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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN GABRIELA OLIVEIRA CORREIA Acessibilidade em Lavatório para idosos: um estudo de caso. CARUARU 2017

GABRIELA OLIVEIRA CORREIA Acessibilidade em Lavatório para idosos: um estudo de … · 2019. 10. 25. · 2.5.1 Design de Banheiros para Idosos Interpretação para uma melhor solução

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

NÚCLEO DE DESIGN

GABRIELA OLIVEIRA CORREIA

Acessibilidade em Lavatório para idosos: um estudo de caso.

CARUARU

2017

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GABRIELA OLIVEIRA CORREIA

Acessibilidade em Lavatório para idosos: um estudo de caso.

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação apresentado na Universidade

Federal de Pernambuco - Centro

Acadêmico do Agreste, como requisito

parcial para obtenção do título de

Bacharel em Design.

Orientador:

Prof. Dr. Edgard Thomas Martins.

CARUARU

2017

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Catalogação na fonte: Bibliotecária – Paula Silva – CRB/4-1223

C824a Correia, Gabriela Oliveira.

Acessibilidade em lavatório para idosos: um estudo de caso. / Gabriela Oliveira Correia. – 2017.

70f.; il.: 30 cm. Orientador: Edgard Thomas Martins. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de

Pernambuco, CAA, Design, 2017. Inclui Referências. 1. Qualidade de vida (Brasil). 2. Idosos (Brasil). 3. Projeto de acessibilidade para

idosos (Brasil). 4. Ergonomia. I. Martins, Edgard Thomas (Orientador). II. Título. 740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2017-167)

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GABRIELA OLIVEIRA CORREIA

ACESSIBILIDADE EM LAVATÓRIOS PARA IDOSOS: UM ESTUDO DE CASO

Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Design da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design.

Aprovado em: 20/07/2017

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Profº. Dr. Edgard Thomas Martins (Orientador) Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Dr. Glenda Gomes Cabral (Examinador Interno)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Dr. Daniela Rodrigues(Examinador Interno)

Universidade Federal de Pernambuco

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Dedico este Relatório a meus pais pelo grande

esforço e dedicação ao meu desenvolvimento

intelectual.

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AGRADECIMENTOS

À minha família por todo apoio e esforço desmedido, por toda saudade sentida,

por todos os ensinamentos e integridade que hoje fazem parte da profissional

que sou.

Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Edgard Thomas Martins por toda

compreensão e paciência, sem isso nada seria possível. Sua sabedoria vai

além deste mundo, e realmente, uma vida só não caberia por tanto

conhecimento.

À Rodrigo Gonçalves pela paciência e companheirismo, sua presença e força

sempre será alicerce no meu caminho.

Ao Deus, fonte de tudo, sábio e criador.

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“Só sei que nada sei.”

Sócrates

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RESUMO

Qualidade de vida é um termo muito usado nos dias de hoje, e está direta ou indiretamente relacionada ao ser humano e ao seu bem-estar. Todos desejam ter qualidade de vida, independentemente de sua idade, raça, religião. Para tanto, o trabalho vai expor um aparato de suma importância para um ambiente, pelo qual, pensa-se de modo concreto, almejando uma qualidade de vida, como também felicidade e conforto para a parte da população menos favorecida nessa questão, os idosos. Os idosos somam mais de 18 milhões em todo o Brasil e a expectativa de vida vem aumentando desde 1999, estudos apontam que em 2020 cheguem a 30 milhões. Após várias pesquisas, estudos, foi concluído que há muito que pode ser feito, como uma alimentação apropriada, atividades físicas e que estimulem seu intelecto e principalmente o apoio, atenção e carinho de pessoas queridas. O projeto visa levar essa tão sonhada qualidade de vida a eles, em um ambiente, pelo qual, deve haver bastante conforto e acessibilidade, sobretudo, num banheiro onde existe grande possibilidade de acidentes. Essa faixa etária precisa de cuidados, para que o cotidiano fique mais acessível e assim possam realizar suas tarefas com segurança. Infelizmente, são poucas as residências brasileiras que adaptam os banheiros para esta população que a cada dia cresce no país, visto que, existem os materiais adequados para a acessibilidade, porém poucos são usados, ou mesmo a falta de interesse dos próprios familiares a se preocuparem com seus idosos.

Palavras Chave: Qualidade de vida. Idosos. Acessibilidade. Ergonomia aplicada.

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ABSTRACT

Quality of life is a widely used term today, and is directly or indirectly related to the human being and his well-being. Everyone wants to have quality of life regardless of their age, race, religion. For this, the work will expose an apparatus of great importance to an environment, by which, one thinks concretely, aiming at a quality of life, as well as happiness and comfort for the part of the less favored population in that question, the elderly. The elderly number more than 18 million in Brazil and the life expectancy has increased since 1999, studies indicate that in 2020 they reach 30 million. After several researches, studies, it has been concluded that there is much that can be done, such as proper nutrition, physical activities and that stimulate your intellect and especially the support, attention and affection of loved ones. The project aims to bring this much-desired quality of life to them in an environment whereby there should be enough comfort and accessibility, especially in a bathroom where there is a great possibility of accidents. This age group needs care, so that everyday life becomes more accessible and so they can perform their tasks safely. Unfortunately, there are few Brazilian homes that adapt bathrooms to this growing population in the country, since there are adequate materials for accessibility, but little is used, or even the lack of interest of their families to worry With their elderly.

Key-words: Quality of life. Elderly. Accessibility and ergonomics.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estimativa de população de idosos ................................................................. 15

Figura 2: Estimativa por idade e sexo ............................................................................. 16

Figura 3: Exemplos de instalação de barras junto ao lavatório ....................................... 32

Figura 4: Área de aproximação para P.M.R. Imagem adaptada ..................................... 33

Figura 5: Acessório junto ao lavatório ............................................................................. 33

Figura 6: Alcance manual frontal-pessoa em pé ............................................................. 34

Figura 7: Alcance manual frontal- pessoa sentada ......................................................... 34

Figura 8: Barra de apoio em vista frontal e superior ....................................................... 35

Figura 9: Vistas de barra de apoio .................................................................................. 36

Figura 10: Medida antropométrica .................................................................................. 38

Figura 11: Porta de acesso ao banheiro ......................................................................... 48

Figura 12: Entrada do banheiro ...................................................................................... 48

Figura 13: Abertura do box, área de banho .................................................................... 49

Figura 14: Interior do box ................................................................................................ 50

Figura 15: Área entre box e assento sanitário ................................................................ 51

Figura 16: Assento sanitário ........................................................................................... 51

Figura 17: Área da pia .................................................................................................... 52

Figura 18: Espaço entre pia e assento sanitário ............................................................. 53

Figura 19: Projeto elaborado de banheiro para ideal para idosos .................................. 57

Figura 20: Elaboração de projeto para criação do móvel ideal ....................................... 58

Figura 21: Projeto elaborado para barra de apoio no box............................................... 59

Figura 22: Projeto elaborado para banheiro com barra de apoio no assento e box ....... 60

Figura 23: Projeto elaborado com barra de apoio no assento sanitário .......................... 60

Figura 24: Projeto elaborado com vista 3D ..................................................................... 61

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia

PMR - Pessoa com mobilidade reduzida

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SUMÁRIO COMENTADO

PARTE 1

1 INTRODUÇÃO

Descreveremos uma introdução ao tema, contextualização e será abordado a

justificativa, objetivo geral e específico

1.2 Método

Citaremos a aplicação para estudar o problema em questão.

PARTE 2 - FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

1 A SITUAÇÃO DO IDOSO NO BRASIL

Relataremos o cenário do idoso no Brasil, seu desenvolvimento para tal idade.

1.1 Limitações decorrentes do envelhecimento

Contextualiza as necessidades do idoso ao envelhecer

1.1.1 Limitações Físicas

Informações sobre o desgaste humano e suas limitações físicas

1.1.2 Limitações Cognitivas

2.3 Design Universal e Acessibilidade

Apresentaremos sobre o design universal, como ele se insere nas questões

anteriores, dando fator real ao estudo desta monografia.

2.3.1 NBR 9050

Contextualização de provas existentes sobre estudo das normas técnicas

brasileiras para embasamento do tema.

2.4 Ergonomia física e informacional

Entender como a ergonomia tem papel importante no social e como interfere

positivamente neste estudo

2.5 Design de Interiores

Contextualização como o design de interiores pode melhorar de forma

assertiva para a sociedade.

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2.5.1 Design de Banheiros para Idosos

Interpretação para uma melhor solução em banheiros para idoso de acordo

com os estudos e normas.

PARTE 3 - ELEMENTOS DA PESQUISA

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PARTE 4 – A PESQUISA

4 Definição do Problema Especificação de cada problema

4.1 Passeio Guiado

Foi realizado um passeio com os componentes moradores da casa onde existe

o problema, e assim foi relatado através do passeio guiado os problemas mais

decorrentes

4.2 Análise do Problema

Diante dos problemas relatados, aqui serão analisados os problemas

eminentes.

4.3 Geração de Alternativas

A partir dos problemas, logo pensasse em solução e aqui será eleito algumas

gerações de alternativas viáveis ao casal de idosos

5 CONCLUSÃO

Olhar definido pela autora através dos estudos elaborados.

5.1 Solução - Nova proposta

6. REFERÊNCIAS

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 14

1.1 Objetivos .......................................................................................... 19

1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................. 19

1.1.2 Objetivos Específicos ....................................................................... 19

1.2 Método ............................................................................................. 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA ........................................................ 20

2.1 A situação do idoso no Brasil ........................................................... 20

2.2 Limitações decorrentes do envelhecimento ...................................... 22

2.2.1 Limitações Físicas ............................................................................ 25

2.2.2 Limitações Cognitivas ....................................................................... 27

2.3 Design Universal e Acessibilidade .................................................... 28

2.3.1 NBR (Norma Brasileira) 9050 ........................................................... 31

2.4 Ergonomia Física e Informacional .................................................... 36

2.5 Design de interiores.......................................................................... 39

2.5.1 Design de Banheiros para Idosos ..................................................... 43

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................... 45

4 ESTUDOS ........................................................................................ 47

4.1 Estudo do problema ......................................................................... 47

4.2 Definição do problema ...................................................................... 48

4.3 Passeio Guiado ................................................................................ 53

4.4 Geração de alternativas ................................................................... 54

4.4.1 Análise da geração de alternativas ................................................... 55

5 RESULTADOS ................................................................................. 57

5.1 Solução - Nova proposta ................................................................... 57

6 CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................... 63

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1 INTRODUÇÃO

Devido ao crescimento da idade no âmbito familiar, notou-se a

necessidade de diálogos frequentes sobre os movimentos cotidianos dentro de

uma residência uni familiar. Foram relatados casos de acidentes instituído no

dia a dia, de um casal de idosos. Diante do medo e do ato de querer continuar

suas atividades cotidianas, foi conversado e elencado possíveis problemas

para que pudessem ser solucionados de alguma forma. Este é um dos motivos

para indicação do presente trabalho e investigar o que acontecem sempre com

as pessoas de boa idade, pois devido a sua vida ativa querem ainda continuar

a ter sua independência para com as atividades rotineiras. Considerando as

atividades e interação do homem – produto, necessidade sentida em meio a

atualidade, foi possível identificar pontos de melhoria para que os idosos

tenham mais segurança e proteção ao realizar seus afazeres. É importante

estudar a acessibilidade para idosos, principalmente no Brasil, país que está

em grande ascensão na área da terceira, ou boa idade. A população de idosos

só cresce a cada dia e com isso vem a necessidade do cuidado dos espaços

para a viabilização de um ambiente bem projetado de acordo com as carências

e cuidados que um idoso necessita. Levando em questão que, o número de

pessoas idosas é cada vez maior nos dias atuais. É grande também a busca

por uma velhice mais independe e segura. Segundo Panero e Zelnik (2008), há

cerca de 20 milhões de americanos com mais de 65 anos, número que cresce

a cada ano. Os autores também afirmam que é cada vez mais urgente a

necessidade de se buscar mais dados sócio - antropométricos para essa

população.

Segundo dados do IBGE (2008), o Brasil caminha velozmente rumo a

um perfil de grupo de pessoas com idade cada vez mais avançada. Também

indicam que em 2008, para cada grupo de 100 crianças de (0 a 14 anos)

existem 24,7 idosos (de 65 anos ou mais). Em 2050 o quadro aumentará e

para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172, 7 idosos na população

brasileira. Esse aumento, contudo, terá um excedente maior na população

feminina, que representará sete milhões a mais que os homens nesse período

(Figura 1).

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Figura 1: Estimativa de população de idosos

Fonte: Site IBGE,2008

Os dados do IBGE assumem ainda que a população idosa no Brasil, nos

próximos 20 anos, poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas,

representando 13% de sua população.

A população brasileira vem gradativamente passando por

transformações, em destaque em relação ao número já elevado de pessoas

idosas, indicando que é necessário ter uma visão diferenciada para atender as

necessidades específicas dessa faixa etária, buscando por uma velhice segura.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), a estimativa atual de vida dos brasileiros é de 75 anos de

idade, devendo aumentar para 81 anos. Ainda em conformidade com os dados,

os idosos atualmente representam cerca de 10,8% da população total do país e

a expectativa é que, em 2060, essa estimativa aumente para 26,7%, com 58,4

milhões de pessoas idosas. Isso se deve principalmente ao fato da melhoria da

qualidade de vida da população (Figura 2) (IBGE, 2008).

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Figura 2: Estimativa por idade e sexo

Fonte: Site IBGE, 2008

Os cuidados que se fazem necessários estão propriamente no cotidiano

destas pessoas que busca um bem estar. E a mudança se faz pelo decorrer do

tempo.

Segundo Casagrande (2006), com o envelhecimento acontecem

mudanças na estrutura e na função cerebral, junto com outras de natureza

cognitiva. O idoso, consequentemente, passa a limitar suas ações devido as

mudanças fisiológicas, ou seja, devido a degeneração gradual, natural e

progressiva dos órgãos, tecidos e do metabolismo, gerando enfraquecimento

na maior parte de suas funções.

Dessa forma, é importante considerar as necessidades especiais e as

limitações dos idosos na acessibilidade e nas características globais e físicas.

Necessidades tais que vão se acumulando com o avançar da idade e para que

haja um controle nas situações cotidianas, se faz necessário o mínimo de

estrutura habitacional para que os indivíduos consigam realizar as tarefas

diárias.

A ONU estabelece 60 anos a idade que demarca o início da velhice nos

países considerados em desenvolvimento e 65 anos nos países desenvolvidos,

embora existam muitas variações sociais e individuais que interfiram no ritmo

do envelhecimento de cada um. Esta demarcação é vista como uma resposta

às mudanças evolutivas compartilhadas pela maioria das pessoas dos vários

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grupos etários, em virtude de determinação biológica, histórica e social (Neri,

1991).

De acordo com Ribeiro, Pinheiro, Aro e Amorim (2011), a acessibilidade

consiste na inclusão e extensão de todo um grupo, permitindo que as pessoas

façam uso de serviços, informações, produtos e espaços. Isso possibilita

melhor acesso para todo e qualquer indivíduo, tendo ou não deficiências ou

mobilidade reduzida, dessa maneira, tem finalidade de eliminar as barreiras

enfrentadas pelos diferentes públicos, favorecendo sua adaptação e

locomoção.

Com isso, o presente trabalho tem por objetivo compreender este

universo que é tão rico em considerações para uma saúde íntegra na terceira

idade e favorecer de forma mínima para o progresso no intuito de facilitar a

compreensão sobre o caso em específico de estudo e obter solução na área

desejada.

Justificativa

É importante estudar a acessibilidade para idosos, principalmente no

Brasil, país que está em grande ascensão na área da terceira, ou boa idade. A

população de idosos só cresce a cada dia e com isso vem a necessidade do

cuidado dos espaços para a viabilização de um ambiente bem projetado de

acordo com as carências e cuidados que um idoso necessita. Diante de fatos

relatados por familiares que já atingiram a maior idade e desejam continuar

obtendo uma vida ativa, a presente monografia busca auxiliar e estudar saídas

para que possa indicar alternativas positivas para que contribuam com o meio

em que os indivíduos vivem.

Ele precisa se sentir independente e seguro no local que habita, pois

suas limitações com o chegar da idade, se restringe. Porém ainda tem o

cotidiano que é onde fica o risco de todos os dias. A importância do ambiente

estar bem projetado é imprescindível, pois o idoso precisa realizar suas tarefas

diárias com segurança para que se sinta útil e responsável para realizar suas

tarefas do dia.

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Para se ter um bom projeto de interiores é preciso planejamento. É

necessário unir acessibilidade e funcionalidade, distribuindo os espaços e

alinhando materiais, texturas, acessórios, etc. No Design de Interiores o Projeto

é como se fosse a partitura de uma orquestra sinfônica. Sem ele não há

criação, não há harmonia.

Cabe a equipe multidisciplinar, bem como o arquiteto, ergonomista,

designer, engenheiro, o papel de definir as funções de acessibilidade de

acordo com as restrições e cuidados que um idoso necessita.

Nesse sentido a presente monografia tem por objetivo indicar

informações sobre a melhoria nos banheiros das residências em vista a

melhorar a acessibilidade para idosos.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Registrar os problemas que envolvem o uso de banheiros por idosos , tendo

como um estudo de caso a existência de uma casal de idosos na cidade de

Petrolina - PE

1.1.2 Objetivos Específicos

Registrar as principais barreiras arquitetônicas no banheiro da

residência;

Indicar recomendações de melhoria para os principais problemas de

acessibilidade;

Elaborar o redesign do banheiro, focando a acessibilidade;

1.2 Método

A pesquisa se apoia no método prospectivo, analítico, qualitativo (focal) e

quantitativo tomado uma amostra significativa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

2.1 A situação do idoso no Brasil

A população brasileira vem gradativamente destacando-se em relação

ao número de pessoas idosas, indicando que é necessário ter uma visão

diferenciada para atender as necessidades específicas dessa faixa etária,

buscando por uma velhice segura. Levando em consideração que um grande

número de idosos passou a viver sozinho, por escolha própria, por

necessidade, ou até mesmo para garantir maior liberdade no convívio familiar.

É importante considerar que suas condições e habilidades físicas são limitadas

em relação àquelas da idade jovem. A idade a partir da qual um indivíduo é

considerado idoso varia de 60 a 65 anos.

No Brasil, hoje, consta em números quantitativos, cerca de 15 milhões

de idosos com estimativa de chegar a exceder 30 milhões em 2020 (Cad.

Saúde Pública, 2012, p. 02). Diante desses dados, fica claro que o pedido de

demandas sociais, que supra as especificações e cuidados desse grupo

necessita de mudanças, que favoreça a vida do idoso, refletindo em seu bem

estar. Dessa forma, as possibilidades de desempenhar algumas atividades

domésticas com segurança, igualmente, tornam-se cada vez mais restrita.

Então, a busca por melhores condições de autonomia das suas atividades é

uma demanda cada vez maior.

Fazendo-se pensar sobre o lugar social ocupado pelo idoso na

sociedade brasileira, Mascarenhas e Ávila (2008), em seu estudo sobre

Inclusão Social de Idosos, também afirmam que o envelhecimento não é igual

para todos, depende das condições objetivas de vida na fase anterior do ciclo

vital, de acesso a bens e serviços, de cobertura de rede de proteção e

atendimento social. Salientam ainda que este acesso aos serviços sociais, aos

avanços da medicina, embora não seja igual para todos, a população de idosos

da sociedade brasileira chega aos 60 anos com maiores possibilidades de

qualidade de vida, do que, aos que viviam há 20 anos.

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Os dados do IBGE assumem ainda que a população idosa no Brasil, nos

próximos 20 anos, poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas,

representando 13% de sua população.

Com base em Rodrigues e Leal (2003), esse aumento na taxa de

longevidade na população brasileira acontece principalmente devido ao avanço

da medicina, com a prevenção de doenças, a busca por uma alimentação

melhor e a queda na taxa de fecundidade dos últimos 30 anos.

Afirmam ainda que, “construir estratégias para preservar a qualidade de

vida e saúde da população idosa é um dos grandes desafios que os

profissionais que atuam na área do envelhecimento enfrentam cotidianamente”

(MASCARENHAS; ÁVILA, 2008, p.3).

Ainda assim, uma possibilidade de mudança a partir do momento que o

próprio idoso busque conhecer seus direitos e deveres, situação essa, que

mais de 50% da população idosa desconhece, dentre elas o estatuto.

O Estatuto do Idoso é composto por uma comissão bioética, sendo fruto

do trabalho conjunto de especialistas de diferentes áreas entre elas saúde,

direito, assistência social e entidades e organizações não governamentais

direcionadas para defesa e direitos dos idosos, pode-se dizer então que o

objetivo é resgatar a dignidade do indivíduo. Dessa forma, fica visível que o

Estatuto tem finalidade de contribuir diretamente na qualidade de vida do idoso,

para que esse possua uma vida digna e respeitada pelos demais. Para Frange:

O Estatuto, aprovado em 2003, tem o intuito de ampliar os direitos dos

cidadãos. Sendo mais abrangente do que a Política Nacional do Idoso,

Lei de 1994, que dava garantias a terceira idade, o estatuto institui

penas severas a pessoas que desrespeitam ou abandonam pessoas

de terceira idade (FRANGE, 2013, p.13).

Segundo Mascarenhas e Ávila (2008) o direito ao respeito, considerando

as limitações do idoso; direito à preservação da autonomia, oferecendo ao

idoso a capacidade de realizar suas tarefas sozinho; preservando a capacidade

de realizar atividades da vida diária; direito de acesso a serviços que garantem

condições de vida; direito de participar , dar opinião e decidir sobre sua própria

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vida. Reafirma a condição existencial que o idoso necessita para realizar suas

atividades diárias.

O artigo 37 estabelece ainda, com relação a habitação, o direito do idoso

à moradia digna, ao lado da família natural ou substituta, até mesmo

desacompanhado de seus familiares, quando assim desejar, ou em instituição

pública ou privada. Com base nisso, o desenvolvimento desse estudo com

sugestões de acessibilidade para um ambiente, em estudo o banheiro, onde

residem pessoas idosas, visa facilitar, a prática segura das suas atividades

cotidianas, respeitando as condições físicas, intelectuais e psíquicas dos

idosos.

Ao mesmo tempo, o número de dados antropométricos específicos para

este contingente é muito escasso, desfavorecendo a utilização de padrões

referenciais que facilitem as definições dimensionais nos projetos dos espaços

interiores para essa faixa etária. É preciso, portanto, procurar outras

informações que auxiliem o projeto, uma vez que os produtos devem ser

adaptados ao homem e não o sentido contrário, como recomenda (LIDA,

2005).

2.2 Limitações decorrentes do envelhecimento

Os estereótipos, comumente associados ao processo de

envelhecimento, têm apresentado como um de seus pilares, a decadência

biológica, normalmente adicionada a doenças e dificuldades funcionais com o

avançar da idade.

Conhecer as alterações físicas que acontecem nos idosos é algo

imprescindível, sobretudo, para a família cuja preocupação do cuidado e a

proteção devem estar preferencialmente sobre sua responsabilidade. Do ponto

de vista fisiológico, o processo do envelhecimento não acontece

necessariamente no mesmo ritmo da idade cronológica, podendo ocorrer

considerável diferenciação.

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Este fenômeno é caracterizado pela diminuição das habilidades motoras,

redução da força, flexibilidade, tornando-se difícil a execução das atividades

diárias e a conservação de um modo de vida saudável.

Sabe-se que são diversas as alterações físicas que ocorrem no

processo de envelhecimento do ser humano, entre estas, algumas se

destacam com maior ênfase, por exemplo, a redução da audição, da visão,

diminuição do olfato e do paladar; limitação do movimento respiratório,

embranquecimento dos cabelos, alterações do sono, diminuição da estatura,

perda de cálcio tornando os ossos, mas frágeis e passíveis de fraturas,

enrugamento da pele, deixando-a mais delicada e menos elástica;

enfraquecimento muscular e da coordenação motora, redução da

vasoconstrição e consequentemente da frequência dos batimentos cardíacos.

Segundo pesquisas, pode haver uma queda em até 50% do fluxo sanguíneo

filtrado pelo rim, o que os fazem mais propensos às intoxicações

medicamentosas, nota-se também a ocorrência de alterações na estabilização

hormonal.

A função do músculo respiratório e o recuo elástico do pulmão

contribuem na execução da manobra de expiração forçada, que é comumente

usada no teste de espirometria clínica. Durante a manobra de fluxo forçado, o

esforço expiratório máximo e as taxas de fluxo são determinados

principalmente pelo recuo elástico do pulmão. Esse recuo diminui com a idade,

fazendo com que ocorra um fechamento precoce das vias aéreas durante a

manobra expiratória em pessoas idosas (REBELATTO; MORELLI, 2004, p.

367).

Observar que do ponto de vista biológico, o envelhecimento caracteriza-

se pelas mudanças determinantes que interferem diretamente nas funções

laborais, decorrentes das transformações a que o organismo se submete com o

passar dos anos. Com a redução das capacidades sensoriais no idoso

representa uma perda importe na vida, a qual é dolorosamente vivenciada,

podendo favorecer um isolamento da pessoa idosa e consequente decadência

na qualidade de sua comunicação, devido aos déficits sensoriais, que

ocasionam profundo impacto na interação social deste.

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Com relação aos órgãos dos sentidos, ou seja, a visão, a audição, o

tato, o paladar, o olfato, ocorre redução principalmente da audição e da visão.

A perda do olfato e do paladar, quando o idoso passa a não distinguir o sabor

dos alimentos, pode levar à falta de apetite e ao risco de envenenamento

acidental. Alguns idosos podem apresentar diminuição do tato, isto é, não

distinguem como facilitar o calor, o frio e a dor (RODRIGUES; DIOGO, 2000).

Neste contexto, as pessoas sofrem porque têm consciência de

progressivo declínio que as envolvem, com tendência a torna-las sempre mais

fragilizados, dependentes, além do conflito com a aparência física, diante da

pele enrugada, do cabelo grisalho, da perda da resistência muscular,

contribuindo para que os movimentos e a resposta motora tornem-se sempre

mais lentos, favorecendo deste modo, a incidência de acidentes e/ou quedas.

Por isso, é fundamental que a família o acompanhe com carinho nesta fase,

oferecendo suporte necessário para que o idoso viva de forma saudável e

segura essa momento, um tanto exigente, amenizando o máximo possível as

angústias emergentes.

Partindo desta premissa, percebe-se o envelhecimento como uma

construção social imposta pela sociedade aos indivíduos, estabelecendo um

paradigmas para que sejam assumidos pelos sujeitos nos diferentes estágios

de suas vidas, de modo que assim, sintam-se “inclusos” nesta sociedade com

seu respectivos padrões de vida, ditado pela mídia associada ao mercado

capitalista. Em se tratando do crescimento da população idosa no Brasil, o

Estado tem manifestado preocupações diversas relativas à Saúde do Idoso e à

Previdência Social, pois este fatores refletem na economia do país. Dito de

outro modo, aos “olhos” do governo, significa investimento sem retorno.

O preconceito direcionado a pessoas idosas está atrelado à cultura

brasileira. Verifica-se em muitos países desenvolvidos, que as pessoas idosas

são respeitadas e desempenham papéis sociais importantes remissivos à

transmissão de valores para as gerações subsequentes, além de significativa

contribuição econômica. Esta característica está estritamente ligada a esta fase

da vida em que a generatividade se destaca como componente da identidade

dos adultos intermediário e avançado.

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2.2.1 Limitações Físicas

O envelhecimento conduz a uma progressiva diminuição da força e

flexibilidade muscular. Em virtude desses aspectos, acredita - se que a

participação do idoso em programas de exercício físico regular poderá

influenciar no processo de envelhecimento, com impacto sobre a qualidade e

expectativa de vida, melhoria das funções orgânicas, garantia de maior

independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento e

prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão,

arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, distúrbios mentais,

artrite e dor crônica (MATSUDO, 1992).

Por esses motivos, diversos estudos nessa área têm procurado

descrever as, dificuldades e peculiaridades do condicionamento físico. A perda

gradativa da saúde vem de certa forma sendo investigada pelo próprio idoso,

onde eles identificam os acidentes e com a falha do corpo já temem por uma

antecipação de restrição na vida cotidiana, detectam dificuldades e se o imóvel

onde eles habitam apresenta irregularidades já se torna temeroso, ou se for

térreo e apresentar desníveis nos ambientes, já é algo que os preocupa

também, pois os indivíduos tem plena ciência das limitações, e, visando

prevenir e atenuar o declínio funcional decorrente do processo de

envelhecimento; outros trabalhos analisaram o risco à saúde decorrente da

participação do idoso em programas de exercícios, alguns autores consideram

o sistema nervoso central (SNC) como o sistema biológico mais comprometido

no processo de envelhecimento, pois é ele o responsável pelas sensações,

movimentos, funções psíquicas, entre outros, além das funções biológicas

internas. Segundo estes autores, o comprometimento do (SNC) é preocupante,

pelo fato de não dispor de capacidade reparadora e fica sujeito ao processo de

envelhecimento por fatores intrínsecos (genéticos, sexo, circulatório,

metabólico, etc) e extrínsecos (ambientais, sedentarismo, hábitos de vida como

tabagismo, drogas, hábitos alimentares, etc). Estes fatores intrínsecos e

extrínsecos acabam exercendo uma ação deletéria no organismo ao longo do

tempo (COSTA, 2004).

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Com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do

envelhecimento e das doenças, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de

vida e rotinas diárias por atividade e formas de ocupação pouco ativas. Os

efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade são muito sérios.

Podem acarretar numa redução no desempenho físico, na habilidade motora,

na capacidade de concentração, de reação e de coordenação, gerando

processos de autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação,

isolamento social e a solidão.

Assim, as capacidades físicas, as modificações anatomo-fisiológicas, as

alterações psicos-sociais e cognitivas, são regredidas ao decorrer do processo

de envelhecimento, bem como:

• Capacidades físicas: há uma diminuição de: coordenação motora

grossa e fina, habilidades, equilíbrio, esquema corporal, visão e audição;

• Modificações anatomo-fisiológicas: hipotrofia cerebral e muscular,

diminuição da elasticidade vascular e muscular, concentração de tecido

adiposo, tendência à perda de cálcio pelos ossos, desvios de coluna, redução

da mobilidade articular, altura, densidade óssea, volume respiratório,

resistência cardio-pulmonar, freqüência cardíaca máxima, débito cardíaco,

consumo máximo de oxigênio (VO2máx.) e mecanismos de adaptação

(hemodinâmicos, termorre-guladores, imunitários e hidratação), insuficiência

cardíaca;

• Função cognitiva: é expressa pela velocidade de processamento das

informações, assim influenciada pela quantidade de motivação e estimulação.

Com isso, só sofrerá alterações negativas se não for estimulada.

• Alterações psicos-sociais: ocorre, a diminuição da sociabilidade, a

depressão, mudanças no controle emocional, isolamento social e baixa auto-

estima, ocasionadas pela aposentadoria, pela dificuldade auditiva, visual e

motora, pela síndrome do ninho vazio (saída dos filhos, de casa), pela

impotência sexual, entre outras.

Em qualquer política destinada aos idosos deve-se considerar a

capacidade funcional, a necessidade de autonomia, de participação, de

cuidado, de auto-satisfação. Também deve abrir campo para a possibilidade de

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atuação em variados contextos sociais, e de elaboração de novos significados

para a vida na idade avançada. E incentivar, fundamentalmente, a prevenção,

o cuidado e a atenção integral à saúde, levando-se em consideração todas as

variáveis de como esse idoso tem sido cuidado e acomodado (VERAS, 2009)

2.2.2 Limitações Cognitivas

O idoso começa a sofrer constrangimentos a partir da necessidade de

ter alguém para que o auxilie em pequenas ações e assim o deixa sem a

privacidade que estava habituado ao longo do tempo. A perca cognitiva

acontece com o envelhecimento e diz respeito as mudanças ao longo da vida.

Com toda a complexidade do processo de envelhecimento, é bastante

importante às alterações que se verificam a nível psicológico e sócio-afetivo,

derivadas das outras alterações, podendo levar à alteração de comportamentos

e atitudes por parte do idoso (GOMES, 2013).

O envelhecimento ocasiona muitas vezes a perda do papel social do

idoso devido à mudança da imagem, ao abandono da atividade profissional, à

perda de movimentos e em certas ocasiões ao contato social, a mudanças na

estrutura familiar e à diminuição das suas atividades sociais, onde existindo

uma menor frequência de contatos interpessoais. Com toda essa situação,

pode levar involuntariamente o aumento do isolamento social do idoso,

causando uma série de doenças. Este isolamento na maioria das vezes se dá

pelo medo das suas aptidões cognitivas, podendo resultar numa espécie de

comportamento diferenciado ao que era acostumado.

Segundo Gomes (2013), a forma como cada indivíduo se sente consigo

próprio e se sente inserido na sociedade é de extrema importância para a sua

interação com o meio. Desta forma, a adaptação ao envelhecimento por parte

de cada indivíduo é de grande importância para que haja um envelhecimento

saudável, pois a adaptação exige que cada indivíduo tenha consciência que

está a passar por uma nova fase da sua vida, minimizando assim o stress

causado pelas alterações que ocorrem durante este processo e permitindo a

reorganização da sua vida, encarando e aceitando a realidade.

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Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) (2008), os idosos

saudáveis deveriam ser vistos como um vínculo precioso, capaz de colaborar

com a família e a comunidade, ao contrário do que comumente é encarado

pela sociedade, onde o envelhecimento é visto com pessimismo, sendo apenas

sinônimo de problemas adicionais de saúde e socioeconômicos. As

experiências vividas pelos idosos deveriam ser valorizadas pela sociedade,

uma vez que pode ser muito rica a convivência com detentores de

conhecimento.

Sofre também constrangimentos psicológicos o idoso que a partir do

momento que se vê debilitado, sofre com a mudança de atividades que

anteriormente estava acostumado a realizar. Difícil tarefa do hábito, pois é ele

quem condiz os passos do cotidiano. A reeducação habitual torna a mudança

nos atos e essa situação é ainda pior quando o idoso se vê em circunstâncias

extremas, bem como utilizar o banheiro, que é um dos ambientes mais

perigosos, para realizar atividades como urinar ou defecar. Que anteriormente

realizava com independência estas desenvolturas.

A ruptura com o cotidiano e a estranheza da nova situação de cuidados

podem radicalizar a dissolução da identidade, desencadeando ou agravando

alterações mentais (PEREIRA; BUKSMAN;PERRACINI, 2001).

2.3 Design Universal e Acessibilidade

Desenvolvidos por um grupo multidisciplinar, composto de pesquisadores

ambientais, designers de produtos, engenheiros e arquitetos, são a

representação das demandas comuns aos seres humanos, especialmente, no

sentido da inclusão social. O design atende amplamente a diversidade de

preferências e habilidades individuais. Provê a escolha de formas de utilização.

Atende o acesso e o uso, tanto ao destro, como ao canhoto. Facilita a exatidão

e a precisão por parte do usuário. Oferece adaptabilidade no ritmo de

assimilação do usuário (MÜLLER, 2013).

O design é útil e comercializável para pessoas com habilidades distintas.

Proporciona a mesma forma de utilização a todos os usuários idêntica sempre

que possível.

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Design de fácil uso e compreensão, considerando por baixo,

experiência, capacitação, capacidade linguística, ou do nível de concentração

momentânea do usuário (RIBEIRO, 2014).

O designer estuda uma série de questões que geralmente ocasionam

uma contribuição na concepção e construção de espaços elaborados, ou

produto que visam atender de uma forma geral todos os indivíduos, objetivando

seu conceito básico “design para todos”.

O design comunica a informação necessária com eficácia, considerando

por baixo, tanto condições ambientais, como capacidades sensoriais do usuário

(NASCIMENTO; SILVA, 2015).

O design universal é determinantemente a tomada de partida de se

projetar para todos independentes da raça, cor, sexo, com ou sem aptidões

normais, incluído os deficientes também. Compreende-se a relação e ou

estudo antropométrico do homem para a realização conceitual do produto a ser

produzido e após a esses estudos é determinado a melhor saída para o

possível problema.

Dispõe os elementos de modo a minimizar riscos e erros: elementos

mais usados, mais acessíveis; elementos perigosos, eliminados, isolados ou

protegidos. Provê avisos de riscos e de erros. Provê recursos de segurança no

caso de falhas. Desencoraja ações inconscientes em tarefas que requeiram

vigilância (CEDRO, 2015).

Diante do dicionário, “acessibilidade” contribui com a qualidade de ser

acessível. E acessível, por sua vez, é compreendido como aquilo a que se

chega facilmente; Facilitando a compreensão, acessibilidade nada mais é do

que o estudo que facilita as pessoas que tem deficiências possam participar de

atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação. Segundo

Rosso (2009), o desenho universal recria o conceito de homem padrão - nem

sempre o homem real. Seu conceito nasceu nos anos de 1960, nos Estados

Unidos, como uma resposta à discussão sobre essa padronização do homem,

definindo um projeto de produtos e ambientes que possam ser usados por

todos, na sua máxima extensão possível, sem necessidade de adaptação ou

projeto especializado para pessoas com deficiência.

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Quando os olhares se voltaram para a interação da deficiência ao meio

urbano, começou a ser utilizado em diversos locais, a relação ao ambiente

construído evoluiu e se referia às barreiras arquitetônicas encontradas nas

edificações. Não há como negar que as cidades e as edificações eram vistas

como lugares perigosos, cheios de obstáculos a serem enfrentados por

aqueles que tinham pouca atenção e necessidades especiais, que exigiam

doses de disposição e paciência diárias, causando uma reação negativa e uma

sensação de impotência e impossibilidade aos usuários que nao tinha tanta

facilidade para caminhar na cidade mal elaborada.

A acessibilidade começou a ser discutido no Brasil e Segundo Rosso

(2009), houve o objetivo de conscientizar profissionais da área de construção

sobre a acessibilidade. E agora vem sendo apregoado em normas e leis, e é

tema obrigatório na grade curricular dos cursos universitários correlatos, para

formar profissionais capazes de atender às novas exigências e premissas. Um

projeto universal inclui produtos acessíveis para todas as pessoas,

independentemente de suas características pessoais, idade ou habilidades.

A acessibilidade também valoriza o desenvolvimento do usuário ao

longo de sua vida, uma vez que suas atividades e características mudam de

acordo com a fase. A criança, por exemplo, de dimensões menores, não

consegue alcançar a uma altura em que um adulto consegue. Se faz

necessário um estudo do corpo do individuo para que o projeto acessível seja

desenvolvido de acordo com suas necessidades e que façam co-relação com

seus hábitos e desenvolvimento. Para concluir, quando o ambiente torna-se

ACESSÍVEL, adotam-se os critérios do DESIGN UNIVERSAL, possibilita-se a

INCLUSÃO e, consequentemente, a utilização do ambiente por qualquer tipo

de usuário (MOURA, 2011)

O grande impulso para a aplicação da lei foi a revisão da NBR 9050 no

ano de 2004, que além de considerar as pessoas com deficiência, ampliou a

abordagem para quem tem dificuldades de locomoção, idosos, obesos,

gestantes etc., atualizando e ressaltando o conceito de desenho universal.

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2.3.1 NBR (Norma Brasileira) 9050

A NBR- 9050 visa normas de ergonomia, que investiga os aspectos

físicos, cognitivos, sociais, organizacionais e ambientais. Com isso a

ergonomia é abrangente para a contribuição de aspectos relacionados ao

trabalho humano, ou seja, ela envolve todos os aspectos relacionados com a

pessoa enquanto ser humano.

Ainda com base em Lida (2005), a ergonomia aplica-se basicamente em

projetos de máquinas, sistemas, ambientes ou locais de trabalho, incluindo

sempre o ser humano como um dos componentes.

Objetivando valorizar os espaços adaptados ou construídos pelo homem

para garantir acessibilidade, segurança e conforto ao público, aqui seguirá um

estudo para auxiliar a presente pesquisa no intuito de viabilizar melhores

condições para uso assertivo no ambiente em questão (banheiro), na

residência de um casal de idosos. A ergonomia nesta pesquisa fornecerá

elementos para o desenvolvimento do projeto de interiores residencial

focalizando a pessoa idosa e, com base em Martins (2005), visa tornar o

ambiente compatível com as necessidades dos usuários, através da

adequação do ambiente construído às habilidades e limitações dessas

pessoas.

Considerando-se os aspectos ergonômicos, segundo Lida (1995), não

se deve tentar adaptar o ser humano aos espaços ou objetos, mas o sentido

inverso, ou seja, espaços e objetos são que devem ser adaptados ao homem,

na medida em que é muito mais simples e econômico.

O Fórum Nacional de Normalização (ABNT) fez valer a partir de

30.06.2004, a ABNT NBR 9050, elaborada no Comitê Brasileiro de

Acessibilidade, para estabelecer critérios e parâmetros técnicos para serem

observados no desenvolvimento de projetos de ambientes variados,

considerando o ser humano em sua convivência diária. Esta norma visa ainda

proporcionar ao maior número possível de pessoas, independentemente de

idade, estaturas, limitações ou percepções, o uso autônomo e seguro do

ambiente, de edificações, do mobiliário, de equipamentos urbanos e de

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elementos. Dessa forma, para o desenvolvimento de projetos desse tipo,

devem-se procurar atender aos requisitos mínimos estabelecidos por essa

norma.

Considerando que os idosos muitas vezes têm mobilidade reduzida, esta

norma apresenta a sigla PMR, que significa Pessoas com Mobilidade

Reduzida, relacionada aos parâmetros antropométricos. Dessa forma, são

determinadas dimensões referenciais, considerando medidas entre 5% a 95%

da população, em que os extremos são correspondentes às mulheres de

estatura baixa e os homens de estatura elevada.

A NBR 9050 apresenta algumas definições para as PMR. No banheiro,

por exemplo, os lavatórios devem ser suspensos e terem a borda superior

numa altura livre mínima de 0,78m a 80m do piso, respeitando também uma

altura livre mínima de 73m na sua parte inferior frontal. Sugere ainda que as

torneiras devam ser acionadas por alavancas, sensores ou algum dispositivo.

As barras de apoio devem ser instaladas na mesma altura do lavatório. A figura

1 apresenta exemplos de instalação de barras junto ao lavatório.

Para as PMR a NBR define também medidas adequadas relacionadas

às áreas de aproximação frontal, como pode ser observada na figura 3.

Figura 3: Exemplos de instalação de barras junto ao lavatório

Fonte: NBR 9050:2004

Visto que, hoje, a população idosa no Brasil vem crescendo

gradativamente, como já foi abordado no decorrer deste trabalho. Para as

normas da NBR 9050, o estudo detalhado da norma que trata sobre a

acessibilidade a edificações, espaços e equipamentos, e conhecer os critérios

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e parâmetros técnicos a serem observados quando da execução do projeto da

construção, instalação e adaptação de edificações: novos espaços,

edificações, mobiliário, equipamentos e ambientes, urbanos ou não, adaptados

as condições de acessibilidade, dando autonomia e segurança a quem

necessita (Figura 4).

Figura 4: Área de aproximação para P.M.R. Imagem adaptada

Fonte: NBR 9050:2004

Os acessórios para banheiro devem ter suas áreas de utilização dentro

da faixa de alcance confortável para P.M.R. No caso em questão, os idosos. A

Norma apresenta a utilização desses acessórios para melhor utilização pelos

usuários, como pode ser visto na figura 5.

Figura 5: Acessório junto ao lavatório

Fonte: NBR 9050:2004

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Do mesmo modo, a Norma define a sigla M.R, que significa Módulo de

Referência com relação aos parâmetros antropométricos pra indicar o alcance

manual frontal das dimensões máximas, mínimas e confortáveis de pessoas

sentadas e de pé em relação ao objeto, na posição de pé e sentada, como

podem ser observados nas figuras 6 e 7.

Figura 6: Alcance manual frontal-pessoa em pé

Fonte: NBR 9050:2004

Segundo Regina Cohen (2015), nos anexos da nova norma brasileira de

acessibilidade, está o conceito de desenho universal e seus princípios e a

consideração de fatores relevantes de projeto, como o detalhamento de barras

de apoio, e o sanitário para uso da pessoa customizada.

Figura 7: Alcance manual frontal- pessoa sentada

Fonte: NBR 9050:2004

A NBR 9050, teve sua atualização em 2015, sendo lançada em

setembro do mesmo ano. Foram incluídas algumas modificações para

cadeirantes e sinalização para idosos, pessoas com baixa mobilidade e demais

itens que precisavam ser inserido e atualizados diante do progresso dos dias

atuais.

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Todas as barras de apoio utilizadas em sanitários e vestiários devem

resistir a um esforço mínimo de 150 kg no sentido de utilização da barra, sem

apresentar deformações permanentes ou fissuras, ter empunhadura conforme

Seção 4 e estar firmemente fixadas a uma distância mínima de 40 mm entre

sua base de suporte (parede, painel, entre outros), até a face interna da barra.

Suas extremidades devem estar fixadas nas paredes ou ter desenvolvimento

contínuo até o ponto de fixação com formato recurvado. Quando necessários,

os suportes intermediários de fixação devem estar sob a área de

empunhadura, garantindo a continuidade de deslocamento das mãos. O

comprimento e a altura de fixação são determinados em função de sua

utilização, conforme exemplos apresentados ( Figura 8) (ABNT NBR 9050,

2015).

Figura 8: Barra de apoio em vista frontal e superior

Fonte : NBR9050 /2015 (medidas em milímetro)

As barras em “L” podem ser em uma única peça ou composta a partir do

posicionamento de duas barras retas, desde que atendam ao dimensionamento

mínimo dos trechos verticais e horizontais, conforme a Figura 9 ilustra o uso de

uma barra de apoio reta fixada ao fundo e duas retas fixadas a 90° na lateral,

quando a bacia com caixa acoplada está próxima a uma parede.

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Figura 9: Vistas de barra de apoio

Fonte: NBR9050/ 2015

2.4 Ergonomia Física e Informacional

Segundo a ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia) a palavra

Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis].

Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos

os aspectos da atividade humana. Para darem conta da amplitude dessa

dimensão e poderem intervir nas atividades do trabalho é preciso que os

ergonomistas tenham uma abordagem holística de todo o campo de ação da

disciplina, tanto em seus aspectos físicos, cognitivos, informacionais e etc.

Simplificando, a ergonomia consiste no conjunto de estudo que contribui para a

organização do trabalho no qual existem interações entre seres humanos e

máquinas.

Este estudo que é elaborado através de investigações do corpo humano

para que, em análise da tarefa a ser realizada possa ser feita da melhor forma.

Visando que a máquina, no caso: o produto, possa interagir no beneficiamento

com o homem sem causar danos.

Ergonomia é uma palavra que se deriva dos vocabulários gregos onde

ergo é trabalho e nomos, lei natural, sendo definida como um conjunto de

ciências e tecnologia que busca a adaptação confortável e produtiva entre o

homem e seu trabalho, basicamente procurando adaptar as condições de

trabalho às características do ser humano (VERONESI, 2008).

Estipulando que, a qualidade de uma adaptação de uma máquina ao seu

operador proporciona um eficaz manuseio. E a ergonomia física é o movimento

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que analisa as medidas corporais para ser investigado e analisado o aspecto

fisiológico, biomecânico e anatômico, bem como postura, manuseio de

materiais e movimentos repetitivos onde é possível compreender o

funcionamento orgânico do homem. Interagindo assim com o presente

trabalho, onde é estudado a ergonomia do banheiro diante dos frequentadores

do ambiente, um casal de idosos.

Ergonomia física está relacionada com às características da anatomia

humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade

física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho,

manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais

relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde

(ABERGO, www.abero.org.br).

A ergonomia física tem como objetivo produzir conhecimentos

específicos sobre a atividade do trabalho humano, ela entra como uma grande

aliada para melhorar a vida do homem moderno, despertando atenção de todos

para a importância deste estudo. Com isso a ergonomia visa mostrar através

de pesquisa, estudo e comprovações que é possível reduzir os adoecimentos

devido a fatores ergonômicos, através da investigação como o corpo responde

a cada medida e desenvoltura de um produto. Precisa ser analisado como o

corpo se desenvolve através das tarefas diárias e como é feita essa atividade.

Se o meio está coerente de acordo com as normas técnicas estudadas por

diversos nomes que dão respaldo para nortear o presente trabalho, como o

acesso a essas informações são de base fundamental para que haja uma

compreensão de estudo de caso (Figura 10).

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Figura 10: Medida antropométrica

Fonte:- Acervo pessoal da autora

Ergonomia é um corpo de conhecimentos sobre as habilidades

humanas, limitações humanas e outras características humanas que são

relevantes para o design. É através desses estudo que são elaborados

conceitos que visam a melhoria das condições humanas e o design está

atrelado fielmente a estes instintos desta linha de estudo. Sem perceber todos

os indivíduos que interagem com o mundo “fazem design” constantemente. Se

culturalmente ou não é envolvido por um produto e faz dele algumas

adaptações ou alteração, está nítido o papel do design atrelado fortemente com

a ergonomia, cada objeto que passa por uma rápida transformação, se foi

objeto de um pensamento, de cultura, de comunicação, é de ergonomia, é de

”design”.

Segundo Moraes e Mont’Alvão (2003) o objeto de estudo da Ergonomia

é o homem seja qual for a sua linha de atuação. A Ergonomia partilha o seu

objetivo geral – melhorar as condições específicas do trabalho humano – com a

higiene e a segurança do trabalho. O ergonomista junto com os engenheiros,

arquitetos, desenhistas industriais, analistas, programadores de sistemas,

propõe mudanças e inovações, sempre a partir das variáveis fisiológicas,

psicológicas e cognitivas do ser humano.

É nesta interação com o homem - máquina - produto que está se

interessando o estudo, pois procura compreender o ser humano interagido com

os elementos que o cercam, proporcionando segurança e satisfação as

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pessoas. O estudo pela Ergonomia na segurança da informação no aspecto da

cognição, da percepção, que o indivíduo deve ter.

Segundo Souza (2010) ergonomia informacional pode ser entendida

como a disciplina que estuda o arranjo dos dispositivos de sinalização,

informação e comando, com vistas a otimizar as condições de percepção do

trabalhador, visando a preservação da segurança da pessoa.

A preocupação com a ergonomia informacional surgiu com o homem

primitivo, a partir da necessidade de se proteger, precaver e de assegurar a

sua sobrevivência em tempos primórdios. Mas foi com a Revolução Industrial

que a mesma começou a ser utilizada na indústria e com o passar do tempo,

no mundo contemporâneo, cada vez mais, as pessoas passaram a utilizar os

produtos e os sistemas complexos. O que exigia ações como receber,

processar e agir em função dessas e de outras informações.

Segundo Souza (2010) essas interações podem ser esquematicamente

descritas no modelo homem-máquina, no qual o homem recebe informações

da máquina e atua sobre ela, ocasionando algum dispositivo de controle . No

contexto do ambiente relacionado, o banheiro, essas interações também são

cada vez mais frequentes, principalmente com o advento em questão que é a

realização das tarefas cotidianas por com um casal de idosos com vida

extremamente ativa dentro de suas limitações em pouco comprometidas por

baixa visão e uso de óculos de grau. Com isso a ergonomia se adéqua para

base motora deste trabalho, oferecendo a busca para um entendimento,

compreensão e imersão em estudo de caso.

2.5 Design de interiores

Podemos dizer que design de interiores consiste em uma técnica para

composição e decoração de ambientes internos, com base na funcionalidade e

na estética do ambiente. Os conceitos, ou passos básicos mais conhecidos e

seguidos pelos design de interiores antes de começar a elaboração de um

projeto são: Considerar o objeto a ser trabalhado, considerar o uso (função),

considerar a construção (design e materiais) e considerar a ferramenta

(técnica).

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Ao iniciar qualquer tipo de intervenção, deve-se primeiramente classificar

e compreender o ambiente no qual se deseja interferir. Um ambiente

residencial, entende-se por um local a ser desfrutado por uma pessoa ou

família, juntamente com suas tarefas e vivências cotidianas, cujas finalidades

principais sejam referentes ao lazer, ao repouso, à convivência.

No Brasil, são cinco séculos da arte na área da moradia. Parte da

história da sociedade pode ser contada pela evolução de diferentes maneiras.

As necessidades das imensas casas coloniais e dos modernos e compactos

apartamentos são completamente diferentes.

Portanto para desenvolver um projeto de interiores, um profissional tem

que harmonizar, em um determinado espaço, móveis, objetos e acessórios,

como cortinas e tapetes, procurando sempre estabelecer a ligação do conforto,

praticidade, funcionalidade, acessibilidade e beleza. Precisa também planejar

as cores, materiais, acabamentos e iluminação, utilizando tudo de acordo com

o ambiente e adequando o projeto às necessidades, ao gosto e à

disponibilidade financeira do cliente.

Um projeto de interiores, estabelece cronogramas, prazos, define

orçamentos e coordena o trabalho junto com outros profissionais, como

eletricista, marceneiro e etc. de acordo com a Associação Brasileira de Design

de Interiores (ABD) as atribuições vão ainda além. Faz parte do trabalho do

designer de interiores implementar a planificação de cronogramas de

execução, efetuar plantas e elevações como também detalhar os elementos

construtivos não estruturais, como paredes, divisórias, forros, pisos (alterações

na estrutura construtiva exige a contratação de um arquiteto ou engenheiro),

layouts de distribuição, pontos de hidráulica, energia elétrica, definição de

paisagismo e outros elementos. Esse ofício por vezes, é visto como supérfluo

pela sociedade, mas na verdade representa o reflexo das ações humanas.

Por conta dessas questões expostas acima e relacionando com o idoso

estudado na presente pesquisa, suas atividades diárias domésticas serão

levadas em conta e também seus dados antropométricos. Devem-se buscar

meios de facilitar o desenvolvimento dessas atividades. Assim sendo, precisa-

se ter uma atenção diferenciada com o idoso devido a sua fragilidade.

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Desta maneira, afirma Auxiliadora:

Algumas das alterações que ocorrem com o aumento da idade

cronológica são as mudanças nas dimensões corporais, tais como o

peso, a estatura, a composição corporal. Apesar do alto componente

genético na determinação do peso e da estatura dos indivíduos, outros

fatores, como a dieta, a atividade física, bem assim os psicossociais, as

doenças estão envolvidos nas alterações desses componentes durante

o envelhecimento (AUXILIADORA, 2007, p.05).

O primeiro passo para se ter um projeto é programar cada etapa do

processo. Inicialmente, deve-se realizar uma entrevista com o cliente, para

compreender como é a dinâmica das pessoas que moram na casa ou que

morarão, e para se obter tais informações é preciso conhecer cada integrante,

seu gosto, mania e limitações para que possam após a reforma ou

construção(se houver aval dos profissionais capacitados), se sentir em casa e

ambientados. Após as informações obtidas do cliente, como a função do local

em questão, idade de quem utiliza aquele ambiente, necessidades a serem

satisfeitas, de quem reside na casa, porte das pessoas envolvidas, atividades

dessas pessoas, o que pode ser alterado no local, ou mesmo o que deve ser

mantido, estilo de vida dos moradores, bem como hobbys e prática de

esportes.

Segundo Gurgel (Apud revista especialize, 2014), um bom design precisa de

tais elementos como:

1. Espaço: A coleta de informações físicas e emocionais relevantes a um

projeto é, sem dúvida, uma das partes mais importantes. É necessário

coletar informações das diferentes necessidades de cada ambiente,

família, indivíduo, profissão e, por fim, atividade que será realizada no

espaço a ser criado;

2. Forma e Contorno: A forma dos objetos, das paredes, do espaço e seu

contorno estão interligados. A forma pode ser bidimensional ou

tridimensional. O contorno sempre será chapado (bidimensional).

3. Linhas: O modo e o tipo de linha num projeto adicionarão diferentes

características a ele. Existe a linha reta, mais direta e masculina, a

horizontal ajuda a relaxar, e a vertical pode alongar; a linha quebrada

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está ligada ao movimento mais dinâmico do ambiente; a linha curva

ocasiona maior suavidade e feminilidade.

4. Texturas e padronagens: A textura quando utilizada gera no espaço

pontos de interesse, diversidade e estímulo sensorial. O tipo de textura a

ser utilizado em um projeto será o que melhor atender às características

das atividades que serão desenvolvidas em cada ambiente, bem como

ao estilo escolhido para o ambiente. A padronagem esta ligada às

sensações, e por isso deve-se ter cuidado para não extrapolar na

variedade num mesmo ambiente. Caso diversos padrões sejam

utilizados em um mesmo projeto, deve-se ter como elemento unificador

a cor destes, que pode ser utilizada em suas mais diversas nuances e

tonalidades.

5. Luz: A iluminação pode alterar a atmosfera de um ambiente pelo

simples toque no interruptor. O importante em um projeto de iluminação

é que ele seja funcional, prático, criativo e flexível.

6. Cor: Entender as cores e suas características é fundamental para o

sucesso de um projeto de interiores. Usar as cores a favor dos usuários,

e não contra eles, deve ser o alvo de qualquer projeto.

Assim, seguindo tais preceitos, e contando com a sua criatividade,

qualquer designer habilitado será feliz em efetuar os projetos, focando as

necessidades e a identidade de cada cliente na realização de projetos originais.

Da teoria à prática, o profissional da área deve-se voltar para essa questão de

saber lhe dar com o imprevisto, ampliando seus conhecimentos de outras

áreas tais como: sociologia, meio-ambiente e psicologia, para que assim haja

uma interatividade de um projeto humano, para uma casa que será habitada

por outro humano.

De acordo com o caderno Universo do Design de Interiores, SENAC

(1998), o Design de Interiores trata do espaço utilizado pelas pessoas, assim

se referindo sobre o acesso e o uso entre elas e os espaços, sejam eles

residenciais ou comerciais, de recreação e serviços ou de transporte

(GURGEL, 2005).

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Assim, percebe-se ao longo dos últimos 50 anos, que houve uma

adequação de conceitos da Decoração de Interiores para o Design de

Interiores. Isso ocorreu devido à necessidade de maior abrangência da

Decoração aos espaços, ou seja, começou a se notar que a essa não tinha só

o papel de ornamentar, mas, também, podia interferir na relação direta das

pessoas, como usuários desses espaços, com a função a que eles se

destinavam. Porém, em alguns segmentos profissionais percebe-se que essas

atividades ainda estão em coexistência (GURGEL, 2005).

Desse modo, o principal fator diferenciador entre as duas áreas é que há

interação das pessoas como clientes no Design de Interiores, enquanto na

Decoração isso não ocorre, pois sua proposta caminha na direção da

ornamentação. Esta interação pode ser feita por meio do perfil do indivíduo

como cliente, que impõe suas vontades, anseios e desejos, os quais se

relacionam ao espaço a ser estudado.

2.5.1 Design de Banheiros para Idosos

Para a adaptação para banheiros para uso de idosos, é necessário que

em seu design a luz deve ser clara, uniforme e livre de sombras, para facilitar

as atividades que ali acontecem, tal como barbear, maquiar, etc. Por isso

também, o Índice de Reprodução de Cores (IRC) deve ser no mínimo

satisfatório.

Uma iluminação na área do chuveiro também será importante para

melhorar a visibilidade (FIGUEIREDO, 2001).

Partindo da premissa de melhores embasamentos para que um

banheiro seja de uso para uma pessoa com baixa limitação física e cognitiva,

cada área do banheiro precisa ser pensada e já pré-percebida um possível

acidente. Ao detectar os elementos prejudiciais e contando com todos esse

cuidados, cada setor do banheiro precisa ser estudada e pensada de forma

que se evite escorregões futuros. Minimizando todo e qualquer acidente.

Facilitando o acesso a este ambiente, logo compreende-se que a

acessibilidade é a qualidade de ser acessível, e para o idoso, a facilidade na

aproximação, no trato ou na obtenção e para maior comodidade, todos os

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locais devem ter cuidados minuciosos, outro local que precisa de atenção

redobrada é o do espelho, que deve ser iluminado por todos os lados, pois

assim pouca sombra será gerada no rosto, evitando a má visualização do

próprio rosto e o indivíduo tenha dificuldade ao fazer a barba por exemplo com

utensílios cortantes.

Segundo Oliveira (2012), o ambiente construído tem como conceito um

espaço criado artificialmente para abrigar ao homem de forma a proteger dos

riscos da vida in natura e que seja capaz de acolher as suas atividades. A

maneira de planejar um ambiente construído, hoje, se consiste no objetivo de

criar espaço que tenha capacidade para acolher ao homem e que possua

estrutura funcional de forma adequada para receber suas atividades de uma

forma que possa prestar o serviço da segurança e da qualidade de vida.

A superfície da bancada deve ser sem brilho e com cor clara para que a luz

seja refletida nesta área possa servir de fundo para distinção dos produtos,

dando uma melhor visibilidade ao que o individuo deseja.

Segundo Costa (2000), o uso de apoios e de corrimões deve ser

utilizado, pois o idoso deve ter meios de se firmar em condições de pisos

úmidos ou molhados. O auxiliando no caminhar e deixando-o seguro ao

realizar suas tarefas

Por fim, dar preferência para o uso de pisos antiderrapantes, pois estes

quando úmidos ou molhados proporcionam maior segurança por serem mais

aderentes.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

As regras lógicas da pesquisa são as que levam em consideração as

dimensões humanas no desenvolvimento de um espaço que possibilite ao

idoso segurança e conforto para a realização de suas atividades domésticas

diárias. Para a aplicação correta dos princípios ergonômicos são utilizados os

dados antropométricos citados anteriormente para avaliar o dimensionamento,

além de outras questões relacionadas aos aspectos psicológicos e culturais

dos usuários. Pode-se dizer que método projetual é o processo o qual o

designer faz uso para chegar a uma solução, considerando todas as

características e processos pelos quais um produto deverá passar para atender

satisfatoriamente às funções pré determinadas. Metodologia é o estudo dos

métodos, técnicas e ferramentas e de suas aplicações à definição, organização

e solução de problemas teóricos e práticos (BOMFIM, 1995).

No desenvolvimento deste estudo, se apoiará no método prospectivo,

analítico, qualitativo (focal) e quantitativo tratando de uma amostra significativa.

Como fase inicial do processo foi realizada através de uma averiguação os

problemas relacionados e causados para que pudessem ser apontado como

fator principais dos indicativos de quedas e desconforto onde existem os piores

problemas no ambiente determinado a estudo.

Análise ergonômica do neste estudo de caso demonstram que o perfil

das quedas podem variar de acordo com a falta de apoio que não se encontra

no ambiente. O espaço que deixa a desejar interfere de forma invasiva aos

moradores que se sentem inseguros ao realizar suas atividades no ambiente.

Com essa compreensão que há falhas no ambiente foi realizada através dos

estudo das regras da ABNT para se tomar como base as correções que devem

ser feitas e haver um melhoramento.

A apreciação ergonômica também foi feito através do passeio guiado,

onde a autora pôde observar os casos mais comumente de escorregões e falta

de forças dos indivíduos para se locomover. A elevada frequência de quedas

ao sentar e levantar pode está relacionada á perca parcial ou total do equilíbrio,

atrelando também a perda de massa muscular que são trazidos com o tempo e

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o envelhecimento. Atribuindo essas perdas os idosos perdem a confiança em si

mesmo com o receio que ter uma lesão maior e ficar acamado.

À medida que será tomada para que possa ser indicado um melhor

aperfeiçoamento no uso do banheiro é justamente as barras de apoio que

podem ajudar a realização de tarefas que são rotineiras, mas que com o pesar

da idade se torna cada dia mais dificultosa.

Capitulo seguinte, será posta em prática a Geração de Alternativas,

segunda fase do método, no sentido de sugerir melhorias para os espaços da

moradia estudada, a Avaliação das Alternativas, em que é escolhida a solução

que atende aos problemas mais emergências formulados no Parecer

Ergonômico, e, finalmente, a Solução do Problema, em forma de um projeto de

interiores no ambiente em estudo.

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4 ESTUDOS

4.1 Estudo do problema

Sabe-se que são diversas as alterações físicas que ocorrem no

processo de envelhecimento do ser humano, entre estas, algumas se

destacam com maior ênfase, por exemplo, a redução da audição, da visão,

diminuição do olfato e do paladar; limitação do movimento respiratório,

embranquecimento dos cabelos, alterações do sono, diminuição da estatura,

perda de cálcio tornando os ossos, mas frágeis e passíveis de fraturas,

enrugamento da pele, deixando-a mais delicada e menos elástica;

enfraquecimento muscular e da coordenação motora.

Segundo Salthouse (2000), quando comparamos as performances de

jovens com as de idosos, embora usando diferentes terminologias para

classificar esta distinção, é possível distinguirmos com relativa clareza

capacidades cognitivas que declinam com a idade e capacidades cognitivas

que se mantêm estáveis.

O objeto de estudo em vigência é o banheiro de uma casal de idosos,

com idade de 80 e 83 anos, ambos com autonomia diária, lúcidos e

cumpridores das tarefas, que sentem a necessidade como o avançar da idade,

ter um banheiro que atenda as objeções por eles relatados em método

prospectivo e passeio guiado. Há um certo receio em relação as quedas e

causa de possíveis acidentes. Conforme Moraes e Mont’Alvão (2000),

apontam-se argumentos para seleção dos problemas mais urgentes, utilizando

critérios de gravidade e urgência de solução.

No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano. Ou seja, há

um alto índice de reincidência (PEREIRA, et al., 2001)

A falta de equipamentos que viabilizem a realização das atividades

desenvolvidas pelo perfil dos usuários, caracterizam os principais problemas

como sendo segurança na arquitetura de interiores. Portanto, esse tipo de

problema merece atenção especial, pelo fato de apresentarem tanto

desconfortos físicos como psicológicos, que podem causar dores musculares,

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acidentes frequentes, além de comprometerem a realização das atividades

domésticas diárias, bem como a autonomia dos idosos. Desta forma,

considerando-se os preceitos da ergonomia, estes problemas são

considerados prioritários e de maior gravidade na moradia estudada.

4.2 Definição do problema

Após visitas feitas à casa e diante de relatos dos idosos através do

passeio guiado, pode-se observar que na entrada do banheiro tem um pequeno

degrau, onde poderia ser uma leve rampa para evitar o tropeço, causando

acidentes, (Figura 11). A porta de aceso tem um mini degrau, ocasionando o

desnível do ambiente (Figura 12).

Figura 11: Porta de acesso ao banheiro

Fonte: AUTORA, 2017.

Figura 12: Entrada do banheiro

Fonte: AUTORA, 2017

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A porta de aceso tem um “mini degrau”, ocasionando o desnível do

ambiente que talvez pudesse ser observado como um para água entre o

ambiente do banheiro para o quarto, tratando-se de ser uma suíte, no entanto

não é isso que se observa, pois as atividades realizadas com água são no

chuveiro, que onde existe um Box instalado para o não avançar da água, na

louça sanitária e na pia (Figura 13).

Figura 13: Abertura do box, área de banho

Fonte: AUTORA, 2017.

No box, existe apenas pequenas e frágeis hastes acoplada ao box, que

serve de apoio para abrir e entrar na área de banho, no chão não há nenhum

adesivo antiderrapante para que o usuário possa se sentir seguro ao realizar

sua higiene. Dentro do box acontecem acidentes , pois o sabão faz com que a

cerâmica fique escorregadia, facilitando os acidentes (Figura 14).

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Figura 14: Interior do box

Fonte: AUTORA, 2017.

Observasse mais um problema em evidencia, o mínimo, a falta das

barras de apoio para uma segurança ao realizar o banho. Sem o piso

antiderrapante, sem as barras que são principais aliados a segurança.

O relatos dos idosos quando a autora pergunta como eles se sentem em

relação aos riscos e os indivíduos apenas dizem que tentam se equilibrar e não

se movimentar muito quando estão dentro do Box na realização da higiene.

Observa-se a falta de um assento de banco retrátil dentro do Box, é viável

quando o espaço interno admite. Falta de um revestimento antiderrapante ou

faixas adesivas no chão, onde possibilitem uma prevenção de possíveis

acidentes. O suporte para shampoo está instalado num altura irregular, a altura

fica a nível dos olho, onde as estantes superiores ficam acima da cabeça,

ocasionando fadiga ao realizar a tarefa de higienização (Figura 15).

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Figura 15: Área entre box e assento sanitário

Fonte: AUTORA, 2017

A área entre o box e o assento sanitário tem o espaço necessário para

locomoção e realização das tarefas. Observasse que não há barra de apoio na

lateral da parede e também, acima da caixa acoplada, como um segundo

apoio. O que dificulta bastante o acesso e locomoção do idoso. É de urgência

alguns problemas que precisam ser reparados para que evite possíveis

acidentes, por falta de precaução (Figura 16).

Figura 16: Assento sanitário

Fonte: AUTORA, 2017.

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Percebeu-se que o assento sanitário sem apoio em nenhum local,

dificultando a acessibilidade do casal, falta de ergonomia e cuidado para com

os idosos ocasionando insegurança na locomoção e elevando os riscos de

possíveis acidentes diários (Figura 17).

Figura 17: Área da pia

Fonte: AUTORA, 2017.

Também é possível notar um ambiente extremamente congestionado de

produtos de beleza em cima da pia, caótico para o uso diário e cuidado que

necessitam. Falta espaço para armazenar os produtos e não existe espaço

para o manuseio deles, destacando o poder de autonomia. Falta armário para

que possa ser oo ideal para guardar pertences e viabilizar espaço na pia, para

um manuseio diário sem riscos (Figura 18).

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Figura 18: Espaço entre pia e assento sanitário

Fonte: AUTORA, 2017

Observa-se um espaço maior entre pia e assento sanitário, logo pode

ser guiado com uma barra de apoio na parede para um possível auxilio e

minimizar o desgaste dentro do ambiente.

Na pia requer uma barra de apoio, para que a pega seja segura e assim

seja possível a realização de tarefas básicas.

4.3 Passeio Guiado

Com base no estudo de caso é realizado o registro das atividades

domésticas diárias dos moradores nos ambientes internos de sua moradia. A

observação do idoso em seu espaço é uma técnica de coleta de dados para

conseguir informações através dos sentidos para obter aspectos da realidade.

Esta observação pode ser feita tanto no momento da visita ao espaço

estudado, quanto na verificação feita posteriormente através dos registros

fotográficos.

Sobre a premissa de que o estudo de caso, para Marconi e Lakatos

(2004), possibilita o levantamento com mais profundidade de algum grupo

humano ou determinado caso sob todos os seus aspectos, a análise do

problema baseia-se nos resultados obtidos neste estudo de caso.

Dessa forma, surgiu a necessidade de uma investigação que nesta

pesquisa considerou a iniciativa de um levantamento métrico de um banheiro,

no caso o de maior uso para o casal de idosos, perfil dos indivíduos em

questão. Com base nesses requisitos, foi realizada uma investigação

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ergonômica, visando identificar os prejuízos e constrangimentos ergonômicos

referentes às atividades dos idosos no seu espaço habitacional.

A apreciação ergonômica, com base em Moraes e Mont’Alvão (2000), é

a fase exploratória que compreende o mapeamento dos problemas

ergonômicos do local pesquisado. Consiste na sistematização do sistema

estudado e na delimitação de todos os problemas que estão relacionados com

a interação do idoso e os ambientes domésticos.

Para avaliar o dia a dia dos idosos em seu ambiente residencial, após

seleção do objeto de estudo, foram feitas visitas à residência, com intuito de

coletar dados que permitissem uma avaliação das atividades domésticas

diárias do casal de idosos nos ambientes de sua residência. Tendo em foco o

banheiro, há condições de ter um estudo bem baseado através do passeio

guiado, pois ele fornece verdadeiras problemáticas do cotidiano, que a olho nu

a estudante não poderia compreender.

Mas, com o passeio guiado, por um dos idosos, relatando o que vive na

rotina, fica de fácil compreensão e de forma implícita o trajeto e empecilhos que

causa a dificuldade de autonomia para os dois. O maior intuito do passeio

guiado é o de relatar especificamente todos benefícios e malefícios que o

objeto de estudo em questão se dispõe.

4.4 Geração de alternativas

Nessa etapa foi pensada em melhores opções para solucionar os

problemas referentes a acessibilidade dos idosos no banheiro. Nesse intuito,

foram geradas alternativas propondo banheiros que favoreçam a

acessibilidade, viabilizando baixo custo e possibilitando maior segurança aos

idosos. Considerando a NBR 9050 (2004/2015).

Na primeira alternativa gerada apresenta na composição do banheiro: na

porta de acesso para o banheiro, foi feito um nivelamento no piso para reduzir

o batente para que fosse extinta a possibilidade de acidentes com o degrau

que antes existia, dando por fim a causa de acidentes.

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No box, foi instalada barras de apoio para melhor segurança ao realizar

o banho, as barras de apoio dão suporte na hora da higienização, evitando que

aconteça escorregamento causado pelo shampoo sabonete ou líquidos

escorregadios, bem como óleos, hidratantes e etc.

Um armário abaixo da pia foi instalado, para manter a área da

funcionalidade, tirando todos os objetos e cosméticos que existem em cima do

balcão e armazenando todos nos armários embaixo da mesma. Sem falar na

estética que ajuda a compor o ambiente, deixando-o organizado e belo.

O portas-objeto, porta-toalhas já existente, continua para que tudo fique

adequadamente organizado, bem como, cabideiro para toalhas.

Barras de apoio ao lado do assento sanitário se fazem necessário, como

também na passagem para a pia e acima da louça sanitária. Como exemplifica

abaixo.

Na segunda geração de alternativa, foi pensado em fazer uma reforma em

aumentar o local do banho para que possa ser explorado melhor a área de

banho com maior conforto e segurança. A mudança do local da louça sanitária,

pro lugar da pia também foi pensado, observando toda mudança que teria de

ser feita, no entanto a primeira proposta foi melhor acolhida, pois ela tem o

melhor custo benefício. E o pedido do casal de idosos foi o corte de despesa,

o pedido de que algo que fosse benéfico a vida deles, trouxessem mais

segurança para a realização das tarefas rotineiras, porém que não trouxessem

tanta despesa extra como trocar de encanação e troca de revestimentos.

4.4.1 Análise da geração de alternativas

É o processo de escolha da alternativa mais plausível para a realização

da solução do problema. Destaca-se que na ocasião em que o projeto de

design de interiores é desenvolvido, o cliente é conhecido e participa das

decisões que melhor lhe atendem, diferentemente de outras áreas do design

em que o cliente não é conhecido, ou seja, não há necessidade da definição de

perfil de usuário, e precisa-se estabelecer uma matriz de decisão, baseada no

briefing fornecido pela intimidade dos moradores com a autora. Nesse sentido,

a seleção das alternativas nesta pesquisa privilegiou as necessidades.

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específicas dos usuários, ou seja, do casal. Deste modo, com base nos

problemas ergonômicos identificados, através da verbalização com os

usuários, dos registros fotográficos, e do passeio guiado, identificou-se a

alternativa gerada como a mais conveniente aos usuários, que dará melhores

condições de realização das atividades diárias. Com ambientes mais seguro e

soluções mais bem resolvidas para o espaço ocupado pelo casal.

De acordo com a análise ergonômica realizada, sugere-se para o

banheiro da moradia estudada:

- Alterações físicas nos espaços do banheiro para favorecer um

dimensionamento mais ergonômico aos moradores idosos.

- Novo layout do mobiliário para os novos espaços na bancada do

banheiro

- Definir alguns elementos de segurança adequados às necessidades

dos idosos.

- Definição, especificação e detalhamento do banheiro do casal,

prevendo utilização de peças de mobiliário que possibilitem apoio e segurança

durante a realização das atividades.

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5 RESULTADOS 5.1 Solução - Nova proposta

Alterações físicas nos espaços do banheiro para favorecer um

dimensionamento mais ergonômico aos moradores idosos. É importante

enfatizar que é um dos locais que mais oferecem este risco aos idosos é o

banheiro, devido ao fato de ser um ambiente que se mantém úmido em boa

parte do tempo (Figura 19).

Figura 19: Projeto elaborado de banheiro para ideal para idosos

Fonte: AUTORA, 2017.

O nivelamento do piso da entrada do quarto para a entrada do banheiro

foi a primeira das soluções a serem feitas, ocasionando melhores condições

aos moradores tanto no uso, como também na higienização do banheiro, pois

desta forma a água não consegue mais esborrar para o quarto ocasionando

outros malefícios (Figura 20).

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Figura 20: Elaboração de projeto para criação do móvel ideal

Fonte: AUTORA, 2017

Outra mudança de suma importância foi a da criação de um móvel para

que pudesse ser instalado embaixo da pia, tendo duas importâncias. Uma que,

todos os objetos de higiene e cosméticos que existiam anteriormente em cima

da pia, podendo ocasionar algum tipo de acidente foram tirados e guardados

no móvel projetado para que pudesse fazer dele uma funcionalidade útil e que

além desta premissa pudesse compor o ambiente, deixando-o mais organizado

e influenciando na estética e composição do local.

No caso da segurança, no box do banheiro, é importante que o local

tenha entrada larga, pois, a função é que facilite a entrada do indivíduo e

dentro dele caiba o idoso com uma cadeira retrátil para facilitar na hora da

higienização ou as barras de apoio. No presente projeto foi utilizado as barras

de apoio. Consequentemente o box deve ser projetado com material muito

resistente, para prevenir quedas, e posteriormente que o idoso não acabe se

machucando ainda mais (Figura 21).

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Figura 21: Projeto elaborado para barra de apoio no box

Fonte: AUTORA, 2017

É importante também que haja no banheiro barras de apoio instaladas

corretamente, de fácil acesso para que o idoso possa acessar caso haja uma

necessidade inesperada. As barras podem ser instaladas tanto horizontal

quanto na vertical. As torneiras do lavatório e do registro do chuveiro devem ter

um mecanismo fácil de abrir e fechar.

Alguns elementos de segurança adequados são importantes às

necessidades dos idosos, como piso antiderrapante ou um tipo de revestimento

que faça a mesma função, evitando escorregões. No presente projeto, foi

utilizado um revestimento antiderrapante leve, para que assim pudesse evitar

algum acidente. É importante que haja uma boa iluminação central, para que a

luz seja bem distribuída por todo ambiente, pois, em idade avançada a visão do

idoso tende a ficar defasada (Figura 22).

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Figura 22: Projeto elaborado para banheiro com barra de apoio no assento e box

Fonte: AUTORA, 2017.

Quando há dificuldade para levantar ou sentar, se faz necessário instalar

barras de apoio na lateral do assento sanitário ou colocar adaptadores nos

vasos sanitários para aumentar a altura do assento do mesmo. A alternativa

escolhida pelo custo benefício, foi a barra de apoio. Evitando grande obras e

facilitando o bem estar e segurança ao casal de idosos (Figura 23).

Figura 23: Projeto elaborado com barra de apoio no assento sanitário

Fonte: AUTORA, 2017

As alterações realizadas no banheiro, objeto de estudo, foi pensada de

modo que os idosos pudessem ter uma autonomia diante das atividades

corriqueiras e segurança ao realizar suas tarefas, sem necessitar de ajuda. As

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barras de apoio foram implantadas acima da louça sanitária e ao lado em

medidas coerentes com a NBR e estatura dos idosos em estudo, dando um

suporte no ato de sentar e levantar da mesma, deixando e livrando de vários e

possíveis acidentes por falta de forças, já que nesta idade sabe-se que o

reflexo bem como força de sustentação dos idosos tem uma baixa por conta do

desgaste do tempo e idade (Figura 24).

Figura 24: Projeto elaborado com vista 3D

Fonte: AUTORA, 2017

Outras duas barras de apoio foram instaladas dentro da área do

chuveiro (box) fazendo com que eles possam realizar suas tarefas com mais

segurança e autonomia. Evitando acidente, em áreas molhadas e de uso

muitas vezes de materiais de higiene que possam por ventura possibilitar um

chão escorregadio.

A Definição, especificação e detalhamento do banheiro do casal,

prevendo utilização de peças de mobiliário que possibilitem apoio e segurança

durante a realização das atividades. Podemos observar que:

O piso precisa está nivelado.

Piso de preferência antiderrapante

O box deve ser fechado com material inquebrável e porta de correr ou,

se não for possível, cortina plástica;

Torneiras mono comando ou meia volta, alavanca ou célula fotoelétrica;

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Tapetes de borracha com ventosas e de boa qualidade; Por experiência,

sugiro testar o tapete molhado antes de colocá-lo no banheiro do idoso;

Porta toalha deve estar o mais próximo do61box, com altura de mais ou

menos 1,30m.

Bancadas com altura entre 80 e 85 cm;

A pia deve ter ralo protetor.

Barras de apoio na área interna do box.

Barras de apoio ao lado do assento sanitário.

Iluminação central bem distribuída.

Móvel planejado embaixo da pia para desocupar a bancada.

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6 CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo desta pesquisa foram coletadas informações tanto teóricas

como empíricas, que, com certeza foram muito importantes para desenvolver

um estudo sobre as atividades domésticas diárias de pessoas idosas e, mais

especificamente, para aplicação desse conhecimento nos espaços internos de

um sanitário, facilitando a moradia.

No que diz respeito a realizar uma análise dos espaços internos do

banheiro, foi selecionada uma residência na cidade de Petrolina-PE, ocupada

por um casal de idosos, para desenvolver um estudo de caso utilizando o

método prospectiva, quantitativa e qualitativa.

Apurou-se que na residência analisada foram constatados prejuízos e

constrangimentos na interface do ambiente eleito, o banheiro domésticos às

pessoas idosas. Os principais problemas observados, baseando-se nas

predições e consolidação do problema. Devido à inadequação do mobiliário, o

dimensionamento mínimo dos ambientes, a falta de equipamentos que

viabilizem a realização das atividades, o arranjo físico, definiram os problemas

espaciais arquiteturais como os de maior urgência, por causar transtornos e

desconfortos físicos, comprometendo a autonomia dos idosos. Surgindo a

necessidade de adaptação deste espaço a este perfil, a partir das sugestões de

melhoria. Tudo isso aponta para a necessidade de um projeto de interiores

como solução para esses problemas.

Conforme estudo percebe-se que os idosos apresentam limitações, e

dependendo de cada caso, pode ser adaptado, porém alguns fatores são mais

fáceis de serem executados, como pode ser observado nas figuras que

ilustraram este trabalho, tornando-se acessíveis, entre eles: implantação das

barras de apoio na altura devida e o piso antiderrapante; os controles como:

maçanetas das portas do tipo alavanca, interruptores, tomadas, em alturas

adequadas; o mobiliário como: o assento sanitário com a barra de apoio para

auxiliar no levantar e sentar. Já os outros fatores são mais complicados de

serem modificados, mas não impossíveis como: a altura do assento sanitário

poderia ser mais elevado, atingindo assim uma altura que não ocasionasse

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tanto esforço ao sentar. Porém, na presente pesquisa foi objetivado a mudança

de baixo custo e que o benefício fosse tão bom que ocasionasse a melhoria na

vida deles como essas pequenas alterações rápidas, porém valiosas, pois a

necessidade era gritante.

Respondendo ao último objetivo formulado no início desta pesquisa, que

propôs elaborar uma proposta projetual de design para o espaço interno da

moradia estudada no sentido de implantar as sugestões a partir da análise

realizada, foram propostas as soluções já enumeradas e mostradas em

plantas, cortes e perspectivas. Cabe destacar que, através da utilização de

equipamentos especiais, desenvolvidos para atender principalmente as

necessidades do público idoso e portador de deficiências nos reflexos com

relação a idade, pode-se aumentar a possibilidade de favorecer o desempenho

das atividades domésticas diárias dessas pessoas. Estendendo assim toda

acessibilidade no ambiente por completo, como sala, quarto, cozinha e

etc...Essa solução foi adotada apenas no banheiro do casal, onde era de

máxima urgência.

Os princípios da ergonomia do ambiente construído, focados na garantia

da qualidade de vida e bem estar dos usuários no espaço edificado, foram

relevantes nesta pesquisa. Ainda sobre este olhar, a metodologia utilizada

caracterizou-se como o ponto de partida e desenvolvimento para as soluções

assumidas no projeto.

Todos os aspectos levantados, entretanto, poderão ser aperfeiçoados

em estudos posteriores, inclusive em outros Trabalhos de Graduação ou

mesmo em níveis mais avançados da vida acadêmica, nas considerações das

necessidades específicas do perfil de público focado nesta pesquisa, podendo

contribuir ainda mais para a qualidade de vida dos idosos nos espaços da

moradia.

O estudo sobre a utilização de equipamentos de design especial, úteis

para facilitar a acessibilidade nos ambientes domésticos em geral, também é

de grande importância no sentido de melhorar o desempenho das atividades

diárias. Pode-se ainda recomendar o desenvolvimento de propostas de projeto

para novos equipamentos que possam ser úteis aos demais ambientes da

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residência, facilitando ainda mais a qualidade de vida das pessoas de idade

avançada.

Um dos objetivos primordiais da equipe multidisciplinar que engloba o

engenheiro, designer, arquitetura e designer de interiores é proporcionar

qualidade de vida para todos, sem exceção, entretanto, parece que essa

qualidade de vida é apenas um direito para usuários sem deficiência ou para

usuários jovens e saudáveis, ou até mesmo de poderes aquisitivos de alto

padrão.

Os benefícios que foram expostos após a conclusão da pesquisa no

cotidiano desse casal de idosos, faz concretizar a importância do estudo. O

conteúdo adquirido foi e é necessário para acrescentar na sociedade

juntamente com outros estudos do mesmo tema já elaborados. Foi através do

estudo que notou-se uma oportunidade de enriquecimento, o aprimoramento

na vida daqueles que precisam de auxilio e não tem acesso a informações

como nesta pesquisa indica. Que através da possa existir um impulso a mais

na possibilidade de estudo e execução desse conteúdo para a sociedade.

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