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VADE MECUM ESTRATÉGICO PCSP/Investigador PC-SP Legislação compilada pelo Estratégia Concursos Página 1 de 437 Cursos completos para a PCSP em: www.estrategiaconcursos.com.br Olá Guerreiros, tudo bem? Aqui é o Prof. e Delegado de Polícia Civil de SP, Paulo Bilynskyj, em nome dos professores do Estratégia Concursos, escrevo para apresentar este Vade Mecum Estratégico PC/SP. Sabemos que a leitura da lei seca é uma etapa importantíssima na sua preparação e, por este motivo, resolvemos poupar o seu tempo e compilar a legislação para Investigador da Polícia Civil de São Paulo. Refiro-me ao edital publicado pela banca VUNESP no dia 05.04.2018. Esperamos que você faça bom uso deste Vade Mecum Estratégico. Quando você estiver estudando as suas aulas em vídeo ou em PDF, pode ser interessante fazer uma breve consulta aos dispositivos legais mencionados pelo professor ou pelos exercícios. E, em algum momento dos seus estudos, vale a pena realizar a leitura integral da norma. Por fim, deixo o convite para que você conheça os nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor por meio do fórum de dúvidas. Acessando o link abaixo, você pode baixar as aulas demonstrativas dos cursos e conhecer melhor o nosso trabalho. E, caso resolva adquirir, saiba que você terá a nossa garantia de satisfação: caso não se adapte aos nossos cursos, basta solicitar seu o dinheiro de volta nos primeiros 30 dias após a compra, e nós faremos o reembolso integral, mesmo que você já tenha baixado alguns vídeos ou PDFs. CURSOS COMPLETOS PARA A POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO: https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/policia- civil-sp/?gclid=CjwKCAjwrqnYBRB- EiwAthnBFgXgnorsTbX9ccW6v18edMrl8E8Zm- uckiJNGRSBCwQWdCFvnwxrOxoCOEAQAvD_BwE Bons estudos! Prof. Paulo Bilynskyj E-mail: [email protected] Facebook: Paulo Bilynskyj Instagram: @paulobilynskyj Youtube: Projeto Policial

?gclid=CjwKCAjwrqnYBRB ... · VADE MECUM ESTRATÉGICO PCSP/Investigador PC-SP Legislação compilada pelo Estratégia Concursos Página 3 de 437 Cursos completos para a PCSP em: DIREITO

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Cursos completos para a PCSP em:

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Ol Guerreiros, tudo bem?

Aqui o Prof. e Delegado de Polcia Civil de SP, Paulo Bilynskyj, em nome dos professores do

Estratgia Concursos, escrevo para apresentar este Vade Mecum Estratgico PC/SP. Sabemos

que a leitura da lei seca uma etapa importantssima na sua preparao e, por este motivo,

resolvemos poupar o seu tempo e compilar a legislao para Investigador da Polcia Civil de

So Paulo.

Refiro-me ao edital publicado pela banca VUNESP no dia 05.04.2018.

Esperamos que voc faa bom uso deste Vade Mecum Estratgico. Quando voc estiver

estudando as suas aulas em vdeo ou em PDF, pode ser interessante fazer uma breve consulta

aos dispositivos legais mencionados pelo professor ou pelos exerccios. E, em algum momento

dos seus estudos, vale a pena realizar a leitura integral da norma.

Por fim, deixo o convite para que voc conhea os nossos cursos completos em vdeo, livro

digital (PDF) e com acesso direto ao professor por meio do frum de dvidas. Acessando o link

abaixo, voc pode baixar as aulas demonstrativas dos cursos e conhecer melhor o nosso

trabalho. E, caso resolva adquirir, saiba que voc ter a nossa garantia de satisfao: caso no

se adapte aos nossos cursos, basta solicitar seu o dinheiro de volta nos primeiros 30 dias aps

a compra, e ns faremos o reembolso integral, mesmo que voc j tenha baixado alguns

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Prof. Paulo Bilynskyj

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Sumrio

DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................................................................................................................................. 3 CONSTITUIO FEDERAL ............................................................3

DIREITOS HUMANOS ................................................................................................................................................................................................................... 23 DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ......................23

PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLTICOS ...............27

PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONMICOS, SOCIAIS E

CULTURAIS ............................................................................46

CONVENO AMERICANA DOS DIREITOS HUMANOS .....................57

Cdigo de Conduta Para os Funcionrios Responsveis Pela

Aplicao Da Lei .................................................................79

CONVENO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU PENAS

CRUIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES ....................................81

DIREITO PENAL .......................................................................................................................................................................................................................... 96 Tempo Do Crime ................................................................96

LUGAR DO CRIME ...................................................................96

DO CRIME .............................................................................96

DA IMPUTABILIDADE ...............................................................98

CONCURSO DE PESSOAS ..........................................................99

CONCURSO DE CRIMES ............................................................99

DOS CRIMES CONTRA A PESSOA .............................................. 100

DOS CRIMES CONTRA O PATRIMNIO ...................................... 114

DOS CRIMES A DIGNIDADE SEXUAL .......................................... 124

Dos Crimes Contra a Incolumidade Pblica...................... 129

DOS CRIMES CONTRA A PAZ PBLICA ....................................... 137

DOS CRIMES CONTRA A F PBLICA ......................................... 137

Dos Crimes Contra a Administrao Pblica .................... 143

DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................................................................................................................................................................... 158 Do Inqurito Policial ......................................................... 158

Da Restituio de Coisas Apreendidas ............................. 162

Das Medidas Assecuratrias ............................................ 163

DAS PROVAS ....................................................................... 166

Da Priso, das Medidas Cautelares e da Liberdade

Provisria ......................................................................... 182

LOPC E LEGISLAO ESPECFICA / PC-SP .......................................................................................................................................................................................194 LEI COMPLEMENTAR N 207, DE 05 DE JANEIRO DE 1979:Lei

Orgnica da Polcia do Estado de So Paulo .................... 194

LEI ESTADUAL N. 10.261DE OUTUBRO DE 1968:Dispe sobre o

Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado ........ 228

LEI COMPLEMENTAR N 1.151 DE 25 DE OUTUBRO DE

2011:Dispe sobre a reestruturao das carreiras de

policiais civis, do Quadro da Secretaria da Segurana

Pblica, e d providncias correlatas .............................. 287

LEGISLAO ESPECIAL ................................................................................................................................................................................................................295 DECRETO - LEI N 3.688 DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 .............. 295

LEI N 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965 ............................. 305

LEI N 7.210 DE 11 DE JULHO DE1984 .................................. 310

LEI N 7.716 DE 5 DE JANEIRO DE 1989 ................................. 315

LEI N 7.960 DE 11 DE DEZEMBRO DE 1989. ........................... 318

LEI N 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990 ................................. 320

LEI N 8.072,DE 25 DE JULHO DE 1990 .................................. 326

LEI 8.078 DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 ............................... 329

LEI 8.429 DE 2 DE JUNHO DE 1992 ....................................... 332

LEI N 9.099 DE 26 DE SETEMBRO DE 1995 ............................ 338

LEI N 9.296 DE 24 DE JULHO DE 1996 ................................. 342

LEI N 9.455 DE 7 DE ABRIL DE 1997 ................................. 344

LEI N 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. .................... 345

Lei n 9.605/1998 De 12 De Fevereiro De 1998 .............. 351

LEI NO 10.741, DE 1 DE OUTUBRO DE 2003. ................... 359

LEI NO 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003................... 361

LEI N 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 ........................ 364

LEI N 11.343 DE AGOSTO DE 2006 ...................................... 371

LEI N 12.527 DE NOVEMBRO DE 2011 ................................ 380

DECRETO ESTADUAL N 58.052 DE 16 DE MAIO DE 2012 ......... 385

Lei N 12.830 De 20 De Junho De 2013 ........................... 413

LEI N 12.850 DE 2 DE AGOSTO DE 2013 .............................. 413

LEI N 13.146 DE 6 DE JULHO DE 2015 ................................ 422

LEI N 13.188 DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015 ........................ 423

LEI N 13.260 DE 16 DE MARO DE 2016 ............................. 427

LEI N 13.344 DE 6 DE OUTUBRO DE 2016 ............................ 431

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIO FEDERAL

Art. 1 a 16, 37, 39, 41 e 144.

Constituio Federal

Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil,

formada pela unio indissolvel dos Estados e

Municpios e do Distrito Federal, constitui-se

em Estado Democrtico de Direito e tem como

fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre

iniciativa;

V - o pluralismo poltico.

Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo,

que o exerce por meio de representantes

eleitos ou diretamente, nos termos desta

Constituio.

Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e

harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e

o Judicirio.

Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da

Repblica Federativa do Brasil:I - construir uma

sociedade livre, justa e solidria;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalizao e

reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem

preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminao.

Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se

nas suas relaes internacionais pelos seguintes

princpios:

I - independncia nacional;

II - prevalncia dos direitos humanos;

III - autodeterminao dos povos;

IV - no-interveno;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - soluo pacfica dos conflitos;

VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperao entre os povos para o

progresso da humanidade;

X - concesso de asilo poltico.

Pargrafo nico. A Repblica Federativa do

Brasil buscar a integrao econmica, poltica,

social e cultural dos povos da Amrica Latina,

visando formao de uma comunidade latino-

americana de naes.

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TTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E

COLETIVOS

Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem

distino de qualquer natureza, garantindo-se

aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no

Pas a inviolabilidade do direito vida,

liberdade, igualdade, segurana e

propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres so iguais em direitos e

obrigaes, nos termos desta Constituio;

II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

III - ningum ser submetido a tortura nem a

tratamento desumano ou degradante;

IV - livre a manifestao do pensamento,

sendo vedado o anonimato;

V - assegurado o direito de resposta,

proporcional ao agravo, alm da indenizao

por dano material, moral ou imagem;

VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de

crena, sendo assegurado o livre exerccio dos

cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a

proteo aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - assegurada, nos termos da lei, a

prestao de assistncia religiosa nas entidades

civis e militares de internao coletiva;

VIII - ningum ser privado de direitos por

motivo de crena religiosa ou de convico

filosfica ou poltica, salvo se as invocar para

eximir-se de obrigao legal a todos imposta e

recusar-se a cumprir prestao alternativa,

fixada em lei;

IX - livre a expresso da atividade intelectual,

artstica, cientfica e de comunicao,

independentemente de censura ou licena;

X - so inviolveis a intimidade, a vida privada,

a honra e a imagem das pessoas, assegurado o

direito a indenizao pelo dano material ou

moral decorrente de sua violao;

XI - a casa asilo inviolvel do indivduo,

ningum nela podendo penetrar sem

consentimento do morador, salvo em caso de

flagrante delito ou desastre, ou para prestar

socorro, ou, durante o dia, por determinao

judicial;

XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e

das comunicaes telegrficas, de dados e das

comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo

caso, por ordem judicial, nas hipteses e na

forma que a lei estabelecer para fins de

investigao criminal ou instruo processual

penal;

XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho,

ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes

profissionais que a lei estabelecer;

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XIV - assegurado a todos o acesso

informao e resguardado o sigilo da fonte,

quando necessrio ao exerccio profissional;

XV - livre a locomoo no territrio nacional

em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,

nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou

dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente,

sem armas, em locais abertos ao pblico,

independentemente de autorizao, desde que

no frustrem outra reunio anteriormente

convocada para o mesmo local, sendo apenas

exigido prvio aviso autoridade competente;

XVII - plena a liberdade de associao para

fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;

XVIII - a criao de associaes e, na forma da

lei, a de cooperativas independem de

autorizao, sendo vedada a interferncia

estatal em seu funcionamento;

XIX - as associaes s podero ser

compulsoriamente dissolvidas ou ter suas

atividades suspensas por deciso judicial,

exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em

julgado;

XX - ningum poder ser compelido a associar-

se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando

expressamente autorizadas, tm legitimidade

para representar seus filiados judicial ou

extrajudicialmente;

XXII - garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atender a sua funo

social;

XXIV - a lei estabelecer o procedimento para

desapropriao por necessidade ou utilidade

pblica, ou por interesse social, mediante justa

e prvia indenizao em dinheiro, ressalvados

os casos previstos nesta Constituio;

XXV - no caso de iminente perigo pblico, a

autoridade competente poder usar de

propriedade particular, assegurada ao

proprietrio indenizao ulterior, se houver

dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim

definida em lei, desde que trabalhada pela

famlia, no ser objeto de penhora para

pagamento de dbitos decorrentes de sua

atividade produtiva, dispondo a lei sobre os

meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo

de utilizao, publicao ou reproduo de suas

obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo

que a lei fixar;

XXVIII - so assegurados, nos termos da lei:

a) a proteo s participaes individuais em

obras coletivas e reproduo da imagem e

voz humanas, inclusive nas atividades

desportivas;

b) o direito de fiscalizao do aproveitamento

econmico das obras que criarem ou de que

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participarem aos criadores, aos intrpretes e s

respectivas representaes sindicais e

associativas;

XXIX - a lei assegurar aos autores de inventos

industriais privilgio temporrio para sua

utilizao, bem como proteo s criaes

industriais, propriedade das marcas, aos

nomes de empresas e a outros signos

distintivos, tendo em vista o interesse social e o

desenvolvimento tecnolgico e econmico do

Pas;

XXX - garantido o direito de herana;

XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros

situados no Pas ser regulada pela lei brasileira

em benefcio do cnjuge ou dos filhos

brasileiros, sempre que no lhes seja mais

favorvel a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a

defesa do consumidor;

XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos

pblicos informaes de seu interesse

particular, ou de interesse coletivo ou geral,

que sero prestadas no prazo da lei, sob pena

de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo

sigilo seja imprescindvel segurana da

sociedade e do Estado;

XXXIV - so a todos assegurados,

independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em

defesa de direitos ou contra ilegalidade ou

abuso de poder;

b) a obteno de certides em reparties

pblicas, para defesa de direitos e

esclarecimento de situaes de interesse

pessoal;

XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder

Judicirio leso ou ameaa a direito;

XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido,

o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - no haver juzo ou tribunal de

exceo;

XXXVIII - reconhecida a instituio do jri,

com a organizao que lhe der a lei,

assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votaes;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competncia para o julgamento dos crimes

dolosos contra a vida;

XXXIX - no h crime sem lei anterior que o

defina, nem pena sem prvia cominao legal;

XL - a lei penal no retroagir, salvo para

beneficiar o ru;

XLI - a lei punir qualquer discriminao

atentatria dos direitos e liberdades

fundamentais;

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XLII - a prtica do racismo constitui crime

inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de

recluso, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e

insuscetveis de graa ou anistia a prtica da

tortura , o trfico ilcito de entorpecentes e

drogas afins, o terrorismo e os definidos como

crimes hediondos, por eles respondendo os

mandantes, os executores e os que, podendo

evit-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafianvel e

imprescritvel a ao de grupos armados, civis

ou militares, contra a ordem constitucional e o

Estado Democrtico;

XLV - nenhuma pena passar da pessoa do

condenado, podendo a obrigao de reparar o

dano e a decretao do perdimento de bens

ser, nos termos da lei, estendidas aos

sucessores e contra eles executadas, at o

limite do valor do patrimnio transferido;

XLVI - a lei regular a individualizao da pena e

adotar, entre outras, as seguintes:

a) privao ou restrio da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestao social alternativa;

e) suspenso ou interdio de direitos;

XLVII - no haver penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra

declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de carter perptuo;

c) de trabalhos forados;

d) de banimento;

e) cruis;

XLVIII - a pena ser cumprida em

estabelecimentos distintos, de acordo com a

natureza do delito, a idade e o sexo do

apenado;

XLIX - assegurado aos presos o respeito

integridade fsica e moral;

L - s presidirias sero asseguradas condies

para que possam permanecer com seus filhos

durante o perodo de amamentao;

LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o

naturalizado, em caso de crime comum,

praticado antes da naturalizao, ou de

comprovado envolvimento em trfico ilcito de

entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - no ser concedida extradio de

estrangeiro por crime poltico ou de opinio;

LIII - ningum ser processado nem

sentenciado seno pela autoridade

competente;

LIV - ningum ser privado da liberdade ou de

seus bens sem o devido processo legal;

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LV - aos litigantes, em processo judicial ou

administrativo, e aos acusados em geral so

assegurados o contraditrio e ampla defesa,

com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - so inadmissveis, no processo, as provas

obtidas por meios ilcitos;

LVII - ningum ser considerado culpado at o

trnsito em julgado de sentena penal

condenatria;

LVIII - o civilmente identificado no ser

submetido a identificao criminal, salvo nas

hipteses previstas em lei;

LIX - ser admitida ao privada nos crimes de

ao pblica, se esta no for intentada no prazo

legal;

LX - a lei s poder restringir a publicidade dos

atos processuais quando a defesa da intimidade

ou o interesse social o exigirem;

LXI - ningum ser preso seno em flagrante

delito ou por ordem escrita e fundamentada de

autoridade judiciria competente, salvo nos

casos de transgresso militar ou crime

propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde

se encontre sero comunicados imediatamente

ao juiz competente e famlia do preso ou

pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso ser informado de seus direitos,

entre os quais o de permanecer calado, sendo-

lhe assegurada a assistncia da famlia e de

advogado;

LXIV - o preso tem direito identificao dos

responsveis por sua priso ou por seu

interrogatrio policial;

LXV - a priso ilegal ser imediatamente

relaxada pela autoridade judiciria;

LXVI - ningum ser levado priso ou nela

mantido, quando a lei admitir a liberdade

provisria, com ou sem fiana;

LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a

do responsvel pelo inadimplemento

voluntrio e inescusvel de obrigao

alimentcia e a do depositrio infiel;

LXVIII - conceder-se- habeas corpus sempre

que algum sofrer ou se achar ameaado de

sofrer violncia ou coao em sua liberdade de

locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se- mandado de segurana

para proteger direito lquido e certo, no

amparado por habeas corpus ou habeas data,

quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso

de poder for autoridade pblica ou agente de

pessoa jurdica no exerccio de atribuies do

Poder Pblico;

LXX - o mandado de segurana coletivo pode

ser impetrado por:

a) partido poltico com representao no

Congresso Nacional;

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b) organizao sindical, entidade de classe ou

associao legalmente constituda e em

funcionamento h pelo menos um ano, em

defesa dos interesses de seus membros ou

associados;

LXXI - conceder-se- mandado de injuno

sempre que a falta de norma regulamentadora

torne invivel o exerccio dos direitos e

liberdades constitucionais e das prerrogativas

inerentes nacionalidade, soberania e

cidadania;

LXXII - conceder-se- habeas data:

a) para assegurar o conhecimento de

informaes relativas pessoa do impetrante,

constantes de registros ou bancos de dados de

entidades governamentais ou de carter

pblico;

b) para a retificao de dados, quando no se

prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou

administrativo;

LXXIII - qualquer cidado parte legtima para

propor ao popular que vise a anular ato

lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de

que o Estado participe, moralidade

administrativa, ao meio ambiente e ao

patrimnio histrico e cultural, ficando o autor,

salvo comprovada m-f, isento de custas

judiciais e do nus da sucumbncia;

LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica

integral e gratuita aos que comprovarem

insuficincia de recursos;

LXXV - o Estado indenizar o condenado por

erro judicirio, assim como o que ficar preso

alm do tempo fixado na sentena;

LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente

pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certido de bito;

LXXVII - so gratuitas as aes de habeas

corpus e habeas data, e, na forma da lei, os

atos necessrios ao exerccio da cidadania.

LXXVIII a todos, no mbito judicial e

administrativo, so assegurados a razovel

durao do processo e os meios que garantam

a celeridade de sua tramitao.

1 As normas definidoras dos direitos e

garantias fundamentais tm aplicao

imediata.

2 Os direitos e garantias expressos nesta

Constituio no excluem outros decorrentes

do regime e dos princpios por ela adotados, ou

dos tratados internacionais em que a Repblica

Federativa do Brasil seja parte.

3 Os tratados e convenes internacionais

sobre direitos humanos que forem aprovados,

em cada Casa do Congresso Nacional, em dois

turnos, por trs quintos dos votos dos

respectivos membros, sero equivalentes s

emendas constitucionais.

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4 O Brasil se submete jurisdio de

Tribunal Penal Internacional a cuja criao

tenha manifestado adeso.

CAPTULO II

DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade,

a alimentao, o trabalho, a moradia, o

transporte, o lazer, a segurana, a previdncia

social, a proteo maternidade e infncia, a

assistncia aos desamparados, na forma desta

Constituio.

Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos

e rurais, alm de outros que visem melhoria

de sua condio social:

I - relao de emprego protegida contra

despedida arbitrria ou sem justa causa, nos

termos de lei complementar, que prever

indenizao compensatria, dentre outros

direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de

desemprego involuntrio;

III - fundo de garantia do tempo de servio;

IV - salrio mnimo , fixado em lei,

nacionalmente unificado, capaz de atender a

suas necessidades vitais bsicas e s de sua

famlia com moradia, alimentao, educao,

sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e

previdncia social, com reajustes peridicos

que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo

vedada sua vinculao para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional extenso e

complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto

em conveno ou acordo coletivo;

VII - garantia de salrio, nunca inferior ao

mnimo, para os que percebem remunerao

varivel;

VIII - dcimo terceiro salrio com base na

remunerao integral ou no valor da

aposentadoria;

IX remunerao do trabalho noturno superior

do diurno;

X - proteo do salrio na forma da lei,

constituindo crime sua reteno dolosa;

XI participao nos lucros, ou resultados,

desvinculada da remunerao, e,

excepcionalmente, participao na gesto da

empresa, conforme definido em lei;

XII - salrio-famlia pago em razo do

dependente do trabalhador de baixa renda nos

termos da lei;

XIII - durao do trabalho normal no superior

a oito horas dirias e quarenta e quatro

semanais, facultada a compensao de horrios

e a reduo da jornada, mediante acordo ou

conveno coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho

realizado em turnos ininterruptos de

revezamento, salvo negociao coletiva;

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XV - repouso semanal remunerado,

preferencialmente aos domingos;

XVI - remunerao do servio extraordinrio

superior, no mnimo, em cinqenta por cento

do normal;

XVII - gozo de frias anuais remuneradas com,

pelo menos, um tero a mais do que o salrio

normal;

XVIII - licena gestante, sem prejuzo do

emprego e do salrio, com a durao de cento

e vinte dias;

XIX - licena-paternidade, nos termos fixados

em lei;

XX - proteo do mercado de trabalho da

mulher, mediante incentivos especficos, nos

termos da lei;

XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de

servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos

termos da lei;

XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho,

por meio de normas de sade, higiene e

segurana;

XXIII - adicional de remunerao para as

atividades penosas, insalubres ou perigosas, na

forma da lei;

XXIV - aposentadoria;

XXV - assistncia gratuita aos filhos e

dependentes desde o nascimento at 5 (cinco)

anos de idade em creches e pr-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenes e

acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteo em face da automao, na

forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a

cargo do empregador, sem excluir a

indenizao a que este est obrigado, quando

incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das

relaes de trabalho, com prazo prescricional

de cinco anos para os trabalhadores urbanos e

rurais, at o limite de dois anos aps a extino

do contrato de trabalho;

a) (Revogada).

b) (Revogada).

XXX - proibio de diferena de salrios, de

exerccio de funes e de critrio de admisso

por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibio de qualquer discriminao no

tocante a salrio e critrios de admisso do

trabalhador portador de deficincia;

XXXII - proibio de distino entre trabalho

manual, tcnico e intelectual ou entre os

profissionais respectivos;

XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso

ou insalubre a menores de dezoito e de

qualquer trabalho a menores de dezesseis

anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de

quatorze anos;

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XXXIV - igualdade de direitos entre o

trabalhador com vnculo empregatcio

permanente e o trabalhador avulso.

Pargrafo nico. So assegurados categoria

dos trabalhadores domsticos os direitos

previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,

XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,

XXXI e XXXIII e, atendidas as condies

estabelecidas em lei e observada a

simplificao do cumprimento das obrigaes

tributrias, principais e acessrias, decorrentes

da relao de trabalho e suas peculiaridades, os

previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII,

bem como a sua integrao previdncia

social.

Art. 8 livre a associao profissional ou

sindical, observado o seguinte:

I - a lei no poder exigir autorizao do Estado

para a fundao de sindicato, ressalvado o

registro no rgo competente, vedadas ao

Poder Pblico a interferncia e a interveno

na organizao sindical;

II - vedada a criao de mais de uma

organizao sindical, em qualquer grau,

representativa de categoria profissional ou

econmica, na mesma base territorial, que ser

definida pelos trabalhadores ou empregadores

interessados, no podendo ser inferior rea

de um Municpio;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e

interesses coletivos ou individuais da categoria,

inclusive em questes judiciais ou

administrativas;

IV - a assembleia geral fixar a contribuio

que, em se tratando de categoria profissional,

ser descontada em folha, para custeio do

sistema confederativo da representao

sindical respectiva, independentemente da

contribuio prevista em lei;

V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a

manter-se filiado a sindicato;

VI - obrigatria a participao dos sindicatos

nas negociaes coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e

ser votado nas organizaes sindicais;

VIII - vedada a dispensa do empregado

sindicalizado a partir do registro da candidatura

a cargo de direo ou representao sindical e,

se eleito, ainda que suplente, at um ano aps

o final do mandato, salvo se cometer falta

grave nos termos da lei.

Pargrafo nico. As disposies deste artigo

aplicam-se organizao de sindicatos rurais e

de colnias de pescadores, atendidas as

condies que a lei estabelecer.

Art. 9 assegurado o direito de greve,

competindo aos trabalhadores decidir sobre a

oportunidade de exerc-lo e sobre os

interesses que devam por meio dele defender.

1 A lei definir os servios ou atividades

essenciais e dispor sobre o atendimento das

necessidades inadiveis da comunidade.

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2 Os abusos cometidos sujeitam os

responsveis s penas da lei.

Art. 10. assegurada a participao dos

trabalhadores e empregadores nos colegiados

dos rgos pblicos em que seus interesses

profissionais ou previdencirios sejam objeto

de discusso e deliberao.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos

empregados, assegurada a eleio de um

representante destes com a finalidade exclusiva

de promover-lhes o entendimento direto com

os empregadores.

CAPTULO III

DA NACIONALIDADE

Art. 12. So brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na Repblica Federativa do

Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde

que estes no estejam a servio de seu pas;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro

ou me brasileira, desde que qualquer deles

esteja a servio da Repblica Federativa do

Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro

ou de me brasileira, desde que sejam

registrados em repartio brasileira

competente ou venham a residir na Repblica

Federativa do Brasil e optem, em qualquer

tempo, depois de atingida a maioridade, pela

nacionalidade brasileira;

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a

nacionalidade brasileira, exigidas aos

originrios de pases de lngua portuguesa

apenas residncia por um ano ininterrupto e

idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,

residentes na Repblica Federativa do Brasil h

mais de quinze anos ininterruptos e sem

condenao penal, desde que requeiram a

nacionalidade brasileira.

1 Aos portugueses com residncia

permanente no Pas, se houver reciprocidade

em favor de brasileiros, sero atribudos os

direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos

previstos nesta Constituio.

2 A lei no poder estabelecer distino

entre brasileiros natos e naturalizados, salvo

nos casos previstos nesta Constituio.

3 So privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da

Repblica;

II - de Presidente da Cmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomtica;

VI - de oficial das Foras Armadas.

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VII - de Ministro de Estado da Defesa

4 - Ser declarada a perda da nacionalidade

do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalizao, por

sentena judicial, em virtude de atividade

nociva ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos

casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade

originria pela lei estrangeira;

b) de imposio de naturalizao, pela norma

estrangeira, ao brasileiro residente em estado

estrangeiro, como condio para permanncia

em seu territrio ou para o exerccio de direitos

civis;

Art. 13. A lngua portuguesa o idioma oficial

da Repblica Federativa do Brasil.

1 So smbolos da Repblica Federativa do

Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo

nacionais.

2 Os Estados, o Distrito Federal e os

Municpios podero ter smbolos prprios.

CAPTULO IV

DOS DIREITOS POLTICOS

Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo

sufrgio universal e pelo voto direto e secreto,

com valor igual para todos, e, nos termos da lei,

mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

1 O alistamento eleitoral e o voto so:

I - obrigatrios para os maiores de dezoito

anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de

dezoito anos.

2 No podem alistar-se como eleitores os

estrangeiros e, durante o perodo do servio

militar obrigatrio, os conscritos.

3 So condies de elegibilidade, na forma

da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exerccio dos direitos polticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;

V - a filiao partidria;

VI - a idade mnima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-

Presidente da Repblica e Senador;

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b) trinta anos para Governador e Vice-

Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal,

Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

4 So inelegveis os inalistveis e os

analfabetos.

5 O Presidente da Repblica, os

Governadores de Estado e do Distrito Federal,

os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou

substitudo no curso dos mandatos podero ser

reeleitos para um nico perodo subseqente.

6 Para concorrerem a outros cargos, o

Presidente da Repblica, os Governadores de

Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos

devem renunciar aos respectivos mandatos at

seis meses antes do pleito.

7 So inelegveis, no territrio de jurisdio

do titular, o cnjuge e os parentes

consangneos ou afins, at o segundo grau ou

por adoo, do Presidente da Repblica, de

Governador de Estado ou Territrio, do Distrito

Federal, de Prefeito ou de quem os haja

substitudo dentro dos seis meses anteriores ao

pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e

candidato reeleio.

8 O militar alistvel elegvel, atendidas as

seguintes condies:

I - se contar menos de dez anos de servio,

dever afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de servio, ser

agregado pela autoridade superior e, se eleito,

passar automaticamente, no ato da

diplomao, para a inatividade.

9 Lei complementar estabelecer outros

casos de inelegibilidade e os prazos de sua

cessao, a fim de proteger a probidade

administrativa, a moralidade para exerccio de

mandato considerada vida pregressa do

candidato, e a normalidade e legitimidade das

eleies contra a influncia do poder

econmico ou o abuso do exerccio de funo,

cargo ou emprego na administrao direta ou

indireta.

10. O mandato eletivo poder ser impugnado

ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze dias

contados da diplomao, instruda a ao com

provas de abuso do poder econmico,

corrupo ou fraude.

11. A ao de impugnao de mandato

tramitar em segredo de justia, respondendo

o autor, na forma da lei, se temerria ou de

manifesta m-f.

Art. 15. vedada a cassao de direitos

polticos, cuja perda ou suspenso s se dar

nos casos de:

I - cancelamento da naturalizao por sentena

transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

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III - condenao criminal transitada em julgado,

enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigao a todos

imposta ou prestao alternativa, nos termos

do art. 5, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do

art. 37, 4.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral

entrar em vigor na data de sua publicao,

no se aplicando eleio que ocorra at um

ano da data de sua vigncia.

ART. 37 DA CONSTITUIO FEDERAL

Art. 37. A administrao pblica direta e

indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municpios

obedecer aos princpios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficincia e, tambm, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funes pblicas so

acessveis aos brasileiros que preencham os

requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego pblico

depende de aprovao prvia em concurso

pblico de provas ou de provas e ttulos, de

acordo com a natureza e a complexidade do

cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

ressalvadas as nomeaes para cargo em

comisso declarado em lei de livre nomeao e

exonerao;

III - o prazo de validade do concurso pblico

ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por

igual perodo;

IV - durante o prazo improrrogvel previsto no

edital de convocao, aquele aprovado em

concurso pblico de provas ou de provas e

ttulos ser convocado com prioridade sobre

novos concursados para assumir cargo ou

emprego, na carreira;

V - as funes de confiana, exercidas

exclusivamente por servidores ocupantes de

cargo efetivo, e os cargos em comisso, a

serem preenchidos por servidores de carreira

nos casos, condies e percentuais mnimos

previstos em lei, destinam-se apenas s

atribuies de direo, chefia e

assessoramento;

VI - garantido ao servidor pblico civil o

direito livre associao sindical;

VII - o direito de greve ser exercido nos termos

e nos limites definidos em lei especfica;

VIII - a lei reservar percentual dos cargos e

empregos pblicos para as pessoas portadoras

de deficincia e definir os critrios de sua

admisso;

IX - a lei estabelecer os casos de contratao

por tempo determinado para atender a

necessidade temporria de excepcional

interesse pblico;

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X - a remunerao dos servidores pblicos e o

subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente

podero ser fixados ou alterados por lei

especfica, observada a iniciativa privativa em

cada caso, assegurada reviso geral anual,

sempre na mesma data e sem distino de

ndices;

XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes

de cargos, funes e empregos pblicos da

administrao direta, autrquica e fundacional,

dos membros de qualquer dos Poderes da

Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municpios, dos detentores de mandato eletivo

e dos demais agentes polticos e os proventos,

penses ou outra espcie remuneratria,

percebidos cumulativamente ou no, includas

as vantagens pessoais ou de qualquer outra

natureza, no podero exceder o subsdio

mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo

Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos

Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos

Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal

do Governador no mbito do Poder Executivo,

o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais

no mbito do Poder Legislativo e o subsidio dos

Desembargadores do Tribunal de Justia,

limitado a noventa inteiros e vinte e cinco

centsimos por cento do subsdio mensal, em

espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal

Federal, no mbito do Poder Judicirio,

aplicvel este limite aos membros do Ministrio

Pblico, aos Procuradores e aos Defensores

Pblicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder

Legislativo e do Poder Judicirio no podero

ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - vedada a vinculao ou equiparao de

quaisquer espcies remuneratrias para o

efeito de remunerao de pessoal do servio

pblico;

XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por

servidor pblico no sero computados nem

acumulados para fins de concesso de

acrscimos ulteriores;

XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes

de cargos e empregos pblicos so irredutveis,

ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste

artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e 153,

2, I;

XVI - vedada a acumulao remunerada de

cargos pblicos, exceto, quando houver

compatibilidade de horrios, observado em

qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro

tcnico ou cientfico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de

profissionais de sade, com profisses

regulamentadas;

XVII - a proibio de acumular estende-se a

empregos e funes e abrange autarquias,

fundaes, empresas pblicas, sociedades de

economia mista, suas subsidirias, e sociedades

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controladas, direta ou indiretamente, pelo

poder pblico;

XVIII - a administrao fazendria e seus

servidores fiscais tero, dentro de suas reas de

competncia e jurisdio, precedncia sobre os

demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX somente por lei especfica poder ser

criada autarquia e autorizada a instituio de

empresa pblica, de sociedade de economia

mista e de fundao, cabendo lei

complementar, neste ltimo caso, definir as

reas de sua atuao;

XX - depende de autorizao legislativa, em

cada caso, a criao de subsidirias das

entidades mencionadas no inciso anterior,

assim como a participao de qualquer delas

em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na

legislao, as obras, servios, compras e

alienaes sero contratados mediante

processo de licitao pblica que assegure

igualdade de condies a todos os

concorrentes, com clusulas que estabeleam

obrigaes de pagamento, mantidas as

condies efetivas da proposta, nos termos da

lei, o qual somente permitir as exigncias de

qualificao tcnica e econmica indispensveis

garantia do cumprimento das obrigaes.

XXII - as administraes tributrias da Unio,

dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municpios, atividades essenciais ao

funcionamento do Estado, exercidas por

servidores de carreiras especficas, tero

recursos prioritrios para a realizao de suas

atividades e atuaro de forma integrada,

inclusive com o compartilhamento de cadastros

e de informaes fiscais, na forma da lei ou

convnio.

1 A publicidade dos atos, programas, obras,

servios e campanhas dos rgos pblicos

dever ter carter educativo, informativo ou de

orientao social, dela no podendo constar

nomes, smbolos ou imagens que caracterizem

promoo pessoal de autoridades ou servidores

pblicos.

2 A no observncia do disposto nos incisos

II e III implicar a nulidade do ato e a punio

da autoridade responsvel, nos termos da lei.

3 A lei disciplinar as formas de participao

do usurio na administrao pblica direta e

indireta, regulando especialmente:

I - as reclamaes relativas prestao dos

servios pblicos em geral, asseguradas a

manuteno de servios de atendimento ao

usurio e a avaliao peridica, externa e

interna, da qualidade dos servios;

II - o acesso dos usurios a registros

administrativos e a informaes sobre atos de

governo, observado o disposto no art. 5, X e

XXXIII;

III - a disciplina da representao contra o

exerccio negligente ou abusivo de cargo,

emprego ou funo na administrao pblica.

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4 - Os atos de improbidade administrativa

importaro a suspenso dos direitos polticos, a

perda da funo pblica, a indisponibilidade

dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma

e gradao previstas em lei, sem prejuzo da

ao penal cabvel.

5 A lei estabelecer os prazos de prescrio

para ilcitos praticados por qualquer agente,

servidor ou no, que causem prejuzos ao

errio, ressalvadas as respectivas aes de

ressarcimento.

6 As pessoas jurdicas de direito pblico e as

de direito privado prestadoras de servios

pblicos respondero pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,

assegurado o direito de regresso contra o

responsvel nos casos de dolo ou culpa.

7 A lei dispor sobre os requisitos e as

restries ao ocupante de cargo ou emprego da

administrao direta e indireta que possibilite o

acesso a informaes privilegiadas.

8 A autonomia gerencial, oramentria e

financeira dos rgos e entidades da

administrao direta e indireta poder ser

ampliada mediante contrato, a ser firmado

entre seus administradores e o poder pblico,

que tenha por objeto a fixao de metas de

desempenho para o rgo ou entidade,

cabendo lei dispor sobre:

I - o prazo de durao do contrato;

II - os controles e critrios de avaliao de

desempenho, direitos, obrigaes e

responsabilidade dos dirigentes;

III - a remunerao do pessoal."

9 O disposto no inciso XI aplica-se s

empresas pblicas e s sociedades de

economia mista, e suas subsidirias, que

receberem recursos da Unio, dos Estados, do

Distrito Federal ou dos Municpios para

pagamento de despesas de pessoal ou de

custeio em geral.

10. vedada a percepo simultnea de

proventos de aposentadoria decorrentes do

art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a

remunerao de cargo, emprego ou funo

pblica, ressalvados os cargos acumulveis na

forma desta Constituio, os cargos eletivos e

os cargos em comisso declarados em lei de

livre nomeao e exonerao.

11. No sero computadas, para efeito dos

limites remuneratrios de que trata o inciso XI

do caput deste artigo, as parcelas de carter

indenizatrio previstas em lei.

12. Para os fins do disposto no inciso XI do

caput deste artigo, fica facultado aos Estados e

ao Distrito Federal fixar, em seu mbito,

mediante emenda s respectivas Constituies

e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio

mensal dos Desembargadores do respectivo

Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros

e vinte e cinco centsimos por cento do

subsdio mensal dos Ministros do Supremo

Tribunal Federal, no se aplicando o disposto

neste pargrafo aos subsdios dos Deputados

Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

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ART. 39 DA CONSTITUIO FEDERAL

Seo II

DOS SERVIDORES PBLICOS

Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e

os Municpios instituiro, no mbito de sua

competncia, regime jurdico nico e planos de

carreira para os servidores da administrao

pblica direta, das autarquias e das fundaes

pblicas.

Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e

os Municpios instituiro conselho de poltica

de administrao e remunerao de pessoal,

integrado por servidores designados pelos

respectivos Poderes.

1 A fixao dos padres de vencimento e dos

demais componentes do sistema remunerat-

rio observar:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a

complexidade dos cargos componentes de cada

carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

2 A Unio, os Estados e o Distrito Federal

mantero escolas de governo para a formao

e o aperfeioamento dos servidores pblicos,

constituindo-se a participao nos cursos um

dos requisitos para a promoo na carreira,

facultada, para isso, a celebrao de convnios

ou contratos entre os entes federados.

3 Aplica-se aos servidores ocupantes de

cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII,

IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e

XXX, podendo a lei estabelecer requisitos

diferenciados de admisso quando a natureza

do cargo o exigir.

4 O membro de Poder, o detentor de

mandato eletivo, os Ministros de Estado e os

Secretrios Estaduais e Municipais sero

remunerados exclusivamente por subsdio

fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de

qualquer gratificao, adicional, abono, prmio,

verba de representao ou outra espcie

remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o

disposto no art. 37, X e XI.

5 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municpios poder estabelecer a

relao entre a maior e a menor remunerao

dos servidores pblicos, obedecido, em

qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

6 Os Poderes Executivo, Legislativo e

Judicirio publicaro anualmente os valores do

subsdio e da remunerao dos cargos e

empregos pblicos.

7 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Fede-

ral e dos Municpios disciplinar a aplicao de

recursos oramentrios provenientes da econo-

mia com despesas correntes em cada rgo,

autarquia e fundao, para aplicao no

desenvolvimento de programas de qualidade e

produtividade, treinamento e desenvolvi-

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mento, modernizao, reaparelhamento e

racionalizao do servio pblico, inclusive sob

a forma de adicional ou prmio de produtivi-

dade.

8 A remunerao dos servidores pblicos

organizados em carreira poder ser fixada nos

termos do 4.

ART. 41 DA CONSTITUIO FEDERAL

Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo

exerccio os servidores nomeados para cargo de

provimento efetivo em virtude de concurso

pblico.

1 O servidor pblico estvel s perder o

cargo:

I - em virtude de sentena judicial transitada

em julgado;

II - mediante processo administrativo em que

lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliao

peridica de desempenho, na forma de lei

complementar, assegurada ampla defesa.

2 Invalidada por sentena judicial a demisso

do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o

eventual ocupante da vaga, se estvel,

reconduzido ao cargo de origem, sem direito a

indenizao, aproveitado em outro cargo ou

posto em disponibilidade com remunerao

proporcional ao tempo de servio.

3 Extinto o cargo ou declarada a sua

desnecessidade, o servidor estvel ficar em

disponibilidade, com remunerao proporcio-

nal ao tempo de servio, at seu adequado

aproveitamento em outro cargo.

4 Como condio para a aquisio da

estabilidade, obrigatria a avaliao especial

de desempenho por comisso instituda para

essa finalidade.

ART.144 DA CONSTITUIO FEDERAL

Art. 144. A segurana pblica, dever do Estado,

direito e responsabilidade de todos, exercida

para a preservao da ordem pblica e da

incolumidade das pessoas e do patrimnio,

atravs dos seguintes rgos:

I - polcia federal;

II - polcia rodoviria federal;

III - polcia ferroviria federal;

IV - polcias civis;

V - polcias militares e corpos de bombeiros

militares.

1 A polcia federal, instituda por lei como

rgo permanente, organizado e mantido pela

Unio e estruturado em carreira, destina-se a:"

I - apurar infraes penais contra a ordem

poltica e social ou em detrimento de bens,

servios e interesses da Unio ou de suas

entidades autrquicas e empresas pblicas,

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assim como outras infraes cuja prtica tenha

repercusso interestadual ou internacional e

exija represso uniforme, segundo se dispuser

em lei;

II - prevenir e reprimir o trfico ilcito de

entorpecentes e drogas afins, o contrabando e

o descaminho, sem prejuzo da ao fazendria

e de outros rgos pblicos nas respectivas

reas de competncia;

III - exercer as funes de polcia martima,

aeroporturia e de fronteiras;

IV - exercer, com exclusividade, as funes de

polcia judiciria da Unio.

2 A polcia rodoviria federal, rgo

permanente, organizado e mantido pela Unio

e estruturado em carreira, destina-se, na forma

da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias

federais.

3 A polcia ferroviria federal, rgo

permanente, organizado e mantido pela Unio

e estruturado em carreira, destina-se, na forma

da lei, ao patrulhamento ostensivo das

ferrovias federais.

4 s polcias civis, dirigidas por delegados de

polcia de carreira, incumbem, ressalvada a

competncia da Unio, as funes de polcia

judiciria e a apurao de infraes penais,

exceto as militares.

5 s polcias militares cabem a polcia

ostensiva e a preservao da ordem pblica;

aos corpos de bombeiros militares, alm das

atribuies definidas em lei, incumbe a

execuo de atividades de defesa civil.

6 As polcias militares e corpos de bombeiros

militares, foras auxiliares e reserva do

Exrcito, subordinam-se, juntamente com as

polcias civis, aos Governadores dos Estados, do

Distrito Federal e dos Territrios.

7 A lei disciplinar a organizao e o

funcionamento dos rgos responsveis pela

segurana pblica, de maneira a garantir a

eficincia de suas atividades.

8 Os Municpios podero constituir guardas

municipais destinadas proteo de seus bens,

servios e instalaes, conforme dispuser a lei.

9 A remunerao dos servidores policiais

integrantes dos rgos relacionados neste

artigo ser fixada na forma do 4 do art. 39.

10. A segurana viria, exercida para a

preservao da ordem pblica e da

incolumidade das pessoas e do seu patrimnio

nas vias pblicas:

I - compreende a educao, engenharia e

fiscalizao de trnsito, alm de outras

atividades previstas em lei, que assegurem ao

cidado o direito mobilidade urbana

eficiente; e

II - compete, no mbito dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municpios, aos respectivos

rgos ou entidades executivos e seus agentes

de trnsito, estruturados em Carreira, na forma

da lei.

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DIREITOS HUMANOS

DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Prembulo

Considerando que o reconhecimento da

dignidade inerente a todos os membros da

famlia humana e dos seus direitos iguais e

inalienveis constitui o fundamento da

liberdade, da justia e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o

desprezo dos direitos humanos conduziram a

actos de barbrie que revoltam a conscincia

da Humanidade e que o advento de um mundo

em que os seres humanos sejam livres de falar

e de crer, libertos do terror e da misria, foi

proclamado como a mais alta inspirao

humanos; Considerando que essencial a

proteco dos direitos humanos atravs de um

regime de direito, para que o homem no seja

compelido, em supremo recurso, revolta

contra a tirania e a opresso; Considerando que

essencial encorajar o desenvolvimento de

relaes amistosas entre as naes;

Considerando que, na Carta, os povos das

Naes Unidas proclamam, de novo, a sua f

nos direitos fundamentais humanos, na

dignidade e no valor da pessoa humana, na

igualdade de direitos dos homens e das

mulheres e se declararam resolvidos a

favorecer o progresso social e a instaurar

melhores condies de vida dentro de uma

liberdade mais ampla; Considerando que os

Estados membros se comprometeram a

promover, em cooperao com a Organizao

das Naes Unidas, o respeito universal e

efectivo dos direitos humanos e das liberdades

fundamentais; Considerando que uma

concepo comum destes direitos e liberdades

da mais alta importncia para dar plena

satisfao a tal compromisso: A Assemblia

Geral proclama a presente Declarao

Universal dos Direitos humanos como ideal

comum a atingir por todos os povos e todas as

naes, a fim de que todos os indivduos e

todos os rgos da sociedade, tendo-a

constantemente no esprito, se esforcem, pelo

ensino e pela educao, por desenvolver o

respeito desses direitos e liberdades e por

promover, por medidas progressivas de ordem

nacional e internacional, o seu reconhecimento

e a sua aplicao universais e efectivos tanto

entre as populaes dos prprios Estados

membros como entre as dos territrios

colocados sob a sua jurisdio.

Artigo 1 Todos os seres humanos nascem livres

e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de

razo e de conscincia, devem agir uns para

com os outros em esprito de fraternidade.

Artigo 2 Todos os seres humanos podem

invocar os direitos e as liberdades proclamados

na presente Declarao, sem distino alguma,

nomeadamente de raa, de cor, de sexo, de

lngua, de religio, de opinio poltica ou outra,

de origem nacional ou social, de fortuna, de

nascimento ou de qualquer outra situao.

Alm disso, no ser feita nenhuma distino

fundada no estatuto poltico, jurdico ou

internacional do pas ou do territrio da

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naturalidade da pessoa, seja esse pas ou

territrio independente, sob tutela, autnomo

ou sujeito a alguma limitao de soberania.

Artigo 3 Todo o indivduo tem direito vida,

liberdade e segurana pessoal.

Artigo 4 Ningum ser mantido em

escravatura ou em servido; a escravatura e o

trato dos escravos, sob todas as formas, so

proibidos.

Artigo 5 Ningum ser submetido a tortura

nem a penas ou tratamentos cruis,

desumanos ou degradantes.

Artigo 6 Todos os indivduos tm direito ao

reconhecimento, em todos os lugares, da sua

personalidade jurdica.

Artigo 7 Todos so iguais perante a lei e, sem

distino, tm direito a igual proteco da lei.

Todos tm direito a proteco igual contra

qualquer discriminao que viole a presente

Declarao e contra qualquerincitamento a tal

discriminao.

Artigo 8 Toda a pessoa tem direito a recurso

efectivo para as jurisdies nacionais

competentes contra os actos que violem os

direitos fundamentais reconhecidos pela

Constituio ou pela lei.

Artigo 9 Ningum pode ser arbitrariamente

preso, detido ou exilado.

Artigo 10 Toda a pessoa tem direito, em plena

igualdade, a que a sua causa seja equitativa e

publicamente julgada por um tribunal

independente e imparcial que decida dos seus

direitos e obrigaes ou das razes de qualquer

acusao em matria penal que contra ela seja

deduzida.

Artigo 11 1. Toda a pessoa acusada de um acto

delituoso presume-se inocente at que a sua

culpabilidade fique legalmente provada no

decurso de um processo pblico em que todas

as garantias necessrias de defesa lhe sejam

asseguradas.

2. Ningum ser condenado por aces ou

omisses que, no momento da sua prtica, no

constituam acto delituoso face do direito

interno ou internacional. Do mesmo modo, no

ser infligida pena mais grave do que a que era

aplicvel no momento em que o acto delituoso

foi cometido.

Artigo 12 Ningum sofrer intromisses

arbitrrias na sua vida privada, na sua famlia,

no seu domiclio ou na sua correspondncia,

nem ataques sua honra e reputao. Contra

tais intromisses ou ataques toda a pessoa tem

direito a proteco da lei.

Artigo 13 1. Toda a pessoa tem o direito de

livremente circular e escolher a sua residncia

no interior de um Estado.

2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o

pas em que se encontra, incluindo o seu, e o

direito de regressar ao seu pas.

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Artigo 14 1. Toda a pessoa sujeita a

perseguio tem o direito de procurar e de

beneficiar de asilo em outros pases.

2. Este direito no pode, porm, ser invocado

no caso de processo realmente existente por

crime de direito comum ou por actividades

contrrias aos fins e aos princpios das Naes

Unidas.

Artigo 15 1. Todo o indivduo tem direito a ter

uma nacionalidade.

2. Ningum pode ser arbitrariamente privado

da sua nacionalidade nem do direito de mudar

de nacionalidade.

Artigo 16 1. A partir da idade nbil, o homem e

a mulher tm o direito de casar e de constituir

famlia, sem restrio alguma de raa,

nacionalidade ou religio. Durante o casamento

e na altura da sua dissoluo, ambos tm

direitos iguais.

2. O casamento no pode ser celebrado sem o

livre e pleno consentimento dos futuros

esposos.

3. A famlia o elemento natural e fundamental

da sociedade e tem direito proteco desta e

do Estado. Artigo 17 1. Toda a pessoa,

individual ou colectivamente, tem direito

propriedade.

2. Ningum pode ser arbitrariamente privado

da sua propriedade.

Artigo 18 Toda a pessoa tem direito

liberdade de pensamento, de conscincia e de

religio; este direito implica a liberdade de

mudar de religio ou de convico, assim como

a liberdade de manifestar a religio ou

convico, sozinho ou em comum, tanto em

pblico como em privado, pelo ensino, pela

prtica, pelo culto e pelos ritos.

Artigo 19 Todo o indivduo tem direito

liberdade de opinio e de expresso, o que

implica o direito de no ser inquietado pelas

suas opinies e o de procurar, receber e

difundir, sem considerao de fronteiras,

informaes e idias por qualquer meio de

expresso.

Artigo 20 1. Toda a pessoa tem direito

liberdade de reunio e de associao pacficas.

2. Ningum pode ser obrigado a fazer parte de

uma associao.

Artigo 21 1. Toda a pessoa tem o direito de

tomar parte na direco dos negcios, pblicos

do seu pas, quer directamente, quer por

intermdio de representantes livremente

escolhidos.

2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em

condies de igualdade, s funes pblicas do

seu pas.

3. A vontade do povo o fundamento da

autoridade dos poderes pblicos: e deve

exprimir-se atravs de eleies honestas a

realizar periodicamente por sufrgio universal e

igual, com voto secreto ou segundo processo

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equivalente que salvaguarde a liberdade de

voto.

Artigo 22 Toda a pessoa, como membro da

sociedade, tem direito segurana social; e

pode legitimamente exigir a satisfao dos

direitos econmicos, sociais e culturais

indispensveis, graas ao esforo nacional e

cooperao internacional, de harmonia com a

organizao e os recursos de cada pas.

Artigo 23 1. Toda a pessoa tem direito ao

trabalho, livre escolha do trabalho, a

condies equitativas e satisfatrias de

trabalho e proteco contra o desemprego.

2. Todos tm direito, sem discriminao

alguma, a salrio igual por trabalho igual.

3. Quem trabalha tem direito a uma

remunerao equitativa e satisfatria, que lhe

permita e sua famlia uma existncia

conforme com a dignidade humana, e

completada, se possvel, por todos os outros

meios de proteco social.

4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com

outras pessoas sindicatos e de se filiar em

sindicatos para defesa dos seus interesses.

Artigo 24 Toda a pessoa tem direito ao

repouso e aos lazeres, especialmente, a uma

limitao razovel da durao do trabalho e as

frias peridicas pagas.

Artigo 25 1. Toda a pessoa tem direito a um

nvel de vida suficiente para lhe assegurar e

sua famlia a sade e o bem-estar,

principalmente quanto alimentao, ao

vesturio, ao alojamento, assistncia mdica

e ainda quanto aos servios sociais necessrios,

e tem direito segurana no desemprego, na

doena, na invalidez, na viuvez, na velhice ou

noutros casos de perda de meios de

subsistncia por circunstncias independentes

da sua vontade.

2. A maternidade e a infncia tm direito a

ajuda e a assistncia especiais. Todas as

crianas, nascidas dentro ou fora do

matrimnio, gozam da mesma proteco social.

Artigo 26 1. Toda a pessoa tem direito

educao. A educao deve ser gratuita, pelo

menos a correspondente ao ensino elementar

fundamental. O ensino elementar obrigatrio.

O ensino tcnico e profissional dever ser

generalizado; o acesso aos estudos superiores

deve estar aberto a todos em plena igualdade,

em funo do seu mrito.

2. A educao deve visar plena expanso da

personalidade humana e ao reforo dos direitos

humanos e das liberdades fundamentais e deve

favorecer a compreenso, a tolerncia e a

amizade entre todas as naes e todos os

grupos raciais ou religiosos, bem como o

desenvolvimento das atividades das Naes

Unidas para a manuteno da paz.

3. Aos pais pertence a prioridade do direito de

escolher o gnero de educao a dar aos filhos.

Artigo 27 1. Toda a pessoa tem o direito de

tomar parte livremente na vida cultural da

comunidade, de fruir as artes e de participar no

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progresso cientfico e nos benefcios que deste

resultam.

2. Todos tm direito proteco dos interesses

morais e materiais ligados a qualquer produo

cientfica, literria ou artstica da sua autoria.

Artigo 28 Toda a pessoa tem direito a que

reine, no plano social e no plano internacional,

uma ordem capaz de tornar plenamente

efectivos os direitos e as liberdades enunciadas

na presente Declarao.

Artigo 29 1. O indivduo tem deveres para com

a comunidade, fora da qual no possvel o

livre e pleno desenvolvimento da sua

personalidade.

2. No exerccio destes direitos e no gozo destas

liberdades ningum est sujeito seno s

limitaes estabelecidas pela lei com vista

exclusivamente a promover o reconhecimento

e o respeito dos direitos e liberdades dos

outros e a fim de satisfazer as justas exigncias

da moral, da ordem pblica e do bem-estar

numa sociedade democrtica.

3. Em caso algum estes direitos e liberdades

podero ser exercidos contrariamente aos fins

e aos princpios das Naes Unidas.

Artigo 30 Nenhuma disposio da presente

Declarao pode ser interpretada de maneira a

envolver para qualquer Estado, agrupamento

ou indivduo o direito de se entregar a alguma

actividade ou de praticar algum acto destinado

a destruir os direitos e liberdades aqui

enunciados.

PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLTICOS

DECRETO No 592, DE 6 DE JULHO DE 1992.

Atos Internacionais. Pacto Internacional sobre

Direitos Civis e Polticos. Promulgao.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da

atribuio que lhe confere o art. 84, inciso VIII,

da Constituio, e

Considerando que o Pacto Internacional sobre

Direitos Civis e Polticos foi adotado pela XXI

Sesso da Assemblia-Geral das Naes Unidas,

em 16 de dezembro de 1966;

Considerando que o Congresso Nacional

aprovou o texto do referido diploma

internacional por meio do Decreto Legislativo

n 226, de 12 de dezembro de 1991;

Considerando que a Carta de Adeso ao Pacto

Internacional sobre Direitos Civis e Polticos foi

depositada em 24 de janeiro de 1992;

Considerando que o pacto ora promulgado

entrou em vigor, para o Brasil, em 24 de abril

de 1992, na forma de seu art. 49, 2;

DECRETA:

Art. 1 O Pacto Internacional sobre Direitos

Civis e Polticos, apenso por cpia ao presente

decreto, ser executado e cumprido to

inteiramente como nele se contm.

http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%20592-1992?OpenDocument

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Art. 2 Este Decreto entra em vigor na data de

sua publicao.

Braslia, 06 de julho de 1992; 171 da

Independncia e 104 da Repblica.

FERNANDO COLLOR

Celso Lafer

Este texto no substitui o publicado no D.O.U.

de 7.7.1992

ANEXO AO DECRETO QUE PROMULGA O

PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS

E POLTICOS/MRE

PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS

E POLTICOS

PREMBULO

Os Estados Partes do presente Pacto,

Considerando que, em conformidade com os

princpios proclamados na Carta das Naes

Unidas, o reconhecimento da dignidade

inerente a todos os membros da famlia

humana e de seus direitos iguais e inalienveis

constitui o fundamento da liberdade, da justia

e da paz no mundo,

Reconhecendo que esses direitos decorrem da

dignidade inerente pessoa humana,

Reconhecendo que, em conformidade com a

Declarao Universal dos Direitos do Homem, o

ideal do ser humano livre, no gozo das

liberdades civis e polticas e liberto do temor e

da misria, no pode ser realizado e menos que

se criem s condies que permitam a cada um

gozar de seus direitos civis e polticos, assim

como de seus direitos econmicos, sociais e

culturais,

Considerando que a Carta das Naes Unidas

impe aos Estados a obrigao de promover o

respeito universal e efetivo dos direitos e das

liberdades do homem,

Compreendendo que o indivduo, por ter

deveres para com seus semelhantes e para com

a coletividade a que pertence, tem a obrigao

de lutar pela promoo e observncia dos

direitos reconhecidos no presente Pacto,

Acordam o seguinte:

PARTE I

ARTIGO 1

1. Todos os povos tm direito

autodeterminao. Em virtude desse direito,

determinam livremente seu estatuto poltico e

asseguram livremente seu desenvolvimento

econmico, social e cultural.

2. Para a consecuo de seus objetivos, todos

os povos podem dispor livremente se suas

riquezas e de seus recursos naturais, sem

prejuzo das obrigaes decorrentes da

cooperao econmica internacional, baseada

no princpio do proveito mtuo, e do Direito

Internacional. Em caso algum, poder um povo

ser privado de seus meios de subsistncia.

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3. Os Estados Partes do presente Pacto,

inclusive aqueles que tenham a

responsabilidade de administrar territrios

no-autnomos e territrios sob tutela,

devero promover o exerccio do direito

autodeterminao e respeitar esse direito, em

conformidade com as disposies da Carta das

Naes Unidas.

PARTE II

ARTIGO 2

1. Os Estados Partes do presente pacto

comprometem-se a respeitar e garantir a todos

os indivduos que se achem em seu territrio e

que estejam sujeitos a sua jurisdio os direitos

reconhecidos no presente Pacto, sem

discriminao alguma por motivo de raa, cor,

sexo. lngua, religio, opinio poltica ou de

outra natureza, origem nacional ou social,

situao econmica, nascimento ou qualquer

condio.

2. Na ausncia de medidas legislativas ou de

outra natureza destinadas a tornar efetivos os

direitos reconhecidos no presente Pacto, os

Estados Partes do presente Pacto

comprometem-se a tomar as providncias

necessrias com vistas a adot-las, levando em

considerao seus respectivos procedimentos

constitucionais e as disposies do presente

Pacto.

3. Os Estados Partes do presente Pacto

comprometem-se a:

a) Garantir que toda pessoa, cujos direitos e

liberdades reconhecidos no presente Pacto

tenham sido violados, possa de um recurso

efetivo, mesmo que a violncia tenha sido

perpetra por pessoas que agiam no exerccio de

funes oficiais;

b) Garantir que toda pessoa que interpuser tal

recurso ter seu direito determinado pela

competente autoridade judicial, administrativa

ou legislativa ou por qualquer outra autoridade

competente prevista no ordenamento jurdico

do Estado em questo; e a desenvolver as

possibilidades de recurso judicial;

c) Garantir o cumprimento, pelas autoridades

competentes, de qualquer deciso que julgar

procedente tal recurso.

ARTIGO 3

Os Estados Partes no presente Pacto

comprometem-se a assegurar a homens e

mulheres igualdade no gozo de todos os

direitos civis e polticos enunciados no presente

Pacto.

ARTIGO 4

1. Quando situaes excepcionais ameacem a

existncia da nao e sejam proclamadas

oficialmente, os Estados Partes do presente

Pacto podem adotar, na estrita medida exigida

pela situao, medidas que suspendam as

obrigaes decorrentes do presente Pacto,

desde que tais medidas no sejam

incompatveis com as demais obrigaes que

lhes sejam impostas pelo Direito Internacional

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e no acarretem discriminao alguma apenas

por motivo de raa, cor, sexo, lngua, religio

ou origem social.

2. A disposio precedente no autoriza

qualquer suspenso dos artigos 6, 7, 8

(pargrafos 1 e 2) 11, 15, 16, e 18.

3. Os Estados Partes do presente Pacto que

fizerem uso do direito de suspenso devem

comunicar imediatamente aos outros Estados

Partes do presente Pacto, por intermdio do

Secretrio-Geral da Organizao das Naes

Unidas, as disposies que tenham suspendido,

bem como os motivos de tal suspenso. Os

Estados partes devero fazer uma nova

comunicao, igualmente por intermdio do

Secretrio-Geral da Organizao das Naes

Unidas, na data em que terminar tal suspenso.

ARTIGO 5

1. Nenhuma disposio do presente Pacto

poder ser interpretada no sentido de

reconhecer a um Estado, grupo ou indivduo

qualquer direito de dedicar-se a quaisquer

atividades ou praticar quaisquer atos que

tenham por objetivo destruir os direitos ou

liberdades reconhecidos no presente Pacto ou

impor-lhe limitaes mais amplas do que

aquelas nele previstas.

2. No se admitir qualquer restrio ou

suspenso dos direitos humanos fundamentais

reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado

Parte do presente Pacto em virtude de leis,

convenes, regulamentos ou costumes, sob

pretexto de que o presente Pacto no os

reconhea ou os reconhea em menor grau.

PARTE III

ARTIGO 6

1. O direito vida inerente pessoa humana.

Esse direito dever ser protegido pela lei.

Ningum poder ser arbitrariamente privado

de sua vida.

2. Nos pases em que a pena de morte no

tenha sido abolida, esta poder ser imposta

apenas nos casos de crimes mais graves, em

conformidade com legislao vigente na poca

em que o crime foi cometido e que no esteja

em conflito com as disposies do

presentePacto, nem com a Conveno sobra a

Preveno e a Punio do Crime de Genocdio.

Poder-se- aplicar essa pena apenas em

decorrncia de uma sentena transitada em

julgado e proferida por tribunal competente.

3. Quando a privao da vida constituir crime

de genocdio, entende-se que nenhuma

disposio do presente artigo autorizar

qualquer Estado Parte do presente Pacto a

eximir-se, de modo algum, do cumprimento de

qualquer das obrigaes que tenham assumido

em virtude das disposies da Conveno sobre

a Preveno e a Punio do Crime de

Genocdio.

4. Qualquer condenado morte ter o direito

de pedir indulto ou comutao da pena. A

anistia, o indulto ou a comutao da pena

poder ser concedido em todos os casos.

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5. A pena de morte no dever ser imposta em

casos de crimes cometidos por pessoas

menores de 18 anos, nem aplicada a mulheres

em estado de gravidez.

6. No se poder invocar disposio alguma do

presente artigo para retardar ou impedir a

abolio da pena de morte por um Estado Parte

do presente Pacto.

ARTIGO 7

Ningum poder ser submetido tortura, nem

a penas ou tratamento cruis, desumanos ou

degradantes. Ser proibido sobretudo,

submeter uma pessoa, sem seu livre

consentimento, a experincias mdias ou

cientificas.

ARTIGO 8

1. Ningum poder ser submetido escravido;

a escravido e o trfico de escravos, em todos

as suas formas, ficam proibidos.

2. Ningum poder ser submetido servido.

3. a) Ningum poder ser obrigado a executar

trabalhos forados ou obrigatrios;

b) A alnea a) do presente pargrafo no

poder ser interpretada no sentido de proibir,

nos pases em que certos crimes sej