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49|JANEIRO|2009 Diário de Bordo APOIOS: O Conselho Executivo ESPECIAL ENTREVISTAS O ano civil que agora se inicia apresenta-se-nos em momentos conturbados em todas as vertentes. A nível da Educação, a situação de desacordo entre as partes envolvidas no processo educativo só não está (ainda) mais na ordem do dia da comunicação social devido à grave crise que todo o mundo atravessa. Não pretendendo opinar sobre o diferendo entre as diversas partes referidas acima, é de salientar o elevado profissionalismo com que os docentes têm encarado a sua missão, não deixando que o seu dia-a-dia passado com os alunos (que são o objecto final da acção educativa) reflicta o descontentamento que sentem e que é visível sempre que se fala com um professor sobre a sua profissão: é sintomático que, segundo sondagem recentemente divulgada, a maioria dos professores no activo se sinta arrependida de ter escolhido a profissão docente. Independentemente do que venha a acontecer nos tempos mais próximos, é fundamental que se consiga encontrar a serenidade possível para conduzir o processo de ensino / aprendizagem de forma a possibilitar o sucesso e a integração dos nossos alunos na sociedade. A esse respeito, aqui fica a ligação para uma promoção institucional da imagem e papel dos professores. Só é pena que seja uma iniciativa da Junta da Extremadura (Espanha) e que não se conheça iniciativa semelhante por cá… http://www .educarex.es/documentos/anuncio/ anuncio.html FESTA DE NATAL Página 16 TEATRO PELOS NOSSOS ALUNOS Página 7 ...E PARA OS NOSSOS ALUNOS! Página 7 Os nossos jornalistas realizaram três entrevistas, que podem ser lidas entre as páginas 2 e 6: - D. Antonino Dias (Bispo de Castelo Branco e Portalegre) - Carina Vicente (Psicóloga) - Maria do Carmo Sequeira (Presidente da Câmara Municipal de V. V. Ródão)

Gente em Acção nº 49

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão

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Page 1: Gente em Acção nº 49

49|JANEIRO|2009

Diário de Bordo

APOIOS:

O Conselho Executivo

ESPECIALENTREVISTAS

O ano civil que agora se inicia apresenta-se-nos em

momentos conturbados em todas as vertentes. A nível

da Educação, a situação de desacordo entre as partes

envolvidas no processo educativo só não está (ainda)

mais na ordem do dia da comunicação social devido à

grave crise que todo o mundo atravessa.

Não pretendendo opinar sobre o diferendo entre as

diversas partes referidas acima, é de salientar o elevado

profissionalismo com que os docentes têm encarado a

sua missão, não deixando que o seu dia-a-dia passado

com os alunos (que são o objecto final da acção educativa)

reflicta o descontentamento que sentem e que é visível

sempre que se fala com um professor sobre a sua

profissão: é sintomático que, segundo sondagem

recentemente divulgada, a maioria dos professores no

activo se sinta arrependida de ter escolhido a profissão

docente.

Independentemente do que venha a acontecer nos

tempos mais próximos, é fundamental que se consiga

encontrar a serenidade possível para conduzir o processo

de ensino / aprendizagem de forma a possibilitar o

sucesso e a integração dos nossos alunos na sociedade.

A esse respeito, aqui fica a ligação para uma promoção

institucional da imagem e papel dos professores. Só é

pena que seja uma iniciativa da Junta da Extremadura

(Espanha) e que não se conheça iniciativa semelhante

por cá…

http:/ /www.educarex.es/documentos/anuncio/

anuncio.html

FESTA DE NATAL

Página 16

TEATRO PELOSNOSSOS ALUNOS

Página 7

...E PARA OSNOSSOS ALUNOS!

Página 7

Os nossos jornalistas realizaram três entrevistas,que podem ser lidas entre as páginas 2 e 6:

- D. Antonino Dias (Bispo de Castelo Branco ePortalegre)

- Carina Vicente (Psicóloga)- Maria do Carmo Sequeira (Presidente da

Câmara Municipal de V. V. Ródão)

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[ENTREVISTA]

Mariana Alves (8º A); Rúben Gonçalves (9º A)

D. ANTONINO DIAS (BISPO DE PORTALEGRE ECASTELO BRANCO)

“Não é bom para a formação dos alunos verem os seusProfessores serem desacreditados pelos superiores”

Senhor Bispo, em quealtura da sua vida se sentiuatraído pela vocaçãosacerdotal?

Quando era pequeno nãohavia escolas como hoje.Eram longe. Por regra, nascapitais dos distritos e poucomais. Em Monção havia umColégio, mas era caro e odinheiro era pouco e muitasvezes nenhum. Quem queriaestudar, depois do 4º ano,tinha de sair e era muitodispendioso. O Seminárioera uma das Instituições deensino mais conceituadas emais baratas, embora longee só se ia a casa no Natal,na Páscoa e nas fériasgrandes. No ano em queacabei a escola primária (1ºciclo do ensino básico) umirmão meu andava já noColégio e eu, com mais trêsda minha aldeia, fomos paraBraga, para o Seminário. Ea vida foi rolando, com apreocupação pelos estudose num discernimentoconstante sobre a possívelvocação sacerdotal. Interpe-lações, muitas perguntaspara poucas respostas,crises de crescimento comotodos os jovens, reflexão,oração, diálogo humilde comos superiores e, no momentooportuno, uma opção livrepelo que entendi ser o meucaminho de realização e deserviço à comunidadehumana a que o Senhor mechamava. Isto exigiurenunciar a muitas coisas,dizer sim a outras, e aquiestou, agradecendo aoSenhor em cada dia quenasce o dom da vida, a graçada vocação sacerdotal e agraça de todos quantos, aolongo destes anos, se têmcruzado comigo nocrescimento da fé e nashoras mais e menos felizes.

Considera existir nasociedade actual umacrise de vocações, ou seja,compromisso de vida?

Há uma crise de respos-ta, não de chamamento. Há

uma cultura do fácil, doprovisório. As opçõesdefinitivas assustam e osjovens fogem delas. Mas hámuitos jovens generosos.Tenho pena que a propostadestes caminhos, paramuitos não chegue a tempoou chegue demasiado tarde.Há falta de informação. Hápreconceitos. Há medo defalar. Não há tempo para ouvir.Há caminhos que parecemmais aliciantes. Há isto eaquilo e mais aquilo eisto…Há muitas maneiras defugir à realidade da vida, sejaela qual for. Lançai os olhossobre o horizonte e facil-mente reconhecereis notecido social tanta fuga àsresponsabilidades pessoais,familiares e comunitárias.

Estaremos peranteuma crise de identidade,uma crise de valores ouapenas uma negligência(abandono) face aopropósito da nossaexistência?

Um pouco de tudo isso debraço dado com a cultura dasaparências e da moda queescraviza e esvazia. Alémdisso, a cultura do provisóriode que falei e nos embrulha,a cultura do usa e deita fora,do relativismo e dosubjectivismo, gera quasesempre egoístas, violência equejandos. E pode levar aperder a dignidade pessoal ea dos outros, a origem e osentido da existência cujasopções fundamentais sãomuitas vezes assumidascom aquela leviandade que,mais tarde ou mais cedo,afecta a felicidade individual,a de terceiros e a própriasaúde da sociedade.

O aparecimento denovas correntes religiosas,tem contribuído para queo ser humano sequestione em relação à fécatólica?

Penso que sim. Mas issoaté é salutar. As pessoasdevem parar para se

interpelarem sobre a suaprópria fé. Quem duvida e fazperguntas pode ser muitomais sincero e ter uma fémuito mais profunda do queaquele que nunca tevedúvidas e nunca fazperguntas. Sobretudo se crêpor mera “obediência”educacional ou por tradição.A fé implica procurar,descobrir e fazer uma opçãoradical por Cristo: uma opçãopessoal e consciente. E nãohá que ter medo deste“confronto”. Só a Verdade voslibertará, disse Cristo. Odiálogo inter-religioso, se ésincero, implica a procura daVerdade. E ninguém deve termedo da Verdade e decaminhar ao seu encontro.Quando este diálogo forcoerente, profundo e sincero,aí nos encontraremos todos:na Verdade que é Cristo.

Quais os mecanismosque Igreja dispõe paraque as crianças, jovens eadolescentes se revejamno projecto de Deus?

A Igreja não precisa demuitos mecanismos paraisso. Precisa, isso sim, degente entusiasta que saibafalar de Jesus Cristo, do queEle é, do que Ele disse e fez.A Sua pessoa e o Seuprojecto em favor daComunidade humana sãofabulosos e contagiantes. Épreciso falar d’Ele como Elefalou do Pai. É preciso falard’Ele com beleza e arte, compaixão e amor agradecido,por palavras e obras. Este éum desafio também paravós, os jovens que acreditaise procurais viver a fé sabendoque Deus vos ama e quer quetodos sintam e vivam esseamor pelo vosso testemunhoalegre e coerente.

Acreditamos que osjovens são fundamentaispara o desenvolvimentode qualquer sociedade.Assim, gostaríamos que sedirigisse a todos quantospor desconhecimento,falta de iniciativa,

vergonha ou pressãosocial afastaram a religiãodas suas vidas.

Fundamental para odesenvolvimento de qualquersociedade são os jovens e osmenos jovens. Somos todosnecessários. Não insubsti-tuíveis. Mas necessários,sim. No entanto, os jovenssão a primavera de um novoverão que se aproxima. E aprimavera é bonita pelabeleza e diversidade dassuas flores, pelo ciclorenovador da natureza que sevai criando e recriando numritmo de surpresa e novidadecontínuas. Assim os jovensno seio da sociedade: a suacriatividade, traquinice,alegria, dinamismo, espon-taneidade e desejo de saberapontam para um futurorenovado que será maisharmonioso quando moldadopor uma fé que dinamize eestruture a vida na exigênciapessoal e no sentido dosoutros e da responsabilidadecomunitária.

A Escola está a viver umclima de tensão, o qualtem implicações na vidaquotidiana dos profes-sores e consequente-mente nos alunos. O quepensa das medidas quetêm sido adoptadas nestapasta?

Dá-me a impressão queaconteceu a esta pasta(como lhe chamais) o queacontece à pasta dosprofessores e à vossa, a dosalunos. Quando lá se quermeter tudo e de qualquerforma, ela, ou não fecha ouestoura. E tudo se espalhapelo chão. E tudo se podeestragar! Apreciando de forae à maneira de treinador debancada, parece-me que éum pouco isso o queaconteceu e tenho pena que

CONTINUA NA PÁGINA 3

D. Antonino Dias nasceu a 15 de Dezembro de 1948,na freguesia de Longos Vales, conselho de Monção.

Estudou Humanidades, Filosofia e Teologia nosSeminários Arquidiocesanos de Braga.

Foi nomeado Bispo da Diocese de Portalegre eCastelo Branco por Sua Eminência, o Papa Bento XVI,

tendo tomado posse no dia 7 de Outubro de 2008 eentrado na Diocese na tarde do dia 12 do mesmo mês.

Antes da nomeação era Bispo Auxiliar de Braga.

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[ENTREVISTA 2]

“Não é o psicólogo que resolve os problemas.É o esforço da própria pessoa.”

CARINA VICENTE (PSICÓLOGA)

assim fosse. Os Professoressão homens e mulheres decultura e da cultura. Não sãonúmeros. Não são coisas.Tem um trabalho ímpar nasociedade. A sociedadefutura depende do que elesforem capazes de transmitirna área do conhecimento edos valores estruturantes davida.

E não é bom para aformação dos alunos veremos seus Professores seremtratados assim e desacre-ditados pelos “Superiores”.Pelo que vejo, leio e escuto,as coisas poderiam ter sidoconduzidas com aqueladignidade que todos esperam

de gente grande, adulta eculta.

Sr. Bispo, sendo aeducação o pilar de umaPaís, que palavras deânimo poderá dar aosprofessores, principaisagentes da educação?

Que tenham esperança,muita esperança emmelhores dias. Depois datempestade há-de vir abonança. Só espero e façovotos para que, no meio detoda esta espadeladaminhota, se aguentem de pée sem mazelas como ocortiço à fúria da espadela.Que, para seu e vosso bem,nestes tempos em que sãozurzidos como o linho, nãopercam a paciência nem asaúde que é dom precioso jámuito abalado em tantosdeles.

Estamos quase naquadra natalícia.Pedimos-lhe que deixe atodos os elementos donosso Agrupamento e atodos os nossos leitores asua mensagem de Natal.

Já escrevi umaMensagem natalícia paratodos os Diocesanos que deipara publicar. Aqui, para osque crêem, desejo um Santoe Feliz Natal e que nasociedade, sem vergonhanem preconceitos, cami-nhem cada vez mais aoencontro do amor e da ternurade Deus manifestada emCristo Jesus, a testemunheme anunciem.

Para toda a ComunidadeEscolar, os meus votos deBoas Festas e de um novoAno muito Feliz e maiscalmo.

Eu chamo-me Carina Vicente, a minha formaçãoacadémica é em Psicologia e a minha área é Clínica do

Desenvolvimento. Estudei em Coimbra, primeirotrabalhei num Centro de Saúde em Coimbra durante um

ano, depois fui trabalhar para uma escola, ondetrabalho desde o pré-escolar até ao 9º Ano. Agora

trabalho aqui.

O que é que a levou aseguir esta profissão?

Eu decidi ser psicólogaandava para aí no 11º ou 12ºano. Decidi ir para este cursoporque achava que serpsicóloga era trabalharexclusivamente compessoas que estavam tristese tinham muitos problemas,depois com o passar dotempo descobri que serpsicóloga era muito mais queisso.

E hoje o que é que achaque é ser Psicóloga?

Hoje eu acho que serpsicóloga é ajudar muitaspessoas, por isso é que

gosto tanto, tanto de serpsicóloga. Este trabalhopassa por muitas áreasdiferentes por exemplo: oapoio psicológicoindividualizado, dinâmicas degrupo em que se trabalha ocomportamento de umaturma ou a orientaçãovocacional (tentar através detestes psicológicos queavaliam as preferências dosalunos, orientá-los para aárea profissional maisadequada).Também avalio ascapacidades dos alunos paraem conjunto com osprofessores encontrarestratégias para que elestenham melhor rendimentoescolar. Fazendo isto tudotenho a possibilidade de

ajudar os alunos a valorizare utilizar da melhor maneiraas capacidades que eles porvezes desconhecem quetêm.

Qual o seu trabalho cána escola?

Eu vim cá para a escolano inicio do ano lectivo,primeiro para trabalhar sócom os alunos do CEF.Venho cá um dia por semana,mas acabo por trabalhar comtodos os alunos da escola.

Já teve algum casoproblemático?

Já tive muitos casosproblemáticos diferentes e dediferentes situações, mas háuns que me marcam maisque outros. Casoscomplicados acontecemtodos os dias de formasdiferentes. Neste trabalho emque se lida com a vida e aemoção das pessoas, cada

caso tem sempre muitaimportância, porque podefazer a diferença no percursode vida dessa pessoa.

Os alunos abrem-seconsigo ao ponto decontarem os seus segredosmais intimos?

Eu não sei se os alunosme contam os segredosmais íntimos porque noa t e n d i m e n t opsicológico sóse pretendesaber aquilo quepode ser utiliza-do em benefíciodo bem estar eda resoluçãodos problemasdos alunos. Nãoé o psicólogo queresolve os pro-blemas, massim ajuda aencontrar estra-tégias pararesolver proble-

mas, é o esforço da própriapessoa que o ajuda aresolver.

Se não tivesse estaprofissão qual é a quegostaria de ter sido?

Eu gosto muito destaprofissão e provalvemente senão tivesse sido psicólogateria sido Gestora deRecursos Humanos.

Patricia Ribeiro e Beatriz Conceição (8ºA)

Para terminar e porquenão nos queremosacomodar, diga-nos Sr.Bispo, qual é o seu lema?

O meu lema episcopal é“Que Ele cresça e eudiminua…”(Jo 3,30). É umafrase do Evangelho atribuídaa S. João Baptista quandoCristo iniciou a Sua vidapública. João era tido comoum grande Profeta.Arrebatava multidões.Pregava uma doutrinadiferente e tinha muitosdiscípulos. Quiseramacreditar que ele era oMessias. Ele, porém,esclareceu e disse que nãoera o Messias. Mais: afirmou-lhes que era importante queele fosse esquecido nopensamento de todos paraque Cristo surgisse em todaa sua identidade: o Messias,o Filho de Deus. “Éimportante que Ele cresça e

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eu diminua…”. Não é o Bispoque importa. É Cristo. ÉCristo quem o Bispo anunciae é Cristo que importa serconhecido e amado por todaa gente. Por vós também.

Se esse é o meu lema emrelação a Cristo e à minhamissão eclesial, procuroaplicá-lo também diante detodas as pessoas com quemvivo e convivo e me cruzo nodia a dia: que elas cresçame eu diminua! São os outrosque me importam e gosto deos ver realizados e felizes. Aí,sempre que posso, procurodar sempre o meuempurrãozinho até porque,para mim, o caminho deDeus são os outros.

Obrigado por vos terdeslembrado do vosso Bispo edesculpai este português queé filho da pressa…

(P.S.: o meu contacto é[email protected](Antonino, não António).

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Turma do CEF (1º ano)

MARIA DO CARMO SEQUEIRA

“Regressar à escola depois de a ter deixado é umaatitude política”

[ENTREVISTA 3]

A dr. Maria do Carmo Sequeira é professora do Quadrodo Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão.

Tem dedicado grande parte da sua carreira à vidapública, desempenhando cargos dirigentes na

Administração Local e na Administração Central.Foi Deputada pelo círculo de Castelo Branco à

Assembleia da República, em representação do PartidoSocialista. Actualmente, cumpre o seu 2º mandato como

Presidente do município de Ródão.[Marisa] Como é que

iniciou a sua actividadepolítica?

Em primeiro lugar querocumprimentá-los e agradecero convite que me fizeram,porque francamente eu,apesar de saber que queriamfalar comigo, não sabia bemqual o verdadeiro assuntodesta conversa.

Tenho muito gosto emdizer-vos que comecei adesempenhar cargospolí t icos porque eraprofessora na escola eestava muito envolvida nacomunidade: ensaiava orancho folclór ico, andavapelas aldeias a fazerrecolhas de trajes junto daspessoas, ou seja estavamuito envolvida com acultura. Era também dirigentena Sociedade Filarmónica deFratel. Talvez por estar muitoenvolvida com a comunidadee com os alunos, fuiconvidada par integrar umalista à Assembleia Municipal,em 1979.

Aceitei e, apesar de ser a3ª na Lista, acabei por vir aser eleita presidente dessaAssembleia. Era a únicamulher da lista. Esse foi omeu primeiro cargo político.

Era também presidentedo Conselho Direct ivo daEscola, na altura do CicloPreparatório de Vila Velha deRódão.

Em 1983 tive de emigrar.A minha famíl ia t inhadificuldades, tinha um filho eo meu marido teve aoportunidade de ir para aAustrália. E eu, porque queriater acesso aos bensnecessários, uma casa, umcarro, e como as coisas nãoeram fáceis e os meus paisnão tinham dinheiro, tive queme fazer à vida e emigrei.Deixei a escola, deixei aAssembleia Municipal , e

estive 7 anos emigrada naAustrál ia. Mais tarderegressei e voltei a ocupar oscargos que tinha deixado.

[Ricardo] Acha que aactividade polít ica éimportante para o país?Porquê?

A actividade politica não éapenas importante para onosso país, é importantepara todo o mundo porquenão há país nenhum que nãotenha um governo e, pormais que se diga que nãotemos a ver com a política,todos nós temos opiniões.As nossas opiniões têm a vercom a política, estejam elasposicionadas de um lado oude um outro. A actividadepolítica é importante. Nãopodemos viver sem elaporque faz parte de um paísdemocrát ico as pessoaspoderem escolher. Se não opudéssemos fazer - comoantigamente, no tempo defascismo, em que nós nãopodíamos ter opiniõespolí t icas - não podíamosdecidir o nosso futuro porquesó havia um part ido. Nósestamos numa sala ondecada um terá a sua opinião,mas não nos podemoszangar porque temosopiniões diferentes. O quenão era normal era termostodos só um partido.

A polít ica é importanteporque se queremos viverem democracia, temos queter a oportunidade deescolher aquilo que é melhorpara nós. Portanto não hádemocracia sem haverpolítica.

[Ricardo] E as pessoas,especialmente os jovens,estão interessados napolítica?

Os jovens não estãointeressados na polí t ica,

mas quero dizer-vos que istoque estão a fazer hoje é umaatitude política, uma atitudecívica, porque vocês queremintervir na sociedade. O factode muitos de vocês teremregressado à escola depoisde a terem deixado é umaactividade política, sem terque ver com os partidos. Istosignifica que vocês depoisde terem saído da escola,entenderam que eraimportante vol tar e fazerqualquer coisa para acabar,neste caso, o nono ano. Nãohá dúvida nenhuma que foiuma at i tude pol í t ica, nosent ido em que vocêsconsideraram que esta era amelhor forma de agir para ovosso futuro, para sociedadee para o país. È a vossacontribuição política. Assimcomo estão a fazer políticaquando ajudarem alguémque precise de vocês.Quando eu falo em políticanão falo em partidos porqueisso agora não interessa. Épolítica no sentido da nossa

intervenção na sociedade.

[Edgar] Quais asprincipais funções que apresidente da Câmaradesempenha?

Eu, como Presidente daCâmara, sou responsávelpor tudo o que se pode fazerno município, desde aeducação, as obras, aoassociativismo. Tudo o quese faz é da responsabilidadeda Presidente da Câmara. Asminhas funções são deresponsabilidade em todasas áreas que têm a ver comas competências da CâmaraMunicipal. Claro que não tema ver com a escola, porqueesta tem os seus órgãospróprios, nem com asassociações que têm osseus dirigentes. Mas tenho aobrigação de colaborar, deincentivar, de disponibilizarrecursos quando isso épossível , e o mesmo sepassa com todas as outras

áreas. E depois tenho aobrigação de fazer as obrasque têm a ver com acomunidade, isto é, fazeruma nova escola, estradasque façam fal ta àspopulações, etc. Tudo istotem que ver com umprograma que na altura daseleições é apresentado. Aquitemos os partidos que têm osseus representantes e quese propõem cumprir os seusprogramas. As pessoas sãoeleitas de acordo com essesprogramas e têm a obrigaçãode cumprir durante quatroanos aqui lo com que seapresentaram às popula-ções. As minhas funções écumprir o programa com oqual me candidatei , paraalém daquelas queanteriormente referi.

encontros@CEFA turma do Curso de Educação e Formação do Agrupamento de Escolas de VilaVelha de Ródão, no âmbito do desenvolvimento de competências da prática da

cidadania está a promover, no decurso deste ano lectivo, um conjunto de acçõesque visam trazer à Escola personalidades do meio local representativas da

actividade económica, associativa, cultural e política. Estas acções visam promovero debate de ideias e estimular os alunos para a sua interacção com o meio onde

estão inseridos.A primeira iniciativa contou com a presença da Srª Presidente da Câmara Municipal

de Vila Velha de Ródão que estabeleceu com os nossos alunos um interessantediálogo através do qual veiculou importantes orientações que ajudarão os alunos a

desempenhar, de forma mais eficaz, o seu papel de cidadãos.É deste diálogo que vos damos conta nestas páginas do nosso jornal.

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“Temos todos que trabalhar de forma a queas pessoas se fixem aqui”

[ENTREVISTA 3]

[Marisa] É muito difícilexercer o cargo depresidente da Câmara emVila Velha de Ródão?Porquê?

É tão di f íc i l exercer ocargo aqui como nas cidadesgrandes, apesar daspessoas terem uma ideiaque nas cidades pequenasé mais fáci l . As compe-tências são as mesmas.[ intervenção do professorLuís Costa: é um pouco comona escola, onde temos quecumprir as mesmasobrigações, inde-pendentemente de sermosmuitos ou poucos.] Às vezesaté é mais di f íc i l nascomunidades pequenas,porque temos que garantiros mesmos direitos e temosmenos dinheiro para o fazer,e menos colaboradores. NaCâmara de Vila Velha souapenas eu e o Vice-Presi-dente a tempo inteiro. Depoistenho um chefe de gabinetee tenho uma secretária quefazem outras coisas. É tãodif íc i l ser presidente daCâmara num municípiopequeno como num grande,porque temos que fazer ascoisas todas e temos quedeixar toda a gente satisfeitacom menos dinheiro emenos recursos.

É di f íc i l desempenhareste cargo porque exigemuito das pessoas e, naminha opinião, um Presi-dente da Câmara tem queser uma pessoa que seenvolve em tudo e o dia nãochega para fazer tudo o quequeremos, porque temosvárias obrigações às quaisnão nos podemos furtar. UmPresidente da Câmara temque estar absolutamentedisponível para poderacompanhar tudo aquilo quese passa no município. Estaé a maior dificuldade porquenós também temos a nossavida, a família à qual temosque dar apoio. Mas se nãot ivermos disponibi l idade

para as pessoas, temos queescolher outra prof issão.Não há outra forma deencarar este cargo, porque éessa a nossa obrigação paracom a população.

[Sónia] Qual a actividadeque mais gosta de fazerenquanto Presidente dasCâmara?

O que eu mais gosto defazer é contactar com aspessoas, é falar com elas,porque é uma coisa que eusempre fiz e já fazia antes.Estar aqui convosco, porexemplo, é uma grandesat isfação, mas tambémestaria satisfeita se tivesseque ir a uma aldeia resolveralgum problema. Gosto decontactar directamente comas pessoas e resolver osproblemas delas. A parte queeu menos gosto é a partemais burocrática, estar emreuniões horas e horas, porvezes a perder tempo… mastambém tenho que fazer estafunção, às vezes.

[Fábio] Gosta dedesempenhar as funções dePresidente da Câmara?

Gosto muito de desempe-nhar estas funções. Nunca fiznada na minha vida de quenão gostasse, porque senão gosto de uma coisa vou-me embora. Como vocêssabem eu sou professoraaqui na escola e tambémgostava de exercer essaprofissão. O meu vencimentona Câmara não é maior doque aquele que receberia seestivesse na escola, antespelo contrário. Portanto estoua exercer as funções depresidente da Câmaraporque gosto e faço isto comsatisfação.

[Carlos] Porque secandidatou a essa função?

Porque estava muitoenvolvida com a sociedade,f iz vár ias coisas e emdeterminada altura, em 2001,convidaram-se para sercandidata à CâmaraMunicipal de Vila Velha deRódão e eu aceitei. Mas eujá tinha sido Vice-Presidenteda Câmara em 1990. Depoissaí, fui para a Assembleia da

República onde estive doismandatos. Só depois é quefui candidata à Câmara.

[Edgar] Quais osmaiores problemas donosso concelho?

Os maiores problemas donosso concelho têm a vercom a falta de população.Mas eu costumo dizer queapesar de aparecermos nasestatísticas como o concelhocom a população maisenvelhecida, não acho queseja mau, porque para onosso concelho volta muitagente que já tem uma idadeavançada e isso significa queeles se sentem cá bem,senão não vinham para cá.Portanto signi f ica queprestamos um bom serviçoàs pessoas que já têm umacerta idade: temos umacobertura no concelho a100%. Temos lares, Centrosde Dia, Apoio Domiciliáriocompleto, portanto presta-mos um bom serviço, damosqual idade de vida àspessoas que têm algumaidade. As pessoas voltam eisso permite também que secr iem novos empregos.Neste momento, noconcelho, a 3ª área ondetemos cr iação de maisemprego é exactamente atomar conta de pessoas deidade, nos lares e noscentros de dia. Isso permiteao mesmo tempo quevenham mais pessoas novase que se fixem cá, prestandoum bom trabalho. Depoislogicamente há que cr iarcondições para que seinstalem novas empresas noconcelho. É claro que não éfácil numa altura destas. Nósvamos ter aqui uma novaempresa, mas devo dizer quehouve aqui muito trabalhoque teve que ser feito pelaCâmara Municipal . Em 6meses criar as condiçõespara a empresa vir eestabelecer-se aqui não éfácil. Essa empresa vai criarcerca de 130 postos detrabalho. Isso vai permitircom certeza que alguns devocês, quando forem maisvelhos, possam ficar. Masisso não chega, porque épreciso muito mais, pois hámuita gente que se vaiembora porque não tem

possibil idades de arranjaremprego. Portanto o nossodesafio tem que ser esse:continuar cada vez mais acr iar melhores condiçõespara as pessoas se sentiremaqui bem e poderem criartambém trabalho. O nossomaior problema é semduvida termos poucapopulação. Temos menos de5 mil habitantes. Não estoua falar dos recenseados, poisvocês não são recenseadose são população. Por vezestem-se a mania de falar emrecenseados, que nestecaso são 3800 a 4000, masnós temos cerca de 5 milhabitantes. É claro que épouco. Temos todos quetrabalhar de forma a que aspessoas se f ixem aqui edando-lhes qual idade devida, condições para aspessoas se sentirem bem,poder ir ver um cinema selhes apetecer, uma vez porsemana como é o caso, ir verum bom espectáculo,prat icar desporto, teremcasas em condições.

[Pedro] Quais as obrasque considera maisimportantes para oconcelho e que foram da suaresponsabilidade?

As obras do PIDDAC sãoda responsabi l idade dopoder central e todas as queeu refer i aqui são daresponsabilidade do poderlocal, das câmaras munici-pais. Depois temos outrasobras que não são daresponsabilidade do poderlocal, mas têm a ver com opoder central. São aquelasque são imprescindíveis,como é o caso de um Centrode Saúde, uma auto-estrada,as estradas nacionais demaior dimensão, umaesquadra da GNR, escolasque agora são daresponsabilidade do poderlocal e que em tempos foramda responsabi l idade dopoder central. Obras comouma estação de tratamentode águas residuais (ETAR),neste momento já são dopoder local , mas danteseram do poder central. Umal inha do comboio é daresponsabilidade do podercentral e portanto o podercentral tem a obrigação de

fazer estas grandes obras epara além disso, transferecompetências para o poderlocal , para as câmarasmunicipais.Há também umorçamento de estado que édistribuído às autarquias eque tem a ver com váriosfactores, por exemplos, osimpostos que são pagos nomunicípio pelas industriasinstaladas e pelos veículosmotorizados. A diferença éque o poder central faz asgrandes obras, recebe osgrandes impostos, transferede acordo com os critériosque estão feitos para cadamunicípio e depois omunicípio tem o seu próprioorçamento, com o qual temque fazer obras mais locais,como são o caso da Casa deArtes, a Biblioteca e a novaescola a construir. O podercentral tem as suas“políticas” e as autarquiastem a delas, uma tem que“encaixar” na outra. Aautarquia não poder fazernada que vá contra as politicaque são definidas a nívelnacional.

[Guilherme]Tem conse-guido cumprir todas aspromessas que fez aos seuseleitores?

Eu tento cumprir todos osmeus compromissos, maseu não digo que não háalguma coisa que eu nãoconsiga cumprir. É próprio dohomem querer e depois nãoser capaz por qualquermotivo. Agora tenho a certezaque só não cumpro algumacoisa se existirem factoresexternos que não permitamque eu faça. Vamos suporque eu digo que vou comprarum gravador, mas a verdadeé que não arranjo dinheiropara o comprar; queriacomprá-lo mas tenho queesperar mais tempo atépoder adquri-lo. Às vezestemos que adaptar asnossas condições aqui loque temos. Temos quereconhecer que aquilo que

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[NOTÍCIAS | ENTREVISTA]

pretendíamos não é o maisimportante no momento,temos que seguir outrocaminho.

[André] Gostou mais dedesempenhar funções nopoder central ou no poderlocal?

Gosto mais das minhasfunções no que estou a fazerna câmara municipal. Aliasna altura, quando estava naAssembleia da República efui convidada, já sabia parao que vinha, pois já cá tinhaestado. Costumava dizer quesó me lembrava uma vez pormês da Assembleia daRepública, que era no dia emque recebia o ordenado, queera metade. Gosto muitomais de estar aqui, que temmais a ver com a minhamaneira de ser.

[Carlos] Alguma vezsofreu ameaças enquantoresponsável política?

Já sofri várias ameaças,não muitas vezes. Aí umameia dúzia de vezes. Umadelas foi uma ameaça demorte, por alguém que queriaque a câmara municipal lhearranjasse uma casa. Erauma pessoa que não digoque não t ivesse neces-sidade, mas existia genteque tinha mais necessidadeno concelho e a câmara

disse que não arranjava eportanto fui ameaçada demorte. Fui eu e o vice-presidente, tendo esta sidoa situação mais grave.

[Joana] Quando sedesloca às váriaslocalidades como érecebida pelas pessoas?

Às vezes também sourecebida mal, mas de umamaneira geral sou bemrecebida. Mas se há alguémque está zangada, porquetem lá o buraco à porta e nósnão mandámos tapar oburaco, é claro que essapessoa não pode receber-mecom um beijinho e com umabraço, tem que estarzangada e está no seudireito. Agora o que eu pensoé assim: para mim é tãoimportante fazer uma estradacomo tapar um buraco.Portanto, nem sempre nósconseguimos atender ospedidos das pessoas todas.Temos um concelho que tem330 km2 e, se se vir a áreados concelhos do pais, onosso não é dos maispequenos. Estamos a meioda tabela, temos 42populações e só temos duasonde não há águacanal izada, e estamos atratar disso agora. Temos 40populações com águacanalizada. Só duas é quenão têm: o Vermum e oSalgueiral. Porém já temosos projectos e estamos atratar disso. Temos recolhade l ixo em todas apopulações, temos ligaçõespara todo o lado, temos

No dia 2 de Dezembro,pelas quinze horas,acompanhados pelosprofessores da Área deProjecto, os alunos dos 7º e8º anos de escolaridade doAgrupamento de Escolas deVi la Velha de Ródãodeslocaram-se à BibliotecaMunicipal José Bapt istaMart ins para conhecer aescritora Deana Barroqueiroe a sua obra, que seencontrava nesta localidadeno âmbito das comemo-rações da Restauração daIndependência de Portugal,que aconteceu no dia 1 de

Marlene Silva (7º A)

Deana Barroqueiroem Ródão

número de elei tores. Hásempre uma grandeconfusão com ospresidentes das câmaras.Os presidentes das câmarascomo, por exemplo, os deLisboa e Porto têm umvencimento que é umapercentagem do Presidenteda Republica. Os deputadosganham uma percentagemdo ordenado do Presidenteda Republica. Temos quatrot ipos de câmaras munici-pais. Temos a câmara deLisboa e do Porto, em que ospresidentes das câmarastêm um ordenado. Depoistemos as câmaras que têmmais de 40000 eleitores, quesão as grandes câmaras,que têm uma percentagemdo presidente da câmara deLisboa e do Porto; e depoistemos os presidentes dascâmaras que têm entre10000 e 40000 eleitores querecebem uma percentagemdos últimos. Por fim temosos presidentes das câmarasque têm menos de 10000eleitores, que é o caso daCâmara Municipal de VilaVelha de Rodão, que ganhamuma percentagem dos do“terceiro escalão”, o quesignifica que o Presidente daCâmara Municipal de VilaVelha de Rodão ganha tantocomo se estivesse aqui a daraulas na escola.

[Pedro] Agradecemos adisponibilidade manifes-tada para estar connoscoe gostaríamos de aconvidar para um pequenolanche que temos prepa-rado no bar da escola.

montado um sistema deautocarros do município queuma vez por semana vai atodas a populações doconcelho. Devemos ser oúnico do país onde issoacontece. Simultaneamenteestamos a fazer o transportedos alunos das Sarnadas edos Perais, tudo comrecursos da CâmaraMunicipal. Portanto não é fácilgerir todos estes recursos.Depois para estas 42populações temos que terestradas, temos que terestas condições todas paraas pessoas se sent i rembem. Claro que nãoconseguimos ter toda agente contente sempre.Existe sempre algum sítioonde a gente devia fazeralguma coisa e não fez. Énatural que, quando euchego a esse sí t io, aspessoas não fiquem muitosatisfeitas de me ver lá e sequeixem, e eu só tenho é queaguentar e tenho que lhesdar razão se a tiverem, etentar explicar que “ainda nãochegámos aqui mashavemos de chegar”. Masnem sempre sou bemrecebida. Não existeninguém no mundo que sejabem recebida em todo olado. Só os santinhos e nósnão somos sant inhos etambém fazemos asneiras,de maneira que é assim avida.

[ Ivo]É bem recebidapelos membros do governo?

Desde que eu peça,nunca fui mal recebida. Fui

sempre bem recebida, mastambém quero dizer que nãoé agora só que sou bemrecebida. Sempre fui bemrecebida apesar do governonão ser do meu part ido.Portanto não tenho razãonenhuma de queixa. Detodas as vezes que comopresidente da câmara pedipara ser recebida peloanterior governo e por este,fui sempre bem recebida.

[André] Acha que anossa Constituiçãoconsegue garantir aigualdade a todos oscidadãos?

Na constituição está láescrito que se pretende aigualdade de todos oscidadãos. Nós sabemos queentre o que está escrito atéchegar à prát ica é muitodiferente. É verdade, e temosque dizer, que não temos aigualdade de todos. Nemtodos têm as mesmascondições. Penso que hojeestas assimetrias já estãomais esbat idas. Porexemplo, no meu tempo euia estudar para CasteloBranco e só vinha nas fériasdo Natal e da Pascoa. Ascoisas estão diferentes, masde qualquer maneira nãotenho duvida nenhuma deque ainda não temos umasociedade que seja igualpara todos.

[Ivo] Os presidentes daCâmara são bem pagos?

O meu ordenado dacâmara tem a ver com o

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Dezembro de 1640.A escritora falou-nos um

pouco da histór ia destegrande acontecimento, tãoimportante para o futuro dePortugal que estava a sergovernado pelos reis Filipesde Espanha. Falou-nostambém da sua vida, da suafamília e da sua relação como nosso concelho, pois omarido é natural do Alvaiade.Mostrou-nos um astrolábio eoutros instrumentos deorientação, pau-de –Brasil eespeciar ias, minerais,conchas que serviam demoeda e coisas muito giras

da época dos descobri-mentos. Este foi o temaprincipal da sua intervenção,que trata muito bem nassuas obras para jovens.

No final perguntou quemgostava muito de ler eofereceu um livro à Rita Tomédo 8º ano e a mim. O meu

l ivro tem por t i tu lo “ OCometa” e fala sobreBartolomeu Dias, apassagem do Cabo Bojador,da Índia e dos obstáculosque surgiram aosportugueses na sua viagempara a descobrir.

Agradeceu a todos a

presença e o interesse e deuautógrafos a quem pediu.

Adorei conhecê-la pois,para além de ter uma grandecultura, sabe muito bemcomunicar com os jovens deforma muito descontraída edivertida.

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Prof. Luísa Filipe

[BIBLIOTECA | CENTRO DE RECURSOS]

Feira do LivroXVIIª EDIÇÃO NA NOSSA ESCOLA

A Biblioteca Escolar/Centro de RecursosEducativos do Agrupamentode Escolas de Vila Velha deRódão realizou, de 12 a 18de Dezembro, a sua XVIIªFeira do Livro.

Com um programavariado ao longo da mesma,na sexta-feira, dia 12 deDezembro, a partir das17.30h, real izou-se aactividade de Abertura -“Chá com Livros”. A horatardia foi escolhida parapossibil itar a vinda dosPais/Encarregados deEducação à Escola, bem

como de toda aComunidade Educativa,visando estreitar os laçosentre a Escola e o Meio.Neste dia, em quecontámos especialmentecom a presença dos pais,pudemos assist i r àapresentação de algumascanções, dramatizações edeclamação de poemaspelos alunos do nossoAgrupamento. Todos ospresentes fizeram aindauma visita à Feira do Livro,onde se encontravam àvenda, muitas obras eautores de literatura infantile Juvenil recomendadaspelo Plano Nacional deLeitura. Havia igualmenteuma variedade de obras paraadultos. O dia terminou comum Chá oferecido pelaEscola a todos ospresentes, contando com a

preciosa colaboração daAssociação de Pais eEncarregados deEducação, que ofereceu osbolos e outras deliciosasiguarias que enriqueceramo lanche. Outro dia quedestacamos foi a tarde de4ª Feira, 17 de Dezembro,em que contámos com apresença, na nossa Escola,do Grupo de Teatro doAgrupamento de Escolasde Proença-a-Nova que nosveio apresentar, a partir das14.30h, a peça: “O GatoMalhado e a AndorinhaSinhá”, baseada na obra deJorge Amado. Estiverampresentes todos os alunosdo 1º Ciclo do nossoAgrupamento, bem comotodos os alunos dos 2º e 3ºCiclos que assim odesejaram e que acharam apeça muito interessante,convivendo no final com osactores, alunos tal como

No âmbito do Plano Nacional de Leitura, o novo ano lectivo 2008/2009,iniciou-se de forma bastante feliz para todos os alunos que entraram no 1ºano de escolaridade.

Sendo a entrada no primeiro ano de escolaridade um momento marcantena vida das crianças e também das suas famílias, o Ministério da Educaçãodecidiu oferecer a cada aluno um livro, procurando associar-se o ingressona Escola do 1º Ciclo à importância da leitura.

No caso dos nossos alunos foi-lhes oferecido o livro de António Mota, “OGrilo Verde”. Sendo os livros tão importantes no desenvolvimento intelectualdas crianças, aproveitou-se a ocasião para lembrar aos pais/encarregadosde educação, o papel crucial que têm no incentivo à leitura. Formar leitoresé uma tarefa importantíssima pelo reflexo que tem no próprio sucessoeducativo dos alunos. No entanto nunca é demais lembrar que esta é umatarefa que não cabe apenas aos professores e à Escola. A família tem tambémum papel fundamental e que desde tenra idade deve assumir. O simplesfacto de todas as noites antes de deitar a criança, o pai ou a mãe lhes leremou contarem uma história, é o primeiro passo para a aprendizagem da leiturapois associam desde logo o livro a um momento de prazer. Depois basta,com gestos simples continuar a cultivar esse gosto que todas as criançastêm pelas histórias. Reservar todos os dias um espaço para ler com acriança, para conversar com ela sobre o que leu, pedir-lhe que leia em vozalta um texto que ela goste, oferecer-lhe livros, levá-la Biblioteca e encorajara criança a requisitar livros (quer na Biblioteca da Escola, quer na BibliotecaPública), levá-la à livraria e deixá-la escolher um livro. Estes são passossimples, ao alcance de todos os pais e que terão certamente reflexospositivos para que os seus filhos se tornem, mais tarde, leitores. Estáprovado que as crianças que ouvem ler em voz alta e conversam sobre oslivros interessam-se mais pela escola, gostam de aprender e aprendem aler mais depressa e tornam-se geralmente bons alunos.

A Leitura recreativa dá prazer, acalma a criança e estimula a suainteligência. Os livros são, por isso, muito importantes no desenvolvimentodas crianças e jovens. Resta-nos desejar boas leituras a todos!

O Plano Nacional de Leitura tem como principal objectivo promover aleitura assumindo-a como factor de desenvolvimento individual. Pretende-se criar um ambiente social favorável à leitura, bem como valorizar práticaspedagógicas e outras actividades variadas que estimulem as nossascrianças e jovens a ler.

Nesse sentido tem vindo a Biblioteca Escolar do Agrupamento deEscolas a realizar, desde anos anteriores, um trabalho consistente depromoção da leitura, proporcionando a todos os Jardins-de-Infância e àsEscolas do 1º Ciclo do Agrupamento os livros e outros recursos deinformação, através do Projecto “Baús Pedagógicos”. Também promovendoa “Hora do Conto” pretende estimular nas crianças, desde tenra idade, oprazer de ler, intensificando o seu contacto com o livro e a leitura na Escolae transportando, se possível, esse hábito para a família. Neste esforço,que se pretende diário, contamos com a colaboração empenhada epreciosa das Educadoras e dos Professores da nossa Escola, da BibliotecaMunicipal e mesmo com a ajuda das Juntas de Freguesia e CâmaraMunicipal, que gentilmente contribuem com verbas necessárias à aquisiçãode livros e outros materiais para reforçar o nosso orçamento.

Numa iniciativa conjunta da Biblioteca Escolar do Agrupamento e daBiblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, lançámos durante o mês deOutubro, em que comemorámos com toda uma série de outras iniciativas,o Mês Internacional da Biblioteca Escolar, o “Caderninho do Leitor”.Contámos com a criatividade das nossas colegas de Educação Visual,que conceberam o dito caderninho, onde se pretende que as nossascrianças e jovens registem as suas leituras. Foi com visível satisfaçãoque todos os alunos dos 1º e 2º Ciclos a quem já o distribuímos, oreceberam. É pessoal e intransmissível e mais uma vez lança o desafio:Ler é uma Aventura que nos abre as portas para mundos cada vez maisvastos!

eles, do Grupo de Teatro doAgrupamento de Escolasde Proença-a-Nova, a quemagradecemos imenso teremenriquecido com a suapresença o programa danossa Feira do Livro.

Durante a mesma, quesó encerrou as suas portasno último dia do período –18 de Dezembro – todos osque a visitaram puderamencontrar uma variedade delivros, especialmente deíndole infanto-juvenil, apreços bastanteconvidativos. Pretendemosque os livros, que serãosempre um bom presente,em qualquer altura do ano,se tornem um hábito, umanecessidade do espírito, oamigo certo nas horasincertas.

Ao longo da semana,graças à amabilidade dacedência dos transportespor parte da Câmara

Municipal de Vila Velha deRódão, contámos aindacom a visita de todas ascrianças dos Jardins-de-Infância e Escolas do 1ºCiclo de Fratel, Sarnadas ePorto-do-Tejo. Para os maispequeninos reservámosalgumas histórias contadascom as quais esperamostê-los encantado.

Desde já queremosagradecer a todos os quecolaboraram nestaact iv idade (alunos,professores, funcionários)quer com a sua presença,quer com o seu trabalho eempenho, e especialmenteà Associação de Pais/Encarregados de Educaçãoda nossa Escola, à CâmaraMunicipal e Junta deFreguesia de Vila Velha deRódão, ao Agrupamento deEscolas de Proença-a-Novae à Biblioteca Municipal.

Um Livro Novo paracada LeitorCaderninho do

Leitor

PLANO NACIONAL DE LEITURA

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Nesta página:Exemplos dos trabalhos dos

nossos pequenos artistas.No sentido dos ponteiros do relógio: Leonor (5 anos); Margarida(4 anos) (JI Porto do Tejo); Gonçalo José; Francisco B. e João (JI

Vila Velha de Ródão)

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[A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS]

No sentido dos ponteiros do relógio: Jessica (JI V.V. Ródão); Beatriz (JI V. V. Ródão); Trabalho

colectivo (JI Sarnadas) e dois trabalhos de Bruno(JI Sarnadas)

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[A PÁGINA DOS MAIS PEQUENOS]

NÃO FUMAR...

Educadoras (Pré-Escolar)

Dia Mundial daAlimentação

No dia 16 de Outubro, anossa Escola comemorou oDia Mundial da Alimentação,na tentativa de continuar adivulgar hábitos saudáveisde alimentação.

A nossa turma fez váriasactividades alusivas aotema: cartazes, roda dosalimentos, pregadeiras,jogos e ainda preparou umacanção dramatizada paraapresentar aos colegas dasala ao lado.

A outra turma tambémnos presenteou com umlindo teatro de fantoches.

No final das actividades,todos comemos uma maçã.

EB1 V. V. Ródão (Turma A)

VISITA DE ESTUDO À BOLARIA DE V. V. RÓDÃO

No dia 16 de Outubro,Dia Mundial da Alimentação,realizámos uma visita deestudo à “Bolaria Rodense”que fica situda próximo danossa escola, tendoparticipado todos os alunosdos quatro anos deescolaridade da EB1 dePorto do Tejo e os seusprofessores: professoraLuísa e professor João.

Deslocámo-nos a pé.Observámos as

diferentes fases do fabricodo pão.

O padeiro, senhor

Arlindo, que é o pai donosso colega Rui, ensinou-nos a fazer a massamisturando as farinhas comágua e juntando sal efermento. Foi tudo muitobem amassado dentro deuma máquina. Depois amassa foi dividida embocados em cima de umamesa de mármore e opadeiro deu a forma aospães: grandes, redondos,compridos, pequenos. Amassa “cresceu” devido aofermento.

A seguir colocou-os

dentro do forno eléctricopara cozerem.

Divertimo-nos a mexer namassa e alguns meninosf izeram perguntas aosenhor Arlindo.

No final recebemos umlanche, oferecido pelaBolaria, composto por umpão com manteiga, umpastel de nata e um sumo.

Ficámos a conhecermelhor a história do pão quecomemos.

Gostámos muito destavisita à “Rodense” quefabrica pão e bolos.

EB1 Porto do Tejo (3º e 4º anos)

Magusto

No dia 14 de Novembro, realizou-se o tradicionalMagusto do Pré-Escolar na Sra da Alagada. Logo pelamanhã o entusiasmo era muito pois as crianças sabiamque iriam estar todas juntas. Já, no local, procuraram lenha,juntaram a caruma e puseram as castanhas a assar.Esperaram um pouco e lá estavam as castanhas a estalarno lume.

...é o que está adar!

EB1 V. V. Ródão (Turma A)No dia 17 de Novembro, dia do Não Fumador,

conversámos acerca dos perigos do tabaco e concluímosque fumar Mata!

Para termos uma vida saudável devemos crescersem fumar.

Pensámos em várias alternativas ao tabaco:conversar, ouvir música, ler, desenhar, jogar, passear comamigos…

Não fumar é o que está a dar. Não fume…pela suasaúde!

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Educadoras (Pré-Escolar)

Casa De Artes eCultura do Tejo

[ACTIVIDADES | NOTÍCIAS]

Durante o mês de Outubro as crianças do Pré-escolarvisitaram a Biblioteca Municipal, José Batista Martins,tirando partido dos livros, dos jogos e descobrindo comofunciona e o que lhes pode oferecer. Depois as criançasforam agradavelmente surpreendidas pela representaçãode uma peça de teatro “ A força das cores” que lhesestimulou a imaginação e reforçou a curiosidade. Foramdias muito enriquecedores e vamos voltar mais vezes.

VISITA

No passado dia 3 de Outubro, os alunos do 3º cicloforam visitar a Casa de Artes, para verem uma exposiçãoe um filme na sala de cinema. Assim que chegámos fomosvisitar a exposição itinerante” 25 Sítios Arqueológicos daBeira Interior- Gravuras em Xisto de Vítor Camisão” sobrea vida do homem antigamente (cerca de 40 000 a.C.) emVila velha de Ródão. Nessa exposição tivemos umarqueólogo, chamado Francisco Henriques, que fez denosso guia e nos explicou, em pormenor, o significadodas imagens das gravuras rupestres. Quando a exposiçãoacabou, fomos para a sala de cinema ver o filme “ A Múmia:o Túmulo do Imperador do Dragão. Quando o filmeterminou,fomos para a rua à espera dos autocarros.

Gostámos muito e esperamos que se repita!

Amélie Serraninho, Andreia Dias, Pedro Ribeiro (7ªA)Para comemorar o Dia

do Idoso, dia 1 de Outubro,uma data tão significativa,os alunos convidaram asavozinhas para virem àescola passar algunsmomentos com eles epart i lharem juntosexperiências e histórias dasua infância.

Foram momentos degrande alegria, muitaternura e de afectos. Osalunos fizeram perguntas aque os avós responderamcom satisfação e foramcontando histórias , que osalunos ouviram com muitointeresse, ao mesmotempo, que os avósrecordaram com saudadesos tempos da sua infânciae que foram momentosinesquecíveis na sua vida…

Por fim, os netinhosofereceram às avozinhasuma rosa e um cartão

alusivo à data , onde se liao seguinte pensamento :

A minha avóÉ muito querida..Ela vai ficarNo meu coraçãoPara o resto da vida!E a festa terminou com

cantigas, reci tação de

poesias e com bolinhos …As avós foram embora

muito felizes e contentes eprometeram voltar à escolamais vezes durante o anopara festejarem com osnetinhos algumas datasimportantes.

Os Avós na EscolaA ESCOLA E A FAMÍLIA

O Sr. Lucas, como, com respeito, por todos eratratado, foi, sem dúvida, um homem marcante napolí t ica educat iva deste Agrupamento e,consequentemente, do nosso concelho.

Eleito Presidente da Associação de Pais no anode 1995/1996 da anteriormente designada EscolaC+S de Vila Velha de Ródão, soube desde logoimprimir uma dinâmica de colaboração com todosos agentes educat ivos, que resultou numacontinuada pleíade de actividades que abriu portasà comunidade e envolveu diferentes instituições eassociações locais na vida da escola, dando destauma imagem de intervenção e participação que hámuito não conhecia.

A ele se deve também a legalização da referidaAssociação de Pais, que até ao momento funcionavade forma informal. Manteve-se como presidente destaAssociação até ao ano de 2003.

Solidário com a classe docente nas suasreivindicações e expectativas, compreensivo com assuas dificuldades e problemas, mas acérrimodefensor dos direitos dos alunos e encarregados deeducação, António Lucas nunca deixou de endereçarcríticas fundamentadas e clarividentes nas reuniõesem que estava presente, mesmo sabendo ir, muitasvezes, contra o pensamento dominante.

Frontal, responsável, dinâmico e combativo – eraassim este homem que, no desempenho do seucargo, procurou sempre a melhoria da qualidade doensino.

Era também um grande amigo, que guardaremosna memória com saudade.

Partiu um homem de bem.

AtéSempre

Neste mês em que celebramos o facto de termos umaBiblioteca na Escola, decidimos realizar uma visita, comtodos os alunos do 1º Ciclo da sede do Agrupamento, àBiblioteca Municipal que recentemente abriu as suas portasao público.

Trata-se de mais um importante equipamento de quedispomos na nossa localidade e que devemos usufruir, querpela qualidade deste espaço, quer por ser um localesteticamente muito agradável e onde os mais pequenosdispõem de um local adequado à leitura e não só.

Fomos fazer lá a “Hora do Conto” que, habitualmente,fazemos na nossa Biblioteca da Escola e a obra escolhidade Luísa Ducla Soares não podia ser mais apropriada. Otítulo era: “A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas”.Conta-nos a história de um rei que investiu a sua imensafortuna numa Biblioteca, apostando assim em acabar coma sua ignorância e a dos seus súbditos. E se mais destahistória quiserem saber, estes versos têm que ler…

Aqui ficam algumas imagens desta nossa agradávelvisita, agradecendo às técnicas da Biblioteca quegentilmente nos acolheram. E como gostámos imenso,havemos de tornar a ir lá…

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Carolina Moreira (EB1 V.V.Ródão)

[TALENTOS]

A Senhora da AlagadaRodrigo Pires (EB1 V.V.Ródão)

Para mim, a amizade éum valor sem preço, porquenão existe nada que pagueum bom amigo.

Ter um amigo é podercontar com ele, partilhar ascoisas boas e menos boase saber que temos al ialguém que nos pode ouvir,seja em que altura for.

A Amizade

A minha família

Eu gosto da minha mãe,Com ela posso contar,Para sempre e todos os diasQuando eu vou estudar.

Eu gosto da minha mãePorque ela é amorosaE quando estou a estudar,Ela é atenciosa

A minha mãe é muito engraçadaGosta muito de ser abraçada;Assim fica maravilhada!

Eu gosto do meu paiTodos os dias ele vai trabalharTraz sempre coisas novasPara nos contar.

O meu pai é meu amigo,Ajuda-me quando preciso,Explica-me certas coisas,Para eu ganhar juízo

Eu gosto da minha irmã,Eu ajudo-a a trabalhar,Com ela costumo todos os diasAo fim da tarde brincar.

Cá em casa somos quatro,E somos muito unidos,Eu, os meus pais e irmã,Somos todos muito amigos.

Diogo, Jéssica e Joaquim (EB1 V.V.Ródão)

A Senhora da Alagadasitua-se em Vila Velha deRódão, junto ao Rio Tejo,rodeada de oliveiras.

Reza a lenda que, notempo em que os mourosconquistaram Espanha, umreligioso a retirou de umconvento, e meteu-a num

caixote e deitou-a para o rioTejo.

Durante uma cheia, aimagem ficou no local ondeestá erguida a ermida.

Quando a encontraram,a população e o párococonduziram-na, emprocissão, à Igreja Matriz.

Esta duas vezes fugiupara o local onde foiencontrada.Todos perce-beram que era ali que queriaficar.

A Senhora da Alagadacomemora-se no 4º fim-de-semana de Agosto.

Um rapaz do 5º AnoAna Rita Tomé; Vanessa Gonçalves (8º A)

Um rapaz do 5º ano,chamado Daniel, com 11anos, é pastor. Desde os 7anos que é pastor. Tem aotodo 110 animais e dois cães.Costuma estar com o seupai. Na altura da escola sóvai lá ver os animais, não tratadeles. Só lhes dá de comernos fins-de-semana.

Gosta mais de estar comos animais do que estar naescola.

“Gosto do que faço porqueé sossegado“.

“Os cães andam sempreà bulha com os animais”.

“Dizem que sou um bompastor“.

“Fico triste quando algumanimal está para ter crias eeu não estou lá”.

É nas al turas queprecisamos que vemosrealmente quem são osnossos amigos, quem é queestá ao nosso lado.

Eu, na escola, tenhouma amiga muito especial.Ela almoça ao meu lado ebrinca comigo e quandotemos trabalho de grupo e

eu tenho dificuldades, porvezes, ela ajuda-me. Ela émuito especial, gosta daminha amizade, e ela podecontar sempre comigo.

A amizade é algo que seconquista com o tempo, háque a estimar.

É bom ter amigos!

Entrada em Grande!

No passado dia 26 de Setembro de 2008, a nossaescola ganhou mais um prémio para o seuhistorial, devido à fantástica ideia do jornal

“Gazeta do Interior” de fazer um concurso demelhor fotografia e melhor reportagem durante o

ano lectivo de 2007/2008.A nossa escola, ao ver a reportagem sobre a

sessão distrital do projecto “A Escola e aAssembleia” (da autoria de um grupo de alunos

do 9º A no ano lectivo transacto) ficar nomaravilhoso 3º lugar, não podia ficar indiferente.Assim, um representante do Conselho Executivo

- o Prof. Luís Costa - e o único aluno que aindafrequenta a escola de entre os que conceberam areportagem (Ruben Gonçalves) foram receber o

prémio com muito orgulho em representar anossa escola.

Ruben Gonçalves (9º A)

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Um Milagre de NatalCONTO

Mariana Alves (8ºA)

[NOTÍCIAS DA ESCOLA]

Era uma vez (oh não!Chegou o “era uma vez”! Vaiser um daqueles contosaborrecidos! Salve-se quempuder!). Prontos está bem!Vou começar de outra forma!

Vou começar como se ahistór ia já t ivessecomeçado. E agora émesmo a sério. Semparagens para comentarnem nada. Vamos começar.

Nessa noite, Filipa nãoestava muito feliz. Era oúltimo dia de aulas. As fériasde Natal iam começar.Viam-se amigas adespedirem-se, troca deprendas, lágrimas, umbrinde a, uma músicadedicada a, um beijo, umaconfissão, uma brincadeira,um mini-teatro, um sorriso.

Só a ela é que não lheacontecia isto. Para ela eramuito raro falar para ela. Ásvezes ela ia para a casa-de-banho chorar só para ver sealguém se preocupava comela. Mas tudo o que recebiaera “Ah! És tu!”. Nem osprofessores falavam paraela. E se falavam os“populares” diziam logo:“Olha a ‘invisível’ falou! Uau!”

Então esse dia foi muitotriste para ela. Porque secalhar não tinha ninguémpara part i lhar aquelesmomentos que pareciaminsignificantes mas que paraela eram lindos.

Então foi para casa.Quando lá chegou a mãedisse-lhe:

“-Fi l ipa Crist ina! Vaiimediatamente arrumar oquarto! Está uma bagunça!”

E ela foi sem protestosou palavras. Ligou aaparelhagem e arrumou oquarto. Então a mãeapareceu:

“-Já está arrumado? O

que é isso nos teus olhos?São lágrimas? Que sepassa? Conta á mãe! Vá!”

Então Filipa agarrou-se ámãe e disse:

“-Ninguém me liga naescola! Não tenho amigos!Nem um! Nem osprofessores querem saberde mim!”

Então a mãe nãorespondeu e abraçou-amuito. Só respondeu:

“-Olha filha, tenho de irfazer o jantar está bem?”

E lá foi.Durante as férias, Filipa

passou o tempo todo nocomputador, a jogar‘Playstat ion’ e a vertelevisão. Mas não falavacom ninguém. Entãoaconteceu algo a que euchamo ‘mágico’. Na vésperade Natal, quando todos jáestavam a dormir, apareceuuma personagem muitofamiliar a todos nós. Filipaolhou, pois tinha acordadocom o barulho, esfregou osolhos e disse:

“-Tu és quem eu pensoque és?”

“-Não sei. Quem pensasque eu sou” – disse aquelehomem grande e gordo numtom animado.

“-Que estás tu a fazeraqui?”

“-Bem, é meu deverpassar por todas as casasde todos os meninos emeninas para deixar umpouco de magia. Como tume descobriste vou-teconceber um desejo, um emque tu nunca podes recuar,e é só um, apenas um emais nenhum. Olha atérimei.”

E depois de muitopensar disse:

“Quero um amigo.”“Tens a certeza? É uma

coisa muito complicada desatisfazer. Mas vou dar omeu melhor. Afinal, o quehei-de de fazer? Mas agoravai dormir. Amanhã a tuaprenda vai aparecer”

Então ela foi. No diaseguinte, Filipa acordourapidamente e foi para asala onde estava a árvore denatal. Mas só lá estavam ospais.

“É claro que era mentira.Ou então um sonho. Ouentão alguém que semascarou!”

O resto do dia foi muitodoloroso para ela. Mas nofinal do dia…

“Catarina? O que fazestu aqui?”

“Bem… FELIZ NATAL!”“Mas tu não estavas em

Braga?”“Estava. Mas a minha

mãe arranjou um empregocá e agora vamos viver coma minha avó até arranjarmosuma casa nova. Ah! Etambém porque o Pai Natalapareceu ontem em casada minha avó a dizer paraeu te vir visitar. E eu vim. Etrouxe um presente.”

E então ela abriu oembrulho e lá dentro estavauma carta que dizia:

“Filipa,Fiz o que pude. Este foi

o melhor presente que pudearranjar. Agora espero quesejas feliz.

Comprimentos,O Pai Natal”Então elas abraçaram-se

num abraço que parecianunca acabar. E desdeentão, Filipa pôde fazer tudocom a sua amiga que nuncapôde fazer antes. Como sediz, este é um milagre deNatal.

1-Nome? António Carlos Marques Nunes

2-Data de nascimento? 24/10/1964

3-O seu filme preferido? “A insustentável levezado ser”

4- A sua música preferida? “Ilumina-te” de PedroAbrunhosa

5- Quando era pequeno, qual era a profissãoque gostava de ser? Gostava de ser veterinário

6- O seu livro preferido? “A Cabana do PaiTomás”

7- O seu perfume preferido? Burberrys Weekend

8- O seu lugar preferido, ou onde gostaria deir? Gostava de ir à Índia

9- O animal que gosta mais? Burro

10- O prato de comida preferido? Carne de porcoà alentejana

11- O seu maior desejo / sonho? É privado

12- As coisas que lhe dão mais prazer na vida?Estar com a família e conviver com os amigos.

13- Para o tempo livre? Passear no campo e ler.

14- Os momentos mais marcantes da sua vida?A morte do meu pai

15- Memória de vida? Muito boas, uma infânciamuito feliz

16- A personalidade que mais admira? OEduardo Lourenço.

Um momentocom...

Mariana Alves (8ºA)

AGRADECIMENTOÀs firmas abaixo mencionadas, que ofereceram produtos para o magusto e para

o Cabaz de Natal

ALBIFRIO | AVILUDO | BEIRA SUMOS, LDA. | JAIME ALBERTOMARTINS & SANTOS | PADARIA TAVARES BENTO

Page 14: Gente em Acção nº 49

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EM A

CÇÃO

49 | JANEIRO 2009E-

Mail:

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THE ENGLISH CORNER

[NOTÍCIAS | PROJECTOS | ENGLISH]

My best friend is Miguel. Miguel is young, tall andthin.

He is eleven years old.He is nice, cool, friendly and funny.He has an oval face, short, straight, brown hair

and big brown eyes.He is from Portugal, he lives in Castelo Branco.He likes playing computer games and eating pizza.He doesn’t like fish and coffee.His favourite colour is black.

André Pequito (6º B)

My best friend

My house is a detached house.Downstairs there is a kitchen, a living –room, a

dining-room, a study, a bathroom, a laundry and ahall.

Upstairs there are four bedrooms, two bathroomsand two balconies. In the attic there is a room.

Outside my house there is a garage and a gardenwith some flowers and trees. My house is big andcomfortable. I love my house.

Ana Catarina Aparicio (6º A)

My house

Hi! I’m Carolina Filipa.I live in a small block of flats on the 3rd floor.My house is big. There is a hall , three

bedrooms, two bathrooms, one living room, akitchen, a balcony, a small pantry and an attic

I love my house because I have got my thingsthere and I’m with my family.

Carolina Filipa (6ºA)

My best friend is Ana Nunes. She is Portuguese.She is eleven years old. She was born in CasteloBranco. Her birthday is on 4th July. She is young. Sheis tall and slim. She is 1,51m tall and she weights50kg. She has got long, wavy, light brown hair. Shehas got an oval face. She is nice, friendly, beautiful,happy and hardworking.

Carolina Filipa (6ºA)

O Agrupamento de VilaVelha de Ródão conseguiuresultados muito meritóriosno desempenho dos seusalunos nas provas deafer ição e examesnacionais.

Ao nível do 4º ano deescolaridade, os resultadosobtidos nas provas deaferição conferiram positivae sat isfator iamente osconhecimentos dos alunos.

No 6º ano, na disciplinade Matemática, osresultados foramconsiderados bons, umavez que apenas três alunosobtiveram um desempenhoconsiderado “Não Satisfaz”(nível D), num total de 14alunos, encontrando-semesmo as classificaçõesum pouco acima doinicialmente previsto noPlano de Acção daMatemática.

A Língua Portuguesapode considerar-se aprestação dos alunos muitoboa: 93% de sucesso. Dos

Provas Nacionais 2008Prof. José M. Batista

14 alunos que fizeram aprova, cinco obtiveram onível B, oito o nível C e umo nível D. À excepção donível D, aos outros doisconjuntos de níveisconseguidos correspondemtaxas de sucessosuperiores às constatadasno país.

Nos exames nacionaisdo 9º ano de escolaridade,na prova de Matemática osalunos, de uma forma geral,mantiveram os níveisatribuídos na classificaçãointerna, havendoinclusivamente alguns queobtiveram um melhor nívelna classificação externa. Anossa escola obteve o 8ºlugar no distrito de CasteloBranco, num universo de 32escolas, e o 494º a nívelnacional, no universo de1292.

Ao nível da LínguaPortuguesa, dos alunos aquem foi atribuído nívelpositivo na avaliação interna,três mantiveram o nível 3 e

todos os restantes lograramsubir os seus resultados noexame nacional, tendo oitoalunos obt ido aclassificação de 4 e quatroa classif icação de 5. Anossa escola obteve o 1ºlugar no distrito de CasteloBranco, num universo de 32escolas, e o 45º a nívelnacional, no universo de1292.

No global de LínguaPortuguesa e deMatemática, a escolaE.B.2/3 de Vila Velha deRódão colocou-se em 5ºlugar no distrito e em 186ºno país. Refira-se ainda queestas provas foramresolvidas num clima maisformal, mais rigoroso einibidor, quando comparadocom as condições em quedecorre a aval iaçãocontínua, em contextonormal de aula ao longo doano lectivo, o que valorizaainda mais o ópt imodesempenho dos alunos donosso Agrupamento.

ANÁLISE

“Escola Alerta”

Os alunos do 7ºA e do3º e 4ºs anos do 1ºciclo deVila Velha de Ródão estãoa participar no projecto“Escola Alerta”, este visamodificar algumas coisasna escola, de forma a criare a garantir condições deacessibilidade para quetodas as pessoas comdeficiência ouincapacidades se sintamiguais às outras. Jáandaram a fazer umlevantamento das barreirasurbaníst icas earquitectónicas aíexistentes e a apurar queserviços ou entidades ospoderiam apoiar na

eliminação das mesmas.Para isso, já redigiram umacarta e endereçaram-na aosenhor Presidente doConselho Executivo comvista a sol ic i tar o seucontributo no contacto aestabelecer com osrefer idos serviços ouentidades.

Para que os alunosf icassem maissensibi l izados para asdificuldades sentidas poruma pessoa portadora dedeficiência no seu dia-a-dia,foi-lhes apresentado o filme“Encontro de Irmãos”, ondepuderam observar asdificuldades características

de uma pessoa comautismo.

De todas as deficiênciasabordadas os alunossent iram um maiorinteresse pela deficiênciavisual, daí que tenhamcomeçado a estudar oalfabeto Braille e a formacomo este é representado.De seguida irão identificaralgumas das salas doagrupamento com placasescri tas em Brai l le.Esperemos que consigamatingir os seus objectivos,pois dessa formacontribuíram para defesa ea garantia dos direitos detodos.

PROJECTO

Amélie; Andreia; Pedro (7ºA)

Page 15: Gente em Acção nº 49

15GENTE EM ACÇÃO

49 | JANEIRO 2009E-Mail: gente_vvr@

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ail.pt

[MAGUSTO | DESPORTO]

COORDENAÇÃOProf. Helena Marques

Prof. José Batista(Clube de Jornalismo)

GRAFISMO E PAGINAÇÃOProf. Luís Costa

REDACÇÃO

5º A:Sofia Isabel Semedo

7º A:Amélie Serraninho

Andreia DiasPedro Miguel Ribeiro

8º A:Ana Rita Tomé

Beatriz da ConceiçãoCátia da Conceição

Inês CostaJoana MendesMariana AlvesPatrícia Ribeiro

Vanessa Gonçalves

9º A:Bianca Nawratil

Daniel Alexandre ToméRuben Filipe Gonçalves

COLABORADORES:Professores, AlunosPessoal não Docente

e Enc. Educação

IMPRESSÃO:Jornal RECONQUISTA - Castelo Branco

E-MAIL - [email protected]

NA INTERNET - www.anossaescola.com/rodao

Dia de S. MartinhoMAGUSTO E “JOGOS SEM MANEIRAS”

Profs. de Ed. Física; Prof. F. FerreiraMais uma vez, o

Departamento deExpressões e o grupo deEducação Física, emcolaboração com oP.R.O.S.E.P.E, levaram aefeito no passado dia 12 deNovembro de 2008, Quarta– Feira, a comemoração dodia de S. Mart inho noAgrupamento. Estaactividade que consta doPlano Anual de Actividadesda escola teve o seu inícioàs 14.00 horas, com aparticipação dos alunos detodos os Ciclos de ensino,embora o 1º Ciclo tenha tidouma part ic ipação maismaciça, num total de 75alunos envolvidos narealização dos jogos.

Desde da tracção àcorda, corrida de andas,bowlling, jogo do ovo, dafar inha e rebuçado,

EB1 V. V. Ródão (Turma A)O Magusto da nossa Escola foi realizado na Quarta-

feira, dia 12 de Novembro, em conjunto com as outrasEscolas do Primeiro Ciclo do Agrupamento de Escolas deVila Velha de Ródão.

Logo ao início da tarde, agrupámo-nos para participarnos Jogos sem Maneiras. Percorremos um Circuito porEstações com actividades giras e divertidas.

Em seguida, foram distribuídas medalhas referentes aoCorta-mato realizado no ano anterior. A Ana Rita, da nossasala, ganhou uma medalha.

Finalmente, comemos as castanhinhas saltitonas ebebemos sumo.

Foi um dia divertido.

passando pelo jogo dasminas e armadilhas, foi umaloucura total. Durante horae meia as di ferentesequipas competiram entre sina execução dos váriosjogos, procurando dar o seumelhor no sentido de venceros seus oponentes.

Por volta das 15.00 horasdeu-se início a mais ummomento de convívio entretoda a comunidadeeducativa, com a aberturado magusto, um bomrepasto de castanhas,seguido de um lancheajantarado com febras,enchidos e grelhados àdisposição dos alunos,professores, auxiliares deacção educativa eadministrat ivos. Forammomentos de lazer,conversa, e intercâmbio,proporcionada a todos

No dia 12 de Novembro,a part i r das 15:30hdecorreram os “Jogos semManeiras”. Estava um belodia e o ambiente estavaagradável. Havia váriosjogos, por equipas. Oprimeiro jogo era o dascordas: tinham de puxar acorda e a primeira equipa apassar os l imites

estabelecidos perdia. Osegundo jogo era a corridade sacos. Depois foi o dapontaria: tinham de acertarcom a bola nas garrafas comareia. De seguida o jogo dacorrida de antas: o primeiroa chegar sem cair ganhava.O jogo de tentar acertar comum pau num balão de águafoi muito divertido. Tambémhouve o jogo do equilíbrio,

quanto participaram. Emsuma foi uma excelentetarde de S. Martinho, queaté o sol fez questão de raiarabrilhantando mais estaactividade. Agradecemos atodos quantos contribuíramde uma forma directa ouindirecta na realização eexecução de mais estaactividade. O nosso muitobem haja a todos.

Amélie (7º A)

em que se tentava passarpor cima de um banco comuma colher e uma maçã namão. O último jogo foi o quegostámos mais - o jogo dafarinha: tínhamos de pôr acara num alguidar comfarinha, à procura derebuçados. Adorámos estaactividade e, por fim, fomostodos para o magusto.

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Projecto Multicultural

[ÚLTIMA]

Festa de Natal do AgrupamentoNO ÚLTIMO DIA DE AULAS DO 1º PERÍODO

O Guilherme (do CEF) no PasseioPedestre

“Apanhado” dePedro Ribeiro (7º A) O teatro da EB1 de Vila

Velha de Ródão

Instantâneos da Festa de Natal: O programa na Casa de Artes (“Natal Alentejano” e osEco-Pinheirinhos de Natal, em cima) e dois momentos do almoço - convívio no

Pavilhão Gimnodesportivo (em baixo).

Halloween