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Fernando Moreira da Silva Marcelo dos Santos Chaves Zuleide Maria C. Lima Geografia Física II Classificação e tipos de solos do Brasil e do estado do Rio Grande do Norte Autores aula 12 DISCIPLINA Geo_Fis_II_A12_RF_M_SF_SI_SE_170709.indd Capa1 Geo_Fis_II_A12_RF_M_SF_SI_SE_170709.indd Capa1 17/07/09 15:19 17/07/09 15:19

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  • Fernando Moreira da Silva

    Marcelo dos Santos Chaves

    Zuleide Maria C. Lima

    Geogra a Fsica II

    Classi cao e tipos de solos do Brasil e do estado do Rio Grande do Norte

    Autores

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    D I S C I P L I N A

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  • Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzidasem a autorizao expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    Diviso de Servios Tcnicos

    Catalogao da publicao na Fonte. UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede

    Coordenadora da Produo dos MateriaisMarta Maria Castanho Almeida Pernambuco

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    Projeto Gr coIvana Lima

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    Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

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    Secretrio de Educao a Distncia SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

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    Universidade Estadual da Paraba

    ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

    Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

    Coordenadora Institucional de Programas Especiais CIPEEliane de Moura Silva

    Secretaria de Educao a Distncia SEDIS/UFRN

    Silva, Fernando Moreira da.

    Geogra a Fsica II / Fernando Moreira da Silva, Marcelo dos Santos Chaves, Zuleide Maria C. Lima. Natal, RN: EDUFRN, 2009.

    240 p.ISBN 978-85-7273-564-3

    Contedo: Aula 01 Atmosfera terrestre; Aula 02 Sistema de coleta de dados meteorolgicos; Aula 03 Variveis meteorolgicas; Aula 04 Trocas de calor na atmosfera; Aula 05 Massas de ar e circulao da atmosfera; Aula 06 Sistemas sinticos e classi cao climtica; Aula 07 Gnese dos solos; Aula 08 Relao entre pedognese e morfognese e morfologia dos solos; Aula 09 Propriedade dos solos-caractersticas qumicas e mineralgicas; Aula 10 Uso e conservao do solo: produo agrcola e manejo de bacias hidrogr cas; Aula 11 Uso, conservao, eroso e poluio dos solos; Aula 12 Classi cao e tipos de solos do Brasil e do estado do Rio Grande do Norte.

    1. Meteorologia. 2. Bioclimatologia. 3. Atmosfera terrestre. 4. Observao meteorolgica. 5. Circulao da atmosfera. I. Chaves, Marcelo dos Santos. II. Lima, Zuleide Maria C. III. Ttulo.

    CDD 551.5RN/UF/BCZM 2009/69 CDU 551.5

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    Apresentao

    Chegamos en m a nossa ltima aula. Aqui veremos como os solos se dividem e como quais suas caractersticas principais. O solo a fonte fundamental da riqueza nacional e a base de suas duas atividades essenciais: a agricultura e a pecuria. Ainda que o pas disponha de outros recursos que lhe permitem consolidar a estrutura econmica, sua gravitao no mercado internacional, assim como seu bem-estar e progresso interno, dependero, em todo momento, da capacidade produtiva e da riqueza de suas terras. Para tanto, preciso, antes de tudo, entender como se distribui e quais so os tipos de solos de cada regio do Brasil, especialmente do Estado do Rio Grande do Norte. Um estudo mais aprofundado como este, de classi cao dos solos, permite-nos delimitar reas suscetveis agricultura e pecuria, reas sem perspectivas de produo, reas possveis de serem utilizadas e reas ambientalmente degradadas ou potencialmente degradadas.

    ObjetivosEntender como se d a distribuio e as principais caractersticas dos solos do Brasil e do Estado do Rio Grande do Norte.

    Compreender a importncia dos solos para o desenvolvimento das atividades como agricultura, lazer e planejamento urbano e ambiental.

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    Breve histrico dos solos do Brasil

    Um aumento signi cativo da produtividade na agricultura brasileira desde 1975 permitiu poupar mais de 50 milhes de hectares de cerrado e oresta que poderiam ter sido desmatados para a abertura de novas reas de plantio. Esse resultado pode ser atribudo ao uso de tecnologias no campo, substituio de atividades/culturas, bem como ao bom aproveitamento das novas reas, com o apoio de instituies de pesquisa que, muitas vezes, trabalham em parceria para obter resultados mais expressivos. Uma parceria desse tipo reuniu a Embrapa Solos (Rio de Janeiro/RJ), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), vinculada ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatstica) para elaborar o mapa de solos do Brasil, na escala de 1:5.000.000.

    Este novo mapa, lanado no dia 31 de julho de 2004 no auditrio do IBGE, no Rio de Janeiro/RJ, inclui os mapas de relevo, vegetao, geologia, fauna e climas do Brasil e j se encontra disponvel no site da instituio, o < http://www.ibge.gov.br>.

    O Mapa de Solos do Brasil identi ca e cartografa os diferentes tipos de solos encontrados no pas. Rene informaes e conhecimentos produzidos ao longo de mais de 50 anos de cincia do solo no Brasil, e utiliza pela primeira vez a nomenclatura e as especi caes recomendadas pelo Sistema Brasileiro de Classi cao de Solos (SiBCS), da Embrapa Solos (1999), re exo do avanado estgio de conhecimento tcnico-cient co dos solos tropicais pela comunidade cient ca brasileira. Na sua elaborao, foram utilizados os levantamentos exploratrios de solos produzidos pelo Projeto Radam Brasil ao longo das dcadas de 1970 e 1980, complementados por outros estudos mais detalhados de solos, produzidos principalmente pela Embrapa e pelo IBGE.

    Alm de fornecer uma viso panormica da grande diversidade de solos do pas, o Mapa de Solos do Brasil permite visualizar a distribuio espacial das principais classes de solos, fornecendo informaes teis para diversos ns, como ensino, pesquisa e extenso.

    Especi camente para o planejamento territorial, mesmo sem trazer dados para uso local, o mapa contm informaes estratgicas para compreenso e avaliao da dinmica da paisagem nacional, zoneamentos e planejamentos regionais e estaduais, alm de planos setoriais, como uso e conservao dos recursos hdricos, corredores de desenvolvimento, sistemas virios e outros. Para um estudo mais aprofundado e visualizao deste mapa de solos do Brasil, consulte .

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  • Aula 12 Geogra a Fsica II

    Floresta amaznica

    Campo inundado

    Caatinga

    CerradoPantanal

    Chaco

    Pampas

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    Sistema brasileiro de classi cao de solos

    Os tipos de solos a seguir mostram a relao entre as classes de solos do Sistema Brasileiro de Classi cao de Solos da EMBRAPA (1999), no nvel de ordem, e as classes anteriormente utilizadas pela EMBRAPA em seus levantamentos pedolgicos. No esto assinaladas, portanto, as correlaes com classes de solos denominadas em levantamentos pedolgicos efetuados pelos rgos que antecederam a EMBRAPA, como o Servio Nacional de Levantamento e Conservao de Solos (SNLCS), Comisso de Solos, dentre outros. Assim, no esto relacionados solos que em levantamentos mais antigos receberam denominaes como Mediterrnicos Vermelho-Amarelos, Solos Podzolizados variao Lins, Solos Podzolizados variao Marlia, Podzlicos Vermelho-Pardos, Solos Podzolizados de Araua, Solos Podzolizados de Alpinpolis, Regolatsol Amarelo, Solos Bruno-cidos, entre outros.

    Ento, os tipos de solos mais comuns no Brasil so: alissolos, argisolos, cambissolos, chernossolos, espodossolos, gleissolos, latossolos, luvissolos, neossolos, nitossolos, organossolos, planossolos, plintissolos e vertissolos.

    Para classificar os solos, temos que entender que estes so sempre produtos da decomposio de rochas, que podem estar em vrios estgios. Contudo, em seu processo de formao, atuam tambm outros fatores, como clima, relevo, microorganismos e seres vivos. Essa transformao ocorre ao longo do tempo.

    Os solos, portanto, devido sua classi cao e in uncia do clima, ocorrem em todos os ambientes. Na Figura 1, observamos as regies vegetacionais do Brasil, onde ocorrem todos os tipos de solos. Estes solos se formam devido s in uncias do clima, principalmente, e da composio dos solos.

    Figura 1 Regies vegetacionais do Brasil

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    Dentre as regies vegetacionais do Brasil, encontra-se a caatinga, tpica da regio Nordeste. Faa uma pesquisa na internet ou na biblioteca do seu polo sobre os principais tipos de vegetao da caatinga mais comuns encontrados na sua cidade ou regio.

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    Solos-paisagens no Brasil

    A paisagem a imagem da ao combinada dos fatores de formao do solo, tais como o relevo, os organismos, o material de origem, o clima e o tempo. muito importante conhecer a distribuio dos solos na paisagem na execuo dos levantamentos de solos (ou pedolgicos), e tambm nos estudos de gnese dos solos. Nas superfcies mais velhas e estveis da paisagem (relevo plano ou suavemente ondulado), geralmente ocorrem os Latossolos, associados ou no com os Neossolos Quartzarnicos.

    Por outro lado, em geral, nas superfcies mais jovens (relevo mais ondulados ou fortemente ondulados) encontramos os Argissolos, Luvissolos, Alissolos, Cambissolos, Nitossolos e Chernossolos e Neossolos Litlicos. Os Vertissolos ocorrem nas baixadas planas ou na parte inferior das encostas quase planas das regies Nordeste e Sul do Brasil, enquanto que principalmente na faixa litornea ocorrem os Espodossolos, e nos tabuleiros costeiros, ocorrem os Latossolos e Argissolos coesos. No relevo plano de vrzea ocorrem os Organossolos e/ou Gleissolos, podendo ocorrer os Cambissolos nos terraos, e Neossolos Flvicos ao longo dos cursos dgua.

    Classes de solos do Brasil e suas principais implicaes agrcolas e no-agrcolas

    Aqui, abordaremos as ordens do Sistema Brasileiro de Classi cao de Solos, onde faremos uma correspondncia entre os atributos e horizontes de diagnsticos j vistos nas aulas anteriores e classes em vrios nveis categricos. Os conceitos apresentados para cada classe so os do Sistema Brasileiro de Classi cao de Solos (EMBRAPA, 1999).

    Fiquemos atentos na gra a dos temos referentes s classes de solos. Estas seguem as recomendaes do Sistema Brasileiro de Classi cao de Solos, onde as palavras com todas as letras maisculas representam, respectivamente, o primeiro e o segundo nveis categricos, isto , ordem e subordem; a palavra com a primeira letra maiscula representa o grande grupo, e a palavra com a primeira letra minscula, o subgrupo. Por exemplo: ARGISSOLO (ordem) AMARELO (subordem) Distr co (grande grupo) arnico (subgrupo). A seguir, descreveremos todos os tipos de solos existentes no Brasil e as principais atividades agrcolas e de uso desses solos.

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    RioRio

    Textura arenosa Textura mdia Arenito

    SUDESTE

    Neossolos Litlicos

    Neossolos Quartzarnicos

    Argissolos Argissolos

    Argissolos Argissolos

    Argissolos

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    ArgissolosEsta classe compreende solos que tm como caracterstica principal a presena de

    horizonte B textural imediatamente abaixo do horizonte A ou E. Alm disso, esse horizonte apresenta argila de atividade baixa e, ainda, saturao por alumnio. Os argissolos compreendem, depois dos latossolos, a ordem mais extensa de solos brasileiros, sendo, por isso, de especial importncia em nosso pas. Eles abrangem uma grande quantidade de solos, desde eutr cos, distr cos e licos at alumnicos, rasos a muito profundos, abruptos ou no, com cascalho, cascalhentos ou no, com fragip e at com carter soldico, o que torna difcil uma apreciao generalizada para os solos dessa ordem como um todo.

    Em regies montanhosas, comum a presena de argissolos com cascalho ou cascalhentos, interferindo, portanto, no volume de nutrientes e de gua presentes por unidade de volume, alm do preparo do terreno para o plantio quando em superfcie ou prximo a ela (Figura 2). ainda comum entre esses solos a presena de mataces. Quando a quantidade de mataces tal que se con gura a classe de rochosidade moderadamente rochosa, o uso de mquinas motorizadas j se torna proibitivo, embora ainda possam ser usados implementos trao animal. A presena de argissolos com grande quantidade de mataces mais comum em zonas serranas com relevo fortemente ondulado ou montanhoso. Esses fatores tornam esses terrenos inadequados ao uso agrcola, e, mesmo para pequenos usos, suas limitaes so fortes. Essas condies o limitam tambm para reas de recreao, alm de torn-los inadequados para aterros sanitrios, lagoas de decantao e cemitrios.

    Figura 2 Solos-paisagens na regio Sudeste do Brasil

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    Faa um paralelo entre os solos-paisagens da regio Sudeste do Brasil, como visto nesta aula e os solos-paisagens da regio Nordeste do Brasil, como visto na aula 9, enfatizando, principalmente a distribuio dos argissolos dessas regies.

    Mataces: so conhecidos por seu nome em ingls, boulders, que so grandes blocos arredondados de dimetro maior que 256 mm, produzidos pelo processo de intemperismo qumico, conhecido como esfoliao esferoidal, ou pelo desgaste de blocos arrastados por correntes uviais.

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    CambissolosEssa classe compreende solos constitudos por material mineral, com horizonte B

    incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte super cial, desde que no satisfaam os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas classes dos chernossolos, plintissolos ou gleissolos. O conceito central o de solos em estgio intermedirio de intemperismo, isto , que no sofreram alteraes fsicas e qumicas muito avanadas. , tambm, uma caracterstica desses solos a pequena diferena de argila ao longo do per l, exceo feita aos Cambissolos desenvolvidos de sedimentos aluviais, os quais podem apresentar distribuio de argila bastante irregular ao longo do per l. A concepo central , portanto, a de solos que em geral no so muito profundos, que apresentam teores relativamente elevados de minerais primrios facilmente intemperizveis, atividade da frao argila de mdia a alta e uma discreta variao de textura.

    Os cambissolos, diferentemente da maioria dos argissolos, no apresentam acrscimo importante de argila no horizonte B, fato que os torna, em igualdade de condies de relevo e uso, menos suscetveis eroso.

    Os cambissolos ocorrem indiscriminadamente em todas as classes de relevo, desde os planos at os montanhosos. Nas plancies aluviais so encontrados tambm CAMBISSOLOS Slicos ou CAMBISSOLOS Salinos e CAMBISSOLOS Sdicos ou CAMBISSOLOS soldicos, CAMBISSOLOS que so ao mesmo tempo sdicos e salinos e at vrticos. Os CAMBISSOLOS Sdicos apresentam problemas devido presena de teores signi cativamente elevados de sdio no complexo de troca, e os CAMBISSOLOS salinos, teores de sais em nveis prejudiciais s culturas no adaptadas. A drenagem uma prtica imprescindvel nesses solos para a eliminao do sdio e dos sais, da ser importante a presena de condies favorveis a tal prtica. de se esperar maior di culdade de drenagem nos CAMBISSOLOS Sdicos vrticos do que nos outros CAMBISSOLOS Sdicos, porm, sem horizonte vrtico, pois este geralmente apresenta, quando saturado, baixssima condutividade hidrulica.

    Os cambissolos situados em plancies aluviais esto sujeitos a inundaes. Inundaes frequentes e de mdia a longa durao constituem fator limitante ao pleno uso agrcola desses solos e sria limitao sua utilizao como aterro sanitrio, lagoa de decantao, cemitrio, rea para camping e recreao.

    Nas regies mais secas, muito comum a presena de CAMBISSOLOS Carbonticos, muitos deles situados em relevo quase plano. Tais solos possuem elevado potencial nutricional, apresentando como problema maior a falta de gua. Os valores elevados de pH que alguns desses solos apresentam podem se re etir em indisponibilidade de alguns micronutrientes, notadamente zinco, ferro, cobre e mangans (Figura 3).

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  • Aula 12 Geogra a Fsica II

    Rio

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    Neossolos Litlicos

    Cambissolos ou Nitossolos

    Latossolos

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    Figura 3 Solos-paisagens na regio sul do Brasil

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    Nas regies serranas do Brasil meridional, comum a presena de cambissolos com carter alumnico. So solos muito pobres, alm de apresentarem elevados teores de alumnio extrvel, o que lhes confere sria limitao ao aproveitamento agrcola. As condies climticas baixa temperatura mdia anual, aliada a limitaes qumicas diminuem bastante as opes de uso de tais solos. A fruticultura de clima temperado, as pastagens e o re orestamento com pinus so seus principais usos.

    ChernossolosSo solos constitudos por material mineral, que tem como caractersticas determinantes

    alta saturao por bases, argila de atividade alta e horizonte A chernozmico sobrejacente a um horizonte B textural, B ntico, B incipiente ou horizonte C clcico ou carbontico. Os chernossolos so por de nio solos com elevado potencial agrcola, pois so muito ricos quimicamente, e a presena do horizonte A chernozmico, rico em matria orgnica, lhe confere horizonte super cial bem aerado e estruturado. As principais limitaes desses solos so de ordem fsica e, naqueles situados em clima mais seco, a falta de gua. Sua elevada plasticidade e pegajosidade do horizonte super cial, quando de textura argilosa, determinam elevada plasticidade e pegajosidade quando molhado, di cultando a trafegabilidade e o preparo do terreno para o plantio. Isso particularmente importante quando usada a trao animal. E a presena de mudana textural abrupta em CHERNOSSOLOS ARGILVICOS rticos abuptos lhes confere elevada erodibilidade, especialmente naqueles situados em terrenos declivosos.

    comum, nas regies mais secas, a presena de chernossolos com teores elevados de carbonato de clcio e com carter vrtico, e at de solos que apresentam ambos os atributos. E estes requerem irrigao para a produo de plantas no adaptadas a essa condio.

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  • Aula 12 Geogra a Fsica II

    Granito Grupo Barreiras

    Mar

    NORDESTE

    CambissolosLatossolos

    Neossolos Litlicos

    Gleissolos ouArgissolos Acinzentados

    Latossolos Coesos, ou Argissolos Coesos ou

    EspodossolosArgissolos

    Tabuleiros Costeiros

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    EspodossolosCompreendem solos constitudos por material mineral com horizonte B espdico

    subjacente ao horizonte E lbico ou horizonte A, que pode ser de qualquer tipo, ou ainda subjacente a horizonte hstico com menos de 40 cm de espessura.

    No Brasil, os espodossolos, em sua grande maioria, possuem textura arenosa ao longo do per l, sendo pouco frequentes os que apresentam horizonte B de textura mdia e raros os de textura argilosa. A condio de textura arenosa determina elevada permeabilidade, ressecamento rpido, elevada taxa de decomposio da matria orgnica e virtual ausncia de reservas em nutrientes, posto que a frao mais grossa constituda, com raras excees, de quartzo.

    Alguns espodossolos apresentam mudana textural abrupta. Este atributo pode in uir signi cativamente na disponibilidade hdrica de tais solos, visto que a presena de horizonte de textura bem mais na (maior percentagem de argila), alm de reter maior quantidade de gua, determina, em geral, menor permeabilidade interna, diminuindo, portanto, a quantidade de gua que percola em profundidade.

    Os espodossolos, com rarssimas excees, so solos cidos e muito pobres em nutrientes para as plantas. A pobreza em micronutrientes tambm acentuada. Nos de textura arenosa, que so a grande maioria, a capacidade de reteno de ctions est restrita praticamente matria orgnica, um pouco mais elevada na camada super cial. Apesar de suas limitaes qumicas, algumas reas de espodossolos nos tabuleiros costeiros nordestinos so utilizadas com cana-de-acar mediante intenso uso de insumos e alcanando apenas nveis mdios a baixos de produtividade. Nas baixadas litorneas da regio nordestina, importante a explorao extrativista do cajueiro e coco-da-baa, nativos dessas reas.

    As maiores ocorrncias dos espodossolos esto no extremo Norte do Brasil (Noroeste da Amaznia e Centro-Sul de Roraima). Ao longo das baixadas litorneas, especialmente a partir de Pernambuco, indo em direo ao Sul, encontram-se muitas ocorrncias de espodossolos, especialmente em Alagoas, Sergipe, Bahia, Esprito Santos e Rio Grande do Sul (Figura 4).

    Figura 4 Solos-paisagens na regio Nordeste do Brasil

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  • Aula 12 Geogra a Fsica II 11

    Gleissolos A ordem dos gleissolos compreende solos hidromr cos constitudos por material

    mineral e que apresentam horizonte glei dentro dos primeiros 50 cm da superfcie do solo, ou a profundidades entre 50 e 125 cm, desde que imediatamente abaixo do horizonte A ou horizonte C, com presena de mosqueados abundantes, com cores de reduo. Excluem-se dessa classe solos com caractersticas distintivas dos Vertissolos, Planossolos, Plintossolos ou Organossolos.

    A grande maioria desses solos encontra-se em plancies aluviais que apresentam excesso de gua durante grande parte do ano. A condio de drenagem interna m a muito m , portanto, geral para todos os solos dessa classe. A grande maioria dos gleissolos apresenta lenol fretico elevado (mais de 50 cm da superfcie do terreno) durante grande parte do ano, produzindo forte limitao de uso. Os gleissolos, de maneira geral, pela presena do lenol fretico prximo ou muito prximo superfcie do terreno, pela situao em plancies aluviais sujeitas a inundaes, no so adequados para uso como cemitrios, aterros sanitrios, lagoas de decantao, reas de acampamentos e recreaes.

    LatossolosEsta classe de solos compreende solos constitudos por material mineral, com horizonte B

    latosslico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnstico super cial. Os solos dessa ordem ocupam mais de 50% do territrio brasileiro, constituindo, portanto, nesse aspecto, a ordem mais importante do pas.

    So solos que apresentam avanado estgio de intemperismo e, consequentemente, material coloidal com baixa capacidade de troca de ctions e baixos teores ou virtual ausncia de minerais primrios facilmente alterveis. Sua reserva em nutrientes , portanto, muito reduzida, fato que no os impede de serem solos bastante produtivos quando nem manejados.

    Do ponto de vista da fertilidade, os latossolos variam desde os eutrficos at os alumnicos, estes ltimos relativamente pouco comuns, sendo os LATOSSOLOS BRUNOS Alumnicos os mais frequentes entre eles. Como esses solos em geral apresentam horizonte super cial rico em matria orgnica, requerem quantidade expressivas de corretivos para neutralizar sua acidez. Os LATOSSOLOS eutr cos so mais comuns em regies de clima mais seco ou em solos derivados de rochas bsicas, como os basaltos e diabsios. E os LATOSSOLOS VERMELHOS Eutrofrricos (Latossolos Roxos Eutr cos) esto entre os solos brasileiros com maior produtividade e ocupao agrcola.

    A grande maioria dos latossolos situa-se em relevo aplainado a suavemente ondulado. As ocorrncias em relevo montanhoso so bem menos frequentes. So solos de fcil preparo para o plantio, mesmo os argilosos, em decorrncia de sua adequada consistncia. As condies de relevo e a baixa erodibilidade di cultam os processos erosivos, especialmente nos solos que apresentam horizonte super cial de textura franco-argilosa ou mais na. So, por isso, solos bastante utilizados para culturas extensivas.

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    Os latossolos so os solos mais abundantes no Brasil. Faa uma pesquisa sobre as ocorrncias desses solos no pas e indique que tipos de atividades antrpicas, ou seja, praticadas pelo homem, so mais frequentes neste tipo de solo.

    LuvissolosEsta classe compreende solos com horizonte B ntico ou B textural, exclusivamente

    eutr cos, com alta saturao por bases e argila de atividade alta. So solos muito ricos quimicamente, apresentando elevado potencial nutricional, apesar de poder ocorrer, especialmente nos LUVISSOLOS HIPOCRMICOS, por vezes, saturao por alumnio relativamente elevada na parte mais superficial, menos saturada por bases. Tais solos, identi cados como LUVISSOLOS HIPOCRMICOS rticos alisslicos, no apresentam, contudo, maiores problemas devido ao teor absoluto de alumnio relativamente alto. A classe luvissolos compreende solos situados em condies climticas completamente distintas, o que lhes confere signi cativa diferena quanto aptido agrcola. A grande maioria dos LUVISSOLOS CRMICOS rticos (anteriormente denominados de Solos Brunos No-Clcicos) ocorre na regio semirida nordestina, enquanto a maioria dos LUVISSOLOS HOPOCRMICOS (anteriormente denominados Podzlicos Bruno-Acinzentados Eutr cos) se restringe s regies altimontanas do Brasil meridional de clima subtropical, sem ou apenas com discreta de cincia hdrica anual, ou ainda com signi cativa de cincia hdrica, como na regio de Bag (RS); porm, nesse caso, menos acentuada que a veri cada no semirido nordestino, onde a irrigao imprescindvel para ampliar o leque de opes de uso do solo e para permitir boas produes.

    Os luvissolos, em sua grande maioria, apresentam textura arenosa ou mdia em superfcie, fato que determina consistncia em geral macia, frivel, ligeiramente plstica e ligeiramente pegajosa, apesar de a argila ser de elevada atividade. Essa condio permite preparo fcil para o plantio. Os luvissolos e em especial os LUVISSOLOS RTICOS apresentam regolito (solum + horizonte C + saprlito) de espessura relativamente reduzida, fato que limita seu uso como aterro sanitrio.

    NeossolosCompreendem solos constitudos por material mineral ou orgnico pouco espesso, com

    pequena expresso dos processos pedogenticos em consequncia da baixa intensidade de atuao desses processos, o que no permitiu, ainda, modi caes expressivas do material originrio; das caractersticas do prprio material, pela sua resistncia ao intemperismo ou

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    composio qumica; e pelo relevo, que, isoladamente ou em conjunto, impediu ou limitou a evoluo desses solos.

    Em ordem, esta classe agrega quatro subordens, que so:

    NEOSSOLOS LITLICOS (anteriormente denominados de Solos Litlicos); NEOSSOLOS FLVICOS (anteriormente denominados de Solos Aluviais); NEOSSOLOS REGOLTICOS (anteriormente denominados de Regossolos); NEOSSOLOS QUARTZARNICOS (anteriormente denominados de Areias Quartzosas).

    Os NEOSSOLOS LITLICOS apresentam severas restries ao aprofundamento do sistema radicular das plantas, posto que o contato ltico ocorre a pouca profundidade. Esse fato determina um reduzido volume de gua e de nutrientes disponveis para as plantas e pequeno volume para o sistema radicular ancor-las, especialmente rvores que apresentem sistema radicular profundo. Agrava essa limitao o fato de grande parte desses solos ocorrer em relevo fortemente ondulado a montanhoso e, em muitos casos, com rochas expostas. Os NEOSSOLOS LITLICOS se distribuem por todas as regies do Brasil, predominando em reas declivosas; porm, em algumas reas, como na regio de Uruguaiana (RS), o relevo chega a ser plano.

    Os NEOSSOLOS FLVICOS apresentam uma diversidade bem maior de solos que as outras classes de neossolos. Do ponto de vista qumico h desde solos muito ricos at muito pobres. Esses solos, por apresentarem argila de atividade alta e por ela estar altamente saturada por bases, possuem um potencial nutricional bastante elevado.

    J os NEOSSOLOS REGOLTICOS, como os identificados no nvel de subgrupo como lpticos (NEOSSOLO REGOLTICO Eutr co Lptico), so bastante semelhantes aos NEOSSOLOS LITLICOS, especialmente aqueles que apresentam contato ltico aps 50 cm de profundidade. Em tais solos, o volume de gua e de nutrientes disponveis para as plantas igualmente baixo, alm de oferecerem, como aqueles, pequena ancoragem a elas.

    E os NEOSSOLOS QUARTZARNICOS, por serem muito arenosos, apresentam srias limitaes com respeito ao armazenamento de gua disponvel para as plantas. E como suas areias so constitudas praticamente de mineral quartzo, estes so solos desprovidos por completo de minerais primrios alterveis e, portanto, virtualmente sem nenhuma reserva potencial de nutrientes para as plantas. Apesar disso, so bastante utilizados com re orestamento e at com cultura canavieira; neste caso, com produes sempre aqum das obtidas em outros solos. No Nordeste do Brasil, extensas reas desses solos so cobertas de coco-da-baa e cajueiros.

    E em resumo, os neossolos oferecem variadas limitaes aos usos no-agrcolas. Os de textura arenosa, como os NEOSSOLOS REGOLTICOS Psamticos e os NEOSSOLOS QUARTZARNICOS, so muito permeveis e, apesar de poderem apresentar espessa zona de areao, sua baixa capacidade adsortiva facilita a lixiviao profunda de produtos txicos e

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    CENTRO-OESTE

    Cambissolos

    LatossolosLatossolosNeossolos

    Litlicos

    Rio

    Nitossolos Plintossolos

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    metais pesados e, consequentemente, a contaminao do lenol fretico. So, pela facilidade de escavao, adequados para cemitrios. Os NEOSSOLOS LITLICOS e os subgrupos lpticos de outras subordens de neossolos so inadequados para uso como cemitrios e aterros sanitrios, devido sua reduzida espessura. Os NEOSSOLOS FLVICOS, em especial os gleicos, tm o lenol fretico a pouca profundidade, o que limita tambm tais solos para usos no-agrcolas.

    NitossolosEstes compreendem solos constitudos por material mineral, com horizonte B ntico,

    com argila de atividade baixa ou com carter alumnico. So solos com textura argilosa ou muito argilosa, estrutura em blocos subangulares ou prismticos muito bem desenvolvida (moderada ou forte), com superfcies dos agregados reluzentes, relacionadas cerosidade e/ou superfcie de compresso. E, por de nio, so solos com pequena diferena textural, o que lhes confere, em igualdade de condies de relevo e uso, menor erodibilidade que outros solos que apresentam diferenas mais acentuadas de textura. So, tambm, solos profundos e, apesar de argilosos, possuem boa permeabilidade interna. A maior parte dos nitossolos corresponde s anteriormente denominadas Terras Roxas Estruturadas, constituindo solos de grande importncia agrcola.

    Os NITOSSOLOS, especialmente os VERMELHOS, so abundantes no Brasil Meridional (Figura 5), relacionando-se com o extenso derrame basltico que se prolonga de So Paulo at o Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Outras regies menos extensas, porm ainda importantes do ponto de vista espacial, encontram-se em Ceres (GO), no extremo Norte do Estado de Tocantins e em Tocantinpolis (MA). Pequenas reas so, contudo, encontradas em inmeras outras regies no Brasil.

    Figura 5 Solos -paisagens na regio Centro-Oeste do Brasil

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    OrganossolosCompreendem solos pouco evoludos, constitudos por material orgnico proveniente

    de acumulaes de restos de vegetais em grau varivel de decomposio, acumulados em ambientes mal a muito mal drenados, ou em ambientes midos de altitude elevada e que esto saturados com gua por poucos dias no perodo chuvoso. Em todos os casos, possuem colorao preta, cinzenta muito escura ou marrom e elevados teores de carbono orgnico.

    No Brasil, a maioria desses solos ocorre em ambientes mal drenados de plancies aluviais, sendo raros os ORGANOSSOLOS desenvolvidos em outros ambientes.

    Grande parte dos organossolos situados na plancie costeira in uenciada pelas mars e apresenta elevados teores de compostos de enxofre, dando origem aos materiais sulfdricos, e, quando drenados, ao horizonte sulfrico. Esses solos, identi cados como ORGANOSSOLOS TIOMRFICOS, oferecem srias limitaes ao uso agrcola, posto que na condio natural so muito mal drenados, carecendo de drenagem para poderem ser utilizados e, quando drenados, forma-se cido sulfrico, com acentuada diminuio do pH do solo. As limitaes so tanto mais intensas quanto menos profundo se forma o horizonte sulfrico.

    Os ORGANOSSOLOS em geral so pobres quimicamente, cidos, e devido a seu elevado poder tampo, requerem substanciais quantidades de corretivos para serem corrigidos, o que onera bastante seu uso. Raros so em nosso pas os ORGANOSSOLOS Eutr cos. So solos geralmente utilizados para cultivos hortcolas. No litoral do estado de So Paulo, por exemplo, so usados na cultura de banana.

    PlanossolosCompreendem solos minerais imperfeitamente ou mal drenados, com horizonte

    subsuper cial eluvial, de textura mais leve, que contrasta abruptamente com o horizonte B, imediatamente subjacente, adensado, em geral, de acentuada concentrao de argila, permeabilidade lenta ou muito lenta, constituindo, por vezes, um horizonte p, responsvel pela deteno de lenol de gua (suspenso), de existncia peridica e presena varivel durante o ano.

    So solos com srias limitaes fsicas. A baixa condutividade hidrulica do horizonte plnico determina a formao de um lenol fretico suspenso temporrio nos perodos chuvosos do ano e ao estabelecimento de ambiente redutor em seu topo e na base do horizonte suprajacente, causando srios distrbios nas plantas menos adaptadas a essa condio de hidromor smo temporrio, como o cafeeiro e plantas citrcolas. A transmisso de doenas de plantas que se propagam com maior facilidade em ambiente relativamente mal drenado tambm um fator limitante desses solos. Alm do lenol fretico temporrio no topo do horizonte plntico, comum a presena de horizonte glei, como nos planossolos identi cados como gleicos.

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    Nos PLANOSSOLOS NTRICOS, muito importante a profundidade de ocorrncias do horizonte B devido presena de teores elevados de sdio em seu complexo de troca. Nesse particular, os PLANOSSOLOS NTRICOS arnicos e espessoarnicos so considerados os melhores para a agricultura, pois neles o horizonte B ntrico est entre 50 e 100 cm nos primeiros e a mais de 100 cm de profundidade nos ltimos. Os PLANOSSOLOS NTRICOS necessitam de substituio e lavagem do sdio, sendo crucial, para tanto, uma boa permeabilidade interna. Essa condio bastante limitada nos PLANOSSOLOS NTRICOS vrticos, pois este horizonte possui baixssima condutividade hidrulica saturada. Igual di culdade apresentam os PLANOSSOLOS HPLICOS Slicos vrticos para a eliminao dos sais em excesso.

    Nos PLANOSSOLOS com carter carbontico ou horizonte clcico, como os PLANOSSOLOS HPLICOS Carbonticos e os PLANOSSOLOS NTRICOS Carbonticos, possvel a ocorrncia de de cincia em certos micronutrientes, especialmente zinco, ferro, cobre e mangans, devido a seu elevado pH.

    Observa-se que as maiores concentraes de ambos ocorrem no Nordeste e no Pantanal Mato-grossense, e ainda no Rio Grande do Sul e no Norte de Roraima, no caso dos PLANOSSOLOS HPLICOS.

    Trace um paralelo entre os solos ORGANOSSOLOS e PLANOSSOLOS, identi cando suas principais caractersticas fsicas.

    PlintossolosEstes compreendem solos minerais formados sob condies de restrio percolao da

    gua, sujeitos ao efeito temporrio do excesso de umidade, e de maneira geral imperfeitamente ou mal drenados, que se caracterizam fundamentalmente por apresentarem expressiva plinti cao com ou sem petroplintita ou horizonte litoplntico.

    So solos que apresentam horizonte B textural sobre ou coincidente com horizonte plntico, ocorrendo tambm solos com horizonte B incipiente, B latosslico, horizonte glei e solos sem horizonte B. O horizonte plntico, dependendo de outros requisitos, pode ocorrer a vrias profundidades, assim como o horizonte litoplntico. So predominantemente solos cidos, com saturao por bases baixa e tambm com argilas de atividade baixa. Todavia, ocorrem tambm solos com saturao por bases mdia a alta, como tambm com carter

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    NORTE

    Latossolos Coesosou Argissolos Coesos

    Latossolos ou Argissolos

    Plintossolos

    Rio

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    soldico ou sdico, sendo pouco comuns, contudo, aqueles com argilas de atividade alta. Essas condies determinam que a classe dos PLINTOSSOLOS formada por solos com enorme diversidade morfolgica e analtica.

    Na apreciao agrcola e no-agrcola dos PLINTOSSOLOS importante levar em considerao a profundidade em que est ocorrendo a presena do horizonte plntico, litoplntico ou petroplntico e a quantidade de plintita e/ou de concrees presentes.

    Os PLINTOSSOLOS esto usualmente relacionados a terrenos de vrzea, reas com relevo plano ou suavemente ondulados e tambm em tero inferior a vertentes. So mais frequentemente utilizados com cultura de arroz e pastagens.

    Na Figura 6, observa-se que as reas mais expressivas esto situadas no Estado do Amazonas, na ilha de Maraj e na Baixada Maranhense, no Pantanal, nos Estados do Tocantins e do Piau.

    Figura 6 Solos-paisagens na regio Norte do Brasil

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    VertissolosCompreendem solos constitudos por material mineral, apresentando horizonte vrtico

    e pequena variao textural ao longo do per l, porm nunca su ciente para caracterizar um B textural. Como so solos com no mnimo 30% de argila, e sendo esta de atividade alta, apresentam elevada capacidade de contrao quando secos e expanso quando midos, resultando em fendas profundas na poca seca, estruturas inclinadas com relao superfcie do terreno e superfcies de frico.

    A quase totalidade dos vertissolos descritos no Brasil apresenta elevados valores de soma de bases e de saturao por bases, sendo, portanto, eutr cos. Como so solos de argila de atividade alta, esses valores se traduzem em elevada reserva em nutrientes. Alm disso, com frequncia possuem signi cativos teores de minerais primrios facilmente intemperizveis.

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    So solos com discreta diferenciao de horizontes. As principais restries dos vertissolos se relacionam com propriedades fsicas, sobretudo a condutividade hidrulica e a consistncia. Devido sua capacidade de contrao, formam grande quantidade de fendas quando secos e, por isso, apresentam elevada condutividade hidrulica no-saturada. A presena de fendas condiciona, nas culturas de arroz irrigado, grande perda inicial de gua.

    Os altos teores de argila de elevada atividade coloidal determinam consistncia extremamente dura a muito dura em solo seco, rme a muito rme em solo mido, e plstica a muito plstica e pegajosa a muito pegajosa quando molhado. Essas condies de consistncia se manifestam no preparo dos solos para o plantio, muito trabalhoso e difcil, exigindo fora de trao muito maior do que em solos de igual textura, mas com argilas de baixa atividade, requerendo vrias passagens de grade para destorroar os grandes torres e formar um leito adequado para o plantio, a germinao das sementes e o desenvolvimento das plantas. Outro fator limitante desses solos se deve estreita faixa compreendida entre os teores de umidade considerados timos e ruins para o preparo para o plantio, sendo difcil a um agricultor, especialmente queles que no dispem de maquinrio adequado, lavrar todas as suas terras durante o perodo no qual as condies de umidade so as mais adequadas. Os vertissolos apresentam, portanto, limitaes muito mais pronunciadas para o nvel de manejo B (trao animal) do que para o nvel de manejo C (trao motorizada).

    Ocorrncias e tipos de solos do estado do Rio Grande do Norte

    Dentre os vrios tipos de solos do Estado, podemos destacar:

    Luvissolos (Solos Bruno No Clcicos) ocupam a parte Centro-Sul do Estado e caracterizam-se por serem rasos a pouco profundos, de relevo suavemente ondulado, moderadamente cidos a praticamente neutros, estando relacionados principalmente com os biotitas-gnaisses. Estes solos so ricos em nutrientes, mas o seu uso restrito em virtude de estarem localizados, em sua maioria, no serto, onde as chuvas, assim como o relevo e a profundidade efetiva, so fatores restritivos.

    Latossolos Vermelho-Amarelos estende-se por quase todo o litoral do Rio Grande do Norte e caracteriza-se por apresentar solos profundos, acima de um metro, bem drenados, porosos, friveis, com baixos teores de matria orgnica e predominantemente cidos.

    Neossolos (Areias Quartzosas, Regossolos, Solos Aluviais, Solos Litlicos) ocupam tambm quase todo o litoral e a margem dos principais rios. So solos no hidromr cos, arenosos, desde cidos at alcalinos e excessivamente drenados, tanto na forma muito profunda (as Areias Quartzosas) quanto na forma rasa e pouco profunda (os Litlicos), com fertilidade que vai de baixa, nas Areias Quartzosas, a alta, nos Litlicos (Figura 7).

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    Figura 7 Aspecto tpico de areias quartzosas. Galinhos/RN

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    Planossolos (SoloncharksSlico, SolonetzSolodizado) esto presentes em pequenas reas do Estado. So solos de rasos a pouco profundos, com limitao de moderada a forte para uso agrcola, em consequncia das ms condies de drenagem do solo e dos teores de sdio trocvel, que variam de mdio a alto.

    Argissolos (Podzlicos Vermelho-Amarelos) ocupam, principalmente, a regio do Alto Oeste. Caracterizam-se por serem solos medianamente profundos a profundos, fortemente a moderadamente drenados, com baixos teores de matria orgnica, possuindo grande potencial agropecurio.

    Cambissolos Eutr cos caractersticos de reas de relevo plano a fortemente ondulado, sob a vegetao de caatinga hipo e hiperxer la, so solos rasos a profundos, bem drenados, desenvolvidos a partir de diversas rochas, como calcrio, granito e migmatito.

    Solos de mangue presentes nas desembocaduras dos rios, como o Potengi e o Curimata, e caracterizam-se por apresentar salinidade e grande quantidade de matria orgnica (Figura 8).

    Figura 8 Viso geral de um tpico solo de mangue do rio Potengi, Natal/RN

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    Resumo

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    Chernossolos (Rendzinas) localizados na chapada do Apodi, so solos alcalinos rasos moderados a imperfeitamente drenados e derivam de calcrios (Figura 9).

    Figura 9 Solos tpicos compostos de calcrio na Chapada do Apodi

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    A aula abordou as relaes existentes entre todos os solos do Brasil, enfatizando os solos do Estado do Rio Grande do Norte. Enfatizamos, tambm, a classi cao dos solos do Brasil e suas possibilidades de desenvolvimento seja na agricultura, pecuria, lazer e planejamento urbano ou ambiental.

    AutoavaliaoOs ESPODOSSOLOS compreendem solos constitudos por material mineral. Cite os locais de maiores ocorrncias desses solos no Brasil.

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    Qual a importncia e in uncia da gua na formao dos solos GLEISSOLOS?

    Quais as principais caractersticas e diferenas entre os NEOSSOLOS LITLICOS, NEOSSOLOS FLVICOS, NEOSSOLOS REGOLTICOS e os NEOSSOLOS QUARTZARNICOS?

    Descreva as principais caractersticas vegetacionais do Brasil. Subdivida nas regies Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

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    Os solos de mangue so presentes em todas as desembocaduras dos rios. Faa uma pesquisa e enumere todos os rios que desguam no litoral do Estado do Rio Grande do Norte.

    Quais as principais caractersticas que diferenciam os solos LUVISSOLOS CRMICOS dos LUVISSOLOS HOPOCRMICOS?

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    Os solos CHERNOSSOLOS (Rendzinas), tpicos por serem formados de calcrio, so localizados predominantemente na Chapa do Apodi. Nela, encontramos o Lajedo de Soledade. Faa, ento, uma pesquisa sobre o que o Lajedo de Soledade e sua importncia para o turismo regional.

    Descreva e compare as principais caractersticas dos solos ARGISSOLOS e CAMBISSOLOS.

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    Anotaes

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    RefernciasAYOADE, J. O. Introduo climatologia para os trpicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1983.

    BERTONI, Joaquim; LOMBARDI NETO, Francisco. Conservao do solo. 4. ed. So Paulo: cone, 1999.

    BRADY, N. C. Natureza e propriedade dos solos. Rio de Janeiro: Liv. Freitas Bastos, 1979. 355p.

    EMBRAPA. Sistema de classi cao dos solos. Braslia, DF: Ed. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, 1999.

    ______. Sistema de classi cao dos solos. 2. ed. Braslia, DF: Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, 2006.

    _____. Disponvel em: . Acesso em: 1 jul. 2009.

    FELIPE, J. L. A.; CARVALHO, E. A. Atlas Escolar do Rio Grande do Norte. Joo Pessoa, PB: Grafset, 2001.

    GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S. da; BOTELHO, R. G. M. Eroso e conservao dos solos: conceitos, temas e aplicaes. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1999. 340p.

    MONIZ, A. C. (Coord.). Elementos de pedologia. Rio de Janeiro: LTC, 1975. 459p.

    OLIVEIRA, J. B.; JACOMINE, P. K. T.; CAMARGO, M. N. Classes gerais de solos do Brasil. 2. ed. Jaboticabal, SP: FUNEPE, 1992. 201p.

    TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. So Paulo: O cina de textos, 2000.

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  • EMENTA

    > Fernando Moreira da Silva

    > Marcelo dos Santos Chaves

    > Zuleide Maria C. Lima

    Geograa Fsica II GEOGRAFIA

    AUTORES

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    01 Atmosfera terrestre

    02 Sistema de coleta de dados meteorolgicos

    03 Variveis meteorolgicas

    04 Trocas de calor na atmosfera

    05 Massas de ar e circulao da atmosfera

    06 Sistemas sinticos e classicao climtica

    07 Gnese dos solos

    08 Relao entre pedognese e morfognese e morfologia dos solos

    09 Propriedades dos solos caractersticas qumicas e mineralgicas

    10 Uso e conservao do solo: produo agrcola e manejo de bacias hidrogrcas

    11 Uso, conservao, eroso e poluio dos solos

    12 Classicao e tipos de solos do Brasil e do estado do Rio Grande do Norte

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