16
24.02.2012 | notícias de gaia Ano XXVII | n.º 511 | Quinzenal | 24 de fevereiro 2012 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros Casa Cristão Agências Funerárias Rua do Carvalheiro, 123 4405-734 Madalena Vila Nova de Gaia 227 132 529 tel | 227 126 472 fax [email protected] www.franciscovieira.pt FRANCISCO VIEIRA CATERING Francisco Vieira Catering é uma empresa de eventos com uma longa experiência no ramo, habilitada para exercer com excelência um serviço personalizado, com requinte, qualidade e tradição da boa cozinha portuguesa Gaia assume excelência da cultura nacional Afurada festeja 60 anos Suplemento Cultural Págs. 4 a 7 Câmara e juntas firmam protocolos CDU realiza Encontro Autárquico Comunistas fazem balanço do trabalho desenvolvido no concelho gaiense e deixam duras críticas à politica incrementada pelo atual executivo autárquico PSD/CDS-PP. Pág. 2 Edilidade celebra delegação de competências no valor de cinco milhões de euros. Presidente da câmara volta a sublinhar que quer uma região Norte mais forte. Pág. 3 Vila piscatória quer monumento aos ‘homens do mar’. Presidente da junta fala da reorganização de freguesias e de uma possível integração em Santa Marinha. Págs. 8, 14 e 15 Este ano, o município de Gaia está a investir na cultura portuguesa. Dezenas de artistas vão passar pela cidade nos próximos meses. Jorge Palma e Rita Guerra foram as primeiras vozes e receberam um aplauso gigante do público. Os bilhetes esgotaram com muita antecedência e os espetáculos intimistas marcaram quem assistiu. Seguem-me nomes como Mísia, Clã, Mafalda Veiga, entre muitos outros. Para além dos artistas, o pelouro está apostado em divulgar os espaços culturais. Quem quer conhecer, por exemplo, o Corpus Christi só tem de estar atento, dentro de dias pode apreciar o espaço. O vereador Mário Dorminsky explica a politica cultural programada para 2012.

Gaia assume excelência da cultura nacional · [email protected] FRANCISCO VIEIRA ... por exemplo, o Corpus Christi só tem de estar atento, dentro de dias pode apreciar

  • Upload
    lamnhi

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

24.02.2012 | notícias de gaia

Ano XXVII | n.º 511 | Quinzenal | 24 de fevereiro 2012 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros

Casa CristãoAgências

Funerárias

Rua do Carvalheiro, 1234405-734 MadalenaVila Nova de Gaia

227 132 529 tel | 227 126 472 [email protected]

FRANCISCOVIEIRACATERING Francisco Vieira Catering é uma empresa de

eventos com uma longa experiência no ramo,habilitada para exercer com excelência um serviçopersonalizado, com requinte, qualidade e tradição

da boa cozinha portuguesa

Gaia assume excelênciada cultura nacional

Afurada festeja60 anos

Suplemento CulturalPágs. 4 a 7

Câmara e juntasfirmam protocolos

CDU realiza EncontroAutárquico

Comunistas fazem balanço do trabalhodesenvolvido no concelho gaiense edeixam duras críticas à politicaincrementada pelo atual executivoautárquico PSD/CDS-PP. Pág. 2

Edilidade celebra delegação decompetências no valor de cincomilhões de euros. Presidente dacâmara volta a sublinhar que quer umaregião Norte mais forte. Pág. 3

Vila piscatória quer monumento aos‘homens do mar’. Presidente da juntafala da reorganização de freguesiase de uma possível integração emSanta Marinha. Págs. 8, 14 e 15

Este ano, o município de Gaia está a investir na cultura portuguesa.Dezenas de artistas vão passar pela cidade nos próximos meses. JorgePalma e Rita Guerra foram as primeiras vozes e receberam um aplausogigante do público. Os bilhetes esgotaram com muita antecedência e osespetáculos intimistas marcaram quem assistiu. Seguem-me nomescomo Mísia, Clã, Mafalda Veiga, entre muitos outros. Para além dosartistas, o pelouro está apostado em divulgar os espaços culturais.Quem quer conhecer, por exemplo, o Corpus Christi só tem de estaratento, dentro de dias pode apreciar o espaço. O vereador MárioDorminsky explica a politica cultural programada para 2012.

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 2

ficha técnica Nº de Registo: I.C.S. 111060

sede, redacção,administração

av. república, 1711 s/l esq. tras.4430-206 vn gaia

[email protected]

entidade proprietária e editor: pressing -empresa jornalística comunicação e imagem,

unipessoal lda. nif 506 583 [email protected]

fotocomposição: pressing impressão: paço print, artes gráficas, lda.

departamento comercial: Lídia Oliveiradirector: Paulo Jorge Sousa nif 210048913

[email protected] honorários: Fernando Sousa e

Prof. Artur Villareschefe redacção: Paulo Jorge Sousaredacção: Andreia Caturna Martins (CP 7164);

Jorge Miguel Freitas (CO 429); Luís MoraisFerreira (CP 7349); Miguel Ângelo Luis (CO1000); Olga Pinto (CO 1005).colaboradores: Ademar Costa; Cláudia Oliveira;Cristina Silva; Danyel Guerra (CP 803); EliseteMarques; Ermelinda Mendes; Humberto Pinhoda Silva; Isabel Andrade Monteiro; Jorge Amaral;José Barreto; José Duarte Amaral; LeonardoJúnior; Lúcia Pereira (CP 6958); Manuel Carvalho;Manuel Barbedo; Maria Graça Almeida; NilceCosta; Nuno Filipe; Patrícia Correia; PauloTavares; Raul Martins; Tânia Tavares CP 4278;Vasco Silva Paulo.

nota: os conteúdos dos artigos de opinião sãoresponsabilidade de quem os assina

noticiasdegaia.wordpress.comtels.: 223 700 574/6 | fax: 223 700 576

tiragem média: 5000 exemplares

CDU continua aapostar na

proximidadeA CDU/Gaia realizou no passado dia 18 de Fevereiro, no Auditório do

Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner, o Encontro Autárquico, com oobjectivo de analisar a situação política actual do concelho e fazer umbalanço do trabalho desenvolvido pela CDU em Vila Nova de Gaia.

Com a presença de dezenas de militantes, activistas e amigos daCDU, foram trocadas ideias e opiniões sobre diferentes problemas doconcelho, que são vistos com profunda preocupação.

Reforma Administrativa, mobilidade, ambiente, educação, cultura,desporto, movimento associativo, saúde, segurança, desigualdadessociais, serviços públicos, pobreza e desemprego foram temas abordadose analisados. Para os comunistas, estas temáticas são daresponsabilidade da câmara municipal e, tendo em conta as politicaspraticadas, “não vão de encontro aos interesses dos gaienses, preferindoignorar as necessidades dos trabalhadores e do povo do concelho”.

São mais de 100 os requerimentos colocados à autarquia pela CDU,desde o início deste último mandato, questionando sobre problemasdas populações que são trazidos ao conhecimento dos eleitos da CDU.Neste número não estão contabilizadas moções, declarações de voto,declarações políticas, que são presença constante na Assembleia Mu-nicipal, assim como não estão contabilizadas as moções ou osrequerimentos colocados nas assembleias de freguesia, pelos várioseleitos da CDU. Este é, no entanto, “um cenário que demonstra o empenhoe o trabalho dos eleitos da CDU, que procuram conhecer a realidade dapopulação do concelho, no contacto directo e ouvindo a sua voz”, explicam.

Da conversa que teve lugar neste Encontro, os militantes acreditamque seve ser mantido o “contato permanente com as populações,podendo assim transmitir as suas inquietações, dificuldades e problemas,e simultaneamente esclarecer, informar e dar a conhecer as posiçõestomadas e defendidas pela CDU, numa estreita ligação entre a intervençãoinstitucional e a intervenção de massas”.

Resulta também deste Encontro “a clara reflexão de que as opçõespolíticas deste Executivo Camarário são manifestamente de classe, eopções pela classe dos 'poderosos'”. E explicam: “A construção de mari-nas, hotéis de luxo, teleféricos, a defesa das grandes superfícies, etc,revelam bem para que lado estão orientadas as prioridades da CâmaraMunicipal de Vila Nova de Gaia. Do lado oposto está um desempregosuperior a 18%, comércio tradicional a definhar, interior do concelhoignorado, rede de transportes públicos inexistente, falta de apoios sociais,culturais, desportivos, desaparecimento de serviços públicos,trabalhadores e populações cada vez mais empobrecidas. Este é o ladoque PSD/CDS escolhem esquecer. Porque estes não são os seusinteresses”.

A CDU manterá o seu papel reivindicativo, no terreno, junto dostrabalhadores e das populações e no plano institucional, ao serviço dopovo de Gaia, dando voz aos seus interesses e necessidades.

BE exige respostaspara o desemprego

Na manhã de 13 de fevereiro, o Bloco reuniu com diretor do Centro deEmprego de Gaia para analisar a situação no concelho. Presentes, peloBloco de Esquerda, os deputados municipais Eduardo Pereira e JorgeMagalhães e a deputada Catarina Martins.

Gaia é o concelho com maior taxa de desemprego do país. De acordocom os dados do IEFP, nos três anos que decorreram entre Dezembro de2008 e Dezembro de 2011, o número de desempregados de Gaia aumentouem 53,4%, passando de menos de 20 mil, para mais de 30 mildesempregados. Um acréscimo de 10 553 desempregados, o equivalente amais dez desempregados por dia, 365 dias do ano, durante três anos.

No município gaiense, à semelhança do que acontece no resto do país,as pessoas em situação de desemprego são maioritariamente mulheres etêm entre 35 e 54 anos. Tem-se observado o aumento do desemprego detrabalhadores com formação superior ou secundária.

O desemprego de longa duração prevalece e as oportunidades deformação são cada vez mais raras. Neste momento, mais de metade dosinscritos no Centro de Emprego não conta com qualquer apoio. São 17 milpessoas para quem o prazo de subsídio de desemprego já acabou, o subsídiosocial de desemprego e o rendimento social de inserção, também. A situaçãode crise social no concelho agrava-se.

Neste contexto, “tornam-se ainda mais preocupantes as más notíciasque recentemente nos chegam de várias empresas instaladas em Gaia,incluindo várias das mais significativas: a Sunviauto, que acumula sucessivosperíodos de lay-off; a Salvador Caetano, que em três anos já despediu maisde 400 trabalhadores e está neste momento a pressionar outrostrabalhadores no sentido de obter rescisões individuais dos contratos detrabalho; e a Soares da Costa, recentemente autorizada pelo Governo adespedir um número de trabalhadores superior ao limite previsto na lei e quedeverá situar-se entre 500 e 700 funcionários”, referem.

A situação da Cerâmica de Valadares também “causa preocupação e éemblemática da crise que vivemos e da ausência de respostas por parte doGoverno”, salientam os representantes do Bloco. “Há hoje um problema queresulta do facto de o sector financeiro não estar a cumprir a sua função, aonão assegurar o financiamento da economia, o que não só impede oinvestimento, como estrangula a economia, causando situações como a daCerâmica de Valadares”. O Bloco de Esquerda “congratula-se com o resultadoda luta dos trabalhadores da Cerâmica de Valadares” e não pode deixar de“recordar as palavras inaceitáveis do senhor ministro da Economia, ÁlvaroPereira, quando disse, a propósito da Cerâmica de Valadares, que «não écolocando dinheiro sobre os problemas que os resolvemos», ao mesmotempo que sugeria que a empresa poderia não ser viável”. Para os bloquistas,a resposta a estas declarações é fácil: “O Governo não conhece a Cerâmicade Valadares, nem o concelho de Gaia ou o país”.

O programa para a criação de emprego publicado recentemente em Diárioda República é “representativo da leviandade do Governo”, afirmam. Ejustificam: “um programa que permite às empresas receber apoio público eficar isentas de contribuições para a segurança social, sem qualquercontrapartida quanto à manutenção dos postos de trabalho após o fim dosincentivos públicos. Entrega-se dinheiro aos patrões para contratação deprecários a preço de saldo e não se exige sequer a criação de emprego aprazo. Atira-se dinheiro para cima dos patrões e abandonam-se ostrabalhadores”.

O Bloco de Esquerda exige políticas públicas urgentes para responder àcrise social e respostas efetivas para a criação de emprego.

siga-nosNOTÍCIAS DE GAIA jornal

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 3

Editorial* Artur Villares

VergonhaUm estudo da Federação

Portuguesa Pela Vida (FPV)revela que desde 2007 realiza-ram-se em Portugal mais de 80mil abortos "por opção damulher", dos quais perto de13.500 foram repetições!

Independentemente dasconvicções ideológicas de cadaum, estes números deveriamenvergonhar toda uma socie-dade. Desde o primeiro referendoao aborto que se percebeu quea maioria dos portugueses nãoqueria ter opinião. Ou se a tinha,não a queria manifestar. E assimo resultado evidente dos doisreferendos foi que a maioria dosportugueses não se quis ma-nifestar. No primeiro ganhou onão, no segundo o sim. Foi o su-ficiente para a minoria abortistafazer a ansiada lei à medida.Desde então, 80 mil crianças fo-ram impedidas de nascer, parausar uma linguagem mais suave.E como se não bastasse, cercade 13 mil repetiu a dose. Tudo,naturalmente de borla. Porque élei, o Estado benemérito paga!Faltariam talvez os números doque se gasta com estes actosque impedem a vida com o quese paga para actos que garan-tem a vida. Mas para isso, osnossos distraídos media nãoestão disponíveis. Nem,estranhamente, a nossa actualmaioria.

Sorrisos e alguma vergonhapincelaram todo o ambiente que seviveu na GaiaSocial. O motivo? Aentrega de óculos a 15 meninos emeninas, no dia 15, que moram emdiferentes habitações sociais domunicípio.

Esta ação é o culminar de umaaposta desta empresa municipal:‘Ver bem para a prender melhor’!Envolveu cerca de 300 crianças quefrequentam o projeto ‘Divertir com oSaber’ e surgiu porque algunstécnicos sociais constataram quealgumas crianças apresentavamdificuldades de visão.

Após esta constatação, aGaiaSocial protocolou com aErgovisão um plano para avaliar ascrianças e dar-lhes o melhoracompanhamento médico para re-solver o problema. Foram rastreadas288 crianças, das quais 88 ficaramsinalizadas. Seguiram-se asconsultas de optometria e,finalmente, a prescrição de óculos e/ou terapia visual.

As crianças que precisaram deóculos foram apoiadas, segundo oescalão utilizado na ação social es-colar, e receberam-nosgratuitamente.

‘Ver bem para aprender melhor’

O ‘Divertir com o Saber’ é umainiciativa idealizada pela Gaianima.Está implementado no concelho hámais de cinco anos e promoveessencialmente o ensino damatemática, disciplina que recebealgumas animosidades nacomunidade escolar.

O burburinho instalou-se quandoos vários pares de óculos foramfinalmente colocados nos rostos dascrianças. Rosa, azuis, verdes,

vermelhos ou mesmo pretos foramencaixando na perfeição nos miúdos.Exibiam uns aos outros a novaaquisição e coravam em simultâneo,adaptando-se lentamente ao novovisual.

O importante é que esta será umaimportante ferramenta paraaprenderem a matemática e todas asoutras disciplinas. Pelo menos já têmmais um motivo para seconcentrarem melhor e aprenderemimportantes ensinamentos.

Apesar das medidas deausteridade decorrentes da crisefinanceira, e consequentepenalização das câmaras, o executivomunicipal acaba de atribuir maiscinco milhões de euros às 24 juntasde freguesia do concelho.

“Em Gaia, estamos a conseguirmanter um nível de apoiorelativamente interessante”, afirmou

Câmara atribui cinco milhõesde euros às juntas

o presidente da câmara de Gaia, du-rante a cerimónia de celebração deprotocolos de delegação decompetências. Este apoio édestinado as áreas de gestão deespaços verdes e de execução deobras de reparação em ruas,passeios e estradas municipais.

Foram ainda assinados maisdois acordos complementares: um

aditamento ao protocolo decomparticipação financeira à Junta deFreguesia de Oliveira do Douro, paraconclusão das obras e aquisição deequipamentos do auditório da sededa freguesia; e um protocolo decolaboração financeira com aAssociação Recreativa de S. Martinhod’Além, em Vilar do Paraíso, para arealização de obras de reconstruçãoe requalificação da sede dacolectividade.

“Estes dois protocoloscomplementares não constituemdiscriminação positiva, uma vez queexiste um lote de comparticipaçõesna calha destinado a associações,que será desbloqueado de acordocom a disponibilidade financeira daCâmara”, explicou Luís FilipeMenezes, aproveitando paramanifestar o reconhecimento egratidão pela “exemplar capacidadedos presidentes de untacompreenderem e adaptarem-se ànova realidade”.

Nas próximas semanas, oautarca vai protocolar com as juntasnovas delegações de competênciaspara a gestão de património munici-pal.

Numa altura em que o debatenacional incide na reestruturação da

economia e das empresas, FilipeMenezes defendeu a presença doEstado num conjunto de soluçõesconducentes à estabilidade eviabilidade económica do país,reiterando a “solicitação no sentidode o Estado tomar medidas comefeitos imediatos de corte radical coma estrutura centralista do país”.

Apelou ainda à coragem doGoverno para colocar no Porto a sedede várias empresas e gruposeconómicos, com vista à criação deuma “almofada para reequilibrar adistribuição da riqueza nacional”.

“Partiram do Porto empresários,homens da cultura, das artes, dacomunicação social porque nãohouve força política para defender aÁrea Metropolitana do Porto. É precisoganhar o combate político e, depois,o económico e o social”, considerou,sublinhando a necessidadeimperiosa de aproveitar aoportunidade da próxima décadapara criar uma forte liderança no Portoe na Região Norte do País.

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 4

Uma das iniciativas do pelouro da Culturachama-se 'Conta-me Histórias'. Este é um projetoinédito e, de salientar, também é o programa sertodo de artistas portugueses. Mais ou menos rock,mais ou menos tranquilo, a única certeza são ascaraterísticas intimistas do espetáculo. E mais, oConta-me dará a oportunidade ao público deconhecer locais culturais do municipio que, muitasvezes, é desconhecido. Para além do auditóriomunicipal, os espetáculos vão passar pelo CineTeatro Eduardo Brazão, os jardins da Casa Barbote ainda o Convento Corpus Christi. Os artistas jáforam anunciados.

Os Clã de Manuela Azevedo são os primeiros asubir ao palco, no Convento Corpus Christi (8Março). Seguem-se Rita Redshoes (5 Abril,Auditório Municipal), Mafalda Veiga (20 Abril,Auditório Municipal), Algodão/Pac Man (4 Maio,Auditório Municipal), Bernardo Sassetti (18 Maio,Eduardo Brazão), Luísa Amado (a mulher de CarlosParedes) com Victor de Sousa (1 Junho, CorpusChristi), Mazgani (14 Junho, Corpus Christi) e,finalmente, Old Jerusalem (22 Junho, jardins CasaBarbot).

O 'Conta-me Histórias' tem como objectivorealizar uma sessão de conversa com os músicossobre o processo de criação de canções e aimportância que eles dão à palavra. Conversassimples sobre o quotidiano, regadas com boadisposição e irreverência q.b. Os músicos fazem-se acompanhar da guitarra, piano ou algo maissimples possível para, informalmente, durante aconversa, explicarem alguns pormenores doprocesso de criação, cantando seis a oito temas.

Para mediar a conversa teremos em palco oprogramador cultural e jornalista musical, ArturSilva, o pivot de informação da RTP, Jorge Oliveira,e o jornalista e crítico literário, Tito Couto.

O espaço em que decore a conversa recria umasala de estar, de forma a criar um ambiente deintimidade e partilha mais profundos.

O Notícias de Gaia esteve à conversa com TitoCouto, um dos mentores do 'Conta-me histórias'.

O Conta-me Histórias é um espetáculodiferente. Explique-nos o conceito.

O Conta-me Histórias é um espectáculo que

Dois dedos de conversa ao somde música de excelência

Perfume no Conta-me Histórias de Paredes

junta a entrevista com o concerto acústico. No palcoteremos a recriação de uma sala de estar, onde osmúsicos portugueses recordam as suas carreirase alguns dos seus temas musicais maisemblemáticos. O ambiente é de profundaintimidade e boa disposição.

Depois de Paredes e Felgueiras, porqueescolhem Vila Nova de Gaia?

No fundo acho que foi Gaia que nos escolheu,até porque a autarquia deseja criar um programade formação de público no concelho. Ao saberemda existência deste nosso espectáculo, e dosresultados que tivemos noutros concelhos,decidiram convidar-nos.

Quais são as vossas expetativas em relaçãoou público de Gaia?

Não criamos expectativas. Sabemos que aspessoas vão começar por aparecer pela força dos

artistas envolvidos e que rapidamente vão aderir ànossa descontracção. O que nos aconteceu emParedes e Felgueiras foi isso mesmo. Nosprimeiros espectáculos as pessoas centram asatenções nos artistas e nas músicas, rapidamenteaderem ao conceito independentemente dosartistas convidados ou do maior ou menor númerode temas interpretados.

Para já estão agendados oito espetáculos.Pode aparecer outro ciclo de Conta-me?

Neste momento estamos empenhados nestesprimeiros oito espectáculos e confiantes de quevai ser do agrado do público de Gaia. Depois dissovamos pensar naquilo que podemos fazer.

O Conta-me Histórias pode assumircaracterísticas de espetáculo itinerante?

Depois de Paredes, Felgueiras e Gaia jápodemos dizer que estamos em itinerância.Naturalmente que queremos levar este conceito aoutros concelhos e cidades. Tudo vai depender daaceitação do público e da vontade de outrasautarquias em nos receber.

Qual seria a próxima cidade?Nunca pensamos nisso. Mas podemos deixar

um classificado: Projecto bom de conversa ecapaz de dar música procura cidade calma,descontraída, com sentido de humor e disponívelpara contrair uma relação espectacular.

O 'Conta-me histórias" é um evento PassaporteCultural. A obtenção do Passaporte Cultural de

Gaia poder ser feita, sem qualquer custo, aqualquer altura ou aquando da aquisição dosbilhetes de acesso para qualquer espectáculo,mas sempre na Casa Barbot/Casa da Cultura.

Bilhetes à venda no Cineteatro Eduardo Brazãoe na Casa Barbot/Casa da Cultura. Preço

normal: 4 Euros. Preço Passaporte Cultural: 2Euros. Concertos às 22h00

suplemento cultural

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 5 suplemento cultural

"A BELA ADORMECIDA"de Tchaikovsky

A Academia de Ballet da Ass. Rec.E Cultural de Serzedo vai apresentarno dia 25, sábado, pelas 21h30 e nodia 26, domingo, pelas 16h00 noAuditório Municipal, o bailado "A belaadormecida", de Piotr Ilitch Tchaikovsky,com direção técnica e artística deRaquel Pinto.

VI Festival CALE-se"O FRIO QUE FAZ NA

CAMA"O grupo Ditirambus - Associação

Cultural e Pesquisa Teatral participa noVI CALE-se Festival Internacional deTeatro, com a apresentação da peça"O frio que faz na cama", no dia 25,sábado, pelas 22h00 na AssociaçãoRecreativa de Canidelo. "O frio que fazna cama" é uma peça de António ManuelRevez, com encenação de Marco Mas-carenhas. Trata-se de uma reflexãosobre as relações afectivas, num retra-to duro, atual e sem tabus da buscapela satisfação sexual e amorosa

MARIA MANUELAMENDES NA CASA

BARBOTEstá patente ao público, na Casa

Barbot/Casa da Cultura a exposição"Tempos" da pintora Maria ManuelaMendes da Silva

Segundo a pintora, a propósitodesta exposição, "(...) cada tela as-sume uma série de tempos: serestruturada, posta de lado...,reordenada, posta de lado, e assimsucessivamente. Paro quando a somados elementos gráficos que compõe atela me dão a ideia de querer abandonaras dimensões físicas que a restringem.(...)". A exposição pode ser visitada desegunda a sexta-feira, das 9h às 20h,até ao dia 29 de fevereiro. Entrada livre.

Ciclo de cinema português àborla!

Filme do mês: "ÁGUAS MIL"Nos dias 24 e 25 de fevereiro, em

sessões duplas às 15h30 e 21h30, oCineteatro Eduardo Brazão exibe o filme"Águas Mil", de Ivo M. Ferreira, comGonçalo Waddington, Adelaide João eJoana Seixas.

Pedro é um jovem encenador cheiode dúvidas sobre a peça de teatropolítico que tem nas mãos e a atraves-sar uma crise pessoal, mostra-se tam-bém confuso com as novas responsa-bilidades e expetativas decorrentes dagravidez da namorada. A encenaçãoparece indefinidamente bloqueada atéque Pedro faz uma descoberta emcasa da avó, que poderá explicar odesaparecimento do seu pai logo apósa Revolução dos Cravos. Na caravanaem que a família o costumava levarpara férias em miúdo, Pedro encontradois revólveres e vários documentosque lançam uma nova luz sobre tudo oque lhe tinham dito sobre a misteriosafigura do pai. Parte à procura derespostas, deixando todas asresponsabilidades imediatas para trás.M/12 | A entrada é livre para osportadores de Passaporte Cultural.

SEMANA DE 21 a27 FEVEREIRO

A monumentalidade da Serra do Pilar, Património daHumanidade, vai ser mais uma vez palco de momentos musicaisinesquecíveis, com as atuações dos Echo & The Bunnymen, RuiVeloso, Manfred Mann e Luís Represas & João Gil.

Numa fusão de duas marcas do pelouro da Cultura de Gaia,"Rock às Sextas" e "Reviver os 70s" surgem os "Concertos de Verão- Serra do Pilar", que se realizarão no último fim de semana dejunho e no primeiro de julho.

Luis Represas & João Gil são os primeiros a atuar e, no dia 29de junho, vão recordar o percurso nos Trovante, de "125 azul" ou"Caravelas", "Perdidamente" e com "Saudade".

Seguem-se, dia 30, sábado, os Echo & The Bunnymen, umareferência de culto dos 80s. Ian McCulloch e os Echo vão-nostransportar numa viagem pelos "Seven seas", sob uma "Killingmoon".

Rui Veloso vai cantar o "Porto Sentido" no dia 6 de julho,contemplando desde Gaia uma das mais belas vistas do mundo.

No dia 7 cabe aos veteranos Manfred Mann o fecho dos "Con-certos de Verão - Serra do Pilar", uma festa de música ao som de"Do wah diddy diddy" ou "If you gotta go, go now".

O ciclo "Concertos de Verão - Serra do Pilar" é um eventoPassaporte Cultural. Preço normal: 5 Euros | Preço PassaporteCultural: 3 Euros | Brevemente à venda na Casa Barbot/Casa daCultura | Concertos às 22h00

Rita Guerra (en)canta em Valadares

Concertos de Verão regressam à Serra

O Cine-Teatro Eduardo Brazão foipequeno para receber tanta genteque não quis perder a oportunidadede ver a atuação de Rita Guerra. Acantora portuguesa esteve emValadares, no dia 16, e aproveitoupara apresentar o mais recente álbum'Retrato'.

Num espetáculo intimista de voze piano, Rita Guerra explicou o queprocurou trazer ao concelho: "O lequedeste concerto teve como prioridadea música portuguesa e as cançõesforam escolhidas à primeira, emreunião com a editora, nenhuma ficoude fora".

Assim , o concerto abriu com EltonJohn, 'Your Song', seguido doaclamado 'Right Here Waiting', deRichard Marx, não faltando noreportório Rui Veloso, Paulo Gonzo,Pedro Abrunhosa e Amália Rodrigues,bem como os vários temas pessoais."A receção foi maravilhosa, supercalorosa, apesar do frio, foram todosmuito simpáticos e participativos",registou a cantora.

Depois do sucesso de JorgePalma, a actuação de Rita Guerra e omuito público vêm provar que a apostado vereador da Cultura nesta ofertaestá a ter os frutos idealizados. "Diriaque o que está planeado vai ser umêxito, pois já estão esgotados osbilhetes para os primeiros concertosdo 'Conta-me Histórias' e o concerto'Mísia' já está quase cheio também.Acredito que o ano de 2012 vai ser degrande música em Gaia, numa alturaem que as pessoas querem

Cantora portuguesa inicia ciclo de 'Concertos Íntimosno Feminino'. Vereador da Cultura, Mário Dorminsky,sublinha a grande adesão do público ao programadefinido pela autarquia para este ano

esquecer o quotidianoe refugiar-se nacultura", defendeuMário Dorminsky,acrescentando que aoconcelho vêm "grandesnomes portugueses euns salpicos demúsica muito boa doestrangeiro, na área dojazz, blues e rock".

"Notamos umaadesão forte por partedas pessoas aprogramas maise r u d i t o s ,nomeadamente nassessões, na Casa daCultura, de poesia,literatura ou artesplásticas, e a músicanão é exceção. Estesprogramas lançam onome de Gaia a nívelnacional e é uma boa

portuguesa e dá destaque às vozesfemininas, num ciclo de concertosíntimos, a decorrer no Cine-TeatroEduardo Brazão, um edifício singularcom uma das mais belas salas deespectáculos.

Este é um evento PassaporteCultural. Bilhetes à venda noCineteatro Eduardo Brazão, emValadares, e na Casa Barbot/Casa daCultura.

Preço normal: 15 EurosPreço Passaporte Cultural: 10 EurosConcertos às 22h00

oportunidade para dar a conhecer osequipamentos municipais. Porexemplo, no 'Conta-me Histórias', aspessoas vão entrar não pela igrejado Corpus Christi mas pelo coro alto,para ficarem a conhecer esse beloespaço", conclui o vereador

Rita Guerra foi a primeira artistado ciclo "Concertos Íntimos noFeminino". O próximo concerto desteciclo é já no dia 8 de Março, com Mísia,a voz do "novo fado". Seguem-seTeresa Salgueiro (12 de Abril) e NéLadeiras (10 de Maio).

Neste ciclo Gaia dá voz à música

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 6suplemento cultural

Este ano, o município de Gaiaestá a investir na culturaportuguesa. Dezenas deartistas vão passar pelacidade nos próximos meses.Jorge Palma e Rita Guerraforam as primeiras vozes ereceberam um aplausogigante do público. Osbilhetes esgotaram com muitaantecedência e osespetáculos intimistasmarcaram quem assistiu.Seguem-me nomes comoMísia, Clã, Mafalda Veiga,entre muitos outros. Paraalém dos artistas, o pelouroestá apostado em divulgar osespaços culturais. Quem querconhecer, por exemplo, oCorpus Christi só tem deestar atento, dentro de diaspode apreciar o espaço. MárioDorminsky é o vereadorresponsável pela inspiraçãonacional que vai pairar sobrea cidade....

Dorminsky aposta em grandena música portuguesa

Jorge Palma foi o primeiro apassar pelos palcos do concelho edeu o mote para um vasto programacultural em Gaia. A Troika,seguramente, não passou por cá…

Passou. Passou pelo pelouro. Maso Estado tem de ter a mesma atitudedo pelouro: isto é, tem de ser criativo,investir nas áreas que pode (quetenham rentabilidade). No nossocaso é a rentabilidade cultural.

Qual é o orçamento deste anopara a cultura?

O orçamento aprovado emcâmara para este ano cruza duasvalências. Uma que tem a ver com oinvestimento que faz nas pessoas,para que possam aceder aos projetosculturais e que ronda 250 mil euros.

Muito reduzido…Eu diria hiper reduzido! Tem de

haver criatividade. Aliás, o programaque já apresentamos parece-mecriativo.

Não lhe apetecia que o FestivalMarés Vivas fosse organizado pelopelouro da Cultura?

Não. Repare, quando o MarésVivas é retomado, já estou eu emGaia há seis anos. Nós, de alguma

forma, recusamos o Marés Vivas.Discutimos com os promotores - naaltura a Porto Eventos, agora é PortoEntertainements - e o que aconteceufoi que dissemos aos irmãos Silvaque esta é uma área onde não nosqueremos meter muito. Como secalhar não nos queremos metermuito com o reagge, ou com o hiphop. Logo à partida dissemos que eravocacionado para um publico muitojovem. Já há muitos eventos destegénero e, por isso, não era prioridade.E mais… o programa que nósapresentaram, na altura, não era detodo atrativo. Consideramos que aprogramação do Marés Vivas évocacionada para o público maisjuvenil. Apesar de considerarmos issoimportante, não só não tínhamoscapacidade financeira para o tipo deproposta que nos estavam a fazer -nós nunca tivemos grandesorçamentos - e, como tal, nãoavançamos, mas também porqueeste evento esteve sempre ligado aopelouro da Juventude. Deixamos rolaresta questão de uma formaperfeitamente normal e o pelouro daJuventude ficou com o evento.

E esta 'recusa' não pode parecerestranho aos olhos dos gaienses?

Não. Tudo é cultura…

Mas só este evento tem umorçamento muito considerável , emoposição ao orçamento da Cultura…

Isso é um problema que meultrapassa completamente. Vou fazeraqui um paralelismo… Por que é que,por exemplo, a câmara do Porto nãodá ao Fantasporto 150 mil ou 200 mileuros que é um evento que dá umaimagem internacional fortíssima àcidade (em termos turísticos é um iconda cidade, a par de Serralves e daCasa da Música) e vai pagar um X,não interessa o valor ao certo, paratrazer o Primavera Sounds para oPorto. Vem de Barcelona para o Porto.Nasceu pequenino, em 82, mas agoraé um grande festival. Quanto é quevai investir lá? Não sei, mas serábastante, quanto mais não seja noespaço. Quanto é que custou o Rockin Rio em Lisboa? Toda a gente seesqueceu que a câmara investiu maisde três milhões de euros só emarranjar o espaço da Belavista. Edepois passou a ser utilizado poroutros produtores musicais. Sãoopções! Mas, no fundo, é tudo cultura.Em Gaia, com o tipo de eventos quetemos, como nunca conseguimosatingir determinados patamares que

garanta o mediatismo nacional muitoforte - aliás nem muito nem médioforte - eventos tipo festival de três dias,que é o caso do Marés Vivas,consegue logo destacar-se e atéintegrar-se num programa nacionalde festivais. Por isso é que nós aténos afastamos, e até numa lógica deprogramação cultural normal… querdizer, há ali dezdias onde não hánada antes e X dias onde não há nadadepois. E, até lá, continuamos adesenvolver o nosso trabalho. Porexemplo, este ano temos grupos quejá pegaram. Porquê? Porque o tipode trabalho começou a ser feito emtermos do lançamento dos projetos…é diferente! Estamos a lançar osprojetos com uma antecedência dequase seis meses. Estamos a venderbilhetes com muitas semanas deantecipação. Todas os bilhetes parao Ciclo das vozes femininas estão àvenda.

E onde se podem adquirir osbilhetes para os concertos?

Nos locais onde decorrem oseventos e na Casa da Cultura. O queterá outra vantagem… as pessoasvirem à Casa da Cultura e tirarem oPassaporte Cultural… e ver se, deuma vez por todas, ultrapassamos os

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 7 suplemento cultural

Deixei de fazer exposições de artesplásticas - das áreas em que maisinvestimos em termos de qualidade emGaia, conseguimos mesmo ter um pesosignificativo na Área Metropolitana do Portodevido à qualidade - na Casa MuseuTeixeira Lopes. Cada exposição na CasaMuseu custava cerca de 15 mil euros.Passei essas exposições para a CasaBarbot, consegui mesmo convencergrandes nomes da pintura a fazer essamudança. Pode parecer estranho estamudança… sim e não! Primeiro porqueestamos a mostrar um edifício lindíssimo.Em segundo lugar os próprios artistaspercebem a situação [financeira], como atéos custos posteriores inerentes a cadaexposição muitas vezes chegam a ser zeroeuros!

Mas isso foi uma falta de diálogo? Nãoentraram em acordo com a Casa Museu?

Não. Os artistas é que perceberam. Oscustos de uma exposição na Casa Museu

Artes Plásticas deixam Casa Museu einstalam-se na Casa Barbot

são francamente mais elevados do que opode ser feito na Casa Barbot. Daí quenós tenhamos subido abruptamente onúmero de visitantes na Casa Barbot. Poroutro lado, é pena não podermos fazer oque vínhamos conseguindo na CasaMuseu. Não queremos que fiqueabandonada, agora temos de tercapacidade financeira para manter umaprogramação com a dignidade que aqueleespaço merece. É preferível não fazer, doque fazer mal. Essa é uma das regras quesempre impus aqui dentro. Para fazer temde ser bem, independentemente de sermais ou menos pobre, como por exemploa fusão que fomos obrigados a fazer dedois eventos que estavam em francocrescimento (começaram nos 200 e jáestavam nos 1000 por noite) que são oFestival de Blues e o Festival de Jazz. Aliás,o Festival de Blues era um dos maioresda Europa. Este ano vão continuar a haverapenas as Noites de Blues e Jazz, feitopor portugueses e estrangeiros, mas acustos controlados.

50 mil…

Esta é uma das imagens de marca…É um ovo de colombo (esquecendo o Egg Pa-

rade, que é outro ovo de colombo)! Nós pensamos:como é que podemos divulgar todas as nossainiciativas? Vamos criar um passaporte que sejachamativo e que nos permita uma base de dadoscapaz de mandar informação, as pessoas saberemque eles vão acontecer e, posteriormente,acederem a esses mesmos eventos. Por outrolado, entram todos os espaços culturais queexistem em Gaia. No fundo é um produto de mar-keting que chama a atenção para o que existe emGaia. E nesse aspeto funcionou…

Vamos falar um pouco das atividades…Comecemos pelo ciclo Vozes no Feminino… queciclo é este?

Já tentei fazer isto antes. Gosto muito de vozesfemininas. Já o fizemos no jazz. Todas as artistasde jazz portuguesas passaram por cá, até as maisclássicas como Maria Viana. Neste cicloconseguimos juntar um núcleo de vozes - tirandoum deles - que foi renegociado com o promotor.Cá está… quais são as condições que nósnegociamos com os promotores? Cedência deespaço, participação mínima e eles dão-nos algunsbilhetes e fazem desconto para o Passaporte Cul-tural.

Quais são as vozes?Começamos pela Rita Guerra [que já atuou];

continua com uma senhora que no estrangeiro équase uma Amália, mas em Portugal ainda não émuito conhecida que é a Misia (e que vai lançar cáo novo disco); depois temos a Teresa Salgueiro,um nome marcante dos Madredeus, e que vailançar um disco a solo; e fechamos este primeiro'bloco' com a Né Ladeiras. Há outros nomes, comoa Dulce Pontes, a Mafalda Arnauth que estão na'calha' para entrarem num segundo ciclo,dependendo também daquilo que o produtorconsiderar se resulta ou não. É curioso dizer queeste produtor foi do Jorge Palma, depois deconhecer o espaço, quis fazer este ciclo no Brazão.

É curioso. Acho fantástico. Primeiro sãoconcertos íntimos, não precisam decamarins. O Brazão é uma sala lindíssimae está artisticamente decorada. E tem umaparticularidade… basta virar à direita e temum parque de estacionamento gigante.Um sítio de acessibilidade facílima, sejade Gaia ou não. E não tem sido aproveitadoconvenientemente como um espaço decultura urbana. Tem tido cinema,actividades ligadas ao movimentoassociativo, mas não tem tido este tipoeventos.

É também uma forma de divulgar oespaço?

A nossa ideia para a divulgação deespaços não está neste programa. Está noConta-me Histórias. O Conta-me é um

muita qualidade de música portuguesa. E chamaa atenção das pessoas.

Qual é o conceito do Conta-me Histórias?Não é uma ideia nossa… mas, para nós, por

um lado vai divulgar espaços, por outro divulgar amúsica, os cantores e a cultura portuguesa e,finalmente, são entrevistas com os principaismembros ou das bandas ou com o próprio artistasobre a sua carreira, momentos divertidos e/outerríveis que possam ter acontecido, dois bonsjornalistas que vão fazer as entrevistas e,posteriormente, há um pequeno concerto intimistaprecisamente com a banda ou com o artista. Achoque é um upgrade em relação ao próprio concertoem si. Sinceramente! É uma forma de aproximar opúblico do artista. São eventos que terão um preçosimpático.

Este ano o outro ovo de Colombo - o Egg Pa-rade - vai inundar a cidade novamente?

O conceito é o mesmo. Já foram distribuídosos ovos pelas escolas que pediram, cerca de 40.E depois ficarão em exposição no GaiaShopping.É uma iniciativa que atrai muitos miúdos, traz muitavisibilidade e faz uma grande interligação entreaquilo que é a vertente artística e a vertente social.

programa que nasce de uma forma muitointeressante e que é complementar até pela própriaagenda cultural. Nós temos estado a promover etrabalhar os espaços através de trabalhosfotográficos para cativar as pessoas a irem a essesespaços culturais. Ao Corpus Christi, agoraestamos a trabalhar no Cine Teatro EduardoBrazão…

Mas o Conta-me Histórias vai desenrolar-seem diferentes espaços culturais?

Sim. O Conta-me vai girar pelos vários espaçosculturais de Gaia!

Quais são… o Corpus Christi…O Corpus Christi, Auditório Municipal, Eduardo

Brazão e Casa Barbot. Nesta primeira fase vai ficarpor aí. Depois, ainda há a hipótese de - dependendodepois do próprio funcionamento - que é oaproveitamento de algumas áreas da Casa MuseuTeixeira Lopes. Já está mais ou menos combinadoum segundo bloco de promoção à músicaportuguesa. Eu digo isto porque muitas das coisasque ouço da parte dos músicos é que ninguémouve a música portuguesa, ninguém dáoportunidade aos cantores portugueses… nós,mais uma vez, fazemos uma programação com

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 8

Centro Cívico Reverendo Padre Joaquim de Araújo 4400-354 AfuradaTelefone: 227 724 117 | Fax: 227 810 317 | www.afurada.pt | [email protected]

Freguesia deS. Pedro da AFURADA

“Decidiu a junta, juntamente coma assembleia de freguesia, celebrarde uma diferente, única ao longodestes 60 anos, o aniversário danossa freguesia". Foi esta a formaque o presidente da autarquia localiniciou o discurso da sessão solene.

Com esta iniciativa, a autarquiaquis fazer uma homenagem a umconjunto de pessoas que evocou onome da freguesia durante muitosanos. Por exemplo, todos os ex-atletas afuradenses, nomeadamenteVitor Baía. Depois todas ascoletividades e associações,incentivando-as a continuar adesenvolver o importante trabalho emprol da comunidade. E, finalmente,Luís Filipe Menezes, sendo o "autarcaque mais pugnou pela freguesia nosseus 60 anos de história" e"homenagear a identidade desta terraque são os pescadores. Todos, sem

Afurada quer momunentoaos pescadores

excepção", revelou Eduardo Matos."Nós não somos melhores, nem

somos piores que a população dasoutras freguesias. Mas somosdiferentes em tudo" e, esta diferença,deve-se ao papel dos pescadores,já que, ao longo destes anos, paraalém de um fator económicodeterminante para o desenvolvimentoda comunidade, também ajudarama "cimentar as carateristicas e atipicidade genuína desta terra",enalteceu o edil afuradense.

Eduardo Matos, ao contrário dagrande maioria dos homens dacomunidade, não é pescador, porimposição do próprio pai. Apesardisso, o autarca resolveu aproveitara presença de muitos afuradensespara incentivar os mais jovens a "irempara o mar". Até porque "é um setor,face à crise que estamos aatravessar, onde não houve

austeridade. O que significa que é umsetor onde vale a pena apostar, ondevale a pena investir", afirma o edil.

"Hoje o mar, face às novastecnologias, já não é tão perigoso",explica, "daí lançar este apelo aosjovens". O executivo vai continuar apromover o curso aos jovens quepermite a aquisição da CédulaMarítima porque a pesca é umaaposta para quem não tem emprego.

O edil aproveitou a presença dealguns vereadores da câmara paralevar um pedido ao presidente: aedificação de um verdadeiro monu-mento em homenagem aospescadores e que marque o setor dapesca".

Pescadores unidosO mestre Fernando foi a voz de

todos os pescadoreshomenageados. Visivelmente

emocionado, mostrou o desagradoda comunidade em deixar de serfreguesia e justiquica que esta novarealidade deve ser contrariada.“Devemos lutar até ao últimomomento, mas de forma ordeiraporque não queremos serconhecidos como povo desordeiro”.

“Somos um povo único, comtradições únicas e por isso nãopodemos ser apenas o Lugar daAfurada”, explicou o pescador. Omestre recebeu uma das maioresovações do dia, ou não fosse ele oespelho desta gente do mar.

Os quatro dias de festaterminaram com o descerramento deuma "humilde placa" em honra dospescadores, bem como com olançamento de uma coroa de floresao mar, em honra dos homens queperderam a vida na faina, ao longodestes 60 anos.

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 9 Empresas de

Rua de Salgueiros, 56 | 4400-572 Canidelo | Tel. 227 729 236

Se há locais onde dá prazer estar e passar bonsmomentos de tempo livre, a praia é por excelênciaum dos expoentes máximos de escolha. Seja noinverno ou verão. Faça sol ou caia chuva. Assistirao nascer do dia ou ao cair da noite… O cenário éconvidativo e o ar marítimo que se respira são oconvite para uma estadia à beira mar.

A pensar nesta mesma realidade, uma dasapostas da autarquia tem-se centradoprecisamente na reabilitação dos cerca de 15quilómetros de areia que aqui existem e noapetrechar de infraestruturas capazes de darqualidade às nossas praias. E prova disto mesmoé o facto de todos os anos Gaia ter e manter omesmo número de Bandeiras Azuis: 18!

A par deste desenvolvimento da zona oeste domunicípio, nasceram igualmente um sem númerode serviços. Entre estes destacam-se os quepotenciam a qualidade de oferta aos cidadãos. Eneste número o Notícias de Gaia dá-lhe a conhecero Príncipe de Salgueiros. Trata-se de uma padaria,confeitaria e cafetaria localizada na freguesia deCanidelo, precisamente à entrada da praia deSalgueiros.

Este espaço existe há seis anos, mas desdejulho tem novo timoneiro. Joaquim Silva conseguiuconcretizar o sonho de montar negócio à beira mare com ele transportou uma experiência de 30 anosligados ao setor da restauração, a última das quaisna confeitaria Maximus, situada na mesma

O Príncipe de Salgueiros

Confeitaria marítima de excelênciaO Príncipe de Salgueiros existe há seisanos, mas desde julho tem novagerência. Joaquim Silva dá a cara pelonovo projeto que uma dia foi sonho, masque hoje é uma realidade concretizada esinónimo de qualidade

freguesia, concretamente nos Quatro Caminhos."Tive outros negócios neste ramo e andei cerca

de quatro anos atrás deste espaço. Já tive negóciosno Porto e posso dizer que Gaia o supera",confessa Joaquim Silva, que, sendo natural dafreguesia de Fornelos, em Cinfães, aqui vive há 21anos, precisamente metade da idade que tem."Sempre gostei do Príncipe de Salgueiros, pois éagradável ao nível do ambiente, da qualidade ejunto à praia", acrescenta. E lembra: "O concelhode Gaia está muito desenvolvido e a tendência épara crescer ainda mais".

Inicialmente, o Príncipe de Salgueiros foiadquirido por Joaquim Silva em parceria com maisdois sócios. Todavia, esta cumplicidade acabou

não há melhor. Pode haver croissant parecido, masnão melhor. Tenho clientes que vêm de Espinhopor causa disso e até os forneço para uma bombade gasolina em Ovar", regista Joaquim Silva, nãoesquecendo de sublinhar "as boas francesinhas",o hambúrguer, os pregos (em prato e em pão),bem como todo o tipo de doçaria e serviços decafetaria.

Por estar fisicamente presente junto à praia, oPríncipe de Salgueiros é frequentado durante todoo ano. De inverno são os clientes habituais, osque vêm passear, fazer desporto, ter com umamigo… De verão, além destes, são osveraneantes e os turistas. Isto faz com que "onúmero de clientes mais do que triplique". Certo éque a muita procura durante todo o ano só poderepresentar a mesma qualidade de oferta que esteespaço proporciona e de que se fez referência noterceiro parágrafo desta peça.

E não há crise que se lhe pegue: "A crise nãoassusta. Podemos não ganhar o que queríamos,mas devemos continuar a ter vontade de trabalhar.Desde que sejam pagos os nossos impostos, osnossos funcionários, os fornecedores e aindasobre alguma para comer e beber, penso que nãohá crise".

A terminar, Joaquim Silva deixa uma mensagema todos os que ainda não conhecem as mais-valiasque oferece o Príncipe de Salgueiros: "Gostariaque as pessoas passassem por aqui para provarque os nossos serviços e produtos são dequalidade, pois estou certo que ninguém sairádesgostoso com o que vê ou prova.

por não correr da melhormaneira e a solução,melhor por sinal, foi a deficar sozinho a gerir o locale a liderar uma equipa de12 pessoas que aquitrabalham.

Croissant é iguariade destaque

Entre os produtoscomercializados, todoseles "frescos e aquiproduzidos", destaca-se ofamoso croissant. Esta éuma das iguarias que dãonotoriedade ao Príncipede Salgueiros. "Em Gaia

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 10Empresas de

Rua Laborim Baixo 592, Mafamude | 4430-129 VILA NOVA DE GAIATelef. 227 116 736 | Fax. 227 133 139 | telm. 916 134 960 | Email. [email protected]

PIQUETE

964 061 324 | 227 116 736

(18h às 8h)

Com a diminuição do poder de compra porparte dos portugueses, muitas vezes as soluçõespassam por preservar nas devidas condições osobjetos, equipamentos e artigos que outrora fo-ram adquiridos. Como no poupar é que está oganho, várias entidades têm sentido isto mesmo.Assim, nesta edição apresentamos uma empresa,sediada em Gaia, que procede à assistênciatécnica oficial das marcas Ariston e Domusa.

Localizada em Mafamude, concretamente emLaborim de Baixo, a Jotavêjota - Sociedade Técnicade Climatização tem portas abertas desde o ano2000 e aqui trabalham seis pessoas. Inicialmenteidealizada por três sócios, hoje a empresa éliderada por dois irmãos: Joaquim Sampaio, 42anos, e João Sampaio, 37 anos. E é precisamentepela voz do mais velho que nos é mostrada aatividade e postura desta firma.

"O nosso trabalho incide na reparação deequipamentos. Somos representantes de duasmarcas, como assistência técnica oficial. Além davenda de peças, reparações e arranque dosequipamentos, também fazemos todo o tipo deintervenções de ordem preventiva e curativa paraque tudo funcione em perfeito estado", explicaJoaquim Sampaio. "Fazemos apenas substituiçãode equipamentos, quando não se justifica areparação. Isto acontece através de acordos comas marcas e de forma a se manter a fidelização docliente", acrescenta.

No que diz respeito à italiana Ariston, a Jotavêjotatrabalha em exclusivo no concelhos de Gaia, Portoe Matosinhos, e ao nível de caldeiras manuais agás, energia solar, ar condicionado e bombas decalor. Já para a Domusa, a representação damarca do País Basco acontece no Porto, Braga eAveiro, dando-se assistência em equipamentosdistintos, como por exemplo em caldeiras a gás,gasóleo, de gás de chão e murais, energia solar,bem como a grupos térmicos a gás ou gasóleo.

"Por trabalharmos com estas duas marcas,somos uma empresa com certificação dequalidade, bem como as restantes ao nível delegislação. Temos mais-valias para os clientesporque todas as intervenções têm garantias e umaporta aberta para se fazerem reclamações, aocontrário do que, infelizmente, tem acontecidomuito no mercado nacional, agravado ainda pelacrise", regista Joaquim Sampaio. E explica: "Ouseja, há um crescente número de empresas apautar o trabalho neste tipo de reparações, comoutros preços de serviço, mas que depois não dão

Jotavêjota

Assistência técnica séria e de qualidadeSediada em Gaia, a Jotavêta trabalha oficialmente para a Ariston e Domusa. A empresa procede à reparação de equipamentosdestas duas marcas e é ela quem tem a responsabilidade de manter a boa imagem das mesmas. Conheça as mais-valias destafirma em relação ao que de mau podemos encontrar no mercado

a cara. Acabam por ser mais baratos, mas na horaque o cliente se apercebe, acaba por sair maiscaro. Quando nos é solicitada assistência, dá-moslogo o valor da intervenção, em termos dedeslocação e mão de obra, e estes são valorestabelados pelas marcas. Mais: somos obrigadosa fazer formação contínua, além de termos todasas imposições necessárias de legislação".

A diferença em relação aos"paraquedistas do mercado"

Natural de Penas Róias, no concelho doMogadouro, Joaquim Sampaio, a residir em Gaiahá quase 33 anos, volta ao tema inicial deste textoe fala de como a crise tem afetado o setor eproporcionado oportunidades. "Em termos denegócio, a crise tem tido influência. Basta dizerque o nosso ramo está muito ligado ao setor daconstrução e neste momento ele praticamenteparou. Por outro lado, em termos de clientes,acontece que muitas vezes se tenta mais reparardo que comprar um equipamento novo, emboratenhamos soluções que muitas vezes sugeremser melhor substituir por algo novo do que se fazerreparações dispendiosas em equipamentos quevão ficar obsoletos", adianta.

Assim sendo, a Jotavêjota tem capacidade paradar resposta a grandes empresas, apesar de ogrosso dos clientes serem particulares. Por isso,a escolha de Gaia para a sede não surge por mero

acaso. "Gaia tem boas acessibilidade. De vez emquando precisamos de nos dirigir às fábricas eestamos próximos do aeroporto. Estamos entreAveiro e Braga; ou seja, numa zona central, o queacaba por ser mais benéfico em termos de cus-tos", sublinha Joaquim Sampaio.

Por tudo isto, o mesmo garante que naJotavêjota as pessoas encontram "uma empresaséria", onde qualquer um pode "encontramqualidade e consultar, sem qualquer custo, osvalores das intervenções". Mais: "Para quem nãosabe, a Ariston teve durante anos uma má imagem,porque não dava o devido apoio. Agora estamosno mercado a tentar corrigir isso".

E para que não restem dúvidas quanto ao bomtrabalho aqui efetuado, Joaquim Sampaio dá outroexemplo: "As pessoas procuram na Internet e en-contram muitas empresas com serviço técnico,mas este pode não ser oficial. E em relação asestas marcas, temos esta certificação e somos oassistente oficial exclusivo nestas zonas. A estaconcorrência nós chamamos de paraquedistas domercado [!], que em vez de ajudar ainda estragamo negócio e não preservam a boa imagem dasmarcas".

A terminar, resta dizer que todas as peças eequipamentos comercializados pela Jotavêjota têma devida garantia de dois anos, desde que amontagem seja feita pelos profissionaisexperientes deste serviço técnico de qualidade queaqui se pode encontrar.

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 11 Empresas de

Há muito temos aqui dissecamos sobreo panorama de austeridade económica quetem afetado muitos dos setores deatividade em Portugal. Aqui também temossublinhado que o mercado da construçãoé, por ventura, o que mais tem sofrido comtodo este imbróglio financeiro e que temafetado a Europa em geral, Portugal emparticular e concretamente o concelho deVila Nova de Gaia.

Pois bem, o Notícias de Gaia foi aoterreno procurar respostas para o pontoda situação da atual realidade daconstrução e encontrou no município umbom exemplo de como se pode sobreviverneste espetro de constrangimentos. Assimsendo, estivemos à conversa com RuiSanta, proprietário da empresa Rui SantaConstruções.

"A crise tem afetado muito o negócio.Mas, felizmente, não a senti muito porqueainda vamos tendo trabalho, apesar dehaver muito dinheiro fora por receber. Ouseja, o problema é que se ganha metadedo que outrora. Hoje, o nosso grandetrabalho resume-se em manter a máquinaem funcionamento", confessa, semesquecer a falta de crédito dado pelabanca: "As pessoas aceitam os nossosorçamentos e depois recorrem aosbancos. Como estes não estão a ajudar,existe logo aqui uma barreira".

A empresa Rui Santa tem sede na RuaMarquês Sá da Bandeira, 323, loja 35, eexecuta todos os tipos de trabalho ligadosà construção civil. Alumínios, carpintaria,cozinhas, eletricista, empreiteiro geral,impermeabilizações, pedreiro, serralheiroe metalomecânico, tetos falsos, arcondicionado, aquecimento e aspiraçãocentral, canalização, energia solar, gás,esquentadores, caldeiras e isolamentos(térmico e acústico), pavimentos, pintor,projetos de engenharia e arquitetura, bemcomo a reconstrução e recuperação deedifícios são as artes e as áreas deatividade desta empresa.

"Somos uma empresa pequena, masque trabalha com seriedade e qualidade.

Rui Santa Construções

Qualidade e seriedade aoserviço do cliente

Rui Santa é o nome do proprietário de uma das empresas de construção civil, sediadas em Gaia, que ainda vai tendo mercadopara resistir aos constrangimentos financeiro que este setor tem sido alvo nos últimos anos. Se a edificação própria se mantémno terreno, a recuperação de casas e moradias é o ponto forte desta empresa e representa 90% do volume de negócio

Os nossos funcionários são bonsprofissionais e todos os dias estamos aaprender. Trabalhamos muito no restauroe por isso eles acabam por ser bastantepolivalentes. Pegamos numa casa velha etransformámo-la numa nova", afirma RuiSanta. E acrescenta: "O nosso forte sãomesmo os restauros para particulares,cerca de 90% do volume negócio".

Sem depender de terceiros, arecuperação é o ponto forte

Ao todo, Rui Santa, engenheiro civilde formação e de vocação laboral, liderauma equipa de aproximadamente 22pessoas. Sem nunca pensar nainternacionalização, como muitos outros ofizeram no passado - concretamente paraEspanha e atualmente para os paísesafricanos de língua oficial portuguesa -,esta empresa realiza apenas os trabalhosem território português. "Neste momentotemos uma obra em Gouveia, precisamentepara um cliente de Gaia, em Francelos,duas no Porto e quatro moradias naMadadela", lembra.

"Executamos o trabalho desde oprojeto até ao fim; trabalhamos com chavena mão. Como temos todas asespecialidades, as obras executam-sesem depender de terceiros. Isto faz comque sejamos nós a controlar todo otrabalho, cumprir os prazos e a apresentaras melhores soluções em termosfinanceiros", exorta Rui Santa.

Nascido na cidade do Porto há 48 anos,Rui Santa já completou metade desta idadecomo residente no concelho de Gaia. E aexperiência de aproximadamente 15 anosligados ao mundo da construção permite-lhe dizer que "Gaia continua a ser um bomconcelho para trabalhar" e que não o trocapor outro, até porque se insere no GrandePorto e onde a empresa efetua a maiorparte dos negócios.

Assim, bem junto às obras deedificação das quatro moradias naMadalena, Rui Santa fala sobre este

projeto. "Temos aqui casas novas paravenda, mas sabemos que tão cedo nãosão comercializadas, talvez só daqui adois ou três anos. Este é um projeto parase ir fazendo e para não se parar. Sehouver outro trabalho, os funcionáriospassam para outras obras", regista. São,pois, quatro moradias com acabamentosde topo, em que os preços variam entreos 300 e 325 mil euros.

A terminar, Rui Santa vinca que asúnicas empresas de construção que, hoje,

se vão mantendo no mercado são as queapresentam bons orçamentos, qualidadee seriedade . E se esta empresa se mantémcom normal saúde financeira, isto querdizer que estes são adjetivos que lhe sãoimputados. "No passado toda a gentequeria ser empreiteiro e ganhar dinheiro.Hoje o que se mantém no mercado é o quetem qualidade e bom preço. Como nóstemos tudo isto, os nossos clientes ficamsatisfeitos, o boca a boca funciona e istodeixa-nos realizados", conclui.

Rua Marquês Sá da Bandeira, 323 | Loja 354400-217 Vila Nova de Gaia | Telem. 914 927 [email protected]

Serviços de Construção CivilRemodelação de Edifícios

Reformas de Casas | Serviços Pintor e TrolhaMóveis de Cozinha | Pladur

Picheleiro | Carpinteiro

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 12Empresas de

| Fábrica de Núcleos Metálicos (rolos) paraMáquinas Gráficas e outras

| Rectificação de Rolos em Borracha| Prestação de Assistência Mecânica em

Máquinas Gráficas

Rua da Mina, 710 | 4410-269 Canelas V. N. GaiaTelef. 222 407 352 | Telem. 969 025 276 | 969 467 821 | Email: [email protected]

Numa altura em que as vagas de emprego nãoabundam e cuja dificuldade já se manifesta, emuito, junto dos quadros mais qualificados, énecessário encontrar oportunidades para se darrumo à vida profissional. Uma das alternativaspassa pela emigração, mas não se pode esquecero empreendedorismo. E se o problema se colocaàs gerações mais novas, o caso torna-se maisbicudo quando relacionado com pessoas que sãotidas como velhas para trabalhar e muito novaspara a reforma.

Pois bem, nesta edição o Notícias de Gaiaapresenta-lhe o testemunho vivo de duas pessoasque conseguiram dar a volta às infelicidades davida e que hoje podem dizer que não há crise queassuste. Aqui damos a conhecer mais umaempresa sediada no concelho de Vila Nova deGaia, mais concretamente na freguesia deCanelas, que pauta a própria atuação sob achancela de sucesso. Aqui apresentamos a MaxiRolos.

A ideia de se criar um empresa há muito vagueiana cabeça das duas personagens. António Pinto,hoje com quase 50 anos, e Altair Barbosa, 46 anos,trabalham na renovada Induquímica. Nãosatisfeitos com o rumo desta empresa, ambosdecidem dar um passo em frente e arriscam nacriação dos próprios postos de trabalho. Sem aexperiência de gestão, mas com a técnica apuradade anos a trabalhar atrás das máquinas, os doisempreendedores unem esforços e criam, em 2006,a Maxi Rolos.

"Fomos nós que criamos a empresa de raiz. Ascoisas não nos estavam a correr bem e decidimosmontar negócio próprio. A pressão nessa empresaera muita e despedimo-nos antes queaparecessem mais problemas", lembra AntónioPinto. "No início tivemos grande ajuda moral donosso antigo patrão; aliás, deu-nos logo trabalhopara o dia a dia. Começamos devagar, colocamosaqui todo o nosso dinheiro e passados estesquase seis anos estamos de boa saúde, masainda temos muito a fazer", acrescenta.

Ávido da palavra, vocacionado mais para ocontacto humano e comercial, a postura de AntónioPinto, natural de Sebolido (Penafiel), écomplementada pela responsabilidade que AltairBarbosa, nascido na Bahia (Brasil), mostra naaltura de colocar mãos à obra; isto é, quando énecessário ir para junto das máquinas para não

Maxi Rolos, Lda.

Exemplo de empreendedorismo em GaiaMaxi Rolos é o testemunho vivo de como se podem ultrapassar obstáculos profissionais nesta altura de crise. António Pinto eAltair Barsosa arriscam tudo o que tinham para criar os próprios postos de trabalho e, passados seis anos do arranque do projeto,pode dizer-se que o sucesso está conseguido. Trabalhar em núcleos metálicos (rolos) para máquinas gráficas e de outros setoresé a solução encontrada pelos dois recentes empresários

atrasar o trabalho. Perante este entendimento, oduo funciona em pleno e sem serem precisasgrandes manifestações.

"Aqui nós fazemos a retificação dos rolos paratoda a indústria gráfica, para o mercado dasmadeiras e da cortiça, bem como a retificação derolamentos. Aliás, somos a primeira empresa emPortugal que faz retificação de rolamentos degrande porte. São compradas em Itália, emBarcelona trabalham um ano e depois vêm paranós em Portugal. Isto existe para se fazer aretificação de rolamentos de grande porte paramáquinas de granito, mármores e para cortes deprecisão de diamantes", adianta o nosso interlocu-tor, sem esquecer ainda "todo o trabalho deretificação de rolos para se fazer as chapas paralatas de tinta e insolventes".

Trata-se, pois, de uma empresa jovem queaposta num futuro de qualidade, rigor eprofissionalismo, onde se trabalha em núcleosmetálicos (rolos) para máquinas gráficas e outras,e que se dá a conhecer nos mercados da indústriada serralharia e mecânica.

Crise é sinónimo de mais trabalhoTal como foi referido no início da peça, a crise

com que o país se debate não tem sido problemapara a Maxi Rolos. Mais: desde o arranque destarealidade nacional, a faturação só tem aumentado."A crise não nos tem atrapalhado e só fez aumentar

o negócio. É gratificante nesta altura ter aumento otrabalho, apesar de a luta ser muita. Acho que istoacontece porque atualmente distinguem-se asempresas que apresentam qualidade. E depoisainda temos a mais-valia de estarmos disponíveisa qualquer hora do dia. Se é preciso atuar, a quehora for, damos logo resposta. Já temos trabalhadomadrugada dentro para satisfazer os clientes",explica António Pinto.

"A nossa diferença é a qualidade, bem como onosso trabalho, desde o ferro em bruto, até sechegar à peça mais minuciosa. Não temos falhasnem nunca tivemos uma reclamação. Isto tem sidouma alegria. Tivemos testes de qualidade naempresa Monteiro Ribas e passamos todas asoutras empresas que trabalham na área. Não háninguém que faça um acabamento igual aonosso", confessa. E exemplifica: "As camisas sleeventram na máquina, o operador põe-na a funcionare nem precisa de a afinar, porque o acabamento éexcecional".

Para concluir, António Pinto faz notar que terempresa aberta em Gaia é gratificante, pois alémda boa localização geográfica para o negócio, é olocal que mais gosta, logo a seguir à terra natal,especialmente "por causa das praias", em con-creto "a da Madalena". Por tudo isto, o empresáriodeixa o convite: "Estamos sempre prontos e debraços abertos a todos os clientes, até porquetemos os preços mais atrativos do mercado".

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 13 Empresas de

Governo investe nosdesempregados

Rua dos Bicheiros, 145 | 4405-743 MadalenaTelemével. 918 243 435

José de MacedoPequenas remodelações | Restauros de imóveis particulares

Cozinhas | Casas de BanhoServiços de carpintaria | Pintura | Pichelaria

A medida "Estímulo 2012" é uma iniciativa do Governo quepretende comparticipar até 419,22 euros o salário dedesempregados que sejam contratados pelas empresas. Já foipublicada em Diário da República e acaba de entrar em vigor.As candidaturas serão feitas pela Internet

O Governo vai conceder um apoio financeiro que oscilará entre 50% a60% do salário dos cidadãos que sejam contratados pelas empresas e queestejam sem trabalhar há pelo menos seis meses.

O apoio terá uma duração total de seis meses, apesar de poder serestendido até nove meses no caso de investimentos que o Governo considere"estratégicos".

Para beneficiarem deste apoio, as empresas terão de manter o nível deemprego, ou seja, não podem despedir um trabalhador para acolher o recém-contratado; serão obrigadas a dar 50 horas de formação ao novo trabalhador,ou a formá-lo durante um mínimo de seis meses em contexto de trabalho.

O orçamento desta medida é de 100 milhões de euros, e a expetativa é

criar 56 mil empregos.As empresas que se quiserem candidatar poderão indicá-lo a partir de 15

de fevereiro através do portal Net Emprego. Depois, o IEFP indica à empresaos desempregados que reúnem os requisitos necessários. Depois de assinaro contrato com o novo funcionário, a empresa tem então cinco dias paraapresentar a candidatura ao "Estímulo 2012".

As empresas têm que celebrar um contrato a prazo ou sem termo, atempo completo, com desempregados inscritos há pelo menos seis mesesconsecutivo. Além disso, devem registar criação líquida de emprego.

À data de apresentação da candidatura, as empresas devem registar umnúmero total de trabalhadores igual ou superior à média dos trabalhadoresregistados nos 12 meses que precedem a candidatura, acrescida dostrabalhadores apoiados. Durante a duração do apoio financeiro, têm queregistar, mensalmente, um número de trabalhadores igual ou superior.

As empresas que apresentem projectos de investimento consideradosestratégicos por despacho do ministro da Economia podem beneficiar doapoio relativamente a mais de 20 trabalhadores, durante nove meses. Emcontrapartida, o contrato tem que durar pelo menos 18 meses.

Se a empresa despedir o trabalhador apoiado por via de despedimentocoletivo, por extinção de posto de trabalho ou por inadaptação, ou pordespedimento imputado ao trabalhador que seja considerado ilícito, aempresa terá que restituir a totalidade do apoio. O mesmo acontece se nãoder formação profissional. Não estão previstas sanções para as empresasque dispensarem trabalhadores a termo. Já se falhar o requisito da criaçãolíquida de emprego em dois meses ou se o trabalhador sair da empresa pormútuo acordo o empregador só terá que restituir parte do apoio. A restituiçãotem que ser feita 60 dias depois da notificação do Instituto de Emprego eFormação Profissional.

Escutas telefónicas:Ficção ou perigo real?

Reza assim aquele documento chato e incómodo para muitoschamado Constituição:

Art. 32º, nº 8 - "São nulas todas as provas obtidas mediante …. abusivaintromissão na vida privada, no domicílio, na correspondência ou nastelecomunicações." e art. 34º, nº 4 - "É proibida toda a ingerência dasautoridades públicas na correspondência, nas telecomunicações e nosdemais meios de comunicação, salvos os casos previstos na lei emmatéria de processo criminal.".

Estabelece o Código de Processo Penal a utilização das escutastelefónicas como um meio de obtenção de prova. Não como prova paracondenar. O legislador entendeu assim que escutar alguém ao telefone,ao telemóvel, na internet, etc. será sempre uma medida excepcional deajuda em casos complexos nos quais a Polícia, após muita investigação,não consegue encontrar indícios fortes e/ou provas da prática de crime.

ASVERDADESDA(IN)JUSTIÇA

No entanto, na prática, nos últimos anos, devido aos sucessivos cortesorçamentais e restrições na contratação de novos agentes policiais, osTribunais têm vindo a abusar deste expediente legal para conseguirinstruir casos contra cidadãos que não suspeitam que todas as suaspalavras, expressões e brincadeiras telefónicas podem vir a condená-los por crimes de que não existe mais nenhuma prova que não astranscrições dessas mesmas conversas. Com a agravante de que, aocontrário do que acontece com as falsificações de assinaturas, os juízesportugueses não exigem (nem aceitam) que se verifique através de períciacientífica se a voz numa determinada gravação é da pessoa acusada. Poralguém dizer "fala o João..." isso não significa que esteja o João aotelefone. Pode ser o Manel, o Tono, ou até a Margarida!!!

Quem já não disse ao telemóvel, por exemplo, "olha pá, amanhã traz-me aquelas fotografias que tiraste na festa". Azar dos azares, se a pessoacom quem estamos a falar estiver a ser escutada por causa de umprocesso envolvendo drogas, corremos o risco de passarmos porcriminosos pois estamos a solicitar uma amostra de droga (usando umcódigo, fotografia). Isto segundo as nossas competentes autoridadespoliciais e judiciárias que encontram agora significados ocultos em todasas palavras e expressões que usámos no dia-a-dia. Resta saber se tal"dicionário de código criminoso" já está actualizado segundo o acordoortográfico.

Aconselho assim, por mera segurança ficcional (pois estas coisassó acontecem nas séries americanas) a passarmos a falar em mirandêsao telemóvel, ao telefone e na internet.

Pedro Miguel Branco (Advogado)[email protected]

notícias de gaia | 24.02.2012 pág. 14

Cartório NotarialMaria Clara CardosoFigueiredo da Cruz

Praceta Henrique Moreira, 38 | Afurada4400-346 Vila Nova de Gaia

T. 223 701 096 | F. 223 701 098Telm. 960 262 817

Email: [email protected]

Drogaria daAfurada

Rua Agostinho Albano, 94 | Afurada4400-354 Vila Nova de Gaia

Telf. e Fax 227 814 363

Materiais de ConstruçãoUtilidades Av. da Republica, 1711

S/L Esq. Tras. Sala 24430-206 Vila Nova de Gaia

Telf. 223 700 [email protected]

noticiasdegaia.wordpress.com

siga-nosNOTÍCIASDE GAIA

jornal

Interesses da Afurada estãoacima de qualquer reforma

Com a reorganização da administraçãolocal à porta, poucos se arriscariam acomemorar o aniversário de elevação afreguesia. Mas, na Afurada, o executivoresolveu contrariar este pensamento e,durante quatro dias, celebrou os 60 anos.A iniciativa serviu para marcar esta datae homenagear os homens da terra. Porum lado, os que levam o nome dacomunidade aos quatro cantos do nossopaís, concretamente os jogadoresprofissionais de futebol. Por outro, ascoletividades afuradenses quedesempenham um importante papel nacomunidade. E, finalmente, ospescadores que são a essência destacaraterística vila piscatória. EduardoMatos assegura que a celebração teveapenas este significado: marcar ahistória desta população. Porém, oautarca está atento. E, quanto à fusão/redução de freguesias diz apenas quequer que se garantam os interesses dosafuradenses, nomeadamente adescentralização de serviçosadministrativos. A ser feita a anexação,Eduardo Matos prefere que seja a SantaMarinha, não estando preocupado, parajá, qual o cargo que poderá ocupar nanova área geográfica.

Por que é que decidiu celerar o 60.ºaniversário da freguesia?

Porque são 60 anos. Quando nós começamosa trabalhar, pensamos logo em celebrar esta data.Ao contrário do que se possa pensar, não tem nadaa ver com a ver com a reforma que está em curso.Não havia história de comemorações. Foi umaforma de evocar a data, durante quatro dias,envolvendo a própria comunidade.Fundamentalmente, serviu para fazer um encontrode contas com a história e com uma série de

individualidades afuradenses. Fizemos umahomenagem a ex-atletas. Hoje nem é necessáriohaver alguém natural da freguesia para a Afuradaaparecer nos jornais. Hoje a Afurada tem o seuproprio protagonismo. Mas há uns anos, esseconjunto de pessoas fez com que a Afuradaaparecesse nos jornais, ainda que em letras muitopequeninas, a reboque dessa gente. Tambémserviu para homenagearmos as associações ecoletividades da freguesia, dar a conhecer tudo oque têm feito em prol desta freguesia e, finalmente,homenagear aquilo que é, e continuará a ser, aforça desta terra: a comunidadde piscatória!Fizemos uma homenagem a todos os pescadores.

Quer os do ativo, quer aqueles que infelizmente jádesaparecerem e que ao longo destes 60 anosmuito fizeram pela comunidade. Portanto, oaniversário serviu para tudo isto. Foi esta a razãoprincipal que, efetivamente, decidimos comemoraros 60 anos.

E poderá ser o último aniversário dafreguesia, tendo em conta a reorganização queserá levada a cabo nos próximos meses?

Podemos celebrar sempre. Quando quisermos,até todos os dias, a Afurada. Isso é que é realmenteimportante. Seja uma freguesia, ou não, para mime para todos os afuradenses, podemos sempre

DR

24.02.2012 | notícias de gaiapág. 15

Rua Agostinho Albano 68,Afurada-São Pedro da Afurada4400-354 VILA NOVA DE GAIA

T. 227 810 397 | F. 227 813 106 | Telem. 937 810 397 | 916 902 [email protected]

Aberto desde 1939Fabrico Próprio de Padaria e Pastelaria

Especializados no fornecimento ahotéis, restaurantes e catering

Av. da Republica, 1711 S/L Esq. Tras. Sala 24430-206 Vila Nova de Gaia | Telf. 223 700 574Email: [email protected]

Sofia Martins SousaAdvogada

celebrar a Afurada.

Ficou visível, no discurso do representantedos pescadores, que a população está contraesta reforma das freguesias…

O executivo, a assembleia de freguesia já semanifestou dizendo o que pensa sobre este tema.O que digo, o que posso dizer, e isso é o que vaiacontecer, é que nós estamos à altura e seremoscapazes de defender até ao último momento aquiloque consideramos ser os interesses quer daAfurada quer da sua população.

Que interesses são esses?São variadíssimos. Sobretudo são interesses

relacionados com a população. Agora, se mequiser perguntar se somos contra ou a favor… éverdade que o pescador subiu ao púlpito e disseque estavam contra… é a opinião do povo! Estágravada, está escrita. Nós aprovamos uma moção,em assembleia de freguesia, a dizer exatamenteo que acabei de referir: até ao último minuto, nósiremos garantir e defender os interesses dacomunidade.

E não tem receio que o Lugar da Afurada sejaabsorvido pela freguesia onde vai ser anexado?

Não.

Prefere Santa Marinha ou Canidelo?A Afurada há 60 anos era, administrativamente

falando, anexada a Santa Marinha. Foi desanexada.Há um ditado popular que diz: um bom filho à casamãe volta. O que é normal, o que é lógico, naeventualidade dessa fusão, é que esse tal bomfilho à casa mãe volte. Já estou a responder. Agora,nem sei sequer de onde virá essa ideia depodermos ir para Canidelo. Eu tudo farei, porquesou um bom filho para voltar à casa mãe.

Uma das exigências deverá ser apermanencia de alguns serviços administrativosaqui na freguesia…

Com toda a certeza. Não vejo isso de outraforma. Garantir que os afuradenses, muitos delesjá com alguma idade, não tenham de ir a SantaMarinha para tratar, por exemplo, de um atestado.E mais: a lei é clara. Não se vão despedir osfuncionários que temos. Não se vai demolir oedifício da junta de freguesia. Não! Faz sentido égarantirmos que esse tipo de serviços permaneçamna própria comunidade, ou seja, no edifício atualda junta. Não vejo de outra forma.

E, tendo em conta que não podem serdispensados funcionários, onde é que se encaixa

o atual presidente da junta da Afurada? Sendointegrado, na nova área geográfica, o que seadequa a si? Que cargo lhe apetece preencher?

Sinceramente, neste momento, apetece-me tersaúde, até porque recentemente tive um problemade saúde, para continuar a fazer algo por estacomunidade e pela Afurada. Se é como presidente,se é como vice presidente… neste momento nãome interessa. Sinceramente…

Até porque tem de esperar que seja definidaa Lei de Limitação de mandatos…

O que me interessa é continuar a fazer algo poresta comunidade. E terei muito que fazer, como

sempre tive. E nessa realidade da nova áreaadministratica continuarei a ter muito trabalho emprol da comunidade. Sinceramente, nestemomento o cargo não me interessa. Não meinteressa se é A, B ou C o presidente. A razão queme move neste momento, e é por ela que me voudebater, dentro dessa possibilidade dareorganização, é que possamos defender osmelhores interesses da população. Defender quenão seja severamente penalizada por uma reformaque, em meu entender, corre o risco de ser umareforma feita à pressa e em cima do joelho. Aindaassim, reconheço que terá de ser feita porimposição da Troika.

DR

notícias de gaia | 24.02.2012 ultima

O Baile dos Vampiros realiza-se,este ano, no Hard Club, no MercadoFerreira Borges, a 3 de Março. Emdestaque, o regresso dos ZEN aospalcos do Porto e uma verdadeiramaratona temática de bandassonoras cinéfilas dos anos 1960 atéaos dias de hoje, protagonizada porNuno dos Tornados, André Tentúgal,Schizzofrenik Records vs. Lovers andLollypops e Mister Teaser.

Os ZEN deixaram saudades. OBaile dos Vampiros tem a honra deapresentar a banda mítica do Porto,após uma década afastada dospalcos. A banda de “UNLO”, “11.00am” e “Step on” voltam como cabeçasde cartaz, com a formação originalcomposta por Rui Silva a.k.a. Gon(voz), Miguel Barros (baixo) e AndréHollanda (bateria), tendo comoconvidado Marco Nunes (guitarra).Num regresso inesperado, e depoisde um primeiro concerto com lotaçãoesgotada, voltam ao palco do HardClub com a mesma energia do rockde fusão groove e funk, para aquiloque será certamente um dosgrandes momentos da noite.

Serão ainda nomeados o Rei e aRainha do Baile, com um prémio aosque envergarem o melhor disfarce:Bilhetes para o Super Bock SuperRock com tratamento vip no eventoda Praia do Meco.

À meia-noite, Nuno dos Tornados(Why Radio) vai passar pelo HardClub e fará as delícias dos adeptosdos 60?s e 70?s, desde bandas-sonoras de filmes italianos a hitsfunky pornográficos. Tudo dentro dosconformes, numa sessão de bons

ZEN DE REGRESSO AOSPALCOS DO PORTO

costumes e bailarico à moda antigano Mercadinho de Horrores.

André Tentugal não vem com WeTrust, mas sim em nome próprio. Orealizador que se revelou um casosério da música nacional neste iníciode 2012 parará o tempo parareencarnar a década de 80.

Logo depois, a SchizzofrenikRecords, a label e responsável peladirecção artística do Baile dosVampiros e a Lovers & Lollypops,igualmente editora e promotora doMilhões de Festa, apresentam-se jun-tas em palco numa batalha pelosanos 90, cujo desafio é ter o maiornúmero de pessoas em palco eaumentar o índice de transpiração edécibeis. Tudo entre amigos, commuitas máscaras e cocktails àmistura.

A preparar-se para a música de2000 a 2012, Luís Liberal a.k.a. Mis-ter Teaser receberá todos ao ritmodo melhor disco/funky house, newwave e electro. Nos últimos meses,partilhou a cabine com Erol Alkan,Russ Chimes, Xinobi ou Anoraak,nomes que ilustram bem asonoridade de eleição. O evento as-sume-se como uma festa temáticade máscaras e cocktails, cujo “dresscode” de personagem de cinematransformou a última edição numsucesso, com a maior concentraçãode mascarados até hoje.

A festa de encerramento doFantasporto realiza 12 anos. PeloBaile dos Vampiros já passaramnomes como Peaches, Buraka SomSistema, Ricardo Villalobos,Spektrum, Alexis Taylor dos Hot Chip,

Micro Audio Waves, The Gift e Late ofthe Pier, entre muitos outros. Bilhetesà venda: Rivoli Teatro Municipal no

secretariado do Fantasporto e HardClub a partir de 20 de fevereiro. Preço:10 euros.

Missão CanadáEm Setembro de 2011 foi anunciada a criação de um

projeto - Missão: Canadá - cujo objetivo principal é apoiaros artistas Portugueses que foram convidados a actuarna 30ª edição da Canadian Music Week (CMW), emToronto, de 21 a 25 de Março. Esta edição da CMW nãocelebra só o seu trigésimo aniversário, como realça anova cultura musical em Portugal e Espanha.

Apesar da falta de apoio institucional que poderiaviabilizar a viagem de todos os artistas Portuguesesconvidados pela CMW, tal como anunciado, a Missão:Canadá manteve-se disponível para apoiar os artistasenvolvidos no projeto. Assim, os artistas confirmados pelaMissão: Canadá, que irão actuar em Toronto em Março de2012, são: Darko, Dead Combo, Frankie Chavez, Mazgani,Mikkel Solnado, October Flight

Youthless.A Missão: Canadá, enquanto projeto e reconhecendo

a dimensão e importância de uma conferência como aCMW, estará presente na conferência com o stand Portu-gal Music Scene, facultando contactos e promovendoreuniões profissionais para todos os artistas envolvidos

na Missão: Canadá, mesmo os que, por razõesorçamentais, não conseguiram aceitar o conviteda CMW.

Além da presença da Missão: Canadá na CMWem representação de todos os artistas agregadosao projeto, tal como anunciado, a Missão: Canadácontinuará a sua procura de apoios para os artistasque confirmaram a sua presença na CMWreconhecendo que é uma oportunidade única paraabrir o mercado Norte-Americano e mundial, e umaacção histórica de exportação da nova músicaPortuguesa - a maior levada a cabo até agora.

A CMW é o maior festival e conferênciaprofissional de música no Canadá. Para além dofestival de música com 900 concertos em mais de80 espaços, a feira profissional da CMW reúne maisde 3000 profissionais da indústria da músicainternacional, desde editoras e distribuidoras, pub-lishers, managers, agentes, marcas e outrasentidades do universo musical representando,assim, uma oportunidade única para a exportaçãoda música Portuguesa.