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num. 4, novembro 2019 GAZETA INTERAMERICANO DE BEM-ESTAR Artigo Central Notícias Atividades Membros Nota Técnica A CISS desenvolve a sua própria Plataforma Digital de Dados em segurança social Entrevista Falamos com o Marcelo Caetano, Secretário Geral da ISSA A CISS elege as suas novas autoridades para o período 2020-2022 Editorial De Gibrán Ramírez Reyes México: uma proposta para um novo sistema de aposentadoria

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num. 4, novembro 2019GAZETA INTERAMERICANODE BEM-ESTAR

Artigo Central

Notícias

Atividades Membros

Nota Técnica

A CISS desenvolve a sua própria Plataforma Digital de Dados em segurança social

Entrevista

Falamos com o Marcelo Caetano, Secretário Geral da ISSA

A CISS elege as suas novas autoridades para o período 2020-2022

Editorial

De Gibrán Ramírez Reyes

México: uma proposta para um novo sistema de aposentadoria

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1 SINOPSE 11 de novembro de 2019

S I N O P S E2

3 ARTIGO CENTRAL

EDITORIAL

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A CISS desenvolve a sua própria Plataforma Digital de Dados em segurança social

NOTICIAS

Daysi Corrales inicia a sua gestão como a nova diretora do CIESSPresidente do México busca elevar a nível constitucional a pensão para os idosos

Aumentar a idade da aposentadoria não garante o aumento das semanas cotadas

A CISS apresenta a sua postura sobre o trabalho na era digital no Foro Mundial da Segurança Social

A CISS e a Expertise France vão trabalhar em conjunto pela a segurança socialPrimeiro seminário virtual sobre a gestão de riscos para todo o públicoFica aprovada a reforma das aposentadorias no BrasilAMLO pede para os legisladores estudarsobre a reforma pensionárias com profundidadeA CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência

A CISS elege as suas novas autoridades para o período 2020-2022

ENTREVISTAEntrevista a Marcelo Abi-Ramia Caetano, Secretário Geral da ISSA

“Os sistemas de intercâmbio de dados sãofundamentais para a segurança social”

14NOTA TÉCNICAMéxico: uma nova proposta para um novo sistema de aposentadorias

Gibrán Ramírez Reyes

ATIVIDADES MEMBROS

Murro: “O que podem comprar os aposentados e os pensionários aumentou um 55% com respeito ao 2005”

Informação sobre as aposentadorias já estarão disponíveis na Edus

Implementa PAMI receita médica via eletrônica

BPS entrega apoios econômicos a maisde mil instituições com fins sociais

Caixa Los Andes recebe mérito internacional por modelo de atençãoMTyPS capacita a Pymes na gestão digital e de operações

O sistema de licenças médicas está em crise e é urgente tomar uma solução: Ciedess

A Telecommuting, é opção frente a uma contingencia energética

Biess comemora 9 anos de serviço

Superintendência encerra o Programa de Educação Financeira 2019O Infonavit e a ABM firmam um acordo para melhorar

as condições de crédito a habitação EsSalud conforma a brigada de mulheres líderes que

garantirão melhorias na atenção de assegurados

Reconhecem excelência no modelo de gestão a DM CNSS comemora a criação do Instituto de Riscos Laborais

A ARL agora será IDOPPRIL Adimars alerta sobre excesso de faturamento a ARS

DIDA vai ter representação na CISSJunta de Seguridade Social introduz serviços eletrônicos

para o Programa de Seguro Social (SIAS)

O governo abre consultas públicas sobre NR, programas e normas laborais

CONEVAL reconhece as boas práticas do IMSS BIENESTAR

IMSS realizou a primeira edição da Semana da #IMSSVESTIGACIÓN

Mais de 70 mil usuários usam a app da CSS para processar citas

O IPS automatiza a gestão do trâmite do subsídio por repousoCriaram 10 mil 794 novas vagas de trabalho no IMSS

Inicia a etapa que permitirá que todos os mexicanos e mexicanas possam ter acesso a saúde: Zoé Robledo

Guatemala, reelege na presidência Pro Tempore do CISSCAD

Programa IMSS-BIENESTAR oferece serviço de saúde aos migrantes

ISSFA capacita a equipe que está próximo a se aposentar das Forças Armadas

Titulares ISSS participam na sessão do Conselho Superior do TrabalhoA estratégia do Presidente do México é sacudir ao Setor de Saúde: ISSSTE

Argentina e Uruguai intercambiam experiências em sistemas de segurança social

Canadá nomeia ao primeiro comissário federal de igualdade salarial

Enquete 2018 sobre o Emprego e Trabalho revela informação sobre trabalho independente e serviço doméstico

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FOTOSXXIX Assembleia Geral CISS

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GAZETA

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GAZETA EDITORIAL 211 de novembro de 2019

Cada vez hay más información, se produce todo el tiempo y por diferentes medios, pero es más difícil Cada dia que passa há mais informação, se produze todo o tempo e por diferentes meios, só que é mais difícil estabelecer qual é a significativa e para que. A cura e apresentação da referida informação deve mudar de acordo ao objetivo de gestão pública elegido. Não é a mesma e nem deve ser apresentada do mesmo jeito, a que requer de um alto diretivo comparado com um gestor de campo ou um planejador intermédio. A quantidade de indicadores, sua especificação, seu desenho, a forma em como se apresentam, é uma parte fundamental para estabelecer mudanças nas rotinas e dinâmicas institucionais. E este é acaso um dos principais fatores de desigualdade entre as instituições e, por tanto, um dos maiores retos. É importante, para isto, que a política de bem-estar seja a que oriente a cura da informação conforme aos objetivos principais que foram formados.

Isso é muito importante. A inovação tecnológica forma parte de um vocabulário herdado pelo capitalismo do século XX que, transferido a uma aplicação reducionista nas organizações públicas concentrou-se na construção do conhecimento em temas de saúde orientada ao mercado, por tanto seu uso tem sido insuficiente para enfrentar os complexos retos que a segurança social precisa hoje em dia.

Se produz informação as vezes sem objetivo nem coordenação, em uma tecnologia só para usá-la em vão. Não me leve a mal. Ninguém duvida que a inclusão da big data e a inteligência artificial podem ser ferramentas poderosas para o desenho e implementação de políticas de saúde, tanto de programas preventivos quanto de diagnósticos, tratamentos e reabilitação. As novas tecnologias oferecem uma gama de possibilidades para transformar as práticas de burocratização institucional ao diminuir os tempos de espera, facilitar informação clínica e na aproximação e intervenção a comunidades remotas ou com acesso restrito a saúde, sim, sempre e quando elas sejam sometidas a planejar o bem-estar e não concebendo ao cidadão como consumidor de um processo final, mais sim como um centro e ator da política pública.

Possuindo informação clara, os cursos de ação são desenhados, ajustados e ensaiados. Mais a informação só serve se há uma deliberação constante com o exterior da organização, com os atores, instituições e cidadãos fundamentais para o cumprimento do seu trabalho. Na CISS fazemos a nossa parte, gerando a plataforma de informação que realizamos com a ajuda da Cepal. Pode ser consultado no seguinte link: http://plataforma.ciss.net/

Gibrán Ramírez Reyes

Gibrán Ramírez Reyes Secretário Geral da CISS

EDITORIAL

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GAZETA 3 ARTIGO CENTRAL 11 de novembro de 2019

Geral, máximo órgão estatuário da Conferencia, estabeleceu no marco do 75° aniversário da CISS, na qual se considera a criação de uma plataforma com um sistema de informação integrado sob um marco conceptual comum sobre a segurança social, alimentado com dados, documentos e avaliações técnicas das instituições e países.

O processo para construir uma plataforma com as características dispostas partiu da definição de um marco conceptual útil para o propósito da referida ferramenta e da CISS em geral, apontando que “a segurança social é um direito humano que tem como objetivo contribuir ao bem-estar pessoal e social, e que compreende um conjunto de transferências e serviços de caráter solidário que protegem aos indivíduos e as coletividades frente aos riscos sociais; que reduzem a vulnerabilidade social; e promovem a recuperação frente as consequências de um risco social materializado, dignificando assim as diferentes etapas da vida, e promovendo a inclusão e o reconhecimento da diversidade social” (Sánchez-Belmont, Ramírez e Romero, 2019). Posteriormente, escolheram de maneira rigorosa cada um dos mais de cem indicadores que a integram, discutindo-os não só com expertos da CISS, mais também com expertos de outras instituições que nos assessoraram, por exemplo, a CEPAL. Finalmente, fizeram testes de usabilidade para garantir uma boa experiência de usuário. Finalmente, depois de um período inicial de desenvolvimento, se apresentou a primeira fase da nossa plataforma de segurança social, que reúne indicadores demográficos, socioeconómicos, do mercado laboral e de trabalho não renumerado, de afiliados a segurança social, saúde e educação. Enquanto esses indicadores estão a nível nacional, se apresenta também outra informação para cada instituição que conforma a nossa adesão, como o caso das secções sobre convênios e prestações laborais.

Nesta primeira fase, a plataforma concentra, sistematiza, processa e presenta de forma simples aquilo relevante para o estúdio da segurança social e o bem-estar que reportam outros organismos internacionais, que se alimenta das fontes mais reconhecidas na

matéria, tais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (BM), a Comissão Económica para América Latina e o Caribe (CEPAL), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a cultura (UNESCO), a Organização Pan-americana da Saúde (OPS), entre outras. Neste sentido, a seleção de indicadores baseou-se em uma busca de informação que permitisse conhecer o estado atual e os retos para assegurar o direito humano e a segurança social nas Américas. Em términos de acessibilidade e funcionalidade, a plataforma permite interatuar desde qualquer computador com conexão à internet e conta com 7 secções de interesse para o usuário:

1.Início: Se introduz um breve resumem da plataforma.

2.Indicadores: É secção principal, aonde os usuários poderão encontrar informação de diferentes indicadores e visualiza-la mediante um mapa, gráficas e tábuas; assim como aplicar filtros de acordo as suas necessidades. Também poderá consultar a ficha técnica do indicador.

3.Correlação: Os usuários poderão conhecer si existe uma relação entre dois variáveis de interesse. Esta ferramenta é de grande utilidade para os tomadores de decisões, pois permite realizar uma análise de maneira eficiente, informação relevante, descartar ou consolidar hipóteses.

4.Banco de dados: Pode-se consultar o catálogo de indicadores da plataforma cartográfica e baixar os bancos de dados, assim como a ficha técnica de cada indicador.

5.Prestações / convênios por país: Esta secção permite ver, por país, os convênios internacionais em matéria de segurança social que foram ratificados, assim como a data em que isto ocorreu. Se apresentam as 9 prestações estabelecidas no convênio C102 sobre a segurança social (1952), assim como posteriores convênios específicos por prestação.

6.Prestações por instituições: Permite

conhecer, a nível instituição, quais prestações da segurança social se oferecem. A lista de instituições aqui mostrada corresponde as instituições membros da CISS e inclui objetivo, missão e visão de cada uma delas, assim como o link para maior informação. Com esta ferramenta as instituições membro podem comparar, fácil e rapidamente, as prestações que prestam instituições similares no continente e buscar alternativas para incrementar o bem-estar dos seus afiliados.

7.Perfil de país: Se apresenta uma ficha resumem por país que contém os principais indicadores na matéria, de acordo com os últimos anos de disponibilidade. Porém, isso é só o início, pois a segunda fase, que iniciou a partir do segundo semestre do 2019, procurará reunir informação valiosa de registros administrativos, com o apoio das instituições de segurança social que são parte da nossa adesão por todo continente, para gerar um sistema único da Conferência Interamericana de Segurança Social (CISS). Esta informação, que até hoje não tem sido recolhida e agrupada de maneira sistemática, se perfilará com estandartes homologados e capacidade comparativa entre instituições.

Assim, na CISS nos esforçamos dia a dia para facilitar conhecimentos e ferramentas inovadoras para uma toma de decisões baseadas em evidencias. Isto, porém, não será possível sem a participação ativa e continua da adesão, por tanto em esta ocasião, além de reflexionar sobre a utilidade dos dados e dar a conhecer a Plataforma de Segurança Social, fazemos um chamado para colaborar na consolidação dos esforços institucionais do organismo, que poderá chegar a um bom porto, de mãos dadas com as equipes técnicas de cada um dos membros que conformam a CISS.

Finalmente, é importante lembrar que os dados são uteis quando as instituições e as pessoas que as conformam, os contextualizam e estão dispostas a dar-lhes seu lugar no processo de decisão. Não percamos de vista isso e construamos juntos um sistema e uma plataforma com utilidade social, que aporte o bem-estar das pessoas, dos povos e a efetividade dos sistemas de segurança social na nossa região.

m julho de 2019 se realizou o Foro Político de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável, sob

a direção do Conselho Económico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas. Neste foro, que avaliava o alcance e a implementação de estratégias vinculadas da Agenda 2030, o objetivo era redobrar esforços e atender as desigualdades e vulnerabilidade enraizadas a nível mundial, que tanto afetam o bem-estar e qualidade da vida das pessoas.

De maneira repetida, dentro da discussão dos objetivos e da apresentação de informes voluntários nacionais, destacou-se uma necessidade: contar com sistemas de informação ordenados, rigorosos e uteis que colocassem a disposição das pessoas tomadoras de decisões, elementos para evidenciar o sucesso ou o fracasso das suas ações, programas e políticas. A ideia principal consistiria na consolidação de sistemas integrados de informação, com indicadores homologados e dados que contribuíam a uma visão sistémica e intersecional das políticas, tendo em vista a sua avaliação, desenho y, em caso de ser necessário, a reorientação durante as fases de implementação.

Porém, para consegui-lo, existem retos e brechas que os governos nacionais enfrentam de maneira consistente e mais ou menos generalizadas na região de América Latina e o Caribe. Por exemplo, a falta de recursos económicos, de capacidades técnicas e incluso a disposição de suministros tecnológicos, pelo o qual inverter em sistemas estadísticos nacionais, a construção de metodologias e a criação de equipes poderia ficar num segundo plano frente as prioridades imediatas e urgentes,

vinculadas a atenção e assistência da população por meio da política social dos governos.

Neste contexto, os organismos internacionais têm encarregado de brindar uma oferta de assistência técnica e acompanhamento para pular os obstáculos apontados, e a CISS não é a exceção. Em janeiro de 2019, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social começou um processo de refundação e reorientação de seus objetivos ao lado de uma nova Secretaria Geral. A partir daí o mandato principal para todas as pessoas que trabalham na instituição tem sido contribuir na construção do bem-estar nos países de América.

Nosso âmbito de ação e experiência nos remete necessariamente ao fortalecimento dos sistemas de

segurança social dos países que conformam a nossa adesão. Para consegui-lo nós enfocamos, entre outras coisas, a construir capacidades de pesquisa e ao desenvolvimento de projetos estratégicos que nos permitam colocar ao alcance das instituições de segurança social, recursos, ferramentas, conhecimento e informação original, útil e valiosa, que nutram o analises dos sistemas de segurança social a nível continental. Temos em claro que para avançar em direção ao bem-estar é preciso contar com uma maior compreensão regional da situação de nossas sociedades, assim como sua evolução no tempo, pois somente dessa maneira podemos melhorar e fazer ajustes necessários na área das políticas públicas.

É por isso, que decidimos retomar com força o requerimento que a Assembleia

A CISS desenvolve a sua própria Plataforma Digital de Dados em segurança socialt

A Plataforma é pioneira na região e busca incidir, com dados efetivos agrupados em cem indicadores, nas decisões de política pública sobre o

bem-estar e segurança social no continente.

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GAZETA ARTIGO CENTRAL 411 de novembro de 2019

Geral, máximo órgão estatuário da Conferencia, estabeleceu no marco do 75° aniversário da CISS, na qual se considera a criação de uma plataforma com um sistema de informação integrado sob um marco conceptual comum sobre a segurança social, alimentado com dados, documentos e avaliações técnicas das instituições e países.

O processo para construir uma plataforma com as características dispostas partiu da definição de um marco conceptual útil para o propósito da referida ferramenta e da CISS em geral, apontando que “a segurança social é um direito humano que tem como objetivo contribuir ao bem-estar pessoal e social, e que compreende um conjunto de transferências e serviços de caráter solidário que protegem aos indivíduos e as coletividades frente aos riscos sociais; que reduzem a vulnerabilidade social; e promovem a recuperação frente as consequências de um risco social materializado, dignificando assim as diferentes etapas da vida, e promovendo a inclusão e o reconhecimento da diversidade social” (Sánchez-Belmont, Ramírez e Romero, 2019). Posteriormente, escolheram de maneira rigorosa cada um dos mais de cem indicadores que a integram, discutindo-os não só com expertos da CISS, mais também com expertos de outras instituições que nos assessoraram, por exemplo, a CEPAL. Finalmente, fizeram testes de usabilidade para garantir uma boa experiência de usuário. Finalmente, depois de um período inicial de desenvolvimento, se apresentou a primeira fase da nossa plataforma de segurança social, que reúne indicadores demográficos, socioeconómicos, do mercado laboral e de trabalho não renumerado, de afiliados a segurança social, saúde e educação. Enquanto esses indicadores estão a nível nacional, se apresenta também outra informação para cada instituição que conforma a nossa adesão, como o caso das secções sobre convênios e prestações laborais.

Nesta primeira fase, a plataforma concentra, sistematiza, processa e presenta de forma simples aquilo relevante para o estúdio da segurança social e o bem-estar que reportam outros organismos internacionais, que se alimenta das fontes mais reconhecidas na

matéria, tais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (BM), a Comissão Económica para América Latina e o Caribe (CEPAL), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a cultura (UNESCO), a Organização Pan-americana da Saúde (OPS), entre outras. Neste sentido, a seleção de indicadores baseou-se em uma busca de informação que permitisse conhecer o estado atual e os retos para assegurar o direito humano e a segurança social nas Américas. Em términos de acessibilidade e funcionalidade, a plataforma permite interatuar desde qualquer computador com conexão à internet e conta com 7 secções de interesse para o usuário:

1.Início: Se introduz um breve resumem da plataforma.

2.Indicadores: É secção principal, aonde os usuários poderão encontrar informação de diferentes indicadores e visualiza-la mediante um mapa, gráficas e tábuas; assim como aplicar filtros de acordo as suas necessidades. Também poderá consultar a ficha técnica do indicador.

3.Correlação: Os usuários poderão conhecer si existe uma relação entre dois variáveis de interesse. Esta ferramenta é de grande utilidade para os tomadores de decisões, pois permite realizar uma análise de maneira eficiente, informação relevante, descartar ou consolidar hipóteses.

4.Banco de dados: Pode-se consultar o catálogo de indicadores da plataforma cartográfica e baixar os bancos de dados, assim como a ficha técnica de cada indicador.

5.Prestações / convênios por país: Esta secção permite ver, por país, os convênios internacionais em matéria de segurança social que foram ratificados, assim como a data em que isto ocorreu. Se apresentam as 9 prestações estabelecidas no convênio C102 sobre a segurança social (1952), assim como posteriores convênios específicos por prestação.

6.Prestações por instituições: Permite

conhecer, a nível instituição, quais prestações da segurança social se oferecem. A lista de instituições aqui mostrada corresponde as instituições membros da CISS e inclui objetivo, missão e visão de cada uma delas, assim como o link para maior informação. Com esta ferramenta as instituições membro podem comparar, fácil e rapidamente, as prestações que prestam instituições similares no continente e buscar alternativas para incrementar o bem-estar dos seus afiliados.

7.Perfil de país: Se apresenta uma ficha resumem por país que contém os principais indicadores na matéria, de acordo com os últimos anos de disponibilidade. Porém, isso é só o início, pois a segunda fase, que iniciou a partir do segundo semestre do 2019, procurará reunir informação valiosa de registros administrativos, com o apoio das instituições de segurança social que são parte da nossa adesão por todo continente, para gerar um sistema único da Conferência Interamericana de Segurança Social (CISS). Esta informação, que até hoje não tem sido recolhida e agrupada de maneira sistemática, se perfilará com estandartes homologados e capacidade comparativa entre instituições.

Assim, na CISS nos esforçamos dia a dia para facilitar conhecimentos e ferramentas inovadoras para uma toma de decisões baseadas em evidencias. Isto, porém, não será possível sem a participação ativa e continua da adesão, por tanto em esta ocasião, além de reflexionar sobre a utilidade dos dados e dar a conhecer a Plataforma de Segurança Social, fazemos um chamado para colaborar na consolidação dos esforços institucionais do organismo, que poderá chegar a um bom porto, de mãos dadas com as equipes técnicas de cada um dos membros que conformam a CISS.

Finalmente, é importante lembrar que os dados são uteis quando as instituições e as pessoas que as conformam, os contextualizam e estão dispostas a dar-lhes seu lugar no processo de decisão. Não percamos de vista isso e construamos juntos um sistema e uma plataforma com utilidade social, que aporte o bem-estar das pessoas, dos povos e a efetividade dos sistemas de segurança social na nossa região.

m julho de 2019 se realizou o Foro Político de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável, sob

a direção do Conselho Económico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas. Neste foro, que avaliava o alcance e a implementação de estratégias vinculadas da Agenda 2030, o objetivo era redobrar esforços e atender as desigualdades e vulnerabilidade enraizadas a nível mundial, que tanto afetam o bem-estar e qualidade da vida das pessoas.

De maneira repetida, dentro da discussão dos objetivos e da apresentação de informes voluntários nacionais, destacou-se uma necessidade: contar com sistemas de informação ordenados, rigorosos e uteis que colocassem a disposição das pessoas tomadoras de decisões, elementos para evidenciar o sucesso ou o fracasso das suas ações, programas e políticas. A ideia principal consistiria na consolidação de sistemas integrados de informação, com indicadores homologados e dados que contribuíam a uma visão sistémica e intersecional das políticas, tendo em vista a sua avaliação, desenho y, em caso de ser necessário, a reorientação durante as fases de implementação.

Porém, para consegui-lo, existem retos e brechas que os governos nacionais enfrentam de maneira consistente e mais ou menos generalizadas na região de América Latina e o Caribe. Por exemplo, a falta de recursos económicos, de capacidades técnicas e incluso a disposição de suministros tecnológicos, pelo o qual inverter em sistemas estadísticos nacionais, a construção de metodologias e a criação de equipes poderia ficar num segundo plano frente as prioridades imediatas e urgentes,

vinculadas a atenção e assistência da população por meio da política social dos governos.

Neste contexto, os organismos internacionais têm encarregado de brindar uma oferta de assistência técnica e acompanhamento para pular os obstáculos apontados, e a CISS não é a exceção. Em janeiro de 2019, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social começou um processo de refundação e reorientação de seus objetivos ao lado de uma nova Secretaria Geral. A partir daí o mandato principal para todas as pessoas que trabalham na instituição tem sido contribuir na construção do bem-estar nos países de América.

Nosso âmbito de ação e experiência nos remete necessariamente ao fortalecimento dos sistemas de

segurança social dos países que conformam a nossa adesão. Para consegui-lo nós enfocamos, entre outras coisas, a construir capacidades de pesquisa e ao desenvolvimento de projetos estratégicos que nos permitam colocar ao alcance das instituições de segurança social, recursos, ferramentas, conhecimento e informação original, útil e valiosa, que nutram o analises dos sistemas de segurança social a nível continental. Temos em claro que para avançar em direção ao bem-estar é preciso contar com uma maior compreensão regional da situação de nossas sociedades, assim como sua evolução no tempo, pois somente dessa maneira podemos melhorar e fazer ajustes necessários na área das políticas públicas.

É por isso, que decidimos retomar com força o requerimento que a Assembleia

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GAZETA 5 ENTREVISTA 11 de novembro de 2019

“Os sistemas de intercâmbio de dados são fundamentais

para a segurança social”

Entrevista a Mercelo Abi-Ramia Caetano, Secretário Geral da ISSA

Mercelo Abi-Ramia Caetano, Secretário Geral da Associação Internacional da Segurança Social (ISSA), falou da importância dos bancos de dados e do intercâmbio da informação, para a ampliação e o fortalecimento dos sistemas de segurança social.

¿Quais foram os principais resultados do Word Social

Security Forum (WSSF) organizado pela ISSA?

O WSSF mostrou uma verdadeira possibilidade de fazer uma rede de contatos entre a nossa adesão e organismos internacionais fundamentais para nós como a CISS, o Banco Mundial (BM), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE); acudiram perto de mil 400 participantes de mais de 150 países do mundo inteiro. Além do networking, realizamos importantes debates em cada área da segurança social para atender melhor os cidadãos, em temas como saúde, designações familiares, emprego, envelhecimento, e sustentabilidade, entre outras, e a importância de sua coordenação entre si. Um aspecto a considerar foi o de evidenciar as diferenças regionais.

As sessões de inovaçãoe de tecnologia foram fundamentais; como

podemos usar as tecnologias para melhorar os serviços de

segurança social? Para ampliar a cobertura?

Desenvolvemos uma nova linha de pesquisa em segurança social, em relação a evasão e fraude e suas incidências nos sistemas de segurança social.

Como afetam as situações como a que você acaba de mencionar, de evasão de

impostos, aos sistemas de segurança social?

Este é um tema que apresentamos sob a nova linha diretiva que é a de erro, evasão e fraude. Isto é fundamental, não só a partir do ponto de vista moral, se não a partir da sustentabilidade do sistema, para que a segurança social receba a renda bruta adequados, e as pessoas paguem o valor correspondente.

Outro ponto muito importante, e sobre o qual trabalhamos como associação, é o uso eficiente das tecnologias para reduzir a suma por erro, evasão e fraudes, subtraído da segurança social.

Um dos aspectos que mais chamou a atenção da equipe da CISS foi a insistência em

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GAZETA ENTREVISTA 611 de novembro de 2019

vários bate-papos de advogar pela a formalização de

trabalho como a via idônea para a incorporação na

segurança social, tomando em conta fenómenos persistentes como a

precarização laboral e a migração.

Existe uma diretriz de ampliar a cobertura dos sistemas de segurança social, e uma das formas é o trabalho formal. Em relação a outros grupos como os trabalhadores informais ou migrantes, se torna mais difícil. Devemos tomar em conta que os processos variam de um país a outro, e que há de respeitar as legislações que estabelece cada um deles para determinar os alinhamentos específicos para a sua cobertura.

Como observa a ISSA o crescente fenômeno da migração em países da

América Latina em relação aos retos que traz para a

segurança social?

Para a ISSA, existem duas formas importantes para garantir a segurança social dos trabalhadores, -sobre as quais trabalha-: uma, é a través do estimulo da assinatura de tratados nesta matéria, seja de caráter bilateral ou multilateral para o reconhecimento de direitos; e a outra, a criação de sistemas de intercâmbio de informação e de bancos de dados, para fortalecer a prestação dos serviços e uma cobertura mais efetiva.

A ISSA dispõe de um banco de dados de tratados internacionais e estimula a assinatura de novos acordos para a proteção dos direitos dessas pessoas.

Recentemente se apresentaram várias

mobilizações em alguns países de América Latina e

uma das queixas constantesé o funcionamento dos sistemas de segurança

social privatizadas. Que opinião merecem estas

reclamações? Que deficiências veem nesses

tipos de modelos?

Devemos respeitar as decisões e as leis de cada país, mais em termos de segurança social devemos de garantir a cobertura, a suficiência dos serviços e a sustentabilidade do sistema.

E quando me refiro a cobertura, quero dizer que as pessoas tenham acesso aos benefícios; quando me refiro a suficiência, quero dizer que as pessoas recebam um valor suficiente; e terceiro, que o sistema tenha as condições para ser sustentável. Devemos equilibrar os três fatores e fazer uma avaliação em conjunto.

Mesmo sendo indiscutível o avance dos últimos anos em

termos de cobertura da

segurança social, existem problemas persistentes desde várias décadas atrás, como a

precarização social. O que podem fazer as organizações

como ISSA e a CISS para incidir, de forma efetiva,

nestes temas?

ISSA possui produtos específicos para gerar discussão. Por exemplo, linhas diretivas sobre estratégias administrativas para ampliar a cobertura de segurança social; comissões temáticas aonde a nossa adesão debate em volta dos principais temas relacionados com a segurança social, e desenvolve pesquisa para trazer as melhores experiências e resultados.

Além disso, disponhamos de uma base de dados de boas práticas, aonde se mostram práticas de todas as latitudes que podem replicar-se em outros países.

CISS mostrou a sua postura no painel “Apoio ao capital

humano na era digital”. Gibrán Ramírez Reyes, Secretário Geral, questionou a pertinência de usar o conceito de “capital humano” no campo da segurança social, pois ele está mais relacionado com a produtividade que com o direito humano.

Ramírez enfatizou que, com o avance da era digital, presenciamos o nascimento de alguns esquemas laborais que agudizam condições de precarização laboral que já existiam em muitos de nossos países: falta de acesso e segurança social, condições de risco e insegurança no

desempenho do trabalho, individualização, falta de associação entre os trabalhadores, incerteza na temporalidade dos empregos e da renda bruta.

A CISS proferiu também a necessidade de entender a segurança social como uma responsabilidade compartida. “Assim como os trabalhadores requerem o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos, os empregadores não devem ser isentos, pois deve impulsar-se que os últimos desenvolvam a “habilidade” de cumprir primeiro com as suas responsabilidades para com os trabalhadores”, alegou Ramírez.

A CISS participou do Foro Mundial da Segurança Social, organizado pela a ISSA

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GAZETA 7 NOTICIAS 11 de novembro de 2019

A CISS elege as suas novas autoridades para o período

2020-2022No marco da realização da XIXX Assembleia Geral, e de acordo com o referido no artigo 22 do Estatuto da Conferência Interamericana de Segurança Social, escolheram as autoridades deste organismo internacional para o período 2020-2022, cuja gestão começou a partir deste 1 de outubro de 2019.

Zoé Alejandro Robledo AburtoPresidente

Instituto Mexicano de Seguro Social

Conheça aqui os seus perfis:

Secretário Geral

É o atual diretor do Instituto Mexicano de Seguro Social, instituição que ostenta a presidência da CISS.

O presidente da CISS é maestro em Ciências Políticas pelo o Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM), estudou Direito na Universidad Complutense de Madrid. Foi assessor do governo de Puebla no 2005 e assessor especial do governo de Hidalgo. No 2008, desempenhou-se como assessor da Comisión Permanente del Senado (Comissão Permanente do Senado). Mais tarde, foi eleito como deputado local no Congresso de Chiapas pelo o distrito de Motozintla, no 2010. 3 anos depois, assumiu a chefatura da campanha daquele então candidato a Presidente do Movimiento Progressista, Andrés Manuel López Obrador.

No 2018 foi eleito senador, posto do qual ele solicitou uma licencia para assumir a Subsecretaria de Gobierno, na mesma secretaria.

Gibrán Ramírez Reyes assumiu-se como Secretário Geral Interino da CISS, no passado 1 de janeiro do 2019. Por votação unânime, a filiação decidiu ratifica-lo no seu cargo.

Gibrán Ramírez Reyes, nasceu na Cidade do México, é Doutor em Ciências Políticas e Sociais, com menção honorifica, pela a Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM). Além disso, é Maestro em Ciências Políticas por El Colégio de México. Cursou a faculdade de Ciências Políticas e Administração Pública, também na UNAM, instituição aonde ele obteve a Medalha Gabino Barreda no 2012 pelo mérito universitário por melhor aproveitamento. Gibrán também conta com estudos em Direito Constitucional pelo o Centro de Estudos Políticos e Constitucionais do governo da Espanha.

Gibrán Ramírez Reyes tem sido Assessor Parlamentário do Senado da República do México e da Assembleia Constituinte da Cidade do México. Também foi Assessor da Coordenação e Vice coordenação da fração parlamentaria no Senado da República do México.

Igualmente, desempenhou-se como consultor nacional e internacional para distintas organizações da sociedade civil e instituições públicas em temas relacionados com a governança, políticas públicas, desigualdade social e participação política.

Desde 2011 tem partilhado mais de 20 cursos a nível universitário relacionados com a Metodologia da Investigação Política, Teoria do Estado, Seguridade Nacional, Estado e Sociedade no México, Ciência Política e Direito Constitucional.

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GAZETA NOTICIAS 811 de novembro de 2019

Diretora do CIESSDaisy Corrales Díaz

Caixa Costarriquense do Seguro Social

Eleita como diretora do Centro Interamericano de Estudos em Seguridade Social (CIESS).

A Dra. Corrales Díaz desempenhou diversos cargos na Costa Rica, sendo a Ministra de Saúde de 2011 a 2014, Diretora do Desenvolvimento de Serviços da Saúde da Caixa Costarriquense de Seguridade Social (CCSS), e Assessora de Gestão Estratégica pertencente da instituição entre 2015 e 2019.

Corrales Díaz, especialista em Segurança Social e Administração de Serviços da Saúde, conta com uma trajetória de mais de 30 anos em postos de liderança e gerencia no sistema de segurança social da Costa Rica, com ênfases na área dos serviços de saúde e saúde pública.

Vice-presidenteJosé Bernardo Pineda Jurado

Instituto Guatemaltecode Seguridade Social

José Bernardo Pineda tem experiência na área de seguros de mais de 30 anos, como executivo em companhias de seguros, intermediário, assessor de ajustes e como reassegurador.

Atualmente, é vocal do Instituto Guatemalteco de Seguridade Social (IGSS), nomeado pelos patrões.

Ocupou o cargo de Subgerente da Asseguradora La Ceiba. Foi também diretor titular da Junta Diretiva do Instituto Técnico de Capacitação e Produtividade (INTECAP), representando a Associação Guatemalteca de Seguros.

Vice-presidenteEmilio Basavilbaso

Administrador Nacional da Seguridade Social da Argentina

Graduado em Economia e Magíster em Administração na Universidade Antônio de Nebrija de Madrid. Atualmente desempenha-se como Diretor Executivo da Administração Nacional da Seguridade Social (ANSES) de Argentina.

Foi Presidente do Instituto da Vivenda da Cidade de Buenos Aires desde 2011. Anteriormente trabalhou como Subsecretário de Estratégia e Desenvolvimento de Recursos Humanos no Ministério da Fazenda da Cidade e como Subsecretário de Modernização da Gestão Pública do Ministério e da Modernização da Cidade. Foi o responsável de coordenar a equipe de política social durante a campanha de Mauricio Macri.

Leonardo José Rolim GuimarãesMinistério da Economia – Secretaria Especial de Previdência e Trabalho –

Secretaria de Previdência Brasil

Maestro em Administração Pública pela a Universidade de Brasília. Atualmente é o titular da Secretária de Previsão do Brasil, pertencente ao Ministério de Economia.

Do 2011 ao 2014 foi titular da Secretaria de Políticas de Previsão Social, pertencente ao Ministério de Previsão Social, durante o governo da Dilma Roussef. No 2003 foi consultor em temas ligados a orçamentos na Câmera de Deputados. De 1996 a 2003 desempenhou-se como especialista de políticas de gestão governamental no Ministério de Planificação e Gestão.

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GAZETA 9 NOTICIAS 11 de novembro de 2019

Atualmente, é o subgerente geral do Conselho Nacional de seguridade social da República Dominicana.

Maestro em Administração e gestão de planos e fundos de pensões pela Universidade de Alcalá de Henares. Além disso, é maestro em Administração de empresas e desenvolvimento organizacional pela Universidade Autónoma de Santo Domingo.

Por mais de oito anos trabalhou como o encarregado do departamento de Planificação e Desenvolvimento da Direção de Informação e Defensa dos Afiliados a Seguridade Social (DIDA). Tem sido consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e o Banco Mundial.

Eduard Carlos del Villar LiranzoContador

Conselho Nacional de Seguridad Social da República Dominicana

No caso das Comissões Americanas de Seguridade Social (CASS), a continuação presentamos os nomes das novas autoridades.

Elsebir Ducreux de CastilleroCaixa de Seguro Social do Panamá

David Alexander Ruales MosqueraInstituto Equatoriano de Seguridade Social

Ronald Alberto Cartín CarranzaCaixa Costarriquense de Seguridade Social

Pilar Rivera PopovicInstituto de Seguridade e Serviços Sociais dos

Trabalhadores do Estado, MéxicoAlexandre Zioli Fernades

Ministério da Economia - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho - Secretaria de Previdência

Sonia Esthella López LuttmannInstituto Guatemalteco de Seguridade Social

COMISSAO AMERICANA DE ATUÁRIA E FINANCIAMENTO (CAAF)

Presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Secretaria Técnica

Héctor Santana SuarezInstituto de Seguridad e Serviços Sociais dos

Trabalhadores do Estado, MéxicoFrancisco Antonio Aristy de Castro

Superintendência de Saúde e Riscos Laboraisda República Dominicana

Carlos Alberto Rodríguez MoránAssociação Mutual dos Agentes dos Organismos

para a Terceira Idade, ArgentinaMiguel Ángel Loja

Instituto Equatoriano de Seguridade SocialGilberth Alfaro Morales

Caixa Costarriquense de Seguro SocialEmanuel de Araujo Dantas

Ministério da Economia - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho - Secretaria de Previdência

COMISSAO AMERICANA JURÍDICO SOCIAL (CAJS)

Presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Secretaria Técnica

Estela Laura AltalefAssociação Mutual dos Agentes dos Organismos

para a Terceira Idade, ArgentinaRogerio Nagamine Costanzi

Ministério da Economia - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho - Secretaria de Previdência

Patricio PiffanoANSES, Argentina

Yalile Muñoz ChacónCaixa Costarriquense de Seguro Social

Edgar Díaz GarcilazoInstituto de Seguridade e Serviços Sociais dos

Trabalhadores do Estado, MéxicoYamira Yusimí Campos Suarez

Ministério do Trabalho e Seguridade Social, Cuba

COMISSAO AMERICANA DO ADULTO MAIOR (CADAM)

Presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Secretaria Técnica

David A. MatthiasSocial Security Board de Antigua e Barbuda

José Ángel Castro GranadoCaixa Costarriquense de Seguro Social

Jeanette Sclatiffe-BoynesSocial Security Board British Virgin Island

Alessandro Roosvelt Silva RiveiroMinistério da Economia - Secretaria Especial de

Previdência e Trabalho - Secretaria de PrevidênciaAlejandra Fernández Vélez

Instituto de Seguridade e Serviços Sociaisdos Trabalhadores do Estado, México

COMISSAO AMERICANA DE ORGANIZACAOY SISTEMAS ADMINISTRATIVOS (CAOSA)

Presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Vice-presidência

Secretaria Técnica

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GAZETA NOTICIAS 1011 de novembro de 2019

Daysi Corrales inicia sua gestão como nova

diretora do CIESS

Presidente do México busca elevar a nível constitucional a pensão para os idosos

urante a passada XXIX Assembleia Geral da Conferência Interamericana de Segurança

Social (CISS) elegeram a Dra. Daysi Díaz como a nova diretora do Centro Interamericano de Estudos em Segurança Social (CIESS).

Corrales Díaz tomará possessão do cargo como diretora do CIESS a partir do 1 de outubro, com o objetivo de recuperar o espírito da CIESS de ser um rigoroso centro de capacitação permanente para funcionários, expertos e trabalhadores relacionados com a segurança social. Assim como retomar sua capacidade de pesquisa e de produção de conhecimento.

A Dra. Corrales Díaz tem desempenhado diversos cargos em sua natal Costa Rica, sendo Ministra de Saúde de 2011 a 2014, Diretora de Desenvolvimento de Serviços de Saúde da Caixa Costarriquense de Seguridade Social (CCSS), y Assessora de Gestão Estratégica da mesma instituição

entre 2015 e 2019.

Durante seu exercício como Ministra de Saúde, implementou o Expediente Digital Único de Saúde (Edus), experiência com sucesso reconhecida em todo o continente, que consta de um repositório digital de dados de todos os pacientes, armazenados e intercambiados de maneira segura, e que pode ser acedido por múltiplos usuários autorizados. Contém informação retrospectiva, concorrente e prospectiva, e seu principal propósito é suportar de maneira continua, eficiente, com qualidade e integralidade a atenção de cuidados de saúde.

O Edus facilitou e homologou a atenção médica na Costa Rica, além de ser uma solução efetiva para levar um controle das ações do pessoal e a utilização do inventario, alcançando a eficiência da atenção aos usuários dos serviços de saúde.

A Dra. Corrales Díaz, especialista em Segurança Social e Administração de Serviços da Saúde, conta com uma trajetória de mais de 30 anos em postos de liderança e gerencia no sistema de segurança

social da Costa Rica, com ênfases na área dos serviços de saúde e saúde pública.

México

Conferência Interamericana de Seguridade Social

México

Conferência Interamericana de Segurança Social

Presidente Andrés Manuel López Obrador confirmou que enviará ao Congresso uma

iniciativa para elevar a nível constitucional direitos como o da pensão para idosos, pelo

qual ficará estabelecido na Constituição, o Estado de bem-estar.

O mandatário remarcou o anterior na sua conferencia matutina, reunião que aconteceu na quinta-feira 7 de novembro com os legisladores. Indicou durante o encontro que tudo o que tem realizado até agora na sua gestão como Presidente, é algo excepcional, pois já foram aprovadas

25 reformas que as qualificou como profundas. Entre elas indicou a que permite a revogação do mandato e a educativa.

Se calcula que, no México, somente entre o 20 e 30% dos empregados que cumpram 65 anos, poderão pensionar-se, a partir de 2021. O anterior porque não cumprem com as semanas obrigatórias (1,250) e não possuem uma “poupança” suficiente para comprar uma pensão no mercado de rendas vitalícias, dirigidas por umas quantas companhias de seguros.

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GAZETA

México

Conferência Interamericana de Segurança Social

Bruxelas

Conferência Interamericana de Segurança Social

mais tempo sem direito a uma aposentadoria digna.

As regras atuais ditam que sem cumprir as semanas mínimas, terá a poupança de volta, como si jamais tivesse cotizado para uma pensão.

Lembremos que em dias passados o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que durante seu sexênio não modificará a idade da aposentadoria.

A CISS apresenta sua postura sobre o trabalho na era digital no Foro Mundial da Segurança Social

Aumentar a idade de retiro não garante o aumento de semanas cotadas

o marco do Foro Mundial da Segurança Social, organizado pela International Social Security

Association (AISS) na Bélgica, com o Belgian Social Security como anfitrião, a CISS mostrou sua postura no painel “Apoio al capital humano na era digital”. Gibrán Ramírez Reyes, Secretário Geral, questionou a pertinência de usar o conceito de “capital humano” no campo da segurança social, pois ele está mais relacionado com a produtividade que com o direito humano.

s argumentos da Secretaria da Fazenda e a Coparmex para

incrementar a idade de retiro consideram duas questões fundamentais: a rotação dos mercados de trabalho e os estritos requisitos para acessar a uma pensão.

O anterior, a propósito das declarações realizadas na Quarto Convenção Nacional de Afores por Gustavo de Hoyos, presidente da Confederação Patronal da República Mexicana (Coparmex), do Secretário da Fazenda, Arturo Herrera, e de Bernardo González, presidente de AMAFORE sobre incrementar a idade de aposentadoria e as contribuições.

Ramírez enfatizou que, com o avance da era digital, presenciamos o nascimento de alguns esquemas laborais que agudizam condições de precarização laboral que já existiam em muitos de nossos países: falta de acesso e segurança social, condições de risco e insegurança no desempenho do trabalho, individualização, falta de associação entre os trabalhadores, incerteza na temporalidade dos empregos e da renda bruta.

A CISS proferiu também a necessidade de entender a segurança social como uma responsabilidade compartida. “Assim como os trabalhadores requerem o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos, os empregadores não devem ser isentos, pois deve impulsar-se que os últimos desenvolvam a “habilidade” de cumprir primeiro com as suas responsabilidades para com os trabalhadores”, alegou Ramírez. Adicionou que o Estado é quem deve orientar as políticas de inclusão laboral, que são, finalmente, as principais políticas de

inclusão social. “O Estado deve desenvolver mecanismos que lhe permitam recuperar a reitoria e fortalecer a regulação nos rubros laborais e de segurança social”, indicou o acadêmico.

Durante o Foro Mundial da Segurança Social, na qual participam espertos de más de 130 países, Gibrán Ramírez Reyes, também sustentou um encontro com seu homólogo da ISSA, Marcelo Caetano, para discutir sobre os novos mestrados e diplomados em diferentes campos da seguridade social que abrirá o Centro Interamericano de Estudos em Segurança Social, CIESS, como parte do novo plano de trabalho da CISS e seu objetivo de recuperar as capacidades de pesquisas e educativas do citado centro.

O Foro Mundial da Segurança Social reúne a representantes de alto nível de governos e organizações internacionais para apresentar e discutir estratégias para proteger as pessoas contra os riscos volúveis do mundo do trabalho.

México, como outros países da região, tem um problema endémico nos seus mercados de trabalho, ocasionando que os empregados entrem e saiam do mercado formal, e por isso, tenham baixas semanas de cotação, situação que afeta especialmente as pessoas de menores rendas bruta.

Por outra parte, sobre os rígidos requisitos para aceder a uma pensão, as pessoas que optem por uma pensão devem somar um mínimo de 1,250 semanas cotadas. Ou seja, cumprir pouco mais de 24 anos no mercado formal para comprar uma pensão a companhias asseguradas. No México, a densidade de cotação

é, na média, de um 43% (equivalente a 17 anos cotados) na média, ou seja, sete anos menos do tempo obrigatório.

Pelo anterior, com uma alta rotação nos mercados de trabalho e com os requisitos legais para a aposentadoria, incrementar a idade não assegura uma ascensão na mesma proporção das semanas cotadas. Simplesmente fará que nossos idosos estejam amarrados a um emprego por

11 NOTICIAS 11 de novembro de 2019

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GAZETA NOTICIAS 1211 de novembro de 2019

México

Conferência Interamericana de Segurança Social

México

Conferência Interamericana de Segurança Social

mencionado, se encontram as seguintes:

a) Promoção da cooperação técnica. b) Desenvolvimento e gestão do conhecimento. c) Intercambio de informação.

Primeiro seminário virtual sobre a gestão de riscos para todo o público

CISS e Expertise France trabalharão conjuntamente pela seguridade social

o marco da celebração do Dia Internacional para a Redução dos Desastres, a Conferência

Interamericana da Segurança Social, através da Rede Interamericana do Bem-estar, realizou seu primeiro webinar (conferência transmitida pela internet) com o tema “Gestão de risco de desastres em instituições de segurança social: os retos da infraestrutura e dos serviços críticos resilientes nas Américas”.

Neste seminário virtual discutiu-se a forma em que os sistemas de segurança social nas Américas podem responder diante uma situação de emergências e desastres. Este webinar marca o início de uma série de esforços por gerar espaços de discussão e intercâmbio de experiências para a filiação.

A Dra. Verhónica Zamudio Santos,

C o n f e r ê n c i a Interamericana de Segurança Social

(CISS) e a agencia francesa de cooperação técnica internacional, Expertise France, firmaram um Memorando de Entendimento que tem o objetivo de gerar um instrumento para promover ações de cooperação internacional nos âmbitos de difusão, consultoria e assistência técnica, formação, desenvolvimento do conhecimento, e intercambio de informação, assim como na realização de atividades conjuntas, em matéria de proteção social, com ênfases na área de segurança social.

Pela CISS o Memorando foi subscrito pelo seu Secretário Geral, Gibrán Ramírez Reyes,

pesquisadora da CISS e experta sobre estudos urbanos e ambientais, indicou que se deve considerar que os sistemas de segurança social brindam serviços de saúde entre os que se encontram infraestruturas como hospitais, unidades médicas, albergues, etc, cuja continuidade de operações durante uma emergência ou desastres naturais, deve estar garantido.

Na apresentação deste seminário web, que ficou a cargo do Dr. Felipe Cruz Vega, do Departamento de Projetos Especiais em Saúde do IMSS; Dr. Alex Camacho, da Organização Pan-americana da Saúde (OPS); e o Ing. Rubén Pérez Oliva, da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS).

Entre as dúvidas mais frequentes expostas pelos participantes, se encontraram os tipos de infraestruturas usadas para monitorar imóveis em caso de desastres; as possibilidades de integrar um sistema de gestão de risco de desastres na Centro

América; como adicionar-se a plataformas já existentes como as dos Hospitais Seguros do IMSS no México, entre outras.

Instituições de todo o continente participaram dessa nova proposta da CISS: o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE – México); Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS – México); Instituto de Previsão Militar (IPM – Honduras); Organização Pan-americana da Saúde (OPS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS); Caixa de Seguro Social (CSS – Panamá); Superintendência da Saúde e Riscos Laborais (SISALRIL – República Dominicana); Instituto de Seguridade Social para as Forças Armadas Mexicanas (ISSFAM – México); Sociedade de Seguros de Vida do Magistério Nacional da Costa Rica; Caixa Costarriquense do Seguro Social da Costa Rica; além de pesquisadores pertencentes da Universidade Estatal de Bolívar no Equador, e público em geral.

Este webinar está disponível para a consulta da filiação e do público em geral, no seguinte link: https://register.gotowebinar.com/recor ding/886271645367013388.

pela Expertise France, foi subscrito pelo Diretor Geral Associado, Hervé Conan.

O Memorando dá no marco da SOCIEUX+, iniciativa da União Europeia para a proteção social, o trabalho e o emprego, da qual Expertise France é sócio, e que inclui também a Fundação Internacional e para Ibero América de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP), a Cooperação Internacional Belga em Proteção Social (BELINCOSOC) e a Cooperação Técnica da Bélgica (Enabel).

Cabe ressaltar que a Expertise France desenha e implementa projetos para contribuir ao desenvolvimento equilibrado

dos países sócios, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e das prioridades da ação exterior da França. Dentro das atividades que supõe a assinatura do documento

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GAZETA 13 NOTICIAS 11 de novembro de 2019

Brasil

Consejo Nacional de Bienestar

O Conselho Nacional da Previdência Social está integrado pelo Paulo Roberto Nunes, Ministro de Economia do Brasil; Leonardo Rolim, Secretário de Previdência; Renato Rodriguez, titular do Instituto Nacional do Seguro Social, entre outros.

Reforma pensionária no Brasil é aprovada

A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência

reforma do sistema de pensões do Brasil for aprovada no Congresso

Nacional (Câmera e Senado) no passado 23 de outubro, e deverá ser promulgada até o 19 de novembro.

A nova lei estabelece uma idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com um prazo de cotação de al

Secretário Geral da CISS, Gibrán Ramírez Reyes, participou do

Encontro do Conselho Nacional da Previdência Social, presidido pelo Leonardo Rolim, Secretário de Previdência do Brasil, país que recentemente aprovou a sua reforma pensionária. Durante o encontro, Gibrán Ramírez Reyes apresentou a visão do organismo internacional sobre segurança social vinculado ao bem-estar.

menos 20 y 15 anos respectivamente. Para os funcionários públicos, o tempo de segurança social, sempre e quando o objetivo principal seja o bem-estar das pessoas, sem perder de vista a sustentabilidade financeira, a equidade e a solidariedade.

“Não há um caminho único na nossa região para o desenvolvimento dos sistemas

de segurança social e não é possível propor receitas aplicáveis a todas as situações. Antes bem, cada país deve desenhar sus próprias fórmulas para conseguir o desenvolvimento e fortalecimento dos seus sistemas de segurança social, em função de sua história e características demográficas, económicas e

Ramírez Reyes defendeu a autonomia dos países para desenhar seus próprios sistemas de segurança social, sempre e quando o objetivo principal seja o bem-estar das pessoas, sem perder de vista a sustentabilidade financeira, a equidade e a solidariedade.

“Não há um caminho único na nossa região para o desenvolvimento dos sistemas de segurança social e não é possível propor receitas aplicáveis a todas as situações. Antes bem, cada país deve desenhar sus próprias fórmulas para conseguir o desenvolvimento e fortalecimento

dos seus sistemas de segurança social, em função de sua história e características demográficas, económicas e políticas, afirmou o Secretário Geral da CISS.

políticas, afirmou o Secretário Geral da CISS.

O Conselho Nacional da Previdência Social está integrado pelo Paulo Roberto. O mínimo de cotação será de 25 anos, e a lei estabelece o u t ra s m o d i fi c a ç õ e s importantes como uma mudança nas regras de cálculo de benefícios e nas pensões por viuvez.

AMLO pede aos legisladores estudar reforma pensionária com profundidade

Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador solicitou aos

legisladores estudar profundamente as reformas da Lei do Sistema de Poupança para o Retiro, para que “não exista afetações aos aposentados e trabalhadores”. Desde da apresentação da iniciativa, a CISS evidenciou que, tal e como

está concebida a Lei, as únicas beneficiadas serão as AFORE.

A Secretaria Geral da CISS ratificou-se que as pensões são um mecanismo para mitigar os riscos sociais derivados da atividade laboral e o envelhecimento.

Quando a população cumpre

certos anos dentro do mercado de trabalho ela merece retirar-se dignamente. Isso só pode oferecer um sistema integral de pensões administrado pelo Estado e não desde da visão rentista do setor privado que condiciona a doação das pensões a uma soma de poupança e semanas cotadas. O modelo de

capitalização individual, perpetua os riscos sociais, a incerteza e o mal-estar. Em dias passados o Senado da República aprovou com mudanças a ata enviada pela Câmera de Deputados em setembro. Porém, a CISS reitera que a conclusão à qual chegaram os autores da reforma parte de premissas falsas.

Brasil

Conselho Nacional de Bem-estar

México

Conferência Interamericana de Segurança Social

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GAZETA

Nota técnica

México: uma proposta para um novo sistema de pensões

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

No.1, 2019

Elaborada pelo:Jorge Tonatiuh Martínez Aviña1

Conselheiro econômico da CISS

1Conselheiro económico da CISS. Economista pela UNAM com especializações em micro-finanças e economia monetária e financeira pela mesma casa de estudos, correio: [email protected]. Porém também entregavam pensões por invalidez e sobrevivência.

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

NOTA TÉCNICA 1411 de novembro de 2019

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GAZETA

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

3 Por sistema entendemos ao conjunto de modelos, leis e instituições que intervém na administração das pensões no México.

4 CESOP, "Antecedentes em Seguridade Social”, 2006. Disponível em http://archivos.diputados.gob.mx/Centros_Estudio/Cesop/Comisiones/2_ssocial.htm 5 Instituto de Investigações Jurídicas, “Lei Geral de Pensões Civis de Aposentadoria”, 2010. Disponível em https://archivos.juridicas.unam.mx/www/bjv/libros/6/2791/15.pdf 6 Antonio Ruezga Barba, Seguridade Social. Uma visão latino-americana. Centro de Estudos Interamericanos de Seguridade Social, Distrito Federal, 2009. 7 PEMEX, “Livro Branco. Novo Esquema de Pensões”, 2018. Disponível em http://www.pemex.com/transparencia/Documents/2018-mdylb/5_LB_DCASPensiones.pdf 8 Antonio Ruezga Barba, op. cit., 2009.

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

15 NOTA TÉCNICA 11 de novembro de 2019

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GAZETA NOTA TÉCNICA 1611 de novembro de 2019

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

9 Francisco Miguel Aguirre Farías. Pensões e com que? Edição Kindle, 2012.

10 SHCP, “Distribuição do pago de impostos e recepção do gasto público. Por deciles de lares e pessoas. Resultados para o ano 2016”, 2019. Disponível em https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/455748/Distribuci_n_del_pago_de_impuestos_y_recepci_n_del_gasto_p_blico_para_2016._Presentado_en_2019.pdf 11 Berenice Ramírez, Isalia Nava, y Gabriel Badillo, “As raízes da desigualdade e da exclusão previsional no México: proposta para seu redesenho”, em Ignácio Rodríguez e Pablo Vommaro (eds.), Desigualdades, exclusão e crise de sustentabilidade nos sistemas previsionais da américa latina e o caribe, CLACSO, Buenos Aires, 2017.

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Page 18: GAZET A INTERAMERICANOgaceta.ciss-bienestar.org/wp-content/uploads/2019/... · A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência A CISS elege as suas novas autoridades

GAZETA 17 NOTA TÉCNICA 11 de novembro de 2019

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

Gráfica 2. Informalidade e densidadede contribuição, por sexo

Fonte: INEGI e CONSAR

12 É a razão que se obtém de dividir os anos cotizados sobre os anos trabalhados.13 Consar, “Densidades de cotação no sistema de poupança para a aposentadoria no México. Documento de trabalho núm. 3”, 2016. Disponível em https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/192977/densidad_vf.pdf 14 Consar, “Diagnóstico do sistema de poupança para a pensão no México: funcionamento, beneficios e retos. Documento de trabalho núm. 11”, 2018. Disponível em https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/387620/Diagno_stico_del_Sistema_de_Ahorro_para_el_Retiro_en_Me_xico_Funcionamiento_Beneficios_y_Retos.pdf 15 Patrício Solís, “Discriminação estrutural e desigualdade social”, 2017. Disponível em https://www.conapred.org.mx/documentos_cedoc/Discriminacionestructural%20accs.pdf 16 De acordo com o Coneval, em fevereiro de 2019 a cesta alimentaria ascendeu a 1554.12 pesos em zonas urbanas e chegou a 1103.01 pesos em zonas rurais. 17 Para pronta referência se sugere revisar: Alejandra Macias, “A aposentadoria da geração Afore”, 2018. Disponível em https://ciep.mx/author/alejandra-macias/ o também Berenice Ramírez, 2017. 18 Consar, “O reto de financiar as pensões da Geração de Transição”, 2019. Disponible en: https://www.gob.mx/consar/articulos/el-reto-de-financiar-las-pensiones-de-la-generacion-de-transicion?idiom=es

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Page 19: GAZET A INTERAMERICANOgaceta.ciss-bienestar.org/wp-content/uploads/2019/... · A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência A CISS elege as suas novas autoridades

GAZETA NOTA TÉCNICA 1811 de novembro de 2019

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

19 Empresa dona das marcas como Marlboro, a marca líder no mercado, e Delicados, uma das mais antigas do México, além de Benson & Hedges, Chesterfield y Faros.

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Page 20: GAZET A INTERAMERICANOgaceta.ciss-bienestar.org/wp-content/uploads/2019/... · A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência A CISS elege as suas novas autoridades

GAZETA 19 NOTA TÉCNICA 11 de novembro de 2019

20 Adrián García Gómez, “Comparativo de coleta. Principais impostos”, 2019. Disponível em https://ciep.mx/comparativo-de-recaudacion-principales-impuestos/ 21 Se consideram valores correntes de 2017. 22 De acordo com a Conapo, em 2018 a população adulta maior no México (maiores a 65 anos) era de 8.9 milhoes de pessoas, e a população de mais de 68 anos foi de 6.9 milhoes. 23 Unidade de Medida e Atualização (UMA). É a referência econômica em pesos para determinar a quantidade do pago das obrigações e orçamentos previstos23 Unidade de Medida e Atualização (UMA). É a referência econômica em pesos para determinar a quantidade do pago das obrigações e orçamentos previstos nas leis federais, das entidades federativas, assim como nas disposições jurídicas que emanam de todas as anteriores. Em 2019 o valor da UMA é de 84.45 pesos; dez UMA equivalem a 25 347 pesos.

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

Gráfica 2. Crescimento da população de adultos com mais de 65 anos e orçamento requerido necessário.

Fonte: elaboração própria com informação do

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Page 21: GAZET A INTERAMERICANOgaceta.ciss-bienestar.org/wp-content/uploads/2019/... · A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência A CISS elege as suas novas autoridades

GAZETA NOTA TÉCNICA 2011 de novembro de 2019

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Page 22: GAZET A INTERAMERICANOgaceta.ciss-bienestar.org/wp-content/uploads/2019/... · A CISS participou do Encontro do Conselho Nacional da Previdência A CISS elege as suas novas autoridades

GAZETA 21 NOTA TÉCNICA 11 de novembro de 2019

ResumoO sistema de pensões e seus custos são um dos principais problemas nacionais no México. Comprometem, em última instancia, a viabilidade financeira do Estado, mais são também um problema social de muita polémica que se manifestará especialmente a partir do 2022, quando a primeira geração usuária de contas individuais irão se aposentar. Trata-se de um sistema fragmentado, desigual, excludente, desordenado, empobrecedor e custoso (problemas que serão detalhados nesta ficha técnica). Se este problema não começa a ser remediado, o México estará condenado a ser um país de idosos pobres nas próximas décadas. Neste primeiro arranque, a CISS coloca em consideração a conversa pública dos participantes, os traços gerais que deveria ter uma profunda reforma na matéria, esperando a retroalimentação para avançar sobre cada uma das especificidades do problema.

O sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada

fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México.

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal.

É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

Argumentos centralesO sistema de pensões no México está em crises devido ao modelo de capitalização individual, a elevada fragmentação e a falta de uma arregimentação clara que regule todas as entidades

encarregadas de administrar as pensões.

Se propõe um modelo misto de benefício definido que, por um lado, lhe devolva ao Estado a reitoria do sistema de pensões e, pelo outro, eleve o monto das pensões no México

A sugestão é etiquetar e gravar certas atividades com a finalidade de fortalecer as fianças do Estado, elevando assim o monto da pensão universal. É necessário criar uma Comissão Nacional de Pensões que regule e avalie todos os esquemas pensionários, tanto o do benefício definido como o da capitalização individual, e assim como os federais, os governos estatais e municipais.

IntroduçãoO empobrecimento na velhice é um dos tantos riscos na vida dos seres humanos. O momento da aposentadoria pode complicar a realidade de cada pessoa se ela não tiver os meios econômicos para manter um nível de vida similar ao que se tinha quando era um trabalhador ativo. Por

esta razão, em um princípio, a segurança social integrou um mecanismo denominado “pensão”, com o fim de proteger aos trabalhadores quando elas envelhecessem.2 Esse instrumento consistia em entregar uma suma monetária periódica, financiada mediante contribuições dos trabalhadores.

Modelos de pensões Os modelos que se utilizaram para administrar as pensões foram transformados com o passo do tempo. Até hoje, na Latino-américa existem quatro grandes esquemas:

Modelo de Benefício Definido (BD). É o modelo original. O Estado é o responsável da administração das contribuições das empresas, trabalhadores e o próprio governo, assim como o pago das pensões. No final da vida laboral, se outorga a suma da pensão que considera: I) uma média do salário de certa quantidade de anos cotados, II) a idade do trabalhador e III) a característica fundamental de um pago periódico pela toda vida e suscetível a ser

transferida aos sobreviventes do pensionado uma vez que ele ou ela morressem. Neste modelo entendemos que os trabalhadores ativos serão quem financiem as pensões dos aposentados, o qual é conhecido pelo conceito da s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional”, peça fundamental na concepção do bem-estar e a segurança social.

Modelo de Contribuição Definida (CD) ou Capitalização Individual. Este esquema elimina a responsabilidade do Estado sobre as pensões. A administração e o pago dos recursos aportados pelos empregados e, em tal caso, empresas e governo, fica baixo a responsabilidade das empresas ligadas ao setor financeiro conhecidas como Administradoras de Fundos de Pensões (AFP). A modificação consistiu em que os recursos se individualizaram em uma conta bancaria com o nome de cada trabalhador ao longo da sua vida laboral, com o propósito de que os recursos gerados no tempo pudessem financiar a aquisição de uma pensão, eliminando a s o l i d a r i e d a d e “inter-geracional” que o Modelo BD tem. Igualmente, incrementaram as semanas de cotação, com a particularidade de que, se a poupança gerada ao longo do tempo não fosse o suficiente para obter uma pensão, os recursos gerados seriam retornados, deixando os indivíduos desprotegidos. Em poucas palavras, tratou-se de uma privatização da poupança dos trabalhadores, e a palavra “pensão” foi eliminada do conceito de

segurança social.

Modelo paralelo. Um sistema no qual o Estado e o setor privado convivem e fornecem serviços diferenciados de pensão. Ou seja, o regime de pensão do estado (benefício definido) é mantido, mas também há uma oferta de AFP (capitalização individual), que permite ao trabalhador escolher entre os dois regimes de pensão, cada um com parâmetros diferentes.

Modelo Misto. Um esquema no qual o mecanismo de Benefício Definido (BD) se mantem para a população que cotiza na segurança social. Há uma reitoria do Estado na matéria pensionária e se complemente com mecanismos de poupança voluntario ou obrigatório pelas empresas privadas. Ou seja, o empregado, as empresas e o governo, por um lado, contribuem para o pagamento das pensões em um fundo, e pelo outro, destinam uma porcentagem a contas individuais de capitalização, as quais podem ser de gestão pública ou privada.

Breve análises dos sistemas de pensões no México3

O esquema de pensões do México se baseou durante muito tempo no Modelo Benefício Definido. Em 1925, ao emitir a Lei de Pensões Civis e de Aposentadoria,4 eram protegidos “todos os responsáveis do serviço público que não fossem militares, incluindo os de caráter do ensino, e cujos cargos e remunerações estiveram enumeradas nas leis orgânicas

do respectivo serviço ou no Orçamento de Despesas”.5. Com essa lei, foi criada um fundo de pensões aonde depositavam contribuições dos trabalhadores e do Estado, e foi estabelecido que a aposentadoria podia ser por demissão em idade avançada, sobrevivência e invalidade. A idade mínima para acessar a essa prestação era de 60 anos. A renda que receberiam os aposentados equivaleria a uma porcentagem da média do salário recebido nos últimos cinco anos de sua vida laboral.

Com o passo dos anos, mais trabalhadores formais foram adicionados ao grupo de pessoas com direito a uma segurança social e pensão. Porém, este processo foi realizado de maneira fragmentada. Em 1926, foi publicada a Lei de Aposentadoria e Pensões do Exército e Armada Nacionais.6 Em 1942, quatro anos depois da expropriação petroleira do 18 de março de 1938, o governo federal e os trabalhadores assinaram o primeiro Contrato Coletivo de Trabalho com Petróleos Mexicanos (Pemex), no qual foi pactuado um sistema de segurança social que incluía o pagamento e o reconhecimento de pensões aos trabalhadores.7

Com a promulgação da Lei do Seguro Social (LSS) em 1943, foram estabelecidos os distintos seguros aos quais os empregados tinham direito, limitando a cobertura a trabalhadores formais das empresas paraestatais, privados e de administração social. Entre esses seguros estavam os seguros de acidentes de trabalho e doenças

professionais; doenças não professionais e maternidade; invalidade, velhice e morte, assim como demissão involuntária em idade avançada.8

Em 1959 nasceu o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE), para atender e outorgar segurança social aos trabalhadores do Estado, e que também administraria de maneira própria as pensões. Desta forma, está documentado como desde o início da previdência social e das pensões no México, houve uma atomização em sua administração, pois o pagamento, cobro e outorga de serviços dependia do tipo de entidade na qual era laborada. Universidades, governos estatais e governos municipais gerenciavam de maneira independente o normativo para outorgar pensões ao carecer de um marco regulatório geral que restringisse ou delimitara sua administração, embora sempre sob o esquema do beneficio definido.

Foi na década dos noventas quando foi estabelecido uma transformação no modelo de pensões no país. Mudança que não só aconteceu no México, senão que obedeceu a um fenômeno produzido em vários países da região latino-americana, começando pelo Chile em 1981. A transformação derivou-se da chegada de um novo modelo econômico: o neoliberalismo.

No dia 10 de fevereiro de 1992, Carlos Salinas de Gortari enviou ao Congresso da União uma série de reformas e adições à Lei do Seguro Social, à Lei do

Imposto Sobre a Renda e à Lei do Infonavit. Essas mudanças transferiram à Banca recém privatizada um 2% do salário integrado do trabalhador para o fundo de aposentadoria e um 5% relativo ao Infonavit para o fundo de financiamento à habitação. A ideia era que a suma acumulada rotulada para o fundo de aposentadoria seria retornada aos trabalhadores depois deles exercerem o direito à aposentadoria, estabelecendo o primeiro mecanismo de poupança complementário obrigatório no país.

Após a saída de Salinas da presidência, e com Ernesto Zedillo no comando, a finais de 1995 foi publicado no Diário Oficial da Federação a Nova Lei do Seguro Social, que entraria em vigor no 1 de julho de 1997. Desde então, seria por meio de um esquema de capitalização individual que todos os novos trabalhadores poderiam –se suas poupanças foram suficientes- obter uma pensão. As Administradoras de Fundos para a Aposentadoria (Afore) tomavam a administração dos recursos guardados. A mesma coisa aconteceu com os empregados do Estado após a reforma no seu sistema, que entrou em vigor no 2007. Entidades como a Pemex fariam mudanças similares no 2015. Porém, o resto das entidades como estados, municípios e universidades, mantem esquemas de benefício definido sem uma regulação que os guie.

A adoção de um novo modelo separou aos trabalhadores em dois grandes grupos: os que já se encontravam cotizando, e que no final da sua vida laboral poderiam decidir sob que lei se aposentar, conhecidos como

geração de transição; e o resto dos trabalhadores, que entrariam no novo esquema desde do começo, conhecidos como geração “Afore”.

Problemas do sistema de pensões no México

A situação não é um simples contratempo. Tem o país na beira de uma crise social, econômica e das finanças de estados, municípios, universidades e do próprio governo federal. A continuação, serão descritos seis problemas derivados de uma má administração das pensões no país e do modelo econômico no México.

1.FragmentaçãoA fragmentação histórica dos serviços de saúde e da administração das pensões impede uma administração saudável nas finanças das entidades que gerenciam os esquemas de pensões. A falta de uma legislação que atue como um marco de referência para as distintas entidades faz possível que no México existam mais de 1000 sistemas diferentes de pensões.9 O principal problema da falta de parâmetros é que pode haver entidades cujas regras permitam a aposentadoria às idades tão novas como aos 45 anos ou que concedam pensões superiores ao 100% do salário que tinha o aposentado quando era trabalhador ativo, situação que pressiona as finanças de cada entidade, concentrando recursos para o pagamento de pensões em detrimento de outros usos. No caso de que essas entidades se declarem em banca rota, será o governo federal quem tenha que intervir, gerando um risco importante nas finanças públicas. De não prever esta situação, a dívida

pública terminaria sendo incrementada. Além, não é um problema que possa resolver-se com uma só atribuição de dinheiro. Na realidade, implica uma saída constante de recursos para o pagamento das pensões.

2.DesigualdadeO segundo problema é que na geração de transição há uma enorme desigualdade na entrega das pensões. Se subsidia mais aos que más rendas por pensões recebem, e se subsidia menos aos que menos rendas por pensão recebem. Como foi mencionado ao princípio, a principal variável para obter uma suma que receberá o empregado aposentado é o salário. Um analises realizado pela SHCP10 aponta que o gasto orientado a cobrir o déficit pensionário é superior nos decime mais altos das rendas. Estima-se que os últimos dois decimes de renda dos aposentados se concentram um 65% do gasto total nas pensões. Se consideramos a metade das maiores rendas (do decime V ao X), observamos que ocupam um 90% do gasto destinado ao pago das pensões. De acordo com a Berenice Ramírez,11 com os recursos desembolsados no 2016 para o pagamento das pensões por parte do governo federal, havia sido possível financiar um programa universal de pensões com importes de 6000 pesos mensais para 8.5 milhões de pessoas idosas (todas as que há no país).

3.ExclusãoO terceiro problema é próprio do sistema económico e se origina pela informalidade e a precarização laboral que propiciam baixas taxas de cobertura de seguridade social.

Infelizmente o nosso país não tem sabido encontrar mecanismos eficazes de política pública que incorporem mais grupos à seguridade social, tal como acontece no caso dos trabalhadores informais ou independentes de alguns setores da economia. A consequência disso é a grave exclusão que vivem três grandes grupos da população: as pessoas dedicadas ao trabalho informal, os empregados que não alcançam as semanas mínimas necessárias para se aposentar, e especialmente, dentro desses grupos, as mulheres.

Quando os sistemas de seguridade social nasceram, pensou-se que os mercados formais cresceriam a um ritmo maior a do crescimento da população. Por tal motivo, na medida que as pessoas ingressaram ao mercado de trabalho também acessariam aos serviços de seguridade social. Porém, a realidade é que na medida em que passou o tempo, países em vias de desenvolvimento cultivaram economias com maiores níveis de informalidade, diminuição de direitos laborais e menores salários.

No México os níveis de informalidade, no 2018, alcançaram um 56.6% das atividades laborais, situação que afeta mais as mulheres. Elas representam um 57.2% deste total, enquanto que a população dos homens no mercado informal é de 56.4%. Pessoas que passam sua vida na informalidade não poderão aceder nunca a uma pensão contributiva (Gráfica 1).

A dinâmica da nossa economia ocasiona uma alta rotação dos

trabalhadores entre o mercado formal e o informal, empuxando para baixo a densidade de cotação.12 Com a modificação do modelo das pensões, as semanas mínimas para cotizar se elevaram de 500 (10 anos) a 1,250 (35 anos). Ou seja, o modelo de pensões atual obriga as pessoas trabalhadoras a ter uma densidade de cotização ao 100% para se aposentar. No México a densidade de cotação é de um 42% na média, e a dos homens é um 8% superior ao das mulheres.13 De acordo com o Documento de trabalho número 11 da Consar,14 um 78% das pessoas que cotizam no IMSS –os que ganham entre 0 e 3 salários mínimos- possuem uma densidade de cotação inferior a 57%, ou seja, não poderão se aposentar com uma pensão contributiva; estamos falando de 8 de cada 10 empregados formais ativos.

Por outra parte, sob o atual sistema de pensões, a desigualdade de gênero e seu impacto no mercado laboral tem desastrosas consequências para as mulheres. A brecha salarial condicionou a situação pensionista das mulheres, pois ao receber menores salários que os homens, sua pensão também é menor. No México, os

homens recebem no médio uma renda laboral por hora trabalhada 34.2% maior que as mulheres.15 Além disso, devida a designação dos roles, muitas mulheres assumem o cuidado dos filhos e das filhas, obrigando-as a sair do mercado laboral, e como resultado seria pouco provável que reúnam as semanas para aceder a uma pensão.

Para resolver os problemas aqui explicados, em distintos países foi desenvolvido uma pensão universal para os idosos, pensão que é classificada como não contributiva. No México, no sexênio do Vicente Fox (2000-2006) criaram um programa federal de pensão não contributiva, destinado a pessoas que habitavam em comunidades de alta pobreza e marginação. De maneira subsequente, a população objetivo foi crescendo. Durante o sexênio de Enrique Peña Nieto foi estabelecido o primeiro programa a nível nacional chamado “Programa de Pensão para Adultos Maiores”, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesol), na qual eram outorgados 580 pesos mensais (a ser pago bimestralmente) para a população mexicana de mais de 65 anos de idade que não recebiam pensão.

O governo do Presidente Andrés Manuel López Obrador transformou o programa, elevando a suma um pouco mais do dobro e com miras a universalidade, pois não discrimina as pessoas que já possuem uma pensão contributiva ou certo nível

socioeconômico. A política da administração entrante foi elevar a suma a 1,275 pesos (a ser pago bimestralmente) e incrementar a idade para ser beneficiário até os 68 anos de idade, embora se manteve aos 65 anos para os mexicanos pertencentes as comunidades indígenas. Ainda com esse incremento, o nível da pensão se mantem baixa, dado que é inferior a cesta de alimentos16 e não se resolve de raiz a exclusão dos grupos listados.

4.Perda da reitoria do EstadoO quarto problema, que consideramos um dos principais da discussão, é a perda da reitoria do Estado para outorgar uma pensão digna. É indispensável entender que a previdência social é um direito humano, e que as pensões formam parte dela, pois configuram parte do mecanismo que é concedido para prevenir o risco de empobrecimento na velhice. O Estado é responsável de garantir os direitos humanos dos seus habitantes, não só dos trabalhadores que, no caso das pensões, alcancem um número mínimo de dias trabalhados.

5.Baixa taxa de substituição Outro problema é que, mesmo que no México a primeira geração Afore ainda não esteja aposentada, se calcula que no médio os trabalhadores receberão entre um 20 e 30%17 do último salário que tiveram quando eram empregados ativos (porcentagem conhecido como taxa de substituição).

Essa diminuição de entre 80 y 70% da renda bruta, vai impactar diretamente na

qualidade de vida das pessoas, especialmente os que já recebem salários baixos.

6.Custos de transiçãoO sexto problema é o custo da geração de transição. Com as reformas realizadas, é o governo federal quem assumiu o 100% do pagamento das pensões de todos os trabalhadores que começaram a cotizar antes de 1997. Dado que anualmente se incrementam novos pensionistas à geração de transição, o gasto em pensões se está incrementando. O gasto federal neste rubro como proporção do PIB está crescendo cada ano, situação que limita o gasto em outros rubros como infraestrutura, educação, saúde, e um longo etecetera. Tão só as pensões dos beneficiários do IMSS no 2017 foram de 1.5% do PIB, e se espera que cheguem a um 2.25% no 2040.18 Cada incremento de uma unidade porcentual (considerando o PIB de 2018 a valores correntes) equivale a mais de duzentos mil milhões de pesos, ou duas vezes mais ao orçamento atual do programa para os adultos maiores.

Proposta da Conferência Interamericana de Seguridade Social

A suma dos problemas descritos obriga a sair da passividade. O contrário seria, pelo menos irresponsável. É indispensável construir no México um novo sistema de pensões que considere a população inteira e que não seja baseada na formalização. Em outras palavras, não focar

exclusivamente nos trabalhadores de empresas privadas e públicas, senão também dirigir-se nas pessoas que laboram na informalidade e nos governos estatais, municipais e universidades públicas que não estão sob regidos em um marco normativo geral.

O novo sistema de pensões no México deve ser regido sob os valores de solidariedade, universalização e equidade. O sistema deve abarcar todas as pessoas no país –indistintamente da sua condição laboral-, aceitar a realidade e capacidades da economia mexicana, assim como ser distributivo e progressivo.

A heterogeneidade das pensões no México e a falta de regras faz indispensável a criação de uma lei geral que delimite a estrutura dos esquemas existentes. Ao mesmo tempo, é preciso transitar a um modelo misto de pensões, na qual o Estado seja o reitor, e procurando melhorar as condições, tanto da geração Afore, como a da população que não conseguiu se aposentar, seja por condições próprias do novo modelo ou pela elevada informalidade no país. Além disso, é preciso incrementar o nível da pensão não contributiva que existe atualmente. Embora o incremento do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador representa um grande esforço, ainda existe um nível importante que completar, pois a suma assignada segue estando por debaixo da linha do bem-estar de acordo com o Coneval.

De igual forma, a possibilidade de redistribuir a renda das pessoas pensionadas devem ser

avaliadas. É alarmante que o 90% do gasto em pensões sejam repartidas para os decimes de maiores rendas. Igualmente, é necessário modificar os parâmetros da aposentadoria já estabelecidos para a parte da geração de transição (Lei de 1973 do IMSS) quem ainda não se aposenta, mais quando seja o momento pressionara as finanças do Estado.

É indispensável remarcar que qualquer solução deve contemplar mecanismos de incorporação para a seguridade social de setores excluídos, como trabalhadoras domésticas remuneradas, jornaleiros ou formas da chamada economia colaborativa. A incorporação de mais setores na seguridade social e, por tanto, al novo modelo de pensões, assegura sua viabilidade financeira. A proposta presentada aqui busca incrementar a suma da pensão contributiva, aliviando as finanças dos governos municipais, estatais e universidades, assim como das pessoas que não puderam aceder a uma pensão e acedam finalmente ao benefício contributivo.

A diferencia das outras propostas da política pública que buscam transformar a delicada situação que vive o país em matéria de pensões, a Conferencia Interamericana de Seguridade Social considera que o Estado é o único responsável de administrar as pensões da população, e que a reitoria em esta matéria é indelegável. Além disso, impulsa a eliminação do regímen da capitalização individual e a sua substituição pelo modelo misto. Este documento também faz um listado sobre uma série de possíveis fontes de financiamentos para

incrementar o pago da pensão universal e propõe a criação de um organismo que seja vigilante e influa no correto funcionamento do sistema de pensões no México.

Portanto, as características gerais do sistema pensado são:

A)Esquema de benefício definido administrado pelo Estado para os trabalhadores dos setores privado e público. É necessário reconhecer que a pensão é parte da previdência social, que ela é um direito humano e que o Estado deve garanti-la. Além, a poupança dos mexicanos deve ser usada para o bem-estar do país, usado como detonador de projetos a longo prazo que impulsem o crescimento económico e o desenvolvimento da nação. A diferença das reformas anteriores, a transparência no uso dos recursos é peça fundamental para o apoio da população com relação ao modelo de orçamento, com regras claras que garantem as fianças públicas para qualquer organismo do país.

B)Pensão Universal.Uma pensão universal que seja igual a suma da cesta básica ou digna determinada pela Comissão Nacional de Salários Mínimos (Conasami). Se pensamos no bem-estar da população que não puderam aceder a uma pensão contributiva e se quer outorgar uma suma digna, é indispensável pensar em uma quantidade que permita que a população aceda a uma cesta alimentícia básica junto a uma não alimentícia com estandartes mínimos considerados pela Conasami.

C)Poupança obrigatória

administrado pelas Afore, para os que estejam por encima de certo nível de rendas.Como parte dos esquemas mistos, existe um pilar de poupança administrado pelas Afore. Corresponde a um certo nível de poupança gerado pela população de com maiores rendas. A ideia é realizar as contribuições necessárias para o fundo comum e uma percentagem adicional seria destinada para a administração privada.

D)Rotular fontes de financiamento para uma política pública que assegure a suma determinada, com o objetivo de que as e os mexicanos tenham uma vida digna na velhice.

Uma primeira proposta abarca os seguintes meios:

Imposto especial adicional de 2% sobre as rendas das empresas tabaqueiras. Phillip Morris é a principal produtora e comercializadora de produtos de cigarro no México.19 No 2018, fechou com vendas netas mundiais por 29.625 milhões de dólares. Um analise próprio estima que suas vendas no México ascendem acerca do 10% das suas rendas globais. Sob a premissa conservadora, assumimos um 7%, aproximadamente 2100 milhões de dólares. Um imposto de 2% implicaria uma suma total de 746.5 milhões de pesos. Dado a que esta empresa ocupa um 68% do mercado mexicano, poderia chegar a um total de 1100 milhões de pesos.

Imposto especial nas bebidas saborizadas. No 2018 coletaram aproximadamente 25.000 milhões de pesos este conceito. O imposto foi criticado porque os recursos

não são utilizados para programas focados a prevenir o sobrepeso ou a diabetes. É possível que seja considerado como outra fonte de financiamento. Imposto especial na Banca Múltiplo. No 2018 gerou rendas bruta por cerca de 800.000 milhões de pesos. Aplicando uma taxa de 2% nas suas rendas anuais, poderia entregar recursos por 16.000 milhões de pesos. Imposto especial nas bebidas alcoólicas. De acordo com dados da Euromonitor International, o mercado ascende a 45.749 milhoes de pesos. Um imposto do 2%, representaria uma suma cerca de 10000 milhoes de pesos.

Impostos ao capital. De acordo com o CIEP20, México coletou no 2017 um 0.3 do PIB pelos seguintes conceitos: propriedade imobiliária, riqueza, presentes e herança. Essa porcentagem equivale a uma suma cerca de uns 65.692 milhoes de pesos.21 Comparado com a porcentagem de outros países, incluindo Argentina, Brasil, Alemanha, Espanha, Noruega e Estados Unidos, podemos ver que somos o país com menor coleta como porcentagem do PIB neste rubro. Parte da proposta é buscar mecanismos que incrementem este tipo de coleta, por exemplo, diminuir a suma para gravar as heranças, com o objetivo de duplicar a mencionada proporção e rotular esses recursos ao pago das pensões.

O total das sumas antes expostas entregariam um total de 104.500 milhões de pesos. Adicionando o orçamento atual de 101.500 milhoes de pesos para a

pensão dos idosos, se obteria um total de 206.000 milhões, o equivalente ao 54% da quantia necessária para entregar uma pensão universal quase seis vezes maior que à atual, destinadas a nove milhões de pessoas idosas.22 Rotular estes recursos para a pensão universal representaria uma fonte primaria importante para financiar uma pensão universal de cerca de 3500 pesos mensais, mais para garanti-la é indispensável pensar em uma reforma fiscal que rotule recursos adicionais e alcance o 100%, ou seja, 378.000 milhões de pesos.

A gráfica 2 mostra que ao crescer a população de mais de 65 anos, a necessidade de recursos se torna mais prevalente. Sob um analise conservador se considera que para o ano de 2030 vai ser requerido um orçamento de 716.000 milhoes de pesos somente para o pago da

pensão universal.

Modificações na leia)Mesma idade de a p o s e n t a d o r i a

independentemente do tipo de empregador.Para melhorar as finanças das entidades que administram as pensões é preciso estandardizar uma idade mínima de aposentadoria. Consideramos que a idade da aposentadoria atual que é de 65 anos é um bom ponto de partida, pois a esperança de vida no México é de 77 anos. Embora é preciso analisar a desigualdade de gênero e, no caso de ser considerado viável, ponderar pelo sexo. É desejável que as semanas de trabalho não sejam o fator determinante para poder aceder a uma pensão, senão somente a idade. De todos modos, dado que a média da densidade de cotação no México é de 42% e a dos trabalhadores do IMSS é de 57%, é possível estabelecer um total de entre 15 e 20 anos de semanas cotadas para acessar a uma pensão contributiva.

b)Cota e contribuições progressivas em função do salário.

contribuições, gerando uma carga mais elevada para os indivíduos com maiores rendas.

c)Salário regulador. A figura do salário regulador determina a quantidade total daquela que depende do pagamento das pensões. Se propõe uma média do salário da vida inteira do profissional como salário regulador.

d)Banda ou categoria de limites.Atualmente a taxa de substituição média da população está entre um 20 e 30%. Este sistema propõe fixar um mínimo de 40% com um tope de 80%, sem exceder as 10 UMA,23 garantindo o mínimo pelo Estado.

As pessoas que cotizem entre 10 e 15 anos deverão ser subsidiados pelo Estado com uma pensão do 39% do seu salário regulador. Essa quantia vai ser compensada com a pensão universal.

De não ser alcançados esses anos cotados, será outorgada a pensão universal (pensão mínima garantida) e a suma cotada durante a sua vida laboral, devendo ser integrada ao fundo de pensões.

e)Contribuição obrigatória do patrão destinada ao pilar do modelo de benefício definido. Incrementar ou buscar mecanismos de redistribuição da cota estabelecida para a poupança dos trabalhadores.

f)Contribuição obrigatória ou voluntaria nas Afore. Dependendo de um certo nível de rendas vai ser decidido que os recursos serão contribuídos de maneira voluntaria ou obrigatória.

g)Limite máximo de comissão

para as Afore.É indispensável colocar um limite nas comissões cobradas pelo as empresas privadas. A nível internacional se estila uma média da metade de um ponto percentual.

h)Mecanismos de apoio complementário para que as mulheres possam acessar a uma pensão digna.Como foi indicado, o modelo da capitalização individual carece de mecanismos de redistribuição de rendas. Sendo que a população das mulheres é a mais afetada por esta situação, é considerável a pertinência de fixar mecanismos compensatórios de aposentadoria. Por exemplo, somar virtualmente aos anos cotados um número determinado de anos para cada descendente vivo que termine a educação básica para ter uma idade de aposentadoria diferenciada.

i)Criação da Comissão Nacional de Pensões (Conape).Atualmente, a Consar se dedica a regular todos os sistemas de contribuição definida. Se propõe a sua transformação para a Conape que regule e supervise todos os sistemas regidos pela nova lei. Desta forma, a Conape substituirá a Consar com uma categoria de supervisão e regulação no país inteiro, e não apenas limitado por um setor.

Este organismo estaria conformado pela Junta de Governo liderado pela Secretaria da Fazenda, com a participação da Secretaria do Bem-estar, a Secretaria do Trabalho e representantes dos trabalhadores, os patrões e os pensionários.

j)Aposentadoria Parcial.

A transição como trabalhador ativo á pensionário é em ocasiões um processo de assimilação complicado não só em termos econômicos mais também na parte emocional, portanto, regular um mecanismo de transição paulatina pode ser benéfico para os empregados. A aposentadoria parcial consiste em que os trabalhadores comecem um processo más terso, diminuindo as horas trabalhadas e recebendo o pagamento proporcional da sua pensão. A permanência como empregado ativo deverá ser avaliada por um médico que certifique plenamente que as pessoas possam seguir desempenhando seu emprego.

Por exemplo, no Uruguai os pensionários podem renunciar ao 50% do pago mensal da sua pensão na troca de trabalhar por meio tempo. Igualmente, é permitido que os aposentados voltem como trabalhadores ativos sem renunciar completamente a sua pensão. Espanha e Noruega também contam com mecanismos deste tipo, sempre em pro do bem-estar da sua população.

O problema das AforeNo processo de recuperação da reitoria do Estado, é necessário diminuir gradualmente a participação das Afore, pois atualmente ostentam uma poupança de 15% do PIB. Uma forma de fazer isso é separar a geração Afore em dos grandes grupos; de 18 a 40 anos, e de 40 anos para frente. O primeiro grupo representa aproximadamente o 41% do total da quantidade administrada pelas Afore, enquanto que o segundo grupo representa o 59%, ou seja, o Estado teria 6.15% do PIB em poupanças para a pensão, e as Afore manteriam um 8.85%.

A poupança acumulada do primeiro grupo passaria a mãos do Estado e o restante serão guardadas nas Afore. Além disso, estas últimas administrarão uma proporção da poupança dos trabalhadores de 18 a 40 aos, os quem possuem maiores rendas. Desta forma não se transfeririam todos os recursos do Estado. Seria mantida a certa participação das Afore, mais começaria um período de transição, devido a que o Estado iria administrando os recursos de todos os novos empregados.

O anterior significaria o transito a um sistema misto, no qual é contemplado a concessão de uma pensão universal e digna para todas as pessoas. As pessoas pensionárias terão um pagamento periódico baseado no esquema de benefício definido. Além disso, irão contar com uma quantidade adicional administrado pelas Afore, que será um complemento para as pessoas que tenham maiores rendas.

Quem serão os beneficiários destas mudanças?

1.As pessoas que cotizem no setor formal da economia, estejam na idade de se aposentar e cumpram com os requisitos. Receberão uma pensão sob o modelo de benefício definido, complementada com uma pensão administrada pelas Afore.

2.As pessoas que cotizem no setor formal da economia mais que não completem os requisitos para se aposentar. Receberão uma pensão mínima garantida.

3.As pessoas que não cotizem no setor formal da economia. Receberão uma pensão mínima equivalente a uma

cesta alimentícia digna. 4.As pessoas que trabalham nos estados, municípios e universidades que acessarão na população aposentada.

ConclusõesA materialização do problema das pensões no México iniciará em três anos. Para o ano 2022, está calculado que 90.000 pessoas poderão exercer seu direito a uma aposentadoria. A primeira geração Afore. Porém a grande maioria receberá uma negativa, pois não cumpriram com o tempo de cotação requerido e, por tanto, perderão seu direito a pensão. Estes mexicanos receberão a poupança acumulada nas suas contas de pensão, ficando só com a possibilidade de ter uma pensão não contributiva. Temos um sistema fragmentado, sem regulação, carente de mecanismos de redistribuição e sem fontes de financiamento sólidas, que se está convertendo em um peso financeiro para os estados, municípios, universidades e governo federal. Foi conseguido um avance no incremento da pensão para adultos maiores; porém, a quantidade continua sendo por debaixo do desejado. Além disso, há um Estado inoperante e carente de reitoria na matéria pensionária, que omite de forma voluntaria de garantir o direito humano a uma vida digna na velhice para a população. Por estas razões, a Conferencia Interamericana de Seguridad Social propõe a criação de um modelo misto de pensões que tenham uma pensão universal como base, que represente uma quantia certa para viver de maneira digna, e que permita ao Estado recuperar a reitoria. O novo modelo deverá basear-se no benefício definido com as fontes de financiamento

estabelecidas para evitar qualquer afetação nas finanças e a possibilidade de que as Afore participem administrando os recursos dos trabalhadores com maiores rendas. Se propõe, também, a criação de um órgão (CONAPE) que seja vigilante da nova lei federal dos sistemas de pensões no México e procure saudável gestão das pensões no país.

Para poder gerar um sistema redistributivo é obrigado segmentar os grupos de

Aguirre Farías, Francisco, Pensões e com que?, Fineo Edición Kindle, México, 2012 IIJ, Lei Geral de Pensões Civis de Aposentadoria, 2010. Disponível em https://archivos.juridicas.unam.mx/www/bjv/libros/6/2791/15.pdf CESOP, Antecedentes em Seguridade Social, 2006. Disponível em http://archivos.diputados.gob.mx/Centros_Estudio/Cesop/Comisiones/2_ssocial.htm CONSAR, Densidades de cotação no sistema de poupança para a aposentadoria no México. Documento de trabalho núm. 3, 2016. Disponível em https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/192977/densidad_vf.pdf ___________, Diagnóstico do sistema de poupança para a aposentadoria no México: funcionamento, beneficios e retos. Documento de trabalho núm. 11, 2018. Disponible en https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/387620/Diagno_stico_del_Sistema_de_Ahorro_para_el_Retiro_en_Me_xico _Funcionamiento_Beneficios_y_Retos.pdf ___________, “O reto de financiar as pensões da Geração de Transição”, 2019. Disponível em: https://www.gob.mx/consar/articulos/el-reto-de-financiar-las-pensiones-de-la-generacion-de-transicion?idiom=es García Gómez, Adrián, Comparativo de coleta. Principais impostos, 2019. Disponível em https://ciep.mx/comparativo-de-recaudacion-principales-impuestos/ Macias, Alejandra, A pensão da geração Afore, 2018. Disponível em https://ciep.mx/author/alejandra-macias/ ou também Berenice Ramírez, 2017. Solís, Patrício, Discriminação estrutural e desigualdade social, 2017. Disponível em https://www.conapred.org.mx/documentos_cedoc/Discriminacionestructural%20accs.pdf PEMEX, Livro Branco. Novo Esquema de Pensões, 2018. Disponível em http://www.pemex.com/transparencia/Documents/2018-mdylb/5_LB_DCASPensiones.pdf Ramírez, Berenice, Nava, Isalia y Badillo, Gabriel, as raízes da desigualdade e da exclusão previsional no México: proposta para seu redesenho, em Ignácio Rodríguez e Pablo Vommaro (eds.), Desigualdades, exclusão e crise de sustentabilidade nos sistemas provisionais de América Latina e o Caribe, CLACSO, Buenos Aires, 2017 Ruezga Barba, Antonio, Seguridade Social. Uma visão latinoamericana. Centro de Estudos Interamericanos de Seguridade Social, México, 2009. SHCP, “Distribuição do pago de impostos e recepção do gasto público. Por deciles de lares e pessoas. Resultados para o ano 2016”, 2019. Disponível em https://www.gob.mx/cms/uploads/attachment/file/455748/Distribuci_n_del_pago_de_impuestos_y_recepci_n_del_gasto_p_bli co_para_2016._Presentado_en_2019.pdf

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Referencias

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS 2211 de novembro de 2019

Informação sobre as pensões já estará disponível na Edus

Costa Rica

Caixa Costarriquense

partir de novembro, a Caixa Costarriquense do Seguro Social (CCSS)

vai abrir uma nova opção tecnológica a traves da aplicação do Expediente Digital Único em Saúde (Edus) para que os afiliados e pensionários do regímen de Invalidez, Velhice e

Morte (IVM) possam obter informação os 365 dias do ano, as 24 horas por dia.

De acordo com Román Macaya Hayes, presidente executivo da CCSS, esta ferramenta facilitará aos beneficiários desse regímen de pensões contributivas e aos pensionários de conhecer com grande rapidez, informação muito valiosa sem ter que ir fisicamente nas oficinas da CCSS.

BPS entrega apoios econômicos a mais de mil instituições com fins sociais

Implementa PAMI receita médica via eletrônica

Banco de Previsão SocialUruguai

Instituo Nacional de Serviços Sociais para Aposentados e Pensionários

Argentina

Banco de Previsão Social entregou a quase mil instituições

do país inteiro, apoios econômicos que contribuem na execução de projetos de interesse social, os quais são presentados por organizações que atendem as pessoas maiores e pessoas com deficiência, inscritas no Registro Nacional de Instituições (RNI).

Ao longo do ano de 2019, mais de 30 puderam concretar seus projetos para a aquisição de

imóveis, obras de construção (ampliação, reparo e manutenção edilício) e compra de equipamento.

A Associação de Aposentados e Pensionários da Atlântida, por exemplo, recebeu uma contribuição para a compra e colocação de aberturas, de uma escada e para a instalação

Esta nova opção permitirá que os afiliados tenham o controle de suas contribuições, verificar si estão todas as empresas aonde o indivíduo trabalhou e até fazer uma projeção da sua pensão estimada.

elétrica da sua sede. Esta associação constitui um espaço cultural e recreativo de integração e pertença, aonde realizam cursos, ateliês, e também fazem excursões a diversos pontos do interior do país.

O Centro Esperança e o Centro de Ajuda ao Deficiente de Young (CADY) também presentaram um projeto no BPS e puderam concertá-lo através do programa de Apoios Económicos para Instituições. Estes centros da cidade de Young no Rio Negro funcionam

conjuntamente com o objetivo de atender as crianças e os maiores com deficiência para a sua inserção e integridade social, através de capacitação e reabilitação. Oferecem uma diversidade de ateliês de confeitaria, horta, viveiros, ferraria e marcenaria; ateliês recreativos, aonde desenvolvem atividades esportivas, artes plásticas, dança e yoga; e ateliês de reabilitação e melhora na qualidade de vida, como equino terapia, fi s i o t e r a p i a , f o n o a u d i o l o g i a , psicomotricidade e apoio pedagógico e informática.

Instituto Nacional de Serviços Sociais para Aposentados e

Pensionários anunciou a possibilidade de receber as receitas prescritas pelos médicos da família, as quais poderiam ser enviadas por correio eletrônico ou mensagem de texto gratuito.

Entre os benefícios que representa esta implementação,

está em não ter que voltar ao consultório do médico para solicitar uma nova receita e que possam fazer receitas de forma mais rápida e simples, além de economizar o papel.

Esta ferramenta forma parte da plataforma “Mi PAMI”, na qual permite aos afiliados realizar trâmites e consultar informação pessoal de forma mais simples e rápida, desde do computador ou celular com

internet, sem ter que ir na Agencia.

Entre os serviços que podem realizar se encontra os seguintes: Imprimir a credencial provisionaria, consultar a sua carteira médica

e consultar a sua informação PAMI.

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS23 11 de novembro de 2019

Quintans, a Gerente da área de Gestão de Prestações Econômicas, Mabel de León, o Gerente do Setor de Convênios e Assuntos Internacionais, Arturo Vidal, o Chefe da Unidade Operativa Reformas e Regímenes Especiais, Matias García, e o Chefe da Unidade Operativa Convênios Internacionais.

ArgentinaAdministração Nacional de Seguridade Social (ANSES)

CanadáEmployment and Social Development Canada (Emprego e Desenvolvimento Social do Canada)

Argentina e Uruguai intercambiam experiências em sistemas de segurança social

Canadá nomeia ao primeiro comissionado Federal de igualdade salarial

NSES e a Secretaria de Seguridade Social da Argentina e o Banco de

Previsão Social (BPS) do Uruguai, intercambiaram impressões acerca das prestações que cada país outorga, assim como os requisitos que cada entidade solicita para aceder a elas.

Membros da Secretaria de Seguridade Social explicaram as características dos regímenes que existem atualmente no país, e foram abordados tanto o geral como os provinciais, municipais, professionais, diferenciais e especiais.

ANSES se centrou no Sistema

Murro: “O que podem comprar os aposentados e pensionários aumentou em um 55% com respeito ao 2005”

Ministério de Trabalho e Seguridade Social

Uruguaiurante o XXV Congresso da Organização Nacional

de Associações de Aposentados e Pensionários

do Uruguai (ONAJPU), o ministro de Trabalho e Seguridade Social, Ernesto Muro, declarou que nos últimos 15 anos as aposentadorias e pensões tem

melhorado “como nunca antes, 15 anos seguidos”.

Explicou que nos últimos 2 lustros melhoraram de forma significativa as passividades, o que permitiu que a capacidade de compra seja um 55% maior que a de 2005. “Cada vez são menos pessoas as que cobram as aposentadorias mais baixas e mais pessoas recebem

melhores rendas”, pontualizou.

Ressaltou que a ONAJPU é uma organização fundada em 1991, que hoje engloba a mais de 150 associações de aposentados e pensionários no país inteiro.

“É uma grande emoção poder compartir este dia”, enfatizou. Estas ações são um “grande exemplo de democracia dos aposentados e pensionários do Uruguai”, adicionou.

Também destacou as 90.000 intervenções cirúrgicas que se realizaram no Hospital de Olhos, das quais a maioria foram aposentados e pensionários.

Integrado Previsional Argentino (SIPA) e, especialmente, na Pensão Universal para o Adulto Maior (PUAM). Além disso, esboçou como se realiza a interação do organismo com as caixas provinciais, municipais e profissionais em trâmites enquadrados dentro dos convênios internacionais vigentes.

Participaram na videoconferência, por parte da ANSES, o Coordenador de Assuntos Internacionais, Hernán Bernasconi, e o Supervisor de este setor, Marcos Mollar; a responsável da Unidade de Convênios Internacionais, Vanina Sá, e o Coordenador de

Gestão de Benefícios dessa mesma área, Pablo Terner, e pela a Secretaria da Seguridade Social, Florencia Tonelli, entre outros funcionários.

No em tanto, desde o Paraguai, estiveram presentes por parte do BPS, a Gerente de Repartição e Prestações Econômicas, Maria Victoria

om o objetivo de que os canadenses possam contar com um salário

igual por um trabalho de igual valor, o Governo do Canada

introduziu e aprovou uma legislação proativa de equidade salarial para a jurisdição federal. Patty Hajdu, Ministra de Emprego, Desenvolvimento da Força Laboral e Trabalho, anunciou

a nomeação de Karen Jensen como a primeira comissionada federal de igualdade salarial do Canadá, quem desempenhará funções de educação e aplicação com respeito a nova legislação.

A Le i d a e q u i d a d e s a l a r i a l c r i a u m r e g í m e n p r o a t i vo d e e q u i d a d e s a l a r i a l q u e g a ra n t i rá q u e a s m u l h e r e s e o s h o m e n s q u e t ra b a l h e m e m l u g a r e s r e g u l a d o s f e d e ra l m e n t e , d o s s e t o r e s p ú b l i c o e p r i v a d o , r e c e b a m i g u a l r e m u n e ra ç ã o p o r t ra b a l h o d e i g u a l v a l o r.

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GAZETA

O gerente geral da SRT, Hernán Díaz Vera, destacou a importância do trabalho realizado como resultado de um esforço conjunto entre as agências. "Sempre que falamos de políticas públicas, o trabalho em equipe é uma das condições mais importantes que devem estar presentes para obter resultados", afirmou o funcionário.

ATIVIDADES MEMBROS 2411 de novembro de 2019

Chile

Ministério do Trabalho e Previsão Social

MTyPS capacita a Pymes na gestão digital e de operações

Caixa Los Andes recebe distinção

internacional pelo modelo de atenção

s pequenas e medianas empresas são as principais geradoras

de emprego no país, por isso, o ministro do Trabalho e Previsão Social, Nicolás Monckeberg, fez um chamado a postular a mais de 15 mil vagas gratuitas de capacitação que ainda estão disponíveis no Serviço de Capacitação e Emprego (Sence) para este setor no país inteiro, traz participar na feira Digitaliza Tu

Pesquisa de Emprego e Trabalho 2018 revela informações sobre trabalho independente e serviço doméstico

Pyme no Centro Enquete 2018 de Emprego e Trabalho, aonde revela informação sobre o trabalho independente e serviço doméstico Cultural do Palácio da Moeda.

Este programa forma parte da #DespegaMipe, que apontam a cobrir as áreas de maior oportunidade laboral do futuro, os trabalhos que estão gerando com o avanço da digitalização como: Gestão de Redes Sociais, Logística Administrativa, Administração de marketing digital, Comercio Eletrônico e marketing digital, Gestão de Operações em

Pesquisa Nacional de Trabalhadores sobre Condições de

Emprego, Trabalho, Saúde e Segurança (ECETSS) 2018 incluiu não apenas trabalhadores abrangidos pelo sistema de riscos ocupacionais, mas também aqueles que trabalham no setor informal.

O exposto acima, uma vez que o

trabalho de campo foi realizado nas casas dos trabalhadores, o que facilitou a incorporação dessas novas variáveis, que permitirão a “rastreabilidade” para os próximos anos em relação ao que está

acontecendo com os trabalhadores em campo cobertura, taxa de acidentes e processos judiciais, entre outros fatores.

A Pesquisa é resultado de um trabalho conjunto do Ministério da Produção e Trabalho da Nação, da O r g a n i z a ç ã o Ibero-Americana de Seguridade Social (OISS) e do Observatório de Saúde e Segurança Ocupacional da Superintendência de Riscos Trabalhistas (SRT).

Argentina Superintendência de Riscos Trabalhistas (SRT)

porões de materiais e matérias primas, e reciclagem a base de resíduos inorgânicos não perigosos.

Atualmente, as Pyme ascendem a um milhão e significam dos de cada três trabalhos, ou seja, mais de 5,3 milhões de pessoas

estão ocupadas em este setor.

Além disso, de acordo com as cifras administrativas de setembro deste ano da Superintendência de Pensões, nos últimos 12 meses as Pymes criaram mais de 86.922 empregos formais na média, ou seja, a metade das fontes de trabalho criadas no país.

modelo de atenção implementado no 2018 pela Caixa Los

Andes ganhou o prêmio al melhor desenho de serviços, na categoria Professional, dos Service Design Awards 2019, em Toronto, Canadá.

“Esta notícia e reconhecimento é uma grande motivação para continuar com mais forças brindando más bem-estar social em distintos âmbitos a

milhoes de pessoas”.

Assim se expressou o gerente geral da Caixa de Los Andes, Nelson Rojas, ao momento de dar a conhecer o reconhecimento internacional. O alto executivo destacou que a forma de afrontar os desafios da Caixa Los Andes, colaborando internamente e

com o ecossistema, “foi fundamental para o sucesso que temos alcançado, a qual não teria sido possível sem a multiplicidade de talentos, visões, experiências, que alcançamos trabalhando como

equipe junto com a Escola de Desenho da Pontifícia Universidade Católica, nossos sócios estratégicos BrandBook, SurAndina y Colliers".

Chile

Caixa de Compensação Los Andes

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS25 11 de novembro de 2019

Teletrabajo, opção frente a contingencia energética

O sistema de licenças médicas está em crise e é urgente tomar cartas no

assunto: Ciedess

sistema de licenças médicas está em crise e é urgente encontrar

uma solução: Ciedess. A Licença Médica é um benefício de segurança social que implica aspectos de saúde, laborais e previsionais. Atualmente, dito benefício tem problemas

mbora que o teletrabalho e o trabalho a domicilio são formas

de exercício laboral institucionalizadas que tem ganhado força nestes tempos, ante a contingencia energética, de acordo com a Marta Elena Feitó Cabrera,

vice-ministra primeira do Ministério de Trabalho e Seguridade Social, esta modalidade de emprego deve perdurar.

Indicou que esta opção conta com um respaldo legal na Lei No. 116/2013, Código do Trabalho, que entrou em vigência em junho de 2014.

Entre as vantagens do

ChileCorporação de Investigação, Estudo e Desenvolvimentoda Seguridade Social

É um tema sensível, porque a implementação de soluções estruturais requer de convicção política e suficiência técnica. Cada mudança precisa de um tempo de execução, na qual muitas vezes excede os tempos do governo de turno. O que temos observado até agora em esta matéria é que os diferentes governos preferem i m p l e m e n t a r m e l h o r a s

incrementais, evitando enfrentar o fundo do problema”, assegurou Rodrigo Gutiérrez, Gerente Geral da CIEDESS.

Explicou também que todas estas circunstancias dão conta da necessidade de introduzir mudanças, desde uma perspectiva de política pública com um olhar sistémico.

associados aos tempos de espera nos pagamentos das licenças médicas, situação que afeta a mil trabalhadores (as).

CubaMinistério de Trabalho e Seguridade Social

teletrabalho se encontram a diminuição nos tempos de deslizamento ao trabalho; elimina o ausentíssimo, as chegadas tardes; a acomodação do horário de trabalho tende a incrementar na produtividade do trabalho, e a redução nos gastos da entidade.

Feitó Cabrera indicou que tendo esse apoio legal, não são

necessárias as autorizações adicionais, é uma faculdade das administrações nas entidades laborais.

Biess celebra 9 anos de serviçoBanco do Instituto Equatoriano de Seguridade Social

(Biess) comemora seu noveno aniversário com um portfólio de inversão que ultrapassa os 19 mil milhoes de dólares, o que equivale, aproximadamente, ao 20% do Produto Interno Bruto (PIB), nacional.

A fortaleza financeira do Biess

vem sido ratificada pela valoração de risco AAA-, outorgada pela classificadora internacional de riscos Class International Rating (Classificação Internacional de Categoria), efetuada com base aos estados financeiros do segundo trimestre de 2019.

Sua gestão creditícia soma mais de 26 milhões de dólares entregadas, em 16 milhões de operações creditícias destinadas a fazer empréstimos

EquadorBanco do Instituto Equatoriano de Seguridade Social

afiliados, aposentados e suas famílias.

hipotecários, quirografários e prendarios, cumprindo com os

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS 2611 de novembro de 2019

que enfrentamos todos os dias em um hospital, em um consultório, e em uma atenção direta com um paciente”.

ISSFA capacita ao pessoal próximo a sua aposentadoria das Forças Armadas

Titulares ISSS participam na sessão do Conselho Superior do Trabalho

La estratégia do Presidente do México é sacudir ao Setor de Saúde

EquadorInstituto de Seguridade Social das Forças Armadas

MéxicoInstituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do

om o apoio do Banco Geral Ruminhahui, o Instituto de Seguridade

Social das Forças Armadas (ISSFA) canaliza capacitações para q equipe militar das Forças Armadas que proximamente se retiraram da instituição, como uma guia técnica para a adaptação da nova etapa de saída dos afiliados.

Em junho passado se desenvolveu a capacitação para os empegados da Força Terrestre e em agosto, em uma segunda fase se realizou o curso “Desenvolvimento pessoal e econômico” para os empregados da Força Naval e Aérea, tanto oficiais como tripulantes e aero-técnicos.

diretor geral do ISSS, Herbert Rivera Alemán; e Delmy de Zacarías,

subdiretora geral, participaram da segunda sessão do Conselho Superior do Trabalho, com participação tripartite de trabalhadores, empregados e governo.

No encontro discutiram diversos temas que abonam a Política Nacional de Emprego, de acordo

Presidente do México, Andrés Manuel López

Obrador, tem interesse de “sacudir o Setor de Saúde do país”, para o bem-estar da população, assim que o Instituto de Seguridade e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado (ISSSTE) tem a instrução de ordenar financeiramente, melhorar a atenção e ter um modelo preventivo diário, indicou o Diretor Geral do Organismo, Luís Antônio Ramírez Pineda.

Durante a inauguração das XX Jornadas da Enfermagem “Fazendo a diferença na vida e

ao convenio 122 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Durante a sessão se abriu um espaço a cada setor para acordar comissões de trabalho que permitam avançar nos análises e consultas dos temas em discussão.

na prática, investigação e liderança”, no Hospital Regional “1 de Outubro”, o titular do ISSSTE destacou que estão revisando os procedimentos de atenção aos beneficiários nas unidades médicas para que sejam mais ágios e eficientes.

Na atualidade, o ISSSTE atravessa uma fase de capacitação e melhoramento dos canais de comunicação da toda a equipe tanto médica como administrativa, para dar um bom trato e responder as exigências da toda a população.

Ramírez Pineda expressou-se que a situação atual do Instituto,

tem uma “origem que nos tem limitados para não poder arcar ou atender com a celeridade que quiséssemos, as necessidades

El SalvadorInstituto Salvadorenho de Seguridade Social

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS27 11 de novembro de 2019

de esquemas flexíveis de financiamento. Um benefício adicional, pontualizou, será a bancarizacao de milhões de trabalhadores que contam com poupanças no Infonavit para exercer seu direito a habitação.

diretor geral do Instituto do Fundo Nacional da Habitação para os Trabalhadores, Carlos Martínez

Velázquez, e o presidente da Associação de Bancos do México (ABM), Luis Niño de Rivera, firmaram um convenio de colaboração para impulsar novos esquemas de co-financiamento e coparticipação com a finalidade de que o Infonavit e as principais instituições bancarias do país atendam a um maior número de beneficiários, cobrindo as diferentes necessidades de moradia, seja de aquisição, melhoramento, ampliação, autoconstrução o substituição.

om temas sobre a poupança, elaboração de orçamentos, o uso do

crédito e cartões de crédito; funcionamento dos seguros e tipos de seguros, pensões, funcionamento da Bolsa de Valores e Bolsa de Produtos; dinheiro eletrônico e remessas, entre outros, a Superintendência clausurou os bate-papos da Educação Financeira para cerca de 200 jovens. O Programa de Educação Financeira se desenvolveu nas aulas de 17 centros educativos

Na presencia do Chefe da Oficina da Presidência, Alfonso Romo Garza, o diretor geral do Infonavit explicou que outro objetivo deste Convenio é analisar e formular programas, políticas, planos, mecanismos e ações, dentro do âmbito das suas competências, que resultem convenientes para fortalecer a solução de diversas necessidades de moradia, através

El Infonavit e a ABM firmam convênio para melhorar as condições de crédito a habitação

Superintendência clausura Programa de Educação

Financeira 2019

Superintendência do Sistema Financeiro

El Salvador do país como um complemento na formação acadêmica que receberam os jovens no transcurso do ano, quem pertencem ao Instituto Nacional O Paraiso de Chalatenango e o Instituto

Nacional Damián Villacorta de Santa Tecla, ambos da educação média superior.

O Programa de Educação Financeira do El Salvador busca contribuir a melhora da cultura financeira das crianças, jovens e adultos, dotando-os de ferramentas, habilidades e conhecimentos básicos para que no futuro adotem decisões financeiras informadas e apropriadas.

Áncash, Ayacucho, Ucayali, Tumbes, Moyobamba y Arequipa, aonde realizaram mudanças positivas na atenção dos assegurados.

Seguro Social de Saúde (EsSalud) conformou a primeira brigada de mulheres líderes, integrada por

colaboradoras desta instituição que laboram em distintas regiões do país, que terá a missão de promover estratégias e técnicas que contribuíam a melhorar os serviços de atenção aos mais de onze milhões de assegurados.

O grupo está constituído por vinte colaboradoras, entre elas, médicas, enfermeiras, advogadas, tecnólogas, químicas farmacêuticas, entre outras profissões, que tem sido destacada pela sua labor, liderança e atitude positiva nas áreas administrativas e assistências aonde se desempenham.

As trabalhadoras se encontram nas redes prestacionais e assistenciais de Lima, Ica, Cajamarca, Junín Terapoto, La Libertad, Moquegua, Cusco, Piura,

EsSalud conforma brigada de mulheres líderes que garantirão melhorias na atenção de asseguradosSeguro Social de Saúde

Peru

Fundo Nacional da Habitação para os Trabalhadores

México

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS 2811 de novembro de 2019

integrado pelo setor empregador, laboral e direção executiva do IDOPPRIL.

A lei 397-19 terá como propósito a administração e pago das prestações do Seguro de Riscos Laborais do SDSS, a contratação de serviços de saúde para a atenção de afiliados de doenças produto do trabalho e acidentes laborais, a promoção sobre prevenção e controle dos riscos laborais e da promoção de estudo, conhecimento e atenção integral da saúde dos trabalhadores.

Derrama Magistral

Peru

o marco da 29 Semana da Qualidade 2019, a Derrama Magistral foi

reconhecida com Menção Honorifica pelo Comité de Qualidade da Sociedade Nacional de Industrias (SNI), por ter implementado o Modelo de

A promulgação que cria o Instituto representa uma mudança na organização e

operabilidade de riscos laborais, na hora de ampliar a cobertura, incluindo gastos funerários para os afiliados do Seguro de Riscos Laborais Sistema Dominicano de Seguridade Social (SDSS; aumentar ao 100% do salário cotável nos dois últimos anos, as pensões a sobreviventes; modificar o tope mínimo do grado de deficiência para fins de receber a indemnização do Seguro de

partir do 30 de setembro foi criada o Instituto Dominicano de

Prevenção e Proteção de Riscos Laborais (IDOPPRIL), mudando a estrutura organizacional e operativa da aquela então Administradora de Riscos Laborais (ARL) e convertendo-as em uma instituição com pessoal jurídico e patrimônio próprio, o que permitirá afiançar o serviço

Administradorade Riscos Laborais

República Dominicana

Reconhecem excelência no modelo de gestão a DM

CNSS comemora a criação do Instituto de Riscos Laborais

A ARL agora é IDOPPRIL

Riscos Laborais de um 15% a um 5%, explicou o gerente geral do Conselho Nacional de Seguridade Social (CNSS), Rafael Pérez Modesto. Esta lei promulgada pelo Poder Executivo dissolve o Instituto Dominicano de Seguros Sociais (IDSS) e converte na Administração de Riscos Laborais (ARL) em instituto.

A instituição contará com um Conselho Diretivo presidido pelo Ministério de Trabalho e

oferecido pela instituição em benefício dos mais de 4 milhoes de trabalhadores do país, tanto públicos como privados. A ampliação da rede de Prestadores de Serviços de Saúde (PSS), a adequação da plataforma tecnológica, com a integração dos módulos Consulta teu Caso, Plataforma de Clientes e Autogestão de Prevenção, a posta em marcha

do Sistema de Gestão de Qualidade (SGC) e a criação do inovador centro de

“Este galardão obtido no Prêmio Nacional a Qualidade 2019 é fruto do esforço realizado pela a equipe de colaboradores da Derrama Magistral. Ratificou, ademais, o

esforço realizado pela organização para implementar um modelo de gestão que opera baixo sete critérios: liderança, estratégia, clientes, medição, equipe, operações e resultados”, falou, Walter Quiroz Ybañez, Presidente do Diretório da Derrama Magistral.

Em outubro de 2018, a Derrama Magistral também recebeu um reconhecimento por parte da Sociedade Nacional de Industrias por haver obtido a certificação na ISSO 9001:2015.

Excelência na Gestão.

Conselho Nacionalde Segurida de Social

República Dominicana

autorizações e investigações (call center), são parte dos labores a ser desempenhadas.

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GAZETA

uma responsabilidade: o prestador deve educar ao paciente para que cuide da sua saúde, não abusar dela nem do sistema, e as ARS devem respaldar pela pertinência médica, que o paciente tenha serviços de qualidade e indicações convenientes.

ATIVIDADES MEMBROS29 11 de novembro de 2019

Associação Dominicana de Igualas Médicas e Administradoras de Riscos de Saúde

República Domincana

Direção de Informação e Defensa dos Afiliados na Seguridade Social

República Dominicana

fazem isso por desconhecimento e embora, em outros países existam sansões contra esta prática, na República Dominicana não sucede assim.

De acordo como explicou, na seguridade social todos tem

Uma das problemáticas que tem as Administradoras de

Saúde é a ”sobre faturação” que tratam de fazer alguns prestadores de serviços de saúde, alertou Alba Joselin Holguín, diretora executiva da Associação Dominicana de Igualas Médicas e

Direção de Informação e Defensa dos Afiliados na

Adimars alerta a ARS “sobre faturação”

DIDA terá representação na CISS

Administradoras de Riscos de Saúde (Adimars).

De acordo com Holguín, a falta de diagnóstico do prestador de serviços quando solicita uma autorização para atender a um paciente é outra das dificuldades que enfrentam.

Adicionou que os usuários também cometem fraudes, quando emprestam a um familiar ou amigo que não está afiliado, a sua cartilha, para que recebam atenções através do seu ARS. Agregou que muitos

A entidade defensora dos afiliados se congratula da eleição de Julissa Magallanes, encarregada da área de comunicações, como Vice presidenta da Comissão Americana de Saúde, Bem-estar e Seguridade Social da CISS.

Como representantes da República Dominicana foram selecionados, ademais, o Subgerente do Conselho Nacional da Seguridade Social, Eduard Del Villar, quem resultou reeleito como Contador; Frank Aristy, Leticia Martinez e Graciela Gil Montalvo da Superintendência de Saúde e Riscos Laborais (SISALRIL).

Seguridade Social (DIDA) felicita a Conferencia Interamericana de Seguridade Social (CISS) pela comemoração da sua XXIX edição da Assembleia Geral, celebrada no passado 18 de setembro na Cidade do México.

omo parte das iniciativas do Plano Estratégico de Transformação do

Conselho de Seguridade Social para o triênio 2019-2021, foi introduzida uma plataforma de software de serviços eletrônicos para a

Reunião de Seguridade Social introduz serviços eletrônicos para o Programa de Seguro Social (SIAS)

Conselho cumprir com sua visão de pronunciar um Seguro Social transformador através de um sistema centrado no cliente e baseando-se na tecnologia.

A instalação e configuração da primeira versão consiste na administração de contas e funcionalidade de Registro de indivíduos e não indivíduos

(empregadores). Depois de mais de três meses de trabalho, a equipe de Bearing Point presentou os resultados da primeira das cincos interações do novo sistema aos funcionários da SSB.

administração do seu Programa de Seguro Social.

A nova plataforma de software presentará vários serviços de uma linha de seguros para os clientes e sócios governamentais, e permitirá ao

Social Security Board (Conselho de Seguridade Social)

Anguilla

O governo abre consultas públicas sobre NR, programas e normas laborais

ara estimular o mercado laboral e gerar mais empregos, a Secretaria

Especial de Seguridade Social e Trabalho do Ministério da Economia abriram dos processos de consulta pública para atualizar, simplificar e adaptar 87 atos normativos em temas como segurança, saúde e legislação laboral.

professionais de transporte coletivo da estrada.

Na legislação laboral, a consulta busca contribuições a 50 normas relacionadas com temas como o Cartão de Trabalho e Seguridade Social (CTPS), o contrato e a jornada laboral, os sistemas e registros, e o registro professional.

Os textos das propostas estão disponíveis no espaço da Secretaria do Trabalho na Plataforma Participa.br, o qual garante pleno aceso dos trabalhadores e empregadores para expressar sua opinião sobre a necessidade de atualizar, simplificar e adequar as regulações.

Com respeito a segurança e a saúde, a discussão inclui temas como certificados de aprovação para equipes de proteção pessoal, examines toxicológicos e condições de segurança e comodidade em lugares de repouso para condutores

Ministério da Fazenda

Brasil

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS 3011 de novembro de 2019

CONEVAL reconhece boas práticas do

IMSS BEM-ESTAR

Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento

Social (CONEVAL), outorgou o reconhecimento: “Boas práticas nos usos dos resultados de monitoramento e avaliação no ciclo das políticas públicas”, ao Programa IMSS BEM-ESTAR com o tema, “Padrão de beneficiários como a fonte para o planejamento dos serviços”.

MéxicoInstituto Mexicano do Seguro Social

Programa IMSS BEM-ESTAR oferece atenção de saúde a migrantes

ntre junho e outubro de 2019, o programa IMSS BEM-ESTAR tem

propiciado 32,267 consultas a população migrante, em sua maioria centro-americana, nos pontos de atenção localizados em Baja California, Chiapas y Chihuahua.

Desde novembro de 2018, foi incorporada como ponto de atenção o albergue “O Barretal” (Tijuana, Baja California), aonde ademais de outorgar serviços médicos e de enfermagem, houve atenção psicológica e de ação comunitária, a fim de realizar

labores educativas e informativas sobre os riscos de saúde derivados dos traslados que realiza a população migrante, e os existentes por estancias prolongadas nos albergues. No total, se proporcionaram 4,438 atenções.

A estratégia desenhada de conformidade com as políticas e acordos internacionais na matéria, proporciona aos migrantes serviços de saúde, atenção médica preventiva e assistencial, assim como psicológica e atividades de ação comunitária.

Os resultados de ação comunitária mostram a distribuição de 15,650 impressos educativos; a

MéxicoInstituto Mexicano do Seguro Social

998 participantes; e o desenvolvimento de 161 horas de megafone.

Este esquema permitiu expandir a cobertura em saúde a núcleos populacionais sem capacidade contributiva, sem importar as condições como nacionalidade e situação laboral.

Este ano o programa do IMSS BEM-ESTAR foi reconhecido na categoria de Fortalecimento das plataformas e sistemas de informação que facilitem o monitoramento de intervenções em desenvolvimento social”, dita distinção, promove e reconhece

o uso dos resultados das avaliações e ações de monitoramento nas tarefas da Administração Pública Federal.

O trabalho mostra o processo do IMSS BEM-ESTAR para a atualização do padrão de beneficiários, o qual comtemplou a participação da equipe a nível central, pessoal operativo das unidades médicas e as equipes de supervisão e condução, assim como a criação e desenvolvimento do procedimento normativo para a sua operação, o robustecimento da plataforma

em linha (Sistema de Atualização do Padrão de Beneficiários, SAPB), e o desenvolvimento de um tabuleiro executivo denominado Cubos de Informação que facilita a consulta e avaliação dos serviços outorgados em todos os níveis de operação.

O CONEVAL reconheceu o esforço na melhora continua no fortalecimento de sistemas de informação que facilitam o monitoramento das intervenções, a fim de melhorar os serviços outorgados a população que habita nas zonas rurais e marginadas.

participação de 175 voluntários, realizando 5,294 diálogos a indivíduos; 2,676 diálogos a grupos; assim como a realização de 95 ateliês com

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GAZETA

MéxicoInstituto Mexicano do Seguro Social

MéxicoInstituto Mexicano do Seguro Social

GuatemalaInstituto Guatemalteco de Seguridade Social

ATIVIDADES MEMBROS31 11 de novembro de 2019

IMSS realizou a primeira edição da S e m a n a d a # I M S S V E S T I G AC AO

Arranca a etapa que permitirá que todos os mexicanos e mexicanas tenham aceso a saúde: Zoé Robledo

Guatemala, reeleita na Presidência Pro Tempore do CISSCAD

Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) realizou por primeira

vez a Semana da #IMSSVESTIGACAO, na qual se realizou um ateliê de Redação de Artigos Científicos (TRAC) e o Foro de Investigação Clinica para residentes deste instituto, além das atividades como simpósios, ateliês e conferencias.

O TRAC é um esforço conjunto das Coordenadas de Educação e de Pesquisa na Saúde, para impulsar a publicação da investigação que realizam os médicos residentes do IMSS. Ao Foro assistiram 528 médicos residentes de todo o país, quem conheceram os benefícios de ser Investigadores do IMSS.

epois de concluir as giras pelos 80 hospitais do IMSS BEM-ESTAR,

o titular do Instituto Mexicano do Seguro Social, Zoé Robledo, assegurou que com a quarta

Transformação começou uma nova fase que permitirá o aceso a saúde a todas e todos os mexicanos.

Durante o Diálogo com a Comunidade do Hospital Rural Tlaxiaco. Atenção Médica e Medicamentos Gratuitos, que foi liderado

pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. O diretor do IMSS, afirmou que “temos com quem fazer isto porque o México es muito povo para a derrota e não falharemos”.

Hoje temos uma maleta cheia de certezas, de ter a cura

contra o neoliberalismo sanitário; essa é a cura no trabalhador de Ação Comunitária que prevê; essa é a cura nas e nos voluntários de saúde que exercem uma cidadania que não há nas grandes cidades, ajudando a instituições com caráter desinteressado”, asseverou.

conselho de Instituições de Seguridade Social do Centro América e

República Dominicana (CISSCAD) reeleita a Carlos Francisco Contreras, presidente do Conselho Diretivo Pro tempore, por dos anos mais, durante a sua Assembleia Extraordinária Virtual no passado 23 de outubro.

Desde da administração que conclui nestes dias, o titular do

IGSS tem trabalhado em uns esquemas de consolidação e integração, e propostas de

modelos em aquisições de medicamentos, como as que se fazem através do Conselho de Ministros da Saúde de Centro América (COMISACA), seguindo os passos que já haviam dado a Costa Rica, Honduras, El Salvador e agora a

Guatemala, que buscava reduzir custos e aumentar a qualidade para o bem-estar dos afiliados beneficiários.

Os representantes do CISSCAD ressaltaram o trabalho, dedicação e esforço que a Guatemala realizou em frente desta organização, o qual os motivou a impulsar uma reeleição para o período 2020-2022.

Adiantou que para o novo período irão estar trabalhando no Pacto de Integridade que possa guia-los a um processo de maior consolidação nas compras de medicamentos, cuja proposta será presentada durante a Assembleia Geral em marco do 2020.

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GAZETA ATIVIDADES MEMBROS 3211 de novembro de 2019

Más de 70 mil usuários usam a app da CSS para tramitas citas

O IPS automatizou a gestão do tramite do subsidio por repouso

Vão ser criadas 10 mil 794 novas vagas de trabalho no IMSS

PanamáCaixa do Seguro Social

ParaguaiInstituto de Prevenção Social

o total de 70 mil usuários optaram por realizar citas médicas

através de uma nova aplicação: CSS Móbil para celulares, que tem sido a disposição pela Caixa do Seguro Social.

Através desta ferramenta os beneficiários poderão obter

uma cita médica, e consultar prestações e informação geral.

De igual forma, esta aplicação digital oferece validação ao direito de atenção, citas médicas

próprias e beneficiários, prestações econômicas, fichas digitais, paz e salvos, notícias, projetos e instalações.

De acordo com o informe subministrado pela Direção Executiva Nacional de Inovação e Transformação (DENIT), as instalações de saúde da CSS com maior aceitação e alta demanda de citas são: Policlínica Don Joaquin José Vallariano em Juan Diaz, Policlínica Don Alejandro

da Guardiã filho em Betania, Policlínica Dr. Carlos N. Brin em San Francisco e a Policlínica Dr. Manuel Ferrer Valdés em Calidonia.

om a automatização da gestão do trâmite do subsidio por repouso,

cerca de 81 mil casos já foram processados por sistema automático, o qual ajuda a otimizar os recursos matérias da previsional, e a descomprimir os centros de atenção já que o tramite se faz em 15 minutos.

Desde do passado 24 de abril deste ano foi implementado

este novo procedimento, o qual consiste basicamente em que quando o repouso é expedido dentro da rede sanitária do IPS, o mesmo se processa automaticamente pelo médico através do sistema informático.

Os passos para o seguimento se fazem via remota através de mensagens de textos, na portal web do IPS, com o qual só restará ao assegurado se

acercar ao banco para fazer efetivo o cobro correspondente. Até hoje, processaram de

maneira automática, ou seja, sem nenhuma gestão por parte do assegurado, cerca de 81.000 repousos.

O que se refere o Hospital Centra, referente a nível nacional, aproximadamente 30.000 repousos foram processados de forma automática.

MéxicoInstituto Mexicano do Seguro Social

m 2020, o Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) incrementará o

número de vagas para contratar equipe médico, como parte de um esforço que

permita salvar ao sistema de saúde pública e revalorizar o trabalho das doutoras e doutores como agentes de mudança e transformação da Nação.

O diretor geral do IMSS, Zoé Robledo, referiu-se que das 19 mil 763 vagas consideradas no orçamento do governo federal, 10 mil 794 serão para novas contratações no Seguro Social. Detalhou que 5 mil 196 vagas irão ser assignadas para cumprir com a demanda do novo programa de doutores nos Hospitais de Tempo Completo e para os serviços de emergências.

Informou que haverá mil novos médicos especialistas, mil 546 residentes e as três mil vagas restantes serão para os programas de obras e atividades de limpeza e higiene. Proximamente será publicada a convocatória para o concurso das vagas.

O diretor geral do IMSS indicou que haverá uma compensação

salaria para a equipe médico de acordo as condições para as que se desempenhem: zonas de difícil cobertura, de alto grado de inseguridade e difícil aceso. Também está programada uma importante inversão para diminuir o regaço em equipe médico, acorde as necessidades atuais.

Além disso, a partir de 2020 serão doutores e enfermeiras com reconhecida trajetória no Instituto os que ocupem a titularidade das delegações estatais, hoje oficinas de representação; será pela sua experiência, mérito e trajetória e de maneira paritária: a metade homens e a metade mulheres.

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GAZETA 33 FOTOS 11 de novembro de 2019

Sessão inaugural da XXIX Assembleia Geral Painel Migração e seguridade social com representantes da ACNUR, ONU Mulheres, CEPAL e CISS

Microsimulacro do 18 de setembro organizado pelas autoridades da CDMX

Vernel Powell, Social Security Board de St Kitts e NevisEduard do Villar, Contador da CISS

Votações na Assembleia Geral CISS

XIXX Assembleia Geral CISS

Assim foram transcorridas os 3 dias de jornada

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GAZETA FOTOS 3411 de novembro de 2019

Vilma Morales, integrante do Instituto Hondurenho de Seguridade Social

Gustavo Pedro Ware e Leonardo Di Domenico, Caixa de Aposentados e Pensões Bancarias de Uruguai

Roberto Castilho, Chefe de Projetos da CISS

Gibrán Ramírez Reyes, Secretário Geral, e Zoé Robledo, Presidente CISS

Nova diretora CISS

Equipe CISS

Antonio Pérez Fonticoba, Diretor Jurídico IMSS

Representantes afiliados do Canadá, Chile e Panamá

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GAZETA 35 FOTOS 11 de novembro de 2019

Gibrán Ramírez, Secretário Geral, e Daisy Corrales, Diretora CIESS

Representantes do Equador

Membros da CISS compartem em janta de clausura México e Argentina, unidos

Equipe CISSFirma do Convenio CISS - IESS

Terese E. Maitland, National Health Insurance Board de Turcos e Caicos