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IMPERIAL GAZETA Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Dezembro de 2016 Ano XXI Número 251 www.brasilimperial.org.br 2016 Inesquecível - Momentos Finais

GAZETA - Brasil Imperial · 1139, passando pela Descoberta do Brasil, em 1500, nossa Independência, em 1822, até chegar ao infame golpe A MONARQUIA NA CONSTRUÇÃO DO BRASIL INDEPENDENTE

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IMPERIALGAZETA

Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Dezembro de 2016Ano XXI Número 251 www.brasilimperial.org.br

2016 Inesquecível - Momentos Finais

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2 Monarquia

Entre os últimos dias 14 e 16 de novembro, S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, esteve no Estado de Santa Catarina, onde desempenhou extensa agenda de compromissos oficiais, representando a Casa Imperial do Brasil. No dia 14, em São José, onde foi convidado de honra das celebrações pelos 180 anos do início da colonização italiana no Brasil, durante solenidade que lhe deu as boas-vindas ao município, o Príncipe Imperial falou às autoridades civis e eclesiásticas e às centenas de moradores ali presentes, exaltando a fé e o empreendedorismo dos colonos italianos e a união de vários povos que compõe o Brasil.À noite, no mesmo dia, já no município vizinho de Brusque, o Príncipe Imperial ministrou a palestra “A Monarquia na Construção do Brasil Independente”, abrindo o Ciclo de Conferências Magnas do Bicentenário da Independência, que se estenderá até 2022. Foi uma brilhante aula magna, na qual Sua Alteza expôs de forma magnânima e através de argumentos sólidos, em um panorama que foi da Fundação do Reino de Portugal, em 1139, passando pela Descoberta do Brasil, em 1500, nossa Independência, em 1822, até chegar ao infame golpe

A MONARQUIA NA CONSTRUÇÃO DO BRASIL INDEPENDENTE

Pró Monarquia via internet

republicano de 1889, a inegável superioridade da Monarquia sobre a República, contribuindo grandemente para a formação humana e intelectual das autoridades, cidadãos e monarquistas locais que lotavam o auditório, além das centenas de pessoas que assistiam à palestra ao vivo, pela Internet.

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3 Lançamento

O lançamento do livro Tudo sobre a Monarquia ocorreu dia 30 de novembro do corrente ano as 19h00min na Livraria Martins Fontes Paulista Av. Paulista, 509, Capital – SP. O evento contou com a presença de vários monarquistas, entre os presentes o Dr. Rocco membro da Pró monarquia e o Presidente Nacional das instituições: Instituto Brasil Imperial e da Real Democracia Parlamentar – RDP Comendador Antônyo Cruz.Palavras do autor: Tudo que tenho pesquisado e estudado indicam que o melhor e mais rápido caminho para o Brasil, seu sucesso, sua grandeza, é a Monarquia.Talvez haja outros, mas tenho certeza que são muito mais lentos e muitos cheios de idas e vindas mantendo o povo apreensivo.Sou Monarquista desde o plebiscito de 1993 e nesses 23 anos minhas convicções só cresceram, porque se naquela época abracei a Monarquia, mais por impulso, hoje é de modo completamente racional.Vamos começar pelas 30 nações mais ricas do mundo o Prof. Daron Acemoglu no seu livro “Por que as

TUDO SOBRE A MONARQUIA de autoria de Abner Macoto

Da Redação

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Nações Fracassam” mostra que esta tabela das 30 nações pouco mudou nos últimos 100 anos apenas poucos países como Singapura que entrou e hoje é o 13º e o Brasil que saiu e hoje caiu para o 61º. O Brasil mergulhou do 8º para 61º graças à republica que trocou a monarquia, com seus golpes, instabilidades, incompetência e roubo dos políticos e governantes.Nessa tabela 64% são monarquistas e com exceção dos USA o resto são republicas parlamentaristas. Também figuram Canadá e Austrália que foram descobertas na mesma época, grandes como o Brasil, e são cinco vezes mais ricos.Por outro lado, todos sabem da grande corrupção e cada dia um figurão vai para cadeia um dia é governador, outro dia um senador, outro um deputado e assistimos essa pouca vergonha; incapazes de tomar alguma medida efetiva. Eles criaram um esquema de impunidade difícil de transpor: foro privilegiado, lavadores profissionais de dinheiro, multidão de recursos, mau caratismo puro e simples, etc. Qualquer medida que os prejudique são logo engavetadas ou modificadas de modo irreconhecível e agora mesmo estamos assistindo reformas políticas paliativas e mudança das dez medidas propostas pela população.Três frases se tornam importantes: Einstein: Como querem resultados diferentes fazendo sempre igual. Francisco José: A função do monarca é defender o povo dos maus políticos e Max Weber: A Monarquia parlamentar cumpre uma função que está fora do alcance de um presidente eleito. Restringe formalmente a ânsia do poder dos políticos porque ocupa de forma definitiva, o cargo supremo de estado.

Isso nos mostra que o poder moderador que o rei dispõe de dissolver o Congresso pode colocar um freio nos políticos, ao nomear advogados do seu partido (Toffoli), pois é apartidário e ao indultar os condenados nunca vai indultar seus cupinchas (Dirceu, Genoino) fatos que assistimos estarrecidos nos últimos tempos. Entre Caixa e Banco do Brasil falam em aposentar 20.000. que será que faziam lá? Contato com o autor pelo e-mail [email protected]

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O 4° conde da Ponte será sucedido pela sua filha única do seu consórcio com D. Ana Catarina de Meneses, filha dos segundos condes de Santiago, 5ª condessa D. Leonor de Saldanha Mascarenhas Melo e Torres, que se casou com o seu parente José António de Saldanha Meneses e Sousa, que pelo casamento foi o 5° conde da Ponte, era também brigadeiro-chefe do regimento de Peniche. Desse consórcio não houve descendência, falecida a condessa em 1782, a sucessão do título recai, no já citado, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes de Brito, 6° conde, filho de Manuel de Saldanha da Gama, que era irmão do 4° conde e tio da 5ª condessa. Detentor de todos os senhorios de sua família, bem como os vínculos que instuiram a grandeza da sua casa. Seguiu carreira no exército, deixando suas fileiras após ser nomeado governador e capitão-general da Capitania da Bahia em 1805, cargo no qual recepcionará o Principe Regente D. João em 1808 na cidade da Bahia. Esse avô do alte. Saldanha da Gama também era senhor de Engenho (Acupe) e detentor de várias propriedades naquela capitania, habitava o paço do Saldanha, prédio pitoresco da capital baiana, onde hoje se encontra instalado o Liceu de Artes e Ofícios. O 6° conde da Ponte era irmão do 1° conde de Porto Santo, António de Saldanha da Gama, que na carreira naval chegou até chefe de

Alte. Dom Luiz Phelippe de Saldanha da Gama - Honra e Glória da Marinha. Suma Genealógica – Parte 2.

Luís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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esquadra, em 1804 foi nomeado governador e capitão-general do Maranhão e em 1807 foi transferido para o governo de Angola, onde fez uma administração exitosa. Em 1814 foi um dos plenipotenciários portugueses no Congresso de Viena. Na política portuguesa foi um defensor do liberalismo e do constitucionalismo, com sua morte a representação desse título passou colateralmente para os condes da Ponte. Ainda no campo das alianças, um irmã dos dois precedentes, Joana Maria do Resgate Saldanha da Gama, foi por casamento, viscondessa de Sousel, consórcio esse com o brigadeiro António José de Miranda Henriques da Silveira de Albuquerque de Mexia Leitão e Melo, cuja filha primogênia foi por casamento condessa de Bobadela.O 6° conde da Ponte, ao se casar com uma filha, Maria Constança, do primeiro conde de Rio Maior, faz uma grande aliança, pois a mesma é neta materna do primeiro marquês de Pombal e primeiro conde Oeiras, todo poderoso ministro de D. José I, que nesse cargo projetou a sua reputação de grande estadista e figura até os nossos dias como governante do iluminismo na história portuguesa, mesmo tendo passado por grandes revezes a sua sorte após a morte do soberano que lealmente serviu em momentos difíceis, tais como a recuperação de Lisboa após o terremoto de 1755, as guerras contra a Espanha na pinínsula ibérica e no continente sul americano, etc, sua descendência provém do seu segundo casamento, em Viena, quando era ministro de SM Fidelíssima junto àquela corte, com D. Eleonora Ernestina, condessa de Daun filha do Marechal de Campo austriaco, Henrique Ricardo

Lorenzo, conde de Daun, título do Sacro Império Romano Germânico, e de sua mulher Maria Violante Josefa von Boymont, condessa de Payrsberg. O pai da noiva era 16° Morgado de Oliveira, Conselheiro de Estado, Gentil-Homem da Câmara da Rainha D. Maria I, Grã-Cruz da Ordem de Cristo, detentor de cinco comendas da Ordem de Cristo, exerceu diversos importantes cargos na administração do Reino, chefiou uma missão diplomática com vistas à reconciliação entre Brasil e Portugal após a independência, que foi a primeira das negociações, mais adiante, teve por fim o reconhecimento da Independência brasileira. A noiva, portanto, era irmã, do futuro 2° conde, em cuja descendência o título será elevado a marquês (seu neto, 4° conde e 1° marquês de Rio Maior). Porém devemos registrar que o 9° filho (João Carlos Gregório Domingues Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun) do 1° conde de Rio Maior foi o 1°conde, 1°marquês e 1° duque de Saldanha, que como oficial do exército de notabilizou na guerra pininsular até a expulsão dos franceses do Reino, em 1815, como coronel, é transferido para o Brasil onde luta na Guerra Cisplatina, onde se distinguiu, e impôs grandes perdas aos orientais sublevados, chegou a ser promovido à brigadeiro, quando foi nomeado capitão-general da província de São Pedro do Rio Grande, cargo em que A segunda filha D. Maria Amália, será por casamento viscondessa de Santarém, consorciada com o 2°visconde D. Manuel Francisco de Barros e Sousa Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, ministro de Estado, diplomata e escritor, cuja obra monumental sobre as relações internacionais de Portugal foi, em

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grande parte, escrita no auto-exílio na França, por ser miguelista, viveu alguns anos no Brasil, desse período pudemos notar que grangeou a amizade de importantes historiadores entre eles o cônego Januário da Cunha Barbosa, um dos fundadores do IHGB, o qual homenageou em março de 1847 no Bulletin de la Societé de Géographie com o artigo Notice sur la Vie et les Travoux de M. da Cunha Barbosa, Secrétaire Perpétuel de l`Institut Historiqueet Géographique du Brésil, etc. Sua descendência primogênita dará coontinuidade ao seu título, bem como o seu segundo filho António de Barros Saldanha da Gama de Sousa Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, será por designação de seus tios, 2°visconde de Vila Nova da Rainha, que era general de brigada e acompanhou o seu tio, o duque de Saldanha, no movimento militar de 1851.O terceiro filho, D. João, falece aos 23 anos ainda solteiro.O quarto filho D. Luís Saldanha da Gama Melo e Torres Brito Guedes, foi no Império do Brasil, visconde com grandeza e marquês de Taubaté, grande do Império, diplomata, foi ministro plenipotenciário e enviado extraordinário junto ao Império Russo, foi veador da Imperatriz e comendador da Ordem de Cristo, casou com D. Sofia Bron, com descendência. Acompanhava a comitiva do Príncipe Regente quando do grito do Ipiranga em 07/09/1822. Faleceu aos 36 anos. Usava o brasão de armas dos condes da Ponte.(Continua na próxima edição).

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No dia 02 de dezembro registramos o transcurso do centenário da educadora portuguesa radicada no Brasil, Maria Leonila Peres Rodrigues, nascida Ramos Peres em Olhão da Restauração na província do Algarve, sul de Portugal, em 1916. Orgulhava-se imensamente da sua cidade, como todos os seus conterrâneos, pois lá começou a insurreição contra os invasores franceses a soldo de Napoleão Bonaparte, que foram expulsos, e para esse êxito concorreram alguns dos seus antepassados. De tão notável feito os olhanenses enviaram para o Rio de Janeiro, uma pequena embarcação, um caíque, batizado de Bom Sucesso, para dar a notícia ao príncipe regente D. João. Imortalizando esse feito, bancos de azulejos decorados, no jardim municipal retratam essa epopeia. Monarquista, guardou a emocionada narrativa que sua mãe fez da chegada da notícia do regecídio de 1908 na vila de Olhão e o desespero que tomou conta da população.Radicada no Brasil desde 1937, após alguns anos passados na Argentina, onde se formou no Escuela Industrial para Senhoritas, na cidade de Rosário. Exerceu o magistério no antigo Estado do Rio de Janeiro, especificamente no município de Nilópolis, onde lecionou educação artística no renomado Instituto Filgueiras. Esteve ligada aos esforços do ex-presidente Juscelino Kubitschek dentro Aliança para o Progresso de incentivar a educação, contudo, a conjuntura política dos anos de 1963/64 inviabilizaram o progresso dessa iniciativa.Uma das suas grandes paixões foi o seu país, que assim como o Brasil ela adorava, a paixão por Portugal ela passou aos seus descendentes, que se orgulham muito de suas raízes lusas. Falecida em janeiro de 2002, em 2012, um módulo da exposição Lusa Presença, realizada na Academia Brasileira de Letras, a homenageou.

Centenário de Maria Leonila Peres RodriguesLuís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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Em 04 de dezembro o Brasil perdeu um grande intelectual, que foi um artista múltiplo, que desde muito jovem se dedicou ao jornalismo, ao ensaísmo e a poesia, tendo sua carreira enveredado também pela crítica de artes plásticas, tendo participado com grandes artistas plásticos do movimento neoconcreto, tanto nas letras quanto nas artes plásticas, nesta como incentivador e analista, participando dos experimentalismos do fim dos anos sessenta e começo dos setenta. Militante de esquerda, foi exilado pela ditadura. Exílio esse que se deu na Argentina, onde escreveu um dos seus melhores poemas, Poema Sujo, que alguns alçam à condição de sua obra prima. Foi um lutador pela liberdade, o que no fim da vida fez com que revisse algum dos conceitos caros à esquerda, mas sem deixar de ser de esquerda: "Depois de 20 anos de luta, conseguimos reconquistar a democracia que negávamos. Para poder reclamar contra a injustiça, a desigualdade, nada melhor que a liberdade". (Aula Magna da UFRJ 2006). Continuou um apaixonado pela liberdade e pela arte que para ele: 'A arte existe porque a vida não basta'.O Brasil perdeu um grande intelectual, espécie rara no país, assim o país está mais pobre, só temos que lamentar a sua perda, que como ele quis morreu em paz, privilégio dos justos.

Adeus à Ferreira GullarLuís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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11 ArtigoAniversáriosArtigo

Os momentos finais desse inesquecível ano de 2016, tem nos reservado fortes momentos, alguns a serem inscritos no livro permanente da infâmia política republicana brasileira, como o protagonizado pelo reincidente Geddel Vieira Lima que bateu o pé para poder construir o seu apartamento, milionário, em área histórica da capital baiana, acabou sem apartamento e sem emprego, sobrando críticas para o governo. Em seguida temos capítulo dedicado ao coronel Calheiros, que passou da desobediência explícita à obediência cega às determinações do Supremo Tribunal Federal, inicialmente dando uma volta no Oficial de Justiça que iria notificá-lo do afastamento da presidência do Senado, por determinação do ministro Marco Aurélio Mello, o mesmo a quem o Brasil deve o fato de não se ter uma cláusula de barreira nas eleições legislativas, depois o STF julgando a liminar o mantém na presidência do Senado, sem poder substituir o presidente da república, por ser réu. Aí ele deixou o oficial de justiça chegar e jurou cumprir essa determinação. Isso só confirma aquilo que eu repito há anos, que a república é uma tragédia travestida de comédia.No Rio de Janeiro tivemos momentos de selvageria que mostraram ao país o processo de falência do dito Estado pela incompetência dos seus gestores, que nos momentos em que a ilusão do petróleo encobria a má gestão, as demais fontes de rendas não eram trabalhadas, agora que a ilusão acabou apareceram os buracos. Num dos momentos

2016 Inesquecível - Momentos FinaisLuís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

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inesquecíveis desse ano teve-se dois ex-governadores presos, agora somente um. Os grandes esquemas de desvios de recursos públicos e/ou propinas, bem como os favorecimentos espúrios também ficaram à mostra. Agora a população senta e chora. A solução está longe de ser alcançada pela intransigência das partes envolvidas, ou seja um processo republicano por excelência. O certo é que Sérgio Cabral deve estar achando que ainda tem muito espaço no aquário de peixes grandes. Como eu havia antecipado as delações da Odebrecht, ainda à nível de vazamentos, já fizeram grande estrago pois atingem gregos e troianos em Brasília, mas como as delações não foram ainda homologadas pelo STF, os denunciados estão tentando tirar o corpo fora, depois da homologação veremos como ficarão as coisas. Mas esse momento inicial já é sufuciente para se chegar a conclusões de como as coisas se processam nas instituições republicanas desse país: As empreiteiras ao lidarem com obras com grandes valores envolvidos, são cobradas a colaborar nas campanhas dos partidos políticos. Em nenhum momento nas delações é dito que os políticos pedem dinheiro sujo das empreiteiras, pedem eles uma colaboração. As empreiteiras para fazer frente a essas colaborações pedidas, montaram mega esquema de cartel, onde todas superfaturam obras, para manter molhada a burra dos partidos, ao mesmo tempo em que elas, as empreiteiras, pedem ajuda na tramitação dos seus vários interesses nas casas legislativas. Ou seja, estamos no modus operandi de um sistema permanente de lobby, que podemos dizer ser um

esquema popularmente conhecido por "me ajuda que eu te ajudo". A questão então é que alguns poderão alegar que o esquema de cartel ficou por conta das empreiteiras, eles pediam apenas doações de campanha. A outra questão será a questão do caixa 2, que os delatores terão de comprovar para justificar a redução das suas penas, isso teremos de esperar para ver o que acontece, portanto 2016 de tão inesquecível terá tudo para não acabar.Outro ponto que deixará esse ano persistir nas nossas memórias é a tragédia da queda do vôo da Chapecoense, com a perda de muitas vidas prematuramente, mas um ponto a ser ressaltado nessa tragédia é que um legado permanesse, qual seja o esforço que fez dessa equipe um caso de sucesso no futebol brasileiro, e esse sucesso é a simplicidade, a honestidade e a falta de megalomania, tudo que não existe em muitas das grandes equipes do futebol brasileiro e que por isso apresentam-se em sua maioria com passivos trabalhistas gigantescos, em alguns casos times que não rendem proporcinalmenteo que foi investido, mesmo que precariamente. Espermos que essa tragédia sirva para que o exemplo da gestão honesta e de sucesso da Chapecoense contamine o futebol brasileiro.

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No dia 15 de dezembro, foi lançado no salão nobre da Imperial Irmandade de São Vicente de Paulo, na Imperial cidade de Niterói, o primeiro volume da obra genealógica Gens Leopoldinensis et Recreiensis de autoria do prof. Francisco Tomasco de Albuquerque, presidente do Círculo Monárquico D. Pedro II de Niterói. Obra de toda uma vida, onde o autor relaciona os ascendentes e descendentes do seu trisavô, o botânico e naturalista Frederico Guilherme de Albuquerque, dando uma ampla visão da contribuição dos seus antepassados na história do Brasil, em particular na epopeia da povoação do sul do Brasil, além de traçar um panorama da carreira científica do dito Frederico de Albuquerque, que é muito festejado como um dos introdutores do eucalipto no Brasil, mas possui muitas outras contribuições na botânica brasileira e na prática da agricultura, com a qual contribuiu de forma ímpar com a edição da Revista de Horticultura, que foi um periódico muito conceituado e estimado no meio a que se destinava.O livro também aborda as alianças das famílias em questão que são: Na parte I: Albuquerque, Medeiros e Albuquerque, Souza Medeiros e os Lorena. Na parte II: os Fonseca Ramos.Os interessados nessa importante obra, podem contatar o autor pelo e-mail [email protected].

Lançamento do Livro Gens Leopoldinensis et Recreiensis

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