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Ano XXIII - Número 269 - Junho de 2018

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Visita ao Paço de Petrópolis Luís Severiano Soares Rodrigues

Em recente visita ao Palácio de verão da Família Imperial, hoje ocupado pelo Museu Imperial, pude constatar o excelente estado de conservação do mesmo, bem como o dinamismo da instituição que hoje ocupa aquela casa. Um dado a ser mencionado é a simplicidade do prédio em si, a título de comparação, nesses tempos de Copa do Mundo na Rússia, podemos aproveitar as “n” matérias jornalísticas que as emissoras de televisão têm feito naquele país acerca dos palácios da dinastia Romanov, e

comparar o nosso modesto palácio com aqueles. Dessa comparação certamente surgirá a constatação da modéstia e simplicidade de que eu falo. No entanto, desses atributos, certamente emergem nossos imperadores como pessoas simples para os padrões da alta nobreza que eles representam. O Museu Imperial, vem se esforçando, com êxito, na modernização e atualização das exposições, com destaque para a permanente, onde são reproduzidos os ambientes de convívio da Família Imperial, bem como os espaços que

reproduzem aspectos do ambiente de Estado, como a Sala do Trono, que cabe destacar é uma transmigração da

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existente no Paço de São Cristóvão, pois em Petrópolis não havia Sala do Trono. O fluxo de visitação é enorme e coloca o MI entre os primeiros entre os mais visitados museus do país, e os visitantes não se arrependem. Para tal basta destacarmos o

espaço destinados às Joias da Coroa, com destaque para a Coroa de D. Pedro II e o cetro imperial, que são joias ímpares em termo de trabalhos de ourivesaria. Todo o espaço é também uma enorme pinacoteca, com belíssimos quadros sobre o Brasil Imperial. Um dado que merece ser lembrado, é que essa coleção, na verdade, é uma parte pequena da coleção imperial, uma vez que muito da coleção original se dispersou após o banimento da dinastia, e os leilões do paço,

feito pelos procuradores da Casa Imperial, para desocupar o paço de São Cristóvão, que foi exigido pelo governo provisório, para lá instalar a assembleia constituinte de 1890. Muitos dos itens expostos advieram desse material, e foram doados por famílias aristocráticas quando da constituição do MI na década de 40, mas mesmo assim muito se dispersou. O quê não impede que aquela coleção seja muito representativa e embeveça os visitantes.

Em espaço anexo podemos ver uma carruagem, de grande gala, recém restaurada primorosamente, o que destacamos do esforço da administração daquele museu para conservar viva a memória do Brasil Imperial. O autor é economista e historiador.

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XXVIII Encontro Monárquico. Da Redação

No dia 02 de junho, realizou-se no Centro de Convenções do hotel Windsor Flórida, no bairro do Catete, o Encontro Nacional desse ano, que contou com a augusta presença de SAIR o Sr. Dom Bertrand e um número expressivo de monarquistas vindos de todo o Brasil. Nesse evento, que antecede as comemorações do aniversário do augusto chefe da Casa Imperial, o Sr. Dom Luiz,

o IBI foi representado pelo Conselheiro Luís Severiano Soares Rodrigues, o qual presenteou o augusto aniversariante, em nome do

IBI, com o livro – Antigos Engenhos de Açúcar no Brasil, de Fernando Tasso Fragoso Pires, constando no exemplar uma dedicatória do autor para o aniversariante. A abertura dos trabalhos se deram às 9:30 da manhã, a qual se

seguiu a palestra – Dom Luiz: Fé, Coerência e Ação – do Dr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca, insigne monarquista português que milita na causa imperial brasileira há muitos anos. Que homenageou o chefe da Casa Imperial traçando um perfil completo do augusto senhor que ao seu término foi muito aplaudido. Após um breve intervalo os

trabalhos recomeçaram, as 10:45 hs, com a palestra – Um arco histórico: da Batalha de Guararapes ao Ipiranga – pelo Prof. Sidney Silveira, ilustre professor e filósofo, que foi muito feliz nessa palestra ao traçar uma ligação com a resistência dos brasileiros ao invasor holandês, escorados na fé e na fidelidade ao Rei, com o movimento que culminou com o Sete de Setembro às margens do rio Ipiranga. Seguiu-se o intervalo para o almoço. O recomeço dos trabalhos se deu às 14:30 hs, quando foi apresentada

uma mensagem em vídeo de D. Rafael, que atualmente reside em

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Londres, mensagem essa em que ele exorta os monarquistas a perseverarem para o bem do Brasil. Essa mensagem teve uma grande repercussão nos membros do encontro, pela postura firme e equilibrada do jovem príncipe, o quê passou a certeza que no seu longo reinado teremos um grande Imperador que retomará a grandeza e a dignidade do Brasil e do povo brasileiro. O encontro seguiu com a palestra – O Brasil numa encruzilhada: dois conceitos de Nação em confronto – do jornalista Nelson Ramos Barretto, de Brasília, onde o mesmo fez um apanhado, em grandes linhas, de mais um período tenebroso por que passa a república e as terríveis consequências disso para o nosso povo, sendo esse um momento ímpar para a ação monarquista conseguir jogar no lixo o que resta dessa espúria republiqueta de ladrões. Em sequência tivemos uma excelente palestra do jovem

advogado paulista prof. Amauri Feres Saad, intitulada – Considerações sobre a Constituição Imperial de 1824: a modernidade de um monumento jurídico brasileiro – que como o título diz, vem a ser um documento de grande modernidade, que segundo o palestrante, poderia muito bem, nos tempos atuais, servir para garantir as liberdades dos cidadãos brasileiros, sem nada dever à contemporaneidade. Não quis o palestrante dizer que numa restauração o documento seria reeditado, mas apenas fez a análise desse documento frente à Constituição atual, que já sofreu 99 (sic) emendas em pouco menos de 30 anos. Seguiu-se o Painel – Atuação monárquica e Lideranças Novas, onde jovens monarquistas fizeram explanações sobre as suas atuações nas redes sociais, bem como sua ação nas demais mídias. Após um “Coffee Break”, tivemos às 18:00 hs a conclusão do encontro

com as palavras de SAIR o Sr. Dom Bertrand que fez uma longa palestra aos participantes do evento. E em seguida foram distribuídos os certificados de participação aos participantes.

Vale destacar que esse evento foi muito noticiado nos jornais cariocas, com destaque para o Jornal do Brasil.

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Ordens Honoríficas Imperiais Luís Severiano Soares Rodrigues

Em função da repercussão dos artigos sobre as Imperiais Ordens do Cruzeiro e da Rosa, finalizarei o tema falando das Ordens Honoríficas Imperiais como um todo. Assim juntando-se as anteriores como as ordens criadas no Império do Brasil, temos a Ordem de D. Pedro I, fundador do Império, que vem a ser a mais alta condecoração imperial brasileira, criada por decreto em 16/04/1826, para comemorar o reconhecimento da Independência brasileira por Portugal, e regularizada, também por decreto, em 19/10/1842, quando foram estabelecidos os seus graus que eram Grã-cruz, Comendador e Cavaleiro. Foi conferida aos príncipes da Casa Imperial e a vários soberanos europeus, o único brasileiro, fora da casa imperial, a recebê-la foi o então Marquês de Caxias. As Ordens de Cavalaria Portuguesas foram nacionalizadas por D. Pedro I, que soberano da Casa de Bragança, entendia que podia fazê-lo, uma vez que seu pai as conferiu-as em solo brasileiro. Estas Ordens foram

regularizadas por decreto de 09/09/1843, que lhes retirou o caráter religioso, permanecendo apenas o seu aspecto honorífico. Assim a Ordem de Cristo, a de São Bento de Avis e a de São Tiago da Espada, se tornaram Ordens Imperiais brasileiras, sendo que a última na prática não foi concedida, pois se destinava a premiar o mérito artístico e científico e industrial, atributos que foram em sua maioria premiados com a Ordem da Rosa. A Ordem de Avis destinava-se aos feitos militares e a Ordem de Cristo a premiar os méritos excepcionais. O desenho da venera dessas Ordens era diferente das mesmas conferidas pela monarquia portuguesa, um detalhe a ser ressaltado acerca da Ordem de Cristo é que o Vaticano pode conferir o Grande Colar da mesma e geralmente é conferida a Chefes de Estado. Devemos lembrar que no período joanino no Brasil foi criada a Ordem portuguesa de Nª Sª da Conceição de Vila Viçosa, Padroeira do Reino e restabelecida a antiguíssima Ordem

da Torre e Espada do Valor e do Mérito, o que põe o Brasil em lugar de importância na história das Ordens Honoríficas Portuguesas, permanecendo a segunda no panteão das Ordens ativas do Estado Português e a primeira ativa no panteão das Ordens dinásticas da Casa de Bragança em Portugal. Uma curiosidade a ser lembrada sobre a Imperial Ordem do Cruzeiro, e que a mesma era conhecida nas monarquias estrangeiras como Ordem do Cruzeiro do Sul. Para avaliarmos o prestígio das Ordens Honoríficas do Império do Brasil, podemos notar que em sua obra magistral Onore et Glorie (Honra e Gloria) Antônio Spada, as coloca no mesmo nível das grandes ordens das monarquias europeias. Então no primeiro volume temos o Reino da Itália e os Antigos Estados Italianos. No segundo volume, a Ordem de Malta, Espanha, a Grã-Bretanha, Portugal e o Brasil. No terceiro volume França, Rússia e Áustria.

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Ordens Imperiais da Rosa Ordens Imperiais de Avis, de Cristo, de Santiago da Espada do Cruzeiro e de Cristo de Pedro I, do Cruzeiro, mais a Ordem Portuguesa de Nª Sª da Conceição de Vila Viçosa.

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Placa da Ordem de Pedro I Frente e Verso da Grã Cruz da Ordem de Pedro I

O autor é economista e historiador.

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La Nave Va. Luís Severiano Soares Rodrigues

O começo de junho foi impactado pelas consequências da greve dos caminhoneiros em maio, que acarretou grandes prejuízos nas esferas pública e privada, deixando marcas vivas na carne do governo, que se mostrou inicialmente surpreso e posteriormente acuado, com os bloqueios nas estradas, muitas delas precárias, de todo o país. Ficando para junho a celeuma de uma tabela de fretes, que não se entendem os interessados, se ela é válida ou não, se afronta a livre concorrência ou se garante um nível mínimo que de para os caminhoneiros se reproduzirem. Onde isso vai acabar, ainda é difícil dizer, infelizmente, uma das vítimas desse processo de confronto foi o então presidente da Petrobras, Pedro Parente, a quem se deve como administrador a recuperação da empresa, no entanto a política de reajustes automáticos dos preços dos derivados de petróleo, tenha contribuído para esse desfecho. Claro

que temos aperfeiçoar esse mecanismo para não impactar a recuperação da estatal, mas sem gerar insegurança nos agentes econômicos. Em outro aspecto, sui generis dessa república de ladrões, temos o insólito caso do deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), condenado, a 5 anos e 3 meses em regime semiaberto, por fraudes em licitações no seu Estado, e exercendo o seu mandato na Câmara Federal, e dormindo na cadeia, pleiteando a participação na Comissão de reforma do Código de Processo Penal, não tivemos tempo de verificar mas temos a certeza que a Câmara do Deputados não faltaria nesse momento e continua a dar ao excelentíssimo deputado o auxílio moradia, até porque trata-se de um representante do povo, mesmo que de reputação não ilibada, mas isso, naquela casa, não chega a ser um caso isolado. Como diria o lendário

Boris Casoy – Isso é uma vergonha! Um comportamento recorrente, que salta aos olhos pela falta de patriotismo, nesse momento em que a Operação Lava Jato continua a tentar a demonstrar, aos muitos corruptos brasileiros, que os seus dias estão contados, é o do republicano ministro Gilmar Mendes, que concedeu habeas corpus, a torto e a direito, alegando que a prisão preventiva de tais suspeitos não se justifica por se tratar de crime sem violência. No entanto, o meritíssimo juiz, não consegue abstrair a violência implícita nos cidadãos brasileiros jogados pelos corredores dos hospitais públicos, porque nos respectivos Estados onde isso acontece, o tesouro estadual está falido de tanto ser roubado, por esses indivíduos que ora, podem andar livremente por aí livremente. Para o “isento” ministro não valeram os argumentos do Ministério Público Federal, da periculosidade desses

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meliantes, que podem constranger testemunhas, comprar depoimentos, etc. Até porque o dinheiro roubado continua com eles. Nesse campo da Lava Jato, temos a excelente notícia, da homologação da Delação Premiada do ex-super-ministro petista Antônio Palocci, que temos certeza servirá para terminar a demolição das ruínas do PT e dos seus aliados. As vestais depravadas já podem tremer por antecipação. A economia vem sofrendo as agruras de uma conjuntura externa instável, com pressões no câmbio e na

repercussão deste nos preços internos. A conjuntura de juros baixos exerce uma séria pressão nas expectativas dos investidores em relação aos ativos financeiros, que em muitos casos já apresentam desvalorização, o quê pode gerar uma migração de ativos, ou o que seria desejável, as administradoras desses ativos reverem as taxas de administração desses fundos de investimento. Como se dará a acomodação da economia como um todo à essa nova realidade é um dado que precisamos esperar para definir.

Com a aproximação das próximas eleições as expectativas tendem a piorar com o nível, ou melhor, desnível dos candidatos, que querem chefiar a república dos ladrões, e para isso vão prometer as maiores disparidades, mentirão à vontade, repetindo as mentiras de sempre para enganar o povo. E os bate-bocas em campanha irão nos divertir muito. Isso eu tenho certeza. O autor é economista e historiador.

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A Proposta de uma Monarquia Constitucional Moderna. Theofilo Vandeley.

Recorrentemente fazemos questão

de lembrar ao nosso público que a

proposta a se oferecer ao povo

brasileiro quanto ao projeto de

Monarquia Constitucional

Parlamentarista a ser restaurado, tem

de ser um projeto que se baseie nos

exemplos das monarquias europeias,

naquilo em que se reforça a

democracia e as práticas

democráticas. Portanto, a despeito da

existência do poder moderador, no

Império do Brasil a prática

administrativa compete

integralmente ao chefe de governo

eleito pelo povo, assim ao gabinete

eleito é que compete exercer os

atributos do poder executivo. Cabe

sim ao Chefe do Estado, exercer a

cobrança ao poder executivo do

cumprimento das metas estipuladas

quando do começo do governo, uma

vez que com o Chefe do Estado o

Chefe do Governo pactua metas a

serem atingidas baseadas nas

promessas de campanha do partido

vencedor, estabelecendo resultados e

intervalos de tempo para o alcance

dessas metas. Nas audiências

semanais obrigatórias do Chefe do

Governo com o Chefe do Estado, o

mesmo tem de dar ciência ao

segundo dos alcances das estratégias

traçadas para se alcançar as metas do

governo. Só isso já põe o Império do

Brasil como o país mais moderno do

Mundo. Compete ao Chefe de Estado,

baseando-se no andamento do

cronograma de atingimento de

metas, uma vez chegado a metade do

tempo do mandato do governo, e as

metas não sendo atingidas. Mesmo

que o governo goze de ampla maioria

no parlamento o chefe do Estado

pedirá a confirmação do governo

através de plebiscito, movimento a

que se chamará pedido de

verificação. Assim os eleitores

opinarão se o governo continua ou se

as eleições legislativas tem de ser

antecipadas. Se os eleitores optarem

por novas eleições o Chefe do Estado

dissolve a Câmara e convoca novas

eleições. Então temos que o próprio

partido no poder participará das

novas eleições e exporá os seus

motivos para o não atingimento das

metas. Cabe aos eleitores reconduzi-

lo ou não. Um exemplo para a

pertinência desse sistema é o da

realidade republicana brasileira, onde

se prometem mundos e fundos, e

ano após ano a realidade brasileira só

confirma que essas promessas são

pura mentira descarada. Observemos

que a formulação de metas de

desempenho se dará nos três níveis

da administração pública.

Assim temos que enunciar que a

proposta monarquista compreende a

seguinte ordem: Forma de Governo:

Monarquia Constitucional – Sistema

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de Governo: Parlamentarismo –

Sistema Eleitoral: Voto Distrital Misto

– Forma de Estado: Federativo –

Regime de Governo: Democrático e

Laico.

Desenvolvendo os tópicos acima,

temos que a forma de governo se

dará pela chefia do Estado sendo

exercida por um Imperador da

dinastia de Orleáns e Bragança da

descendência do saudoso príncipe

Dom Pedro Henrique, legítimo

sucessor de D. Isabel I, substituído

por sucessão hereditária após a

morte ou abdicação do antecessor. O

sistema de governo será o

parlamentarismo com o sistema

eleitoral distrital misto que forma

maiorias consistentes e preserva

minorias responsáveis, observando a

dinâmica do parlamentarismo no

tocante ao voto de confiança da

Câmara, mas também se atendo ao

sistema explicitado no primeiro

parágrafo desse artigo.

A forma federativa do Estado é ponto

pacífico e era uma grande aspiração

já de muitos e importantes

monarquistas ao fim do Império.

O regime de governo é pura

democracia, e os monarquistas

brasileiros são fervorosamente

democratas. O Estado Laico se impõe

como uma evolução dos tempos,

onde as esferas terrena e religiosa

não se misturam, a segunda é de

escolha íntima do indivíduo e o

Estado em nada tem a ver com isso, e

podemos reforçar essa argumentação

com a opinião do Santo Padre Bento

XVI, que disse em vários discursos

que a Igreja respeita o laicismo dos

tempos modernos. Isso em nada

impede os governantes de pautarem

suas ações pelos princípios cristãos

que a nossa fé católica nos ensina.

Bem como o nosso Imperador

continuará a ser coroado pelo rito

católico, mas por ser a religião do

soberano e a tradição da nossa

monarquia, e não por ser o Estado

vinculado exclusivamente a uma

religião.

O Autor tem certeza que essa é a

chave para o nosso futuro de resgate

da cidadania brasileira.

“A democracia e a monarquia se fortalecem uma com a outra, há uma colaboração estreita. A monarquia é uma

instituição estável e apolítica, vai além de todas as mudanças políticas, representa a história e a tradição.”

Carlos XVI Gustavo da Suécia www.brasilimperial.org.br