridium botulinum Descrio da doena - Botulismo uma doena de evoluo dramtica e elevada letalidade, resultante da ao de uma potente toxina produzida por um bacilo anaerbico estrito, denominado Clostridium botulinum, habitualmente adquirido pela ingesto de alimentos contaminados (embutidos e conservas em latas e vidros),.

    Mycobacterium tuberculosisDescrio da doena - A tuberculose uma doena infecciosa crnica, causada pelo bacilo aerbico Mycobacterium tuberculosis, cuja caracterstica principal a preferncia pelo parnquima pulmonar e a transmisso de pessoa para pessoa atravs da inalao de partculas infectadas por este bacilo.

    Desta forma, podemos afirmar:

    (A) pelos dados apresentados, no podemos afirmar que doena X e Y apresentavam, pois ambas as bactrias

    so bacilares e anaerbicas.(B) provavelmente o paciente X apresentava tuberculose,

    pois as bactrias sobrevivem em altas concentraes de oxignio.

    (C) provavelmente o Paciente Y apresentava botulismo, pois as bactrias vivem em meios com altas concentraes de oxignio.

    (D) ambos apresentavam botulismo, pois as bactrias vivem em qualquer meio frente a concentrao de oxignio.

    (E) o paciente Y deve apresentar tuberculose, pois no grfico, linha a, mostra que esta bactria vive em meio aerbio.

    QUESTO 31

    Leia o trecho abaixo:

    Pesquisadores japoneses encontraram sinais de mutao em borboletas, sinalizando um dos primeiros indcios de que o ecossistema local sofreu mudanas aps o acidente nuclear em Fukushima.

    Joji Otaki, que liderou a pesquisa, recentemente publicada no Scientific Reports, coletou quase 400 espcimes de uma borboleta muito comum no Japo.

    Nos resultados iniciais, 12% das borboletas mostraram sinais de anormalidades, como problemas em suas antenas, asas de menor porte, mudana nos padres de cor e olhos recuados. Amostras coletadas seis meses depois foram ainda mais alarmantes: as mutaes foram encontradas em 52% dos animais.

    Fonte notcias.R7 de 14/08/2012

    Sabemos que a radiao liberada pelo reator da usina, atuar por um prazo de tempo muito longo, como no acidente de Chernobyl, no qual o csio liberado demorar cerca de 300 anos para voltar a nveis aceitveis. H grande discusso no mundo em torno deste tema e alguns pases j esto pondo em prtica outras formas de obteno de energia, banindo o uso nuclear.

    So exemplos de fontes alternativas de energia eltrica: a hdrica, trmica, geotrmica, elica, mars e fotovoltaica.

    Sobre este tema foram feitas algumas observaes:

    I - A utilizao de fontes geotrmicas, pode contribuir para liberao de gases estufa, devido gerao de calor, pela queima de matria orgnica no subsolo ou de rochas derretidas ( magma ).

    II - A energia proveniente de hidroeltricas, pode contribuir para formao de gases estufa, devido presena de grandes quantidades de matria orgnica (madeira) abandonada, em decomposio, durante enchimento da barragem.

    III - A energia elica produzida pela transformao da energia cintica dos ventos em energia eltrica. Apesar da poluio visual provocada pelas turbinas, a energia elica no geradora de gases estufa.

    SIMULADO ENEM | Pgina 13

  • IV - A energia fotovoltaica fornecida de painis contendo clulas fotovoltaicas ou solares, que, sob incidncia do sol, geram energia eltrica. A energia gerada pelos painis armazenada em bateria, para que seja usada posteriormente.

    V - Nas usinas termoeltricas, a energia eltrica obtida pela queima de combustveis, como carvo, e tambm a cana de acar (biomassa); da ter baixo potencial gerador de gases estufa.

    Podemos considerar como corretas:

    (A) I, III e IV(B) II, III e IV(C) II e IV(D) III, IV e V(E) III e IV

    QUESTO 32

    O conjunto de reaes que regem a vida chamado de metabolismo.

    H momentos, em que as reaes seguem um papel de sntese de matria; porm, de forma inversa, podemos observar tambm reaes de quebra. Estas reaes so conhecidas pelos nomes de anabolismo e catabolismo, respectivamente.

    Duas destas reaes foram estudadas em uma angiosperma e esto esquematizadas abaixo e relacionadas no grfico a seguir:

    Observando o grfico e as reaes, podemos afirmar:

    I - Na regio A do grfico, a reao 2, respirao celular, maior que a reao 1, fotossntese.

    II - Na regio A, a planta sobrevive consumindo suas reservas armazenadas principalmente nas folhas e sementes na forma de amido.

    III - Em C, as duas reaes se equivalem: a matria orgnica produzida no processo 1, a glicose, consumida na respirao, a curva 2 do grfico.

    IV - Para os vegetais armazenarem reservas, desenvolverem as flores, as sementes e os frutos, fundamental ficarem parte do dia, na regio B, onde a fotossntese maior que a respirao.

    V - Em C, temos o ponto de compensao ftico, o qual indica certa intensidade de luz, onde a fotossntese se equipara respirao.

    So corretas as afirmaes:

    (A) I, II e IV (B) I, IV e V(C) II, V (D) I, III e IV(E) I, II, III e IV

    QUESTO 33

    Leia o texto abaixo:

    Vrias espcies herbceas brasileiras apresentam sistema subterrneo espessado, que podem ser de natureza radicular, caulinar ou mista. Esses sistemas muitas vezes possuem potencial gemfero, isto , capaz de gerar uma nova planta atravs do rebrotamento de ramos areos aps um perodo desfavorvel do ambiente, como uma seca prolongada ou principalmente uma queimada.

    Os sistemas subterrneos, chamados de xilopdios, aumentam as chances de sobrevivncia destas espcies estudadas s condies adversas do meio, pois apresentam alto potencial gemfero, promovendo o desenvolvimento de ramos areos durante a estao favorvel.

    Fonte Rev. bras. Bot. vol.29 no.1 So Paulo Jan./Mar. 2006

    Estas estruturas vegetais, mistas e resistentes, esto presentes em plantas cujo bioma representado no mapa abaixo em:

    (A) I, chamado de Mata Atlntica, pois em certas pocas do ano, como no inverno, a seca muito severa.

    (B) III, Cerrado, onde a escassez de chuvas faz com que a planta seque completamente e brote a partir da estao mais chuvosa.

    (C) I, Cerrado, onde o fogo um fator constante nas pocas mais secas, devido grande quantidade de gramneas desta formao.

    (D) I e III, Cerrado e Caatinga, respectivamente, biomas brasileiros que apresentam falta de gua em grande parte do ano.

    (E) II, Caatinga, pois este sistema de proteo vegetal favorece o rebrotamento de plantas adaptadas a ambientes muito secos.

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  • QUESTO 34

    A Terra tem cerca de 4,5 bilhes de anos e, ao longo deste tempo, algumas substncias qumicas (item 1) so submetidas ao da energia solar e eltrica (item, 2) e, assim, criam as condies para formao de matria orgnica. Segundo Oparin, a vida na Terra teria surgido a partir de substncias orgnicas formadas pela combinao de molculas, como hidrognio, metano, amnia e vapor d'gua, que deviam estar presentes na atmosfera primitiva.

    Estas molculas, organizaram-se, nos mares em formao, em sistemas que adquiriram a capacidade de nutrio e reproduo, os coacervados (item 4), em um perodo de tempo de 4,5 a 3,5 bilhes de anos atrs.

    Os coacervados utilizam-se de processos simples de liberao de energia, no caso, a fermentao, originando outros gases atmosfricos (item 5).

    Com a estabilizao da atmosfera primitiva, a formao da matria orgnica diminui e, neste ambiente mais estvel, outras formaes biolgicas autotrficas (h cerca de 2 bilhes de anos) surgiram, modificando novamente a composio gasosa da atmosfera, com a liberao de uma nova forma gasosa (Item 7).

    Nesta nova atmosfera, possvel a manuteno dos seres aerbios, como os animais, que se formam por ltimo, entre os organismos da Terra, h 0,6 bilho de anos.

    Com base nas informaes acima, e no quadro abaixo, da possvel sucesso de mudanas e origens dos diversos seres vivos, os itens 5 e 7 podem ser preenchidos corretamente se 5 e 7 forem, respectivamente:

    (A) gs carbnico e gs oxignio.(B) gs oxignio e gs carbnico.(C) gs carbnico e gs nitrognio.(D) gs nitrognio e gs oxignio(E) gs carbnico e gs carbnico

    QUESTO 35

    Uma cela eletroltica pode ser usada para purificao de cobre. Nela o eletrodo ligado aos plos uma barra de cobre impuro. No outro plo, um eletrodo formado por cobre puro ser o suporte onde se depositar o cobre purificado pelo processo. A figura abaixo ilustra o aparato.

    Nessa situao, pode-se afirmar que o cobre puro deposita-se sobre:

    (A) nodo que tambm o plo positivo.(B) ctodo que tambm o plo negativo.(C) ctodo que tambm o plo positivo.(D) nodo que tambm o plo negativo.(E) em ambos os plos, pois so feitos do mesmo

    material.

    QUESTO 36

    Embora o fato seja muitas vezes ignorado, sabe-se que a densidade de um material depende de fatores como temperatura e estado fsico. Para demonstrar essa dependncia, um grupo de cientistas determinou a densidade de certa substncia para vrios valores de uma faixa de temperatura. Os resultados obtidos so demonstrados no grfico resumido apresentado abaixo:

    A anlise do grfico permite detectar uma mudana brusca da densidade deste material quando ele atinge a temperatura X. Essa mudana ocorre porque, nessa temperatura, o material estudado:

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  • (A) sofre uma reduo, dando origem a uma espcie de maior massa.

    (B) vaporiza e passa a ocupar um volume muito maior.(C) sofre uma diminuio considervel do volume ao

    sofrer sublimao.(D) apresenta um grande aumento no volume devido

    sua condensao.(E) funde acaba adquirindo uma massa

    consideravelmente menor.

    QUESTO 37

    Nos ltimos 150 anos, as emisses de metano na atmosfera praticamente triplicaram. Esse aumento motivo de preocupao, pois o metano, como o dixido de carbono, contribui para o aquecimento global. Entretanto, 1kg de metano aquece a terra 23 vezes mais que 1kg de dixido de carbono. O grfico abaixo apresenta as principais fontes de emisso de metano na atualidade.

    Emisses de metano: 600 milhes de toneladas mtricas por ano.

    Metano, plantas e mudanas climticas. Scientific American Brasil: Aula Aberta, n 4, 2010 (adaptado).

    Considerando texto e grfico apresentados, uma proposta vivel para combater o aquecimento global seria:

    (A) acentuar a explorao de gs natural, a fim de acabar com o metano presente no planeta.

    (B) acabar com o tratamento de esgoto, atividade responsvel por cerca de 4,2% da emisso anual de metano.

    (C) exterminar toda a populao mundial de ruminantes e cupins, que juntos correspondem a 25% da emisso anual de metano.

    (D) coletar e queimar o metano oriundo de atividades humanas, transformando-o em dixido de carbono.

    (E) promover a incinerao do lixo orgnico ao invs de estoc-lo em aterros sanitrios.

    QUESTO 38

    A grande quantidade de lixo produzida no Brasil preocupante. tanto lixo, que existe um risco real de faltar espao para armazen-lo nos nossos aterros sanitrios. Das 260.000 toneladas, 53% deste material composto por lixo orgnico, 25% de papel e papelo, 2% vidro, 2% metal, 3% plsticos e 15%

    outros.Disponvel em: www.recicloteca.org.br/blog. Acesso em: 21 jan. 2013 (adaptado).

    Dentre as propostas abaixo, a que mais contribui para diminuir a quantidade de lixo direcionada aos aterros sanitrios, sem causar outros problemas ambientais, :

    (A) construir centros de incinerao para queimar o lixo coletado.

    (B) promover associaes de catadores de latas para aumentar a reciclagem de alumnio.

    (C) incentivar a reduo e reutilizao de embalagens de materiais como plsticos, vidro, papel e papelo.

    (D) coletar e tratar adequadamente materiais que contenham metais pesados, como pilhas e baterias.

    (E) direcionar o lixo para lixes distantes das grandes cidades.

    QUESTO 39

    Em sua formao, o carvo mineral passa por quatro etapas distintas. Assim, existem quatro tipos de carvo mineral, cada um com propriedades particulares, conforme apresentado na tabela abaixo.

    Tipo de carvo

    Cor Poder calorfico (kcal / g)

    % de carbono

    turfa parda 1,5 2,0 55 - 65linhito negro-

    parda2,0 7,0 65 - 80

    hulha negra 7,0 8,5 80 - 93antracito negra 8,5 9,0 93 - 98

    SCHUMANN, W. Rochas e Minerais. 1985 (adaptado)

    Um qumico foi incumbido de estimar a massa de carbono presente em uma amostra de 6g de carvo mineral. Ao queimar toda a amostra, foram liberados 48.000 cal. Sabendo que a amostra possui apenas um tipo de carvo mineral, pode-se estimar a massa de carbono presente na mesma esteja entre:

    (A) 5,6 e 5,9 gramas.(B) 4,8 e 5,6 gramas.(C) 3,9 e 5,6 gramas.(D) 3,3 e 3,9 gramas.(E) 2,7 e 3,3 gramas.

    QUESTO 40

    Pode-se obter gs hidrognio a partir da eletrlise da gua. Mas, como a gua pura no conduz corrente eltrica, necessrio adicionar alguma substncia que torne a gua condutora para que a eletrlise acontea. A escolha dessa substncia deve ser feita com cuidado, pois ela pode gerar espcies com maior facilidade de descarga que a gua. Nesse caso, a l g u m a e s p c i e f o r m a d a p o d e r e d u z i r

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  • preferencialmente impedindo a formao do gs hidrognio.

    Com base nas facilidades de descarga apresentadas

    A eletrlise da gua produzir gs hidrognio quando nela estiver dissolvida a substncia

    (A) NaSO(B) CHO(C) CuBr(D) CHOH(E) AgCl

    QUESTO 41

    O texto adaptado abaixo apresenta a descrio dos resultados de um experimento realizado no sculo XVIII, por Lavoisier:

    Demonstrei anteriormente que, para formar dixido de carbono, era preciso unir oxignio e carbono; portanto, o carvo colocado no tubo de vidro retirou da gua o oxignio. Assim, a gua composta de oxignio e de um gs inflamvel. No se pode supor que esse gs tenha sido liberado do carvo, consequentemente, um produto da gua.

    LAVOISIER, A. L. Tratado Elementar de Qumica. Madras, 2007 (adaptado).

    De acordo com a descrio de Lavoisier, a reao realizada poderia ser representada pela equao qumica:

    (A) CO + HO H + CO(B) O + C CO(C) CO + HO HCO(D) 2HO + C CO + 2H(E) 2HO + CO 2O + CH

    QUESTO 42

    O AAS, conhecido popularmente como aspirina, um composto orgnico sinttico, bastante utilizado como analgsico, antipirtico, e anti-inflamatrio. Esse composto pode ser obtido pela reao entre o cido saliclico e o cido actico.

    cido saliclico AAS

    A observao das frmulas estruturais apresentadas permite afirmar que uma diferena entre esses dois compostos que o AAS:

    (A) possui a funo ter.(B) possui cadeia heterognea.(C) no possui a funo cido carboxlico.(D) possui cadeia aromtica.(E) possui um nmero menor de tomos de carbono.

    QUESTO 43

    Quando comemos um produto industrializado, estamos ingerindo junto com ele uma grande quantidade de aditivos qumicos, como acidulantes, aromatizantes, conservantes e corantes. Mas a escolha dos aditivos utilizada no to simples. Na escolha de um conservante, por exemplo, preciso levar em conta se ele hidrossolvel ou lipossolvel. Uma escolha errada impedir que o conservante se misture de modo eficaz com o alimento ou bebida.Observe as estruturas de alguns conservantes apresentadas abaixo.

    I II III

    IV

    Dentre esses conservantes, os que poderiam ser utilizados na conservao de bebidas base de gua seriam os representados pelos nmeros:

    (A) I e III.(B) I e IV.(C) II e III.(D) II e IV.(E) III e IV.

    QUESTO 44

    O sorbitol, composto amplamente utilizado pelas indstrias alimentcia e farmacutica, facilmente sintetizado a partir da hidrogenao da glicose.Como a semelhana estrutural entre esses dois compostos muito grande, a diferenciao dos dois feita com a utilizao de um teste funcional. Para isso, podem ser utilizados alguns compostos que s reagem com funes orgnicas especficas.

    Glicose Sorbitol

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  • Para diferenciar a glicose do sorbitol, deve-se utilizar um teste funcional que permita identificar a funo orgnica:

    (A) lcool.(B) cido carboxlico.(C) ster.(D) fenol.(E) aldedo.

    QUESTO 45

    De acordo com a Resoluo n 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), as guas doces podem ser classificadas em classes de acordo com a sua qualidade. Para essa classificao so consideradas as propriedades fsico-qumicas e as concentraes de determinadas substncias ou elementos. Se levarmos em conta exclusivamente a concentrao de fsforo, as guas doces poderiam ser classificadas como:

    Classes de

    guas Doces

    Concentrao Mxima

    de Fsforo (mg/L)

    Algumas utilidades

    I 0,025 consumo humano aps tratamento simplificado.

    II 0,05consumo humanoaps

    tratamento convencional e irrigao de plantas.

    III 0,15consumo humano aps

    tratamento convencional e irrigao de culturas arbreas.

    IV no estipulada navegao e harmonia paisagstica.Disponvel em: www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf. Acesso em: 24 jan.

    2013 (adaptado).

    A anlise de uma amostra de 100 mL de um corpo dgua detectou a presena de 10-6g de fsforo. Deste modo, a gua analisada

    (A) pode ser consumida sem tratamento prvio.(B) necessita de tratamento convencional para ser

    consumida.(C) no pode ser utilizada para a irrigao de hortalias.(D) pode ser utilizada apenas para navegao.(E) s pode ser utilizada na irrigao de culturas

    arbreas.

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  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Questes de 46 a 68Questes de 46 a 48 (Opo Ingls)

    QUESTO 46

    Leia o texto abaixo:

    Movie News

    AP / Grace Kelly in an undated photo.

    Monaco royals miffed over Princess Grace film

    PARIS (AP) Monaco's royal family has criticized a feature film about the late Princess Grace, saying it presents a glamorized and inaccurate view of her life.

    Prince Albert and his sisters, Princess Stephanie and Princess Caroline, issued a statement saying the film about their mother the former Grace Kelly contained major historical inaccuracies and purely fictional scenes.

    The royals rebuffed a report in Paris Match magazine claiming the palace supported the film, Grace of Monaco.

    The movie stars Nicole Kidman as the Hollywood icon who married Monaco's Prince Rainier II in 1956. The princess died in 1982, aged 52.

    The statement said the family had absolutely no association with the film, and said the filmmakers had ignored the palace's requests for changes to the script.

    (Adaptado de http://movies.msn.com/movies/article.aspx?news=785780. Acesso em 17/01/2013)

    A notcia acima reproduzida trata de uma polmica envolvendo a famlia real do principado de Mnaco. Que expresses encontradas no texto configuram mais diretamente o problema noticiado?

    (A) inaccurate view/ purely fictional scenes/ requests for changes.

    (B) Monacos royal family/ Prince Albert and his sisters/ Hollywood icon.

    (C) Monaco royals/ Paris Match magazine/ Prince Rainier II.

    (D) Princess Grace/ former Grace Kelly/ Grace of Monaco/ Nicole Kidman.

    (E) a feature film/ a statement/ aged 52/ the filmmakers.

    QUESTO 47

    London helicopter crash: Crane operator cheated death 'after turning up to work late'

    Narrow escape: The crane operator at St George Wharf was supposed to be in the cabin at the time a helicopter crashed into it on Wednesday morning

    A witness at the scene said the crane operator would have been "wiped out" if he had been on time this morning. Instead, he was still climbing up the crane's shaft when disaster struck.

    The crane operator only survived the Vauxhall helicopter crash because he was running late and had not reached his cabin when the aircraft came down, a witness said.

    Site workers said the man, who has not been identified, had never been late before. He is understood to have been held up while dropping his children at school.

    (Adaptado de http://uk.news.yahoo.com. Acesso em 16/01/2013.)

    O texto acima apresenta informaes sobre um acidente de helicptero e relata como um homem sobreviveu a este acidente. De acordo com o texto, o homem

    (A) escalou uma estrutura pouco antes de o acidente acontecer e no foi atingido.

    (B) ainda no havia chegado ao seu posto de servio quando o acidente ocorreu.

    (C) saiu mais tarde do trabalho e no entrou no helicptero que caiu.

    (D) no foi trabalhar porque tinha ido buscar seus filhos na escola.

    (E) ficou preso no trnsito por causa de um acidente com um caminho.

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  • QUESTO 48

    Leia o poema a seguir:

    My Heart Leaps UpWilliam Wordsworth

    My heart leaps up when I beholdA rainbow in the sky:

    So was it when my life began;So is it now I am a man;

    So be it when I shall grow old,Or let me die!

    The Child is Father of the Man;And I could wish my days to be

    Bound each to each by natural piety.

    No poema acima, do poeta ingls William Wordsworth (1770-1850), o eu lrico expressa sua reao diante de um arco-ris. Para ele, essa reao

    (A) excessiva, pois deveria se dar por razes religiosas.(B) ingnua e deve mudar com o amadurecimento.(C) previsvel, pois deveria ser divulgada como natural.(D) fundamental, pois deveria se sobrepor morte.(E) positiva e deve continuar a mesma por toda sua vida.

    QUESTO 49

    Leia o quadrinho abaixo:

    (http://www.laerte.com.br, acesso em 07/01/2012)

    O pensamento do personagem no ltimo quadro explicado:

    (A) pela onomatopeia, representando, apenas terceiro quadro, o som da ao realizada no segundo;

    (B) por a onomatopeia do terceiro quadro representar o prazer do personagem em degustar o sorvete;

    (C) pela quebra de coerncia, representada pela diferente posio em que a taa aparece no segundo e no terceiro quadros;

    (D) pela presena do personagem apenas no primeiro e no segundo quadros, instaurando um clima de mistrio;

    (E) pelo fato de, no primeiro quadro, o sorvete estar derretendo e no terceiro ele j ter derretido completamente.

    QUESTO 50

    Leia o texto abaixo:

    Qual o conceito de cultura cientfica e como isso influi na forma de divulgao cientfica?H um conceito bastante difundido de que cabe divulgao cientfica preencher uma lacuna de informao que o leigo no tem em relao cincia, isto , que o leigo , portanto, analfabeto cientificamente. Por isso os norte-americanos chamam essa atividade de scientif ic l i teracy , que alfabetizao cientfica, isto , tornar, portanto, o leigo informado das questes da cincia. O que cabia divulgao cientfica? Cabia suprir o dficit de informao da populao leiga em relao cincia.

    Com o decorrer das atividades em vrios pases, essa teoria do dficit foi sendo substituda por uma viso mais democrtica do papel da divulgao cientfica. Nessa viso, no cabe divulgao cientfica apenas levar a informao, mas tambm atuar de modo a produzir as condies de formao crtica do cidado em relao cincia. Na Inglaterra, desenvolveu-se o que se chama public understanding of science, que diferente do scientific literacy, do ponto de vista americano e, em seguida, um conceito que ligado ao primeiro, mas um pouco diferente, que o public awareness of science. Um o entendimento pblico de cincia, e o outro a conscincia pblica da cincia. Nesses casos, o que est sendo enfatizado no s a aquisio da informao, a possibilidade de acesso informao, mas a formao do cidado no sentido em que ele possa ter opinies e uma viso crtica de todo o processo envolvido na produo do conhecimento cientfico com sua circulao e assim por diante.

    (VOGT, Carlos. Divulgao e cultura http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=37&id=436. Acesso em 19/01/2013.)

    Assinale a alternativa cujo ttulo da reportagem de divulgao cientfica deixe evidente uma viso mais democrtica de divulgao cientfica descrita na entrevista acima:

    (A) A cincia se autorregula ou deve haver controle do Estado? (Comcincia).

    (B) Voc sabe por que alguns pssaros voam em formao? (Mundo Estranho).

    (C) Entre a cura e a preveno do Alzheimer (Comcincia).

    (D) As 100 mais belas msicas (Galileu).(E) Quais so as formaes geolgicas mais antigas do

    Brasil? Como feita a datao? (Cincia Hoje).

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  • QUESTO 51

    Observe o esquema abaixo:

    Memria muscular facilita retorno da boa forma fsica

    (BURATTO, Luciano Grdtner. Memria muscular facilita retorno da boa forma fsica. Folha.com. Acessado em 17/08/2010, s 23:20)

    De acordo com o ttulo e com o infogrfico apresentado acima, a vantagem de quem j praticou exerccios fsicos e os retoma depois de algum tempo para algum que nunca os praticou que:

    (A) uma vez treinados, os msculos no sofrem mais atrofia.

    (B) mais fcil recuperar a forma fsica, do que adquiri-la pela primeira vez.

    (C) respirao facilitada pelo condicionamento do corao.

    (D) a flexibilidade dos tendes e msculos maior, devido ao alongamento.

    (E) o consumo calorias minimizado pela reserva adiposa.

    QUESTO 52

    Leia o texto abaixo:

    Danar movimentar-se. No caso do indivduo cego, ver com o corpo o que os olhos no podem enxergar; ultrapassar limites impostos pela deficincia visual. aprender a partir da experincia em tempo real, sendo a imagem sensrio-motora uma realidade produzida pela interao das percepes no aparato cerebral. A formao da imagem corporal no indivduo cego depende de informaes tteis, auditivas e cinestsicas j que as experincias visuais so limitadas, dificultando-lhe a percepo do mundo.

    (CAZ, C. M. de J. O.; OLIVEIRA, A. da S. Dana alm da viso: possibilidades do corpo cego in Pensar a prtica, v.11, n. 3, 2008. Disponvel em http://www.revistas.ufg.br/

    index.php/fef/article/view/3592/4263. Acesso em 27/01/2013.)

    Levando em considerao o que afirmado no trecho, a contribuio do contato com o outro, tpico da dana, para o indivduo cego a de:

    (A) visualizao mais ntida do espao.(B) discernimento musical mais apurado.(C) aumento da capacidade de raciocnio visual.(D) percepo do movimento e do espao ampliadas.(E) econhecimento da noo de tempo.

    QUESTO 53

    Leia o texto abaixo:

    Desde que a Duartezinha, como a chamavam nos sales, apareceu nas reunies de D. Matilde, foi logo cercada por uma multido de admiradores. Sua nobre altivez os mantinha em respeitosa distncia.

    Ela conservava sempre na sala, como na intimidade, um mimo de orgulhosa esquivana, que afastava sem ofender.

    Quando, porm, algum mais apaixonado, ou menos perspicaz de seus admiradores, ousava transpor aquela rgia altivez e casta aurola em que ela resplandecia, ento sua clera revestia certa majestade olmpia que fulminava.

    Emlia no valsava; nunca nos bailes ela consentiu que o brao de um homem lhe cingisse o talhe. Na contradana as pontas dos seus dedos afilados, sempre calados nas luvas, apenas roavam a palma do cavalheiro: o mesmo era quando aceitava o brao de algum.

    Bem diferente nisso de certas moas que passeiam nas salas reclinadas ao peito de seus pares, Emlia no consentia que a manga de uma casaca roasse nem de leve as rendas do seu decote.

    (ALENCAR, Jos de. Diva. So Paulo: FTD, 2012)

    Levando-se em considerao o movimento literrio ao qual Jos de Alencar, autor de Diva est relacionado, pode-se afirmar que a herona do romance, como personagem:

    (A) tipificada, recusa a valsa para exemplificar a arrogncia dos mais ricos em relao aos mais pobres.

    (B) da alta burguesia, rejeita a contradana por consider-la inferior.

    (C) smbolo das desigualdades sociais, prefere a contradana devido a sua origem popular.

    (D) esfrica, recusa a valsa devido a conflitos psicolgicos representados por sua condio feminina.

    (E) tipicamente idealizada, recusa a valsa devido sensualidade inapropriada.

    QUESTO 54

    Leia o texto abaixo:

    A palavra maxixe, que comeava a ganhar sentido musical e danante no fim da dcada de 1870, delineia-se, nessa poca, como denominao do fenmeno emergente, mas vem associada a conotaes rebaixadas, e sofre um processo de recalque em ambientes brancos, el i t izados, domsticos, senhoriais. Ligado aos ambientes populares da Cidade Nova, inseparveis dos contingentes de escravos e das msicas tocadas e danadas por negros, e propagado inicialmente nos ambientes contguos vida noturna, ao teatro de revista e prostituio frequentados por homens ,

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  • o maxixe, cujo nome se associa originariamente ao legume barato, ao resto e ao lixo, contaminado de uma sano moral, para efeitos do decoro familiar. Embora difundido oral e teatralmente, o gnero musical permanece literalmente impublicvel at 1897, data da primeira partitura impressa sob esse nome, passando a ser reconhecido e publicamente adotado a partir das primeiras dcada do sculo 20.

    (WISNIK, Jos Miguel. Machado Maxixe. So Paulo: Publifolha, 2008. pp. 32-3)

    De acordo com o texto, apesar de difundido oral e teatralmente, a no publicao de partituras do gnero musical maxixe at 1987 se deu porque:

    (A) o maxixe sofria preconceito por parte das elites, devido a sua origem popular.

    (B) a palavra maxixe precisou sofrer alteraes por se relacionar a lixo.

    (C) os maxixes foram rapidamente memorizados, dispensando publicao impressa.

    (D) como o maxixe circulava apenas entre analfabetos, a publicao era dispensvel.

    (E) a publicao impressa prejudicava o status do gnero musical, por isso evitada.

    QUESTO 55

    Leia o texto abaixo:

    Esqueci de dizer que s vezes a datilgrafa tinha enjoo para comer. Isso vinha desde pequena quando soubera que havia comido gato frito. Assustou-se para sempre. Perdeu o apetite, s tinha grande fome. Parecia-lhe que havia cometido um crime e que comera um anjo e, porque acreditava, eles existiam.

    Nunca havia jantado ou almoado num restaurante. Era de p mesmo no botequim da esquina. Tinha uma vaga ideia que mulher que entra em restaurante francesa e desfrutvel.

    Havia coisas que no sabia o que significava. Uma era efemride. E no que Seu Raimundo [o patro] s mandava copiar com sua letra linda a palavra efemrides ou efemricas? Achava o termo efemrides absolutamente misterioso. [...]

    Outro retrato: nunca recebera presentes. Alis no precisava de muita coisa. Mas um dia viu algo que por um leve instante cobiou: um livro que Seu Raimundo, dado a literatura, deixara sobre a mesa. O ttulo era Humilhados e Ofendidos. Ficou pensativa. Talvez tivesse pela primeira vez se definido numa classe social. Pensou, pensou e pensou! Chegou concluso que na verdade ningum jamais a ofendera, tudo que acontecia era porque as coisas so assim mesmo e no havia luta possvel, para que lutar?

    (LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. 23a. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. pp. 49-50)

    Na cena acima, a reflexo da datilgrafa Macabea, protagonista de A Hora da Estrela, pode denunciar:

    (A) a conscincia da personagem pobre, representada por Macabea, de que explorada pelo sistema e que deve, a longo prazo, se revoltar.

    (B) o desprezo dos intelectuais, representado pelo Seu Raimundo, pelo povo, representados por Macabea, cujo impulso revolucionrio autntico.

    (C) a alienao dos mais pobres, representados por Macabea, pois no conseguem reconhecer que so explorados pelo sistema capitalista.

    (D) a gratido dos mais pobres por seus patres, representado pela figura bondosa de Seu Raimundo.

    (E) a insubordinao dos mais pobres, representados por Macabea, em relao aos mais ricos, representados pelo patro dela.

    QUESTO 56

    Leia o texto abaixo:

    Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de "menino diabo"; e verdadeiramente no era outra cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabea de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, no contente com o malefcio, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, no satisfeito da travessura, fui dizer minha me que a escrava que estragara o doce "por pirraa"; e eu tinha apenas seis anos. Prudncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mos no cho, recebia um cordel nos queixos, guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mo, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, -- algumas vezes gemendo, -- mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um --"ai, nhonh!" -- ao que eu retorquia: --"Cala a boca, besta!" -- [...] eram mostras de um gnio indcil, mas devo crer que eram tambm expresses de um esprito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admirao; e se s vezes me repreendia vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.

    (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas)

    A crtica de Machado de Assis escravido irnica e aguda. No trecho acima, de Memrias de Brs Cubas, a crtica escravido pode ser inferida a partir:

    (A) do tom de reprova que o prprio narrador emprega ao contar como maltratava os escravos.

    (B) da maneira maldosa como o menino tratava os escravos, diferente das prticas do pai.

    (C) da maneira afetuosa como o escravo tratava o menino que o maltratava.

    (D) da repreenso sincera que o pai fazia ao filho quando este maltratava aos escravos.

    (E) da considerao de que as humilhaes aos escravos eram expresses de um esprito robusto.

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  • QUESTO 57

    Leia o texto abaixo:

    131. MAIS QUE PERFEITO

    Eu tinha sado do laboratrio da Itacolomi Film onde Rolah tinha dado uma hora preguiosa de pose para observaes contratuais.

    Ela me tinha confessado pela manh que seus amores anteriores com pastores no tinham passado de pequenos flirts de criana.

    Agora quando tnhamos descido a escada longa eu me tinha baixado at os orquestrais cabelos loiros.

    E tnhamo-nos juntado no grande doce e carnoso grude dum grande beijo mudo como um surdo.

    132. OBJETO DIRETO

    Ao longo do longo Viaduto bandos de bondes iam para as bandas da Avenida.

    O poente secava nuvens no cu mal lavado.

    No Tringulo comeado de luz bulhenta antes da perdida ocasio de ir para casa entramos numa casa de joias.(ANDRADE, Oswald. Memrias sentimentais de Joo Miramar. So Paulo: Globo, 2004. p.

    139)

    Levando em considerao o texto e movimento literrio do qual Oswald de Andrade participa, assinale a alternativa correta:

    (A) a continuidade entre os dois captulos apresentados dada pelo uso de elementos coesivos explcitos, o que requer do leitor uma atividade de compreenso mais ativa, descartando mltiplas interpretaes.

    (B) somente no segundo possvel perceber tcnica modernista de descrio, pois a justaposio de imagens isoladas sugere a descrio do cenrio: uma cidade movimentada, diferentemente do primeiro em que h apenas descrio de personagem.

    (C) no possvel observar aproximao do texto em prosa dos dois captulos apresentados com a poesia, devido ao no uso de figuras de linguagem como aliterao, metfora e comparao.

    (D) o uso constante de inadequaes gramaticais como em onde Rolah e eu me tinha baixado revelam a falta de cuidado dos autores modernistas para com a forma e a gramtica;

    (E) o humor pode ser identificado nos significados que os ttulos dos captulos podem assumir: "Mais que perfeito", ao beijo que encerra o primeiro, e "Objeto direto" ao interesse de Rolah em ganhar joias.

    QUESTO 58

    Leia o texto abaixo:

    - Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem no, Deus esteja. Alvejei mira em rvore no quintal, no baixo do crrego. Por meu acerto. Todo dia isso fao: gosto, desde mal em minha mocidade. Da

    vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser se viu; e com mscara de cachorro. Me disseram; eu no quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beios, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de co: determinaram era o demo. Povo pascvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. No tenho abuses. O senhor ri certas risadas... Olhe: quando tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente - depois, ento, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto o serto.

    (Guimares Rosa. Grande Serto: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1)

    Um dos procedimentos formais caractersticos da fico de Guimares Rosa a criao de neologismo por meio da combinao inusitada de afixo e radical. Assinale a alternativa que relacione corretamente a expresso que contenha um exemplo desse procedimento e a explicao para a produo de sentido resultante.

    (A) Alvejei mira em rvore; a prefixo -al sugere a cor branca do animal abatido.

    (B) Povo pascvio; o sufixo -vio lembra bvio, o que se refere simplicidade do povo.

    (C) um bezerro branco, erroso; o sufixo -oso, enfatiza a estranheza do bezerro.

    (D) No tenho abuses; o sufixo -es, indica aumentativo revelando explorao.

    (E) primeiro a cachorrada; o sufixo -ada designa coletivo, grupo de cachorros.

    QUESTO 59

    Mrio de Andrade classificou seu livro Macunama, o heri sem nenhum carter como rapsdia. Isso porque o considerava uma antologia de histrias do folclore latino-americano organizada por uma voz narrativa que se assemelhava a dos contadores de histrias populares. Abaixo, apresentam-se um trecho de Macunama e outro de Vom Roraima zum Orinoco, uma das fontes de Mrio de Andrade.

    I. Trecho de Macunama: o heri sem nenhum carter

    No outro dia esperou com o olho esquerdo dormindo que a me principiasse o trabalho. Ento pediu pra ela que largasse de tecer o paneiro de guarum-membeca e levasse ele no mato passear. A me no quis porque no podia largar o paneiro no. E pediu pra nora, companheira de Jigu, que levasse o menino. A companheira de Jigu era bem moa e chamava Sofar. Foi se aproximando ressabiada porm desta vez Macunama ficou muito quieto sem botar a mo na graa de ningum. A moa carregou o pi nas costas e foi at o p de aninga na beira do rio. A gua parara pra inventar um ponteio de gozo nas folhas do javari. O longe estava bonito com muitos bigus e biguatingas avoando na entrada do furo. A moa botou Macunama na praia porm ele principiou choramingando, que tinha muita formiga!... e pediu pra

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  • Sofar que o levasse at o derrame do morro l dentro do mato. A moa fez. Mas assim que deitou o curumim nas tiriricas, tajs e trapoerabas da serrapilheira, ele botou corpo num timo e ficou um prncipe lindo. Andaram por l muito.

    Quando voltaram pra maloca a moa parecia muito fatigada de tanto carregar pi nas costas. Era que o heri tinha brincado muito com ela... (Mrio de Andrade. Macunama, o heri sem nenhum carter. Estabelecimento de texto Tel

    Ancona Lopez e Tatiana Longo Figueiredo. Rio de Janeiro: Agir, 2007. p. 14)

    II. Trecho de Vom Roraima zum Orinoco

    Quando Macunama ainda era muito pequeno, passava todas as noites chorando e pedia mulher de seu irmo mais velho que o levasse para fora de casa. L fora ele queria por fora agarr-la para se deitar com ela. A me dele fazia meno de lev-lo, mas ele nada de deixar. Ento dizia nora que carregasse a criana para fora de casa. Esta o conduzia a uma pequena distncia, mas ele implorava que fosse ainda mais adiante, para trs do morro. Macunama ainda era muito pequeno. Mas quando ali chegava virava homem e deitava-se com ela. Assim fazia ele sempre com a mulher, servindo-se dela todas as vezes em que seu irmo saa para a caa.

    (Theodor Koch-Grmberg, Vom Roraima zum Orinoco. Traduzido por Srgio Buarque de Holanda e publicado em O Esprito e a Letra, organizao de Antonio Arnoni Prado. So

    Paulo: Cia das Letras, 1996. p. 260.)

    Aps leitura cuidadosa dos textos sobre o heri Macunama, pode-se perceber que Mrio de Andrade:

    (A) faz plgio do livro de Koch-Grumberg, produzindo uma obra cujos aspectos artsticos no podem ser considerados originais, por no possuir caractersticas tpicas de um romance.

    (B) reinventa literariamente os episdios que no texto de Koch-Grumberg tm carter mais informativo; assim, o folclore indgena includo na memria da literatura brasileira.

    (C) descreve o heri de maneira oposta ao texto de Koch-Grumberg, pois idealiza o carter do personagem, fazendo com que seu romance siga a tradio da literatura indianista romntica.

    (D) ao usar o mesmo registro de lingustico do texto de Koch-Grumberg, limita seu texto literrio a um registro histrico do folclore das tribos indgenas brasileiras.

    (E) escreve um romance modernista, no entanto pautando-se em padres naturalistas, preocupado em descrever os problemas sociais que as tribos ento enfrentavam.

    QUESTO 60

    Leia o texto abaixo:

    No o gadget que eu uso que definidor: a habilidade em us-lo. O que importante que ns estamos agora criando ambientes em rede onde a comunicao ubqua. Isso quer dizer que de qualquer lugar possvel se comunicar com algum que est conectado rede. Este o primeiro aspecto.

    O segundo aspecto que ns temos hoje uma capacidade quase infinita para guardar informao, e isso praticamente sem custos. E o terceiro aspecto que ns temos um tremendo crescimento da potncia computacional, que a capacidade de o computador fazer operaes automticas atravs de nmeros, atravs de smbolos, tornando mais eficaz o processo de comunicao. Ento existem: a potncia computacional, a comunicao ubqua por internet e a capacidade quase infinita de guardar informaes. Com esses trs aspectos ns temos um novo ambiente de comunicao, e esta a base tcnica para o desenvolvimento de um novo tipo de inteligncia coletiva.

    (Adaptado de LVY, Pierre. Entrevista a Marta Avancini, Fabiano Conte e Flvia Gouveia. http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&tipo=entrevista&edicao=70.

    Acesso em 19/01/2013.)

    Abaixo so apresentadas definies do dicionrio eletrnico Houaiss para a palavra ento. Assinale a alternativa que apresente a definio que mais bem explique o uso dessa palavra no texto acima:

    Ento existem: a potncia computacional, a comunicao ubqua por internet e a capacidade...

    (A) [advrbio] nesse ou naquele momento ligou para o pai que no lhe retornou o chamado e. ;(B) X [advrbio] em tal caso, nessa situao o vizinho sendo simptico, e. no vai haver briga ;(C) [advrbio] em momento futuro quando voc ficar mais velho, a e. compreender