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Quarta-feira, 07 de maio de 2014 Gazeta do Povo Coluna do Leitor / Tribunal de Contas 1 No caso da escolha dos conselheiros dos tribunais de contas (Gazeta, 4/5), o ideal seria o processo por concurso público, além da idoneidade do candidato. Eles deveriam ser formados em Ciências Contábeis, Finanças ou Administração. No caso de advogados, teriam de ter especialização em alguma dessas áreas. Acredito que com essas formalidades teríamos apenas bons conselheiros nos tribunais de contas.Francisco Lefko Tribunal de Contas 2 É inconcebível uma instituição que tem a prerrogativa de fiscalizar e zelar pelas contas públicas ter em seus quadros agentes políticos ou apadrinhados. Não há como haver isonomia e impessoalidade no julgamento das ações nesses casos; além disso, muitos não têm técnica para o exercício da função. Enquanto o ingresso não ocorrer por concurso, os tribunais de contas continuarão reféns da parcialidade e do acobertamento político, dando à raposa a missão de cuidar do galinheiro. Marcelo Rebinski, historiador Infância / Os malpagos guardiões do ECA no Paraná Estudo do governo estadual mostra que os conselheiros tutelares do Paraná são mal remunerados e precisam driblar a falta de estrutura Maria Gizele da Silva, da sucursal Divina Antônia de Lima faz jus ao nome. Ela tem 53 anos, trabalha como catadora de material reciclável em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, assumiu a guarda de cinco netos após a separação dos pais e lutou para que dois deles fossem matriculados na escola. Na luta pelas vagas, ganhou o apoio dos conselheiros tutelares. “Eu não sei ler nem escrever, não sabia nem de qual escola a minha neta tinha vindo, eles me ajudaram bastante”, conta ela. O encaminhamento para a escola é uma das funções dos conselheiros. Mas o trabalho desses guardiões do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não é nada fácil. Um levantamento inédito da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social (SFDS), finalizado em abril, mostra que os conselheiros tutelares do estado são mal remunerados e precisam driblar a falta de estrutura todos os dias. Para Divina, que quase não recebe auxílio de ninguém, a mão dada por esses profissionais foi uma bênção. O neto de 8 anos está no segundo ano e a neta de 10 iniciou o sexto ano. Por sorte, Divina conseguiu matricular a neta na mesma escola estadual em que outra neta mais velha estudou e, assim, o uniforme foi repassado para a mais nova. “Eu não tinha condição de comprar um uniforme novo para ela”, conta. Pessoas como Divina e os netos, que estão em vulnerabilidade social, são o público-alvo dos conselhos tutelares. As estruturas, que foram criadas pelo ECA, em 1990, são bancadas pelas prefeituras. A coordenadora da Unidade Técnica da Criança e

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Quarta-feira, 07 de maio de 2014

Gazeta do Povo Coluna do Leitor / Tribunal de Contas 1

No caso da escolha dos conselheiros dos tribunais de contas (Gazeta, 4/5), o ideal seria o processo por concurso público, além da idoneidade do candidato. Eles deveriam ser formados em Ciências Contábeis, Finanças ou Administração. No caso de advogados, teriam de ter especialização em alguma dessas áreas. Acredito que com essas formalidades teríamos apenas bons conselheiros nos tribunais de contas.Francisco Lefko

Tribunal de Contas 2 É inconcebível uma instituição que tem a prerrogativa de fiscalizar e zelar pelas contas públicas ter em seus quadros agentes políticos ou apadrinhados. Não há como haver isonomia e impessoalidade no julgamento das ações nesses casos; além disso, muitos não têm técnica para o exercício da função. Enquanto o ingresso não ocorrer por concurso, os tribunais de contas continuarão reféns da parcialidade e do acobertamento político, dando à raposa a missão de cuidar do galinheiro. Marcelo Rebinski, historiador Infância / Os malpagos guardiões do ECA no Paraná Estudo do governo estadual mostra que os conselheiros tutelares do Paraná são mal remunerados e precisam driblar a falta de estrutura Maria Gizele da Silva, da sucursal

Divina Antônia de Lima faz jus ao nome. Ela tem 53 anos, trabalha como catadora de material reciclável em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, assumiu a guarda de cinco netos após a separação dos pais e lutou para que dois deles fossem matriculados na escola. Na luta pelas vagas, ganhou o apoio dos conselheiros tutelares. “Eu não sei ler nem escrever, não sabia nem de qual escola a minha neta tinha vindo, eles me ajudaram bastante”, conta ela.

O encaminhamento para a escola é uma das funções dos conselheiros. Mas o trabalho desses guardiões do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não é nada fácil. Um levantamento inédito da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social (SFDS), finalizado em abril, mostra que os conselheiros tutelares do estado são mal remunerados e precisam driblar a falta de estrutura todos os dias.

Para Divina, que quase não recebe auxílio de ninguém, a mão dada por esses profissionais foi uma bênção. O neto de 8 anos está no segundo ano e a neta de 10 iniciou o sexto ano. Por sorte, Divina conseguiu matricular a neta na mesma escola estadual em que outra neta mais velha estudou e, assim, o uniforme foi repassado para a mais nova. “Eu não tinha condição de comprar um uniforme novo para ela”, conta.

Pessoas como Divina e os netos, que estão em vulnerabilidade social, são o público-alvo dos conselhos tutelares. As estruturas, que foram criadas pelo ECA, em 1990, são bancadas pelas prefeituras. A coordenadora da Unidade Técnica da Criança e

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do Adolescente da SFDS, Márcia Tavares, divulgou alguns números do diagnóstico: 25% dos conselhos estão funcionando em prédios que são divididos com outros órgãos municipais e 35% dos imóveis não têm salas individuais de atendimento, o que pode constranger quem procura o órgão.

Nos 399 municípios paranaenses existem 414 conselhos que envolvem 2.080 conselheiros tutelares eleitos. Em Ponta Grossa são três conselhos e em Curitiba são nove. Segundo a assessora técnica dos Conselhos Tutelares pela Fundação de Ação Social (FAS), em Curitiba, Aline Javornik, cada distrito administrativo tem um conselho para facilitar o acesso da população. Distorção salarial entre as cidades é grande

Como os conselhos tutelares são instrumentos mantidos pelas prefeituras, cada município tem leis específicas para regê-los. Os salários são variados. Em Ponta Grossa, por exemplo, se paga R$ 1,8 mil para o conselheiro, enquanto em Curitiba a remuneração chega a R$ 3,6 mil.

Mas, conforme o diagnóstico da Secretaria de Estado da Família e De-senvolvimento Social, 49% dos conselheiros atuantes no estado recebem até um salário-mínimo (R$ 724). O valor médio é considerado baixo pelo conselheiro de Ponta Grossa Ronaldo da Silva. Ele se graduou em Direito e exerce o seu primeiro mandato como conselheiro. Mesmo tendo a chance de se reeleger, não vai querer continuar na função. O salário baixo e o desgaste da atuação o afastam da possibilidade de pensar em um novo mandato.

“Todo dia tem alguém que chora na minha sala, são situações muito complicadas que exigem do conselheiro muito equilíbrio emocional”, explica.

O diagnóstico da SFDS identificou que a maioria dos conselheiros não tem o perfil de Silva e possui apenas o ensino médio. Para o promotor da área da infância, Murillo José Digiácomo, é preciso mais que isso para exercer a função. “Não é preciso ser formado em Harvard, não estou desmerecendo quem não tem formação superior, mas é necessário que o conselheiro tenha consciência de sua atuação e seja envolvido na luta pelos direitos das crianças e adolescentes”, argumenta ele.

Equiparação Para o presidente da Associação Estadual de Conselheiros e Ex-con-selheiros do Paraná, Márcio Rosa da Silva, as distorções salariais precisam ser resolvidas. “Há conselheiros ganhando menos de um salário e outros ganhando R$ 4 mil ou R$ 5 mil dentro do estado”, acrescenta. Ele diz que a categoria reivindica o pagamento de adicionais por dedicação exclusiva e pagamento de horas-extras. Já houve uma reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas por enquanto não há definições quanto à mudança na remuneração. Formação / Eleições padronizadas devem melhorar capacitação da classe

Uma forma de melhorar o trabalho dos conselhos é a formação continuada dos conselheiros. Conforme a coordenadora da unidade técnica da criança e do adolescente da Secretaria de Estado da Família, Márcia Tavares, o primeiro passo foi dado com a realização do diagnóstico que levantou o perfil dos conselhos e dos conselheiros.

Além disso, segundo ela, a eleição unificada deve facilitar a aplicação dos cursos. A partir do ano que vem, todos os conselheiros tutelares do país serão eleitos em outubro e tomarão posse em janeiro de 2016. Pela lei 12.696, os conselhos passaram a ter uma data unificada para o pleito, que ocorrerá sempre um ano depois da eleição presidencial. Até agora, os conselhos tutelares eram constituídos em meses diferentes e, portanto, os mandatos tinham períodos distintos, o que dificultava os projetos de capacitação.

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O governo do Paraná deve investir, segundo Márcia, R$ 3,8 milhões em obras de infraestrutura dos conselhos e mais R$ 4 milhões em cursos de capacitação.

Referência Segundo a professora de Direito Internacional Privado da UFPR, Tatyana Scheila Friedrich, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) do Brasil é considerado modelo, apesar de ter instituído um conjunto de leis próprio para a área bem depois de países como Portugal, que possui normas protetivas específicas para a infância desde 1911. Para ela, o país está num estágio avançado em termos de legislação. “O que falta é a efetivação e concretização da legislação e pleno funcionamento dos conselhos, na prática.”

Como acessar Quem precisa acessar o Conselho Tutelar de sua cidade deve se informar na prefeitura, já que eles têm um telefone fixo para o horário de expediente e um número celular para o regime de plantão, pois os conselhos trabalham 24 horas. Em Curitiba, por exemplo, aos finais de semana é possível acionar o Conselho Tutelar ligando para o número 156. A última alteração no ECA, em 2012, através da lei 12.696, não trouxe um número unificado de contato com os conselheiros, como os que existem nos serviços de emergência. Racismo / Operário é indenizado após ser chamado de macaco em SC

Um operário de uma empresa de alimentos de Florianópolis vai receber indenização de R$ 15 mil por ter sido chamado de macaco pelos patrões. O juiz Paulo Cardoso Botto Jacon, da 6.ª Vara do Trabalho, fixou a indenização em R$ 30 mil, mas o valor foi reduzido à metade no julgamento em 2.º grau pelos desembargadores da 3.ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina. A decisão é final e não cabe recurso. O TRT não divulgou o nome da empresa. Em sua decisão, o juiz Paulo Cardoso Botto Jacon destacou que “todos sabem que a expressão é racial e discriminatória” e lamentou que isso ainda ocorra nos dias atuais. “Um ser humano não precisa afirmar-se menosprezando o outro, muito menos um empregador em face do empregado”, escreveu o juiz. Passado / Condenado pela morte do índio Galdino é barrado em concurso Agência O Globo

O juiz Carlos Fernando Fecchio, da 5.ª Vara da Fazenda Pública do Distrito

Federal, concedeu liminar determinando a inclusão do candidato Gutemberg Nader Almeida Júnior nas próximas etapas do concurso para o cargo de agente da Polícia Civil do Distrito Federal. Gutemberber foi um dos condenados por envolvimento na morte do índio Galdino Jesus dos Santos, em 1997, e havia sido reprovado na etapa de sindicância de vida pregressa e investigação social do concurso. Ele estava no grupo de cinco rapazes de classe média de Brasília que atearam fogo em Galdino, enquanto o índio dormia num ponto de ônibus da capital.

O edital do concurso diz que serão eliminados os candidatos que tiverem “dado causa ou participado de fato desabonador de sua conduta, incompatibilizando-o com o cargo de Agente de Polícia da carreira de Polícia Civil do Distrito Federal”. A etapa é eliminatória. O candidato alegou que cumpriu medida socioeducativa há mais de 15 anos. Na decisão, o juiz difere outros crimes de atos infracionais e medidas socioeducativas. Justiça / Acusados de matar dentista queimada são condenados a 37 anos

A Justiça paulista condenou ontem os três homens acusados de matar queimada a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46 anos, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Eles assaltaram a clínica de Cinthya em abril do ano passado. Após saquear o lugar e sacar dinheiro da conta pessoal da dentistas, os três ainda atearam

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fogo nela. Segundo o Tribunal de Justiça, Victor Miguel Souza Silva e Thiago de Jesus Pereira foram condenados a 37 anos e seis meses de reclusão e Jonatas Cassiano Araújo a 36 anos de reclusão pelos crimes de roubo, extorsão e latrocínio. Segurança / Richa se compromete a criar Divisão de Homicídios Rogerio Waldrigues Galindo

O governador Beto Richa (PSDB) anunciou que vai criar a Divisão de Homicídios de Curitiba, que ficaria responsável por investigar todos os assassinatos ocorridos na capital. A criação da Divisão é uma antiga promessa do governo do estado, que foi renovada no ano passado depois de a Gazeta do Povo publicar a série de reportagens Crime sem Castigo. A série mostrou que os policiais consideram “humanamente impossível” resolver os homicídios cometidos na capital a cada ano. Segundo a série, apenas 4% dos crimes de homicídios levaram a uma condenação judicial nos últimos dez anos.

A Divisão de Homicídios seria uma estrutura maior que a atual delegacia especializada que cuida das investigações. Hoje, há seis delegados respondendo por mais de 500 homicídios dolosos que ocorrem anualmente na capital. Isso significa que cada delegado tem de resolver um homicídio a cada três dias, sem contar os casos antigos não resolvidos e a resolução de outros crimes, como os de tentativa de assassinato. O governo não informa quantos delegados haverá caso seja criada a Divisão.

Outra mudança que uma Divisão traria, se for seguido o modelo de outras capitais, como São Paulo, é a existência de peritos dedicados em tempo integral à solução de homicídios. Hoje, a cada crime, é preciso pedir a necropsia ao Instituto Médico Legal e, muitas vezes, os exames demoram a retornar. A série de reportagens mostrou que a média de tempo entre 2010 e 2013 era de 120 dias para que uma necropsia fosse encaminhada. O projeto da Divisão também prevê a criação de quatro delegacias de homicídios, uma para cada grande área da cidade.

Desde o ano passado, o projeto de criação da Divisão, redigido pela atual delegada Maritza Haisi, foi aprovado pela Secretaria de Segurança e estava tramitando pela burocracia oficial. Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Riad Farhat, a autorização do governador era a última etapa antes da criação da nova estrutura. Doença / Confirmada uma morte por dengue em Rolândia Tatiane Salvatico, do Jornal de Londrina

A investigação do resultado do exame sorológico, concluída no fim da tarde de segunda-feira, confirmou que o médico Tertulino Aires Neto morreu em decorrência de dengue em 28 de abril. Residente de Rolândia, o médico ficou internado por uma semana no Hospital do Coração de Londrina, onde morreu.

No início da semana passada, o exame já apontava como possível causa da morte a dengue, mas uma investigação foi realizada porque Aires Neto sofria de problemas pulmonares e cardíacos, que poderiam ter contribuído para o óbito. “Com esta confirmação, temos oficialmente o segundo caso de morte por dengue na nossa região”, disse o chefe da Vigilância de Saúde da 17.ª Regional de Saúde de Londrina, José Carlos Moraes. Em 25 de abril, outro morador de Rolândia morreu em decorrência da doença.

Um terceiro óbito ainda está sendo investigado pela Regional de Saúde. Se confirmado, a mulher de 85 anos, que morreu no Hospital da Zona Norte em abril, será a primeira vítima residente em Londrina a morrer por conta da doença neste ano. O

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resultado deve ser concluído até 9 de maio, segundo o chefe da Vigilância de Saúde da 17.ª Regional de Saúde. Prevenção / Prematuros têm direito à vacina contra vírus de infecções respiratórias

Bebês prematuros, crianças menores de 1 ano de idade que nasceram prematuras e aquelas menores de 2 anos de idade com doença pulmonar crônica da prematuridade ou doença cardíaca congênita, de todo o Paraná, podem ser vacinados contra o vírus Sincicial Respiratório até o mês de agosto. O vírus é responsável por causar infecção respiratória aguda. Para receber a vacina, é preciso uma prescrição médica que pode ser obtida nas regionais de saúde de todo Paraná. Todas as doses aplicadas deverão ser registradas na caderneta de vacinação da criança. Alerta / Anvisa suspende 15 marcas de tintas para tatuagem

A Anvisa suspendeu 14 marcas de tinta para tatuagem por falta de registro no país. São elas: Intenze, Eternal Ink, Suprema Collors, Solid Ink, Drawing Ink 700, Extrema Magic Collors, Master Ink, Kuro Sumi, Murano, Kactus, Kokkai Sumi Ink, Infinity Tattoo Ink, Korrai Sumi Ink e Bowery Ink. De acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União, a orientação da agência é que as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios apreendam e inutilizem as unidades encontradas no mercado. Preparativos / Exército simula ações para a Copa Treinamento vai reunir 2,2 mil militares do Paraná e de Santa Catarina em Curitiba para garantir a segurança durante o Mundial da Fifa Diego Antonelli

Durante quase uma semana, Curitiba será palco de treinamentos das Forças Armadas para garantir a segurança da cidade durante a Copa do Mundo. Dos dias 12 a 17 deste mês, a Operação Pinheiral reunirá 2,2 mil homens do Exército oriundos do Paraná e de Santa Catarina. Também estarão presentes a Aeronáutica e o órgãos de segurança das três esferas públicas.

Na capital do Paraná, as atividades preparatórias focarão ações de vigilância e proteção em estruturas consideradas estratégicas para a realização do evento. Os militares também participarão de treinamentos visando à preservação da ordem pública e do patrimônio. Ao todo, o Exército lista oito eixos fundamentais a fim de garantir a segurança dos municípios-sede da Copa.

“Nessa atividade, em Curitiba, vamos focar principalmente em dois [eixos]: a força de contingência e defesas de estruturas estratégicas”, informa o assessor de comunicação da 5.ª Divisão do Exército, major André Kron. No dia 13, quando ocorre a formatura dos militares que participarão da segurança durante a Copa, também ocorrerá uma simulação das atividades de força de contingência do Exército.

A ação contará com armamentos, cães e até tanque de guerra, segundo Kron. A atividade será na sede da 5.ª Divisão, no bairro Pinheirinho. Os efetivos serão utilizados apenas em situações nas quais haja o esgotamento da capacidade operativa dos órgãos de segurança pública, mediante solicitação dos governos estaduais e autorização da Presidência da República.

“As forças de contingência, que têm treinamento especial para agir nas situações-limites de perturbação da ordem social, podem atuar tanto no sentido de reforçar o esquema de segurança quanto de assumir o controle operacional se a situação exigir”,

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conta o major. Ele exemplifica um caso de manifestação gigantesca. “Se fugir do controle dos órgãos, é possível o Exército intervir.”

Terroristas Os demais treinamentos devem ocorrer dentro dos quartéis do Exército na capital do estado. Em um deles, que está previsto para ocorrer no dia 15, os militares irão simular um ataque terrorista a um ônibus. “Nessa ação haverá reféns e, inclusive, explosões”, adianta o major.

Segundo o militar, foram mapeados 16 pontos de estruturas estratégicas para a realização da Copa em Curitiba. Desses, cinco serão ocupados pelo Exército: a subestação da Copel no Parolin e no Batel; a torre de telefonia no Mercês; o prédio central da Embratel; e a estação de água da Sanepar no Parolin. “Esses locais são fundamentais para a realização dos jogos e serão ocupados para evitar qualquer ação que os coloque em risco.” Planejamento / Os seis eixos do Exército para garantir a segurança durante a Copa do Mundo:

1. Proteção de estruturas estratégicas 2. Cooperação nas fronteiras 3. Fiscalização de explosivos 4. Segurança e defesa cibernética 5. Defesa química, biológica, radiológica e nuclear 6. Prevenção e combate ao terrorismo

Educação / Após três anos, PNE é finalizado e vai para o plenário da Câmara Deputados mantiveram a maior parte das mudanças feitas no Senado, como políticas de meritocracia e alfabetização até os 8 anos de idade Jônatas Dias Lima

Acabou ontem a votação do texto do Plano Nacional de Educação (PNE) pela comissão especial formada na Câmara para analisá-lo. A comissão votou os últimos destaques que restavam para que o plano vá à votação no plenário, o que ainda não tem data para ocorrer. Na sessão, os deputados optaram por manter o texto do Senado, em detrimento das modificações feitas pelo relator.

Em uma sessão sem grandes grupos de manifestantes, um dos destaques que poderia gerar nova polêmica acabou tendo votação simbólica. O relator, deputado Angelo Vanhoni (PT), acolheu a sugestão para que fossem retirados os termos “identidade de gênero” e “orientação sexual” de um trecho da meta 3, que trata de políticas contra a evasão escolar no ensino médio. Foi mantida a versão do Senado que determina “prevenção à evasão motivada por preconceito e qualquer forma de discriminação”.

Alfabetização A discussão referente à meta 5, que trata da alfabetização, foi mais longa. O destaque previa a redução da idade limite para que uma criança conclua o ciclo de alfabetização de 8 – conforme o texto do relator – para 6 anos de idade. Embora não houvesse consenso, o autor do destaque, deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) optou por retirar a emenda. O PNE, portanto, manterá a meta dos 8 anos como idade limite para uma criança ser alfabetizada.

Incentivo Na meta 7, a estratégia que determina o estabelecimento de políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), sistema conhecido como meritocracia, foi aprovado pela comissão. O trecho foi acrescentado pelo Senado e retirado pelo relator. A comissão, no entanto, optou por manter o texto dos senadores.

Histórico O PNE está em tramitação desde dezembro de 2010 e estabelece 21 metas para transformar a educação brasileira no período de dez anos. O plano já havia

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sido aprovado pelos deputados em 2012, mas foi modificado pelo Senado em 2013 e teve de voltar à Câmara para uma nova apreciação. Depois de passar pelo plenário da casa o texto deve seguir direto para a sanção presidencial.

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Servidores / Funcionários do HC vão retomar greve na sexta-feira Sharon Abdalla, especial para a Gazeta do Povo

Os servidores públicos ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest) aprovaram em assembleia realizada na manhã de ontem a retomada da greve, deflagrada no dia 20 de março. A paralisação deve recomeçar nesta sexta-feira.

A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) determinar que não haveria descontos dos dias parados na folha de pagamento dos servidores. Em abril, uma liminar tinha determinado a ilegalidade da paralisação e o desconto na folha salarial dos grevistas.

Cerca de 250 servidores que atuam no Hospital de Clínicas (HC), de um total de 1,9 mil funcionários, participaram da assembleia. A nova paralisação teve 100% de aprovação dos presentes, segundo o Sinditest.

Os técnicos-administrativos que atuam em outros setores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) continuam em greve.

A universidade informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que já foi notificada da decisão, mas que a instituição não vai se pronunciar até sexta-feira, quando deve conhecer a real dimensão da paralisação.

Demissão A categoria pede uma solução para a decisão da Justiça do Trabalho que obriga a universidade a exonerar 916 servidores contratados via Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) em um prazo de 90 dias. Um termo de ajustamento de conduta, assinado em 2006, entre o Ministério Público do Trabalho e a universidade obrigava a demissão desses funcionários e a contratação de novos via concurso até 2010. Depois de várias prorrogações dessa obrigação, a Justiça do Trabalho acatou o pedido do MPT para a execução da medida. Os 90 dias para a demissão dos funcionários acabam em 20 de junho, mas ainda não há qualquer solução costurada entre UFPR e MPT.

Prejuízos A paralisação anterior dos servidores, entre os dias 20 de março e 25 de abril, teve impactos sobre o funcionamento do HC. De acordo com informações da assessoria do hospital, os setores mais atingidos foram os de internação e de pronto-atendimento de urgências e emergências.

20 de junho é quando termina o prazo de 90 dias que a Justiça do Trabalho deu para que a UFPR regularize a situação do HC, demitindo 916 servidores contratados via Funpar e realizando concurso público para a substituição desses profissionais. Até o momento, não houve prorrogação desse prazo e nem o anúncio de um acordo entre UFPR e MPT sobre o tema. Ensino técnico / Justiça afasta reitor do IFPR e determina novas eleições Antonio Senkovski

Uma decisão liminar da Justiça Federal afastou Irineu Colombo do cargo de reitor

do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e determinou que sejam feitas eleições para escolher um novo reitor e novos diretores para os 15 campus da entidade espalhados pelo estado.

A decisão, proferida pelo juiz federal de Curitiba Cláudio Roberto da Silva, é da última sexta-feira, mas veio a público apenas ontem. O pró-reitor de ensino Ezequiel Westphal já assumiu provisoriamente o cargo, segundo a assessoria do IFPR. Ainda não há um parecer final sobre o assunto, já que cabe recurso da decisão.

A ação que culminou no afastamento liminar de Colombo foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do

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Paraná (Sindiedutec). A instituição argumenta que Colombo foi indicado por decreto após o antigo reitor (eleito) Alípio Santos Leal Neto, se licenciar da função, em 2011. Pela regra normal, Colombo deveria ficar como reitor até o fim do mandato de Neto, que terminaria em maio de 2014. Chegado o prazo para a convocação das eleições, Colombo teria se recusado a convocar novo pleito, de acordo com o presidente do Sindiedutec, Nilton Brandão.

Em agosto do ano passado, Colombo chegou a ficar cinco meses afastado do cargo durante as investigações da Operação Sinapse, da Polícia Federal, que apurou um esquema de desvio de dinheiro público na área de ensino a distância do IFPR que chegaria a R$ 11 milhões. À época, Colombo disse que foi sua gestão que descobriu as irregularidades, que não sabia porque tinha sido afastado do cargo.

Outro lado Em nota, o IFPR disse apenas que, por determinação judicial, Colombo teve seu mandato como reitor suspenso a partir do dia 1.º de maio. A reportagem não conseguiu localizar nem o professor nem um de seus advogados para comentar a decisão. Direitos Humanos / SP quer limitar entrada de haitianos Prefeitura propõe que até 40 imigrantes do país caribenho entrem na cidade por dia. Abrigo inaugurado ontem vai acolher os que chegam Das agências

A prefeitura de São Paulo propôs ao Ministério da Justiça uma ação articulada com o estado do Acre para limitar a entrada diária de até 40 haitianos na capital paulista. De acordo com o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sotilli, a medida é necessária para que se consiga dar um atendimento adequado aos imigrantes, como abrigos estruturados e encaminhamento para empregos. “Há uma quantidade grande de haitianos que estão vindo para São Paulo e, se a gente não coordenar, não vamos conseguir dar uma atenção adequada”, apontou. A questão foi debatida ontem em mais uma reunião entre os governos federal, estadual e municipal. As informações são da Agência Brasil.

Ontem à noite começou a funcionar um abrigo para os imigrantes haitianos mantido pela prefeitura de São Paulo. O lugar era uma reivindicação dos padres que dirigem o centro de acolhida da Igreja Nossa Senhora da Paz, no Glicério, região central da cidade, que até então estava abrigando os refugiados. Porém, ali não há espaço suficiente para todos.

O deslocamento desses imigrantes para o Sul e o Sudeste do país está ocorrendo desde o fechamento, no início de abril, do abrigo para haitianos em Brasiléia, no Acre. Muitos vieram de ônibus com passagens pagas pelo governo acreano. O estado enfrenta uma grande cheia dos rios que cortam a região, que o deixou isolado do restante do país.

Pela paróquia paulistana, que mantém o centro de acolhida, passaram mais de 500 imigrantes no último mês. De acordo com o padre Antenor Dalla Vecchia, diretor da Casa do Migrante, pelos menos 400 já foram encaminhados para vagas de emprego.

Reunião Durante reunião em Brasília, o município de São Paulo pediu ainda que os haitianos sejam encaminhados à cidade já com a documentação de permanência regularizada. “[Quando isso não é feito,] atrapalha muito o nosso trabalho de recebimento dessas pessoas, então é fundamental que o governo federal ajude a articular para que toda a documentação seja feita no Acre”, explicou o secretário de Direitos Humanos de São Paulo. Para conseguir um encaminhamento de emprego, é preciso que os haitianos tenham carteira de trabalho, CPF e protocolo do visto humanitário. Sotilli informou que também está sendo discutida a criação de um equipamento permanente, em São Paulo, para a acolhida de imigrantes.

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Segundo ele, a prefeitura propôs ao governo haitiano que seja feita uma campanha de esclarecimento para que os que quiserem vir ao Brasil o fazerem por via aérea, sem atravessadores. Transporte / Descontos geram multa de R$ 1 milhão a sindicatos e Urbs Angieli Maros

A Justiça do Trabalho multou em R$ 1 milhão o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) por descontos que vinham sendo feitos no salário de motoristas e cobradores assaltados durante o expediente de trabalho. O valor retirado da folha de pagamento era usado para pagar os prejuízos deixados pelos roubos.

A decisão, publicada ontem, é do juiz Luciano Augusto de Toledo Coelho, do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), e também determina o cumprimento da lei municipal que impede o motorista de exercer, ao mesmo tempo em que dirige, o papel de cobrador.

No documento da decisão, o juiz ressalta que, ao realizarem a dupla função, os motoristas são vítimas de fadiga e estresse. A decisão também diz que, além dos descontos ilegais realizados por causa de assaltos e multas aplicadas pela Urbs, foi constatada a falta de pagamento de horas trabalhadas.

Como medidas imediatas, o TRT determina a interrupção das cobranças irregulares por parte das empresas de transporte e que o Sindimoc retire da Convenção Coletiva de Trabalho as cláusulas que permitem a cobrança dos valores relativos a multas e assaltos ocorridos durante o expediente, bem como a restituição aos empregados das quantias descontadas até agora.

Para garantir o fim da dupla função nos ônibus de transporte coletivo, a Justiça determina que a Urbs fiscalize o cumprimento da lei, “adotando as sanções já previstas na legislação municipal”.

Em caso descumprimento, a multa estabelecida é de R$ 10 mil por trabalhador prejudicado e por dia em que se constatar a desobediência.

Tanto a Urbs como o Setransp informaram, via assessorias de imprensa, que ainda não foram notificados da decisão e que só vão se posicionar quando tomarem conhecimento da sentença.

Por sua vez, o Sindimoc disse que as cláusulas estabelecidas pelo sindicato que permitiam os descontos do salário dos trabalhadores foram incluídas pela administração anterior. “Nós já sabíamos desta ação e só estávamos aguardando a decisão para mudar o acordo [coletivo]. Agora temos amparo legal para retirar de vez isso”, declarou Anderson Teixeira, presidente da entidade. Congresso / Decisão de Renan adia início da CPI mista da Petrobras Trabalhos da comissão irão ficar para a próxima semana. Enquanto isso, governistas e oposição duelam com relação ao formato da investigação Folhapress

A decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de convocar para hoje sessão do Congresso Nacional para instalar a CPI mista da Petrobras – formada por senadores e deputados –, adiou o início dos trabalhos da comissão de inquérito para a semana que vem. Os líderes dos partidos terão até o dia 14 para indicarem os integrantes da CPI.

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Além disso, Renan vai seguir o mesmo rito já adotado por ele no Senado para a CPI da Petrobras exclusiva de senadores: recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre os questionamentos do PT e da oposição sobre a instalação da CPI, o que atrasaria o início dos trabalhos.

Os dois lados questionam se a CPI deve investigar apenas a Petrobras ou pode incluir assuntos externos à estatal, como o cartel do Metrô de São Paulo e obras no Porto de Suape, em Pernambuco. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) já determinou que a CPI deve ser exclusiva da Petrobras, a CCJ deve se pronunciar na próxima semana sobre o impasse mantendo a decisão da ministra Rosa Weber.

Renan nega que sua decisão tenha como objetivo protelar o início das investigações, como defende o governo. “O papel de presidente do Congresso é delicado, complexo. A oposição acha que você está delongando, o governo acha que você está agilizando”, afirmou. O senador disse que o recurso à CCJ é necessário porque a decisão do STF foi direcionada à comissão exclusiva com senadores.

O senador prometeu indicar os membros da comissão mista se o PT ou outros partidos retardarem a escolha. “As CPIs vão funcionar. Se os líderes não indicarem os nomes, regimentalmente eu estarei obrigado a fazê-lo”, afirmou.

O PT vai insistir na instalação de CPI exclusiva do Senado para investigar a Petrobras, o que abre caminho para que duas comissões de inquérito sejam instaladas para apurar irregularidades na estatal. Líder do PT, o senador Humberto Costa (PE) pediu que Renan indique os membros da CPI do Senado se a oposição mantiver a postura de instalar apenas a CPI mista. “A CPI mista demanda um grande tempo, a CPI do Senado está pronta para ser instalada. Não queremos empurrar com a barriga, queremos instalar a CPI do Senado”, afirmou Costa.

Oposição Já a oposição espera ter o apoio do “blocão”, integrado por partidos aliados do governo, para que a CPI mista da Petrobras comece a funcionar na semana que vem. Mesmo que a CCJ ainda não tenha se manifestado sobre a comissão, a oposição diz que vai conseguir o número mínimo de 17 membros para que ela comece a funcionar nos próximos dias.

“Na medida em que os partidos entreguem suas indicações para a CPI, você pode fazer uma reunião com 17 membros e começar a trabalhar”, disse o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que Renan tem direito de recorrer à CCJ, mas que a oposição também vai adotar suas manobras para o início das investigações. “A partir do momento em que os membros forem indicados, a CPMI começa a funcionar. Porque a liminar da ministra Rosa Weber vale para a CPI, onde ela determina a sua instalação”, afirmou. Governo indica nomes à comissão exclusiva; oposição se abstém

Dez senadores já foram indicados para integrar a CPI da Petrobras no Senado. As indicações foram feitas pela base do governo que quer a CPI exclusiva na Casa. A oposição, que deseja que a estatal seja investigada em CPI mista, ainda não fez suas indicações. A definição da CPI do Senado – com 13 titulares – poderia prejudicar a instalação de uma comissão mais ampla com senadores e deputados.

Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, PSDB e DEM têm até hoje para indicar os três membros titulares a que têm direito na comissão do Senado. Caso isso não ocorra, o próprio presidente da Casa deverá apontar os nomes, no prazo de até três sessões plenárias.

Renan prestou os esclarecimentos depois de o líder do PT, Humberto Costa (PE), pedir que o presidente indicasse os nomes da oposição para a CPI no Senado, por acreditar que o prazo já havia vencido.

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Na verdade, não há previsão regimental de prazo para os líderes indicarem integrantes para CPIs no Senado, mas decisão do STF, na época da CPI dos Bingos, determinou a aplicação, por analogia, do Regimento Interno da Câmara. Assim, os líderes têm cinco sessões para indicar os membros.

Titulares A base do governo indicou como membros titulares os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), José Pimentel (PT-CE), Anibal Diniz (PT-AC), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim Argello (PTB-DF). O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), indicou Vital do Rêgo para presidir o colegiado. O relator deverá ser José Pimentel. Cascavel / MP propõe ação para investigar licitação de uniformes

O Ministério Público (MP) do Paraná propôs ação para investigar uma licitação para aquisição de uniformes escolares em Cascavel, no Oeste do estado, em 2010. O MP vê indícios de direcionamento e superfaturamento. A ação é contra o prefeito Edgar Bueno e a ex-secretária de Educação Maristela Becker Miranda. O MP quer que os responsáveis devolvam R$ 2,8 milhões. A prefeitura informou que desconhece a ação. Dora Kramer / Sem fio nem meada

Entra semana, sai semana, um novo ingrediente entra na discussão sobre a CPI da Petrobras que há 40 dias continua sem solução. São sucessivos adiamentos, recursos, mudanças de posição num processo que, levado com lisura, não tem mistério: conseguidas as assinaturas, os partidos indicam seus representantes e os trabalhos começam.

Assim dizem a Constituição e o regimento, mas não é o que fazem suas excelências com a criação de embaraços e vaivéns que tornam esse cenário quase impossível de ser compreendido a olho nu. Primeiro era uma comissão do Senado para investigar a Petrobras. Depois, era uma CPI para investigar denúncias que atingiriam também a oposição.

Instado a se manifestar, o Supremo Tribunal Federal na palavra da ministra Rosa Weber vetou essa possibilidade, mas o presidente do Senado que havia reclamado da ingerência indevida do STF no Poder Legislativo recorreu ao mesmo tribunal para pedir a opinião do plenário. Ou seja, uma ministra não pode se imiscuir indevidamente, mas o colegiado pode. Vá entender.

Enquanto não se resolve esse impasse, os parlamentares decidem criar outra CPI sobre o mesmo assunto, desta vez conjunta da Câmara e do Senado, mas, ao mesmo tempo, discutem que não há necessidade de duas comissões de inquérito para investigar a Petrobras. A oposição, que queria a do Senado, retira as indicações e passa a preferir a comissão mista.

O PT que não queria a do Senado agora quer (ou melhor, prefere), mas aceita como inevitável a mista. O presidente do Senado promete instalar a comissão mista num dia, adia para o seguinte (hoje) e paralelamente a isso promete cobrar dos líderes partidários a indicação dos integrantes para a CPI exclusiva de senadores. A mesma contra a qual apresentou recurso no Supremo.

O senhor entendeu? A senhora compreendeu? Pois é. Dá a impressão de que a ideia é deixar o tempo passar. A Copa chegar, as eleições se aproximarem, os partidos e os políticos se afastarem para cuidar dos afazeres de campanha e investigação séria mesmo que é bom sobre o que ocorre na Petrobras tenha cada vez menos chance de acontecer.

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Origem da espécie O governo entregou ao tesoureiro do PTB uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal em troca da manutenção do partido na coligação que apoiará a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Nada que fira ao padrão vigente, embora destoe da imagem de austeridade que o marketing do Planalto vende da presidente.

Afinal, como bem lembrou o ex-presidente Lula dia desses, o mensalão começou com uma exibição do vídeo de um funcionário dos Correios indicado pelo PTB recebendo propina.

Deixa estar A julgar pela posição do próximo presidente do TSE e outros integrantes do colegiado, não deve prosperar o pedido da oposição para que o pronunciamento da presidente Dilma no 1.º de Maio seja considerado propaganda eleitoral antecipada passível de multa. Dias Toffoli e alguns de seus pares já se pronunciaram em favor da mínima interferência da Justiça em questões eleitorais.

Peça de museu Com tanta coisa séria para se preocupar o PSB, ou parte dele, resolveu se assustar com críticas feitas na internet ao manifesto de criação do partido datado de 1947 e que defende a socialização dos meios de produção e limites à propriedade privada.

Como se a alteração do documento, cujo conteúdo a História já tratou de arquivar, fosse acrescentar ou subtrair votos à candidatura ou mesmo orientar ações do ex-governador Eduardo Campos. Justiça / TJ adia pela oitava vez decisão sobre Ezequias Secretário estadual é réu em ação sobre o caso da “sogra fantasma”, no qual a sogra dele recebia da Assembleia Legislativa sem trabalhar Rogerio Waldrigues Galindo

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) adiou nesta semana mais uma vez a decisão sobre onde deve tramitar a ação criminal em que é réu o secretário especial de Estado de Cerimonial e de Relações Internacionais do Paraná, Ezequias Moreira. O secretário responde a ação por peculato devido ao caso da “sogra fantasma”: ele é acusado de nomear a própria sogra para um cargo na Assembleia Legislativa, onde, segundo o Ministério Público, ela recebia os salários sem trabalhar. Foi o oitavo adiamento desde que o caso chegou ao TJ, em junho do ano passado. A votação sobre o caso agora só poderá ser retomada no próximo dia 19.

Os desembargadores analisam pedido apresentado pela defesa para que Ezequias tenha direito a foro especial e responda ao processo no próprio Tribunal de Justiça. A alegação é que desde junho de 2013 o réu é secretário de Estado. Antigo colaborador do governador Beto Richa (PSDB), Ezequias foi nomeado para o cargo às vésperas de uma audiência criminal em que a juíza do caso poderia pronunciar a sua sentença.

Em julho, o relator do caso, desembargador Shiroshi Yendo, deu liminar suspendendo a ação no primeiro grau. No entanto, para que o caso passe a tramitar no TJ, é preciso que os 25 desembargadores do Órgão Especial, instância máxima do tribunal paranaense, apreciem o caso. Desde então, o caso tem voltado à pauta a cada sessão do órgão. No entanto, a votação tem sido interrompida a cada vez por novos pedidos de vistas dos magistrados.

Na sessão de 7 de abril, o desembargador Luiz Osório Moraes Panza pediu vistas. Duas semanas depois, devolveria o caso para julgamento, mas não houve sessão devido ao feriado. “Levei o processo para votação nesta segunda-feira, mas como o relator estava de férias, decidiram não prosseguir por enquanto com a votação. Levarei o caso de novo ao Órgão Especial na próxima sessão, dia 19”, afirma o desembargador Panza.

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Prescrição O promotor Rodrigo Chemin, que deu parecer favorável à manutenção do caso na primeira instância, diz temer que a demora do Tribunal de Justiça em decidir sobre o caso leve à prescrição do crime. “O habeas corpus [ação usada por Ezequias para pedir que a ação passe ao TJ] tem de ser julgado rapidamente, na primeira sessão após a sua apresentação”, diz ele.

A reportagem tentou contato com o advogado de Ezequias, Marlus Arns, mas recebeu apenas a informação de que ele está viajando para um congresso fora do país. Cargo - Richa condiciona demissão de secretário a condenação judicial

O governador Beto Richa (PSDB) afirmou na segunda-feira, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, que caso Ezequias Moreira seja condenado em segundo grau pela Justiça paranaense ele será demitido do cargo que ocupa atualmente, de secretário especial do Cerimonial e de Relações Internacionais. “Temos no estado a lei da ficha limpa. Qualquer um que estiver condenado em colegiado não pode trabalhar no governo. E se for a decisão da Justiça [pela condenação], nós vamos cumprir”, disse.

Richa afirmou que que Ezequias Moreira foi convidado para o primeiro escalão por ter “aptidão” para a organização de eventos, o que o qualificaria para ser responsável pelo cerimonial. “Eu estava precisando de alguém para exercer essas funções. E o Ezequias tem aptidão para isso, para organizar os eventos, os receptivos. Tem experiência. Trabalhou no governo do meu pai, trabalhou muitos anos na Assembleia Legislativa e em várias prefeituras do interior”, disse.

“Requentada” Ao ser questionado sobre o caso durante a entrevista, o governador afirmou ainda, que a denúncia relativa a Ezequias vem sendo “requentada” pela imprensa e que a secretaria que ele ocupa já existia na administração anterior.

Em relação à nomeação de Ezequias para outro cargo, de conselheiro da Sanepar, Richa afirmou que o secretário é funcionário de carreira da empresa e tem qualificação para isso. (RWG) Longa espera / Promotores temem que a demora do caso leve à prescrição do crime:

• 07/08/2007 – O Ministério Público recebe denúncia de que a sogra de Ezequias Moreira recebeu salários da Assembleia sem trabalhar por 11 anos.

• 13/08/2007 – Ezequias é exonerado da prefeitura. • 26/11/2007 – O MP abre duas ações contra Ezequias: no cível, por

improbidade, e na penal, por peculato. • 04/04/2008 – Ezequias devolve aos cofres públicos R$ 539,4 mil. • 05/01/2011 – Ezequias é nomeado diretor da Sanepar. • 03/07/2012 – A Justiça condena Ezequias por improbidade. • 19/06/2013 – Ezequias é nomeado secretário do Cerimonial e Relações

Internacionais por Richa. • 02/07/2013 - O desembargador Shiroshi Yendo suspende a ação na primeira

instância. Desde então o Órgão Especial está para decidir se aceita que o processo tramite no TJ ou se volta ao primeiro grau. Justiça eleitoral / Termina hoje prazo para regularizar título de eleitor Amanda Audi e Kelli Kadanus,especial para a Gazeta do Povo

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Quem precisa tirar o título de eleitor, alterar o local de votação ou regularizar o documento deve procurar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até hoje, último dia do prazo. Ontem, o movimento e o tempo de espera para atendimento foram altos.

Por volta do meio-dia de ontem, segundo o TRE, a espera para atendimento era estimada em uma hora e meia. Pessoas ouvidas pela reportagem, porém, disseram ter ficado até três horas na fila. O universitário Bruno Luan Lessa disse que chegou ao tribunal por volta das 9 horas e só conseguiu pegar uma senha às 9h50. Ele só foi atendido por volta do meio-dia. “Perdi a manhã inteira”, reclamou. Segundo funcionários do TRE, as filas começam a se formar em frente ao tribunal por volta das 5 horas da manhã.

Até hoje é possível transferir o título eleitoral e fazer a revisão dos dados. Jovens entre 16 e 18 anos também podem tirar o documento para votar nas eleições de outubro. Além disso, quem não votou nas últimas três eleições, sem justificar a ausência, precisa regularizar a situação até hoje. O prazo para o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida solicitar sua transferência para Seção Eleitoral Especial também termina hoje. O eleitor deve levar RG, CPF e comprovante de residência emitido entre três meses e um ano. Para alterar o local de votação é preciso apresentar o título antigo. Ajuste de conduta / Fiscalização de TAC exige vigilância permanente PR tem cerca de 20 termos de ajuste de conduta em vigor para conter desrespeitos a consumidores. Empresas são as principais fiscais Camille Bropp Cardoso

Depois que as denúncias de consumidores se acumulam, o órgão público chama a empresa ou setor responsável para conversar e, do diálogo, sai um acordo de adequação à lei sob pena de punição – em geral, multa. Assim nascem os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), hoje populares por serem uma saída mais fácil para resolver problemas do que uma ação judicial coletiva. No Paraná, apenas a Promotoria de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), tem pelo menos 20 acordos (boa parte com outros estados) para acompanhar. O Procon-PR tem menos: três, todos firmados entre 2003 e 2004, que estão sendo revistos por serem antigos.

“As ações civis públicas são as mais demoradas, e nem sempre se obtêm decisão liminar. Se há uma situação emergencial para ser resolvida, o TAC acaba tendo mais eficácia do que entrar com ação, que pode proteger o consumidor ou não”, explica Arthur Luis Mendonça Rollo, professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, que estudou a eficiência da ferramenta.

Os TACs estão na moda por apresentarem solução rápida, mas sua eficácia tem percalços. Um deles é a fiscalização, que depende da denúncia e do conhecimento dos consumidores – em especial, por causa da falta de pessoal enfrentada pelos órgãos.

O Procon, por exemplo, informa que atua conforme as reclamações se amontoam. “Notamos quais fornecedores têm bastante denúncias e precisam ser fiscalizados; é de acordo com a demanda. São várias formas de fiscalização, pode ser com fiscal ou por ofício”, explica a responsável pela área jurídica do departamento, Cila de Fátima dos Santos.

Concorrência Em alguns casos, a fiscalização da concorrência acaba sendo fator definitivo para a eficácia do TAC. É o caso do acordo assinado em 2004 pelo Procon-PR com o Sindicato Varejista de Produtos Farmacêuticos do Paraná (Sindifarma-PR) para coibir propaganda enganosa nas farmácias. Segundo o presidente do sindicato, Edenir Zandoná Júnior, várias empresas foram denunciadas por afiliados nos últimos anos. Uma delas é a rede Nissei, multada em janeiro em R$ 400 mil por omitir condições para os descontos de medicamentos – foi a terceira notificação. A empresa recorreu da multa e

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afirma estar seguindo termos de outro TAC sobre o assunto firmado, dessa vez, com o MP-PR em 2010.

O monitoramento entre empresas concorrentes ajuda a fazer com que as reclamações tragam à tona o descumprimento de TACs feitos pelo Procon. De janeiro de 2013 a maio de 2014, cinco processos administrativos foram abertos no estado contra empresas.

Para comparar, problemas de clientes com a concessão de meia entrada nos cinemas – também regulada por TAC no Paraná – ocasionaram 43 pedidos de orientação no período, mas apenas uma reclamação teve embasamento para gerar processo. O MP-PR não informou à Gazeta do Povo quantas notificações por desrespeito aos TACs foram firmadas pelo órgão nos últimos anos. Negociação / Veja alguns casos que foram alvo de TACs firmados pelo Procon e pelo Ministério Público: Compras coletivas

• Data: novembro de 2012. • Em TACs diferentes, Groupon e Peixe Urbano acordaram com o MP que se

responsabilizariam, por exemplo, por problemas na entrega e no estoque de produtos oferecidos por parceiros.

• Punição: multa de R$ 5 mil por infração. • Situação: em vigor.

Meia entrada no cinema

• Data: agosto de 2004. • Representando os cinemas, o sindicato do Paraná e de SC firmou acordo com o

Procon-PR para regulamentar o meio ingresso. A carteirinha de estudante tem que ter data de validade, por exemplo.

• Punição: multa de 100 vezes o valor do ingresso. • Situação: em revisão.

Promoção em supermercados

• Data: outubro de 2003. • Supermercados representados pela Apras se comprometeram com o Procon a

permitir a compra de até 12 itens em promoção por cliente. • Punição: multa a ser fixada. • Situação: em revisão.

Publicidade de carros

• Data: agosto de 2010. • Concessionárias e montadoras de cinco estados e Distrito Federal concordaram

em não usar publicidade em internet, jornal ou TV que esconda em letras pequenas as condições de pagamento.

• Punição: multa de 30% do custo da campanha (mínimo de R$ 30 mil). • Situação: em vigor.

Judiciário / Consumidora que achou cabelo em pão terá de ser indenizada, decide STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que uma consumidora do Rio de Janeiro que achou um cabelo incrustado em um pão de forma da empresa Bimbo do Brasil terá de ser compensada em R$ 5 mil por danos morais. Por unanimidade, os

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ministros da 3.ª Turma do STJ entenderam, em sessão no fim de março, que mesmo que a dona de casa não tenha ingerido o fio de cabelo, o fato cria ojeriza e incômodo que dura “por um longo tempo”, nas palavras da relatora, Nancy Andrighi. A corte aumentou em 1,6 mil vezes as indenizações previstas em 1.ª e 2.ª instância para a consumidora: os tribunais anteriores haviam decidido que a mulher teria direito apenas a receber os R$ 3,12 que pagou pelo produto em 2009. Leonardo Mendes Júnior / Intervalo / Caso Léo

Nas mãos do MP-PR desde o início de março, a investigação do uso de dinheiro da CAP S/A na compra do lateral Léo, do Vitória, ficará parada até o fim do mês. O promotor do caso, Paulo Ovídio, saiu de férias em abril e a questão não pode ser conduzida por outro promotor. Ovídio volta dia 22. Bem Paraná Política em Debate / Produtividade

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) divulgou ontem levantamento apontando que no último ano, o ritmo da análise e julgamento de processos no órgão aumentou em 20%. Os dados foram revelados durante a abertura do seminário sobre o Procedimento de Acompanhamento Remoto (Proar), na sede do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR), em Curitiba. Dirigido a servidores municipais envolvidos com o envio de informações contábeis, patrimoniais e financeiras ao TCE, o encontro – que dura o dia inteiro – tem o objetivo de apresentar aos técnicos esta nova ferramenta de controle dos gastos públicos. O Proar vai permitir o monitoramento, em tempo real, da execução orçamentária, financeira e contábil dos órgãos públicos municipais. Ao detectar algum problema, os especialistas do TCE poderão atuar preventivamente, reduzindo o impacto das irregularidades na gestão do dinheiro público ou, até mesmo, evitando que elas ocorram.

Agiotagem A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a administração de condomínios no Paraná ouviu ontem em uma sessão secreta o depoimento de quatro pessoas – entre elas, síndico e moradores. Um dos depoentes disse que existe no Paraná uma agiotagem legalizada por parte de operadoras de condomínios, as chamadas antecipadoras, que cobrariam taxas abusivas no acerto com inadimplentes. Além dos valores normais de 1% de juros por dia e 2% de multa, os cálculos feitos por estas empresas fariam a bitributação da taxa de administração e a cobrança de honorários advocatícios sem que ao menos tenha havido o ajuizamento de qualquer ação. Com a cobrança abusiva, muitos não estariam conseguindo efetuar o pagamento das dívidas.

Cartel Outro depoente disse que apenas um grupo controla 90% do setor de gestão de condomínios em Curitiba e Região Metropolitana. “São empresas com nomes diferentes, mas que pertencem às mesmas pessoas. Há casos de empresas registradas como digitadoras, com capital social de R$ 5 mil reais e que fazem adiantamentos de R$ 1 milhão de reais para comprar carteira de condomínios com índice elevado de inadimplência”, declarou. “Esses depoimentos estão deixando claro que existe um forte esquema de agiotagem no setor, caracterizando crime contra o sistema financeiro”, diz o relator da comissão, deputado Roberto Aciolli (PV).

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Servidores do HC retomam greve

Os trabalhadores do Hospital das Clínicas (HC) decidiram, em assembleia, ontem, retomarem a paralisação a partir desta sexta-feira. “A decisão foi unânime”, declarou Rufina Roldan, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público na cidade de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sindistest-PR).

Desde o último dia 25, os trabalhadores do HC que aderiram à greve nacional dos servidores técnico-administrativos das Universidades Federais haviam suspendido o movimento grevista e retornaram aos seus postos de trabalho. Porém, após novo despacho do Tribunal Regional Federal que determinou a suspensão do corte de ponto dos trabalhadores do HC, foi marcada a assembleia de retomada da greve no HC.

O retorno ao movimento grevista obedece aos prazos legais, explicam os sindicalistas, por isso a retomada apenas na sexta-feira. Além disso, o Comando Local de Greve reitera que está aberto à negociação. Justiça do Trabalho multa sindicatos e Urbs

A Justiça do Trabalho multou em R$ 1 milhão o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região (Setransp), o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e a Urbanização de Curitiba S/A (URBS) pela prática de descontar do salário de motoristas e cobradores os valores tomados em assalto. Em decisão publicada ontem, o juiz Luciano Augusto de Toledo Coelho, da 12ª Vara do Trabalho de Curitiba, determinou que os descontos sejam suspensos, sob pena de multa de R$ 10 mil para o Setransp por trabalhador prejudicado. O valor de eventuais multas deverá ser destinado ao Município de Curitiba para manutenção e aparelhamento da Guarda Municipal em benefício da segurança dos trabalhadores e usuários do sistema de transporte urbano, em fundo específico fiscalizado pelo Ministério Público do Trabalho.

O juiz criticou a norma coletiva, acertada entre os sindicatos, autorizando o desconto no salário do trabalhador. As cláusulas determinam uma série de "procedimentos" a serem realizados pelos trabalhadores em caso de assalto, cujo descumprimento é interpretado como ato de negligência ou imprudência, obrigando o ressarcimento pelos danos e prejuízos causados. As normas, disse o juiz, não prevêem "qualquer pagamento ou atendimento psico social ao trabalhador na situação de assalto como se tal fosse fato normal e corriqueiro na vida profissional". A preocupação, segundo o magistrado, "é sempre no sentido de não haver prejuízo ao empregador, mas nunca com o trabalhador e, indiretamente com o usuário do transporte”. Folha de Londrina Sercomtel investiga cinco sobre patrocínios Empresa vai apurar supostas falhas na execução de contrato com agência de publicidade Edson Ferreira Reportagem Local

A Sercomtel instaurou na semana passada cinco Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD’s) para apurar individualmente supostas falhas de funcionários na execução do contrato com a agência de publicidade Exclam, de 2003 a 2011. As investigações podem resultar até em demissão, caso sejam encontradas irregularidades graves nas autorizações de patrocínios feitas pela telefônica, via agência, nos últimos

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anos. Outras sindicâncias estão em fase final e novos procedimentos podem ser abertos com foco no pagamento de R$ 59 mil que a empresa fez em favor do Movimento Brasil Competitivo (MBC), durante o governo Barbosa Neto (PDT), e demais gastos feitos pela Sercomtel.

O presidente Christian Schneider afirmou que existem indícios de que os patrocínios feitos por meio da Exclam podem ter infringido a lei e causado prejuízo à Sercomtel. "Existe lei federal de 2010 afirmando que patrocínios não podem ser feitos via agência, para não ter que pagar o percentual. E mesmo antes disso, já havia parecer do TC (Tribunal de Contas) contrário a essa prática." Não foram revelados quais foram os patrocínios realizados e nem qual o valor gasto pela Sercomtel e os funcionários ainda serão convocados para apresentarem defesa nas investigações.

As apurações foram iniciadas após análise dos procedimentos de patrocínio e publicidade da Sercomtel pela Câmara de Londrina, para 12 entidades, no valor de R$ 3,4 milhões. A auditoria foi motivada por notificação do Ministério Público (MP) ao Legislativo sobre inquérito policial que apura o mesmo caso. Schneider, por outro lado, explicou que as sindicâncias foram mais abrangentes e analisam mais de 5,3 mil lançamentos contábeis dos últimos cinco anos, beneficiando quase 300 entidades.

No caso do MBC, a dúvida existe porque tanto a instituição quanto o ex-prefeito Barbosa afirmavam que o programa seria inteiramente bancado por empresários, sem gasto de dinheiro público. Barbosa e o ex-presidente da Sercomtel, Fernando Kireeff, dizem que o pagamento foi feito porque a telefônica não deixa de ser uma empresa local e, como tal, deveria participar da modernização da prefeitura.

Depois do levantamento feito pela Câmara, a Sercomtel endureceu as regras para concessão de verbas de patrocínio para divulgação da marca. A empresa passou a exigir dos interessados, desde o mês de janeiro, o retorno do investimento, contrapartida para a telefônica e prestação de contas. Vice deve deixar conselho de estatal Loriane Comeli Reportagem Local

O vice-prefeito de Londrina, Guto Bellusci (PSD), está propenso a deixar o cargo de conselheiro de Administração da Sercomtel, função pela qual recebia R$ 2,8 mil mensais. A decisão se deve a entendimento recente da Procuradoria-Geral do Município de que é ilegal acumular cargos públicos e salários. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) notificou Guto e outros três membros da administração que acumulavam funções remuneradas nos conselhos da Sercomtel a optarem por um do salários.

"Ainda não tomei minha decisão final mas será que vale a pena continuar assumindo toda a responsabilidade de conselheiro sem remuneração", ponderou Guto, que recebe R$ 4,2 mil líquidos como vice-prefeito. "Vou ter que reduzir minhas atividades na prefeitura e me dedicar mais aos meus negócios para compensar esse valor que deixo de receber." O vice-prefeito não precisa dar expediente. "Mas vou todo dia para a prefeitura."

O assessor executivo Gustavo Lessa, lotado no gabinete de Kireeff, integrante do Conselho Fiscal, disse que vai deixar a função na telefônica. "Já apresentei minha renúncia ao prefeito", declarou. O secretário de Governo, Paulo Arcoverde, membro do conselho fiscal, e o assessor executivo José Carlos Bruno de Oliveira, do conselho de administração, não deram retorno à solicitação de entrevista. Eles podem permanecer nos conselhos, mas sem salário.

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Sem troco, vereador propõe mais tolerância na Zona Azul Luís Fernando Wiltemburg Reportagem Local

Impedido de propor devolução de troco na Zona Azul por conta de um decreto do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), o vereador Mário Takahashi (PV) quer dar mais 20 minutos de tolerância para os usuários após o vencimento do tempo "comprado".

O parlamentar apresentou ontem um substitutivo ao seu texto que propunha a restituição de valores pagos e não utilizados no estacionamento rotativo. A redação foi encaminhada para a Comissão de Justiça para emissão de parecer.

A proposta de Takahashi para devolução de troco passou em primeira discussão no ano passado, mas o projeto foi retirado por tempo indeterminado antes da segunda votação para discutir a implementação do sistema com a Escola Profissionalizante e Social do Menor de Londrina (Epesmel), que explora o serviço.

A entidade afirma ser impossível implementar a proposta com os atuais parquímetros e passou a discutir o assunto com a equipe do vereador. Porém, decreto do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) datado de fevereiro regulamentou a venda de frações de tempo e proibiu a restituição de minutos não utilizados.

Além disso, Takahashi reconhece que seria necessário trocar os parquímetros, que não estão preparados para aceitar dinheiro em papel, nem restituir valores. Se aprovado, o novo texto permitirá que, após o tempo vencido, o motorista tenha mais 20 minutos de tolerância, sem prejuízo aos 15 minutos já vigentes. Até uma hora a mais, o motorista poderá "adquirir" mais tempo – se passar disso, é notificado e multado.

A nova regra também determina a disposição de parquímetros no lado da rua em que a Zona Azul é implementada, em pontos proporcionais em relação às esquinas. Também submete os contratos de concessão do serviço ao Código de Defesa do Consumidor e exige que alterações de tarifas sejam feitos por meio de leis – atualmente, são por decreto do Executivo. Informe Folha / Roda Viva

O governador Beto Richa participou, na noite da última segunda-feira, do programa Roda Viva, da TV Cultura, ancorado pelo jornalista Augusto Nunes. Durante uma hora e meia, Beto foi questionado sobre o desempenho do governo estadual ao longo dos últimos três anos e se esquivou dos problemas da sua gestão frente ao Estado do Paraná. Atribuiu as dificuldades que passa à intransigência e truculência do antecessor Roberto Requião (PMDB) e a um boicote do governo federal. Nas palavras dele, ele é o único governador que tem uma adversária política à frente da Casa Civil, a pré-candidata ao governo do Estado, Gleisi Hoffmann. "Demorei para perceber que estava sendo enganado", declarou Beto, sobre seu bom relacionamento com a presidente Dilma Rousseff, que prometia liberar empréstimos para o Paraná. Beto disse ainda que não traria a Copa do Mundo para Curitiba se soubesse que os empréstimos para as melhorias na mobilidade da cidade não seriam a fundo perdido.

Repercussão A repercussão foi tamanha que a Agência Estadual de Notícias produziu matéria com depoimentos de políticos do Estado, entre eles, o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff. "O Beto Richa foi muito bem nas respostas. Respondeu com objetividade a todas as perguntas, foi claro nas explicações. Saiu-se bem inclusive em perguntas que denotavam críticas", declarou Kireeff. "Coincidência ou não, o emperrado Proinveste foi liberado hoje (ontem). Serão R$ 817 milhões para financiar obras de interesse de todos os paranaenses", disse o deputado estadual Valdir Rossoni, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná.

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Quebra de protocolos A manifestação de artistas de rua ontem, na Câmara, que pediam apoio para aprovação de projeto de lei que elimina taxa para apresentações em locais públicos, acabou desagradando os vereadores na tarde de ontem. Inicialmente barrados no plenário, por estarem trajando bermudas e munidos de instrumentos musicais, foram aceitos a pedido do presidente, Rony Alves (PTB). O grupo entrou cantando "Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua", de Sérgio Sampaio, fez um discurso reclamando do projeto do Executivo parado no Legislativo e, numa brincadeira, passou o chapéu – que não ganhou nem uma moeda.

Ação e reação A informalidade dos artistas incomodou os parlamentares, acostumados a normas regimentais e constitucionais. Aliás, são essas regras que paralisam a tramitação do texto do Executivo: há proposta semelhante do vereador Mário Takahashi (PV) protocolada antes e, pelas normas, entre dois projetos de lei semelhantes, tem prioridade o primeiro protocolado. Porém, os parlamentares tomaram a manifestação que veio das ruas como deboche. Jamil Janene (PP), diante do chapéu, defendeu os salários dos vereadores. Entretanto, foi Elza Correia (PMDB) que mais contundentemente reagiu à atitude. Disse que, no Brasil, existe a cultura de políticos que não fazem nada, mas que não aceita, como vereadora atuante, ser incluída nessa generalização – e defendeu outros pares. No fim, mesmo vereadores que tinham discurso pronto pró-artistas, admitiram que mudaram a fala.

Pessuti e Pessuti O filho do ex-governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), Moisés Fischer Pessuti foi indicado para ocupar a vaga como conselheiro da Itaipu Binacional, no lugar do pai. No cargo até abril, o peemedebista se desincompatibilizou para manter acesa a possibilidade de candidatura a governador do Estado em outubro. Pessuti reconheceu que a indicação do filho se deve "aos ajustes de entendimentos de 2010 (quando apoiou a petista Gleisi Hoffmann ao Senado), não tem nada a ver com o que vem pela frente", garantindo que busca viabilizar o seu nome para a disputa majoritária. Apesar da indicação política, ele informou que o filho "tem um excelente currículo e vai desempenhar muito bem o seu papel como conselheiro".

Adesivos A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) retirou na manhã de ontem os adesivos colados em placas da Avenida Castelo Branco com o nome do guerrilheiro Carlos Marighella. A assessoria de comunicação da CMTU esclareceu que foi feita uma consulta ao jurídico da companhia na última segunda-feira, a qual foi respondida de imediato. A consulta teve como principal motivo garantir que a remoção fosse feita de forma a garantir embasamento para o registro do boletim de ocorrência visando a apuração dos fatos.

Japão O vice-prefeito de Londrina, Guto Bellusci, esteve no Japão de 5 a 24 de abril, na 43ª Missão Econômica Brasil-Japão. Ele visitou as cidades de Ueda, Nagoya, Tókio e realizou a primeira visita oficial à cidade-irmã de Londrina, Nago, que fica em Okinawa. Guto afirmou ter sido o primeiro passo de um trabalho em médio prazo para intensificar o intercâmbio econômico e cultural entre os países. Ele informou ainda que em agosto virá a primeira missão japonesa à Londrina. Justiça afasta reitor do IFPR Juiz determina eleição para escolher novo administrador e outros diretores para os 15 campi da entidade no Estado Rubens Chueire Jr. Reportagem Local

Curitiba - A Justiça Federal do Paraná afastou Irineu Colombo do comando do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e determinou a realização de eleições para escolher um novo reitor e outros diretores para os 15 campi da entidade em todo o Estado. A

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decisão foi proferida pelo juiz substituto Cláudio Roberto da Silva na última sexta-feira, mas só foi divulgada ontem.

A ação que pedia o afastamento de Colombo foi protocolada pelo Sindicato dos Educadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Paraná (Sindiedutec).

Conforme a instituição, Colombo, que já foi deputado estadual e federal pelo PT, foi indicado por decreto após o antigo reitor (eleito) Alípio Santos Leal Neto se licenciar da função, em 2011. Pela regra normal, Colombo deveria ficar como reitor até o fim do mandato de Leal Neto, que terminaria em maio de 2014. Chegado o prazo para a convocação das eleições, Colombo teria se recusado a convocar novo pleito.

Em nota oficial, o IFPR informou que, por determinação judicial, Irineu Colombo teve seu mandato suspenso e será substituído pelo professor Ezequiel Westphal. O documento ainda ressalta que "a Procuradoria Federal junto ao IFPR está adotando as medidas cabíveis". A equipe da FOLHA tentou contato com a defesa de Colombo mas não obteve retorno.

Operação Colombo chegou a ser afastado da reitoria entre agosto de 2013 e janeiro deste ano em decorrência da Operação Sinapse, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que indicou fraude em licitações do IFPR, entre 2009 e 2011. A operação foi articulada para combater uma quadrilha suspeita de desvio de verbas na educação técnica no IFPR e prendeu 18 pessoas, sendo três servidoras do instituto. O grupo foi apontado como suspeito de desviar R$ 6,6 milhões do setor de ensino a distância do IFPR. A quantia era proveniente de repasses do Ministério da Educação. TRE mantém prefeito no cargo Loriane Comeli Reportagem Local

Por unanimidade, a Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reverteu ontem a cassação do mandato do prefeito de Ribeirão do Pinhal (Norte Pioneiro), Dartagnan Calixto Fraiz (PSD), determinada em novembro do ano passado pelo juiz da 82ª Zona Eleitoral, Guilherme Moraes Nieto. No entanto, Fraiz, que foi reeleito em 2012, não chegou a ficar fora do cargo nem um dia: a defesa conseguiu medida cautelar enquanto aguardava o julgamento no TRE.

O prefeito foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de gastos ilícitos na campanha de 2012, com base em irregularidades na prestação de contas. Foi contabilizado gasto excessivo de combustíveis no dia da votação, incompatível com o consumo de apenas dois veículos declarados pelo comitê de campanha.

No entanto, para o desembargador Jucimar Novochadlo, relator do recurso, não havia no processo provas concretas de que as irregularidades fossem suficientes para desequilibrar a eleição. As penas de cassação do registro e de inelegibilidade, entendeu ele, seriam muito graves em comparação com o baixo potencial de dano com a conduta de Fraiz.

O advogado do prefeito, Guilherme Gonçalves, lembrou que cabe recurso ao MPE, mas não acredita que a decisão possa ser modificada. "O Tribunal Superior Eleitoral não examina matéria relacionada a provas. Acho improvável que a decisão seja reformada." O Diário do Norte do Paraná Assessor é multado por falta de calçada Fábio Linjardi

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Assessor de Promoção de Igualdade Racial da prefeitura, Hércules Ananias foi multado em R$ 1.150 pela fiscalização do município. As penalidades foram aplicadas pela falta de muro frontal, no valor de R$ 500, e de calçada, R$ 650, em um terreno de 366,30 metros quadrados no Jardim Everest, zona oeste.

Os autos de infração foram emitidos na manhã de 28 de abril e publicados na edição de ontem do Órgão Oficial do Município. O prazo dado pela prefeitura para o pagamento é de 30 dias.

"Para mim é surpresa, estou sabendo agora", disse Ananias, por telefone, a O Diário. "O que eu sei é que já ameaçaram multar onde estou construindo, aqui na Rua Mooca (Zona 7). Mas não dá para fazer a calçada enquanto se está erguendo uma obra."

De acordo com legislação, caso ele não pague as multas em 30 dias, o débito será cobrado judicialmente. Já um atraso de 60 dias significa em nova aplicação de multa, no valor dobrado, portanto. Já no caso de regularização do imóvel dentro de 30 dias, as multas têm desconto de 50%.

Hércules Ananias foi candidato a prefeito em 2012 pelo PSDC. Terminou a disputa com 1.030 votos, 0,53% da votação válida, e apoiou o atual o prefeito, Carlos Roberto Pupin (PP), no 2º turno. Os bens declarados por Ananias ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época foram três terrenos - um no Jardim Monte Belo e dois no Jardim Olímpico. Meninas dão sonífero aos pais para ir a churrasco Caso foi relatado ao Conselho Tutelar pelo próprio pai das garotas, que têm 12 e 14 anos Dono da chácara onde festa teria ocorrido e homem que levaria adolescentes serão investigados Rubia Pimenta

Duas adolescentes, de 12 e 14 anos, tiveram que prestar depoimento ao Conselho Tutelar - Zona Sul após o pai das jovens ter denunciado que as garotas o doparam para ir a um churrasco na noite de 26 de abril. Segundo o conselheiro tutelar que atendeu a ocorrência, as meninas usaram um sonífero para que o pai e a mãe caíssem em sono profundo. A mãe, que faz uso de medicamentos controlados, passou mal e ainda se encontra em estado alterado.

O depoimento das adolescentes foi tomado na sexta-feira passada, mas veio a público somente ontem. De acordo com informações do conselho, as adolescentes teriam comprado o sonífero em uma farmácia e despejado o frasco inteiro do medicamento no suco que os pais beberam durante o jantar. O remédio teria feito com que o pai dormisse logo após a refeição.

Quando o casal dormiu, as adolescentes pegaram carona com um amigo e seguiram para o churrasco, retornando apenas no outro dia, por volta das 13h. Ao chegar em casa, encontraram o pai entrando no carro para levar a mãe ao médico. Ainda conforme informações do conselho, a mãe é depressiva e faz uso de medicamentos controlados. Em função disso, o sonífero teria provocado complicações de saúde.

Em pânico diante do problema, a filha mais velha resolveu contar o plano do uso do sonífero ao médico que atendeu a mãe. O pai decidiu procurar o Conselho Tutelar por acreditar que apenas medidas domésticas não seriam suficientes. As mesadas - de R$ 500 para cada - e os passeios de fim de semana foram cortados. A mãe não está mais comendo em casa, por medo de que as filhas tentem envenená-la, e estaria dormindo todos os dias com a porta do quarto trancada.

A família é de classe alta, mora na região central da cidade e as garotas estudam em um colégio

Churrasco No depoimento prestado ao Conselho Tutelar, as garotas contaram que doparam os pais pois eles não as deixaram ir a um churrasco em uma chácara no

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Jardim Aclimação. O pai sempre autorizava as meninas a ir a festas no local, e as levava e buscava. A decisão pela proibição deu-se porque ele teria ficado sabendo de boatos de que os eventos tinham drogas, bebidas e sexo.

O pai teria recebido as informações por parte de amigos, ao acaso, em um clube da cidade. Em conversas, ele teria ouvido alguns combinando como enganariam as esposas para ir ao evento. Bebidas seriam usadas para facilitar o contato com meninas mais novas. O pai das garotas chegou a brigar com um amigo, que insinuou que as duas seriam prostitutas por frequentar tais churrascos.

O Conselho Tutelar está investigando o proprietário da chácara, que pode ser responsabilizado por oferecer bebidas a menores e aliciamento. "Também estamos averiguando denúncias de que havia um homem que levava os jovens até o local", informou ontem o conselheiro tutelar Vandré Fernando.

A denúncia de dopagem será encaminhada à Vara da Infância e Juventude. As adolescentes devem ser advertidas juridicamente e passar por observação psicológica, além de monitoramento pelo Conselho Tutelar. Três Perguntas - Alessandra Delatorre / Psicóloga 'A Chave É Ouvir E Conversar'

Ser adolescente não é nada fácil. "É uma ponte entre a infância e a fase adulta, cheia de dúvidas e de necessidade de mostrar quem realmente é. É a separação entre o que os pais idealizaram e a afirmação da individualidade", diz a psicóloga Alessandra Delatorre. Para ela, a melhor forma de lidar com os conflitos entre pais e filhos nesta fase é uma boa conversa, fruto de relação de confiança construída desde a infância.

1 Por que a adolescência é conhecida como "época da rebeldia"? — É o momento de construir a identidade, de começar a colocar em prática aquilo

que se é. Antes, o controle dos pais precisava ser intenso. Na adolescência o jovem tem opiniões, sonhos, ideais próprios. A tal rebeldia vem porque o indivíduo está tentando se diferenciar dos pais. Isso é muito difícil para os pais, porque já não são mais os heróis dos filhos.

2 Como evitar que a agressividade dos adolescentes passe do limite? — O bom relacionamento entre pais e filhos não se constrói na adolescência, mas

bem antes. O respeito, a conversa, a consideração, a presença na fase anterior vão definir como será o relacionamento nesse momento.

3 Como fazer com que os adolescentes sejam mais obedientes? — Adolescente não obedece, ele faz acordos, faz barganha. Ele tem uma opinião

que precisa ser confrontada. Depois do ouvir, existe a etapa do acordo. Mas não se aprende a conversar e ouvir de uma hora pra outra. É um processo que começa muito antes, ainda na infância. A chave é ouvir e conversar. Aprender a fazer uma troca. Minipresídio mantém 400 detentos

O minipresídio da 9ª Subdivisão Policial de Maringá (SDP) atingiu ontem a marca de 400 detentos. É a segunda maior população carcerária registrada desde 2011, quando a cadeia chegou a contabilizar mais de 500 presos em espaços projetados para abrigar 112. A falta de perspectiva de transferências no curto e médio prazo tem gerado um clima de medo entre os agentes carcerários, que não descartam a possibilidade de uma rebelião ou fuga em massa. Os agentes alertam que todas as celas estão com as portas danificadas e os presos permanecem soltos diuturnamente nos corredores da galerias. A tensão tem comprometido a segurança pública em Maringá, uma vez que boa parte dos investigadores e efetivos de rua do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) têm sido deslocados frequentemente para fazer a guarda externa do minipresídio. Apenas no mês

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passado, agentes e policiais frustraram cinco planos de fuga. "O clima é de tensão e não sabemos até quando vamos 'segurar' a cadeia", disse um agente.