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GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO BÁSICO GOVERNO FEDERAL E FUNDOS FINANCIADORES Relatório de aplicações de 2008

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GASTO PÚBLICO

EM SANEAMENTO BÁSICO

GOVERNO FEDERAL E FUNDOS FINANCIADORES

Relatório de aplicações de 2008

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Gasto Públicoem saneamento básico

GOVERNO FEDERAL E FUNDOS FINANCIADORES

Relatório de aplicações de 2008

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Gasto Público em saneamento básico

MINISTÉRIO DAS CIDADES

Ministro de EstadoMarcio Fortes de Almeida

Secretário ExecutivoRodrigo José Pereira-Leite Figueiredo

Secretário Nacional de Saneamento AmbientalLeodegar da Cunha Tiscoski

Diretor de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da SNSA – InterinoManoel Renato Machado Filho

Diretor de Água e Esgotos da SNSAMárcio Galvão Fonseca

Diretor de Articulação Institucional da SNSASergio Antonio Gonçalves

FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral e Revisão de ConteúdoManoel Renato Machado Filho

Equipe Técnica Lauseani SantoniGislene Flávio LopesLuis Fernando Lima Oliveira

Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSAsetor de autarquias sul – Quadra 01, lote 01/06, bloco “H”, ed. telemundi ii brasília/DF – ceP – 70070010 telefone: (61) 2108-1779contato: [email protected]://www.cidades.gov.br

elaborado em julho de 2009

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RelatóRio De aPlicações De 2008

SUMÁRIO

GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO BÁSICO

GoVeRno FeDeRal e FUnDos FinanciaDoRes

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................5

RESUMO EXECUTIVO – Gasto Público em saneamento básico ...............................7

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................16

1. PLANEJAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO ..........................18

1.1. Planejamento dos investimentos Federais com Recursos orçamentários ...................................................................................................18

1.1.1. incremento de Recursos não onerosos em 2008..............................21

1.2. Planejamento dos investimentos com Recursos onerosos ..........................24

1.3. Recursos totais Programados para investimentos em saneamento básico em 2008 ..........................................................................25

2. GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO EM 2008 ............................................................27

2.1. compromissos de Gastos e Desembolsos por Região e Fonte de Recursos ........................................................................................................28

2.1.1. compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos do oGU ...................................................................................................29

2.1.1.1. compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos do oGU por órgão .................................................30

2.1.1.2. compromissos de Gasto e Desembolsos com Recursos do oGU por Programa de Governo .....................................32

2.1.2. compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos onerosos .................................................................................................33

2.1.3. compromissos de Gastos e Desembolsos Per Capita (Recursos onerosos e não onerosos) .................................................34

2.1.4. Gastos comprometidos e Desembolsados por modalidade ..........36

2.1.5. evolução dos Gastos comprometidos e Desembolsados ...............38

2.1.5.1. evolução dos Gastos comprometidos e Desembolsados por Fonte de Recursos ............................................................40

2.1.5.2. evolução dos Gastos comprometidos e Desembolsados por Região ...............................................................................41

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Gasto Público em saneamento básico

2.1.5.3. evolução dos Gastos comprometidos e Desembolsados por modalidade ......................................................................43

3. EXECUÇÃO FÍSICA DOS EMPREENDIMENTOS ............................................................44

3.1. situação Geral dos empreendimentos ...........................................................45

3.1.1. situação dos investimentos apoiados com recursos do oGU (não onerosos) ......................................................................................47

3.1.2. Situação dos investimentos financiados com recursos do FGts/Fat (onerosos) ..............................................................................49

3.2. carteira de investimentos ................................................................................50

3.2.1. carteira de investimentos por Região e por Fonte de Recursos .....52

3.2.2. carteira de investimentos por modalidade .......................................53

3.2.3. carteira de investimentos por situação do empreendimento ........54

3.2.4. empreendimentos da carteira de investimentos em andamento ............................................................................................55

a. acompanhamento da execução Física dos empreendimentos em andamento ............................................56 b. empreendimentos em andamento com início em 2008 .........58

b. 1. iniciados em 2008 por Região e por Fonte de Recursos ............................................................................. 58

3.2.5. empreendimentos do Pac na carteira de investimentos ................59

3.2.6. empreendimentos concluídos .............................................................60 3.2.7. concluídos por Região do País e por modalidade de intervenção ............................................................................................61

3.2.7.1. concluídos no exercício de 2008 ........................................62

a. concluídos no exercício por Região e Fonte de Recursos ............................................................................ 63 b. concluídos no exercício por modalidade ...................64 c. contrapartidas ................................................................65

4. INDICADORES DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ...................66

4.1. acesso aos serviços de saneamento – PnaD 2007 ......................................66

4.2. evolução do acesso aos serviços de saneamento básico ..........................68

5. ANEXOS .........................................................................................................................74

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO BÁSICO

APRESENTAÇÃO

a secretaria nacional de saneamento ambiental, órgão integrante da estrutu-ra do ministério das cidades, tem, entre suas atribuições, a incumbência de consolidar e disseminar informações sobre o acesso e a prestação dos serviços públicos de abas-tecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos urbanos, contribuindo para um melhor conhecimento da realidade e para o planeja-mento das políticas públicas destinadas à universalização e qualificação dos serviços.

o Relatório do Gasto Público em saneamento básico surgiu de uma deman-da sentida por técnicos, gestores, tomadores de decisão e movimentos sociais, que não dispunham de informações consolidadas sobre os dispêndios realizados anual-mente pelo Governo Federal e Fundos Financiadores – FGts e Fat – com iniciativas de custeio e investimento dirigidas ao saneamento básico e ambiental. tampouco se dispunha de informações sobre a execução física das obras apoiadas ou financiadas com a participação do Governo Federal, inviabilizando a construção de indicadores básicos para o monitoramento e a avaliação dos programas e gerando lacunas de conhecimento que limitavam o planejamento do setor no país.

no entanto, a ausência de um relatório consolidado de investimentos fede-rais revelava dificuldades metodológicas e de coordenação setorial significativas, acentuadas por um histórico de fragmentação e dispersão da atuação da União em saneamento. Diante da constatação de que a atuação do Governo Federal no se-tor estava compartimentada entre diversos ministérios e órgãos federais, foi necessá-rio construir uma base metodológica comum de atuação, uniformizando linguagens e procedimentos básicos, indispensáveis à agregação dos dados e consolidação das informações.

esta tarefa foi realizada, no ano de 2003, pelo Grupo de trabalho interministe-rial de Saneamento, que, ao lado destas definições, legou ao país um redesenho da atuação do Governo Federal no setor, consolidado pelo estabelecimento das com-petências dos diversos agentes institucionais envolvidos e pela inédita elaboração conjunta e multissetorial do Plano Plurianual de investimentos Federais para o período de 2004 a 2007. ao longo do ano de 2004, dando continuidade a suas importantes contribuições, este Grupo produziria ainda nova versão do Projeto de lei que, após ampla discussão com a sociedade, viria a se tornar a lei 11.445/2007 que estabelece as diretrizes gerais para organização dos serviços de saneamento no brasil e institui a Política Federal de saneamento.

somente após o estabelecimento dos elementos para racionalização e co-ordenação da atuação dos diversos órgãos federais e padronização de conceitos básicos foi possível iniciar os esforços para confecção de um relatório anual consoli-dado dos gastos públicos em saneamento.

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Gasto Público em saneamento básico

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agora, ao apresentar à sociedade brasileira o relatório do ano de 2008, cum-pre registrar os nossos mais profundos e sinceros agradecimentos àqueles que vêm tornando sua realização possível, notadamente às equipes do Departamento de Desenvolvimento e cooperação técnica (snsa/mciDaDes), da caixa econômica Federal, do banco nacional do Desenvolvimento econômico e social e do ministério do turismo. cumpre salientar a participação daqueles que, ao lado dos técnicos da SNSA, excedem em zelo, empenho e colaboração às suas obrigações profissionais e contribuem, significativamente, para a elaboração do trabalho, personificados na cooperação dos servidores carlos curro (sPi/mPoG), marcio cavalcante (sPoa/mciDaDes) e, nas edições anteriores, aguinaldo Guidi (Geato/sUReP/caiXa) – In Memorian, que nos acompanham desde os primeiros passos desta caminhada.

MANOEL RENATO MACHADO FILHODiretor de Desenvolvimento e cooperação técnica e.e.

os investimentos do Governo Federal nos últimos anos em saneamento bá-sico no Brasil têm crescido de forma significativa, ainda mais com o lançamento do Programa de aceleração do crescimento. e com a crescente demanda por informa-ções consolidadas sobre os gastos do Governo Federal e dos fundos financiadores, surgiu esta importante ferramenta para orientar os gestores, técnicos e movimentos sociais para a questão do saneamento: o Gasto Público. o Gasto Público em sane-amento básico tem a importante missão de nortear o setor desde o planejamento até a conclusão dos empreendimentos. Uma forma de construir uma linha de atu-ação conjunta e uniforme em saneamento entre todos os entes da Federação. e esse trabalho foi realizado com muito empenho e dedicação pelos servidores desta secretaria, com apoio da Funasa e de outros órgãos federais. Por essa razão, o Gasto Público é hoje uma referência dos recursos aplicados pelo Governo Federal e pelas fontes financiadoras em Saneamento Básico no Brasil.

Foi com muita competência que a Diretoria de Desenvolvimento e coope-ração técnica, da secretaria nacional de saneamento ambiental do ministério das cidades, realizou esta missão mais uma vez, com o Gasto Público 2008. Parabenizo cada servidor pelo excelente trabalho realizado em benefício de todos os brasileiros. tenho certeza que servirá de subsídios para milhares de técnicos da área de sanea-mento básico no brasil.

boa leitura!

obrigado,

LEODEGAR DA CUNHA TISCOSKI secretário nacional de saneamento ambiental

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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RESUMO EXECUTIVOGASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO BÁSICO

Governo Federal e Fundos Financiadores

a atuação do Governo Federal no setor de saneamento básico1 é caracte-rizada por uma multiplicidade de agentes intervenientes e uma complexa estrutura institucional que demanda, além de um significativo aporte de recursos financeiros, iniciativas que promovam o planejamento setorial, a coordenação entre os órgãos, a articulação das ações e a identificação das competências institucionais a fim de evitar a superposição de atividades.

nesse sentido, a secretaria nacional de saneamento ambiental do ministério das cidades, orientada pela necessidade de ampliar a transparência na gestão dos recursos públicos e fornecer informações objetivas sobre a alocação dos investimentos no setor, oferece a síntese do Relatório que detalha o Gasto Público no setor em 2008.

a primeira parte destaca o planejamento dos investimentos no setor, com ên-fase na alocação dos recursos disponíveis na lei orçamentária anual de 2008 (loa) para os órgãos e programas com ações em saneamento básico e no orçamento operacional do Fundo de Garantia do tempo de serviço (FGts). na segunda parte, são identificados e caracterizados os gastos realizados pelo Governo Federal e pelos fundos financiadores (FGTS e FAT) em iniciativas de saneamento básico de 01 janeiro a 31 de dezembro de 2008. na terceira seção, têm destaque as informações relativas às obras em andamento em 2008, bem como às obras concluídas no período apoia-das e/ou financiadas por recursos públicos.

PLANEJAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO

os investimentos no setor de saneamento básico são constituídos por recur-sos não onerosos e onerosos. os recursos de fontes não onerosas são oriundos da lei orçamentária anual (loa) – também conhecido como orçamento Geral da União (OGU) e não prevêem retorno financeiro direto dos investimentos, pois os agentes beneficiados não precisam ressarcir os cofres da União. Já os recursos onerosos são provenientes de financiamentos e têm como fontes o FGTS e o FAT. Trata-se de em-préstimos de longo prazo concedidos a taxas de juros reduzidas para investimentos em ações de saneamento básico.

na loa de 2008 foram destinados R$ 5,9 bilhões para as iniciativas de sanea-mento básico com recursos orçamentários. o ministério das cidades foi o órgão que

1 são contabilizados como gastos em saneamento básico aqueles realizados a título de promover o abastecimento pú-blico de água, o esgotamento sanitário, a drenagem urbana, a coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, incluindo o saneamento integrado em assentamentos precários e as despesas com a elaboração de estudos e proje-tos de engenharia, capacitação de recursos humanos e desenvolvimento institucional e operacional dos prestadores de serviços.

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Gasto Público em saneamento básico

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recebeu maior parcela dessa programação de investimentos: 54,54% do total de recursos previsto na loa (R$ 3,2 bilhões).

na lei orçamentária, os recursos para os investimentos podem ser livres ou provenientes de emendas parlamentares. os recursos livres são utilizados para im-plementar as políticas públicas e estão sob a governabilidade dos órgãos setoriais. a alocação desses recursos tem caráter discricionário, ou seja, fica a critério do Execu-tivo a definição das intervenções e dos beneficiários. No orçamento aprovado para 2008, foram destinados 3,5 bilhões em recursos para investimentos livres (59% do to-tal). Desse total, R$ 3,06 bilhões (86,67%) compreendem recursos programados para investimentos do Programa de aceleração do crescimento (Pac).

Já as emendas parlamentares têm vinculação específica e destinatário de-terminado pelos autores das emendas. na loa de 2008, do montante total de recur-sos aprovados para investimentos em saneamento básico, R$ 2,45 bilhões (41,01%) foram destinados às emendas parlamentares.

em 2008, com as dotações adicionais, cancelamentos e remanejamentos de créditos, a dotação orçamentária prevista para 2008 foi reforçada, adicionando-se R$ 1,38 bilhões aos recursos aprovados na loa para o saneamento básico. com es-sas medidas, incrementaram-se em 18,7% os recursos não onerosos para o setor de saneamento básico, que passou a dispor de R$ 7,3 bilhões em recursos da loa para investimentos.

No ano de 2008 foram previstos R$ 5,95 bilhões para o financiamento de ações de saneamento básico, considerando-se apenas o orçamento do FGts2.

Portanto, o montante total de recursos disponíveis para os investimentos em saneamento básico (onerosos e não onerosos) no ano de 2008 foi de R$ 13,3 bilhões, sendo 55% oriundos do orçamento Geral da União e 45% de Financiamentos.

a comparação da evolução dos recursos disponíveis para investimentos em saneamento básico, com correção monetária pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008, disponível no Gráfico abaixo, demonstra os significativos avanços do Governo Federal na tentativa de ampliar os recursos para investimentos em sanea-mento básico. a consolidação desta tendência é um objetivo estratégico a ser per-seguido, tendo em vista a necessidade de equacionar os problemas decorrentes da falta de saneamento básico para a população brasileira e enfrentar o déficit social existente.

2 a programação de investimentos em saneamento do bnDes para 2008 não foi disponibilizada ao ministério das cidades.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Gráfico evolução dos recursos programados para investimentos em saneamento básico (em R$ bilhões)

2,40

7,37

5,755,50

6,817,62

11,9113,12

8,31

4,373,51

3,25

3,60

3,30

3,11

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

2004 2005 2006 2007 2008

Não onerosos (OGU) Financiamentos (só FGTS) Totais

*as séries foram indexadas pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008

A retomada dos investimentos federais e dos fundos financiadores no setor de saneamento básico está sendo consolidada pelo Programa de aceleração do cres-cimento, que ampliou consideravelmente os recursos disponíveis para o quadriênio (2007 a 2010). a regularidade da oferta recursos num horizonte quadrienal proporcio-na condições básicas importantes para o planejamento setorial, principalmente em função da gestão descentralizada dos serviços públicos de saneamento básico no brasil, que pressupõe o aperfeiçoamento dos mecanismos de cooperação federati-va para garantir o sucesso da execução dos empreendimentos.

GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO EM 2008

De forma a contabilizar adequadamente os gastos do Governo Federal e dos fundos financiadores em saneamento básico, adotaram-se duas metodologias de classificação dos gastos: i) compromissos de gastos; e ii) desembolsos.

Os compromissos de gastos firmados sinalizam os investimentos futuros com-promissados pela União e contemplam os valores dos contratos de empréstimos (financiamentos) somados aos valores dos empenhos realizados com recursos não onerosos do orçamento Geral da União3. os desembolsos realizados representam os recursos financeiros efetivamente depositados pela União nas contas correntes dos empreendimentos e, usualmente, estão associados à execução física dos empreen-dimentos4.

3 o empenho constitui-se em uma garantia ao credor de que os valores comprometidos têm respaldo orçamentário e é o principal instrumento à disposição da administração pública para controle e acompanhamento da execução dos seus compromissos de gasto.

4 considerando-se a plurianualidade da execução das obras de infra-estrutura urbana, ou seja, que grande parte da execução ultrapassa um exercício orçamentário, é importante mencionar que os desembolsos, no caso dos recursos do OGU, incluem os “valores pagos”, bem como os valores dos “restos a pagar pagos” no exercício financeiro.

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Gasto Público em saneamento básico

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No exercício financeiro de 2008 foram comprometidos R$ 12,19 bilhões e de-sembolsados R$ 5,65 bilhões para iniciativas de saneamento básico com recursos orçamentários e dos fundos financiadores. Na análise dos gastos totais comprometi-dos por Região, observa-se que a maior parte dos valores comprometidos em 2008 foi direcionada para os estados e municípios das Regiões sudeste (R$ 4,13 bilhões) e nordeste (R$ 4 bilhões) do país. assim como os valores comprometidos, na análise dos desembolsos totais por Região, nota-se que a maior parte dos valores desem-bolsados em 2008 foi direcionada para os estados e municípios das Regiões sudeste (R$ 2,09 bilhões) e nordeste (R$ 1,81 bilhões) do país.

na análise dos gastos totais por modalidade, pode-se perceber, dentre os valores comprometidos, a priorização das ações de esgotamento sanitário, com 30,3% do total de recursos, seguidas por intervenções em abastecimento de água, responsáveis por 24,18% dos valores. a priorização da modalidade de esgotamento sanitário é de extrema importância, já que, historicamente, a predominância de in-vestimentos em abastecimento de água gerou grandes desigualdades entre esses dois serviços no atendimento da população. em relação aos totais desembolsados, as principais modalidades contempladas foram: abastecimento de água (28,79%), esgotamento sanitário (27,19%) e saneamento integrado (18,48%).

na análise dos compromissos de gastos e desembolsos totais per capita, os dados reunidos revelam que no exercício financeiro de 2008 foram comprometidos R$ 66,2 e desembolsados R$ 30,7 per capita em iniciativas de saneamento básico. Dentre os valores médios comprometidos, apurou-se na Região norte o maior valor per capita: R$ 114,9; e, dentre os valores per capita desembolsados, o maior valor foi observado na Região centro-oeste: R$ 60,8. os maiores valores per capita com-prometidos foram destinados às seguintes UFs: Acre (R$ 780,4); Roraima (R$ 597,5); e Sergipe (R$ 112,04). Já os maiores desembolsos per capita foram apurados no acre (R$ 244); Roraima (R$ 193,4); e Mato Grosso do Sul (R$ 86,39).

em relação aos valores gastos com recursos do oGU, observa-se que, do va-lor total comprometido (R$ 5,9 bilhões) e desembolsado (R$ 3,4 bilhões), a Região Nordeste foi beneficiada com 29,7% dos compromissos de gastos e 42,8% dos desem-bolsos. esse processo de focalização do gasto é um importante instrumento para fa-zer frente às desigualdades regionais de acesso aos serviços públicos: é no nordeste onde estão localizadas as áreas com as maiores carências relativas na prestação dos serviços e abrangem os municípios e estados em que são mais restritas as possi-bilidades de autofinanciamento dos sistemas que prestam os serviços. Vale destacar ainda que, em 2008, dentre os valores comprometidos com recursos do oGU, R$ 3,75 bilhões (62,8%) foram realizados em rubricas orçamentárias do Pac. em termos abso-lutos, o mcidades foi o órgão que comprometeu o maior valor em ações incluídas no Pac: R$ 1,7 bilhões. na análise dos compromissos com recursos do oGU por órgão (R$ 5,9 bilhões), o mcidades foi responsável pelo empenho de 56,4% do montante total, seguido pelo ministério da integração com 21,12% e da FUnasa, com 21,06%.

Já dentre os desembolsos com recursos do OGU, que correspondem a R$ 3,44 bilhões, observa-se que o mcidades foi responsável por 64,8% dos desembolsos reali-

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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zados para as ações de saneamento básico (R$ 2,23 bilhões), seguido pelo mi, com 23,7%. Destaca-se que, do total desembolsado para o saneamento, 62,7% do mon-tante (R$ 2,16 bilhões) correspondem às ações incluídas no Pac. em termos abso-lutos, o mcidades foi o órgão que desembolsou o maior valor em ações do Pac: R$ 1,7 bilhões.

na análise dos valores gastos com recursos do oGU por Programa, destaca-se que o Programa serviços Urbanos de água e esgoto, que promove intervenções de apoio à implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nas áreas urbanas, sob gestão do mcidades, foi o programa com maior expressão orçamentária e financeira no período: recebeu 30,9% dos va-lores comprometidos e 28,5% dos valores desembolsados.

Em relação aos valores gastos com recursos de financiamentos, do total com-prometido (R$ 6,2 bilhões), o FGts foi a principal fonte de recursos comprometidos no ano: 59,56% (R$ 3,70 bilhões) dos recursos de financiamentos para o saneamento básico originaram-se do fundo e 40,44% dos valores de empréstimos assinados corres-pondem a recursos do Fat/bnDes. Destaca-se que, desse montante comprometido, 92% correspondem a empreendimentos incluídos no Pac.

Já dentre os totais desembolsados com recursos de financiamentos, que correspondem a R$ 2,20 bilhões, o FGts constituiu-se na principal fonte de recursos, responsável por 65,30% do total desembolsado (R$1,44 bilhões), enquanto os desem-bolsos com recursos do Fat alcançaram R$ 766 milhões. Destaca-se que 44,7% dos desembolsos totais (R$ 987,45 milhões) correspondem a desembolsos para empreen-dimentos incluídos no Pac.

Ao observarmos os gastos com recursos de financiamentos por Região, vale destacar que a subordinação das contratações à análise das capacidades de pa-gamento e de endividamento dos tomadores dos empréstimos determina uma con-centração dos investimentos em áreas economicamente mais dinâmicas, o que se reflete no maior aporte de gastos comprometidos e desembolsados para a Região sudeste (45,05% e 56,41%, respectivamente).

a evolução dos montantes totais comprometidos e desembolsados para o saneamento básico desde 2003, com correção monetária pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008, disponível no Gráfico abaixo, demonstra os avanços do Governo Federal na retomada das contratações de operações de crédito e am-pliação dos empenhos com recursos do oGU. o notável incremento de recursos investidos no setor a partir de 2007 está associado à implementação do Programa de aceleração do crescimento – Pac para o setor de saneamento básico, que planeja investimentos de R$ 40 bilhões para o setor de saneamento até 2010. O gráfico revela um crescimento de 286% dos valores comprometidos nos anos de 2007 e 2008 (média dos dois períodos) em relação aos valores dos compromissos de gastos apurados de 2003 a 2006 (média dos 4 períodos).

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Gasto Público em saneamento básico

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Em relação aos desembolsos, a melhoria do desempenho em 2008 já é reflexo da ampliação das contratações realizadas a partir de 2007, fruto da prioridade con-ferida ao Pac. comparando-se com o período que compreende os anos de 2003 a 2006, os valores médios desembolsados nos anos de 2007 e 2008 foram superiores em 146% aos valores médios apurados nos quatro anos anteriores, já corrigidos pelo iGP-Di para o ano de 2008. esse resultado é, por um lado, decorrência do aumento expressivo da disponibilidade de recursos proporcionada pelo Programa, que além de ampliar consideravelmente a oferta de recursos para a contratação de novos investimentos, impede que os empreendimentos incluídos no Programa estejam su-jeitos aos efeitos dos contingenciamentos orçamentários e financeiros.

em síntese, pode-se observar que os valores contratados em 2008 equivalem à somatória dos montantes observados no quadriênio 2003-2006. Quanto aos desem-bolsos, os valores obtidos em 2008 representam mais de 70% do total desembolsado no quadriênio.

Gráfico evolução dos gastos comprometidos e desembolsados em iniciativas de saneamento básico*

(em R$ bilhões)

3,15

5,13

2,52

5,14

11,7212,2

1,05 1,34 1,68

3,813,06

5,65

0

2

4

6

8

10

12

14

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Gastos Comprometidos Gastos Desembolsados

* as séries foram indexadas pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008

EXECUÇÃO FÍSICA DOS EMPREENDIMENTOS

o acompanhamento da execução física dos empreendimentos visa disponi-bilizar os principais indicadores da execução acumulada dos investimentos em sane-amento básico contratados entre os anos de 2003 e 2008. embora a execução das obras do setor seja, por sua natureza, plurianual, especialmente por se tratar de em-preendimentos que, em geral, envolvem quantia expressiva de investimentos com um longo tempo de maturação, a tentativa de reunir e monitorar a execução dos investimentos que compõe o montante de contratos vigentes em sucessivos períodos é um esforço importante para dimensionar e comparar a evolução da aplicação dos recursos públicos.

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considerando esse objetivo, apresenta-se, inicialmente, a situação geral5 dos investimentos apoiados e/ou financiados com recursos do Orçamento Geral da União e dos fundos públicos, assinados entre 2003 e 2008. em seguida, são detalhados os investimentos que compõe a carteira de investimentos6 da União no setor de sanea-mento vigente no ano de 2008. na seqüência, estão reunidas as informações sobre os empreendimentos em andamento, concluídos e iniciados, tomando-se como refe-rência o final do exercício de 2008.

a tabela abaixo detalha a situação geral dos investimentos em saneamento, em valores de contratos de investimentos, segundo o ano de contratação e situa-ção do empreendimento. os investimentos realizados de 2003 a 2008 ultrapassam o montante de R$ 28,9 bilhões. Ao final de 2008, os empreendimentos encontram-se na seguinte situação: 24,9% não iniciados; 67,8% em andamento (em execução); e 7,3% concluídos.

Tabela situação geral dos empreendimentos em 2008, por ano de contratação

Situação dosempreendimentoscontratados entre

2003 e 2008

INVESTIMENTOS DA UNIÃO

2003 a 2006 2007 2008 Total geral

Valores (R$ 1,00) % Valores (R$ 1,00) % Valores (R$ 1,00) % Valores (R$ 1,00) %

não iniciados 155.797.053 2,1 2.664.552.990 20,3 4.374.786.207 53,3 7.195.136.249 24,9

em andamento 5.484.539.875 72,2 10.282.649.144 78,5 3.831.849.036 46,7 19.599.038.056 67,8

concluídos 1.956.679.652 25,8 157.600.113 1,2 5.076.840 0,1 2.119.356.606 7,3

TOTAL 7.597.016.580 100 13.104.802.247 100 8.211.712.083 100 28.913.530.911 100

na análise da situação geral dos investimentos contratados somente com recursos do oGU, observou-se que, do montante total de investimentos realizados no período (R$ 12,5 bilhões), ao término de 2008, 29,6% dos empreendimentos não ti-nham sido iniciados, 62% estavam em andamento e 8,4% foram concluídos. conside-rando-se somente os investimentos contratados com recursos de financiamentos, do montante total de investimentos contratados (R$ 16,3 bilhões), ao término de 2008, 21,3% das obras não foram iniciadas, 72,2% estavam em andamento e 6,5% foram concluídas.

a análise dos empreendimentos que compõe a carteira de investimentos for-nece um indicativo importante para o dimensionamento do montante de investi-mentos em curso no setor de saneamento no período, que estão sob a gestão do

5 As informações sobre a situação geral dos empreendimentos inclui a classificação dos empreendimentos segundo o estágio de execução: empreendimentos não iniciados, em andamento e já concluídos. esses investimentos correspon-dem ao montante dos valores históricos dos contratos firmados entre a União e os beneficiários (contratos de repasse e termos de compromisso) e aos contratos de empréstimos assinados entre a União e os proponentes a partir de 2003, excluindo-se os valores aportados a título de contrapartida dos estados, municípios e Prestadores Privados.

6 Essa carteira inclui o rol de contratos vigentes ao final do exercício (empreendimentos não iniciados e em andamento), sob gestão do MCidades e dos fundos financiadores, independentemente do ano de assinatura do contrato e exclui os contratos já concluídos ao término do ano. Vale mencionar que, na carteira, estão incluídos os valores das contra-partidas dos proponentes.

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Governo Federal e dos fundos financiadores. A carteira de investimentos, ao final de 2008, perfazia um montante de R$ 34,47 bilhões em investimentos, em um total de 11.456 contratos vigentes8. os investimentos da carteira se concentravam, principal-mente, nas regiões sudeste (42,6%) e nordeste (24,12%) do país. a maior parte dos investimentos que compõem a carteira do mcidades foi contratada nos anos de 2007 e 2008, equivalente a recursos de R$ 26,2 bilhões (76,2% dos investimentos).

a distribuição dos investimentos da carteira por fonte de recursos mostrou que cerca de 60% dos recursos são oriundos de financiamentos. Em relação ao número de operações, 87% do número total de contratos correspondem a empreendimentos apoiados com recursos do oGU, o que faz com que o valor médio de investimento por operação do OGU seja quase 10 vezes menor em relação às operações finan-ciadas com recursos do FGts/Fat: enquanto o valor médio dos empreendimentos da carteira de investimentos com recursos orçamentários é de R$ 1,39 milhão, o valor médio dos empreendimentos da carteira com recursos de empréstimos é de R$ 13,8 milhões. também, nota-se que a Região norte apresenta um valor médio por ope-ração 97% superior à média nacional e a Região sul, um valor 41% inferior à média nacional, de R$ 3 milhões por operação.

A carteira de investimentos vigente ao final do exercício de 2008 incluía gran-de parcela de contratos (62,26%) firmados sob a égide do PAC, equivalente a R$ 21,3 bilhões. os investimentos do Programa que compõe a carteira estão distribuídos da seguinte forma, segundo a fonte de recursos: 33,91% do total da carteira (R$ 11,6 bi-lhões) correspondem a recursos de financiamentos e 28,35% (R$ 9,7 bilhões) referem-se a contratos de investimentos apoiados com recursos do oGU incluídos no Pac.

na análise da carteira de investimentos por modalidade, observa-se que há predominância de investimentos em empreendimentos nas modalidades de esgota-mento sanitário (31,4%); saneamento integrado (21,9%); e abastecimento de água (21,5%). as iniciativas de saneamento conjugadas com outras de desenvolvimento urbano, reunidas na modalidade Pró-municípios9, correspondem a quase 80% do nú-mero total das operações, mas representam apenas 11,2% dos investimentos totais. considerando-se somente os recursos orçamentários (contratos de repasse), a moda-lidade Pró-municípios concentra 27,7% do valor da carteira, seguida pelo esgotamen-to sanitário (26,3%) e pelo abastecimento de água (14,1%). Já dentre os recursos one-rosos (contratos de empréstimo), há predominância de investimentos na modalidade de esgotamento sanitário (34,9%), seguidos de abastecimento de água (26,6%).

considerando-se o universo dos empreendimentos que compõem a carteira de investimentos do MCidades (R$ 34,4 bilhões), observou-se que, ao final de 2008, 74,9% dos investimentos da carteira (R$ 25,78 bilhões) referiam-se a empreendimen-

7 Dentre o montante de investimentos da carteira, a contrapartida correspondia a 21,2% do valor total dos investimentos.

8 Essa carteira inclui também os contratos de investimentos firmados em anos anteriores e com obras ainda não con-cluídas. Assim, a carteira de 2008 contava com 7 contratos firmados antes do ano de 1996, equivalentes a um total de R$ 57,2 milhões (0,17% dos investimentos) e com 152 contratos firmados entre os anos de 1996 e 2002, equivalentes a R$ 527,6 milhões (1,53% dos investimentos).

9 os investimentos da modalidade “Pró-municípios” são oriundos, exclusivamente, de emendas parlamentares.

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tos que estavam em fase de execução, em mais de 5 mil contratos. Do total de em-preendimentos em andamento, 66,1% das operações estavam com percentuais de execução superiores a 30%, equivalentes a 39,6% dos investimentos.

no exercício de 2008 foram iniciados 4.193 novos empreendimentos, equi-valente a investimentos de R$11,63 bilhões. esses empreendimentos correspondiam a cerca de 58% do valor total dos investimentos da carteira em andamento e 83% do número de contratos. na distribuição dos empreendimentos iniciados em 2008 por Região, observa-se expressiva concentração de obras iniciadas nas Regiões nor-deste (30,5%) e sudeste (32,3%). Destaca-se que 61,5% dos investimentos iniciados em 2008 (92% das operações) correspondem a recursos provenientes do orçamento Geral da União.

em relação aos empreendimentos concluídos, os investimentos do Governo Federal e dos fundos financiadores cujos contratos foram assinados entre 2003 e de-zembro de 2008 permitiram a conclusão de 6.174 empreendimentos em todo o país, correspondente a R$ 2,1 bilhões (valores dos empréstimos e repasses). Ao se classificar os contratos assinados no período por ano de contratação e por ano de conclusão, pode ser observado que mais de um terço (38,73%) do total de investimentos aplica-dos nesse período foram concluídos no exercício de 2008. considerando-se somente os empreendimentos concluídos no ano de 2008, dentre os contratos assinados entre 2003 e 2008, observou-se que foram concluídos 2.767 empreendimentos, no valor de R$ 802 milhões. Desse total, 98% dos contratos referem-se a recursos orçamentários.

os dados referentes aos prazos de execução das obras concluídas revelam que as obras de saneamento levaram, em média, 20 meses10 para serem concluí-dos (considerando-se a data de início e a de conclusão física do empreendimento). em termos monetários, observa-se que a maior parte dos investimentos realizados (44,15%) foi concluída em um prazo superior a 12 meses; cerca de 21% em um perío-do de 3 a 12 meses e 4% em menos de 3 meses.

10 Para o cálculo da duração média dos empreendimentos foram utilizados os dados de apenas 269 operações, porque foram excluídos da amostragem os empreendimentos classificados na modalidade Pró-municípios (4.821), bem como os empreendimentos que não continham informação sobre a data de término das obras (1.084). optou-se por esse proce-dimento pois na modalidade estão incluídas intervenções de naturezas diversas, especialmente pavimentação, normal-mente de pequeno porte, cuja duração da execução foge do padrão das demais intervenções em saneamento.

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GOVERNO FEDERAL E FUNDOS FINANCIADORES

Relatório de aplicações de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2008

INTRODUÇÃO

a atuação do Governo Federal no setor de saneamento básico1 é caracte-rizada por uma multiplicidade de agentes intervenientes e uma complexa estrutura institucional que demanda, além de um significativo aporte de recursos financeiros, iniciativas que promovam o planejamento setorial, a coordenação entre os órgãos, a articulação das ações e a identificação das competências institucionais, a fim de evitar a superposição das atividades.

nesse sentido, a secretaria nacional de saneamento ambiental do ministério das cidades, orientada pela necessidade de ampliar a transparência na gestão dos recursos públicos e de fornecer informações sobre a alocação dos investimentos no setor, detalha e caracteriza, neste documento, os investimentos em saneamento bá-sico realizados no ano de 2008.

a primeira parte destaca o planejamento dos investimentos no setor, com ên-fase na alocação dos recursos disponíveis na lei orçamentária anual de 2008 (loa) para os órgãos e programas com ações em saneamento básico e no orçamento operacional para financiamento de ações de saneamento básico com recursos do Fundo de Garantia do tempo de serviço (FGts).

Na segunda parte, são identificados e caracterizados os gastos realizados pelo Governo Federal e pelos fundos financiadores (Fundo de Garantia por Tempo de serviço e Fundo de amparo ao trabalhador), em iniciativas de saneamento bási-co, de 01 janeiro a 31 de dezembro de 2008.

na terceira seção, têm destaque as informações relativas às obras em an-damento em 2008, bem como as obras concluídas no período apoiadas e/ou finan-ciadas por recursos públicos. embora a execução das obras do setor sejam, por sua natureza, plurianuais, a tentativa de reunir a carteira de investimentos que compõe o montante de contratos vigentes em sucessivos períodos é um esforço importante para dimensionar e analisar a evolução da aplicação dos recursos públicos em saneamento.

1 são contabilizados como gastos em saneamento básico aqueles realizados para a promoção do abastecimento pú-blico de água, o esgotamento sanitário, a drenagem urbana, a coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, incluindo o saneamento integrado em assentamentos precários e as despesas com a elaboração de estudos e proje-tos de engenharia, capacitação de recursos humanos e desenvolvimento institucional e operacional dos prestadores de serviços.

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com o lançamento do Programa de aceleração do crescimento – Pac, em 2007, diversas intervenções federais no setor de saneamento básico estão incluídas entre as ações do Programa. este Relatório inclui tanto informações dos investimentos que fazem parte Pac, quanto dados dos investimentos não incluídos no Programa. Da mesma forma, no que se refere às informações acerca da execução física das obras, optou-se por individualizar as obras em andamento com recursos do Pac, das que não estão inseridas no Programa.

Além disso, inclui-se, ao final do Relatório, alguns indicadores de acesso aos serviços de saneamento básico disponibilizados pela Pesquisa nacional por amostra Domiciliar (PnaD), divulgada em 2008, relativas ao ano de 2007, que mostram a evo-lução positiva da cobertura dos serviços no brasil.

os dados utilizados na realização deste relatório foram obtidos no sistema in-tegrado de Administração Financeira (SIAFI) do Governo Federal; nas Leis Orçamen-tárias Anuais, (LOA’s); nas Medidas Provisórias (MP’s) que dispõem sobre os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); em pesquisas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); nas informações obtidas junto aos gestores dos fundos financiadores e em sítios eletrônicos oficiais. No Anexo 1, estão lis-tadas as ações orçamentárias utilizadas na apropriação dos valores dos gastos fede-rais em saneamento. Para atualização monetária, os dados financeiros dos anos de 2003 a 2008 foram indexados pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade interna (iGP-Di) médio anual da Fundação Getúlio Vargas – FGV2. É importante mencionar que, para contabilização dos investimentos, não foram apropriados os valores gastos a título de contrapartida por estados, municípios e Prestadores de serviço.

2 Os índices que compõem o IGP-DI refletem a evolução de preços das atividades produtivas bem como o movimento de operações de comercialização no atacado e na construção civil.

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1. PLANEJAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO

os investimentos no setor de saneamento básico são constituídos por recursos não onerosos e onerosos. os recursos de fontes não onerosas são oriundos da lei or-çamentária anual – também conhecido como orçamento Geral da União (oGU), e não prevêem retorno financeiro direto dos investimentos, pois os agentes beneficia-dos não precisam ressarcir os cofres da União. Já os recursos onerosos são provenien-tes de operações de crédito e têm como fontes o Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGts) e o Fundo de amparo ao trabalhador (Fat). trata-se de empréstimos de longo prazo concedidos a taxas de juros reduzidas para investimentos em ações de saneamento básico.

1.1. Planejamento dos Investimentos Federais com Recursos Orçamentários

no processo orçamentário brasileiro, o Projeto de lei orçamentária anual (Ploa), encaminhado pelo Poder executivo para apreciação pelo Poder legislativo, é o instrumento legal que estima a receita e fixa a despesa para o exercício financei-ro. o Ploa, depois de apreciado pelo congresso e sancionado pelo Presidente da República, torna-se a lei orçamentária anual (loa) e passa a disciplinar os dispên-dios do Governo Federal.

na lei orçamentária anual de 2008 foram destinados R$ 5,9 bilhões para as ini-ciativas de saneamento básico com recursos federais não onerosos. a tabela 1 deta-lha a divisão dos recursos na loa entre os órgãos executores de saneamento básico.

Tabela 1Distribuição dos recursos federais não onerosos na loa 2008 para o saneamento básico

ÓRGÃORECURSOS NÃO ONEROSOS

R$ %

mciDaDes – ministério das cidades 3.266.897.455,00 54,54

FUnasa – Fundação nacional de saúde (ministério da saúde) 1.060.640.877,00 17,71

mi – ministério da integração 1.530.661.319,00 25,55

mDs – ministério do Desenvolvimento social e combate à Fome 54.027.915,00 0,90

mma – ministério do meio ambiente* 63.405.394,00 1,06

mte – ministério do trabalho e emprego 14.560.000,00 0,24

TOTAL 5.990.192.960,00 100

*inclui ações da agência nacional de águas (ana) e do Fundo nacional do meio ambiente (Fnma)

na loa, os recursos para os investimentos podem ser livres ou provenientes de emendas parlamentares3. os recursos livres são utilizados para implementar as políti-

3 as emendas parlamentares são a forma regimental de alteração do Ploa sugeridas por parlamentares e órgãos do Poder Legislativo, acrescendo, suprimindo ou modificando itens na programação financeira proposta pelo Poder executivo. as emendas podem ser individuais (no máximo 20 emendas por parlamentar) ou coletivas. as emendas coletivas se subdividem em: emendas de bancadas e emendas de comissões permanentes do senado Federal ou da câmara dos Deputados.

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cas públicas e estão sob a governabilidade dos órgãos setoriais. a alocação desses recursos tem caráter discricionário, ou seja, fica a critério do Executivo a definição das intervenções e dos beneficiários. No orçamento aprovado para 2008, foram des-tinados 3,5 bilhões em recursos para investimentos de livre alocação (59%). Desse to-tal, R$ 3,06 bilhões (86,6%) compreendem recursos programados para investimentos do Programa de aceleração do crescimento – Pac. a divisão desses recursos entre os ministérios com ações no Programa foi a seguinte: R$ 1,2 bilhão para o ministério da Integração (MI); R$ 1,1 bilhão para o Ministério das Cidades (MCidades); e, R$ 0,7 bilhão para a FUnasa/ms.

Já as emendas parlamentares têm vinculação específica e destinatário de-terminado pelos autores das emendas. na loa de 2008, do montante total de re-cursos aprovados para investimentos em saneamento básico, R$ 2,45 bilhões (41%) foram destinados às emendas parlamentares.

alguns estudos sobre o processo orçamentário brasileiro4 constatam que as emendas parlamentares representam uma pequena percentagem do orçamento global, ou seja, isso significa que os parlamentares, individualmente, têm pouca ca-pacidade de influir no processo decisório de alocação dos recursos públicos. No en-tanto, essa tendência não é observada no orçamento para o saneamento básico, ao menos desde o ano de 20045 , conforme se observa na tabela 2. a tabela detalha os valores históricos dos investimentos programados pelas leis orçamentárias, o valor destinado às emendas parlamentares e o percentual de emendas em relação ao total programado. a partir dos dados, observa-se que a situação de baixa liberdade orçamentária se inverte consideravelmente no orçamento aprovado para o ano de 2008, especialmente em virtude do Pac. o percentual de emendas em relação ao valor total do orçamento que era, em média, de 65,5% nos anos anteriores reduz-se para 41% em 2008.

o elevado grau de comprometimento dos recursos da loa por emendas par-lamentares enrijece a execução orçamentária e deixa pouca flexibilidade para que o Executivo adote critérios mais eficientes na alocação dos recursos disponíveis.

Tabela 2evolução do grau de liberdade orçamentária dos recursos federais programados para o saneamento

básico (em valores históricos)

RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS 2004 2005 2006 2007 2008

Valor de recursos programados naloa (R$)

1.847.982.501,00 2.869.427.410,00 3.635.481.847,00 4.307.636.667,00 5.990.192.960,00

Valor de recursos de emendas (R$) 1.079.086.446,00 1.880.922.582,00 2.362.217.124,00 3.134.666.227,00 2.456.413.685,00

% Emendas/ Total programado 58,4% 65,6% 65,0% 72,8% 41,0%

4 PeReiRa, c. e mUelleR, b. (2002) Presidencialismo de coalizão: as Relações entre o executivo e o legislativo na elabo-ração do Orçamento Público. Revista Dados – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro e FIGUEIREDO, A. e LIMONGI, F. (1999) As Relações Executivo e Legislativo na Nova Ordem Constitucional. Rio de Janeiro, Editora FGV.

5 ministÉRio Das ciDaDes.(2006) investimentos Federais em saneamento – Relatório de aplicações entre 01 de janeiro de 2003 a 15 de junho de 2006.

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No Gráfico 1, pode-se observar a evolução da programação dos recursos or-çamentários e o percentual de recursos emendados nas loa’s para os investimentos federais em saneamento básico de 2004 a 2008, com correção monetária pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008. Destaca-se a relevância da participação do Poder legislativo na alocação dos recursos para o setor de saneamento básico.

Gráfico 1evolução do grau de liberdade orçamentária dos recursos federais destinados ao saneamento básico*

(loas 2004 a 2008)

R$ 2,39 bi

58%

R$ 3,5 bi

66%

R$ 4,37 bi

65%

R$ 4,9 bi

72%

R$ 5,9 bi

41%

2004 2005 2006 2007 2008

Total de recursos na LOA % recursos emendados

R$ 1,4 bi

R$ 2,3 biR$ 2,8 bi

R$ 3,6 bi

R$ 2,4 bi

* as séries foram indexadas pelo índice iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008.

na tabela 3 estão detalhadas os valores dos recursos federais livres e emen-dados na loa 2008, por órgão executor. observa-se que o mcidades concentra o maior percentual de emendas parlamentares: 77,53% do total de emendas.

Tabela 3Recursos federais livres e emendados na loa 2008 para o saneamento básico,

por órgão executor

ÓRGÃO

RECURSOS NÃO ONEROSOS

Recursos de Emendas Recursos Livres

R$ 1,00 % R$ 1,00 %

mciDaDes – ministério das cidades 1.904.518.531 77,53 1.362.378.924 38,55

mDs – ministério do Desenvolvimento social e combate à Fome - - 54.027.915 1,53

mi – ministério da integração nacional 286.095.456 11,64 1.244.565.863 35,22

mma – ministério do meio ambiente - - 63.405.394 1,79

ms – ministério da saúde 265.799.698 10,82 794.841.179 22,49

mte – ministério do trabalho e emprego - - 14.560.000 0,41

TOTAL 2.456.413.685 100 3.533.779.275 100

a tabela 4 detalha a distribuição dos recursos de livre alocação, os valo-res emendados e os recursos totais disponíveis na lei orçamentária anual aprovada para o ano de 2008, por Programa de Governo.

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Tabela 4Recursos federais livres e emendados na loa 2008, por programa de governo

RECURSOS FEDERAIS POR PROGRAMA

PROGRAMA EMENDADOS(R$ 1,00)

LIVRES(R$ 1,00)

TOTAL(R$ 1,00)

% de recursos emendados

serviços Urbanos de água e esgoto 267.547.403 1.349.793.815 1.617.341.218 16,54

apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de Pequeno Porte (Pró-municípios)

1.682.013.352 - 1.682.013.352 100,00

Proágua infra-estrutura 181.039.124 791.337.161 972.376.285 18,62

Drenagem Urbana sustentável 205.289.545 58.018.516 263.308.061 77,97

saneamento Rural 81.374.697 123.489.115 204.863.812 39,72

Resíduos sólidos Urbanos 29.399.564 63.544.848 92.944.412 31,63

Revitalização de bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade

2.500.000 273.328.000 275.828.000 0,91

acesso à alimentação - 54.027.915 54.027.915 0,0

Gestão da Política de Desenvolvimento Urbano - 239.200.000 239.200.000 0,0

Urbanização, Regularização e integração de assentamentos Precários

7.250.000 351.401.862 358.651.862 2,02

Fortalecimento da Gestão Urbana - 26.000.000 26.000.000 0,0

integração de bacias Hidrográficas - 203.638.043 203.638.043 0,0

TOTAL GERAL 2.456.413.685 3.533.779.275 5.990.192.960 41,01

1.1.1. Incremento de Recursos Não Onerosos em 2008

Durante a fase de execução do orçamento, se houver necessidade de reali-zação de despesas acima do limite previsto na LOA, o orçamento pode ser retificado visando atender a situações não previstas à época de sua elaboração. Portanto, a dotação orçamentária é composta de dotação inicial, que é a constante da loa, aprovada no congresso nacional e sancionada pelo Presidente da República, e das dotações adicionais. O instrumento para as retificação no orçamento é o crédito adicional, que, por definição legal, é a autorização de despesa não computada ou insuficientemente dotada na LOA, que pode ser de três tipos: Suplementar, Especial ou extraordinário6.

6 a dotação suplementar é aberta ou reaberta no exercício para reforço de dotação proveniente de saldo anterior, excesso de arrecadação, operações de crédito, superávit e doações, que representam valores que aumentam o orçamento. a dotação especial refere-se a dotação não prevista no orçamento, mas solicitada para atender uma necessidade específica de um novo programa e ou ação. A dotação extraordinária, não era prevista no orçamento inicial e é destinada às despesas imprevistas e urgentes. na maioria das vezes, a abertura do crédito é feita através de medida Provisória. Há, ainda, dotações canceladas ou remanejadas entre as unidades de um mesmo órgão e/ou en-tidade, que não altera o valor da dotação orçamentária final, embora internamente possa haver alteração numérica e /ou qualitativa (Fonte: siaFi).

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nesses casos, para acompanhamento dos créditos adicionais ao orçamento de 2008, devem ser verificados, ao longo do exercício financeiro, no Diário Oficial da União, as medidas Provisórias, leis de créditos adicionais e Decretos Presidenciais editados no período, para verificar o tipo de crédito, os valores e as destinações es-pecíficas das dotações adicionais.

Ao término do exercício financeiro de 2008, com os créditos adicionais, can-celamentos e remanejamentos de créditos, a dotação orçamentária prevista para 2008 foi reforçada, adicionando-se R$ 1,38 bilhões aos recursos aprovados na loa para o saneamento básico. com essas medidas, incrementaram-se em 18,7% os re-cursos não onerosos para o setor, que passou a dispor de R$ 7,3 bilhões em recursos orçamentários para investimentos, conforme os dados da tabela 5. a tabela detalha os recursos que foram inicialmente previstos na loa, as dotações adicionais (incluin-do-se aí os créditos suplementares, especiais, extraordinários, os cancelamentos e os remanejamentos) e o orçamento global disponível para o saneamento básico no final do exercício financeiro de 2008, por órgão executor.

Tabela 5Distribuição dos recursos federais da loa para o saneamento em 2008 (loa + dotações adicionais),

por órgão executor

ÓRGÃO

RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

LOA 2008Créditos adicionais/

Cancelamentos/Remanejamentos

TOTAL Incrementode

Recursos (%)R$ 1,00 % R$ 1,00 R$ 1,00 %

mciDaDes 3.266.897.455 54,54 1.010.439.261 4.277.336.716 58,03 23,62

FUnasa (ms) 1.060.640.877 17,71 352.185.347 1.412.826.224 19,17 24,93

mi 1.530.661.319 25,55 28.624.919 1.559.286.238 21,15 1,84

mDs 54.027.915 0,90 - 54.027.915 0,73 -

mma 63.405.394 1,06 -7.047.038 56.358.356 0,76 -12,50

mte 14.560.000 0,24 -2.960.000 11.600.000 0,16 -25,52

TOTAL 5.990.192.960 100 1.381.242.489 7.371.435.449 100 18,74

na tabela 6 estão detalhados os recursos que foram inicialmente previstos na LOA, os créditos adicionais e o orçamento final disponível para o saneamento básico no ano de 2008, por Programa de Governo.

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Tabela 6Distribuição dos recursos federais da loa para o saneamento básico em 2008

(loa + dotações adicionais), por programa de governo

PROGRAMAS

RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

LOA 2008Créditos adicionais/

Cancelamentos/Remanejamentos

TOTAL

R$ 1,00 % R$ 1,00 R$ 1,00 %

serviços Urbanos de água e esgoto 1.617.341.218 27,0 439.037.344 2.056.378.562 27,9

apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de Pequeno Porte (Pró-municípios) 1.682.013.352 28,1 -1.674.764.932 7.248.420 0,1

Proágua infra-estrutura 972.376.285 16,2 28.392.433 1.000.768.718 13,6

Drenagem Urbana sustentável 263.308.061 4,4 102.447.168 365.755.229 5,0

saneamento Rural 204.863.812 3,4 130.636.786 335.500.598 4,6

Resíduos sólidos Urbanos 92.944.412 1,6 32.943.687 125.888.099 1,7

Revitalização das bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade e Degradação ambiental 275.828.000 4,6 35.798.137 311.626.137 4,2

acesso à alimentação (cisternas) 54.027.915 0,9 - 54.027.915 0,7

Gestão da Política de Desenvolvimento Urbano 239.200.000 4,0 2.066.876.404 2.306.076.404 31,3

Urbanização, Regularização Fundiária e integração de assentamentos Precários 358.651.862 6,0 302.881.485 661.533.347 9,0

integração de bacias Hidrográficas 203.638.043 3,4 -86.792.195 116.845.848 1,6

Fortalecimento da Gestão Urbana 26.000.000 0,4 3.786.172 29.786.172 0,4

TOTAL 5.990.192.960 100 1.381.242.489 7.371.435.449 100

a tabela 7 detalha os recursos que foram inicialmente previstos na loa, os créditos adicionais e o orçamento global disponível para os investimentos em sanea-mento básico no ano de 2008, por modalidade de intervenção.

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Tabela 7Distribuição dos recursos federais da loa para o saneamento básico em 2008 (loa + dotações

adicionais), por modalidade de intervenção

MODALIDADE

RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

LOA 2008Créditos adicionais/

Cancelamentos/Remanejamentos

TOTAL

R$ 1,00 % R$ 1,00 R$ 1,00 %

saneamento integrado 641.386.559 10,7 498.519.104 1.139.905.663 15,5

abastecimento de água 1.771.198.411 29,6 146.151.464 1.917.349.875 26,0

esgotamento sanitário 1.214.026.747 20,3 178.015.107 1.392.041.854 18,9

Drenagem Urbana 262.308.061 4,4 102.447.168 364.755.229 5,0

Resíduos sólidos Urbanos 95.508.641 1,6 37.700.582 133.209.223 1,8

Pró-municípios 1.907.213.352 31,8 392.111.472 2.299.324.824 31,2

estudos e Projetos 30.869.669 0,5 -3.392.232 27.477.437 0,4

outros7 67.681.520 1,1 29.689.824 97.371.344 1,3

TOTAL 5.990.192.960 100 1.381.242.489 7.371.435.449 100

7

1.2. Planejamento dos Investimentos com Recursos Onerosos

Para o ano de 2008, foi previsto, inicialmente, um orçamento operacional de R$ 4,6 bilhões para financiamento de ações de saneamento básico com recursos do Fundo de Garantia do tempo de serviço – FGts8, sendo R$ 3,9 bilhões para o setor público e R$ 0,7 bilhão para o setor privado, conforme a instrução normativa nº 59, de 26 de dezembro de 2007.

a alocação dos recursos onerosos (tanto para os mutuários públicos como para os concessionários privados de serviços de saneamento) é realizada por processos de seleção pública, cujas instruções e calendários de realização são publicados periodicamente no sítio eletrônico do ministério das cidades e no Diário Oficial da União.

após a conclusão dos processos de seleção e hierarquização das propostas para mutuários públicos e considerando o orçamento operacional destinado por Unidade da Federação para o ano de 2008, verificou-se a necessidade de proce-der, excepcionalmente, o remanejamento dos recursos destinados ao saneamento básico. Para tanto, o conselho curador do FGts, publicou a Resolução nº 558, de 25 de março de 2008, que apresenta em seu anexo i os remanejamentos. isto ocorreu porque as condições para contratação de financiamentos estão vinculadas à ca-

7 Inclui rubricas não classificadas em nenhuma das modalidades apresentadas, como: Gestão e Administração do Pro-grama, apoio a Projetos de ação social em saneamento, apoio ao desenvolvimento institucional de prestadores de serviço, apoio à gestão dos sistemas de saneamento básico e implantação de melhorias na infra-estrutura domiciliar, dentre outras.

8 a programação de investimentos em saneamento do bnDes para 2008 não foi disponibilizada ao ministério das cidades.

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pacidade de pagamento e do limite de endividamento do ente federado, aferidos, respectivamente, pelos agentes financeiros e pela Secretaria do Tesouro Nacional do ministério da Fazenda.

Ao final, conforme a Instrução Normativa nº 04, de 29 de janeiro de 2009, fo-ram destinados R$ 5,95 bilhões para o orçamento operacional do FGts em 2008, sen-do R$ 0,7 bilhão para o setor privado, sem distinção prévia de modalidade ou região e R$ 5,25 bilhões para setor público. a tabela 8 detalha o orçamento inicial do FGts e os valores finais autorizados para contratação, por região:

Tabela 8Distribuição dos recursos do FGts para o saneamento básico em 2008, por Região

REGIÃOPLANEJAMENTO DOS INVESTIMENTOS COM RECURSOS DO FGTS (R$)

Orçamento Inicial Orçamento Final

centRo-oeste 415.130,00 300.308,00

noRDeste 1.072.500,00 832.303,00

noRte 306.930,00 893.988,00

sUDeste 1.531.530,00 2.487.031,00

sUl 574.080,00 736.370,00

TOTAL 3.900.170,00 5.250.000,00

1.3. Recursos Totais Programados para Investimentos em Saneamento Básico em 2008

o montante de recursos disponíveis para os investimentos em saneamento básico (total de onerosos e não onerosos) no ano de 2008 foi de R$ 13,3 bilhões, sen-do 55% oriundos do Orçamento Geral da União e 45% de financiamentos. Vale recor-dar que o valor disponível é, efetivamente, mais elevado, já que não está incluída a parcela relativa aos financiamentos disponibilizados pelo BNDES e das contrapartidas ofertadas pelos proponentes.

a tabela 9 mostra a programação de recursos para investimentos em sanea-mento básico desde o ano de 2004, quando se iniciou esta metodologia de contabi-lização de gastos em saneamento básico.

Tabela 9Recursos programados para investimentos em saneamento básico (em valores históricos)

RECURSOS PROGRAMADOS PARA INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO (R$ 1,00)

FONTE DE RECURSOS 2004 2005 2006 2007 2008

nÃo oneRosos (oGU) 1.847.982.501 2.869.427.410 3.635.481.847 7.259.057.737 7.371.435.449

oneRosos (só FGts) 2.397.201.000 2.700.000.000 2.700.000.000 3.150.000.000 5.750.000.000

TOTAL 4.245.183.501 5.569.427.410 6.335.481.847 10.409.057.737 13.321.435.449

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a comparação da evolução dos recursos disponíveis para investimentos em saneamento básico, com correção monetária pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008, disponível no Gráfico 2, demonstra os significativos avanços do Go-verno Federal na tentativa de ampliar os recursos para investimentos em saneamen-to básico. a consolidação desta tendência é um objetivo estratégico a ser persegui-do, tendo em vista a necessidade de equacionar os problemas decorrentes da falta de saneamento básico para a população brasileira e de enfrentar o déficit social existente.

na comparação entre os recursos programados em 2008 com a média dos anos anteriores (2003 a 2007), atualizados para o ano de 2008, constata-se que, ao final do exercício financeiro de 2008, houve um aumento de 58% na disponibilidade computada de recursos orçamentários, de 73% de recursos onerosos e um incremen-to de 64% de recursos totais disponíveis para investimentos em saneamento básico.

Gráfico 2evolução dos recursos programados para investimentos em saneamento básico (em R$ bilhões)

2,40

7,37

5,755,50

6,817,62

11,9113,12

8,31

4,373,51

3,25

3,60

3,30

3,11

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

2004 2005 2006 2007 2008

Não onerosos (OGU) Financiamentos (só FGTS) Totais

*as séries foram indexadas pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008

A retomada dos investimentos federais e dos fundos financiadores no setor de saneamento básico está sendo consolidada pelo Programa de aceleração do cres-cimento, que ampliou consideravelmente os recursos disponíveis para o quadriênio (2007 a 2010). a regularidade e a previsibilidade da oferta de recursos num horizonte quadrienal proporcionam condições básicas importantes para o planejamento do setor, principalmente em função da gestão descentralizada dos serviços públicos de saneamento básico no brasil. a gestão descentralizada pressupõe o aperfeiçoa-mento dos mecanismos de cooperação federativa para garantir o sucesso da exe-cução dos empreendimentos, uma vez que, no desenho institucional do setor de saneamento básico, compete aos estados e municípios a prestação dos serviços e a execução das intervenções, incluindo a realização das obras.

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2. GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO EM 2008

De forma a contabilizar adequadamente os gastos do Governo Federal e dos fundos financiadores em saneamento básico, adotaram-se duas metodologias de classificação dos gastos: i) compromissos de gastos; e ii) desembolsos.

Os compromissos de gastos firmados sinalizam os investimentos futuros com-promissados pela União e contemplam os valores dos contratos de empréstimos (financiamentos) somados aos valores dos empenhos realizados com recursos não onerosos do orçamento Geral da União9. os desembolsos realizados representam os recursos financeiros efetivamente depositados pela União nas contas correntes dos empreendimentos e, usualmente, estão associados à execução física das etapas dos empreendimentos10.

No exercício financeiro de 2008 foram comprometidos R$ 12,19 bilhões e de-sembolsados R$ 5,65 bilhões para iniciativas de saneamento básico com recursos federais e dos fundos financiadores.

os resultados revelam que, dentre os compromissos de gastos assumidos em 2008, houve um equilíbrio entre as fontes de recursos para os investimentos em sa-neamento básico: os recursos de financiamentos foram a principal fonte de gastos comprometidos, responsáveis por 51,04% do total compromissado e os recursos do oGU comprometeram 48,96% do total.

entretanto, cabe a ressalva de que os valores dos investimentos realizados no período com recursos do oGU são efetivamente maiores que o apurado. isso por-que, para contabilização dos compromissos de gastos com recursos orçamentários, adota-se o valor de empenho no oGU, que é, geralmente, um percentual menor do valor total do contrato de repasse ou do convênio firmado. Já para os recursos de financiamentos, o valor utilizado na contabilização dos valores comprometidos cor-responde ao valor do contrato de empréstimo assinado.

em relação aos compromissos realizados com recursos orçamentários (R$ 5,97 bilhões), o mcidades foi responsável pelo empenho de 56,4% do montante total (R$ 3,36 bilhões). ainda em relação ao total empenhado, à Região nordeste foram destinados cerca de 30% do total de recursos orçamentários comprometidos em 2008. Vale destacar que, em 2008, dentre os valores comprometidos com recursos do oGU, R$ 3,75 bilhões (62,8%) foram realizados em rubricas orçamentárias do Pac.

Dentre os financiamentos, o FGTS foi a principal fonte de recursos comprome-tidos no ano: 59,6% (R$ 3,70 bilhões) dos recursos de financiamentos para o sanea-

9 o empenho constitui-se em uma garantia ao credor de que os valores comprometidos têm respaldo orçamentário e é o principal instrumento à disposição da administração pública para controle e acompanhamento da execução dos seus compromissos de gasto.

10 considerando-se a plurianualidade da execução das obras de infra-estrutura urbana, ou seja, que grande parte da execução ultrapassa um exercício orçamentário, é importante mencionar que os desembolsos, no caso dos recursos do OGU, incluem os “valores pagos”, bem como os valores dos “restos a pagar pagos” no exercício financeiro.

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mento básico originaram-se do fundo e 40,4% dos valores de empréstimos assinados correspondem a recursos do Fat/bnDes. Do total de contratos de empréstimos assi-nados (R$ 6,2 bilhões), 92% correspondem a empreendimentos incluídos no Pac. Des-taca-se que, dos valores contratados com recursos do FGts, 97,5% correspondem a empreendimentos incluídos no PAC. Já no caso dos recursos do FAT, esse percentual é um pouco menor, porém bastante significativo: 84,5%.

no que diz respeito aos desembolsos no período, que ultrapassam R$ 5,65 bilhões, os valores desembolsados com recursos orçamentários superaram os mon-tantes dos financiamentos: 60,9% dos valores desembolsados em 2008, que corres-pondem a R$ 3,44 bilhões, foram oriundos de recursos do oGU.

em relação ao total desembolsado com recursos do oGU no ano de 2008, o mcidades foi responsável por 64% do total (R$ 2,23 bilhões). Vale destacar que, do total desembolsado para o saneamento no período, 62,8% (R$ 2,16 bilhões) corres-pondem às ações do Pac.

Já com recursos de financiamentos, do total desembolsado (R$ 2,20 bilhões), o FGts constituiu-se na principal fonte de recursos, responsável por 65,3% (R$1,44 bi-lhões), enquanto os desembolsos com recursos do Fat alcançaram R$ 0,76 bilhão. Destaca-se que 44,7% dos desembolsos totais (R$ 0,98 bilhão) correspondem a de-sembolsos para empreendimentos incluídos no Pac. Dentre os valores desembolsa-dos pelo Fat/bnDes, 57% dos desembolsos (R$ 0,44 bilhão) correspondem a empre-endimentos incluídos no Pac. com recursos do FGts, esse percentual é menor (38%), porém o valor absoluto é mais elevado, de R$ 0,55 bilhão.

2.1. Compromissos de Gastos e Desembolsos por Região e Fonte de Recursos

O Gráfico 3, que detalha a distribuição total dos compromissos de gastos por Grandes Regiões, revela que a maior parte dos gastos comprometidos (soma de gas-tos onerosos e não onerosos) em 2008 foi direcionada para os estados e municípios das Regiões sudeste (R$ 3,77 bilhões) e nordeste do país (R$ 2,72 bilhões). no anexo 2, estão detalhados, por UF e fonte de recursos, os valores comprometidos no exercí-cio financeiro de 2008, bem como o número de famílias beneficiadas e de empregos gerados.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Gráfico 3Gastos totais comprometidos em iniciativas de saneamento básico por região em 2008 (em %)

Sul11,46%

Sudeste32,60%

Centro-Oeste13,62% Norte

18,76%

Nordeste23,56%

O Gráfico 4, que mostra a distribuição total dos desembolsos por Grandes Regiões, revela que a maior parte dos valores desembolsados (soma de onerosos e não onerosos) em 2008 foi direcionada para os estados e municípios das Regiões sudeste (R$ 2,09 bilhões) e nordeste (R$ 1,81 bilhões) do país. no anexo 3, estão detalhadas, por UF e fonte de recursos, os valores desembolsados no exercício fi-nanceiro de 2008.

Gráfico 4Gastos totais desembolsados em iniciativas de saneamento básico por região em 2008 (em %)

Sul 6,71%

Sudeste37,01%

Nordeste 32,16%

Centro-Oeste 14,21%

Norte 9,80%

2.1.1. Compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos do OGU

na análise da alocação dos gastos oriundos de fontes não onerosas, des-taca-se que, do valor total comprometido (R$ 5,9 bilhões) e desembolsado (R$ 3,4 bilhões) com recursos do OGU, a Região Nordeste foi beneficiada com 29,74% dos compromissos de gastos e 42,83% dos desembolsos. esse processo de focalização do gasto nas regiões mais pobres do país é um importante instrumento à disposição dos gestores para fazer frente às desigualdades regionais de acesso aos serviços

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Gasto Público em saneamento básico

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públicos11. É na Região nordeste que estão localizadas as áreas com as maiores carências relativas na prestação dos serviços, abrangendo os municípios e estados onde são mais restritas as possibilidades de autofinanciamento dos sistemas que prestam os serviços.

Por isso, essa focalização dos recursos objetiva colaborar para a superação das dificuldades de acesso aos financiamentos decorrentes da menor capacidade de pagamento e das restrições ao endividamento público interpostas pela legisla-ção fiscal vigente, que atinge de forma mais intensa os Municípios e Estados localiza-dos nas regiões mais carentes do país.

O Gráfico abaixo detalha os valores comprometidos e desembolsados com recursos não onerosos por Região no exercício de 2008.

Gráfico 5Gastos não onerosos comprometidos e desembolsados para o saneamento básico em 2008

Gastos desembolsados

Norte 8,47%

Centro-Oeste 17,65%

Sudeste 24,58%

Sul6,31%

Nordeste 42,83%

Centro-Oeste23,95% Norte

17,45%

Sudeste18,40%

Sul10,46%

Nordeste29,74%

Gastos Comprometidos

2.1.1.1. Compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos do OGU por Órgão

a tabela 10 detalha os valores comprometidos com recursos do oGU em 2008 por órgão e Região. o mcidades foi responsável pelo empenho de 56,41% do montante total, seguido pelo ministério da integração com 21,12% e da FUnasa, com 21,06%.

Do montante de compromissos de gastos com recursos do orçamento, 62,8% dos empenhos realizados em 2008 foram incluídos no Pac. em termos absolutos, o mcidades foi o órgão que empenhou o maior valor em ações do Pac: R$ 1,7 bilhão, seguido pelo ministério da integração, com 1,06 bilhão. o mi foi o órgão que, propor-cionalmente, teve maior parcela de seu orçamento para o saneamento incluído no Programa: 84,4%, seguido pela FUnasa, com 77,9%.

11 De acordo com os dados de 2006 da Pesquisa nacional de amostra de Domicílios, PnaD, os municípios da Região nordeste apresentam uma das menores taxas de cobertura dos serviços de saneamento, com apenas 34,5% dos domicílios com acesso simultâneo aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário por rede geral e coleta de lixo.

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Tabela 10Recursos não onerosos comprometidos para o saneamento básico, por Região e por órgão

VALORES COMPROMETIDOS PARA O SANEAMENTO BÁSICO EM 2008

REGIÃO MCidades Ministério daIntegração

MDS, MTE e MMA Funasa/MS TOTAL

noRte 315.902.325,77 12.916.223,44 1.768.176,00 207.618.586,33 538.205.311,54

noRDeste 1.169.838.008,98 1.021.751.685,87 55.395.007,38 707.679.143,44 2.954.663.845,67

sUl 337.411.786,99 1.300.000,00 400.000,00 91.758.902,45 430.870.689,44

sUDeste 1.012.748.461,03 191.228.632,37 22.629.571,89 105.568.227,71 1.332.174.893,00

centRo-oeste 532.454.121,54 33.950.908,24 1.650.219,62 145.299.254,79 713.354.504,19

TOTAL (R$) 3.368.354.704,31 1.261.147.449,92 83.794.388,57 1.257.924.114,72 5.971.220.657,52

TOTAL (%) 56,41 21,12 1,40 21,07 100

a tabela 11 detalha os valores desembolsados com recursos do oGU em 2008 por órgão e Região. em relação aos desembolsos, observa-se que o mcidades foi responsável por 64,87%, seguido pelo mi, com 23,67%.

Destaca-se que, considerando-se o total desembolsado pelos órgãos, de R$ 3,44 bilhões, 62,77% das ações estavam incluídas no Pac. em termos absolutos, o mcidades foi o órgão que desembolsou o maior valor em ações do Pac: R$ 1,7 bilhão, seguido pelo ministério da integração, com R$ 561 milhões. o mi foi o órgão que, proporcionalmente, teve maior parcela de seus desembolsos para o sanea-mento incluído no Pac: 68,8%, seguido pelo mcidades, com 67%.

Tabela 11Recursos não onerosos desembolsados para o saneamento básico, por Região e por órgão

VALORES DESEMBOLSADOS PARA O SANEAMENTO BÁSICO EM 2008

REGIÃO MCidades Ministério daIntegração FUNASA/MS MDS, TEM, MD e

MMA* TOTAL

noRte 207.003.029,46 37.700.200,35 46.409.687,04 918.396,00 292.031.312,85

noRDeste 679.222.389,42 607.781.902,69 125.186.914,10 64.129.494,15 1.476.320.700,36

sUl 189.772.707,37 2.962.427,21 24.513.100,92 400.000,00 217.648.235,50

sUDeste 730.553.220,71 48.372.976,05 45.673.749,34 22.431.086,80 847.031.032,90

centRo-oeste 429.163.540,95 118.902.053,14 58.232.697,57 2.011.639,08 608.309.930,74

TOTAL (R$) 2.235.714.887,91 815.719.559,44 300.016.148,97 95.240.616,03 3.446.691.212,35

TOTAL (%) 64,87 23,67 8,70 2,76 100

* inclui rubrica nacional de R$ 5.350.000,00

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Gasto Público em saneamento básico

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2.1.1.2. Compromissos de Gasto e Desembolsos com Recursos do OGU por Programa de Governo

os programas de governo concretizam e orientam a ação governamental para atendimento das demandas sociais. É essencialmente por meio deles que o Governo Federal planeja as intervenções e promove a alocação dos investimentos.

a tabela 12 detalha os gastos federais empenhados e desembolsados com recursos não onerosos de acordo com os Programas orçamentários da loa 2008. Destaca-se que o Programa serviços Urbanos de água e esgoto, que promove in-tervenções de apoio à implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nas áreas urbanas foi o programa com maior expressão orçamentária e financeira no período: recebeu 30,9% dos valores empe-nhados e 28,5% dos valores desembolsados.

em seguida, destaca-se o Programa Gestão da Política de Desenvolvimento Urbano, que recebeu 26,7% dos compromissos, mas apenas 1% dos desembolsos. isso ocorreu porque, na execução orçamentária de 2008, grande parte do orçamento e das ações antes empenhadas sob a rubrica do Programa Pró-municípios12 (execu-tado, exclusivamente, com recursos de emenda parlamentares) foram transferidas para esse Programa.

no entanto, pode-se observar que 19,5% dos desembolsos realizados em 2008 correspondem a ações do Pró-Municípios. Esse elevado percentual se justifica pois, apesar da transferência de ações do Pró-municípios para o Programa Gestão da Po-lítica de Desenvolvimento Urbano em 2008, os desembolsos incluem, além dos valo-res pagos no exercício, também os restos a pagar pagos provenientes de exercícios anteriores.

12 no orçamento, corresponde aos Programas “apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de médio Porte” e “apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de Pequeno Porte” .

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Tabela 12Recursos não onerosos comprometidos e desembolsados, por programa

RECURSOS NÃO ONEROSOS

PROGRAMAComprometidos Desembolsados

R$ % R$ %

serviços Urbanos de água e esgoto 1.848.164.667,08 30,95 981.535.310,36 28,48

Gestão da Política de Desenvolvimento Urbano 1.592.862.971,92 26,68 33.380.327,40 0,97

Proágua infra-estrutura 885.246.541,88 14,83 575.272.786,68 16,69

Urbanização, Regularização e integração de assentamentos Precários 653.249.885,18 10,94 707.965.721,71 20,54

saneamento Rural 302.760.919,15 5,07 81.795.443,64 2,37

Revitalização de Bacias Hidrográficas em situação de Vulnerabilidade 256.203.108,43 4,29 150.199.084,32 4,36

Drenagem Urbana sustentável 171.630.300,29 2,87 109.753.072,26 3,18

Integração de Bacias Hidrográficas 99.695.300,72 1,67 4.147.457,50 0,12

Resíduos sólidos Urbanos 73.274.239,08 1,23 21.928.029,32 0,64

acesso à alimentação * 53.931.273,38 0,90 62.719.294,81 1,82

Fortalecimento da Gestão Urbana 26.033.929,52 0,44 9.068.828,03 0,26

apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de Pequeno Porte (Pró-municípios)

7.236.020,00 0,12 474.069.875,40 13,75

apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de médio Porte (Pró-municípios)

- - 196.571.445,56 5,70

Desenvolvimento integrado e sustentável do semi-árido (conviver) - - 37.968.549,36 1,10

Produção de material bélico** 931.500,89 0,02 315.986,00 0,01

TOTAL 5.971.220.657,52 100 3.446.691.212,35 100

* ação 11V1: construção de cisterna para armazenamento de água** ação 3500: implantação de sistema de saneamento e Proteção

2.1.2. Compromissos de Gastos e Desembolsos com Recursos Onerosos

Em relação à distribuição dos recursos de financiamentos, vale destacar que a subordinação das contratações à análise das capacidades de pagamento e de endividamento dos tomadores dos empréstimos determina uma concentração dos investimentos em áreas economicamente mais dinâmicas, o que se reflete no maior aporte de gastos comprometidos e desembolsados para os municípios e estados da Região sudeste (45% e 56%, respectivamente).

O Gráfico 6 detalha os valores comprometidos e desembolsados com recur-sos onerosos por fonte de recursos e Região.

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Gasto Público em saneamento básico

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Destaca-se que, dentre os financiamentos, o FGTS constituiu-se na principal fonte de recursos, responsável por 66% do total comprometido com recursos onero-sos. nota-se um padrão menos concentrado na alocação dos recursos do FGts: 38% dos recursos totais comprometidos pelo fundo destinaram-se ao sudeste, ante a um percentual de 55% dos financiamentos com recursos do FAT.

Dentre os valores desembolsados, o FGts constituiu-se na principal fonte de recursos, responsável por 65% do total desembolsado com recursos onerosos. na análise dos desembolsos por fonte e região, da mesma forma que os compromissos, observa-se um padrão menos concentrado dos recursos do FGts: 52% dos recursos desembolsados pelo fundo destinaram-se ao Sudeste, ante a 64% dos financiamen-tos com recursos do Fat.

Gráfico 6Recursos onerosos comprometidos e desembolsados para o saneamento básico em 2008

Gastos Comprometidos

Sudeste45,05%

Centro-Oeste4,00%

Sul15,91%

Nordeste16,88%

Norte18,15%

Gastos Desembolsados

Centro-Oeste 8,85%

Norte11,87%

Nordeste 15,50%

Sul 7,34%Sudeste

56,41%

2.1.3. Compromissos de Gastos e Desembolsos Per Capita (Recursos Onerosos e Não Onerosos)

Os dados reunidos revelam que no exercício financeiro de 2008 foram com-prometidos R$ 66,2 e desembolsados R$ 30,7 per capita em iniciativas de saneamen-to básico. Dentre os valores médios comprometidos, apurou-se na Região norte o maior valor per capita: R$ 114,9 e, dentre os valores per capita desembolsados, o maior valor foi observado na Região centro-oeste: R$ 60,8.

a análise dos valores per capita comprometidos mostra que os maiores valo-res per capita foram destinados às seguintes UFs: acre (R$ 780,4), Roraima (R$ 597,5) e Sergipe (R$ 112,04). Já os maiores desembolsos per capita foram apurados no acre (R$ 244), Roraima (R$ 193,4) e mato Grosso do sul (R$ 86,39).

a tabela 13 detalha os gastos per capita comprometidos e desembolsados para o saneamento básico no ano de 2008, segundo a fonte de recursos e Região. no anexo 4, estão listados os valores per capita comprometidos e desembolsados por UF e por Fonte de Recursos.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Tabela 13Valores per capita comprometidos e desembolsados para o saneamento básico em 2008

GASTOS PER CAPITA EM SANEAMENTO BÁSICO – 2008

REGIÃOComprometidos (R$) Desembolsados (R$)

Não onerosos Onerosos Total Não Onerosos Onerosos Total

noRte 36,80 77,28 114,09 19,97 17,93 37,90

noRDeste 57,33 20,39 77,72 28,65 6,64 35,29

sUl 16,12 37,05 53,16 8,14 9,45 17,59

sUDeste 17,11 36,02 53,12 10,88 14,84 25,72

centRo-oeste 53,95 18,85 72,80 46,00 14,79 60,80

BRASIL 32,44 33,84 66,28 18,70 12,00 30,71

a análise da evolução dos gastos per capita comprometidos mostra que houve, em 2008, um crescimento de 48% dos valores comprometidos em iniciativas de saneamento básico em relação à média per capita apurada de 2003 a 2006: passou-se de um valor médio de R$ 21,8 para R$ 32,4 per capita comprometido em 2008. os maiores crescimentos dos valores comprometidos per capita em 2008 foram observados nas Regiões norte (356%) e sul (256%).

No Gráfico 7, pode-se observar a evolução dos compromissos de gasto per capita de 2003 a 2008, em valores históricos, por Grandes Regiões.

Gráfico 7Valores per capita comprometidos para o saneamento básico de 2003 a 2008

R$ 0

R$ 20

R$ 40

R$ 60

R$ 80

R$ 100

R$ 120

R$ 140

Norte Norte NordesteNordeste SulSul SudesteSudeste Centro-OesteCentro-Oeste BrasilBrasil

2003 a 2006 2007 2008

os dados relativos aos desembolsos per capita realizados em 2008 revelam um crescimento de 187% dos gastos desembolsados per capita em relação à média apurada de 2003 a 2006: passou-se de uma média de desembolso per capita por ano de R$ 10,7 para R$ 30,7 em 2008. Foi na Região centro-oeste que se apurou o maior crescimento, de 137%, seguida pela Região norte, de 104%. em relação ao ano de 2007, o crescimento dos desembolsos per capita foi de 85%.

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Gasto Público em saneamento básico

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No Gráfico 8, pode-se observar a evolução dos desembolsos per capita de 2003 a 2008, por Grandes Regiões.

Gráfico 8Valores per capita desembolsados para o saneamento básico de 2003 a 2008

R$ 0

R$ 10

R$ 20

R$ 30

R$ 40

R$ 50

R$ 60

R$ 70

Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste Brasil

2003 a 2006 2007 2008

2.1.4. Gastos Comprometidos e Desembolsados por Modalidade

No Gasto Público em Saneamento, são consideradas as seguintes classifica-ções de modalidades de intervenções em saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana (manejo de águas pluviais urba-nas), resíduos sólidos urbanos (manejo de resíduos sólidos urbanos), saneamento inte-grado, estudos e projetos, desenvolvimento institucional e pró-municípios.

a modalidade saneamento integrado inclui empreendimentos que envolvem mais de uma modalidade de intervenção simultânea em saneamento na mesma parcela do território, principalmente para urbanização de favelas e assentamentos precários.

a modalidade pró-municípios (Programa de apoio ao Desenvolvimento Ur-bano de municípios de Pequeno Porte e Programa de apoio ao Desenvolvimento Urbano de municípios de médio e Grande Porte) diz respeito a intervenções de sa-neamento conjugadas com outras obras de desenvolvimento urbano, que incluem variadas melhorias de infra-estrutura urbana, principalmente pavimentação, que re-presenta cerca de 2/3 das intervenções. Vale lembrar que os recursos destinados à modalidade classificada como pró-municípios, são oriundos somente de emendas parlamentares e, por questões metodológicas, foram individualizadas em uma mo-dalidade específica.

na categoria “diversos” estão incluídos os gastos dirigidos a saneamento domiciliar, gestão e administração dos programas, saneamento nas escolas, outras obras de engenharia, controle de qualidade de água, dentre outros.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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a tabela 14 detalha os recursos comprometidos e desembolsados por mo-dalidade de intervenção e por fonte de recursos em 2008, o número estimado de famílias beneficiadas e de empregos gerados.

Tabela 14Recursos onerosos e não-onerosos comprometidos e desembolsados por modalidade e fonte de recursos

RECURSOS POR MODALIDADE E FONTE DE RECURSOS

MODALIDADEComprometidos Desembolsados Famílias

BeneficiadasEmpregos Gerados(R$) % (R$) %

abastecimento de água

Financiamento 1.237.736.294,76

24,18

558.440.335,05

28,7 2.456.340 156.223 orçamentário 1.711.473.425,66 1.064.889.045

TOTAL 2.949.209.720,42 1.623.329.380,21

esgotamento sanitário

Financiamento 2.481.558.143,32

30,30

892.092.526,89

27,19 1.540.065 195.896 orçamentário 1.214.598.199,30 645.864.873

TOTAL 3.696.156.342,62 1.537.957.400,26

Drenagem Urbana

Financiamento 443.176.050,14

5,03

204.270.344,08

5,54 245.546 32.535 orçamentário 170.690.020,26 108.992.782

TOTAL 613.866.070,40 313.263.125,70

Resíduos sólidos Urbanos

Financiamento 15.861.100,00

0,78

134.381.579,99

2,77 236.223 5.008 orçamentário 78.978.263,40 22.248.831

TOTAL 94.839.363,40 156.630.411,28

saneamento integrado

Financiamento 1.425.553.119,48

20,56

210.962.750,75

18,48 195.900 132.899orçamentário 1.081.966.424,37 834.258.034

TOTAL 2.507.519.543,85 1.045.220.784,57

Pró-municípiosorçamentário 1.587.266.152,33

13,01691.185.517

12,22 - 84.125 total 1.587.266.152,33 691.185.516,95

estudos e Projetos

Financiamento 59.164.148,52

0,71

3.217.716,98

0,22 31.182 -orçamentário 27.087.100,24 9.255.246

TOTAL 86.251.248,76 12.472.963,39

Diversos*

Financiamento 562.307.329,60

5,42

99.273.396,00

2,99 - -orçamentário 99.161.071,96 69.996.884

TOTAL 661.468.401,56 169.270.279,73

Desenvolvimento institucional

Financiamento -0

106.390.318,061,88 - -

TOTAL - 106.390.318,06

TOTAL 12.196.576.843,34 100 5.655.720.180,15 100 - ** 606.686

obs: os valores apresentados correspondem apenas aos valores dos empréstimos e repasses, excluindo-se, portanto, os valores aportados a título de contrapartida.

* Na modalidade “diversos” não foi possível calcular o número de famílias beneficiadas em função da diversidade de unidades de medida para as iniciativas contabilizadas.

** Optou-se por não incluir o número total de famílias beneficiadas porque uma mesma família pode estar sendo bene-ficiada por investimentos realizados em mais de uma modalidade.

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Gasto Público em saneamento básico

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O Gráfico 9 mostra a alocação percentual total dos gastos realizados em 2008 por modalidade, segundo a categoria de gasto.

Pode-se perceber, dentre os valores comprometidos, a priorização das ações de esgotamento sanitário, com 30,3% do total de recursos comprometidos, seguidas por intervenções em abastecimento de água, responsáveis por 24,18% dos valores comprometidos. a priorização da modalidade de esgotamento sanitário é de ex-trema importância, já que, historicamente, a predominância de investimentos em abastecimento de água gerou grandes desigualdades entre esses dois serviços no atendimento da população13.

em relação aos totais desembolsados, as principais modalidades contempla-das foram: abastecimento de água (28,79%), esgotamento sanitário (27,19%) e sa- neamento integrado (18,48%).

Gráfico 9Valores comprometidos e desembolsados para o saneamento básico em 2008 por

modalidade (% em relação ao total)

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Abastecimento de Água

Esgotamento Sanitário

Drenagem Urbana

Resíduos Sólidos Urbanos

Saneamento Integrado

Pró-Municípios

Estudos e Projetos

Diversos

Desenv. Inst.

Comprometidos Desembolsados

2.1.5. Evolução dos Gastos Comprometidos e Desembolsados

a tabela 15 mostra os valores históricos comprometidos e desembolsados em iniciativas de saneamento básico desde o ano de 2003.

13 De acordo com os dados da PNAD 2006, o déficit urbano e rural de serviços de abastecimento de água (rede geral) corresponde a aproximadamente 15% da população total, enquanto o déficit urbano e rural de serviços de esgota-mento sanitário (rede coletora e fossa) atinge cerca de 30% da população brasileira.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Tabela 15Gastos comprometidos e desembolsados em iniciativas de saneamento básico (em valores históricos)

ANOCOMPROMETIDOS (R$) DESEMBOLSADOS (R$)

Financiamentos OGU Total Financiamentos OGU Total

2003 1.668.985.331,90 551.538.773,64 2.220.524.105,54 119.025.437,76 619.662.218,19 738.687.655,95

2004 2.857.529.020,48 1.103.793.780,02 3.961.322.800,50 329.572.192,15 704.576.107,11 1.034.148.299,26

2005 53.856.562,77 2.004.748.837,21 2.058.605.399,98 575.091.370,82 799.186.508,57 1.374.277.879,39

2006 1.823.215.881,01 2.451.828.882,89 4.275.044.763,90 1.734.863.874,96 1.430.599.979,05 3.165.463.854,01

2007 5.304.435.865,19 4.940.512.277,19 10.244.948.142,38 859.710.805,28 1.810.617.261,95 2.670.328.067,23

2008 6.225.356.185,82 5.971.220.657,52 12.196.576.843,34 2.209.028.967,80 3.441.341.212,35 5.650.370.180,15

TOTAL 17.933.378.847,17 17.023.643.208,47 34.957.022.055,64 5.827.292.648,77 8.805.983.287,22 14.633.275.935,99

a evolução dos valores comprometidos e desembolsados para o saneamen-to básico desde 2003, com correção monetária pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008, disponível no Gráfico 10, demonstra os avanços do Governo Federal na tentativa de retomar as contratações de operações de crédito e acelerar os empenhos com recursos do OGU. O gráfico revela um crescimento de 286% dos valores comprometidos nos anos de 2007 e 2008 (média dos dois períodos) em rela-ção aos valores dos compromissos de gastos apurados de 2003 a 2006 (média dos 4 períodos).

o notável incremento de recursos investidos no setor a partir de 2007 está as-sociado à implementação do Programa de aceleração do crescimento – Pac para o setor de saneamento básico, que planeja investimentos de R$ 40 bilhões até 2010.

Em relação aos desembolsos, a melhoria do desempenho em 2008 já é reflexo da ampliação das contratações realizadas a partir de 2007, fruto da prioridade con-ferida ao Pac. comparando-se com o período que compreende os anos de 2003 a 2006, os valores médios desembolsados nos anos de 2007 e 2008 foram superiores em 146% aos valores médios apurados nos quatro anos anteriores, já corrigidos pelo iGP-Di para o ano de 2008. em relação a 2007, o valor de desembolso do ano de 2008 é 40% superior. esse resultado é, por um lado, decorrência do aumento expressivo da disponibilidade de recursos proporcionada pelo Programa, que além de ampliar consideravelmente a oferta de recursos para a contratação de novos investimentos, impede que os empreendimentos incluídos no Programa estejam sujeitos aos efeitos dos contingenciamentos orçamentários e financeiros.

em síntese, pode-se observar que os valores contratados em 2008 equivalem à somatória dos montantes obtidos no quadriênio 2003 a 2006. Quanto aos desem-bolsos, os valores obtidos em 2008 representam mais de 70% do total desembolsado no quadriênio.

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Gasto Público em saneamento básico

40

Gráfico 10evolução dos gastos comprometidos e desembolsados em iniciativas de saneamento básico*

(em R$ bilhões)

3,15

5,13

2,52

5,14

11,72 12,2

1,05 1,34 1,68

3,813,06

5,65

0

2

4

6

8

10

12

14

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Gastos Comprometidos Gastos Desembolsados

* as séries foram indexadas pelo iGP-Di médio anual da FGV para o ano de 2008

2.1.5.1. Evolução dos Gastos Comprometidos e Desembolsados por Fonte de Recursos

na análise da evolução dos valores comprometidos por ano, referentes a contratos assinados entre 2003 e 2008, atualizados pelo iGP-Di para o ano de 2008, observa-se o aumento substancial dos valores comprometidos, especialmente com recursos do oGU. com recursos orçamentários, os valores comprometidos no ano de 2008 cresceram 665% e com recursos de financiamentos, ampliaram-se em 162%, em relação ao ano de 2003. O Gráfico 11 mostra a evolução dos compromissos de gastos, segundo a fonte de recursos.

Gráfico 11evolução dos gastos comprometidos em iniciativas de saneamento básico – 2003 a 2008*

(em R$ bilhões)

2,37

0,07

2,19

0,78

2,45

5,14

12,20

3,70

6,07

6,23

1,43

2,95

5,65

5,97

5,13

3,15 2,52

11,72

0

2

4

6

8

10

12

14

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Bilh

ões

Oneroso Não Oneroso Total

* Valores atualizados pelo iGP-Di para o ano de 2008

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RelatóRio De aPlicações De 2008

41

na análise da evolução dos valores desembolsados por ano, referentes a contratos assinados entre 2003 e 2008, atualizados pelo iGP-Di para o ano de 2008, observa-se o substancial incremento nos valores desembolsados. em relação a 2003, os valores desembolsados com recursos de financiamentos no ano de 2008 revelam um crescimento superior a 1000% e, superior a 290% para os recursos oriundos de fontes orçamentárias. O Gráfico 12 mostra a evolução dos compromissos de gastos totais e por fonte de recursos.

Gráfico 12evolução dos gastos desembolsados em iniciativas de saneamento básico – 2003 a 2008* (em R$ bilhões)

0,700,98

2,21

0,88 0,91

2,07

3,44

5,65

0,43

2,09

1,720,98

3,06

3,81

1,681,34

1,05

-

1

2

3

4

5

6

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Bilh

ões

0,17

Oneroso Não Oneroso Total

* Valores atualizados pelo iGP-Di para o ano de 2008

2.1.5.2. Evolução dos Gastos Comprometidos e Desembolsados por Região

a análise dos valores comprometidos e desembolsados com recursos do oGU referentes a contratos assinados entre o Governo Federal e os proponentes, entre os anos de 2003 e 2008, mostra a importância dos recursos não onerosos para a Região nordeste. a priorização da destinação de recursos para a Região revela a atuação estratégica governamental que visa melhorar as situações sanitárias de áreas que, além de apresentarem os piores indicadores de acesso aos serviços, têm menor ca-pacidade de acesso aos recursos de financiamentos.

O Gráfico 13 mostra, em valores históricos, que a região Nordeste foi benefi-ciada por 46,21% dos valores comprometidos e 44,32% dos desembolsos com recur-sos do oGU, entre os anos de 2003 a 2008.

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Gasto Público em saneamento básico

42

Gráfico 13Valores totais comprometidos e desembolsados com recursos do oGU em iniciativas de saneamento

básico, por região – 2003 a 2008 (em R$ bilhões)

2,88

1,74

7,87

3,90

1,640,86

3,42

1,671,22

0,63

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Compromisso Desembolso

A análise dos valores comprometidos e desembolsados com recursos de fi-nanciamentos referentes a contratos assinados entre os anos de 2003 e 2008 mostra a concentração da destinação dos recursos onerosos para a Região sudeste. a prio-rização da destinação de recursos para a Região é resultado dos critérios adotados para acesso aos recursos de financiamentos, que privilegiam as áreas com maior di-namismo econômico. O Gráfico 14 mostra, em valores históricos, que a região Sudes-te foi beneficiada por 52,02% dos valores comprometidos e 56,53% dos desembolsos com recursos de financiamentos, de 2003 a 2008.

Gráfico 14Valores Totais comprometidos e desembolsados com recursos de financiamentos em iniciativas

de saneamento básico, por região – 2003 a 2008 (em R$ bilhões)

1,250,45

2,90

0,951,93

0,36

9,33

3,292,53

0,77

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Compromisso Desembolso

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43

2.1.5.3. Evolução dos Gastos Comprometidos e Desembolsados por Modalidade

a análise dos valores comprometidos e desembolsados totais por modalida-de mostra que, entre os anos de 2003 e 2008, foram priorizadas as intervenções desti-nadas ao abastecimento de água e ao esgotamento sanitário. O Gráfico 15 mostra, em valores históricos, que à modalidade de abastecimento de água foram destina-dos 25,7% dos valores comprometidos e 28,4% dos valores desembolsados de 2003 a 2008. À modalidade de esgotamento sanitário foram alocados 31,6% dos gastos comprometidos e 20,5% dos gastos desembolsados no período.

Gráfico 15Valores totais comprometidos e desembolsados com em iniciativas de saneamento básico, por

modalidade – 2003 a 2008 (em R$ bilhões)

0,852,00

2,22

4,72

1,23

2,35

3,175,71

3,0010,93

4,16

8,91

R$ 0 R$ 2 R$ 4 R$ 6 R$ 8 R$ 10 R$ 12

Abastecimento de Água

Esgotamento Sanitário

Saneamento Integrado

Resíduos, DI e outros

Pró-Municípios

Drenagem

Desembolsados Comprometidos

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Gasto Público em saneamento básico

44

3. EXECUÇÃO FÍSICA DOS EMPREENDIMENTOS

o acompanhamento da execução física dos empreendimentos visa dispo-nibilizar os principais indicadores da execução acumulada dos investimentos em sa-neamento básico contratados entre os anos de 2003 e 2008. no entanto, o objetivo principal da seção é possibilitar a análise sintética do andamento físico dos empre-endimentos apoiados com recursos federais e dos fundos financiadores ao término do exercício financeiro de 2008.

embora a execução das obras do setor seja, por sua natureza, plurianual, especialmente por se tratar de empreendimentos que, em geral, envolvem quantia expressiva de investimentos com um longo tempo de maturação, a tentativa de reunir e monitorar a execução dos investimentos que compõe o montante dos con-tratos vigentes em sucessivos períodos é um esforço importante para dimensionar e comparar a evolução da aplicação dos recursos públicos.

com esse objetivo, apresenta-se, inicialmente, a situação geral dos investi-mentos apoiados e/ou financiados com recursos do Orçamento Geral da União e de empréstimos dos contratos assinados entre os anos de 2003 a 2008. esse tópico inclui a classificação dos empreendimentos segundo o estágio de execução: empreendi-mentos não iniciados, em andamento e já concluídos, considerando-se somente os valores aportados pela União a título de repasse ou empréstimo.

em seguida, são detalhados os investimentos que compõe a carteira de in-vestimentos da União no setor de saneamento vigente no ano de 2008. essa carteira inclui o rol de contratos vigentes ao final do exercício (empreendimentos não inicia-dos e em andamento), sob gestão do MCidades e dos fundos financiadores, inde-pendentemente do ano de assinatura do contrato e exclui os contratos já concluídos ao término do ano. Vale mencionar que, na carteira, estão incluídos os valores das contrapartidas dos proponentes. na seqüência, estão reunidas as informações sobre os empreendimentos em andamento, concluídos e iniciados, tomando-se como re-ferência o final do exercício de 2008.

as informações apresentadas estão organizadas por Região administrativa, por modalidade de intervenção, por origem dos recursos e por ano de assinatura dos contratos. Para facilitar a leitura e compreensão de alguns termos utilizados ao longo da seção, destaca-se, a seguir, sumário com os principais conceitos utilizados:

• empreendimentos iniciados no exercício de 2008: referem-se a empreen-dimentos iniciados no exercício, independente do ano de assinatura do contrato.

• empreendimentos em andamento no exercício de 2008: refere-se a em-preendimentos já iniciados, independente do ano de início e do ano de assinatura do contrato. exclui os empreendimentos concluídos.

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45

• empreendimentos concluídos no exercício de 2008: refere-se a empreendi-mentos concluídos no ano de exercício de 2008, independente do ano de assinatura do contrato.

• empreendimentos iniciados: referem-se a empreendimentos iniciados ao longo dos anos, independente do ano de assinatura do contrato e ano de início. inclui os empreendimentos concluídos e exclui os empreendimentos não iniciados.

3.1. Situação Geral dos Empreendimentos

O Gráfico 16 mostra a situação geral, em dezembro de 2008, das interven-ções em saneamento básico realizadas com aporte de recursos da União, segundo o ano da assinatura dos contratos de repasse ou empréstimo. inclui, portanto, todos os contratos firmados a partir de 200314, ano de criação do ministério das cidades, até 2008, independentemente da situação do empreendimento (não iniciado, em andamento ou concluído). esses investimentos correspondem ao montante dos va-lores históricos dos contratos firmados entre a União e os beneficiários (contratos de repasse e termos de compromisso15) e aos contratos de empréstimos assinados entre a União e os proponentes, excluindo-se os valores aportados a título de contraparti-da dos estados, municípios e Prestadores Privados.

os investimentos realizados no período, que ultrapassam R$ 28,9 bilhões, fo-ram classificados ao final de 2008 segundo a seguinte situação: 24,9% não foram iniciados, 67,8% estavam em andamento e 7,3% foram concluídos.

observa-se que, em 2008, em relação aos investimentos contratados entre 2003 e 2006, 25,8% tiveram seus empreendimentos concluídos, 72,2% estavam em fase de obras e restavam 2,1% ainda não iniciados. Dentre os investimentos contrata-dos em 2007, 20,3% estavam não iniciados, 78,5% estavam em andamento e 1,2% fo-ram concluídos. Já em relação aos investimentos contratados no ano de 2008, 46,7% estavam em andamento, 53,3% não foram iniciados e 0,1% foram concluídos.

14 em virtude da inconsistência das informações, foram excluídos os contratos assinados antes de 2003.

15 Termo de Compromisso: instrumento administrativo de transferência obrigatória de recursos financeiros que se pro-cessa por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da União, de acordo com a lei nº 11.578, de 26 de novembro de 2007.

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Gasto Público em saneamento básico

46

Gráfico 16situação geral dos investimentos em saneamento em dezembro de 2008, por ano de contratação

2,1

72,2

25,820,3

78,5

1,2

53,346,7

0,1

24,9

67,8

7,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2003 a 2006 2007 2008 Total

%

Não iniciadas Em Andamento Concluídas

as tabelas 16 e 17 detalham a situação geral dos investimentos em sane-amento realizados com apoio do mcidades, em valores (tabela 16) e em quan-tidade de operações (tabela 17), segundo o ano de contratação e situação do empreendimento.

Tabela 16situação geral dos investimentos em dezembro de 2008, por ano de contratação

Situação dosempreendimentoscontratados entre

2003 e 2008

VALORES DE INVESTIMENTOS DA UNIÃO POR ANO DE CONTRATAÇÃO

2003 a 2006 2007 2008 Total geral

R$ 1,00 % R$ 1,00 % R$ 1,00 % R$ 1,00 %

não iniciados 155.797.053 2,1 2.664.552.990 20,3 4.374.786.207 53,3 7.195.136.249 24,9

em andamento 5.484.539.875 72,2 10.282.649.144 78,5 3.831.849.036 46,7 19.599.038.056 67,8

concluídos 1.956.679.652 25,8 157.600.113 1,2 5.076.840 0,1 2.119.356.606 7,3

TOTAL (R$ 1,00) 7.597.016.580 100 13.104.802.247 100 8.211.712.083 100 28.913.530.911 100

em relação ao número total de contratos assinados entre 2003 e 2008 (17.476), disponível na Tabela 16, observa-se que ao final do exercício de 2008, 36,6% dos con-tratos não tiveram os empreendimentos iniciados, 28,1% estavam em andamento e 35,3% foram concluídos.

os contratos assinados em 2007 e que não tiveram obras iniciadas correspon-diam a 38,5% das operações; os que estavam em andamento representavam 47,4% das operações; e os contratos concluídos eram equivalentes a 14,1% das operações. os investimentos contratados em 2008 que estavam em andamento correspondiam a 6,6% das operações, os investimentos não iniciados correspondiam a 92,7% das operações e os concluídos correspondiam a um percentual equivalente 0,7% das operações.

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47

Tabela 17situação geral dos contratos dos empreendimentos em dezembro de 2008, por ano de contratação

Situação dosempreendimentoscontratados entre

2003 e 2008

QUANTIDADE DE CONTRATOS POR ANO DE CONTRATAÇÃO

2003 a 2006 2007 2008 Total geral

Nº % Nº % Nº % Nº %

não iniciados 368 4,5 1.873 38,5 4.150 92,7 6.391 36,6

em andamento 2.306 28,4 2.303 47,4 297 6,6 4.906 28,1

concluídos 5.464 67,1 687 14,1 28 0,7 6.179 35,3

TOTAL (Nº/%) 8.138 100 4.863 100 4.475 100 17.476 100

TOTAL (%) 46,6 27,8 25,6 100

3.1.1. Situação dos investimentos apoiados com recursos do OGU (Não Onerosos)

O Gráfico 17 disponibiliza as informações da situação geral, ao término de 2008, dos investimentos contratados com recursos do oGU entre os anos de 2003 a 2008. A partir dos dados do gráfico e da Tabela 18, observa-se que, do montante total de investimentos realizados no período (R$ 12,5 bilhões), em 2008, 29,6% dos empreendimentos não tinham sido iniciados, 62% estavam em andamento e 8,4% foram concluídos.

ao término de 2008, dos investimentos contratados entre 2003 até 2006, 53,2% tiveram suas obras concluídas, 41,7% estavam em fase de obras e restavam 5,1% não iniciados. Dos investimentos contratados em 2007, 19,8% das obras não foram iniciadas e 78,8% estavam em andamento; e 1,4% tiveram as obras concluídas. Já em relação aos contratos assinados em 2008, 5,2% estavam em andamento e 94,5% não foram iniciados. esse elevado percentual de investimentos não iniciados expli-ca-se em virtude do tempo de maturação necessário para o início das obras. ou seja, depois de assinados os contratos de investimentos, são necessárias providên-cias relativas à adequação dos projetos de engenharia, titularidade das áreas de intervenção, licenciamentos ambientais e procedimentos licitatórios. Destaca-se que 73% dos contratos firmados no ano de 2008 com recursos do OGU foram assinados no segundo semestre do exercício.

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Gasto Público em saneamento básico

48

Gráfico 17situação geral dos investimentos apoiados com recursos do oGU (mcidades), por ano de contratação

Não iniciadas Em Andamento Concluídas

5,1

41,7

53,2

19,8

78,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2003 a 2006

1,4

2007 2008 Total

%

29,6

62,0

8,45,2

0,2

94,5

a tabela 18 detalha o resumo da situação, em dezembro de 2008, dos inves-timentos de saneamento básico contratados com recursos orçamentários, por ano de contratação, em valores históricos.

Tabela 18situação geral dos investimentos apoiados com recursos do oGU (mcidades), por ano de contratação

Situação dosempreendimentos

– OGU

VALORES DE INVESTIMENTOS DA UNIÃO POR ANO DE CONTRATAÇÃO

De 2003 a 2006 2007 2008 TOTAL

R$ 1,00 % R$ 1,00 % R$ 1,00 % R$ 1,00 %

não iniciados 89.367.545 5,1 1.742.958.139 19,8 1.877.761.371 94,5 3.710.087.054 29,6

em andamento 725.877.505 41,7 6.936.532.093 78,8 103.917.681 5,3 7.766.327.280 62,0

concluídos 925.105.645 53,2 122.456.948 1,4 4.676.840 0,2 1.052.239.434 8,4

TOTAL (Nª/ %) 1.740.350.695 100 8.801.947.180 100 1.986.355.892 100 12.528.653.767 100

TOTAL (%) 13,9 70,2 15,8 100

a tabela 19 mostra o resumo da situação, em dezembro de 2008, do núme-ro total de contratos de saneamento básico assinados com recursos orçamentários entre 2003 e 2008. observa-se que, do montante total de contratos de investimentos assinados (15.972), em 2008, 5.984 não tiveram obras iniciadas, 3.984 estavam em andamento e 6.004 foram concluídos.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

49

Tabela 19situação dos empreendimentos apoiados com recursos do oGU (mcidades) por ano de contratação

Situação dos empreendimentos – OGU

DISTRIBUIÇÃO DOS CONTRATOS POR ANO DE CONTRATAÇÃO

De 2003 a 2006 2007 2008 TOTAL

Nº % Nº % Nº % Nº %

não iniciados 352 4,7 1.770 39,2 3.857 96,3 5.979 37,4

em andamento 1.799 24,1 2.067 45,8 123 3,1 3.989 25,0

concluídos 5.299 71,1 678 15,0 27 0,7 6.004 37,6

TOTAL (Nª/ %) 7.450 100 4.515 100 4.007 100 15.972 100

TOTAL (%) 46,6 28,3 25,1 100

3.1.2. SituaçãodosinvestimentosfinanciadoscomrecursosdoFGTS/FAT (Onerosos)

O Gráfico 18 disponibiliza as informações da situação geral dos investimentos contratados com recursos de financiamentos entre os anos de 2003 a 2008. Obser-va-se que, em 2008, do montante total de investimentos (R$ 16,3 bilhões), 21,3% das obras não foram iniciadas, 72,2% estavam em andamento e 6,5% foram concluídas.

ao término de 2008, dos investimentos contratados entre 2003 até 2006, 17,6% tiveram suas obras concluídas; 81,3% estavam em fase de obras; e restavam 1,1% não iniciados. Dos investimentos contratados em 2007, 21,4% das obras não foram iniciadas; 77,8% estavam em andamento; e 0,8% estavam concluídas. Já em relação aos investimentos contratados em 2008, 59,9% estavam em andamento e 40,1% não foram iniciados.

Gráfico 18Situação geral dos investimentos financiados com recursos do FGTS/FAT, por ano de contratação

Não iniciadas Em Andamento Concluídas

1,1

40,1

21,3

81,377,8

59,9

72,2

17,6

0,8 0,0

6,5

010

20

30

40

50

60

70

80

90

2003 a 2006 2007 2008 Total

%

21,4

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Gasto Público em saneamento básico

50

a tabela 20 detalha o resumo da situação, em dezembro de 2008, dos inves-timentos de saneamento básico contratados com recursos de financiamentos, por ano de contratação, em valores históricos.

Tabela 20Situação dos empreendimentos financiados com recursos do FGTS/FAT, por ano de contratação

Situação dos empreendimentos

financiados

ANO DE ASSINATURA DO CONTRATO

De 2003 a 2006 2007 2008 Total

(R$1,00) % (R$1,00) % (R$1,00) % (R$1,00) %)

não iniciados 66.429.508 1,1 921.594.851 21,4 2.497.024.836 40,1 3.485.049.195 21,3

em andamento 4.758.662.370 81,3 3.346.117.051 77,8 3.727.931.355 59,9 11.832.710.776 72,2

concluídos 1.031.574.007 17,6 35.143.165 0,8 400.000 0,0 1.067.117.172 6,5

TOTAL (R$/%) 5.856.665.885 100 4.302.855.067 100 6.225.356.191 100 16.384.877.143 100

TOTAL (%) 35,74 26,26 37,99 100

a tabela 21 mostra a situação resumida, em dezembro de 2008, do número total de contratos de saneamento básico assinados com recursos de financiamentos entre 2003 e 2008. observa-se que, do montante total de contratos de investimentos assinados (1.504) em 2008, 412 não tinham sido iniciados, 917 estavam em andamen-to e 175 estavam concluídos.

Tabela 21Situação dos contratos assinados com recursos de financiamentos ( FGTS/FAT), por ano de contratação

Situação dos contratos de

financiamentos

QUANTIDADE DE CONTRATOS POR ANO DE CONTRATAÇÃO

2003 a 2006 2007 2008 Total geral

Nº % Nº % Nº % Nº %

não iniciados 16 2,3 103 29,6 293 62,6 412 27,4

em andamento 507 73,7 236 67,8 174 37,2 917 61,0

concluídos 165 24,0 9 2,6 1 0,2 175 11,6

TOTAL (Nº/%) 688 100 348 100 468 100 1.504 100

TOTAL (%) 45,74 23,14 31,12 100

3.2. Carteira de Investimentos

a análise dos investimentos que compõe a carteira de investimentos fornece um indicativo importante para o dimensionamento do montante de investimentos em curso no setor de saneamento no período, que estão sob a gestão do Governo Federal e dos fundos financiadores. Portanto, são excluídos os contratos de investi-mentos já concluídos ao final do ano de 2008 e são incluídas as contrapartidas dos proponentes.

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51

assim, a carteira de investimentos contratados contempla os contratos vigen-tes ao final do exercício de 2008, correspondente a investimentos apoiados e/ou financiados com recursos orçamentários16 e dos fundos financiadores (FAT e FGTS) para o saneamento básico. A carteira de investimentos, ao final de 2008, perfazia um montante de R$ 34,4 bilhões em investimentos em um total de 11.456 contratos vigentes. Destaca-se que a contrapartida correspondia a 21,2% do valor total dos investimentos.

considerando-se que a execução das obras de saneamento básico ultrapas-sa, em média, um exercício financeiro, vale ressaltar que essa carteira inclui também os contratos de investimentos firmados em anos anteriores e com obras ainda não concluídas. Assim, a carteira de 2008 contava com 7 contratos firmados antes do ano de 1996, equivalentes a um total de R$ 57,2 milhões (0,17% dos investimentos) e com 152 contratos firmados entre os anos de 1996 e 2002, equivalentes a R$ 527,6 milhões (1,53% dos investimentos).

Portanto, a maior parte dos investimentos que compõem a carteira do mci-dades foi contratada nos anos de 2007 e 2008, equivalente a recursos de R$ 26,2 bilhões (76,2% dos investimentos). Destaca-se que, tendo em vista o lançamento do Programa de aceleração do crescimento, em 2007, grande parte do total dessa carteira (62,26%) corresponde a investimentos incluídos no Programa.

a tabela 22 detalha os investimentos e contratos que compõem a carteira de investimentos vigente no ano de 2008, segundo o ano de assinatura do contrato.

Tabela 22carteira de investimentos contratados, por ano de assinatura

Ano de contratação

INVESTIMENTOS (VI)Operações

VI Totais* VI da União * Contrap. média

(R$ 1,00) % (R$ 1,00) % % Nº %

1990 a 1995 57.220.482 0,2 47.901.347 0,2 16,3 7 0,1

1996 a 2002 527.596.000 1,5 312.280.083 1,2 40,8 152 1,3

2003 1.763.791.809 5,1 1.180.583.761 4,4 33,1 136 1,2

2004 2.612.188.858 7,6 1.914.427.544 7,1 26,7 308 2,7

2005 264.021.263 0,8 221.541.300 0,8 16,1 557 4,9

2006 2.975.035.957 8,6 2.323.784.323 8,6 21,9 1.673 14,6

2007 16.458.348.457 47,8 12.947.202.134 47,7 21,3 4.176 36,5

2008 9.781.467.197 28,4 8.206.635.243 30,2 16,13 4.447 38,8

TOTAL 34.439.670.022 100 27.154.355.735 100 21,2 11.456 100

* inclui as contrapartidas dos estados, municípios e Proponentes Privados. Vi: Valor de investimento

16 considerou-se somente os empreendimentos gerenciados pelo mcidades.

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52

3.2.1. Carteira de Investimentos por Região e por Fonte de Recursos

a tabela 23 detalha a distribuição da carteira de investimentos (operações e valores de investimento) e os valores médios por operação dos contratos de financia-mento e de repasse por Região administrativa e por Fonte de Recursos.

Observa-se que cerca de 60% dos recursos da carteira são oriundos de finan-ciamentos. Dentre os financiamentos, há predominância de recursos do FGTS: cerca de 74% dos empréstimos contratados da carteira de investimentos com recursos one-rosos são oriundos do fundo.

em relação ao número de operações, 87% do número total de contratos cor-respondem a empreendimentos apoiados com recursos do oGU, o que faz com que o valor médio de investimento por operação do oGU seja quase 10 vezes menor em relação às operações financiadas com recursos do FGTS/FAT. Enquanto o valor mé-dio dos empreendimentos da carteira de investimentos com recursos orçamentários é de R$ 1,39 milhões, o valor médio dos empreendimentos da carteira com recursos de empréstimos é de R$ 13,8 milhões.

também, observa-se que a Região norte apresenta um valor médio por ope-ração 97% superior à média nacional, e a Região sul, um valor 41% inferior à média nacional, de R$ 3 bilhões por operação.

Tabela 23carteira de investimentos total (mcidades) e valores médios por operação, por Região

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS – MCIDADES

REGIÃO

FIN OGU Total

R$ 1,00VI médio/operação(R$ 1,00)

R$ 1,00VI médio/operação(R$ 1,00)

R$ 1,00 Nº %VI médio/operação (R$ 1,00)

centRo-oeste 1.823.053.477 18.050.034 1.747.822.340 1.478.699 3.570.875.816 1.283 10,4 2.783.224

noRDeste 3.246.967.801 10.969.486 5.060.235.942 1.601.847 8.307.203.743 3.455 24,1 2.404.401

noRte 2.141.355.284 27.453.273 1.532.882.588 2.833.424 3.674.237.873 619 10,7 5.935.764

sUDeste 10.274.943.550 15.154.784 4.406.140.656 1.447.484 14.681.084.206 3.722 42,6 3.944.407

sUl 3.075.326.544 9.180.079 1.130.941.840 553.840 4.206.268.384 2.377 12,2 1.769.570

TOTAL 20.561.646.656 13.818.311 13.878.023.366 1.392.258 34.439.670.022 11.456 100 3.006.256

TOTAL 59,7% 40,3% 100%

* Inclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados Vi: Valor de investimento

O Gráfico 19 detalha a distribuição da carteira de investimentos por Região. A partir dos dados do gráfico, observa-se que grande parte dos investimentos que compõe a carteira está concentrada nas Regiões sudeste (42,6%) e nordeste (24,1%) do país.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

53

Gráfico 19Distribuição da carteira de investimentos total (mcidades), por Região

Centro-oeste10,4%

Nordeste24,1%

Norte10,7%

Sudeste42,6%

Sul12,2%

3.2.2. Carteira de Investimentos por Modalidade

a tabela 24 mostra a distribuição da carteira de investimentos (valores de in-vestimentos e número de empreendimentos) dos contratos vigentes ao final do exer-cício de 2008, por modalidade de intervenção e por fonte de recursos.

observa-se que há predominância de investimentos em empreendimentos das seguintes modalidades: esgotamento sanitário (31,4%), saneamento integrado (21,9%) e abastecimento de água (21,5%).

no entanto, ao se considerar o número de operações, constata-se que essas modalidades, apesar de concentraram 74,8% dos recursos da carteira, concentram apenas 14,5% do total de contratos (7,2%; 5,7% e 1,6%, respectivamente). A tabela revela que iniciativas de saneamento conjugadas com outras de desenvolvimento urbano (como pavimentação, drenagem, corredores de transporte, construção de habitações) reunidas na modalidade Pró-municípios, cujos recursos são exclusiva-mente oriundos de emendas parlamentares, correspondem a quase 80% do número total das operações, mas representam apenas 11,2% dos investimentos totais.

na análise da carteira de investimentos com recursos do oGU, observa-se que, a modalidade Pró-municípios concentra 27,7% do valor do investimento, seguida pelo esgotamento sanitário (26,3%) e pelo abastecimento de água (14,1%). Já den-tre os contratos de empréstimo, há predominância de investimentos na modalidade de esgotamento sanitário (34,9%), seguidos de abastecimento de água (26,6%).

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54

Tabela 24carteira de investimentos total (mcidades) por modalidade e fonte de recursos

MODALIDADESInvestimentos Totais* Operações

Totais

INVESTIMENTOS POR FONTE*

Contratos de Empréstimo (FIN)

Contratos de Repasse (OGU)

R$ 1,00 % Nº % R$ 1,00 Nº R$ 1,00 Nº

abastecimento de água 7.419.740.252 21,5 652 5,7 5.465.097.491 448 1.954.642.761 204

Desenvolvimento institucional 913.429.128 2,7 86 0,8 913.429.128 86 - 0

Drenagem 2.160.111.562 6,3 281 2,5 1.687.545.512 130 472.566.050 151

esgotamento sanitário 10.821.566.327 31,4 824 7,2 7.177.117.432 588 3.644.448.895 236

outros 836.125.689 2,4 17 0,1 836.125.689 17 - 0

estudos e projetos 129.289.483 0,4 139 1,2 76.378.503 68 52.910.980 71

Pró-municípios 3.846.288.281 11,2 9.103 79,5 - - 3.846.288.281 9.103

Resíduos sólidos 785.546.631 2,3 165 1,4 731.726.645 59 53.819.986 106

saneamento integrado 7.527.572.668 21,9 189 1,6 3.674.226.256 92 3.853.346.413 97

TOTAL (R$/%) 34.439.670.022 100 11.456 100 20.561.646.656 1.488 13.878.023.366 9.968

* Inclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

3.2.3. Carteira de Investimentos por Situação do Empreendimento

a tabela 25 detalha a situação dos empreendimentos (não iniciados e em an-damento) que compõem a carteira de investimentos do mcidades em 2008, detalha-dos por Região. A partir dos dados observa-se que, ao final de 2008, 74,9% dos inves-timentos da carteira (R$ 25,78 bilhões) referiam-se a empreendimentos que estavam em andamento (já iniciados, portanto), equivalentes a 43,8% dos contratos vigentes.

Tabela 25situação dos empreendimentos da carteira de investimentos por Região

REGIÃO

VALORES DE INVESTIMENTOS OPERAÇÕES

Não Iniciados (%)

Emandamento

(%)

Total*(R$)

Não Iniciados (%)

Em andamento

(%)Total (Nº)

centRo-oeste 21,16 78,84 3.570.875.816 48,48 51,52 1.283

noRDeste 27,02 72,98 8.307.203.743 51,40 48,60 3.455

noRte 34,83 65,17 3.674.237.873 54,93 45,07 619

sUDeste 22,74 77,26 14.681.084.206 60,18 39,82 3.722

sUl 24,63 75,37 4.206.268.384 60,83 39,17 2.377

TOTAL 25,13 74,87 34.439.670.022 56,08 43,92 11.456

* Inclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

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55

a tabela 26 mostra a situação dos empreendimentos da carteira de investi-mentos por fonte de recurso. observa-se que as obras em andamento com recursos de financiamentos representavam 47,4% da carteira de investimentos, no entanto, correspondiam a apenas 9,1% da quantidade total de contratos da carteira. Já as obras em andamento com recursos orçamentários comprometiam 27,4% da carteira e 34,8% do número de contratos.

observa-se que, dentre as operações não iniciadas, era bastante expressivo o percentual de contratos firmados com recursos orçamentários com obras ainda não iniciadas (52,19%).

Tabela 26situação dos empreendimentos da carteira de investimentos por fonte de recursos

Fontede

Recursos

VALOR DE INVESTIMENTO NÚMERO DE OPERAÇÕES

Não Iniciadas(%)

Em andamento(%)

Total geral(R$ 1,00)

Não Iniciadas(%)

Em andamento(%)

Total geral(Nº)

Fin 12,27 47,43 20.561.646.656 3,88 9,10 1.488

oGU 12,86 27,43 13.878.023.366 52,19 34,82 9.968

TOTAL 100 34.439.670.022 100 11.456

3.2.4. Empreendimentos da Carteira de Investimentos em Andamento

A Tabela 27 detalha os valores dos empreendimentos apoiados e/ou finan-ciados com recursos da União e dos fundos financiadores que compõe a carteira de investimentos dos empreendimentos em andamento, segundo o ano de contra-tação. exclui-se, portanto, os contratos assinados, mas com empreendimentos não iniciados (em fase de ação preparatória), bem como os empreendimentos concluí-dos em 2008.

em dezembro de 2008 havia 5.032 contratos da carteira de investimentos com empreendimentos em fase de execução (em andamento), perfazendo um total de investimentos de R$19,9 bilhões. esses investimentos representavam 73,4% do total da carteira de investimentos, referentes a 43,9% do número total de contratos.

a carteira de investimentos com recursos do oGU correspondem ao montan-te dos valores dos repasses dos contratos e termos de compromissos firmados entre a União e os beneficiários, o que não inclui as contrapartidas. A carteira dos financia-mentos corresponde aos recursos aportados a título de empréstimos aos proponen-tes, excluindo-se, da mesma forma, as contrapartidas.

as informações da tabela revelam que 1,7% dos investimentos da carteira dos empreendimentos em andamento ao final de 2008 foram contratados antes de 2002 (2,5% do total de operações); 27,5% dos investimentos foram contratados entre os anos de 2003 e 2006 (45,9% das operações); 51,55% dos investimentos foram con-tratados em 2007 (45,8% das operações), ano de implementação do PAC; e, 19,21% dos investimentos no ano de 2008 (5,9% dos contratos).

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Gasto Público em saneamento básico

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Tabela 27carteira de investimentos da União e empreendimentos em andamento, segundo ano de contratação

Ano de Contratação

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS DA UNIÃO* OPERAÇÕES

Total da Carteira** Em andamento % (Em

Andamento/ Contratados)

Total da Carteira Em Andamento % (Em

Andamento/ Contratados)R$ 1,00 R$ 1,00

% Nº Nº %

1990 a 1995 47.901.347 47.734.392 0,2 99,7 7 6 0,1 85,7

1996 a 2002 312.280.083 299.126.457 1,5 95,8 152 120 2,4 79,0

2003 1.180.583.761 1.180.583.761 5,9 100 136 136 2,7 100

2004 1.914.427.544 1.914.347.544 9,6 100 308 307 6,1 99,7

2005 221.541.300 199.633.675 1,0 90,1 557 476 9,5 85,5

2006 2.323.784.323 2.189.974.895 11,0 94,2 1.673 1.387 27,6 82,9

2007 12.947.202.134 10.282.649.144 51,6 79,4 4.176 2.303 45,8 55,2

2008 8.206.635.243 3.831.849.036 19,2 46,7 4.447 297 5,9 6,7

TOTAL 27.154.355.735 19.945.898.905 100 73,4 11.456 5.032 100 43,9

*não inclui as contrapartidas dos estados e municípios** inclui empreendimentos não iniciados e em andamento

a. Acompanhamento da Execução Física dos Empreendimentos em Andamento

na tabela 28, observa-se a distribuição do total dos investimentos e opera-ções com empreendimentos em andamento por faixas de percentuais de execução e por fonte de recursos. nota-se que, do total de empreendimentos em andamento (valor de investimento total – com contrapartida, de R$ 25,7 bilhões), 66,1% das ope-rações estavam com percentuais de execução superiores a 30%, o que corresponde a 39,6% dos investimentos.

Tabela 28Distribuição dos investimentos da União por faixa de percentual de execução dos empreendimentos

Faixas de percentual de execução dos

empreendimentos em andamento

VALORES TOTAIS INVESTIMENTOS DA UNIÃO** (R$ 1,00)

Investimentos Operações Financiamento** OGU** Valor total (Financiamento +

OGU)**(Valor de Empréstimo)

(Valor de repasse)R$ 1,00 % Nº %

n/d* 1.610.786.899 6,2 42 0,8 1.154.188.350 292.500 1.154.480.850

0 a 15% 10.608.404.328 41,1 998 1 9,8 3.546.677.844 5.092.886.620 8.639.564.464

15,01 a 30% 3.364.066.514 13,0 666 13,2 1.682.713.574 1.017.001.383 2.699.714.957

30,01 a 70% 5.325.584.272 20,7 1570 31,2 2.866.272.857 935.513.562 3.801.786.419

> 70% 4.875.412.412 18,9 1756 34,9 2.929.719.000 720.633.214 3.650.352.214

TOTAL GERAL 25.784.254.426 100,0 5032 100,0 12.179.571.625 7.766.327.280 19.945.898.905

* Dados não disponíveis** Excluída a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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O Gráfico 20 detalha os valores dos investimentos da União em empreendi-mentos em andamento ao término de 2008, por Região e por Fonte de Recursos. os contratos de empréstimos e de repasse em andamento, ao término de 2008, esta-vam distribuídos da seguinte forma: 41,86% estavam localizados na Região Sudeste; 24,62% no Nordeste; 13,04% no Sul; 10,4% no Norte; e 10,06% no Centro-Oeste.

Gráfico 20Valores dos investimentos da União (mcidades) em empreendimentos em andamento ao término de

2008, por Região e por Fonte de Recursos (em R$ bilhões)

OGU Total (Fin + OGU)FIN

0,97

1,99

1,02

Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

2,86

4,87

2,011,31

0,75

2,062,43

8,28

5,86

1,99

0,59

2,58

a tabela 29 detalha a distribuição percentual dos investimentos da União por faixa de percentual de execução dos empreendimentos, segundo ano de início dos empreendimentos. observa-se que 56,8% dos investimentos possuem empreendi-mentos ainda em fase de início, ou seja, com percentuais de 0 a 30% de execução. esse elevado percentual de empreendimentos com baixa execução deve-se, princi-palmente, ao fato de que 55,3% do total de investimentos são relativos aos contratos iniciados em 2008 e 18% aos contratos iniciados em 2007.

Tabela 29Distribuição percentual dos investimentos da União por ano de início e faixa de percentual de execução

Ano Início n/d* 0 a 15% 15,01 a 30% 30,01 a 70% >70% Total geral

n/d* 5,8 0,8 - - 0,6 7,1

1990 a 2002 - - 0,1 0,3 0,8 1,2

2002 - - - - 0,3 0,3

2003 - 0,1 - 0,2 0,3 0,6

2004 - - 0,1 0,7 2,4 3,3

2005 - 0,2 0,2 4,1 4,1 8,5

2006 - 0,5 0,1 1,5 3,6 5,6

2007 - 3,8 4,8 5,4 4,1 18,0

2008 - 37,9 8,2 7,0 2,2 55,3

TOTAL GERAL 5,8 43,2 13,6 19,1 18,3 100

* Dados não disponíveis

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Gasto Público em saneamento básico

58

b. Empreendimentos em Andamento com Início em 2008

em 2008 foram iniciados 4.193 novos empreendimentos, equivalente a inves-timentos de R$11,63 bilhões. esses empreendimentos correspondiam a cerca de 58% do valor total dos investimentos da carteira em andamento e 83% do número de contratos.

a tabela 30 detalha os empreendimentos em andamento com início em 2008, segundo o ano de contratação e fonte de recursos. observa-se que, do valor total de investimentos cujos contratos tiveram suas obras iniciadas em 2008, a maior parte (71,2%) dos empreendimentos foram contratados em 2007, 23,5% foram contratados em 2008 e apenas 5,3% dos contratos foram firmados em anos anteriores.

Tabela 30empreendimentos em andamento com início em 2008, segundo o ano de contratação

Ano contratação

Financiamento (Empréstimo) OGU (Repasse) Total Investimentos* (União)

R$ (1,00) % R$ (1,00) % R$ (1,00) %

2004 - - 420.000 0,00 420.000 0,00

2005 - - 28.500.080 0,25 28.500.080 0,25

2006 317.515.256 2,73 271.282.323 2,33 588.797.579 5,06

2007 1.547.697.576 13,30 6.740.317.878 57,93 8.288.015.454 71,23

2008 2.620.532.440 22,52 108.594.521 0,93 2.729.126.961 23,46

Total geral 4.485.745.272 38,55 7.149.114.802 61,45 11.634.860.074 100

* Exclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

b. 1. Iniciados em 2008 por Região e por Fonte de Recursos

a tabela 31 detalha a distribuição dos empreendimentos iniciados em 2008 por Região e por fonte de recursos. Destaca-se que 61,5% dos investimentos iniciados em 2008 (92% das operações) correspondem a recursos provenientes do orçamento Geral da União.

na distribuição dos empreendimentos iniciados por Região, observa-se ex-pressiva concentração de obras iniciadas nas Regiões nordeste (30,5%) e sudeste (32,3%). Dentre os financiamentos há predominância de empreendimentos iniciados na Região sudeste (34,4%) e, dentre os recursos orçamentários, nas Regiões nordeste (38,5%) e sudeste (30,1%).

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RelatóRio De aPlicações De 2008

59

Tabela 31Distribuição dos empreendimentos iniciados em 2008 por Região

Investimentos da União*

RegiãoFIN OGU Total geral

R$ Nº R$ Nº R$ % Nº %

centRo-oeste 284.176.844 15 879.385.949 483 1.163.562.793 10,0 498 11,9

noRDeste 802.030.592 41 2.752.516.523 1.077 3.554.547.115 30,6 1.118 26,7

noRte 952.046.190 36 719.261.853 155 1.671.308.043 14,4 191 4,6

sUDeste 1.541.788.152 140 2.215.116.627 1.265 3.756.904.779 32,3 1.405 33,5

sUl 905.703.494 104 582.833.850 877 1.488.537.344 12,8 981 23,4

TOTAL GERAL 4.485.745.272 336 7.149.114.802 3.857 11.634.860.074 100 4.193 100

*Exclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

3.2.5. Empreendimentos do PAC na Carteira de Investimentos

A carteira de investimentos vigente ao final do exercício de 2008 incluía gran-de parcela de contratos (62,26%) firmados sob a égide do PAC, que totalizam inves-timentos de R$ 21,44 bilhões. O Gráfico 21 mostra a parcela correspondente ao PAC na carteira de investimentos, segundo a fonte de recursos.

os investimentos do Programa que compõe a carteira estão distribuídos da seguinte forma, segundo a fonte de recursos: 33,91% do total da carteira (R$ 11,6 bi-lhões) correspondem a recursos de financiamentos e 28,35% (R$ 9,7 bilhões) referem-se a contratos de investimentos apoiados com recursos do oGU incluídos no Pac.

Gráfico 21Parcela do Pac na carteira de investimentos, por fonte de recursos

25,79

33,91

11,95

37,74

62,26

0

20

40

60

80

100

%

FIN OGU Total (Fin + OGU)

Não PAC PAC

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Gasto Público em saneamento básico

60

3.2.6. Empreendimentos Concluídos

Os investimentos do Governo Federal e dos fundos financiadores no setor de saneamento, cujos contratos foram assinados entre 2003 e dezembro de 2008 per-mitiram a conclusão de 6.174 empreendimentos em todo o país, correspondente a R$ 2,1 bilhões (valores dos empréstimos e repasses). considerando-se as contraparti-das dos Estados e Municípios beneficiados, esse montante sobe para R$ 2,7 bilhões.

a tabela 32 detalha a distribuição dos empreendimentos concluídos entre 2003 e 2008, por faixa de duração dos empreendimentos, contados a partir da data de início da obra. Destaca-se que quase 18% dos contratos, correspondentes a 30,4% dos investimentos, não possuem dados de início ou de conclusão dos empreendi-mentos, prejudicando a qualidade dos indicadores apresentados.

em termos monetários, observa-se que a maior parte dos investimentos rea-lizados (44,15%) foram concluídos em um prazo superior a 12 meses; cerca de 21% em um período de 3 a 12 meses e 4% em menos de 3 meses. considerando-se o nú-mero total de contratos finalizados, 26,45% foram executados em um prazo superior a 12 meses; 42,73% em um período de 3 a 12 meses e 13,23% em um período inferior a 3 meses.

Tabela 32empreendimentos concluídos no período de 2003 a 2008

Faixa de duração Operações

INVESTIMENTOS DA UNIÃOInvestimentos

Totais**Orçamentários (valor de repasse)

Financiamentos(valor de

empréstimo)

Valor Total(Financiamentos + OGU)

Meses Nº % R$ R$ R$ % R$

n/d* 1086 17,6 185.899.268 443.963.449 629.862.717 30,4 971.034.051

0 a 3 817 13,2 88.350.663 - 88.350.663 4,3 102.887.096

3 a 12 2.638 42,7 402.838.194 36.681.265 439.519.459 21,2 512.812.760

12 a 24 1322 21,4 291.983.678 201.849.919 493.833.597 23,8 581.298.636

> 24 311 5,0 83.167.631 337.939.527 421.107.158 20,3 558.799.249

TOTAL 6.174 100 1.052.239.434 1.020.434.160 2.072.673.594 100 2.726.831.792

*Dados não disponíveis** Inclui a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados.

a tabela 33 detalha a duração média, mínima e máxima das obras conclu-ídas com apoio do Governo Federal e dos fundos financiadores, segundo o porte do investimento. os dados referentes aos prazos de execução das obras concluídas revelam que esses empreendimentos levaram, em média, 20 meses para serem con-cluídos (considerando-se a data de início e a de conclusão física do empreendimen-to). como era de se esperar, os dados indicam que existem expressivas variações segundo o porte do investimento.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

61

Tabela 33Durações média, mínima e máxima de execução dos empreendimentos

Porte do investimentoDuração Média Duração Mínima Duração Máxima

(Meses)

< 500 mil 13 2 43

entre 500 mil e 1 milhão 23 5 46

entre 1 milhão e 5 milhões 26 5 52

entre 5 e 10 milhões 26 8 44

entre 10 milhões e 50 milhões 32 6 59

> 50 milhões 25 15 35

TOTAL 20 2 59

3.2.7. Concluídos por Região do País e por Modalidade de Intervenção

a tabela 34 apresenta a distribuição dos empreendimentos concluídos, o va-lor médio investido e a duração média dos empreendimentos, segundo as Regiões do país. Para o cálculo da duração média dos empreendimentos foram utilizados os dados de apenas 269 operações, isto porque foram excluídos da amostragem os empreendimentos classificados na modalidade Pró-municípios17 (4.821), bem como os empreendimentos que não continham informação sobre a data de término das obras (1.084). optou-se por esse procedimento porque na modalidade estão incluí-das intervenções de naturezas diversas, especialmente pavimentação, normalmen-te de pequeno porte, cuja duração da execução foge do padrão das demais inter-venções em saneamento.

Tabela 34Distribuição regional dos empreendimentos concluídos no setor de saneamento, de 2003 a 2008

REGIÃO Nº operações

Investimentos totais* (R$ 1,00)

Valor médio de investimento

(R$ 1,00)

Investimentos da União (R$ 1,00)

Duração média dos empreendimentos

DIAS MESES

centRo-oeste 630 357.938.145 568.156 285.895.504 429 14

noRDeste 1.816 564.595.340 310.901 509.495.659 680 23

noRte 270 125.884.072 466.237 107.065.494 681 23

sUDeste 2.108 1.353.174.368 641.923 918.651.371 593 20

sUl 1.350 325.239.867 240.918 251.565.566 649 22

TOTAL 6.174 2.726.831.792 441.664 2.072.673.594 601 20

*Considerando-se a contrapartida de Estados e Municípios beneficiados

17 a modalidade Pró-municípios refere-se a empreendimentos apoiados exclusivamente com recursos de emendas parlamentares.

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Gasto Público em saneamento básico

62

na tabela 35 estão disponíveis o tempo médio de duração dos empreen-dimentos de saneamento, segundo a modalidade de intervenção. como se pode observar, os empreendimentos da modalidade Pró-municípios são concluídos num prazo médio de 9 meses (286 dias), enquanto a duração média das demais interven-ções é de, aproximadamente, 20 meses (601 dias).

Tabela 35Distribuição por modalidade dos empreendimentos concluídos, assinados

entre 2003 e 2008, por modalidade

MODALIDADE Investimentos da União (R$ 1,00) Nº Operações Duração média

(dias)Duração média

(meses)

abastecimento de água 559.926.022 95 669 22

Desenvolvimento institucional 32.638.188 9 708 23

Drenagem 158.892.212 120 420) 14

esgotamento sanitário 279.663.939 104 707 23

Projetos 1.415.250 1 - -

Pró-municípios 988.067.556 5.827 286 9

Resíduos sólidos 39.725.419 12 799 26

saneamento integrado 12.345.007 6 932 31

TOTAL 2.072.673.594 6.174 303 10

3.2.7.1. Concluídos no exercício de 2008

a tabela 36 detalha os empreendimentos concluídos no exercício de 2008, dentre os contratos assinados no período de 2003 a 2008, por ano de contratação. a tabela revela que em 2008 foram concluídos 2.727 empreendimentos, no valor de R$ 0,8 bilhão. Desse total, destaca-se que 98% dos contratos são referentes a recursos orçamentários.

Tabela 36empreendimentos concluídos no exercício, por ano de contratação

ANO ASSINATURA

Contratos de empréstimo (Financiados)

Contratos de repasse (OGU) TOTAL

R$1,00 Nº R$1,00 Nº R$1,00 Nº

2003 58.790.798 11 58.790.798 11

2004 167.888.884 16 27.208.631 60 195.097.515 76

2005 1.799.015 1 155.277.614 643 157.076.629 644

2006 37.422.935 7 224.014.552 1.319 261.437.487 1.326

2007 2.947.906 5 122.335.073 677 125.282.979 682

2008 400.000 1 4.676.840 27 5.076.840 28

TOTAL 269.249.538 51 533.512.710 2.727 802.762.248 2.767

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63

a tabela 37 mostra os percentuais dos recursos investidos em obras concluí-das de 2003 a 2008, segundo o ano de assinatura dos contratos e o ano de conclu-são dos empreendimentos. considerando-se todos os empreendimentos concluídos no período (6.174 contratos e investimentos de R$ 2,1 bilhões), observa-se, a partir dos dados da tabela, que 30,34% dos empreendimentos concluídos não tinham data de conclusão e mais de um terço (38,73%) do total de investimentos aplicados no perío-do foram concluídos no exercício de 2008.

Tabela 37Percentuais dos recursos investidos em empreendimentos concluídos por ano

de assinatura e ano de conclusão

Ano de assinaturaANO DE CONCLUSÃO DOS EMPREENDIMENTOS

Total n/d* 2004 2005 2006 2007 2008

2003 3,84 0,06 5,03 1,81 1,22 2,84 14,79

2004 19,27 1,47 2,25 3,75 4,23 9,41 40,39

2005 5,32 - 0,01 2,21 5,40 7,58 20,52

2006 1,08 - - 0,02 3,44 12,61 17,15

2007 0,83 - - - 0,03 6,04 6,90

2008 - - - - - 0,24 0,24

TOTAL 30,34 1,53 7,29 7,79 14,31 38,73 100

* Dados não disponíveis

a. Concluídos no exercício por Região e Fonte de Recursos

O Gráfico 22 detalha os valores de investimento dos empreendimentos de saneamento concluídos por Região do país e por fonte de recursos. observa-se que, dos empreendimentos concluídos no exercício de 2008 com recursos do oGU, foram aplicados 20,7% (R$ 167 milhões) na Região nordeste e 17,4%(R$ 140 milhões) na Re-gião Sudeste. Em relação ao volume de recursos de financiamentos, foi aplicado o equivalente a 15,5% (R$ 125 milhões) na Região sudeste e 12,2% (R$ 98 milhões) na Região centro-oeste.

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Gasto Público em saneamento básico

64

Gráfico 22Valores dos empreendimentos concluídos por região e por fonte de recursos

125

98

20 1710

140

74

167

95

58

-

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Sudeste Centro-Oeste Nordeste Sul Norte

Milhõ

es

FIN OGU

b. Concluídos no exercício por Modalidade

O Gráfico 23 apresenta os valores dos investimentos dos empreendimentos de saneamento concluídos por modalidade no ano de 2008. observa-se que, mesmo incluindo-se os contratos de financiamento, predominaram contratos da modalida-de Pró-municípios dentre os empreendimentos concluídos (64%). considerando-se somente os recursos orçamentários, esse percentual sobe para 95,5%. no cômputo global, nas demais modalidades foram concluídos 16,1% de empreendimentos de drenagem urbana e 13,8% de esgotamento sanitário.

Gráfico 23Valores dos empreendimentos concluídos por modalidade

31,42

118,37

510,02

10,14

129,31

R$ 0

R$ 100

R$ 200

R$ 300

R$ 400

R$ 500

R$ 600

Água Drenagem Esgoto Pró-Municípios SaneamentoIntegrado

Milh

ões

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65

c. Contrapartidas

a tabela 38 mostra os percentuais das contrapartidas ofertadas pelos propo-nentes nas obras concluídas, segundo ano de contratação, estratificadas por grupos de fontes de recursos e por Região do País.

os dados revelam que, enquanto o percentual de contrapartida ofertada pelos tomadores no período de 2003 a 2007 foi de 24,01%, os percentuais do exercí-cio de 2008 foi 12,8%. também, observa-se grande heterogeneidade da contrapar-tida segundo as fontes de recursos. Os contratos de empréstimos firmados atingem contrapartidas superiores a 32% do valor do investimento enquanto o patamar para os recursos não onerosos é de aproximadamente 13,8%. também se constatam di-ferenças nas contrapartidas entre as Regiões do País. o percentual ofertado pelo sudeste (32,11%) é bastante superior ao constatado na Região nordeste (9,76%) e norte (14,95%).

Tabela 38contrapartidas médias por ano de assinatura do contrato, fonte de recursos e Região

PERCENTUAL DE CONTRAPARTIDAS (%)

Região/ Ano de assinatura do contrato

2003 a 2007 2008 01.01.2003 a 31.12.2008

Total Total FIN OGU (OGU + FIN)

centRo-oeste 20,13 - 29,24 12,30 20,13

noRDeste 9,77 4,19 13,09 8,26 9,76

noRte 14,96 11,41 31,03 9,43 14,95

sUDeste 32,13 6,56 36,46 18,64 32,11

sUl 22,69 19,02 27,99 19,93 22,65

TOTAL 24,01 12,80 32,22 13,85 23,99

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66

4. INDICADORES DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

4.1. Acesso aos serviços de saneamento – PNAD 2007

em relação as indicadores de acesso aos serviços de saneamento básico, dados da Pesquisa nacional por amostra Domiciliar, referente ao ano de 2007 (PnaD 2007), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a rede geral de abastecimento de água já está disponível para 83,3%18 dos bra-sileiros e de esgotamento sanitário para 51,3% dos domicílios do brasil. considerando-se também o percentual da população que tem acesso à solução de esgotamento sanitário por fossa séptica, esse percentual sobe para 73,6%.

segundo o instituto de Pesquisa econômica aplicada – iPea19, um dos princi-pais destaques da PnaD 2007 é que o brasil já conseguiu atingir, em 2007, a meta do milênio relativa ao acesso à água potável em áreas urbanas20, estipulada para 2015: nas cidades, o acesso à rede geral de abastecimento de água alcança mais de 93% dos moradores.

outro destaque é que a cobertura da rede de esgotos em áreas urbanas passou de 56,3% em 2006 para 59,4% dos domicílios urbanos em 2007. esse aumento de três pontos percentuais na proporção da população urbana com acesso aos ser-viços de rede coletora de esgotos em relação ao ano de 2006 foi o maior aumento ocorrido nos últimos 15 anos, segundo o iPea. se considerarmos a população urbana que possui coleta de esgotos por fossa séptica, o percentual de acesso aos serviços sobe para mais de 80% dos domicílios urbanos.

em termos percentuais, foi na Região sul que se apurou o maior incremento nas ligações à rede geral de esgotos em 2007, com relação a 2006, passando de 26,3% para 32,7% de cobertura, seguida pela Região norte, que registrou um aumen-to na cobertura de 4,9 pontos percentuais (de 4,9% para 9,8%). a adoção das fossas sépticas caiu em quase todas as Regiões, à exceção da Região nordeste, onde cres-ceu 4,9% e da Região centro-oeste, onde cresceu 2%. a maior redução das fossas foi na Região sul, em que o atendimento passou de 51,2% para 46,78% dos domicílios, uma redução de 4,4 pontos percentuais.

Esses índices apontam uma melhoria significativa dos níveis de acesso aos serviços de saneamento básico no ano, comparado a 2006. em relação a 2006, re-presenta uma ampliação quantitativa do acesso aos serviços de abastecimento de água para mais de 1,5 milhões de domicílios brasileiros e de quase 2,5 milhões de domicílios aos serviços de esgotamento sanitário por rede geral.

18 considerando-se acesso à rede de abastecimento de água com e sem canalização no interior do domicílio.

19 considerando-se acesso à rede de abastecimento de água com e sem canalização no interior do domicílio.

20 objetivo do milênio nº 7, meta 10, de reduzir à metade, até 2015, a proporção da população sem acesso a água potável e esgotamento sanitário.

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a despeito da melhoria substantiva dos indicadores de acesso aos serviços, há de se considerar que indicadores que refletem médias nacionais podem mascarar a existência de importantes desigualdades regionais e sociais. a Região norte ainda apresenta os piores indicadores de cobertura dos serviços: a rede de esgotamento sanitário está disponível para menos de 10% da população ante a uma cobertura de mais de 79% para os moradores da Região sudeste. a rede de abastecimento de água, que alcança, em média, 83,3%% da população, não chega a mais de 55,8% da população do norte.

De acordo com o iPea, ao se considerar os indicadores de acesso aos servi-ços de abastecimento de água desagregados para cada uma das grandes Regi-ões, é possível verificar que a meta do milênio para água em áreas urbanas não foi alcançada na Região norte. observa-se, também, que nas Regiões sudeste e sul apuraram-se níveis de cobertura dos serviços de abastecimento de água superiores a 95% da população urbana, superando em mais de 30 pontos percentuais a cober-tura na Região norte.

Quando se analisa o acesso ao esgotamento sanitário por rede geral (em termos percentuais) nas áreas urbanas, a Região norte também apresenta o pior de-sempenho, onde pouco mais de 12% dos domicílios urbanos têm acesso aos serviços. esse percentual representa um quantitativo de mais de 2,5 milhões de domicílios sem acesso à rede. entretanto, em termos absolutos, a Região nordeste é a que apre-senta o maior número de domicílios sem acesso à rede de esgotos: 6,3 milhões de domicílios urbanos, seguido pela Região sul, com 4,5 milhões de domicílios urbanos sem acesso à rede.

ao se considerar a rede e a fossa séptica, a Região que tem os menores índi-ces é o centro-oeste, onde pouco mais de 53% da população urbana possui acesso à rede e/ou fossa, enquanto a cobertura no norte chega a 64,6% e no nordeste é de 69%. Em termos absolutos, o déficit de cobertura é mais elevado na Região Nordeste, onde há 3,2 milhões de habitantes que não têm acesso nem à rede nem à fossa21.

a tabela 39 detalha o número total de domicílios, o número de domicílios com acesso aos serviços e os percentuais de cobertura dos serviços de abasteci-mento de água e esgotamento sanitário, segundo situação do domicílio apurados pela PnaD 2007.

21 nas Regiões norte, sul e nordeste observa-se que ainda é grande o percentual de domicílios urbanas com esgoto do tipo fossa séptica, solução bastante utilizada em áreas urbanas com baixa densidade demográfica.

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Gasto Público em saneamento básico

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Tabela 39Domicílios urbanos com acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário,

segundo dados da Pesquisa nacional por amostra de Domicílios – PnaD 2007

GRANDES REGIÕES

DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES NO BRASIL (1.000 domicílios)

DomicíliosTotais

Abastecimento de Água22 Esgotamento Sanitário

Acesso à rede Acesso à rede23 Acesso à fossa24 Rede + fossa

Nº % Nº % Nº % Nº %

noRte

Urbana 3.002 1.885 62,80 365 12,16 1.574 52,44 1.939 64,60

Rural 898 119 13,20 16 1,73 180 20,01 195 21,74

TOTAL 3.900 2.004 51,38 381 9,76 1.754 44,97 2.135 54,73

noRDeste

Urbana 10.500 9.288 88,46 4.131 39,34 3.146 29,96 7.277 69,30

Rural 3.752 921 24,55 96 2,55 474 12,63 570 15,18

TOTAL 14.252 10.209 71,63 4.227 29,66 3.619 25,40 7.846 55,05

sUDeste

Urbana 23.310 22.477 96,43 19.637 84,24 2.218 9,51 21.855 93,76

Rural 1.841 507 27,52 324 17,59 296 16,06 620 33,66

TOTAL 25.151 22.984 91,38 19.961 79,37 2.513 9,99 22.475 89,36

sUl

Urbana 7.442 7.065 94,93 2.881 38,71 3.499 47,01 6.379 85,72

Rural 1.437 434 30,18 24 1,69 655 45,57 679 47,26

TOTAL 8.879 7.499 84,45 2.905 32,72 4.153 46,78 7.058 79,49

centRo-oeste

Urbana 3.602 3.248 90,19 1.440 39,98 489 13,57 1.929 53,55

Rural 561 84 14,89 8 1,36 29 5,25 37 6,61

TOTAL 4.163 3.332 80,04 1.448 34,78 518 12,45 1.966 47,22

BRASIL

Urbana 47.856 44.547 93,09 28.454 59,46 10.925 22,83 39.379 82,29

Rural 8.489 2.396 28,22 467 5,50 1.633 19,24 2.101 24,75

TOTAL 56.344 46.943 83,31 28.921 51,33 12.558 22,29 41.479 73,62

22 23 24

4.2. Evolução do acesso aos serviços de saneamento básico

ao analisar a evolução do acesso aos serviços de saneamento básico entre os anos de 2001 e 2007, a partir dos dados da Pesquisa nacional por amostra Do-miciliar – PnaD 2001 e 2007 e com base em análises do iPea25, observa-se avanços significativos em direção à universalização dos serviços de saneamento em áreas urbanas. Os resultados apurados pelas pesquisas demonstram a intensificação dos

22 inclusive abastecimento de água através de poço ou nascente e outras formas.

23 com serviço de rede coletora de esgotamento sanitário e/ou pluvial e rede coletora e fossa séptica ligada à rede coletora de esgoto e/ou pluvial.

24 inclui fossa séptica não-ligada à rede coletora de esgoto e/ou pluvial e as formas de escoadouro como vala, direto para o rio, lago ou mar e outras.

25 boletim nº 13: Primeiras análises PnaD 2007.

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esforços públicos e privados no sentido de cumprir as diretrizes da Política nacional de saneamento básico.

comparando-se os dados da cobertura da rede de água em 2001 e os re-sultados apurados em 2007, percebe-se um acréscimo significativo no número de domicílios urbanos atendidos: de um total de 35,1 milhões de domicílios com serviços de abastecimento de água por rede geral em 2001, passou-se para uma cobertura de 43,9 milhões de domicílios em 2007. No período, o déficit de acesso, que era de 4,5 milhões de domicílios em 2001, foi reduzido para 3,9 milhões de domicílios em 2007. essas melhorias representam um aumento no nível de cobertura da rede de abastecimento de água de 3,33 pontos percentuais, de 2001 a 2007, já contabiliza-do o crescimento da população. no período, a taxa de crescimento dos serviços de abastecimento de água por rede geral foi de 25,35%26.

Para o esgotamento sanitário, percebe-se um acréscimo significativo no nú-mero de domicílios urbanos atendidos: de um total de 30 milhões de domicílios com serviços de esgotamento sanitário (rede e fossa) em 2001, passou-se para uma co-bertura de 39,3 milhões de domicílios em 2007. No período, o déficit de acesso, que era de 9,5 milhões de domicílios em 2001, foi reduzido para 8,4 milhões de domicílios em 2007. essas melhorias representam um aumento no nível de cobertura do serviços de esgotos (rede e fossa) de 6,5 pontos percentuais, de 2001 a 2007, já contabilizado o crescimento da população. no período, a taxa de crescimento dos serviços de esgotamento sanitário por rede geral foi de 31,17%27.

as desigualdades de cobertura dos serviços de saneamento básico entre as faixas de renda e Grandes Regiões continuam bastante elevadas, a despeito da di-minuição da diferença dos índices de cobertura em 2007 em relação a 2001.

a diferença de acesso aos serviços de abastecimento de água entre aqueles que ganham até 1 salário mínimo – sm e aqueles que recebem acima de 10 salários em 2001 era de 42 pontos percentuais. em 2007, essa diferença caiu para 30 pontos percentuais. Destaca-se que a cobertura dos serviços de abastecimento de água para aqueles que recebem até 1 sm elevou-se de 52%, em 2001, para 64% em 2007. a diferença entre a Região com maior cobertura da rede de água e a menor, su-deste e norte, respectivamente, diminuiu 6 pontos percentuais. Passou de 39 para 33 pontos percentuais de 2001 a 2007.

Para os serviços de esgotamento sanitário, essa diferença também se redu-ziu. a diferença de acesso aos serviços esgotamento sanitário entre aqueles que ganham até 1 salário mínimo e aqueles que recebem acima de 10 salários em 2001 era de 55 pontos percentuais. em 2007, essa diferença caiu para 43 pontos percen-tuais. Destaca-se que a cobertura dos serviços para aqueles que recebem até 1 sm elevou-se de 36%, em 2001, para 50% em 2007.

26 sem considerar o crescimento populacional do período.

27 sem considerar o crescimento populacional do período.

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a diferença entre a Região com maior cobertura da rede de esgotos e a me-nor, sudeste e centro-oeste, respectivamente, se manteve em 40 pontos percentuais entre os anos de 2001 e 2007. entretanto, nas demais Regiões a diferença em relação ao Sudeste diminuiu. Em relação ao Norte, caiu 7 pontos percentuais; em relação ao Nordeste 5 pontos percentuais e; em relação ao Sul 4 pontos percentuais.

isso é um indicativo de que as políticas de saneamento básico do país têm conseguido reduzir as desigualdades socioeconômicas, ao ampliar mais significati-vamente as ligações à rede pública de água e de esgotamento sanitário nas faixas de renda mais baixas.

O Gráfico 24 mostra a evolução da cobertura da rede geral de abasteci-mento de água em áreas urbanas de 2001 a 2007. observa-se que foi na Região centro-oeste, que, proporcionalmente, apurou-se a maior ampliação da cobertura dos serviços: em 2001 a rede alcançava 82% dos domicílios passando para 90% em 2007. em seguida, apurou-se nas Regiões norte e nordeste os maiores incrementos, ambas com acréscimo de 7 pontos percentuais na cobertura. De 2001 a 2007, no norte, passou-se de 56% de cobertura para 63% e, no nordeste, de 81% para 88%. no entanto, mesmo com esse crescimento, a Região norte continua com o menor índice de cobertura de abastecimento de água por rede geral do brasil.

Gráfico 24evolução da cobertura percentual dos serviços de abastecimento de água, por Região – brasil, 2001 a 2007

100%

B rasi l N o r t e N o rd est e Sud est e Sul C ent ro - Oest e

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fontes: PnaD 2001a 2007

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O Gráfico 25 mostra a evolução do déficit de cobertura domiciliar dos servi-ços de abastecimento de água por rede geral, de 2001 a 2007, em áreas urbanas, segundo as Grandes Regiões. Como se observa a partir dos dados do gráfico, em todas as Regiões, à exceção do norte, o número de domicílios sem acesso aos servi-ços de abastecimento de água se reduziu. em 2001, na Região norte apurou-se um déficit de atendimento de 998 mil domicílios, que passou para 1,11 milhões de domi-cílios em 2007. como destaque, a Região nordeste se sobressai perante as demais por reduzir o déficit domiciliar de 1,6 milhões em 2001 para 1,2 milhões em 2007.

Gráfico 25Domicílios urbanos sem acesso à rede de abastecimento de água, por Região – brasil, 2001 a 2007

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2001 2004 2007

Fontes: PnaD 2001a 2007

em relação aos indicadores de acesso ao esgotamento sanitário, a análise da evolução da cobertura mostra um crescimento ainda maior dos serviços de esgotos em comparação ao abastecimento de água. as soluções coletivas de esgotamento sanitário (rede coletora) e as fossas sépticas chegavam a 30 milhões de domicílios urbanos em 2001, cobrindo 76% do total de domicílios urbanos. em 2007, esse número passou a abranger 39,38 milhões de domicílios, o que correspondia a uma cobertura de 82% dos domicílios urbanos e a um crescimento de cerca de 6 pontos percentuais no nível de atendimento em relação a 2001.

O Gráfico 26 apresenta a evolução do percentual de cobertura dos domicí-lios urbanos com rede ou fossa séptica, por Grande Região, de 2001 a 2007. na com-paração entre as Grandes Regiões, o maior crescimento da cobertura de esgotos (rede coletora e fossa séptica) foi apurado na Região norte, com crescimento de 12 pontos percentuais (passou de 53% dos domicílios urbanos em 2001 para 65% em 2007). em seguida, o segundo maior crescimento, de 9 pontos percentuais, foi obser-vado na Região nordeste (passou de 60% dos domicílios urbanos em 2001 para 69% em 2007). o menor índice de crescimento foi observado na Região centro-oeste, de 4 pontos percentuais no período (passou de 50% em 2001 para 54% dos domicílios urbanos em 2007).

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Gráfico 26evolução da cobertura percentual dos domicílios urbanos com cobertura de rede ou fossa séptica , por

Região – brasil, 2001 a 2007

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Brasil % Norte % Nordeste % Sudeste % Sul % Centro-Oeste %

Fontes: PnaD 2001a 2007

Quanto ao déficit urbano de acesso ao esgotamento sanitário (rede + fossa), que era de 9,59 milhões de domicílios em 2001, foi reduzido para 8,47 milhões de domicílios em 2007. essa redução representa uma queda de 11 % no número de do-micílios sem acesso à rede coletora nesse período. essas melhorias representam um aumento no nível de cobertura de 6,5 pontos percentuais, de 2001 a 2007, já conta-bilizado o crescimento da população.

O Gráfico 27 mostra a evolução do déficit de cobertura domiciliar dos ser-viços de esgotamento sanitário (rede + fossa) de 2001 a 2007 em áreas urbanas, segundo as Regiões. Como se observa a partir dos dados do gráfico, em todas as Regiões, à exceção do centro-oeste, o número de domicílios sem acesso aos ser-viços esgotamento sanitário se reduziu. em 2001, na Região centro-oeste apurou-se um déficit de atendimento de 1,45 milhão de domicílios, que passou para 1,67 milhão de domicílios em 2007.

Como destaque, a Região Sudeste teve a maior redução do déficit no pe-ríodo, passando de 1,94 milhão em 2001 para 1,45 milhão em 2007 sem acesso aos serviços de esgotamento sanitário (rede + fossa).

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Gráfico 27Domicílios urbanos sem acesso à rede de esgotamento sanitário ou fossa séptica, por

Grande Região – 2001 a 2007 (mil domicílios)

2001 2004 2007

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fontes: PnaD 2001a 2007

O Gráfico 28 mostra o percentual dos domicílios particulares permanentes urbanos, com acesso simultâneo aos serviços de saneamento (rede geral de abas-tecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário e/ou rede pluvial e com serviço de coleta de lixo diretamente) segundo as Regiões em 2007. observa-se que há grandes desigualdades entre as Regiões. apurou-se na Região Norte um nível de acesso de 16,1%; no Centro-Oeste, de 34,8%, no Nordeste, de 37,6%; no Sul, de 63%; no Sudeste, de 83,7%.

Gráfico 28Percentual dos domicílios particulares permanentes urbanos, com acesso simultâneo aos

serviços de saneamento, segundo as Grandes Regiões – 2007

62,4

16,1

37,6

83,7

63

34,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste

Fonte: ibGe, Pesquisa nacional por amostra de Domicílios 2007nota: Domicílios com condições simultâneas de abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por

rede geral e lixo coletado diretamente.

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5. ANEXOS

ANEXO 1 – ações orçamentárias utilizadas na apropriação dos Gastos em saneamento

Cod Programa COD Ação/projeto

MINISTÉRIO DAS CIDADES

122 serviços urbanos de água e esgoto 0586 apoio a projetos de ação social em saneamento (Pass)

122 serviços urbanos de água e esgoto 0636 apoio à implantação e ampliação de sistemas de abastecimento de

água em municípios com população superior a 30 mil habitantes:

122 serviços urbanos de água e esgoto 0640 apoio a projetos de combate ao desperdício de água

122 serviços urbanos de água e esgoto 0654

apoio à implantação e ampliação de sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitários em municípios com população superior a 30 mil habitantes:

122 serviços urbanos de água e esgoto 2272 Gestão e administração do programa

122 serviços urbanos de água e esgoto 006E apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios de regiões

metropolitanas e de regiões integradas de desenvolvimento econômico.

122 serviços urbanos de água e esgoto 006F apoio a sistemas de esgotamento sanitário em municípios de regiões me-

tropolitanas e de regiões integradas de desenvolvimento econômico.

122 serviços urbanos de água e esgoto 10SC apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios

122 serviços urbanos de água e esgoto 10SC apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios

122 serviços urbanos de água e esgoto 10T1 apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios

122 serviços urbanos de água e esgoto 1N08 apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios

122 serviços urbanos de água e esgoto 1N08 apoio a sistemas de abastecimento de água em municípios

122 serviços urbanos de água e esgoto 7H43 apoio a implantação de sistema de esgotamento sanitário

122 serviços urbanos de água e esgoto 7K04 apoio a implantação de sistemas de esgotamento sanitário

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L45 apoio a sistemas de esgotamento sanitário na área da cidade

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L46 apoio a conclusão do sistema de abastecimento de agua

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L47 apoio a sistemas de esgotamento sanitário em manaus – am

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L48 apoio a sistemas de abastecimento de água em boa vista – RR

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L49 apoio a sistemas de esgotamento sanitário em boa vista – RR

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L67 apoio a implantação de sistemas de esgotamento sanitário

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L75 apoio a sistemas de esgotamento sanitário em ariquemes – Ro

122 serviços urbanos de água e esgoto 7L76 apoio a sistemas de esgotamento sanitário em ji-paraná – Ro

0310 Gestão da política de de-senvolvimento urbano 3955 Reordenamento institucional e operacional do setor de saneamento

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RelatóRio De aPlicações De 2008

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Cod Programa COD Ação/projeto

0310 Gestão da política de de-senvolvimento urbano 006G

apoio à elaboração de estudos e implementação de projetos de de-senvolvimento institucional e operacional e à estruturação da prestação dos serviços de saneamento básico e revitalização dos prestadores de serviços públicos de saneamento.

0310 Gestão da política de de-senvolvimento urbano 0B16 apoio a política nacional de desenvolvimento – nacional

0310 Gestão da política de de-senvolvimento urbano 1D73 apoio a política nacional de desenvolvimento urbano

1036 integração de bacias hi-drográficas 10SU

apoio a sistemas públicos de abastecimento de água em municípios das baciasReceptoras da integração com o rio são Francisco com mais de 50 mil habitantes ouintegrantes de consórcios públicos com mais de 150 mil habitantes

1036 integração de bacias hi-drográficas 10TB

elaboração de projetos de saneamento nas bacias receptoras da inte-gração com oRio são Francisco em municípios com mais de 50 mil habitantes ou inte-grantes deconsórcios públicos com mais de 150 mil habitantes

1128Urbanização, regulariza-ção e integração de as-sentamento precário

0646 apoio a projetos de saneamento ambiental em assentamentos precá-rios (pat/prosanear)

1128Urbanização, regulariza-ção e integração de as-sentamento precário

006H apoio a empreendimentos de saneamento integrado em assentamen-tos precários em municípios de regiões metropolitanas.

1128Urbanização, regulariza-ção e integração de as-sentamento precário

10S5 apoio a empreendimentos de saneamento integrado em assentamentos

1128Urbanização, regulariza-ção e integração de as-sentamento precário

10S5 apoio a empreendimentos de saneamento integrado em assentamentos

1128Urbanização, regulariza-ção e integração de as-sentamento precário

7L77 apoio a empreendimento de saneamento integrado em campina gr

1136 Fortalecimento da gestão municipal urbana 8871 apoio a elaboração de estudos e implementação de projetos

1136 Fortalecimento da gestão municipal urbana 006L

apoio a elaboração de projetos de saneamento em municípios de regi-ões metropolitanas ou de regiões integradas de desenvolvimento eco-nômico.

1136 Fortalecimento da gestão municipal urbana 1P95 apoio a elaboração de projetos de saneamento em municípios d

1138 Drenagem urbana 0578 apoio à implantação e ampliação de sistemas de drenagem urbana sustentáveis

1138 Drenagem urbana 0580 apoio a estados e municípios para elaboraçãoDe projetos de drenagem urbana sustentável

1138 Drenagem urbana 006J apoio a sistemas de drenagem urbana sustentáveis e de manejo de águas pluviais.

1138 Drenagem urbana 10SG apoio a sistemas de drenagem urbana sustentáveis e de manejo

1138 Drenagem urbana 10SG apoio a sistemas de drenagem urbana sustentáveis e de manejo

1138 Drenagem urbana 7L69 apoio a implantação de sistemas de drenagem urbana sustentável

1138 Drenagem urbana 7L70 apoio a implantação de sistemas de drenagem urbana sustentável

1138 Drenagem urbana 7L79 apoio a sistemas de drenagem urbana em campos dos Goytacazes

1139 Drenagem urbana 7L70 apoio a implantação de sistemas de drenagem urbana sustentável

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Gasto Público em saneamento básico

76

Cod Programa COD Ação/projeto

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

109A implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana em municí-pios com até 100.000 habitantes.

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

10UH implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana em municí-pios do estado da bahia

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7H03 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7H20 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7H23 implantação ou melhorias de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7H53 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7I46 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K10 apoio a segunda etapa da interligação aeroporto hercílio luz

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K38 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K40 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K83 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K84 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K85 Construção de ponte urbana sobre o rio Jarí em laranjal do j.

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K86 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K87 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K89 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K91 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K92 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K93 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

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RelatóRio De aPlicações De 2008

77

Cod Programa COD Ação/projeto

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K94 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K95 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K96 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K97 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7K98 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L36 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L37 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L39 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L40 construção de ponte urbana sobre o rio poti em teresina – Pi

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L41 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L42 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L44 implantação ou melhoria de obras de infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L65 apoio à implantação da avenida leste-oeste em Goiânia – Go

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L68 obras de implantação ou melhoria da infra-estrutura urbana

6001apoio ao desenvolvimen-to urbano de municípios de pequeno porte

7L78 Apoio às ações de urbanização na área do vale do Jaguaribe

6002apoio ao desenvolvimen-to urbano de município de médio porte

109B obras de infra-estrutura urbana em municípios de médio e grande porte

8007 Resíduos sólidos urbanos 0638

apoio ao desenvolvimento institucional para a gestão integrada de resí-duos sólidos urbanos emmunicípios com população superior a 250.000 habitantes ou integrantes de regiõesmetropolitanas

8007 Resíduos sólidos urbanos 006Kapoio a sistemas públicos consorciados de manejo de resíduos sólidos em municípios com mais de 50 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas.

8007 Resíduos sólidos urbanos 00AG apoio a sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos.

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Gasto Público em saneamento básico

78

Cod Programa COD Ação/projeto

8007 Resíduos sólidos urbanos 116I apoio a sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos

8007 Resíduos sólidos urbanos 7L66 apoio à construção de aterro sanitário

8007 Resíduos sólidos urbanos 7N91apoio a consórcios públicos de manejo de resíduos sólidos em municí-pios de médio porte – estado do Pará construção de aterro sanitário na área do consórcio codesei – estado do Pará

MINISTÉRIO DA DEFESA

0647 Produção de material bélico 3500 implantação de sistema de saneamento e proteção ambiental

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1049 acesso à alimentação 11V1 construção de cisternas para armazenamento de água

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO

0515 Proágua infra-estrutura 1604 construção da barragem e adutora do poço do marruá no estado do Piauí

0515 Proágua infra-estrutura 1662 obras de macro drenagem

0515 Proágua infra-estrutura 1674 construção da barragem na bacia do rio poxim no estado de sergipe

0515 Proágua infra-estrutura 1716 construção da adutora do oeste com 721 km de extensão no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 1716 construção da adutora do oeste com 721 km de extensão no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 1716 construção da adutora do oeste com 721 km de extensão no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 1845 construção de obras de contenção de enchentes

0515 Proágua infra-estrutura 1851 construção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 1851 construção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 1851 construção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 1855 estudos e projetos de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 2272 Gestão e administração do programa

0515 Proágua infra-estrutura 2822 manutenção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 2822 manutenção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 2822 manutenção e recuperação de obras de infra-estrutura hídrica

0515 Proágua infra-estrutura 3429 obras de revitalização e recuperação do rio são Francisco

0515 Proágua infra-estrutura 3445 Construção da barragem e do sistema adutor do córrego João leite no estado de Goiás

0515 Proágua infra-estrutura 3445 Construção da barragem e do sistema adutor do córrego João leite no estado de Goiás

0515 Proágua infra-estrutura 3601 construção do complexo castanhão no estado do ceará

0515 Proágua infra-estrutura 3631 construção da adutora acaua com 55 km no estado da Paraíba

0515 Proágua infra-estrutura 3631 construção da adutora acauã com 55 km no estado da Paraíba

0515 Proágua infra-estrutura 3642 Pró-água – semi-árido

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RelatóRio De aPlicações De 2008

79

Cod Programa COD Ação/projeto

0515 Proágua infra-estrutura 3647 construção da adutora jucazinho com 243 km de extensão no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 3715 construção da barragem berizal no estado de minas gerais

0515 Proágua infra-estrutura 3735 construção da barragem congonhas no estado de minas gerais

0515 Proágua infra-estrutura 5143 construção da adutora é bento com 13 km no estado de santa catarina

0515 Proágua infra-estrutura 5256 construção da adutora do italuis com 45 km no estado do maranhão

0515 Proágua infra-estrutura 5910 construção da adutora de são Francisco com 42,5 km no estado de sergipe

0515 Proágua infra-estrutura 10E9 implantação da adutora gavião-pecém no estado do ceará

0515 Proágua infra-estrutura 1E63 implantação do sistema de abastecimento de água rio pratagy no esta-do de alagoas no estado de alagoas

0515 Proágua infra-estrutura 7E74 Construção da adutora do córrego João leite

0515 Proágua infra-estrutura 109H construção de barragens

0515 Proágua infra-estrutura 109H construção de barragens

0515 Proágua infra-estrutura 109H construção de barragens

0515 Proágua infra-estrutura 109I construção de açudes

0515 Proágua infra-estrutura 109I construção de açudes

0515 Proágua infra-estrutura 109J construção de adutoras

0515 Proágua infra-estrutura 109J construção de adutoras

0515 Proágua infra-estrutura 109J construção de adutoras

0515 Proágua infra-estrutura 109Z Perfuração e equipamento de poços públicos

0515 Proágua infra-estrutura 10AK implantação do sistema adutor de bocaina com 122 km no estado do Piauí (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 10CT construção da adutora do canal do sertão alagoano – delmiro gouveia – al

0515 Proágua infra-estrutura 10DA construção da adutora pirapama com 22,7 km no estado de Pernam-buco

0515 Proágua infra-estrutura 10DA construção da adutora pirapama com 22,7 km no estado de Pernam-buco

0515 Proágua infra-estrutura 10G4 implantação do sistema adutor da barragem capivara no estado da Paraíba

0515 Proágua infra-estrutura 10GJ construção do canal de integração castanhão – região metropolitana de fortaleza – no estado do ceará

0515 Proágua infra-estrutura 115K modernização do sistema de abastecimento de belo jardim – no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 11NF implantação do sistema adutor de jacobina com 65 km no estado da bahia (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 11NP obras complementares do açude de setúbal na bacia do vale do jequi-tinhonha no estado de minas gerais

0515 Proágua infra-estrutura 11NU implantação do sistema adutor de cafarnaum com 120,6 km no estado de bahia (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 11PO construção dos sistemas de poços de água subterrânea

0515 Proágua infra-estrutura 12F4 construção da barragem piaus no estado do Piauí

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Gasto Público em saneamento básico

80

Cod Programa COD Ação/projeto

0515 Proágua infra-estrutura 1C69 implantação do sistema adutor serra de santana – 3ª etapa – com 50 km no estado do rio grande do norte (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1E 32 construção da barragem do rio arraias – eixo 16- propertins – arraias- to

0515 Proágua infra-estrutura 1I59 construção do sistema de abastecimento de água de missi

0515 Proágua infra-estrutura 1I62implantação do sistema integrado de abastecimento de água e esgo-tamento sanitário de coqueiro seco no estado de alagoas (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1I63 implantação do sistema integrado de abastecimento de água de Pedro alexandre com 71 km no estado da bahia (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1I64 implantação do sistema adutor de piaus com 104 km no estado do Piauí (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1I65 implantação da 2ª etapa do sistema adutor do congo com 150 km no estado da Paraíba (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1I67implantação do sistema de abastecimento de água dos municípios de janaúba, mato verde e rio pardo de minas – sistema norte no estado de minas gerais (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1I68 implantação do sistema de abastecimento de água de palmeira dos índios no estado de alagoas

0515 Proágua infra-estrutura 1I80 construção do sistema de abastecimento de água de riacho

0515 Proágua infra-estrutura 1K45 implantação do sistema adutor de ibaretama com 28 km no estado do ceará (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1K46 ampliação da adutora sal limoeiro no estado de Pernambuco (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1K48 implantação das estações de tratamento de lodo das etas de barra do choça e planalto no estado da bahia (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1K49 ampliação do sistema adutor tabocas/piaças com 14 km no estado de Pernambuco (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1K50 ampliação do sistema adutor de agrestina com 36 km no estado de Pernambuco (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 1K51 implantação do sistema adutor alto oeste com 285 km no estado do rio grande do norte (proágua nacional)

0515 Proágua infra-estrutura 2B90 Revitalização de infra-estruturas de abastecimento de água

0515 Proágua infra-estrutura 7M10 construção da adutora do siriji no estado de Pernambuco

0515 Proágua infra-estrutura 7M13 construção do sistema adutor boqueirão/serido no estado do r

1036 integração de bacias hi-drográficas 01 03 integração do rio são Francisco com as bacias do nordeste setentrional

(eixos norte e leste)

1036 integração de bacias hi-drográficas 10F6 implantação da adutora do agreste – ramal garanhuns/pesqueir

1036 integração de bacias hi-drográficas 1N64 implantação da adutora pajeú com 582km nos estados de Pernambuco

e Paraíba

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conv

1852 Dessalinização de água- projeto água boa

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conv

5658implantação do sistema integrado de abastecimento de água de san-tana com sistema adutor de145 km no estado da bahia (proágua semi-árido)

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5814 implantação de sistema de abastecimento de água em araçuaí no es-tado de minas gerais (proágua semi-árido)

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RelatóRio De aPlicações De 2008

81

Cod Programa COD Ação/projeto

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5830 implantação do sistema adutor do garrincho com 190 km

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5896 ampliação, recuperação e automação dos sistemas integrados de alto sertão e sertaneja, no estado de sergipe (pro-água semi-árido)

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5928 implantação do sistema adutor gavião-pecém com 55 km no estado do ceará (proágua semi-. árido)

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

7766 implantação de poços públicos

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

7766 implantação de poços públicos

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

7766 implantação de poços públicos

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

7766 implantação de poços públicos

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

8695 Dessalinização de água- projeto água boa

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5E60 (rap 2006) construção do sistema de abastecimento de água de palmei-ra dos índios pela transposição das águas do riacho caçamba

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

11TK Recuperação de poços públicos

1048Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

5896 ampliação, recuperação e automação dos sistemas integrados de alto sertão e sertaneja no estado de sergipe (proágua semi-árido)

1138 Drenagem urbana 1662 obras de macro drenagem

1138 Drenagem urbana 2272 Gestão e administração do programa

1138 Drenagem urbana 8084 obras de pequeno vulto de macro drenagem

1138 Drenagem urbana 1E36 canalização do córrego cascavel – Goiânia – Go

1138 Drenagem urbana 1E38 Urbanização de fundo de vale do córrego bandeira – campo grande – ms

1138 Drenagem urbana 5E65 Urbanização de fundos de vales

1138 Drenagem urbana 0A36 apoio a obras de pequeno vulto de macro drenagem

1138 Drenagem urbana 2B70 Controle de erosão marítima e fluvial

1138 Drenagem urbana 2B71 Controle de erosão marítima e fluvial

1138 Drenagem urbana 2B90 obras de drenagem de pequeno vulto para recuperação de infra-es-trutura hídrica

1138 Drenagem urbana 7 E75 obras de macro drenagem no canal do jandiá

1138 Drenagem urbana 7M07 Revitalização e urbanização de córregos em cuiabá – no estado

1138 Drenagem urbana 7M14 Canalização e urbanização dos canais fluviais da bacia do ri

1138 Drenagem urbana 7M48 Reurbanização do vale córrego botafogo no trecho da avenida

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Gasto Público em saneamento básico

82

Cod Programa COD Ação/projeto

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

3429 obras de revitalização e recuperação do rio são Francisco

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

10RM implantação, ampliação ou melhoria de sistemas públicos de esgota-mento sanitário em municípios das bacias do são Francisco e Parnaíba

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

10RN obras de revitalização e recuperação nas bacias do são Francisco e Parnaíba

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

10RPimplantação, ampliação ou melhoria de sistemas públicos de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos em municípios das ba-cias do são Francisco e Parnaíba

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

115L implantação do sistema de esgotamento sanitário de campo formoso – no estado da bahia

1305

Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e de-gradação ambiental

116F abastecimento publico de água em comunidades ribeirinhas do

8007 Resíduos sólidos urbanos 10SI apoio a sistemas públicos consorciados de manejo de resíduos

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

122 serviços urbanos de água e esgoto 2905 Remoção de cargas poluidoras de bacias hidrográficas

0515 Proágua infra-estrutura 8695 Dessalinização de água – água Doce

1047Desenvolvimento integra-do e sustentável do semi-árido – conV

8695 Dessalinização de água – água doce

8007 Resíduos sólidos urbanos 2272 Gestão e administração do programa

8007 Resíduos sólidos urbanos 6459 Fomento a projetos de gerenciamento e disposição de resíduos em mu-nicípios de médio porte.

8007 Resíduos sólidos urbanos 004B apoio a implantação e ampliação de sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos.

8007 Resíduos sólidos urbanos 7K64 implantação de projetos de reaproveitamento de resíduos orgânicos

8007 Resíduos sólidos urbanos 86AA

Desenvolvimento institucional para a gestão integrada de resíduos sóli-dos urbanos emmunicípios com população entre 30.000 e 250.000 habitantes ou inte-grantes de regiõesmetropolitanas

MINISTÉRIO DA SAÚDE

122 serviços urbanos de água e esgoto 0798 (rap 2006) apoio ao controle de qualidade da água para consumo hu-

mano

122 serviços urbanos de água e esgoto 0798 apoio ao controle de qualidade da água para consumo humano

122 serviços urbanos de água e esgoto 0800 apoio à gestão dos sistemas de saneamento básico em municípios de

até 30.000 habitantes

122 serviços urbanos de água e esgoto 2272 Gestão e administração do programa

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RelatóRio De aPlicações De 2008

83

Cod Programa COD Ação/projeto

122 serviços urbanos de água e esgoto 3861

implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimen-to de água para aPrevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes

122 serviços urbanos de água e esgoto 5528 saneamento básico para controle de agravos.

122 serviços urbanos de água e esgoto 6908 Fomento à educação em saúde voltada para o saneamento ambiental

122 serviços urbanos de água e esgoto 7652 implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e con-

trole de agravos

122 serviços urbanos de água e esgoto 7652 implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e con-

trole de agravos

122 serviços urbanos de água e esgoto 7654

implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de esgotamento sanitário para aPrevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes

122 serviços urbanos de água e esgoto 002K

apoio para o desenvolvimento institucional de operadores públicos de saneamento ambientalem municípios com população superior a 30.000 habitantes

122 serviços urbanos de água e esgoto 002L

apoio à implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de esgotamento sanitário em municípios integrantes de regiões metropo-litanas e regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride) para prevenção e controle de doenças

122 serviços urbanos de água e esgoto 002L

apoio à implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de esgotamento sanitário em municípios integrantes de regiões metropo-litanas e regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride) para prevenção e controle de doenças

122 serviços urbanos de água e esgoto 002M

apoio à implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água em municípios integrantes de regiões metropo-litanas e regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride) para prevenção e controle de doenças

122 serviços urbanos de água e esgoto 002M

apoio à implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água em municípios integrantes de regiões metropo-litanas e regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride) para prevenção e controle de doenças

122 serviços urbanos de água e esgoto 008L

apoio à implantação e ampliação de sistemas públicos de abasteci-mento de água e de esgotamento sanitário em municípios com mais de 50 mil habitantes, não integrantes de regiões metropolitanas e regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride)

122 serviços urbanos de água e esgoto 10GD implantação e melhoria de sistemas públicos de abastecimento

122 serviços urbanos de água e esgoto 10GD implantação e melhoria de sistemas públicos de esgotamento s

122 serviços urbanos de água e esgoto 10GD

implantação e melhoria de sistemas públicos de abastecimento de água em municípios de até 50.000 habitantes ou integrantes de consór-cios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride)

122 serviços urbanos de água e esgoto 10GE

implantação e melhoria de sistemas públicos de esgotamento sanitário em municípios de até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride)

122 serviços urbanos de água e esgoto 20AF apoio ao controle de qualidade da água para consumo humano

122 serviços urbanos de água e esgoto 20AG apoio a gestão dos sistemas de saneamento básico em municípios

1036 integração de bacias hi-drográficas 8881

elaboração de projetos de saneamento nas bacias receptoras do são Francisco para municípios com até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou integradas de desenvolvimento econômico (ride)

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Gasto Público em saneamento básico

84

Cod Programa COD Ação/projeto

1036 integração de bacias hi-drográficas 10SK

sistemas públicos de esgotamento sanitário em municípios das bacias receptoras do são Francisco com até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou integra-das de desenvolvimento econômico (ride)

1036 integração de bacias hi-drográficas 10SL

sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos em municípios das ba-cias receptoras do rio são Francisco com até 50.000 hab. ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou integra-das de desenvolvimento econômico (ride)

1036 integração de bacias hi-drográficas 10SV

sistemas públicos de abastecimento de água em municípios das bacias receptoras do são Francisco com até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou integra-das de desenvolvimento econômico (ride)

1036 integração de bacias hi-drográficas 10TA

10.512.1036.10ta.0001 – elaboração de projetos de saneamento nas ba-cias receptoras do são Francisco para municípios com até 50.000 habi-tantes, exclusive de regiões metropolitanas ou integradas de desenvolvi-mento econômico (ride) nacional

1138 Drenagem urbana 3883 implantação e melhoria de serviços de drenagem e manejo ambiental para prevenção e controle da malária

1138 Drenagem urbana 3883 implantação e melhoria de serviços de drenagem e manejo ambiental para prevenção e controle da malária

1139 Drenagem urbana 7L84 implantação e melhoria de serviços de drenagem e manejo ambiental

1287 saneamento rural 2272 Gestão e administração do programa

1287 saneamento rural 3921 implantação de melhorias habitacionais para controle da doença de chagas

1287 saneamento rural 3921 implantação de melhorias habitacionais para controle da doença de chagas

1287 saneamento rural 3996 implantação de sistemas de esgotamento sanitário (saúde e saneamen-to no Piauí)

1287 saneamento rural 3997 implantação de serviços de abastecimento de água (saúde e sanea-mento no Piauí)

1287 saneamento rural 4641 Publicidade de utilidade pública.

1287 saneamento rural 7656

(rap 2006) implantação, ampliação ou melhoria do serviço de sanea-mento em áreas rurais, em áreas especiais (quilombos, assentamentos e reservas extrativistas) e em localidades com população inferior a 2.500 habitantes para prevenção e controle de agravos

1287 saneamento rural 7656

(rap 2006) implantação, ampliação ou melhoria do serviço de sanea-mento em áreas rurais, em áreas especiais (quilombos, assentamentos e reservas extrativistas) e em localidades com população inferior a 2.500 habitantes para prevenção e controle de agravos

1287 saneamento rural 7684 (rap 2006) saneamento básico em aldeias indígenas para prevenção e controle de agravos

1287 saneamento rural 7684 (rap 2006) saneamento básico em aldeias indígenas para prevenção e controle de agravos

1287 saneamento rural 10GC implantação e melhoria de serviços de saneamento em escolas públi-cas rurais – “saneamento em escolas”

1287 saneamento rural 10LP abastecimento público de água para comunidades rurais dispersas situ-adas às margens do rio são Francisco – água para todos

1287 saneamento rural 12GI abastecimento de água e instalações hidrosanitárias em escolas públi-cas rurais – água na escola

8007 Resíduos sólidos urbanos 3984

implantação, ampliação ou melhoria de sistema coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos para prevenção e controle de agra-vos em municípios até 30 mil habitantes e municípios com risco de den-gue.

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RelatóRio De aPlicações De 2008

85

Cod Programa COD Ação/projeto

8007 Resíduos sólidos urbanos 6459Fomento a projetos de gerenciamento e disposição de resíduos em mu-nicípios com populaçãoentre 30.000 e 250.000 habitantes

8007 Resíduos sólidos urbanos 002N

apoio à implantação, ampliação, melhoria do sistema público de co-leta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos para prevenção e controle de agravos em municípios com população acima de 250 mil habitantes ou em regiões metropolitanas

8007 Resíduos sólidos urbanos 002N

apoio à implantação, ampliação, melhoria do sistema público de co-leta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos para prevenção e controle de agravos em municípios com população acima de 250 mil habitantes ou em regiões metropolitanas

8007 Resíduos sólidos urbanos 0B99 apoio à implementação de projetos de coleta e reciclagem de materiais

8007 Resíduos sólidos urbanos 10GG

implantação e melhoria de sistemas públicos de manejo de resíduos sóli-dos em municípios de até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride)

8007 Resíduos sólidos urbanos 10GG

implantação e melhoria de sistemas públicos de manejo de resíduos sóli-dos em municípios de até 50.000 habitantes ou integrantes de consórcios públicos, exclusive de regiões metropolitanas ou regiões integradas de desenvolvimento econômico (ride)

8007 Resíduos sólidos urbanos 11K0

implantação, ampliação ou melhoria do sistema público de coleta, tra-tamento e destinação finalDe resíduos sólidos para a prevenção e controle de agravos em municí-pios de até 30.000Habitantes ou com risco de transmissão de dengue

8007 Resíduos sólidos urbanos 20AM implementação de projetos de coleta e reciclagem de material

MINISTÉRIO DO TRABALHO

8007 Resíduos sólidos urbanos 0863 apoio para organização e desenvolvimento de cooperativas atuantes com resíduos sólidos

8007 Resíduos sólidos urbanos 8274 Fomento para a organização e o desenvolvimento de cooperativas

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Gasto Público em saneamento básico

86

ANEXO 2 – Gastos comprometidos com iniciativas de saneamento básico em 2008,por Unidade da Federação e fonte de recursos

RECURSOS FEDERAIS COMPROMETIDOS

UF

OGU FINANCIAMENTOS TOTAL

TOTAL (R$) % FGTS (R$) BNDES (R$) TOTAL (R$) % TOTAL (R$) % Famílias Benefc

Empregos gerados

AC 56.270.838 0,94 0 455.192.305,74 455.192.305,74 8,12 511.463.143,50 4,42 26.970 27.108

AM 44.828.701 0,75 232.750.000,00 0 232.750.000,00 4,15 277.578.701,10 2,4 220.938 15.538

AP 183.310.376 3,07 0 0 0 183.310.375,78 1,58 15.729 2.376

PA 254.863.033 4,27 268.799.684,10 0 268.799.684,10 4,79 523.662.717,24 4,52 187.880 23.962

RO 162.285.392 2,72 0 0 0 162.285.392,26 1,4 25.779 3.487

RR 151.515.683 2,54 1.734.000,00 173.400.000,00 3,09 324.915.682,50 2,81 110.515 12.532

TO 188.551.771 3,16 0 0 0 188.551.770,62 1,63 12.509 3.420

NORTE 1.041.625.794 17,4 674.949.684,10 455.192.305,74 1.130.141.989,84 20,15 2.171.767.783,00 18,76 600.320 88.422

AL 60.420.044 1,01 0 0 60.420.043,59 0,52 95.758 10.903

BA 65.785.083 1,1 361.467.183 0 361.467.183,18 6,45 427.252.266,46 3,69 366.553 49.201

CE 63.056.476 1,06 111.434.966 0 111.434.965,88 1,99 174.491.442,31 1,51 398.335 37.659

MA 599.116.273 10,03 0 0 0 0 599.116.273,04 5,17 86.604 12.990

PB 171.609.943 2,87 0 0 0 0 171.609.943,11 1,48 158.601 18.266

PE 113.115.893 1,89 264.670.288 93885817,85 358.556.105,85 4,72 377.786.180,59 3,26 392.981 43.046

PI 52.272.815 0,88 60.900.000 60.900.000,00 1,09 113.172.814,86 0,98 149.163 16.735

RN 426.252.064 7,14 54.286.392 54.286.391,68 0,97 480.538.455,22 4,15 102.480 11.973

SE 223.623.629 3,75 100.000.000 4178778,61 104.178.779 1,78 223.623.629,21 1,93 145.319 11.517

NORDESTE 1.775.252.220 29,7 952.758.828,30 98064596,46 1.050.823.425,20 16,99 2.728.011.048,39 23,56 1.895.794 212.291

PR 414.380.952 6,94 300.943.923,46 19.246.750,00 320.190.673,46 5,71 734.571.625,46 6,34 189.359 25.571

RS 117.069.615 1,96 133.614.191,81 288057157,1 421.671.348,91 2,38 250.683.806,49 2,16 253.427 30.379

SC 92.642.039 1,55 88.050.000,00 160.475.807,16 248.525.807,16 4,43 341.167.845,98 2,95 161.401 19.377

SUL 624.092.606 10,4 522.608.115,27 467.779.714,22 990.387.829,53 12,52 1.326.423.277,93 11,45 604.187 75.327

ES 205.721.095 3,45 104.270.925,70 129007917 233.278.842,70 1,86 309.992.020,90 2,68 132.135 15.134

MG 245.092.899 4,1 209.025.946,00 699.515.927,54 908.541.873,54 16,2 1.153.634.772,05 9,96 340.038 70.115

RJ 439.269.063 7,36 68.596.402,40 281.155.115,99 349.751.518,39 6,24 789.020.580,99 6,81 241.086 41.818

SP 208.537.066 3,49 1.028.327.940,42 284.871.400,00 1.313.199.340,42 23,41 1.521.736.405,96 13,14 610.510 92.191

SUDESTE 1.098.620.123 18,4 1.410.221.214,52 1.394.550.360,53 2.804.771.575,05 47,71 3.774.383.779,90 32,59 1.323.770 219.258

DF 64.533.794 1,08 55.501.205,23 0 55.501.205,23 0,99 120.034.998,83 1,04 49.366 7.852

GO 566.860.887 9,49 6.000.000,00 0 6.000.000,00 0,11 572.860.887,06 4,95 67.873 12.170

MS 344.645.025 5,77 85.944.113,31 85.944.113,31 1,53 430.589.138,59 3,72 79.974 15.608

MT 453.638.797 7,6 0 101786048,1 101786048,1 0 453.638.797,30 3,92 52.792 15.388

CENTRO OESTE 1.429.678.503 23,9 147.445.318,54 101786048,1 249.231.366,64 2,63 1.577.123.821,78 13,62 250.004 51.017

Nac 1.951.414 0,03 - - 0 1.951.413,68 0,02

BRASIL 5.971.220.660 100 3.707.983.160,73 2.517.373.025,05 6.225.356.186,26 100 12.196.576.846,26 100 4.674.075 646.315

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RelatóRio De aPlicações De 2008

87

ANEXO 3 – Recursos desembolsados com iniciativas de saneamento em 2008,por fonte e Unidade da Federação

RECURSOS DESEMBOLSADOS

ORÇAMENTÁRIOS FINANCIAMENTOS TOTAL

UF TOTAL (R$) % FGTS (R$) BNDES* (R$) TOTAL *(R$) % TOTAL* (R$) %

AC 50.651.785,94 1,47 6.858.340,13 102.430.935,00 109.289.275,13 4,95 159.941.061,07 2,83

AM 10.789.101,47 0,31 43.254.614,53 0,00 43.254.614,53 1,96 54.043.716,00 0,96

AP 36.142.499,44 1,05 0,00 0,00 0,00 36.142.499,44 0,64

PA 69.014.886,25 2,00 54.692.206,12 0,00 54.692.206,12 2,48 123.707.092,37 2,19

RO 27.292.738,60 0,79 5.457.794,65 5.457.794,65 0,25 32.750.533,25 0,58

RR 26.990.788,53 0,78 49.544.393,93 49.544.393,93 2,24 76.535.182,46 1,35

TO 71.149.512,62 2,06 0,00 0,00 0,00 71.149.512,62 1,26

NORTE 292.031.312,85 8,47 159.807.349,36 102.430.935,00 262.238.284,36 11,87 554.269.597,21 9,80

AL 131.336.849,78 3,81 0,00 0,00 0,00 131.336.849,78 2,32

BA 223.687.706,21 6,49 102.557.783,89 0,00 102.557.783,89 4,64 326.245.490,10 5,77

CE 266.129.937,78 7,72 9.213.563,03 3.900.043,00 13.113.606,03 0,59 279.243.543,81 4,94

MA 110.805.289,61 3,21 0,00 3.036.631,00 3.036.631,00 0,14 113.841.920,61 2,01

PB 134.980.925,58 3,92 13.303.415,37 15.242.619,00 28.546.034,37 1,29 163.526.959,95 2,89

PE 291.937.396,22 8,47 9.272.042,37 94.680.381,00 103.952.423,37 4,71 395.889.819,59 7,00

PI 132.254.844,46 3,84 1.382.450,06 1.382.450,06 0,06 133.637.294,52 2,36

RN 77.568.943,62 2,25 89.731.278,93 89.731.278,93 4,06 167.300.222,55 2,96

SE 107.618.807,10 3,12 0,00 0,00 0,00 0,00 107.618.807,10 1,90

NORDESTE 1.476.320.700,36 42,83 225.460.533,65 116.859.674,00 342.320.207,65 15,50 1.818.640.908,01 32,16

PR 72.329.030,31 2,10 67.311.818,97 63.132.828,00 130.444.646,97 5,91 202.773.677,28 3,59

RS 85.240.216,23 2,47 76.216.091,08 0,00 76.216.091,08 3,45 161.456.307,31 2,85

SC 60.078.988,96 1,74 18.583.360,61 27.438.017,00 46.021.377,61 2,08 106.100.366,57 1,88

SUL 217.648.235,50 6,31 162.111.270,66 162.111.270,66 7,34 379.759.506,16 6,71

ES 20.009.810,19 0,58 27.217.154,73 13.252.894,00 40.470.048,73 1,83 60.479.858,92 1,07

MG 203.571.293,00 5,91 288.444.504,15 82.109.957,00 370.554.461,15 16,77 574.125.754,15 10,15

RJ 342.283.314,39 9,93 44.058.783,60 241.611.861,00 285.670.644,60 12,93 627.953.958,99 11,10

SP 281.166.615,32 8,16 395.959.966,76 62.847.139,00 458.807.105,76 20,77 739.973.721,08 13,08

SUDESTE 847.031.032,90 24,58 755.680.409,24 490.392.696,00 1.246.073.105,24 56,41 2.093.104.138,14 37,01

DF 158.042.176,45 4,59 10.114.167,26 12.120.022,00 22.234.189,26 1,01 180.276.365,71 3,19

GO 214.115.961,96 6,21 11.769.295,08 35.709.170,00 47.478.465,08 2,15 261.594.427,04 4,63

MS 105.714.774,75 3,07 89.991.041,68 89.991.041,68 4,07 195.705.816,43 3,46

MT 130.437.017,58 3,78 27.657.884,87 8.224.422,00 35.882.306,87 1,62 166.319.324,45 2,94

CENTRO OESTE 608.309.930,74 17,65 139.532.388,89 56.053.614,00 195.586.002,89 8,85 803.895.933,63 14,21

IE* 0,00 700097 700.097,00 0,03 700.097,00 0,01

NA** 5.350.000,00 0,16 0,00 0,00 5.350.000,00 0,09

BRASIL 3.446.691.212,35 100,00 1.442.591.951,80 766.437.016,00 2.209.028.967,80 100,00 5.655.720.180,15 100,00

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Gasto Público em saneamento básico

88

ANEXO 4 – Gastos per capita comprometidos e desembolsados com iniciativas de saneamento básico em 2007, por Unidade da Federação e fonte de recursos

GASTOS PER CAPITA EM SANEAMENTO BÁSICO (Em R$)

UF

COMPROMETIDOS DESEMBOLSADOS

Média per capita(2003 a 2006)

Per capita2007

Per capita 2008 Média per capita(2003 a 2006)

Per capita 2007

Per capita 2008

NÃO ONEROSO ONEROSO TOTAL NÃO

ONEROSO ONEROSO TOTAL

AC 59,85 152,05 85,86 694,54 780,40 26,08 50,65 77,29 166,76 244,04

AM 22,23 72,95 18,75 72,24 90,99 5,26 7,97 3,35 13,43 16,77

AP 36,87 146,13 76,33 0,00 76,33 10,18 75,27 61,54 0,00 61,54

PA 18,09 24,56 25,94 38,04 63,99 6,10 8,15 9,77 7,74 17,51

RO 20,48 63,69 45,25 0,00 45,25 13,25 20,48 18,77 3,75 22,53

RR 105,72 56,68 159,34 438,18 597,53 25,61 46,82 68,21 125,20 193,40

TO 27,27 127,31 51,89 0,00 51,89 18,54 49,92 57,21 0,00 57,21

NORTE 25,02 59,32 36,80 77,28 114,09 9,36 18,53 19,97 17,93 37,90

AL 25,47 144,54 67,74 0,00 67,74 13,70 28,81 43,24 0,00 43,24

BA 13,12 38,56 40,26 25,67 65,93 9,18 8,20 15,89 7,28 23,17

CE 25,72 59,54 73,19 13,61 86,81 18,32 24,04 32,51 1,60 34,12

MA 22,37 23,76 40,05 0,00 40,05 5,42 10,92 18,11 0,50 18,60

PB 50,81 84,73 94,65 0,00 94,65 23,15 38,81 37,07 7,84 44,91

PE 20,51 53,39 53,46 42,26 95,72 11,67 17,39 34,40 12,25 46,66

PI 33,83 60,77 84,05 20,08 104,13 15,85 34,90 43,61 0,46 44,07

RN 40,48 149,92 56,94 18,01 74,96 15,92 19,41 25,74 29,77 55,51

SE 49,58 90,12 58,32 53,72 112,04 35,80 20,23 55,49 0,00 55,49

NORDESTE 25,05 61,85 57,33 20,39 77,72 13,65 18,61 28,65 6,64 35,29

PR 22,88 57,15 15,78 31,13 46,91 18,46 5,90 7,03 12,68 19,72

RS 7,31 41,94 14,32 39,84 54,16 1,45 3,39 8,05 7,20 15,26

SC 15,10 36,02 19,96 42,37 62,32 6,89 9,03 10,24 7,85 18,09

SUL 14,93 46,49 16,12 37,05 53,16 9,10 5,60 8,14 9,45 17,59

ES 18,57 47,08 15,60 69,60 85,20 4,52 7,54 5,97 12,07 18,04

MG 34,80 127,83 21,50 47,14 68,64 13,83 48,10 10,56 19,23 29,79

RJ 8,67 27,81 28,49 22,68 51,17 3,95 10,39 22,20 18,53 40,72

SP 13,70 44,12 10,70 32,97 43,67 5,17 5,65 7,06 11,52 18,58

SUDESTE 18,10 61,73 17,11 36,02 53,12 7,03 17,18 10,88 14,84 25,72

DF 81,54 264,69 37,72 22,60 60,32 76,03 39,08 64,35 9,05 73,41

GO 36,31 64,50 39,60 1,06 40,66 11,14 18,68 37,92 8,41 46,32

MS 29,17 151,87 92,06 37,94 130,00 17,13 26,82 46,67 39,73 86,39

MT 31,92 91,14 66,05 35,66 101,71 22,05 26,71 45,69 12,57 58,26

CENTRO OESTE 42,21 122,40 53,95 18,85 72,80 26,16 25,60 46,00 14,79 60,80

BRASIL 21,82 63,72 32,44 33,84 66,28 10,70 16,61 18,70 12,00 30,71

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GASTO PÚBLICO

EM SANEAMENTO BÁSICO

GOVERNO FEDERAL E FUNDOS FINANCIADORES

Relatório de aplicações de 2008