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SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE CHUVA EM VAZÃO: ESTUDO DE CASO DA LAGOA DE MIRASSOL Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (MODALIDADE – ARTIGO CIENTÍFICO) NATAL-RN 2016 U F R N

Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

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Page 1: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE

TRANSFORMAÇÃO DE CHUVA EM VAZÃO: ESTUDO DE

CASO DA LAGOA DE MIRASSOL

Gabriella Porcino Rosado Chaves

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

(MODALIDADE – ARTIGO CIENTÍFICO)

NATAL-RN

2016

U F R N

Page 2: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Gabriella Porcino Rosado Chaves

SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

DE CHUVA EM VAZÃO: ESTUDO DE CASO DA LAGOA DE

MIRASSOL

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade

Artigo Científico, submetido ao Departamento

de Engenharia Civil da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do Título de

Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dra. Adelena Gonçalves Maia

NATAL/RN, 31 DE MAIO DE 2016

Page 3: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE CHUVA EM

VAZÃO: ESTUDO DE CASO DA LAGOA DE MIRASSOL

GABRIELLA PORCINO ROSADO CHAVES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NA MODALIDADE ARTIGO CIENTÍFICO,

SUBMETIDO AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE BACHAREL EM ENGENHARIA

CIVIL.

NATAL/RN, 31 DE MAIO DE 2016

Page 4: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CHAVES, Gabriella Porcino Rosado (2016). Simulação matemática do processo de

transformação de chuva em vazão: estudo de caso da lagoa de Mirassol. Trabalho de

Conclusão de Curso. Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Natal, RN, 15 páginas.

CESSÃO DE DIREITOS

AUTOR: Gabriella Porcino Rosado Chaves

TÍTULO: SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

DE CHUVA EM VAZÃO: ESTUDO DE CASO DA LAGOA DE MIRASSOL

GRAU: Bacharel em Engenharia Civil ANO: 2016

É concedida à Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir

cópias deste Trabalho de Conclusão de Curso e para emprestar ou vender tais cópias somente

para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e

nenhuma parte desse Trabalho de Conclusão de Curso pode ser reproduzida sem autorização

por escrito do autor.

Page 5: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

AGRADECIMENTOS

Faz-se necessário agradecer nominalmente àqueles que diretamente ou indiretamente,

participaram, de alguma forma, na elaboração desta tese. Desta forma, expresso aqui os meus

mais sinceros agradecimentos:

À minha avó Vilma, por sempre me incluir em suas orações e pensamentos, e, por se

fazer sempre presente na minha vida.

À minha mãe Késia, pelo carinho, amor e assistência apresentado em todas as etapas

da minha vida.

À meu pai Fábio, por todo o amor, ensinamentos, apoio e principalmente inspiração no

que diz respeito ao meu aperfeiçoamento profissional.

Ao meu irmão Fábio e cunhada Thereza, por sempre acreditarem em mim e pelo

apoio.

Às minhas sobrinhas Melissa e Mariah que, sem perceber, me inspiram todos os dias a

ser uma pessoa melhor.

Aos meus colegas de curso, em especial Luan Araujo, Paulo Sergio, Ciro Guilherme e

Rute Dantas, que compartilharam comigo os anos de faculdade, as angustias e alegrias. Estou

certa que esses anos teriam sido mais difíceis sem vocês ao meu lado.

Às minhas amigas e amigos mais presentes, em especial a Rani Dantas, Eduarda

Ximenes, Rebeka Macedo e Rafaella Fernandes por representarem minha família em Natal,

pelo apoio e disponibilidade de atuar como ouvintes e pelo carinho apresentado.

À minha orientadora Adelena, pela disponibilidade e conhecimentos partilhados para

realização deste.

A Deus que, estou certa, esteve sempre presente ao meu lado.

Gabriella Porcino Rosado Chaves

Page 6: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

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RESUMO

SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE

CHUVA EM VAZÃO: ESTUDO DE CASO DA LAGOA DE MIRASSOL

Autor: Gabriella Porcino Rosado Chaves

Orientador: Adelena Gonçalves Maia

Departamento de Engenharia Civil - UFRN

Natal, Maio de 2016

Um tipo de solução amplamente utilizado em áreas com predominância de bacias fechadas é a

implantação de lagoas de detenção e infiltração (LDI). Este tipo de solução tem como

principal função amortecer a vazão de pico, armazenando os deflúvios superficiais para

promover infiltração dos mesmos. Para entender melhor o funcionamento da lagoa é

necessário a utilização de modelos matemáticos de transformação de chuva em vazão, para

determinar o seu hidrograma de projeto e avaliar o seu funcionamento. Neste trabalho, se

estudou uma pequena bacia de drenagem urbana, a bacia experimental de Mirassol, em Natal,

RN, que tem como exútorio uma LDI. O modelo de transformação de chuva em vazão

adotado foi o modelo Soil Conservation Service (SCS) e com o uso do hidrograma unitário

triangular sintético também do SCS, foi determinado o hidrograma de projeto da LDI. Foi

verificado que a LDI em análise tem capacidade de receber o volume afluente, proveniente de

uma chuva com tempo de retorno de 50 anos.

Palavras-chave: bacia de drenagem fechada, modelagem matemática, transformação chuva-

vazão, lagoa de detenção e infiltração,.

ABSTRACT

Title: MATH SIMULATION OF THE RAINFALL-RUNOFF TRANSFORMATION

PROCESS: MIRASSOL RESERVOIR CASE STUDY

Author: Gabriella Chaves

Supervisor: Dra. Adelena Gonçalves Maia

Department of Civil Engineering, Federal University of Rio Grande do Norte, Brazil

Natal, May 2016

Page 7: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

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A type of solution widely used in areas with a predominance of closed drainage basin

(basins without outlet) is the implementation of detention and infiltration reservoirs (DIR).

This type of solution has the main function cushion the peak flow by storing the surface

runoff and to promote soil infiltration. To better understand the operation of the reservoir is

necessary the use of mathematical models of rainfall-runoff transformation to determine the

project hydrograph and evaluate its operation. In this paper, we proposed studying a small

urban drainage catchment, named Experimental Mirassol Watershed (EMW) in Natal, RN,

whose outlet is a DIR. The rainfall-runoff transformation process adopted was the Soil

Conservation Service model (SCS) and using the synthetic triangular unit hydrograph also

from SCS, was determined the DIR project hydrograph. It was verified that the DIR in

analysis has the capacity to receive the affluent volume from a rain with return time of 50

years.

Keywords: Closed drainage basin, mathematical modeling, rainfall-runoff transformation,

detention and infiltration reservoir

INTRODUÇÃO

Durante a segunda metade do século XX, o Brasil apresentou um significativo

crescimento da população urbana, a qual atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística IBGE (2014) representam 85,43% da população total do país. Esse

processo de crescimento acelerado sobrecarrega a infraestrutura urbana, a qual inclui o

saneamento básico que na grande maioria das cidades brasileiras já se apresenta de forma

precária.

Destaca-se aqui a sobrecarga da infraestrutura de drenagem urbana, pois a maioria dos

municípios urbanos sofre uma série de problemas socioeconômicos e ambientais relacionados

às inundações, as quais são provocadas principalmente pela falta de planejamento do espaço

urbano e conhecimento dos riscos das áreas sujeitas a este tipo de evento. Com o crescimento

urbano desordenado e acelerado, as áreas de várzea foram ocupadas e houve um aumento na

magnitude e na frequência das inundações, devido ao excesso de áreas impermeabilizadas.

Por essa razão, o volume de água que antes infiltrava, passou a compor o volume que escoa

superficialmente, aumentando o volume escoado e as vazões de pico (CANHOLI,2005).

A ampliação das enchentes, devido à urbanização, tem trazido à tona a adoção de

medidas corretivas para o crescente controle do escoamento superficial. Nas medidas ditas

tradicionais, o foco recai sobre a ampliação da capacidade do sistema de drenagem,

ocasionando, em geral, a transferência de cheias para a jusante. Nas duas ultimas décadas, em

diversas metrópoles brasileiras, medidas não convencionais de controle de escoamento

superficial, também chamadas de medidas compensatórias, vêm sendo adotadas de forma a

promover a infiltração e o armazenamento temporário das aguas pluviais, com o objetivo de

compensar os efeitos da urbanização sobre os processos hidrológicos (NASCIMENTO et al.,

2007).

Page 8: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

7

Diversos pesquisadores tais como Campana e Tucci (2001), Bertoni (2004), entre

outros, citam que dentre as medidas compensatórias mais amplamente difundidas, destacam-

se os dispositivos de infiltração tais como bacia e valas de infiltração e percolação, que

reduzem o volume do escoamento superficial e possibilitam a recarga do lençol freático e os

dispositivos de detenção e retenção tais como reservatórios abertos ou enterrados,

impermeáveis ou não, que têm por objetivo o controle da vazão lançada nas galerias de águas

pluviais e corpos d’água receptores.

A cidade de Natal tem como característica a presença de diversas bacias de drenagem

fechadas com fluxo direcionado para depressões interiores que se transformam em lagoas nos

períodos de chuvas fortes. Isso se deve à natureza do relevo da cidade de formação dunar,

ondulado e das condições do litoral que apresenta uma barreira natural ao escoamento

superficial diretamente para o mar (PDDMA, 2009)

Essas características do relevo de Natal, segundo o PDDMA (2009) fazem com que a

drenagem tenha aspectos muito peculiares, com dificuldades próprias para a implantação de

sistemas eficientes de drenagem. A maioria das soluções adotadas nos últimos anos envolve a

construção de sistemas de drenagem isolados conectados a lagoas de acumulação e infiltração

nos pontos mais baixos das bacias. A construção dessas lagoas contribui para a recarga do

aquífero local; no entanto, requer grande espaço para a absorção dos volumes escoados, que

pode ser um fator limitativo desse tipo de solução.

As lagoas de infiltração e detenção podem ser utilizadas para controlar a vazão

máxima (promovendo o amortecimento da vazão de pico a jusante), o controle do volume, o

controle do material sólido de erosão e, também, o controle da qualidade da água pluvial

(TUCCI1 apud CARDOSO, 2015)

É de fundamental importância que essas lagoas de detenção e infiltração funcionem de

forma correta, pois são peças fundamentais para o sistema de drenagem da cidade de Natal.

Para simular o comportamento das bacias em dias chuvosos é essencial a definição de um

processo de transformação da chuva em escoamento superficial.

Neste sentido este trabalho se propõe a realizar uma modelagem matemática dos

processos hidrológicos chuva-vazão na bacia e a avaliação do funcionamento da lagoa de

detenção e infiltração de Mirassol.

REVISÃO DA LITERATURA

Lagoas de detenção e infiltração

Os sistemas de drenagem pluvial foram planejados centrados na lógica do rápido

escoamento da água precipitada, transferindo o problema para jusante. Este fato aliado ao

rápido crescimento da população no país, trouxe um cenário caótico para as grandes e medias

cidades. Diversas estratégias são necessárias para solucionar estes problemas que não podem

ser resolvidos simplesmente através da construção de grandes obras de drenagem. Recentes

estudos, realizados principalmente por países desenvolvidos, têm apresentado um novo

conceito sobre projetos de drenagem urbana (PARKINSON et al., 2003).

Trata-se do desenvolvimento sustentável da drenagem urbana o qual tem o objetivo

de imitar o ciclo hidrológico natural. As estratégias de drenagem urbana sustentável incluem

1 TUCCI, CARLOS. E. M. (2007). Inundações Urbanas. 1ª ed., Editora da ABRH / RHAMA, 393 p.

Page 9: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

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as ações estruturais, que consistem dos componentes físicos ou de engenharia como parte

integrante da infraestrutura, e as ações não estruturais, que incluem todas as formas de

atividades que envolvem as praticas de gerenciamento e mudanças de comportamento

(PARKINSON et al., 2003).

Segundo Canholi (2005), o método de controle de cheias baseado em lagoas de

detenção e infiltração tem como finalidade reduzir o pico das enchentes, por meio do

amortecimento conveniente das ondas de cheia, obtida pelo armazenamento de parte do

volume escoado. Entretanto, a utilização dessas estruturas é associada também a outros usos,

como recreação e lazer e, mais recentemente, à melhoria da qualidade d’água. São áreas

normalmente secas durante as estiagens, mas projetadas para reter as águas superficiais

apenas durante a após as chuvas. O tempo de detenção guarda relação apenas com os picos

máximos de vazão requeridos a jusante e com os volumes armazenados.

Especificamente com relação às bacias de detenção, Walesh (1989) cita que a

incorporação de funções múltiplas fica evidente ao se analisar a evolução mundial de

utilização das obras de detenção em centros urbanos que se distinguem em pelo menos quatro

fases: numa primeira fase, as obras de detenção visavam apenas ao controle quantitativo do

escoamento; numa fase posterior, além da função específica do controle do escoamento

superficial, foram concebidas e integradas à paisagem urbana de modo a servir também como

um espaço de recreação e lazer; na terceira fase, soma-se mais uma função que é a de

contribuir para a melhoria da qualidade do escoamento superficial; entretanto, na quarta fase,

os esforços são concentrados em estudar a viabilidade de se usar esse volume de água

armazenado como eventual fonte de abastecimento.

Modelo chuva-vazão do Soil Conservation Service (SCS)

Nos estudos hidrológicos voltados a drenagem urbana, principalmente em virtude da

carência de dados fluviométricos que poderiam subsidiar analises estatísticas de cheias,

normalmente são adotados modelos matemáticos do tipo chuva-vazão para a definição dos

hidrogramas de projeto. Os dados necessários à elaboração desses estudos compreendem

fundamentalmente as características hidráulicas e geomorfológicas da bacia, suas condições

de impermeabilização, tempos de concentração, bem como as precipitações de projeto

(CANHOLI, 2005).

O estudo hidrológico para determinar escoamento superficial e vazões de pico ideal

deveria ser baseado em registros de vazões fixas da região a longo prazo. Esses registros são

raramente encontrados para pequenas áreas de drenagem. E mesmo quando encontram-se

disponíveis, fazer um análise estatística precisa deles é usualmente impossível em razão da

conversão da área para uso urbano durante o período de registro. Desse modo, faz-se

necessário estimar vazões de pico através de modelos hidrológicos baseados em

características mensuráveis de bacias hidrográficas. (USDA, 1986).

A modelagem do escoamento superficial na bacia de drenagem, aliada aos primeiros

dados de monitoramento das variáveis hidráulicas e hidrológicas, simula o comportamento da

bacia e permite calibrar parâmetros fornecendo subsídio para tomada de decisões, como, por

exemplo, a necessidade da aplicação de modificações sobre bacia, possíveis diagnósticos da

qualidade do recurso hídricos armazenados ou definição de atividades que condicionem

reutilização desse recurso.

Page 10: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

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Segundo Genovez2 apud Paulino (2014) nos casos onde existem dados de vazão, em

quantidade e qualidade adequadas para aplicação dos métodos estatísticos, esses devem ser

priorizados, pois eliminam as incertezas inerentes ao processo de transformação da chuva em

vazão. Quando estes dados não estão disponíveis, caso mais frequente, podem ser utilizados

métodos baseados em dados de precipitação. Estes envolvem os seguintes passos: cálculo da

intensidade da chuva de projeto para um determinado período de retorno, cálculo da chuva

media na bacia (distribuição espacial), distribuição temporal da chuva, calculo da chuva

excedente e a transformação da chuva em vazão.

Diversos métodos ou modelos têm sido desenvolvidos para simular a transformação da

chuva em vazão. Um dos modelos que é largamente utilizado é o Soil Conservation Service

(SCS) desenvolvido pelo Departamento de Conservação do Solo Norte-americano. Os

principais elementos utilizados desse modelo são as características da bacia (tipo e umidade

do solo, cobertura vegetal, uso do solo), a precipitação, perdas hidrológicas e o escoamento.

Esse modelo é um dos mais simples e mais utilizados, funciona convertendo

precipitação em precipitação efetiva através de um CN (curve number) que é baseado no tipo

e teor de umidade do solo e ocupação da área de estudo. A precipitação efetiva pode ser

transformada em um hidrograma através da teoria do hidrograma unitário sintético, que pode

ser determinado a partir do monitoramento de chuvas e vazões na área de estudo ou através de

um modelo empírico que determina o hidrograma unitário de forma sintética. Para a

construção do hidrograma unitário sinterico pelo método SCS é necessária a estimativa de um

tempo de concentração da bacia (tc). Este tempo é um parâmetro crítico nesse modelo e

representa o tempo que a precipitação efetiva leva para chegar do ponto mais distante da bacia

até a seção principal, este método será descrito de forma mais detalhada na seção Materiais e

Métodos.

O embasamento físico do método SCS (1972) está na relação entre precipitação total e

precipitação efetiva, durante uma cheia e aproxima-se dessa expressão 𝑃−𝑄

𝑆∗ =𝑄

𝑃 que tem o

seguinte significado: 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜

𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎=

𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎çã𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎

𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙. Chega-se então na equação

𝑄 = 𝑃2

𝑃+𝑆∗ onde não são consideradas as perdas iniciais (água retida em depressões de

superfície, interceptadas pela vegetação, evaporadas e infiltradas). Foi verificado através de

estudos que, em média, as perdas iniciais representam 20% da capacidade máxima 𝐼𝑎 = 0,2 ∙

𝑆. Substituindo na equação da precipitação efetiva admitindo que 𝑆 = 𝑆∗ − 𝐼𝑎, resulta:

𝑄 =(𝑃 − 0,2 ∙ 𝑆)2

𝑃 + 0,8 ∙ 𝑆 (1)

Onde 𝑄 é a lâmina escoada ou volume de escoamento dividido pela área da bacia

(mm), também chamada “chuva efetiva”; 𝑃 é a precipitação durante o evento (mm); 𝑆 é um

parâmetro que depende da capacidade de infiltração e armazenamento do solo, também

chamado de capacidade de armazenamento do solo e 𝐼𝑎 é uma estimativa das perdas iniciais

de água.

2 GENOVEZ, A. M. Vazões Máximas. In: PAIVA, J. B. D.; PAIVA, E. M. C. D. Hidrologia Aplicada à Gestão de

Pequenas Bacias Hidrográficas. Porto Alegre: ABRH, 2001

Page 11: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

10

Esta equação é válida para 𝑃 > 0,2 ∙ 𝑆. Quando 𝑃 < 0,2 ∙ 𝑆, Q=0. Para determinar a

capacidade máxima da camada superior do solo S, os autores relacionarem o parâmetro da

bacia com um fator CN pela seguinte expressão:

𝑆 =25400

𝐶𝑁− 254 (2)

O CN é o parâmetro do método que reflete as condições de uso e ocupação e tipos de

solos. É um valor adimensional que pode variar entre 0 e 100. Esta escala retrará as condições

de cobertura e solo, variando desde uma cobertura muito impermeável (limite inferior) até

uma cobertura completamente permeável (limite superior). Esse fato foi tabelado para

diferentes tipos de solo e cobertura (TUCCI, 2001).

Chuva de projeto

Segundo Paulino (2005) na estimativa da chuva de projeto considera-se um

hietograma de intensidade de precipitação constante, com duração igual ou superior ao tempo

de concentração da bacia, com o intuito de garantir a contribuição de toda a área drenada. Um

dos métodos mais utilizados para a definição da chuva de projeto consiste na adoção de

chuvas padronizadas, que em alguns casos são derivadas de dados pluviométricos existentes,

e em outros devido a ausência de dados observados, são obtidas a partir das relações IDF

(intensidade-duração-frequência).

As curvas IDF são construídas a partir de registros históricos de alturas de precipitação

versus duração de uma determinada localidade. Esses valores são tabulados e processados

estatisticamente, resultando nas curvas IDF (CANHOLI, 2005). A “intensidade” corresponde

à relação entre altura precipitada e sua “duração”, para uma dada “frequência”, ocorrências

num determinado número de anos, traduzida em período de retorno.

A partir da equação IDF define-se o total precipitado e a distribuição temporal dos

volumes precipitados condicionará o volume infiltrado e a forma do hidrograma de

escoamento superficial direto, originado pela chuva excedente (ZAHED FILHO, 1995).

A caracterização das intensidades de chuva através das curvas IDF e que serão

utilizados no modelo é definida a partir da equação 3:

𝑖 = 𝐾 ∙ 𝑇𝑅

𝑎

(𝑡 + 𝑏)𝑐 (3)

Onde 𝑖 é intensidade da precipitação em mm/hora, 𝑇𝑅 é o tempo de retorno em anos, 𝑡 é a

duração da precipitação em minutos e 𝐾, 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 são parâmetros adimensionais de acordo

com dados medidos e a experiência do local.

Existem diversos métodos para definição do hietograma de projeto, um deles é o

método dos blocos alternados, que parte da hipótese que o somatório dos volumes de

precipitação, à medida que se acrescentam blocos, coincide com o valor definido pelas curvas

IDF para cada duração parcial, é possível construir a chuva de projeto sintética. Segundo

Zahed Filho (1995) consiste na definição de uma duração de tormenta e um intervalo de

discretização (t) arbitrário, e através das relações IDF obtém-se a intensidade da chuva para

cada duração. A partir da intensidade e duração da precipitação determinam-se as alturas de

Page 12: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

11

chuva acumuladas, e a partir delas se determina a altura de chuva de cada intervalo. A

colocação dos blocos no hietograma é arbitraria e pode conduzir a diversas configurações.

Existem regras empíricas que devem conduzir a picos mais elevados, as quais determinam

que a parcela mais intensa da precipitação seja colocada entre 1/3 e ½ da duração da chuva e,

os demais blocos podem ser colocados alternadamente, à esquerda e à direita do pico

(CANHOLI,2005)

MATERIAIS E MÉTODOS

Área de estudo

A área de estudo é a bacia de Mirassol, localizada na cidade de Natal, RN. A figura 1

ilustra a área da bacia, com a localização da lagoa de detenção e infiltração, objeto deste

estudo.

Figura 1: Área de drenagem da bacia de Mirassol (FONTE: RIGHETTO et al., 2009)

O relevo da bacia é representativo da região com o predomínio de formação lacustre

associada à presença de dunas. A camada de solo superficial, fracamente arenoso, apresenta

altas taxas de infiltração. O horizonte B do solo é formado por um perfil de baixa

permeabilidade, denominado de Formação Barreiras. (LIMA, 2011)

A área da bacia é igual a 0,14 km², com altitude máxima é de 61,10 metros e a altitude

na extremidade de jusante de 34,90 metros. O fluxo das águas do escoamento superficial é

direcionado para uma Lagoa de Detenção e Infiltração (Lagoa do Conjunto Cidade Jardim

02), que está situada na região com cota topográfica inferior aos demais locais da bacia.

(CARDOSO, 2015)

Há somente um pequeno trecho de coletores de drenagem, situado algumas dezenas de

metros da lagoa. A entrada das águas pluviais se dá através de uma tubulação com diâmetro

Page 13: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

12

de 1,00 metro, que recebe o pequeno trecho de galeria e as bocas de lobo da entrada da lagoa

(LIMA, 2011)

A lagoa de detenção acumula água até a cota de 3,5 metros da lagoa, quando a água

excede este nível o volume de água excedente é transferido através de um trecho de galeria

conectado a outra lagoa (Lagoa do Conjunto Cidade Jardim 01), que fica a jusante da lagoa

estudada. A tabela 1 apresenta a relação cota-área-volume da lagoa (CARDOSO, 2015).

Tabela 1- Relação cota-área-volume da lagoa de Mirassol (FONTE: CARDOSO, 2015)

Modelo de transformação de chuva em vazão

Conforme as elucidações feitas anteriormente, o presente trabalho tem como proposta

aplicar um modelo de chuva-vazão na área de estudo indicada.

Pra obter o valor de CN da bacia foram utilizados os dados da tabela 2 encontrada em

Lima (2009) que mostra os valores das áreas de interesse da bacia separados por metro

quadrado e as suas respectivas condições de impermeabilidade.

Page 14: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

13

Tabela 2 - Áreas de impermeabilização da bacia (Fonte: LIMA, 2011)

Com a utilização dos valores da tabela 2 e através da média ponderada dos valores de

CN correspondentes para cada diferente uso do solo da tabela 3, adotando o solo da região

como tipo A (solos arenosos com baixo teor de argila total) assim como indicado no PDDMA

para a região em questão foi encontrado um CN de 78 como indicado na tabela 4.

Tabela 3 - Valores dos parâmetros CN para diferentes tipos de ocupação urbana (FONTE:

SCS (1975) apud TUCCI (2009))

Page 15: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

14

Tabela 4- Cálculo do CN da bacia

Ainda de acordo com o Soil Conservation Service (SCS), os hidrogramas unitários

podem ser aproximados por relações de tempo e vazão estimadas com base no tempo de

concentração e nas áreas das bacias. E pode ser aproximado por um triângulo definido pela

vazão de pico, tempo de pico e pelo tempo de base, como representado na figura 2. As

relações, de acordo com o texto de Canholi (2005) são as descritas a seguir:

Figura 2 - Forma do hidrograma unitário sintético triangular do SCS

FONTE: Collischonn et al., 2010

𝑡𝑝 = 0,6 ∙ 𝑡𝑐 (4)

𝑡𝑏 = 2,67 ∙ 𝑡𝑐 (5)

𝑞𝑝 = 2,08 ∙ 𝐴

𝑡𝑝 (6)

Superfície Area (m²) % Da área da bacia Valor de CN para uso do solo

Quadras e Lotes 85856,59 60,93 77

Calçamento 31904,36 22,64 76

Asfalto 4581,04 3,25 98

Terreno Natural 3452,45 2,45 39

Escola 12983,84 9,21 89

Lagoa de Drenagem 2142,56 1,52 100

Total 140920,85 100 77,9799

Valores para determinação do CN

Page 16: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

15

Sendo 𝑡𝑝 o tempo de pico, 𝑡𝑐 o tempo de concentração da bacia, 𝑡𝑏 o tempo de base

dados em horas, A a área da bacia dada em km² e 𝑞𝑝 a vazão de pico por mm de chuva efetiva.

O tempo de concentração utilizado foi de 20 minutos, encontrado por Lima (2011).

Como elucidado anteriormente, o método SCS foi aplicado na área estudada através da

adoção de uma chuva padronizada obtida a partir das relações IDF da cidade de Natal.

Segundo o PDDMA (2009) a equação geral de chuvas intensas de Natal é a seguinte:

𝑖 =502,47 ∙ 𝑇𝑟0,1431

(𝑡 + 10,8)0,606 (7)

O tempo de retorno utilizado foi de 50 anos, valor indicado pelo plano diretor de

drenagem e manejo de águas pluviais de Natal –RN para obras de macrodrenagem, pois se

trata de uma sub-bacia fechada com sistema de drenagem deficiente.

Com esses valores de K, a, b e c da equação, o tempo de retorno indicado, um tempo

de discretização de 2 minutos, a duração da chuva foi adotada igual a 60 minutos, foi

encontrado para cada duração parcial as intensidades da precipitação e então os volumes

precipitados através do método de blocos alternados descrito em Canholi (2005).

A determinação dos hidrogramas de escoamento superficial, hidrogramas afluentes ao

reservatório (lagoa de Mirassol), faz-se por convolução das ordenadas do hidrograma unitário

sobre os totais da chuva efetiva em cada intervalo de tempo t.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Utilizando o método dos blocos alternados foi encontrado o hietograma de projeto e

assim o hietograma de chuvas excedentes como mostrado na figura 3.

Figura 3- Hietograma da chuva total e excedente

Page 17: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

16

Utilizando o hietograma de chuvas excendentes, o hidrograma unitário obtido através

da metodologia do hidrograma unitário triangular do SCS com os respectivos valores do

tempo de concentração, tempo de base, tempo de pico e vazão de pico como mostrados a

seguir e na figura 4, e utilizando os mesmos intervalos de tempo do hietograma foi encontrado

o hidrograma de projeto para o tempos de retorno de 50 anos através da convolução como

mostrado na figura 5.

𝑡𝑐 = 20 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

𝑡𝑏 = 34,71 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

𝑡𝑝 = 13 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

𝑄𝑝 = 1,34m³/s/mm

Figura 4- Hidrograma unitário sintético triangular

Figura 5 - Hidrograma de Projeto para TR= 50 anos

Page 18: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

17

Após obtenção do hidrograma de projeto para a bacia, a vazão foi transformada em

volume e então em volume acumulado para a respectiva duração da chuva como mostrando

na tabela 5 para assim realizar a simulação do comportamento da lagoa recebendo essa chuva,

supondo-a inicialmente com volume zero e também analisar o quanto essa chuva equivale em

relação a capacidade de volume da lagoa.

Tabela 5 - Transformação vazão da chuva em volume

O volume acumulado da chuva foi de 1595 m³. Com os dados obtidos da capacidade

de volume da lagoa, sabendo que na cota de 3,50 m fica localizado seu extravasor foi

considerado seu volume como 4450 m³, ficando claro que a lagoa tem capacidade suficiente

Tempo Vazão Volume

Volume

Acumulado

(min) (m³/s) (m³) (m³)

24 0,00304727 0,182836242 0,182836242

26 0,01382079 0,829247402 1,012083644

28 0,0393139 2,358834034 3,370917678

30 0,0911363 5,46817826 8,839095938

32 0,19189826 11,51389543 20,35299137

34 0,34227835 20,53670104 40,88969241

36 0,52987268 31,79236082 72,68205323

38 0,74203101 44,52186085 117,2039141

40 0,96412411 57,84744677 175,0513608

42 1,17558824 70,53529449 245,5866553

44 1,34003543 80,4021257 325,988781

46 1,45445419 87,26725118 413,2560322

48 1,5289507 91,73704181 504,993074

50 1,5705928 94,23556785 599,2286419

52 1,58441263 95,06475761 694,2933995

54 1,57411713 94,44702763 788,7404271

56 1,54252648 92,55158896 881,2920161

58 1,49184672 89,51080334 970,8028194

60 1,42536821 85,5220928 1056,324912

62 1,34687389 80,81243325 1137,137345

64 1,24544092 74,72645538 1211,863801

66 1,12839942 67,70396499 1279,567766

68 1,00838754 60,50325259 1340,071018

70 0,88692115 53,21526921 1393,286288

72 0,76113111 45,6678668 1438,954154

74 0,62914095 37,74845686 1476,702611

76 0,51315786 30,78947146 1507,492083

78 0,41160725 24,69643516 1532,188518

80 0,32325284 19,3951703 1551,583688

82 0,24709782 14,82586892 1566,409557

84 0,18232053 10,93923151 1577,348789

86 0,12823106 7,693863773 1585,042652

88 0,08424108 5,054464726 1590,097117

90 0,04984216 2,990529448 1593,087647

92 0,02458995 1,475397002 1594,563044

94 0,00809227 0,485536286 1595,04858

CHUVA DE PROJETO

Page 19: Gabriella Porcino Rosado Chaves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

18

para receber essa chuva de projeto estando seca (com volume igual a zero). Foi visto também

que a chuva em questão representa 36% da capacidade de armazenamento da lagoa, portanto

se a lagoa estiver 64% ocupada (2848 m³) ainda consegue receber essa chuva.

Considerando a taxa de infiltração para a bacia encontrada por Cardoso (2015) de

3300 m³/dia, a água da chuva de projeto utilizada seria infiltrada no mesmo dia.

CONCLUSÕES

Considerando todos os dados assumidos para utilização no modelo, a simulação

matemática de transformação de chuva em vazão foi realizada de forma satisfatória para a

devida avaliação do funcionamento da lagoa.

Pela simulação realizada levando em conta sua simplicidade, a lagoa de detenção e

infiltração funciona de forma correta, de acordo com o que foi previsto em sua instalação pois

tem volume suficiente para deter a vazão afluente de uma chuva de 60 minutos com TR de 50

anos.

Para uma maior confiança nos resultados obtidos no uso do modelo em trabalhos

futuros recomenda-se uma melhor definição dos parâmetros do modelo pois a escolha dos

parâmetros de entrada realizada de forma criteriosa faz com que os mesmos se aproximem

dos valores reais, diminuindo assim os possíveis erros na modelagem.

È de fundamental importância o monitoramento e elaboração de um banco de dados

para as lagoas de detenção e infiltração da cidade de Natal como previsto pelo plano diretor

de drenagem e manejo de aguas pluviais da cidade de Natal. Pois a longo prazo, essa rede de

informações pode fornecer e aprimorar as informações básicas para a modelagem e assim,

gerar rapidamente respostas para questões relevantes associadas a cheias, urbanização, riscos

e instalação de medidas compensatórias.

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