Geografia Completa

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  • 8/6/2019 Geografia Completa

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    GEOGRAFIA DO BRASIL

    Apostila especial para concursos pblicos:

    Polcia Rodoviria Federal

    DIVISO POLTICA E REGIONAL DO BRASIL

    1. Regio Norte

    formada por 7 Estados, ocupando 45,25% da rea do Brasil e possuindo 11.159.000habitantes (1995 = 7,2% do Brasil). No perodo de 1980 a 91, a Regio registrou a maior taxa decrescimento populacional (3,9%) do Brasil, sendo Roraima o Estado que teve a taxa mais alta decrescimento populacional, aumentando de 79.159 para 262.200 habitantes.

    2. Regio Nordeste

    formada por 9 Estados (Fernando de Noronha foi anexado a PE), abrangendo 18,28% da

    rea do Brasil. Nessa regio vivem 28,8% dos brasileiros. Constitui uma rea de intenso xodopopulacional, fornecendo migrantes para as demais regies. A regio apresenta enormesdisparidades econmicas e naturais entre suas diversas reas. Distinguem-se as seguinte regiesgeoeconmicas: Zona da Mata, Agreste, Serto e Meio-Norte.

    O maior problema do NE no a seca, mas sim a desigualdade social apoiada nodesequilbrio da estrutura fundiria.

    3. Regio Centro-Oeste

    formada pelos Estados de MT, MS, GO e pelo DF. Abrange 18,86% da rea do Brasil e a regio menos populosa, com 10.272.700 habitantes, isto , 6,59% da populao nacional.

    Caracteriza-se pelo domnio do clima tropical semi-mido, de extensos chapades e da

    vegetao do cerrado. Possui grande crescimento populacional e rpida e elevada urbanizao. a nova fronteira agrcola do pas, onde uma agricultura mecanizada, com insumos modernos, e omtodo da calagem esto transformando antigas reas pecuaristas em exportadoras de soja.

    4. Regio Sudeste

    formada por 4 estados. a mais populosa, mais povoada e urbanizada regio brasileira.Com 66.288.100 habitantes, ou seja, 42,5% da populao brasileira, apresenta 71,3 habitantes porkm2 e 90,0% de urbanizao. Destaca-se pelo dinamismo econmico, representado por elevadaindustrializao, grande produo agropecuria, concentrao financeira e intensa atividadecomercial.

    5. Regio SulFormada por 3 Estados, abrange apenas 6,76% da rea brasileira, sendo a menor regio

    do pas. Possui 14,84% da populao nacional, tendo registrado o menor crescimento populacionaldo Brasil nas duas ltimas dcadas. uma regio com traos marcantes e homogneos como odomnio do clima subtropical, fortes marcas da ocupao europia, elevada produo agrria edestacvel crescimento industrial.

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    O BRASIL NA AMRICA LATINA

    1. Apresentao

    O Brasil destacou-se na Amrica Latina, contando com um tero da populao e doproduto interno bruto de toda a regio, e a melhor performance no PIBper capita. No mbito dapoltica externa o Brasil exerceu a capacidade de negociao inicialmente com a Amrica Latina e

    depois em nvel das relaes externas, mas a direo dos fluxos comerciais colocam-no aindaentre os pases perifricos, que comercializam mais com os pases desenvolvidos do que com osseus vizinhos.

    Os maiores clientes e fornecedores so ainda os EUA e a Europa ( exceo dofornecimento de petrleo pelo Oriente Mdio). Dados recentes da ALADI (Associao Latino-Americana de Desenvolvimento e Integrao) indicam que as importaes latino-americanas deprodutos originrios dos EUA tm aumentado em pases como o Brasil e a Argentina a taxas, emcertos casos, cinco vezes superiores s do incremento de suas exportaes.

    2. As Organizaes Polticas e Econmicas da Amrica Latina

    OEA Associao dos Estados Americanos

    Reunidos na cidade de Bogot, capital da Colmbia, em 1948, 21 pases americanosdecidiram pela criao da Organizao dos Estados Americanos (OEA) com sede em Washington.Seus princpios so:

    Os Estados americanos condenam a guerra de agresso.

    A agresso a um estado americano constitui uma agresso a todos os demais estadosamericanos.

    Controvrsias de carter internacional entre dois ou mais estados americanos devem serresolvidas por meios pacficos.

    A cooperao econmica essencial para o bem-estar e a prosperidade comum dos povos docontinente.

    Quando, em 1962, Cuba, um pas-membro dessa organizao, foi expulsa, por catorze votos

    (por ter optado pelo Socialismo), o Brasil no tomou partido se abstendo de votar, deixando que osEstados Unidos pressionassem a OEA, e a tornassem inoperante e submissa aos seus interesses.

    ALADI Associao Latino-Americana de Desenvolvimento e Integrao

    Em 1960, pelo Tratado de Montevidu, surgiu a ALALC (Associao Latino-Americana de LivreComrcio) com a finalidade de desenvolver o comrcio entre os pases-membros. No entanto, pro-blemas locais e externos limitaram sua atuao (Ex.: diferenas de grau de desenvolvimento).

    Diante dos resultados, em 1980 surge a ALADI, em substituio ALALC, compreendendo osseguintes pases-membros: Argentina, Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Mxico, Paraguai,Peru, Uruguai e Venezuela.

    Mercosul - Mercado Comum do Sul Em maro de 1991, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai assinaram o tratado de constituio doMercado Comum do Sul - o Mercosul, comeando suas atividades a partir de 1995.

    A integrao comercial implica trs aspectos operacionais: "a livre circulao de bens, servios efatores produtivos"; "coordenao de polticas macroeconmicas e setoriais"; "compromisso dosEstados-partes de harmonizar suas legislaes para o fortalecimento do processo de integrao".

    O Mercosul segue a tendncia mundial, que a organizao dos pases em blocos econmicos.

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    3. Posio do Brasil no Mercosul

    A recesso generalizada e a conseqente carncia de capitais representavam entravespara os investimentos infraregionais. O surgimento do Mercosul foi resultado da modificao dessepanorama. Brasil e Argentina, atravs de acordos prvios de integrao bilateral firmados entre osdois pases, visavam ao desenvolvimento tecnolgico complementado por uma integrao comer-cial, por meio de acordos nas reas nuclear, financeira, industrial, aeronutica e biotecnolgica.

    O Tratado de Assuno, que definiu os contornos do Mercosul, enfatiza o projeto deintegrao comercial. No entanto, temos uma realidade de grandes diversidades geogrficas,demogrficas e econmicas que impe polticas decorrentes das peculiaridades de cada pas;portanto, no aceitvel uma estrutura rgida para o Mercosul. Esta impediria no s suas polticasnacionais, como tambm o prosseguimento de sua afirmao como pases capazes dedesenvolver-se tecnologicamente e alcanar condies que lhes permitiam atingir a importnciainternacional que suas dimenses justificam.

    O Mercosul tem por objetivo a implantao do livre comrcio entre os seus pases. Paraatingir esse objetivo, as tarifas - (impostos ou taxas) aplicadas sobre os produtos importados decada um dos pases-membros devem sofrer redues gradativas, at a completa eliminao.

    Existe uma crtica formao de blocos econmicos regionais e subregionais na Amrica.Acredita-se que um projeto lanado em 1989 pelo ex-presidente dos Estados Unidos, GeorgeBush, chamado de "Iniciativa pelas Amricas", que busca a formao de uma vasta zona econ-mica livre, que se estenderia do Alasca at a Terra do Fogo, isto , por toda a Amrica, na tentativade concorrer com a Europa, que j formou e colocou em prtica, desde 1 dejaneiro de 1993, oEspao Econmico Europeu, considerado o maior bloco comercial do mundo.

    Na Cpula de Miami, em 1994, decidiu-se que o bloco continental ALCA (rea de LivreComrcio das Amricas) ter vigncia somente a partir de 2005. Desde 1997, tem aumentado apresso dos EUA para a consolidao da ALCA.

    POPULAO BRASILEIRA

    1. Caractersticas gerais

    Em 1872, o Brasil resolveu fazer o primeiro recenseamento dos dados da populaobrasileira e descobriu-se que somvamos mais de 10 milhes de habitantes. Quase 120 anosdepois, atingimos a marca de 155,8 milhes de habitantes (95). Tornamo-nos um dos pases maispopulosos do mundo, ocupando a quinta posio mundial e a segunda no Continente Americano,logo aps os EUA.

    2. Distribuio da populao

    importante lembrar que, apesar do Brasil ser um pas populoso, possui baixa densidadedemogrfica (18,2 hab/km2), ou seja, um pas pouco povoado. Apresenta uma irregular distribuiopopulacional pelo territrio. H forte concentrao de pessoas na faixa litornea (regio Sudeste).No Rio de Janeiro, a densidade passa de 300 hab/km2. No interior, a densidade torna-segradualmente menor, principalmente nas regies Norte e Centro-Oeste, onde encontramos 1,1hab/km2, como em Roraima e 1,4 hab/km2, no Amazonas. De forma geral, as maiores con-centraes populacionais esto prximas ao litoral, numa faixa de aproximadamente 300km2, ondea densidade ultrapassa 100 hab/km2 em algumas reas. Toda essa faixa possui densidade acimade 10 hab/km2.

    Alm dessa faixa, para o interior a populao torna-se paulatinamente mais escassa,passando por uma densidade que seria mediana no Brasil. Esta faixa, com densidade de 1 a 10hab/km2, abrange desde o Maranho e o Par at o Mato Grosso do Sul. Temos, ainda, reas comdensidades inferiores a 2 hab/km2, que correspondem ao Amazonas, Amap e Roraima.

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    Regionalmente, observam-se diferenas significativas no tocante natalidade, sendo queas taxas mais elevadas so encontradas nas regies Nordeste e Norte, enquanto as mais baixasesto nas regies Sudeste e Sul.

    A taxa de mortalidade, embora tenha sido bastante elevada at a dcada de 30, sofreuforte reduo a partir de 1940 (2o Guerra Mundial). A reduo acentuada da mortalidade, aps1940, deve-se a fatores como o progresso da Medicina e da Bioqumica (antibiticos, vacinas),melhoria da assistncia mdico-hospitalar, das condies higinico-sanitrias e urbanizao dapopulao. Quanto s variaes das taxas de mortalidade, verificamos que as mais elevadas soencontradas nas regies Nordeste e Norte, e as menores, nas regies Sudeste e Sul; so maiselevadas nas zonas rurais que nas urbanas, e a mortalidade masculina maior que a feminina.

    Portanto, a persistncia de elevadas taxas de natalidade, aliada a uma reduo acentuadada mortalidade, explica o elevado crescimento da populao brasileira at 1980, sendo, no caso, ocrescimento vegetativo o fator principal, e a imigrao, o fator secundrio. A partir de 1970, aqueda da taxa de natalidade foi mais acentuada que a queda na taxa de mortalidade. Portanto, atendncia atual a de se reduzir o crescimento vegetativo.

    A mortalidade infantil continua sendo bastante elevada no Brasil. situando-se em torno de50 por mil em 1990.

    Estrutura etria e formao da populao

    1. Estrutura etria do populao

    O Brasil sempre foi considerado um pas jovem. No entanto, de acordo com o ltimo censo,realizado em 1991, o perfil etrio da populao tem apresentado mudanas. A taxa de natalidadeest se reduzindo de maneira significativa nos ltimos anos e isto apresenta reflexo imediato naconstruo da pirmide etria.

    Pirmide etria a representao grfica da composio de uma populao segundo osexo e a idade. Na construo da pirmide, representam-se: homens do lado esquerdo e mulheresdo lado direito da linha vertical. A escala vertical representa os grupos etrios. Nas abscissastemos os totais absolutos ou relativos da populao. A base da pirmide representa a populao

    jovem, a parte intermediria, os adultos, e o pice, os idosos.

    O Brasil considerado um pas subdesenvolvido e, como tal, sempre apresentou apirmide com base larga e pice estreito. Mas, de acordo com o censo de 91, houve uma mudanadeste quadro, pois a populao adulta passou a predominar em relao jovem. Caracteriza,assim, uma transio demogrfica.

    Este fenmeno ocorreu porque o Brasil passou a ser um pas urbano-industrial e nestascondies as taxas de natalidade so naturalmente mais baixas.

    Nota-se que as regies de maior dinamismo econmico so justamente as que apresentammaiores propores de adultos, indicando fatores como menores taxas de natalidade ou mesmoforte migrao interna.

    2. Estrutura por sexos

    O Brasil, bem como a maioria dos pases ocidentais, apresenta um ligeiro predomnio demulheres. Nos estados nordestinos, onde a sada da populao masculina bem mais acentuada,encontramos predomnio feminino, enquanto nos estados de migraes recentes da regio centro-oeste e norte h o predomnio de homens.

    3. Formao tnica da populao brasileira

    Trs grupos deram origem populao brasileira: o ndgena, de provvel origem pleo-asitica, por isso tambm classificado como amarelo; o branco, principalmente o atlanto-

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    mediterrneo (portugueses, espanhis e italianos), alm dos germanos (alemes, suos,holandeses), eslavos (poloneses, russos e ucranianos) e asiticos (rabes e judeus) e negros,principalmente bantos e sudaneses. No sculo atual, mais um grupo veio integrar a populaobrasileira: o amarelo, de origem asitica recente, principalmente os japoneses e, em menorquantidade, os chineses e coreanos.

    A miscigenao da populao ocorreu de forma intensa, desde o incio do processocolonial, no sculo XVI, quando os colonos portugueses se relacionavam com escravas negras eindgenas, muitas vezes fora, dando origem aos mestios (mulatos e caboclos ou mamelucos),assim como o relacionamento entre negros e indgenas deu origem ao cafuzo. As estimativassobre o nmero de indgenas presentes no Brasil no incio da colonizao e o nmero de escravosafricanos ingressos durante a escravatura so muito elsticas e imprecisas, variando entre 2milhes a 10 milhes para os indgenas, e cerca de 6 milhes de escravos africanos. Por outrolado, os portugueses ingressos ainda no perodo colonial alcanaram uma cifra deaproximadamente 500 mil, e aps a independncia, cerca de 5 milhes, dos quaisaproximadamente 2,5 milhes retornaram a Portugal. J dos imigrantes ingressos no Pas aps1850, cerca de 4,2 milhes permaneceram no Brasil. Assim, podemos deduzir que, em termostnicos, a maioria da populao brasileira mestia. No entanto, as pesquisas levantadas pelosltimos recenseamentos procuram enfatizar apenas a cor da pele da populao, com base nainformao geralmente no muito precisa do entrevistado. A populao indgena encontra-se

    reduzida a aproximadamente 0,6% da populao brasileira, refletindo o etnocdio a que foisubmetida, com a extino de inmeras naes indgenas, quer seja pelo seu extermnio fsico,quer seja pelo desaparecimento de sua cultura, em funo da "integrao" com a sociedade global.Os negros foram reduzidos a cerca de 5% da populao total, enquanto os brancos representamcerca de 54,3%, e os mestios, genericamente denominados de pardos nos atuaisrecenseamentos, atingiram o ndice de cerca de 40,1 %. Obviamente que esses ndices no repre-sentam especificamente a formao tnica da populao brasileira, porm, apenas umaclassificao quanto cor da pele. Contudo, o que mais se evidencia nos dados coletados oconstante crescimento da miscigenao, representada pelo crescimento da populao mestia ereduo percentual dos 3 grupos bsicos.

    BRASIL - GRUPOS TNICOS NA POPULAO TOTAL

    COR DA PELE % DA POPULAO EM 1950 % DA POPULAO EM 1980 % DA POPULAO EM 1996

    Brancos

    Negros

    Pardos

    Amarelos

    No declarados

    TOTAL

    61,7

    11,0

    26,5

    0,6

    0,2

    100,0

    54,7

    5,9

    38,5

    0,6

    0,3

    100,0

    54,5

    4,9

    40,1

    0,6

    0,1

    100,0

    Fonte: IBGE: 1950, 1980 e 1996

    Populao economicamente ativa - PEA

    Dentre os aspectos relevantes que caracterizam a estrutura de uma populao, ressaltam-se, pela sua influncia no desenvolvimento do Pas, as atividades principais exercidas pelapopulao.

    Segundo um critrio hoje universalmente aceito, agrupamos as atividades humanas emtrs classes principais, assim denominadas:

    - Setor Primrio: agricultura, pecuria, silvicultura e pesca;

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    - Setor Secundrio: indstria de transformao;

    - Setor Tercirio: comrcio, servios e profisses liberais.

    A populao ativa no Brasil, em 1991, era de 43%, o que, conjugado ao baixo nveltecnolgico dos diversos setores de atividades, acarreta um baixo nvel de produo econmica.

    Apesar de sua diminuio progressiva, o setor predominante sempre foi o primrio; porm,a partir de 1976, o tercirio passou a ser o setor de maior absoro de ativos, enquanto osecundrio sofre um grande aumento de 1970 para 1991, passando de 17,8% para 22,7%.

    Dentre as regies brasileiras, a Norte e a Nordeste so as que apresentam maioresconcentraes no setor primrio, enquanto a Sudeste e a Sul so as regies de menoresconcentraes.

    Na dcada de 70, o crescimento do setor secundrio foi maior, uma vez que o pasatravessou uma fase de grande desenvolvimento industrial ("Milagre Brasileiro").

    Evidentemente, a populao ativa utilizada no setor secundrio concentra-se fortemente noSudeste, j que a grande maioria da nossa indstria de transformao encontra-se nessa regio.

    O grande aumento do tercirio ocorreu devido ao desenvolvimento do Pas, juntamentecom a urbanizao da populao, que passou a exigir mais intensamente as atividades de

    servios.Temos observado, nas ltimas dcadas, uma imporlante transferncia da populao

    economicamente ativa do setor primrio para o setor tercirio. Este fenmeno explica-se pelaimportante urbanizao verificada nas ltimas dcadas, principalmente no Sudeste, somada stransformaes verificadas na zona rural.

    A regio de maior participao da populao feminina na populao economicamente ativa a Sudeste.

    A maior participao da populao feminina ocorre em atividades sociais e de prestao deservios. Nestas reas, a participao feminina chega a superar a masculina.

    RANKING DA QUALIDADE DE VIDA

    Melhores Estados Esperana de vidaao nascer (anos)

    Taxa de alfabetizao dosadultos

    PIB per capita (em US$) IDH

    Rio Grande do Sul

    Distrito Federal

    So Paulo

    Santa Catarina

    Rio de Janeiro

    74,6

    70,1

    68,9

    70,8

    68,8

    89,9%

    90,8%

    89,8%

    90,1%

    90,3%

    5.168

    5,263

    5.243

    5.114

    5.201

    0,871

    0,858

    0,850

    0,842

    0,838

    Piores Estados - - - -

    ParabaAlagoas

    Piau

    Cear

    Maranho

    53,755,7

    65,1

    56,8

    62,7

    58,3%54,7%

    58,3%

    62,6%

    58,6%

    1.9152.413

    1.339

    2.203

    1.695

    0,4660,500

    0,502

    0,506

    0,512

    Fonte: IPEA 1996

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    DISTRIBUIO DA RENDA NO BRASIL

    Participao nos rendimentos %

    1960 1970 1980 1995

    Os 50% mais pobresOs 40% intermediriosOs 10% mais ricos

    17,443,039,6

    14,938,446,7

    12,636,550,9

    13,138,748,2

    TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0

    MOVIMENTOS MIGRATRIOS INTERNOS1. Introduo

    Entre outras explicaes que se podem aventar para o fraco interesse que os homenspblicos de nosso pas tm demonstrado para o problema da migrao nos ltimos anos, destaca-se a importncia assumida pelas correntes de migrao interna. Correntes orientadas de umaregio para outra no interior do pas ou entre Estados de uma mesma regio, ou dos campos paraas cidades (xodo rural), tm permitido, pela sua intensidade, substituir a presena do elementoestrangeiro. Os principais movimentos migratrios ocorridos no Brasil foram:

    a) Migrao de nordestinos da Zona da Mata para o serto, sculos XVI e XVII (gado);

    b) Migraes de nordestinos e paulistas para Minas Gerais, sculo XVIII (ouro);

    c) Migrao de mineiros para So Paulo, sculo XIX (caf);

    d) Migrao de nordestinos para a Amaznia, sculo XIX (borracha);

    e) Migrao de nordestinos para Gois, dcada de 50 (construo de Braslia); e

    f) Migraes de sulistas para Rondnia e Mato Grosso (dcada de 70).

    As reas de repulso populacional so aquelas que perdem populao por diversosfatores, como por exemplo, a falta de mercado de trabalho, ou a dificuldade das atividadeseconmicas em absorver ou manter as populaes locais.

    As reas de atrao populacional so aquelas que exercem atrao sobre as populaesde outras reas, pois oferecem melhores condies de vida.

    2. Mlgrao de campo-cidade ou xodo rural

    Consiste no deslocamento de grande parcela da populao da zona rural para a zonaurbana, transferindo-se das atividades econmicas primrias para as secundrias ou tercirias.Esse na atualidade o mais importante movimento de populao e ocorre praticamente no mundotodo.

    Nos pases subdesenvolvidos, ou em vias de desenvolvimento, a migrao do campo paraa cidade to grande que constitui um verdadeiro xodo rural. Ela intensificou-se a partir do surtoindustrial do Sudeste, iniciado na dcada de 40.

    Entre as causas do xodo rural, destaca-se, de um lado, o baixo nvel de vida do homemdo campo, ocasionado pelos baixos salrios recebidos pelo trabalhador rural, pela falta de escolas,

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    Nas zonas urbanas: rpido aumento da populao; maior oferta de mo-de-obra nascidades, com salrios baixos, falta de infra-estrutura das cidades; desemprego; formao defavelas; delinqncia; mendicncia.

    3. Hoje: a atrao dos centros regionais

    Na dcada de 90, devido crise econmica, tm ocorrido duas situaes:

    1) A migrao de retorno, em que milhares de nordestinos, expulsos do mercado de trabalho emcontrao, retornam s suas cidades de origem.

    2) O crescimento nas reas industriais e agroindustriais das capitais regionais, cidades com forteatrao dos migrantes brasileiros.

    A dcada de 90 registra o fim das grandes correntes migratrias, como a dos nordestinosou a dos paranaenses. Hoje os movimentos migratrios so pequenos e bem localizados, emgeral, em direo a capitais regionais. Agora, em vez de mudar para So Paulo, os nordestinospreferem buscar empregos e oportunidades nas prprias capitais nordestinas ou em cidadesmdias da regio, transferindo para o NE problemas que antes eram tpicos das grandesmetrpoles do Centro-Sul.

    4. 1970-1990: a nova fronteira agrcola do Brasil

    A partir da dcada de 70, a regio Sul passou a ter importncia como rea de sadapopulacional em direo nova fronteira agrcola brasileira (MT/RO). O desenvolvimento na regioSul, o aumento das culturas mecanizadas, a geada negra que atingiu a cafeicultura e o cresci-mento do tamanho mdio das propriedades foram fatores que colaboraram para a expulso dostrabalhadores rurais e dos pequenos proprietrios.

    O PR registrou a maior sada de migrantes no Sul. A populao do Centro-Oeste cresceu73% na dcada de 70 enquanto a da regio Norte obteve maior crescimento na dcada de 80.Nessas duas regies, o crescimento deu-se devido ao forte fluxo migratrio, favorecido pelo projetode colonizao e pela abertura de novas rodovias.

    Rondnia registrou grande crescimento migratrio, pois sua populao aumentou 342% na

    dcada de 70.

    Migraes Internas Recentes

    reas de forte atrao populacional:

    Braslia e periferia;

    reas metropolitanas de carter nacional e regional;

    reas de ocupao recente do oeste paranaense e catarinense;

    RO, AP e PA;

    reas pioneiras ao longo da rodovia Belm-Braslia, como Capito Poo e Paragominas, noPar;

    reas madeireiras e mineradoras da Amaznia;

    reas de colonizao baseada em mdias e pequenas propriedades no Par; e

    reas de expanso da pecuria de corte em manchas de cerrados no Centro-Oeste.

    reas de Evaso Populacional:

    reas onde a cultura do caf vem sendo substituda pela pecuria de corte: Colatina e Alto SoMateus, no ES; Mantena e Manhuau, em MG.

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    reas onde a cafeicultura vem sendo substituda por outras culturas comerciais ou pela pecuria,como a regio da Borborema, na Paraba;

    reas de economia estagnada pela pecuria extensiva: Baixo Balsas no MA e Alto Parnaba noPI.

    5. Migraes dirias

    Podemos citar outros fluxos migratrios internos pela sua temporariedade, apresentandoritmos, dimenses e objetivos variados e que so chamados migraes pendulares.

    Os principais so:

    Deslocamentos dos Bias-Frias

    Morando na cidade, dirigem-se diariamente s fazendas para trabalhos agrcolas,conforme as necessidades dos fazendeiros. Trata-se de um movimento urbano-rural.

    Deslocamentos dos Habitantes de Cidades-Dormitrios

    Movimentos pendulares dirios inconstantes dos ncleos residenciais perifricos em

    direo aos centros industriais. Relacionado s imigraes de trabalho prprias das reasmetropolitanas, tais como: SP, RJ e Belo Horizonte. Nas grandes metrpoles, a especulao imo-biliria, aliada aos baixos salrios, empurra o trabalhador para longe do seu trabalho, obrigando-oa se utilizar de, transporte coletivo, na maior parte precrio ou insuficiente para atender ao enormefluxo populacional.

    6. Movimentos migratrios externos

    Migraes constituem formas de mobilidade espacial com mudana de residncia. Podemocorrer de modo diverso em nvel interno e externo. As causas dos movimentos migratrios podemser agrupadas em:

    ordem natural clima

    ordem material econmicaordem espiritual religiosa, tnica, poltica

    De modo geral, as causas mais comuns so as de ordem econmica e referentes buscade melhores condies de existncia material e que tm levado os indivduos a deixarem sua terranatal e se deslocarem para outros lugares.

    As migraes podem ser espontneas ou livres (sem o controle de um rgo disciplinador).Foi o que houve no Brasil at 1934, quando medidas constitucionais limitaram o movimento dosimigrantes das mais diferentes nacionalidades que haviam ingressado no pas nos cinqenta anosanteriores.

    As migraes foradas constituem uma forma de violao da liberdade humana, pois aspessoas so deslocadas por interesse de outros grupos.

    Como exemplo, pode-se citar a escravido africana ou as deportaes de judeus,europeus e outros povos durante a Segunda Guerra.

    Considerar o imigrante apenas como um dado quantitativo errado. Outros aspectosdevem ser levados em considerao, tais como:

    Suas caractersticas sociais

    1) cultura e etnia

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    2) instituies dos pases de origem

    3) formao profissional

    4) processo de educao

    5) religio

    6) formao ideolgica

    Seus aspectos econmicos

    1) ampliao da fora de trabalho

    2) introduo de mo-de-obra qualificada

    3) custo de criao j pago

    4) ampliao e diversificao do mercado consumidor

    5) estmulo elevao da produtividade

    6) ampliao do quadro demogrfico

    As migraes internas refletem no deslocamento as mudanas econmicas que estoocorrendo nas diferentes regies do pas, modificando o processo de ocupao territorial.

    Quanto aos pases, o interesse em emigrar est relacionado busca de melhorescondies de vida, que nem sempre tiveram uma boa repercusso, implicando a mudana dasreas de recepo.

    Desde a colonizao, o Brasil foi um pas receptor de migrantes, no entanto, as mudanassocio-polticas e econmicas verificadas ao longo dessa evoluo levaram muitos brasileiros aemigrar, na tentativa de melhorar sua condio de vida

    Imigrao no Brasil

    Teoricamente, podemos dizer que a imigrao comeou no Brasil em 1808, embora osprimeiros imigrantes tenham chegado no ano de 1818, durante a regncia de D. Joo VI, porocasio da publicao de um decreto em 25 de novembro do mesmo ano, o qual permitia aogoverno conceder terras aos estrangeiros.

    A partir desta data, at os dias atuais, entraram no Brasil aproximadamente 5,5 milhes deestrangeiros, tendo, alguns regressado para o pas de origem.

    Em 1752, 1.500 famlias se instalaram no Rio Grande do Sul, fundando o Porto dos Casais,atual cidade de Porto Alegre.

    Entre 1808 e 1850, verificamos as seguintes experincias de colonizao:

    Em 1819, cheguu ao Brasil a primeira leva de imigrantes no-portugueses. Eram cerca de 1.700suos de lngua alem, provenientes do Canto de Friburgo, que o governo instalou no Rio deJaneiro, onde fundaram, em 1820, a atual cidade de Nova Friburgo.

    Em 1824, teve incio a colonizao alem em So Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e, em 1827,outra colnia alem foi instalada em Rio Negro, no Paran.

    Em 1829, foi fundada uma colnia alem em Santo Amaro (SP) e outra em So Pedro deAlcntara (SC).

    Em 1830, foi criada uma colnia alem no Esprito Santo.

    Nos ltimos cem anos, possvel distinguir quatro perodos sucessivos:

    perodo alemo (1850-1871);

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    perodo talo-eslavo (1872-1886);

    perodo italiano (1887-1914) - foi o perodo de maior entrada, chegando a atingir 100.000imigrantes anuais;

    perodo japons (1920-1934).

    A imigrao no Brasil foi, na maior parte das vezes, provocada, e raramente espontnea.Por esse motivo, as maiores entradas coincidiram com perodos em que houve escassez de mo-de-obra na nossa lavoura, intensificando-se, por isso, a propaganda brasileira no exterior.

    Etnia: conjunto de indivduos que apresentam idnticos caracteres fsicos e culturais.

    Fora de trabalho: conjunto de faculdades fsicas e mentais que habilitam um homem arealizar qualquer atividade produtora de riqueza.

    Custo de criao: ou de formao do indivduo correspondente quantidade gasta criao e formao de uma criana at que ela se torne um produtor.

    Aculturao: termo sociolgico que se refere ao conjunto dos fenmenos determinadospelo contato de grupos de indivduos de culturas diferentes.

    Assimilao: interpretao e fuso de culturas.Enquistamento: relativo formao de "quistos raciais" e culturais, dificuldade em

    assimilar culturas.

    Latifndio: propriedade rural de grande dimenso geralmente inexplorada ouindevidamente explorada.

    Minifndio: propriedade rural de pequenas propores, geralmente explorada atravs daagricultura de subsistncia.

    Policultura: sistema agrcola que se baseia no cultivo de vrios produtossimultaneamente, em diferentes espaos.

    Expropriar: retirar alguma coisa de algum, roubar.

    Grileiro: aquele que procura apossar-se de terras alheias mediante escrituras falsas.

    Arrendatrio: aquele que arrenda uma propriedade ou parte desta, mediante um certopreo e tempo.

    Posseiro: que se estabelece em terras de algum com o intuito de produzir para suasubsistncia e seu grupo.

    Parceiro: tipo de explorao indireta da terra onde se estipula a porcentagem para divisodos lucros.

    Fatores favorveis imigrao

    Entre os vrios fatores favorveis imigrao, podemos citar os seguintes:

    grande extenso do territrio e escassez de populao;

    desenvolvimento da cultura cafeeira no Planalto Paulista, que passou a exigir numerosa mo-de-obra;

    dificuldades em se obter escravos africanos aps a extino do trfico (1850);

    abolio da escravatura (13/5/1888);

    custeio dos gastos de transporte do imigrante pelo governo;

    crise econmica na Itlia, Alemanha e Espanha, caracterizada pelo desemprego, estimulando ofluxo imigratrio para o Brasil.

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    Fatores desfavorveis imigrao

    Entre os fatores desfavorveis, podemos citar os seguintes:

    tropicalidade do pas, em contraste com os pases de emigrao, que so, em geral, de climatemperado;

    falta de uma firme poltica de colonizao e imigrao;

    falta de garantias para os que aqui chegavam como imigrantes;

    obrigatoriedade, por parte do imigrante, de pagar o financiamento da viagem.

    Alteraes na dcada da 30

    A partir da dcada de 1930, diminuiu acentuadamente a entrada de imigrantes, devido avrios fatores:

    tendncia a evitar sadas de indivduos, por parte dos pases emigratrios;

    melhoria das condies sociais dos povos europeus;

    crise da Bolsa de Nova Iorque, com a conseqente crise econmica no Brasil (1930); medidas constitucionais de 1934 e 1937, que estabeleceram a cota de imigrao, isto , spoderiam entrar no pas 2% de cada nacionalidade dos imigrantes que haviam entrado entre 1884e 1934;

    medidas legais com o intuito de fazer uma seleo profissional (80% dos imigrantes queentravam a cada ano deveriam ser agricultores e permanecer um mnimo de 4 anos na lavoura);

    seleo de carter social:

    ltima Guerra Mundial.

    Durante a Segunda Guema Mundial, praticamente, paralisou-se a imigrao, tendo entradoapenas 18.500 imigrantes no pas.

    Fatores que motiveram a imigrao para o sudeste e sul

    natureza climtica dessas regies, por terem favorecido a instalao dos europeus;

    desenvolvimento da cultura cafeeira, principalmente em So Paulo;

    colonizao de povoamento, desenvolvida no Sul do pas principalmente;

    desenvolvimento econmico ocorrido ans 1850.

    Conseqncias desta imigrao

    formao das pequenas e mdias propriedades rurais;

    introduo de novas formas de produo rural;

    introduo de novos vegetais na agricultura;

    composio tnica com predominncia de brancos.

    Grupos de imigrantes

    1. Suos de lngua alem

    Foram os primeiros imigrantes chegados ao Brasil (1819). Fixaram-se no Rio de Janeiro,fundando a cidade de Nova Friburgo. Esta colonizao no deu o resultado esperado,

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    principalmente por falta de meios de comunicao e transporte. Mesmo assim, foi esta a primeiracolnia de imigrantes no-portugueses, organizada e subvencionada pelo governo.

    2. Alemes

    Comeararam a chegar a partir de 1824. Radicaram-se principalmente no Rio Grande doSul, fundando So Leopoldo, Novo Hamburgo, Gramado e Canela, e em Santa Catarina (Vale doItaja), onde fundaram Blumenau, Brusque, Itaja e, no litoral de Santa Catarina, Joinville. Fixaram-se, tambm, nas proximidades de So Paulo (Santo Amaro), Rio de Janeiro e Esprito Santo(Colatina).

    Em So Paulo, na regio de Limeira, em 1852, um plantador de caf, o senador Vergueiro,transferiu 80 famlias de camponeses alemes para a sua Fazenda Ibicaha. Depois, outrosfazendeiros fizeram o mesmo.

    Por meio do sistema de colnias de povoamento e utilizando o sistema de trabalho familiar,os alemes difundiram, no Sul do pas, a policultura em pequenas propriedades e a "indstriadomstica".

    A influncia dos alemes principalmente notada em Santa Catarina, onde encontramosconstrues, hbitos alimentares e outros aspectos tpicos da cultura germnica.

    Em 1970, o total de imigrantes alemes era de aproximadamente 260 mil, sendo 38% emSo Paulo, 17% no Rio rrande do Sul e 12% em Santa Catarina.

    A integrao cultural dos alemes foi bastante difcil principalmente pela grande diferenaentre ambas as culturas. Aps a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro tomou medidas nosentido de integr-los definitivamente ao nosso padro cultural, evitando a formao de novos"quistos raciais" em que viviam at h pouco tempo.

    3. Eslavos

    Comearam a chegar a partir de 1875, sendo oriundos da Polnia, Rssia Branca eUcrnia. Fixaram-se notadamente, no Paran, onde tambm criaram uma paisagem culturalprpria (Curitiba, Ponta Grossa e Castro), mas tambm esto localizados no Rio Grande do Sul.

    O principal ncleo polons o de Iva, no Paran. Embora em menor nmero, os eslavosapresentaram certas dificuldades integrao cultural (lngua, costumes etc.); dedicaram-se aoextrativismo da madeira, serrarias e agricultura.

    4. Turcos e rabes

    Popularmente conhecidos turcos, compreendem os srios, libaneses, rabes palestinos.Estes povos apresentam vrios traos culturais em comum: lingua, religio etc.

    A sua grande imigrao para o Brasil ocorreu entre 1860 e 1870, prolongando-se at 1890.Neste perodo, foram para a Amaznia, atrados pela economia da borracha em ascenso; outrosdirigiram-se para as diversas cidades brasileiras. J nessa poca, dedicavam-se ao comrcio,sendo bastante conhecida a figura do "turco-mascate".

    Aps 1890, a entrada desses imigrantes continuou em nmero menor, tendo havido, nosltimos anos, um recrudescimento.

    Localizaram-se mais nas cidades grandes, dedicando-se ao comrcio e a outras atividadesculturais e industriais.

    Como a Sria e o Lbano estiveram sob o domnio da Turquia, esses imigrantes eramregistrados no Brasil como turcos.

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    5. Japoneses

    So imigrantes cuja presena no pas das mais recentes: o primeiro grupo chegou em1908. 0 perodo de maior entrada foi entre os anos de 1924 e 1934. So provenientes de reasrurais do Japo. Localizaram-se em duas zonas, no Sul e no Norte do pas.

    Para o Sul, desde o incio, vieram os contingentes mais numerosos; localizaram-se no Vale

    do Ribeira de Iguape, Vale do Paraba, Alta Paulista, Alta Sorocabana, Noroeste e Norte doParan. Localizaram-se tambm no Mato Grosso do Sul.

    Trabalhando como assalariados nas fazendas de caf ou de algodo, como pequenosproprietrios ou organizados em cooperativas, encontramos os imigrantes japoneses dedicando-secom afinco ao cultivo dos mais diferentes vegetais.

    Em So Paulo, so encontrados:

    na regio de Marlia, Bastos e Tup, dedicando-se ao cultivo do algodo, sericultura e a outrasculturas;

    no Vale do Ribeira de Iguape, destacando-se a cidade de Registro, onde introduziram o cultivodo ch;

    no Vale d Paraba do Sul, onde desenvolveram, nas reas alagadias, a rizicultura;

    nos arredores de So Paulo, onde se estabeleceram em pequenas propriedades, formando ochamado "cinturo verde".

    No norte do pas, localizam-se nas proximidades da extinta ferrovia Belm-Bragana e noVale Mdio do Rio Amazonas; dedicaram-se cultura da pimenta-do-reino e da juta, realizandocultura de vrzea. Chegaram a essa zona a partir de 1924, mas s aps 1951 o seu nmero setomou importante.

    Embora de forma geral dediquem-se a atividades agrcolas, atualmente so encontradosem cidades nas reas urbanas, exercendo as mais diversas atividades.

    A integrao cultural destes imigrantes foi bastante difcil, pela grande diferena entre asculturas. Porm, nos ltimos anos, tem-se tornado mais efetiva esta integrao, devido aosesforos dispensados por parte do governo brasileiro, evitando a formao dos "quistos raciais".

    Em 1970, haviam entrado 240 mil japoneses, sendo que aproximadamente 85%encontram-se no Estado de So Paulo, 12% no Paran e 3% no Par.

    6. Italianos

    Dentre os imigrantes aportados no Brasil, os italianos ocupam o 2 lugar, vindo aps osportugueses.

    O perodo ureo da imigrao italiana foi de 1887 a 1914, embora tivessem vindo desde oincio do processo migratrio brasileiro.

    So provenientes de quase toda a Itlia, destacando-se, porm, algumas regies:Lombardia, Veneza, Gnova. Calbria, Piemonte.

    Estes imigrantes localizaram-se na parte centro-norte do Rio Grande do Sul. Fundaram

    cidades como Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonalves, Flores da Cunha e Farroupilha. Nestasreas deram incio vinicultura, notadamente instalando-se em pequenas propriedades.

    Em Santa Catarina, tambm a sua atividade principal foi a agricultura, ao lado de indstriasdomsticas. Localizaram-se, principalmente, no Vale do Tubaro. Neste Estado, o seu nmero pequeno, porm fundaram Nova Veneza, Urussanga, Nova Trento.

    Em So Paulo, os italianos chegaram a partir de 1873. neste Estado que vamosencontrar o maior nmero destes imigrantes.

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    Enquanto no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina instalaram-se como pequenosproprietrios, para So Paulo vieram atrados pela cultura cafeeira, que necessitava de mo-de-obra. De assalariados, meeiros e colonos que eram a princpio, muitos imigrantes italianosposteriormente passaram a ser prprietrios.

    Tambm a atividade industrial, neste Estado, difere das anteriores. Enquanto nos doisEstados citados a indstria era domstica, em So Paulo fundaram estabelecimentos de cartercapitalista.

    Na cidade de So Paulo, concentram-se em dois bairros, principalmente: Brs e Bela Vista(Bexiga).

    Talvez a maior contribuio deste imigrante, no campo econmico, tenha sido, como nocaso alemo, a sua reao contra a monocultura, difundindo largamente a policultura.

    Devido ao seu elevado nmero no Sul do pas (alm de So Paulo), so marcantes ostraos culturais de influncia italiana na populao sulista do Brasil.

    O total de italianos entrados no pas, at 1970, era de aproximadamente 1.630.000, sendo73% em So Paulo.

    A sua integrao cultural foi bastante rpida, pela semelhana com a cultura brasileira,tambm de origem atlanto-mediterrnea.

    Alm das reas citadas, os italianos aparecem tambm no Esprito Santo, prximo cidade de Colatina, juntamente com os alemes.

    7. Espanhis

    Estes imigrantes so bastante antigos, tendo entrado no perodo de 1580 a 1640 umcontingente relativamente grande. Porm, a sua entrada no pas, at o perodo colonial, foi emnmero reduzido, talvez pela existncia da Amrica Espanhola.

    Como imigrantes, o perodo de maior entrada situou-se entre 1904 e 1914. De 1950 a1963, verificou-se uma reativao (cerca de 120 mil entraram no Brasil) seguida de uma reduo, apartir de 1964.

    Atualmente, os espanhis tm imigrado em nmero maior, localizando-se principalmentenas reas urbanas do Sul e Sudeste. Dedicam-se a vrias atividades (comrcio, indstria etc.).

    Os espanhis perfaziam, at 1970, por volta de 710 mil imigrantes. Desse total 78%entraram em So Paulo.

    8. Portugueses

    De 1500 at 1808, s os portugueses podiam entrar livremente no Brasil.

    Aps a independncia, o Brasil continuou recebendo regularmente os imigrantesportugueses. Estes imigrantes tiveram dois perodos predominantes de entrada: o perodo de 1891a 1930 e aps 1950.

    Estes imigrantes localizaram-se principalmente em dois Estados: So Paulo, com 45%, e

    Rio de Janeiro, com 40%, alm de estarem geograficamente dispersos por todo o pas.Atualmente, o imigrante mais numeroso, com aproximadamente 1.785.000 elementos.

    Os portugueses, pelos dispositivos legais, no sofreram restries aplicadas a outrosimigrantes (quota de imigrao).

    Nos ltimos anos, aproximadamente 50% dos imigrantes entrados no pas so constitudospelos portugueses, nos quais se inclui o grupo de angolanos.

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    9. Outros imigrantes

    Alm das nacionalidades acima citadas, aparecem ainda no Brasil, embora em nmeromenor, chineses, ingleses, franceses, norte-americanos, holandeses, quase todos localizados nasreas urbanas; para alguns, a assimilao de nossa cultura fcil (franceses), mas para outros, aintegrao cultural se processa lentamente (chineses e ingleses).

    O Brasil recebeu 86 mil austracos e 34 mil franceses, imigrantes tambm encontradosquase somente nas reas urbanas.

    Os holandeses, apesar de terem emigrado para o Brasil desde o tempo colonial, srecentemente marcaram de fato sua presena no Brasil, por meio de um trabalho de colonizaobastante eficiente. o caso das colnias de Castrolndia, no Paran, de No-Me-Toque, no RioGrande do Sul, da colnia da Holambra, no Estado de So Paulo.

    Data do sculo passado a entrada de norte-americanos no Brasil. Eram principalmenteconfederados fugidos da Guerra de Secesso, nos EUA. Entretanto, quase nada ficou entre nsdesse contato, com exceo da fundao da cidade de Americana (SP) e da instituio de ensinoMackenzie, na cidade de So Paulo.

    Urbanizao

    1 . Introduo

    Hbitat

    Refere-se natureza do local em que os grupos humanos vivem. Em decorrncia dessaocupao e do reflexo do seu gnero de vida, a paisagem natural sofre diversas alteraes.

    De acordo com a situao geogrfica, o hbitat pode ser rural ou urbano.

    Hbitat Rural

    Relativo ao modo de ocupao do solo no espao rural, e a sua explorao s relaes

    entre os habitantes.

    Hbitat Urbano

    Relativo s cidades e sua ocupao: nelas, as atividades predominantes originam-se dosetor econmico secundrio e do tercirio (servios).

    A sociedade rural apresenta contrastes com a urbana, tais como:

    a dimenso dos ncleos de povoamento;

    o grau homogneo de cultura e etnia;

    a estabilidade social e ocupacional;

    o modo de viver de ambos os grupos diferente.

    Atualmente, no entanto, nenhuma sociedade inteiramente rural ou completamenteurbana, cidade e campo; hoje, no esto inteiramente em oposio como local de residncia,ocupao ou modo de vida, pois cada vez mais se relacionam, sendo difcil separar o rural do urba-no, uma vez que a sociedade vem se tornando menos rural e mais urbana medida que passa defazendas isoladas para estgios representados pelas aldeias, vilas (hbitat urbano), cidadescomerciais, grandes cidades e, finalmente, metrpoles.

    Assim, as definies de rural e urbano variam muito entre os pases, tornando difceis ascomparaes internacionais.

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    O tamanho do povoado o tipo de distino mais respeitado entre o urbano e o rural e ocritrio entre as Naes Unidas em suas publicaes. Isto, no entanto, no resolve o problema dalinha divisria, uma vez que a contagem da populao urbana subestimada e a rural exagerada,pois os citadinos que vivem fora dos limites da cidade vm se tornando muito numerosos.

    2. Hbitat ruralPode ser organizado, no Brasil, da seguinte forma:

    Disperso

    Prprios das zonas rurais, onde as habitaes se espalham em grandes espaos.

    Ordenado

    Quando um elemento orienta a disperso, como um rio, ferrovia, rodovia, litoral. o maisfreqente na paisagem rural brasileira.

    Desordenado

    Quando no h um elemento que orienta a disperso.

    Aglomerado

    Quando as moradias no meio rural esto prximas umas das outras, ocorrendo relao devizinhana entre as habitaes que, por sua vez, esto relativamente prximas s reas de cultivoou de pastagens.

    O hbitat aglomerado apresenta trs modalidades:

    Ncleo

    Em reas ocupadas por grandes fazendas, nas quais os trabalhadores habitam junto sede, formando o hbitat aglomerado. Exs.: cana-de-acar no Nordeste, cacau no sul da Bahia(Ilhus e Itabuna) e caf em So Paulo.

    Povoados

    Em quase todo o pas, predominando nas reas de pequenas propriedades rurais. Tmorigens e funes bem diversas.

    Coloniais

    Geralmente estabelecidas pelos grupos imigrantes, freqentes nos Estados sulinos, comdestaque para a regio do Rio Grande do Sul.

    3. Hbitat urbano

    Cidade um "organismo material fechado que se define no espao pelo alto grau derelaes entre seus habitantes, pelas suas relaes com um espao maior e pela independnciade suas atividades em relao ao solo onde est localizada".

    As definies de cidade so diferentes, mas a maioria delas concorda num ponto: trata-sede um aglomerado humano, variando em nmero e na sua relao com o espao (sua rea).

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    No Brasil, a partir de uma lei em 1938, utiliza-se o critrio poltico-administrativo para sedefinir a cidade, sendo assim considerada toda sede de Municpio, no importando sua populaonem expresso econmica.

    Municpio uma sociedade capaz de autogoverno e autoadministrao dos servios queIhe so peculiares. Ao Municpio, em colaborao com o Estado, compete zelar pela sade,higiene e segurana da populao.

    Classificao das Cidades Quanto Origem

    Cidades espontneas ou naturais

    Aquelas que surgiram naturalmente, a partir da expanso de antigos hbitats ruraisaglomerados nas diversas fases do desenvolvimento da economia brasileira:

    a) Feitorias (escalas de expedies martimas para defender e explorar as terras coloniais) - CaboFrio (RJ); Santa Cruz de Cabrlia (BA).

    b) Defesa (fortificaes) - Fortaleza (CE); Manaus (AM); Natal (RN).

    c) Misses religiosas - So Paulo; Guarapari (ES).

    d) Minerao - Ouro Preto (MG); Cuiab (MT).e) Entroncamento Ferrovirio Bauru, Mairinque (SP).

    f) Ncleo de Colonizao - Londrina, Maring (PR), Blumenau, Joinville (SC); Caxias do Sul,Bento Gonalves (RS).

    g) Arraiais do Bandeirismo Minerador - (as chamadas corrutelas das reas diamantferas) -Poxoro (MT); Aragaras (GO).

    Cidades planejadas ou artificiais

    Criadas a partir de um plano previamente estabelecido. No Brasil, temos:

    Teresina (PI) 1851

    Aracaju (SE) 1858Belo Horizonte (MG) 1898

    Goinia (GO) 1937

    Braslia (DF) 1960

    Quanto evoluo urbana, convm observar que possumos cidades-mortas, felizmentesendo raros os exemplos de morte absoluta, de desaparecimento total, porque estamos livres deerupes vulcnicas ou terremotos e nunca sofremos os flagelos das guerras de extermnio ou deinvases arrasadoras; apenas a construo de barragens e o represamento de guas fluviais paraproduo de energia hidreltrica tm sido responsveis por tais mortes, como aconteceu com aminerao do ouro e das pedras preciosas.

    Classificao das Cidades quanto ao Stio UrbanoO stio urbano a rea em que o aglomerado est assentado. o "assoalho" da cidade.

    Assim, temos:

    a) Acrpole ou Colina (geralmente com objetivos defensivos) - Salvador (BA), So Paulo (SP) eRio de Janeiro (RJ).

    b) Plancie - Manaus (AM), Belm (PA) e Santarm (PA);

    c) Planalto - Braslia (DF) e Cuiab (MT);

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    d) Montanhas - Ouro Petro (MG), Campos do lordo (SP) e Belo Horizonte (MG);

    e) Insular- So Lus (MA), Vitria (ES), Florianpolis (SC) e Guaruj (SP).

    Observao

    As cidades de So Lus, Vitria, Santos e So Francisco no podem ser consideradas cidadesinsulares tpicas, j que apresentam ntimo contato com o continente e mal se percebe a passagemdeste para a ilha. J no caso de Florianpolis, por exemplo, a insularidade marcante.

    CLASSIFICAO DAS CIDADES QUANTO POSIO GEOGRFICA

    A situao da cidade em relao aos elementos do meio fsico que lhe so prximosexplica a sua evoluo e permite a seguinte classificao.

    Fluvial:

    Juazeiro (BA);

    Manaus (AM);

    Porto Alegre (RS)

    Pirapora (MG);

    Cuiab (MT); e

    Corumb (MS).

    Grande o nmero de cidades brasileiras localizadas junto a rios ou em suasproximidades. Destacam-se da Amaznia (nos "tesos" ou "baixos" - plats), do mdio e baixo SoFrancisco, do alto-mdio Paraguai.

    Dessas cidades, umas poucas so localizadas em esturios, sendo raras as que seassuntam junto a deltas (como o caso de Parnaba, no Piau). Por vezes, prolongam-se paraoutra margem, fazendo nascer bairros autnomos, que no Meio-Norte denominavam-se

    "trezidelas". Noutros casos, deixam os rios a certa distncia, fixando-se no vale fluvial, em terrenoslivres das inundaes, sobre "terraos", como se verifica no Vale do Paraba do Sul, no mbito daplancie terciria.

    Martima

    Rio de Janeiro (RJ)

    Natal (RN)

    Paranagu (PR)

    Salvador (BA)

    Santos (SP)

    Litornea (no banhada pelo mar)

    Cubato (SP)

    Itabuna (BA)

    Interiorana

    Campinas (SP)

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    Bauru (SP);

    Ribeiro Preto (SP)

    Classificao das cidades quanto funo urbana

    A atividade bsica em funo da qual vive a cidade, e da qual se origina o seu ProdutoInterno Bruto, permite a seguinte classificao:

    Comercial

    So Paulo (SP)

    Campina Grande (PB)

    Caruaru (PE)

    Feira de Santana (BA)

    Industrial

    Volta Redonda (RJ)

    Santo Andr (SP)

    Franca (SP)

    Sorocaba (SP)

    Cubato (SP)

    Guarulhos (SP)

    Betim (MG)

    Religiosa

    Aparecida do Norte (SP) Bom Jesus da Lapa (BA)

    Pirapora do Bom Jesus (SP)

    Tamba (SP)

    Juazeiro do Norte (CE)

    Estao de sade

    Campos do Jordo (SP)

    Arax (MG)

    Serra Negra (SP) guas de Lindia (SP)

    Turstica (balneria)

    Guaruj (SP)

    Cambori (SC)

    Guarapari (ES)

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    Torres (RS)

    Cabo Frio (RJ)

    Militar estratgica

    Resende (RJ) Vila dos Remdios (FN)

    Turstica (histrica)

    Ouro Preto (MG)

    Parati (RJ)

    Congonhas do Campo (MG)

    Porturia

    Santos (SP)

    Paranagu (PR)

    Rio Grande (RS)

    Vitria (ES)

    Administrativa

    Braslia (DF)

    Florianpolis (SC)

    Classificao das Cidades quanto Hierarquia Urbana

    expressa pela rede urbana que a cidade apresenta e sua posio de polarizao sobreas demais.

    Metrpole nacional

    Aquela cuja rea de influncia abrange todo o territrio nacional. Ex.: So Paulo (SP) e Riode Janeiro (RJ).

    Metrpole regional

    Aquela cuja rea de influncia abrange uma regio do Pas, polarizando esta rea atravsde infra-estrutura e equipamentos urbanos.

    Capital regional

    O espao regional polarizado menor e representa uma posio hierrquica intermediriaentre o centro regional e a metrpole regional. Ex.: Campinas (SP), Sorocaba (SP), Goinia (GO),Santos (SP) e So Jos dos Campos (SP).

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    Centro regional

    Diretamente influenciado pela capital regional e que polariza um subespao dentro da reade influncia da capital regional. Ex.: Americana (SP), Itapetinga (SP), Anpolis (GO), Cubato(SP) e Jacare (SP).

    4. Urbanizao

    um processo de criao ou de desenvolvimento de organismos urbanos. Certos perodosforam especialmente favorveis ao desenvolvimento da vida urbana. No Brasil, o desenvolvimentoda urbanizao teve um incremento a partir de 1930, quando o desenvolvimento industrial seintensificou, acarretando o crescimento rpido das cidades, principalmente do Sudeste, por recebe-rem a populao do campo atrada pela indstria.

    Recentemente, o processo abrange quase todas as partes do pas, no s pela indstria,mas por outras atividades econmicas ou expanso de servios.

    Em 1970, o Brasil atingiu um total de 3.951 cidades. Dentre estas, nove transformaram-seem grandes aglomerados urbanos, denominados metrpoles, constitudos pela cidade principal epor ncleos urbanos de maior importncia, situados sua volta em sua funo.

    Causas da urbanizao:

    processo de industrializao a partir de 1930;

    xodo rural: precrias condies no campo e atrao das cidades;

    concentrao rpida no Sudoeste;

    crescimento rpido e catico das cidades.

    5. Megalpoles

    Correspondem conurbao de vrias metrpoles, com fuso de stios urbanos, gerandogigantescos aglomerados que ocupam extensas reas. Exemplo: a regio que se estende de

    Boston at Washington, tendo como centro Nova Iorque.

    6. A Grande So Paulo

    A regio da Grande So Paulo definida e regulamentada pelos Decretos n 48.163, de 3de julho de 1967 e n 50.096, de 30 de julho de 1968, do Governo do Estado de So Paulo. Essadefinio est vinculada ao processo de institucionalizao de reas e entidades metropolitanas noBrasil.

    A regio possui 15.992.170 habitantes (1993), numa superfcie de 7.951 km2, com 39municpios. Tal populao equivalente da Venezuela (912.050 km 2), Arbia Saudita (2.240.000km2), Holanda (33.936 km2) ou, ainda, de Moambique (799.380 km2) . A ela correspondia, em1980, 68% do valor da produo industrial do Estado de So Paulo e 39% do Brasil. Em 1967, foicriado o GEGRAM Grupo Executivo da Grande So Paulo - rgo tcnico da Secretaria deEconomia e Planejamento desse estado, para enfrentar os grandes problemas ainda existentes.

    Esta regio assume importncia nacional, no apenas por sua grande populao (15,9milhes de habitantes - 1993), mas por se constituir em um plo de desenvolvimento para ocrescimento do Brasil. Contudo, essa rea apresenta grandes problemas a serem resolvidos, comoos de habitao, transportes, assistncia mdico-hospitalar, educao, abastecimento de gua,rede de esgotos, etc.

    7. Conceitos Importantes

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    Regio Polarizada

    Constituio da regio planejada em torno de metrpoles. O regionalismo leva formaode diversas grandes cidades que podem atingir vrios milhes de habitantes e onde cada umadelas pode alcanar carter metropolitano internacional e, como plos, organizar regies em tornode si, onde a populao gradativamente adquire conscincia regional. O estudo das regiespolarizadas nos leva diviso de estados em regies administrativas e, estas, em sub-regies.

    Malha Urbana

    Diz-se da forte concentrao de cidades em uma determinada rea do pas, como, porexemplo, a regio Sudeste, em determinadas partes. Na regio Sul, a malha urbana caracteriza-sepor maiores concentraes em alguns pontos, por exemplo, as reas prximas a Porto Alegre,Curitiba e leste catarinense.

    Rede Urbana

    Sistema de cidades distribudas numa regio, encaradas como um complexo sistemacirculatrio entre ncleos e funes diferentes, mantendo relaes entre si e dependentes de um

    centro principal que comande a vida regional. Existem redes urbanas mais e menos organizadas,estando em permanente processo de transformao.

    reas metropolitanas

    Conjunto de municpios contguos e integrados com servios pblicos de infra-estruturacomuns. Grandes espaos urbanizados que se apresentam integrados, seja quanto aos aspectosfsicos ou funcionais de uma metrpole que exerce o papel dirigente.

    Conurbao

    Reunio de duas ou mais cidades de crescimento contnuo formando um nico aglomeradourbano. Ex: Regio do ABC (SP).

    Regies funcionais urbanas

    Diviso regional tendo por base a influncia das cidades sohre o espao ou suapolarizao.

    Macrocefalismo

    Crescimento acentuado e desordenado das cidades.

    Subemprego

    Atividade gerada pelo inchao do setor tercirio, com atividades tais como cuidador decarros, vendedores de semforos, biscateiros; surgem para desafogar a falta de trabalho.

    A Importncia da Agricultura

    1. Importncia da Atividade Agrcola

    O cultivo de produtos agrcolas alimentcios ou destinados indstria consiste em umaimportante atividade econmica que, para desenvolver-se, necessita da mo-de-obra humana paraarar, adubar e plantar as espcies. A agricultura diferenciada, desta forma, da atividade extrativa

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    vegetal que somente retira produtos da natureza. Destaca-se a importncia da agricultura noprocesso de desempenho econmico do Brasil nos seguintes aspectos:

    representa grande parte dos produtos exportados;

    responde por parte significativa do produto interno lquido do pas, superior a 10%;

    corresponde base da alimentao do pas, portanto, um setor destacvel da economia, almde servir produtos agropecurios ao desenvolvimento da indstria, principalmente do setoralimentcio;

    apesar da importncia mostrada do setor agrcola no Brasil, o pas ainda no auto-suficiente naproduo de alimentos. Importamos vrios produtos agrcolas, como o trigo, de maior valor;

    a posio do Brasil no cultivo de produtos tropicais, principalmente de frutas, como laranja ebanana, destacada mundialmente.

    2. Fatores Naturais

    Clima

    Embora a agricultura no dependa unicamente das condies climticas, a verdade que

    elas assumem importncia fundamental para a prtica agrcola. A existncia de variados tiposclimticos no Pas (equatorial, tropical, de altitude, subtropical e semi-rido) permite uma boadiversificao da produo agrcola, podendo-se cultivar desde os vegetais tipicamente tropicaisat aqueles prprios de reas temperadas, como o caso do trigo, que o mais cultivado noCentro-Sul do Pas.

    Devido ao predomnio de climas tropicais, natural que nossa agricultura seja baseada nocultivo de vegetais tpicos desse clima, como o caso do caf, da cana-de-acar, do cacau, doalgodo e outros.

    Solo

    A camada superficial da litosfera, formada por rocha decomposta, e onde h vidamicrobiana, o que definimos como solo. As transformaes fsico-qumicas criam a condies

    favorveis a nutrio e desenvolvimento das plantas e espcies vegetais de modo geral. Seu pro-cesso de formao denominado pedognese, sendo lento e complexo, dependendo da rochamatriz, do clima, das caractersticas do relevo e da matria orgnica presente.

    A espessura do solo varia e ele tem ciclo evolutivo: h solos jovens, maduros e senis. Umavez degradados, difcil recuper-los. Devido diversidade de nossa geologia e condiesclimticas, o Brasil possui vrios tipos de solos agrcolas, considerados, de modo geral, muitocidos e frgeis, ao contrrio do refro comumente utilizado de que no Brasil "se plantando tudod". Sendo assim, para que sejam utilizados de forma eficiente, os solos brasileiros tm que sercorrigidos de maneira correta quanto acidez ou composio qumica.

    Massap ou Massap: solo escuro e resultante da composio do ganisse e do calcrio. umsolo de elevada fertilidade natural, encontrado na Zona da Mata Nordestina, onde, desde o perodoColonial, utilizado para o plantio da cana-de-acar.

    Terra Roxa: solo castanho-avermelhado, resultante da decomposio do basalto. tambm umsolo de elevada fertilidade, de origem vulcnica, encontrado no Planalto Meridional e utilizado paradiversos cultivos, com destaque para o caf.

    Solo de Vrzea: trata-se de um solo fertilizado pelo acmulo de matria orgnica e hmustrazido pelo rio margeado por ele. No entanto, devido s inundaes constantes, restringe seu usoa alguns produtos, tais como o arroz.

    Salmouro: solo argiloso, geralmente formado pela decomposio do granito em climas midos.Apresenta alguma fertilidade e encontrado no Planalto Atlntico e no Centro-Sul do Pas.

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    Principais problemas da agricultura

    Subaproveitnmanto do Espao Agrcola

    O Brasil apresenta subaproveitamento de suas terras agrcolas, j que, apesar de possuir8.547.403 km2, ocupa apenas cerca de 580.000 km2 com lavouras e 1.750.000 km2 compastagens.

    reas de lavouras, pastagens, matas e terras no aproveitadas em relao rea total doterritrio. Nos ltimos anos, a rea ocupada pelas atividades agropecurias tem aumentado,embora a maior parte do territrio (73%) encontre-se ocupada por terras no-aproveitadas.

    Em relao rea total dos estabelecimentos agropecurios, verifica-se que as lavouras,pastagens, matas e terras no-aproveitadas ocupam cerca de 40% das terras brasileiras. Suasterras esto utilizadas da seguinte maneira: reas de lavouras, pastagens, matas e terras no-aproveitadas em relao rea total dos estabelecimentos agropecurios.

    O Uso da Terra

    H uma correlao entre o tipo de utilizao agrria e o tamanho da propriedade. Assim,as grandes propriedades dedicam-se, em geral, ao cultivo de produtos voltados para a exportao

    (caf, cana-de-acar, cacau, soja, algodo), pecuria e ao extrativismo vegetal. J as pequenaspropriedades se caracterizam pelo desenvolvimento de cultivos comerciais e de subsistncia, comoarroz, feijo, milho, mandioca e produtos hortifrutigranjeiros em geral.

    Produtividade Agrcola

    O aumento da produo agrcola deve-se:

    expanso das fronteiras agrcolas em direo a Rondnia e Mato Grosso;

    maior utilizao de insumos industriais, apesar do seu alto custo para os agricultores;

    s altas cotaes de alguns produtos no mercado nacional e internacional, como o caf, alaranja, o algodo, o arroz, a cebola e outros;

    expanso da mecanizao, principalmente em lavouras comerciais como a da soja e do trigono Centro-Oeste e no Sul do Pas.

    Entretanto, em algumas reas do Brasil, ainda so registradas baixas taxas deprodutividade, o que pode ser explicado por vrios motivos:

    uso inadequado e insuficiente de adubos, fertilizantes e defensivos agrcolas;

    crdito rural voltado sobretudo para os grandes proprietrios do Sudoeste e do Sul;

    baixa mecanizao;

    escassez de pesquisas agronmicas bsicas;

    baixas rendas e ms condies de vida do trabalhador rural.

    O Governo, por meio de vrios programas especficos e de rgos como a EMBRAPA(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria), pretende aumentar a produtividade agrcola. Paraisso, aponta as seguintes metas:

    estmulo s pesquisas em Engenharia Rural;

    aumento da assistncia tcnica, sobretudo aos pequenos proprietrios;

    desenvolvimento de novas tcnicas de plantio, colheita, seleo de sementes, etc.;

    aumento do crdito rural;

    estmulo formao de cooperativas;

    criao do Provrzeas e do Projeto Cerrado.

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    O Provrzeas Nacional um programa agrcola criado em junho de 1981, que pretendeutilizar as terras frteis das vrzeas e, por meio de irrigao, obter maior produtividade. Oprograma baseia-se na existncia de pelo menos 3 milhes de hectares de vrzeas irrigveis,ainda sem qualquer aproveitamento. Grande parte dessa rea est na bacia do rio Solimes(Amaznia). O Governo Federal criou, tambm, o Profir (Programa de Financiamento deEquipamentos de Irrigao).

    Armazenamento e Transporte

    Embora de forma indireta, esses dois fatores esto profundamente inseridos em atividadesagrcolas. S para citar um exemplo, em determinadas regies, chega-se a perder grande parcelade produo agrcola por falta de transporte e/ou armazenamento adequado. Tais dificuldadesfacilitam a ao dos intermedirios e especuladores, diminuindo a lucratividade do homem docampo e aumentando o custo dos alimentos ao consumidor. Segundo os ltimos levantamentos, oBrasil o campeo do desperdcio, calculado, em alguns casos, em cerca de 30% da safra. Emvalores, estima-se que o desperdcio alcance 5 bilhes de dlares por ano.

    Alqueire: medida agrria que corresponde em GO, MG e RJ a 48.000 m2 e em SP a 24.000 m2.

    Hectare: unidade de medida agrria equivalente a cem acres ou ainda a um hectmetro

    quadrado 10.000 m2

    .Pedognese: processo de formao do solo onde percebe-se a decomposio da rocha original,acmulo de matria orgnica e formao de hmus.

    Terraceamento: tcnica agrcola que se constituiu em aproveitar-se de curvas de nvel dedegraus (terraos). Tpico da sia Oriental.

    Curva de nvel: linha imaginria que une todos os pontos da mesma altitude, acima ou abaixode uma referncia conhecida. O mesmo que curva altimrrica, ispsa.

    Estrutura fundiria

    A expresso "estrutura fundiria", engloba o nmero e tamanho das propriedades rurais,segundo as categorias dimensionais. Nesse campo, o Brasil enfrenta srias dificuldades. Nossa

    estrutura fundiria herana de um passado colonial, com predomnio das grandes propriedades(plantations) voltadas para atender s necessidades do mercado externo. At hoje os grandeslatifndios so maioria na rea rural, geralmente subaproveitados.

    Podemos concluir que:

    a) Os pequenos estabelecimentos predominam em nmero (50,3%), enquanto sua rea insignificante (2,5%).

    b) Os grandes estabelecimentos (mais de 1.000 ha) ocupam quase a metade da rea rural (45%),representando apenas 1,2% das propriedades; ou, simplificando: h muita gente com pouca terra emuita terra com pouca gente, o que demonstra a concentrao fundiria.

    Note que tanto o minifndio (pequena propriedade) quanto o latifndio so responsveispor um desperdcio de recursos, j que:

    a) No latifndio, nem todo o espao aproveitado, havendo, portanto, desperdcio de terras ecapital.

    b) No minifndio, h mo-de-obra ociosa, pois a terra escassa.

    Os pequenos proprietrios respondem por mais da metade da produo de alimentos doBrasil, e so os que menos assistncia recebem do governo.

    Os conceitos de latifndio e minifndio sero definidos em funo do mdulo rural adotadona regio grfica e de seu uso. Assim, uma grande propriedade dentro da Amaznia, embora no

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    aproveitada com alguma atividade, menos prejudicial que uma outra propriedade bem menor emal aproveitada prxima a So Paulo.

    Por este motivo, surgiu a idia de mdulo rural (Estatuto da Terra, Lei n 4.504 de30/11/64), criado para estabelecer uma unidade legal de medida das propriedades, onde se levaem conta a independncia entre a dimenso, a situao geogrfica do imvel e seuaproveitamento.

    Os conceitos de latifndio e minifndio so definidos em funo do mdulo rural adotadona regio.

    Mdulo rural: rea explorvel que, em determinada posio do Pas, direta e pessoalmenteexplorada por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas, correspondendo a mil jornadasanuais. A fora de trabalho do nvel tecnolgico adotado naquela posio geogrfica e, conforme otipo de explorao considerado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistnciano processo social e econmico. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonizao e ReformaAgrria), o mnimo de terras que uma famlia de 4 pessoas necessita para sua manuteno. Omdulo rural varia conforme o desenvolvimento da regio, sendo menor quanto maior odesenvolvimento.

    Minifndio: ser todo o imvel com rea explorvel inferior ao mdulo rural fixado para arespectiva regio e tipos de explorao nela ocorrentes.

    Latifndio por dimenso: ser todo o imvel com rea superior a 600 vezes o mdulo ruralmdio fixado para a respectiva regio e tipos de explorao nelas ocorrente.

    Latifndio por explorao: ser todo o imvel cuja dimenso no exceda aquela admitidacomo mxima para empresa rural, tendo rea igual ou superior dimenso do mdulo da regio,mas que seja mantida inexplorada em relao s possibilidades fsicas, econmicas e sociais domeio, com fins expeculativos, ou que seja deficiente, ou inadequadamente explorada de modo avedar-Ihe a classificao como empresa rural.

    Atualmente, a estrutura fundiria brasileira tem-se caracterizado por um parcelamento daspropriedades, o que traz como conseqncia um crescimento do nmero de latifndios:

    1960 - 3.337.000 estabelecimentos

    1980 - 5.045.000 estabelecimentos

    Alm desse fracionamento, verifica-se uma concentrao de terras nas mos doslatifundirios.

    1960 - 7l.000.000 ha

    1980 - 164.500.000 ha

    Considerando-se a distribuio dos estabelecimentos rurais por regio, observam-sediferenas significativas.

    Regio Norte

    Caracteriza-se por possuir o mais baixo ndice de rea ocupada por estabelecimentosrurais do Brasil. Alm disso, apresenta o predomnio de grandes propriedades (mais de 1.000 ha).

    Com relao utilizao do solo, a porcentagem em matas incultas , naturalmente, a maiselevada do Pas. Esta situao determina a economia extrativa vegetal, principal atividade daregio. As grandes, mdias e pequenas propriedades, esto assim distribudas:

    a) Grandes propriedades:

    Sudoeste do AM e AC - extrativismo, borracha; Sudoeste do PA - extrativismo, castanha-do-par;Ilha de Maraj e AP - pecuria;

    Norte de TO - pecuria de corte.

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    b) Mdias e pequenas propriedades: PA (Zona Bragantina) - pimenta-do-reino, malva, juta, cacau efumo;

    AM (vale mdio do rio Amazonas) -juta;

    PA, AM e AC, ao longo da Transamaznica, agrovilas e culturas diversificadas.

    Regio Nordeste

    Apresenta o maior nmero de estabelecimentos agrcolas e o maior consumo de pessoasocupadas nas atividades agropecurias. Predominam as propriedades entre 200 e 2.000 ha. Nautilizao da terra, sobressaem-se as pastagens. As principais reas agrcolas situam-se na faixacosteira oriental. A zona do Agreste ocupada por culturas voltadas para o consumo urbano,enquanto no Serto encontra-se a criao de gado extensiva, ocupao tradicional.

    As grandes, mdias e pequenas propriedades esto assim distribudas:

    a) Grandes propriedades: Serto - pecuria;

    Zona da Mata Nordestina - cana-de-acar; MA e PI - extrativismo vegetal;

    BA (litoral sul) cacau.

    b) Pequenas e mdias propriedades:Vale do So Francisco - arroz e cebola; CE (sul-serto) - algodo;

    Agreste - algodo, agave.

    Regio Centro-Oeste

    tambm uma regio com alta proporo de estabelecimentos com mais de 10.000 ha,porm predominam os grandes estabelecimentos entre 1.000 ha e 10.000 ha, dedicados pecuria. Quanto utilizao da terra, dominam largamente as pastagens: esta a regio queapresenta a maior rea ocupada por estabelecimentos agropecurios no Brasil, apesar de possu-los em menor nmero.

    , por excelncia, a rea de criao de gado bovino no Brasil, realizada em sistemaextensivo nos largos chapades do cerrado e no Pantanal Mato-Grossense.

    As grandes, mdias e pequenas propriedades esto assim distribudas:

    a) Grandes propriedades:

    MT (parte norte) - extrativismo vegetal; MS e MT (pantanal) - pecuria;

    GO, MS e MT (reas dispersas no interior) -pecuria.

    b) Mdias e pequenas propriedades:

    MS (sul, regio de Dourados) - culturas diversificadas: caf, milho e soja;

    GO (Ceres) - culturas diversificadas.

    Regio SulQuanto rea ocupada, predominam no Sul as pequenas e mdias propriedades.

    Assim como a regio Sudeste, esta regio tambm destina parte de sua produo indstria alimentcia, como carnes, milho, soja e outros itens.

    As grandes, mdias e pequenas propriedades esto assim distribudas:

    a) Grandes propriedades: PR (norte) - soja e caf;

    PR (Mata de Araucria) - extrativismo madeira; RS (Campanha Gacha) - pecuria;

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    RS e PR - reas de cultura de trigo.

    b) Mdias e pequenas propriedades:

    RS, PR e SC (reas de povoamento europeu) vinhedos, trigo, batata, arroz, milho, etc.

    SISTEMAS AGRCOLAS DE PRODUO1. Sistemas Agrcolas

    Sistema agrcola a combinao de tcnicas e tradies utilizadas pelo homem nas suasrelaes com o meio rural para obter os produtos de que necessita.

    No Brasil so aplicados no campo vrios tipos de sistemas agrcolas.

    O sistema extensivo o mais utilizado: apenas em certas reas, como no Sul e Sudeste,so encontradas propriedades utilizando com mais freqncia o sistema intensivo.

    Tambm os sistemas chamados de roa e plantation so antigos no Brasil e at hojeempregados.

    Veja abaixo os principais sistemas e suas caractersiicas.

    Sistema Intensivo

    Uso permanente do solo.

    Rotao de cultivos.

    Fertilizantes.

    Seleo de sementes.

    Seleo de espcies.

    Mecanizao.

    Grande rendimento.

    Produo elevada por hectare.

    Mo-de-obra abundante e qualificada.

    Terra escassa

    O sistema intensivo pode ser caracterizado pela menor dependncia do agricultor scondies naturais.

    Quanto menor a dependncia, mais intensivo ser o sistema agrcola.

    Sistema Extensivo

    Desmatamento e coivara.

    Esgotamento dos solos. Rotao de solos.

    Pequeno rendimento.

    Produo por trabalhador.

    Terra abundante.

    Mo-de-obra escassa e no-qualificada.

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    Dentro do sistema extensivo surge o termo "roa" ou itinerante, onde as tcnicas utilizadasso bastante rudimentares com pouco ou nenhum adubo, levando a terra ao esgotamento e,posteriormente, ao abandono.

    No Brasil, o sistema de roa largamente encontrado, apresentando como resultado umaagricultura de baixos rendimentos e produo irregular.

    Plantation

    Predominantemente em reas tropicais.

    Monocultura.

    Grandes estabelecimentos.

    Capitais abundantes.

    Mo-de-obra numerosa e barata.

    Alto nvel tecnolgico.

    Trabalho assalariado.

    Aproveitamento agroindustrial da produo.

    Cultivos destinados exportao.

    Grande rendimento.

    O sistema de plantation foi introduzido no Brasil na poca colonial, com o cultivo da cana-de-acar. No entanto, at hoje, este sistema utilizado no cultivo do caf, do cacau, da laranja,da soja e da prpria cana.

    2. Explorao da Terra

    Distinguem-se no Brasil as seguintes modalidades de explorao da terra:

    explorao direta - quando realizada pelo proprietrio da terra;

    explorao indireta - pode ser por meio de:- arrendamento - quando a terra alugada por um certo tempo e preo;

    - parceria - quando, por meio de contrato, a terra cultivada e a produo repartida naproporo estipulada entre as partes. A forma mais comum a meiao (metade), havendotambm outras, como a tera, etc. Nesta modalidade h tambm os "posseiros" ou ocupantes,lavradores sem terras que ocupam uma rea para poder plantar. Os assalariados podem sermensalistas ou diaristas. Deste ltimo grupo fazem parte os bias-frias.

    EXTRATIVISMO MINERAL

    1. Consideraes Gerais

    O extrativismo mineral consiste em retirar da natureza os recursos minerais necessrios

    sobrevivncia ou ao desenvolvimento da sociedade. A existncia desses recursos em umadeterminada rea uma decorrncia dos fenmenos geolgicos ali ocorridos ao longo da histriageolgica da Terra. Portanto, nos minerais ocorrem naturalmente, sem a participao do homemno processo de sua criao.

    De um modo geral, os minerais encontram-se disseminados nas rochas, porm, em algunscasos, eles aparecem em concentraes maiores, permitindo, assim, a sua explorao em baseseconmicas.

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    2. Minerais

    So compostos qumicos inorgnicos com composio qumica geralmente definida.

    3. Rochas

    So conjuntos de minerais ou apenas um mineral consolidado. As rochas formam a parteessencial da crosta terrestre. Quanto origem, podem ser classificadas em trs grupos:

    a) magmticas ou gneas;

    b) sedimentares;

    c) metamrficas.

    Rochas magmticas ou gneas

    So as rochas antigas (primrias) formadas pelo resfriamento do magma (materialexistente no interior do globo) ao subir em direo superfcie. As rochas magmticas, conforme aposio em que o seu resfriamento ocorreu, podem ser classificadas em dois grupos:

    a) rochas plutnicas ou intrusivas: quando a consolidao do magma ocorre no interior da Terra.Ex.: granito, sienito, gabro, etc.;

    b) rochas vulcnicas ou extrusivas: quando a consolidao do magma ocorre na parte externa dacrosta terrestre. Ex.: basalto, riolito, andecito, etc.

    Rochas sedimentares

    So formadas tanto por fragmentos de outras rochas preexistentes (magmticas esedimentares) quanto em virtude de novas condies de temperatura e presso. Ex.: mrmore,gnaisse, quartzito.

    Rochas metamrficas

    So resultantes de transformaes sofridas por rochas preexistentes (magmticas esedimentares) em virtude de novas condies de temperatura e presso. Ex.: mrmore, gnaisse,quartzito.

    4. Estrutura Geolgica do Brasil

    Para se compreender o relevo de um lugar, necessrio conhecer a sua estruturageolgica, ou seja, seus tipos de rochas, sua idade, etc., alm da atuao do clima e vegetao,etc.

    Interessa conhecer os aspectos superficiais da litosfera, a qual constitui a parte slida daTerra, que composta pelo solo, de pequena espessura, e subsolo (rochas), de maior espessura.

    O territrio brasileiro formado por um conjunto de rochas muito antigas (arqueozicas e

    proterozicas). Essas rochas sofreram diastrofismo (movimento no interior da Terra) na era pr-cambriana (600 milhes de anos atrs) e depois foram submetidas eroso. Todo o materialdestrudo pela eroso foi carregado e acumulado em reas mais baixas (sedimentos).

    Em alguns pontos do Brasil, houve um soerguimento (levantamento) desses sedimentosque foram submetidos eroso. O resultado do trabalho da eroso corresponde aos chapades,chapadas e tabuleiros comuns no NE e CO.

    No perodo mesozico, houve o maior derrame de magma do mundo, cobrindo a regio debasalto e diabsio.

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    Assim sendo, podem ser encontradas no Brasil as seguintes rochas:

    Cristalinas (terrenos cristalinos): so de formao antiga e cobrem 36% do Brasil. So divididasem 32% arqueozicas e 4% proterozicas. Nos terrenos proterozicos (algonquianos) localizam-seas maiores jazidas de minerais metlicos.

    Sedimentares (terrenos sedimentares): sobretudo a partir da era paleozica, o embasamentocristalino do Brasil passou a ser recoberto em sua maior parte por sedimentos que deram origems bacias sedimentares, que correspondem a 60% da superfcie.

    Vulcnicas (terrenos vulcnicos): ocupam apenas cerca de 4% da superfcie e correspondem adepsitos de basalto, principalmente durante o perodo mesozico.

    5. Os principais minrios do Brasil

    Dos diferentes minerais conhecidos no subsolo da Terra, cerca de 3.400 despertaminteresse econmico, e destes, pelo menos 50 aparecem no Brasil. De acordo com os estudosatuais e em relao s necessidades de consumo do Brasil, podemos distribuir nossas reservas

    em: abundantes - quando ocorrem em quantidades suficientes para o consumo interno e exportao.Ex.: ferro, mangans, calcrio, bauxita, sal-gema, ouro e outros.

    suficientes - quando ocorrem em quantidade suficiente para o consumo interno. Ex: argila,chumbo, zinco e amianto.

    carentes - quando ocorrem em quantidade insuficiente para o consumo interno. Ex: petrleo, car-vo mineral.

    O Brasil se destaca na produo mundial de minrios, ocupando boas posies. Pode-secitar (em 1992): bauxita - 4 lugar, cromo - 8 lugar, diamante - 7 lugar, estanho - 1 lugar, ferro -3 lugar, mangans - 4 lugar, ouro - 4 lugar e tungstnio - 8 lugar.

    6. Minrio da ferro

    O ferro obtido pela reduo dos seus xidos. Seus principais minrios so:

    magnetita, com 72,4% de teor de ferro;

    hermatita, com 70% de teor de ferro;

    limonita, com 59,9% de teor de ferro;

    siderita, com 48% de teor de ferro.

    A ocorrncia de minrio de ferro no Brasil foi revelada no final do sculo XVIII e o seuaproveitamento teve incio na segunda dcada do sculo XIX, em Minas Gerais.

    As grandes jazidas do Brasil encontram-se em MG (Quadriltero do Ferro), PA (Serra dosCarajs) e MS (Morro do Urucum).

    Quadriltero Ferrfero de Minas Gerais

    Os principais depsitos de minrio de ferro esto numa rea de 8.000 km2, compreendidaentre as cidades de Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Mariana e Santa Brbara, queconstituem o chamado Quadriltero Ferrfero ou Central. Esta rea a principal produtora deminrio de ferro no pas, destinando-se produo tanto vinculada ao mercado interno comoexterno.

    Destacam-se duas reas de produo e escoamento do minrio:

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    As jazidas do Vale do Rio Doce - destinam-se aos mercados interno e externo, sendo aproduo escoada pela E. F. Vitria-Minas (da CVRD) at o porto de Tubaro, ES. As principaisempresas que atuam nesta rea so: Usiminas, Acesita, Belgo-Mineira (mercado interno) e CVRD(mercado externo).

    As jazidas do Vale do Rio Paraopeba - tambm se destinam aos mercados interno e externo ecuja produo escoada pela E. F. Vitria-Minas at o porto de Tubaro e pela E. F. Central doBrasil at o Rio de Janeiro. As principais empresas que atuam nessa rea so: CSN e Cosipa(mercado interno) e Antunes e Hanna (mercado externo).

    Observao: a maior empresa produtora de minrio de ferro do Brasil a CVRD (Companhia Valedo Rio Doce), que, em 1997, foi parcialmente privatizada em leilo.

    Morro do Urucum em Moto Grosso do Sul

    O estado de Mato Grosso do Sul possui grandes reservas de minrio de ferro situadas nosul do estado, no municpio de Corumb. Entretanto, essas reservas apresentam algumasdesvantagens, como grande distncia dos principais mercados de consumo e baixa qualidade deminrio.

    Serra de Carajs

    Situa-se no municpio de Marab, na bacia do rio Itacuinas, a 550 km de Belm. Constituiuma das maiores jazidas de ferro do mundo, descoberta em 1967 pela Companhia Meridional deMinerao (subsidiria do U.S. STEEL Corp.).

    O escoamento do minrio de ferro feito por ferrovia, at o porto de Itaqui, no Maranho.

    O projeto Carajs realizado pela CVRD.

    7. Mangans

    um metal encontrado na crosta terrestre em formas combinadas (xidos, silicatos,carbonatos, etc.) O principal minrio a pirolusita. usado, geralmente, na indstria siderrgica,

    onde se utilizam 30 kg de mangans para cada tonelada de ao. Devido ao grande emprego, umminrio estratgico, sendo que seus maiores consumidores (EUA, Frana, Inglaterra e Japo) nopossuem grandes reservas (exceto EUA).

    As principais jazidas brasileiras so:

    Serra do Navio (Amap)

    a principal produtora, correspondendo a 67% do total produzido no Pas. A explorao feita pela ICOMT (Indstria de Comrcio e Minrios), sendo o minrio transportado pela E. F. doAmap, at o Porto de Santana (AP). A produo visa ao mercado externo, particularmente osEUA.

    Quadriltero de Ferro

    a mais antiga rea produtora no Brasil, porm as principais jazidas j foram exploradas.A principal rea produtora o distrito de Conselheiro Lafaiete, responsvel por 25% da produonacional.

    Morro do Urucum (MS)

    A produo pequena e escoada pelo rio Paraguai, atravs do Porto de Corumb.

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    Serra dos Carajs (PA)

    Segunda maior reserva brasileira.

    8. AlumnioO alumnio um metal branco, leve e que no sofre corroso. utilizado pela indstria

    eltrica, de material, de transporte, de construo civil, de utenslios domsticos, etc. Os principaisprodutores mundiais so: Austrlia, Guin, Suriname, Rssia e Guiana. O principal minrio abauxita, sendo as principais reas de ocorrncias:

    Oriximin (PA)

    Uma das maiores reservas mundiais. O destino da produo visa exportao e aoabastecimento das indstrias nacionais. O projeto Trombetas utiliza energia proveniente daHidreltrica de Tucuru (rio Tocantins - PA). A bauxita de Oriximin abastece o complexo industrialde alumnio - Alunorte e Albrs - no Par, e tambm Alcoa, no Maranho (So Lus). O Par responsvel por 86,5% da produo brasileira (1992).

    Minas Gerais (Poos de Caldas, Ouro Preto e Mariana).

    Participa com 26% da produo brasileira.

    Serra dos Carajs (PA).

    9. Chumbo

    O principal minrio do chumbo a galena. Ele utilizado na fabricao de baterias, cabos,isolantes, para a radiao de raios X, etc. As principais reas de ocorrncia no Brasil so: Bahia,Boquira e Macabas (principal rea produtora), sendo responsvel por 80% da produo brasileira- Paran: Adrianpolis.

    O Brasil importa o chumbo do Peru e Mxico.

    Maiores produtores mundiais: Austrlia, Rssia, EUA, Canad e Mxico

    10. Estanho

    O principal minrio do estanho a cassiterita.

    As principais reas produtoras no Brasil so:

    Rondnia

    Vale dos rios Guarop, Mamor e Madeira - maioria do estanho brasileiro (13,5%).

    Amazonas: 58,5% da produo nacional.

    Par - Mapuera (26,0%).

    11. Cobre

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    um metal no-ferroso muito utilizado como liga (bronze e lato) e em condutoreseltricos.

    O principal mineral do cobre a calcopirita ou cuprita. No Brasil, as principais reas deocorrncia so:

    Rio Grande do Sul (Camaqu e Caapava do Sul) - participa com 24% da produo brasileira.

    Bahia (Caraba) - possui as maiores reservas e participa com 75% da produo brasileira.

    Par (S. dos Carajs) reservas menores.

    12. Ouro

    O Brasil possui a quarta maior produo mundial de ouro, aps a frica do Sul, os EUA e oCanad (1992). reas produtoras: Madeira, rio Tapajs, Alta Floresta (MS), Cumaru (PA), Jacobina(BA), Quadriltero Ferrfero (MG), Serra Pelada (fechada).

    13. SaI Marinho

    Ocupa uma posio de destaque no setor da indstria extrativa mineral, sendo utilizado na

    pecuria, alimentao humana e na indstria qumica. As principais reas produtoras so: RioGrande do Norte, responsvel por 80,5% da produo nacional, destacando-se nas localidades deAreia Branca, Mossor e Macau; Rio de Janeiro, Cabo Frio e Araruama; Cear.

    Observaes

    Em 1982, os gelogos identificaram a provncia mineral de mapuera, que compreendeparte do estado do Amazonas, do Par e Roraima, bem como uma rea que apresentava reservasvaliosas e de viabilidade econmica de topzio, turmalina. xenotina, monazita, ouro e estanho(Novo Airo).

    O Brasil possui 98% das reservas de quartzo do mundo, encontrado principalmente emMinas Gerais e Gois. O quartzo fundamental na indstria de informtica e preciso

    (computadores, televiso, relgios, etc).

    FONTES DE ENERGIA

    As fontes de energia so elementos que podem contribuir para a realizao do trabalho. Ohomem utilizou para isso o seu esforo muscular ou animais domesticados, posteriormente aenergia do vento (elica) e a hidrulica (aproveitando os rios). Foi com a Revoluo Industrial, nasegunda metade do sculo XVIII e no sculo XIX, que surgiram as mquinas modernas movidas aenergia eltrica obtida da queima do carvo, do petrleo (usinas, termeltricas da fora das guas(hidreltricas) e, mais tarde, da fisso do tomo (usinas nucleares). Finalmente, outras fontesalternativas foram surgindo, temendo-se o esgotamento das fontes no-renovveis. Devemosdestacar que as fontes de energia esto relacionadas ao tipo de economia, pois quanto maisindustrializada for, maior ser o seu consumo energtico. A expanso econmica e social

    verificada no Pas no decorrer das ltimas dcadas vem exigindo importante desenvolvimento danossa infra-estrutura, n