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Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.iic.pro.br / [email protected]

GEOGRAFIA DO BRASIL

2ª Edição - 2015

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e minha consideração a dois professores extraordinários – aqueles que me levaram a gostar de ensinar com excelência – Dometildes Tinoco e Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e Papai!)

Um agradecimento sincero aos meus queridos alunos e a nossa excelente e dedicada equipe de professores da Cadeira de Geografia, liderada pelo Professor Drº Adriano Bittencourt Andrade, que ex-membro da Banca do Concurso da EsFCEx, profissional ímpar, e que reúne as qualidades de um verdadeiro líder, auxiliado pela Doutorando Janaina Mourão Freire que com seu extraordinário conhecimento da Geografia Brasileira, escreveu este Caderno de Estudos. Trabalho de incomensurável valor pedagógico que servirá de guia para a preparação dos nossos alunos candidatos a uma vaga na EsFCEx. Agradeço também ao prestativo colaborador de todas as horas e inestimável amigo Luan Maciel, que aliado à coordenação da equipe de TI e Chefe do Suporte, executou excelente trabalho de formatação e diagramação deste material.

Nosso Caderno de Estudos apresenta varias questões por subtópico, além das que foram cobradas nos 12 últimos Concursos da EsFCEx. Questões necessárias e fundamentais para um adestramento simples, rápido e eficaz para o concurso da Escola de Formação Complementar do Exército.

Esperamos que você utilize esta obra, exercitando com atenção cada questão apresentada e pesquisando na bibliografia àquelas que apresentarem maior grau de dificuldade. Traga para a aula as dúvidas dos itens cuja resposta não esteja de acordo com seu conhecimento ou poste sua dúvida no fórum na Plataforma de ensico di IIC para que o professor possa respondê-laE.

Aceite nossa companhia nesta viagem de treinamento Rumo à EsFCEx.

Bons Estudos!!

Luiz Cidade

Diretor

Prezado aluno do Curso EsFCEx - Geografia do Brasil

O conhecimento, o entendimento e o perfeito domínio da Geografia Brasileira, em suas muitas vertentes, são ferramentas essenciais para o sucesso em qualquer concurso – especialmente no âmbito da carreira militar, com provas cada dia mais seletivas, que abordam diversas particularidades e singularidades da nossa Geografia.

Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o sucesso de seus alunos, o Curso Cidade, por meio de sua equipe de Professores de Geografia, apresenta este Caderno de Estudos confeccionado a partir de um sólido embasamento teórico, a presente apostila apresenta um atualizado conteúdo e um arcabouço de exercícios realizados por inúmeras bancas examinadoras, com o intuito de fortalecer e solidificar a teoria aprendida em sala, ou nas aulas ao vivo, trabalhada na apostila e praticada nos exercícios. Há uma quantidade significativa de questões e de tópicos teóricos importantes, cujo objetivo é ajudar a pensar a Geografia do Brasil, sem recorrer a estratégias mnemônicas ineficazes e ideias generalizadas, desprovidas de lógica.

Aproveite! O material é seu: faça um ótimo uso dele!

Temos certeza de que aquele que se dedicar com afinco ao estudo da teoria e das questões aqui apresentadas irá melhorar sobremaneira o seu desempenho nos exames vindouros. Nosso principal objetivo, com este material, é contribuir para melhorar o desempenho de todo candidato que, de fato, queira aprender para resolver as questões de forma rápida e eficaz por ocasião do concurso.

Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu sucesso!

Bom trabalho e bom estudo!

Equipe de Geografia do Brasil

Curso Cidade

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E Q U I P E

Diretor Geral Luiz Alberto Tinoco Cidade Diretora Executiva Clara Marisa May Diretor de Artes Fabiano Rangel Cidade Coordenação Geral dos Cursos Preparatórios Profº Luiz Alberto Tinoco Cidade Coordenação dos Cursos de Idiomas EAD Profº Dr. Daniel Soares Filho Secretaria Evelin Drunoski Mache Suporte Luan Maciel Cruz Editoração Gráfica Edilva de Lima do Nascimento Fonoaudióloga e Psicopedagoga Mariana Ramos – CRFa 12482-RJ/T-DF Assessoria Jurídica Luiza May Schmitz – OAB/DF – 24.164 Assessoria de Línguas Estrangeiras Cleide Thieves (Poliglota-EEUU) João Jorge Gonçalves (Poliglota-Europa)

Equipe de Professores Professores dos Idiomas Luiz Cidade – Espanhol Cleide Thieves – Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão e Japonês Maristella Mattos Silva – Espanhol (EAD) Monike Cidade – Espanhol (EAD) Genildo da Silva – Espanhol Leonardo dos Santos – Espanhol Diego Fernandes – Espanhol João Jorge Gonçalves – Inglês, Francês Espanhol e Português Whang Pontes Teixeira – Espanhol Mariana Ramos – Inglês (EAD) Rita de Cássia de Deus Vindo Márcia Mattos da Silva – Francês (EAD) Marcos Henrique – Francês Professores dos Concursos Drº Adriano Andrade - Geografia do Brasil Drº Daniel Soares Filho – Espanhol (EAD) Drª Simone Tostes – Inglês (EAD) Ms Janaina Mourão Freire – Geografia do Brasil Ms Edson da Costa Rodrigues – Ciências Contábeis Ms Sandra Nascimento da Hora – Língua Portuguesa (EAD) Edson Antonio S. Gomes – Administração de Empresas Tomé de Souza – Administração de Empresas EAD Sormany Fernandes – História do Brasil Valber Freitas Santos – Gramática, Redação e Literatura Thiago Godoi – História do Brasil Felício Mourão Freire – História Geral Francisco Roges Madeiro – Geografia do Brasil Ivanaldo Silva de Carvalho – História do Brasil Djalma Augusto – História do Brasil Ronaldo de Castros Soares – História do Brasil Daniel Castro de Faria – Gramática, Redação e Literatura Albert Iglésias – Língua Portuguesa e Literatura Luiz Felipe - Geografia do Brasil

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Conteúdo Conteúdo ................................................................................................................................... 6

UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA .................................................................................... 8

UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS .......................................... 8

MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO ..................................................................... 9

CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL ......................................................... 9

1.1 O processo de formação do território nacional .............................................................. 10

1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos ................................................ 12

1.3 Coordenadas geográficas ............................................................................................ 13

1.4 Fusos Horários ............................................................................................................ 14

1.5 Fusos horários do brasil ............................................................................................... 15

Resumo ................................................................................................................................ 19

EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 20

EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 24

CAPÍTULO 2: A INSERÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA ........................................................................................................................... 28

2.1 Conceitos e temas: a globalização perversa .................................................................. 28

2.2 A globalização na prática e seu histórico ...................................................................... 29

2.3 A Regionalização e o MERCOSUL ................................................................................. 31

Resumo ............................................................................................................................ 34

EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 35

EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 41

CAPÍTULO 3: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO E O ESPAÇO INDUSTRIAL BRASILEIRO .... 44

3.1 Conceitos e temas: território usado e outros territórios ................................................. 44

3.2 Compreendendo a indústria ......................................................................................... 44

3.3. Modelos de produção: Taylorismo/Liberalismo, Fordismo/Keynesianismo e Toyotismo/Neoliberalismo ................................................................................................. 45

3.4 Período pré vargas - o papel do estado na industrialização brasileira. ............................ 46

3.5 Período vargas - O período desenvolvimentista e os PNDS. ........................................... 48

3.6 Período pós-vargas - O tripé da industrialização: empresas multinacionais, nacionais e estatais ........................................................................................................................... 48

3.7 Características atuais da industrialização brasileira ....................................................... 49

3.8 Diversificação industrial brasileira ................................................................................ 50

Resumo ............................................................................................................................... 54

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 55

EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 60

CAPÍTULO 4: URBANIZAÇÃO ................................................................................................ 66

4.1 Conceitos e temas: urbanização e crescimento urbano ................................................. 66

4.2 Hierarquia urbana ...................................................................................................... 66

4.3 A urbanização brasileira .............................................................................................. 69

4.4 Características atuais da urbanização brasileira ............................................................ 70

4.5 Os problemas urbanos ................................................................................................ 71

Resumo ............................................................................................................................... 73

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 74

EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 77

CAPÍTULO 5: A REDE DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO BRASILEIRA, SUA ESTRUTURA E EVOLUÇÃO........................................................................................................................... 81

5.1 Conceitos e temas: ..................................................................................................... 81

5.2 A história do transporte no Brasil ................................................................................ 82

Resumo ............................................................................................................................... 90

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 91

EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 93

CAPÍTULO 6: O ESPAÇO RURAL ............................................................................................ 96

6.1 Conceitos e temas: ..................................................................................................... 96

6.2 Espaço rural brasileiro: histórico ................................................................................. 97

6.3 Espaço rural brasileiro: O Agronegócio ........................................................................ 97

6.4 Espaço rural brasileiro: Produção agroindustrial x fome................................................ 99

6.5 Espaço rural brasileiro: Agricultura familiar .................................................................. 99

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Resumo .............................................................................................................................. 101

EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 102

EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 105

CAPÍTULO 7: A POPULAÇÃO BRASILEIRA ............................................................................. 108

7.1 Conceitos e temas: ................................................................................................... 108

7.2 Teorias demográficas ................................................................................................ 109

7.3 Transição demográfica e pirâmide etária .................................................................... 109

7.4 A Formação, estrutura e dinâmica da população brasileira .......................................... 111

7.5 O Índice de desenvolvimento humano ....................................................................... 113

7.6 Os Fluxos migratórios internos ................................................................................... 114

7.7 O Imigrante na formação do Brasil ............................................................................ 115

Resumo .............................................................................................................................. 116

EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 117

EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 122

MÓDULO II - O ESPAÇO NATURAL .......................................................................................... 125

CAPÍTULO 8: Estrutura e dinâmica do planeta + o espaço natural brasileiro .......................... 125

8.1 Conceitos e Temas: O Planeta Terra .......................................................................... 125

8.2 Teorias e o movimento de placas ............................................................................... 127

8.3 Calendário geológicoe ciclos das rochas ..................................................................... 128

8.4 Classificação do relevo brasileiro ................................................................................ 130

8.5 Os domínios morfoclimáticos do Brasil ....................................................................... 133

8.5 Imagens adicionais ................................................................................................... 133

Resumo .............................................................................................................................. 135

EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 136

EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 140

CAPÍTULO 9: CLIMA E VIDA ................................................................................................ 145

9.1 Conceitos e temas ..................................................................................................... 145

9.2 Fatores e elementos do clima .................................................................................... 146

9.3 O clima em escala nacional ........................................................................................ 149

Resumo .............................................................................................................................. 150

EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 151

EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 154

CAPÍTULO 10: FONTES DE ENERGIA .................................................................................... 158

10.1 Conceitos e temas: As fontes de energia ................................................................. 158

10.2 As políticas energéticas no Brasil .............................................................................. 160

EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 162

EXERCÍCIOS DE PROVA ...................................................................................................... 164

Gabaritos ................................................................................................................................ 168

Capítulo 1 ........................................................................................................................... 168

Capítulo 2 ........................................................................................................................... 168

Capítulo 3 ........................................................................................................................... 168

Capítulo 4 ........................................................................................................................... 168

Capítulo 5 ........................................................................................................................... 169

Capítulo 6 ........................................................................................................................... 169

Capítulo 7 ........................................................................................................................... 169

Capítulo 8 ........................................................................................................................... 169

Capítulo 9 ........................................................................................................................... 170

Capítulo 10 ......................................................................................................................... 170

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8 UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA | Curso Preparatório Cidade

UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA

Vamos começar pessoal?! Antes de iniciar os capítulos traremos algumas conceituações que serão fundamentais ao longo de toda a apostila.

A Geografia se interessa pelas relações estabelecidas entre a sociedade e a natureza. Para tanto, busca compreender quem é, a sociedade e o que é, a natureza. Os pesquisadores identificaram que, com a ação humana, o meio natural/intocado sofre uma artificialização e instrumentalização. A sociedade desenvolve técnicas para habitar e construir e, altera a configuração de um meio natural para um meio técnico. Com o processo histórico vivido pela sociedade ocidental e a aceleração proveniente da famosa globalização, chegamos na etapa do meio técnico-científico-informacional.

O meio natural não é destituído de técnica e por isso o geógrafo Milton Santos negou o uso do termo “pré-técnico”. O que as sociedades desenvolviam através da domesticação de plantas e animais, o uso do fogo, construção de mantimentos e outras atividades, são técnicas, mas optou-se por definir o estágio da técnica a partir da mecanização, ou seja, do uso de máquinas.

O espaço mecanizado passa a diferenciar as sociedades e os Estados em função da presença de objetos técnicos. O homem concede a si mesmo o status de poderoso a medida que avança sobre a natureza em dominação e concomitantemente se diferencia de outros homens pelas posses maquinizadas.

“Utilizando novos materiais e transgredindo a distância, o homemcomeça a fabricar um tempo novo, no trabalho, no intercâmbio, no lar” (SANTOS, 2006, p.158).

O meio-técnico-científico-informacional, representa a união entre técnica e ciência na lógica mercantil (a ciência, a tecnologia e o mercado global caminham juntos atendendo aos interesses da propriedade privada). A informação é a energia de circulação das técnicas que se apresentam em toda parte (e a todo instante) como necessidades. Esse momento é temporalmente identificado a partir da Segunda Guerra Mundial mas se consolida após a década de 70.

Essa primeira ideia que trazemos na apostila é fundamental para que percebam ao longo dos capítulos o que é, afinal, a Geografia e que passem a identifica-la em seu cotidiano.Vivemos em um meio técnico-científico-informacional e vocês verão, no decorrer do curso, que a Geografia está mais presente no dia-a-dia do que podiam imaginar. A Geografia está em toda parte.

Biblioteca do Geógrafo: MILTON SANTOS Natureza do Espaço: Técnica e tempo. Razão e Emoção.

UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS

Antes de iniciar o primeiro capítulo do primeiro módulo ainda se faz necessário refletir sobre algumas questões muito caras à Geografia: suas categorias. Elas serão imprescindíveis ao longo do estudo, ok?! O ESPAÇO GEOGRÁFICO é resultado da ação humana. Conhecendo o meio técnico-científico-informacional, compreende-se como o homem se especializa e por sua vez, como o espaço se configura. O espaço é a totalidade, onde as técnicas atuam e intervém. O homem deixa marcas no espaço por meio dos objetos, dos monumentos, das construções e etc. É o chamado patrimônio que se configura na PAISAGENS urbanas e rurais.

O espaço, enquanto totalidade, pode ser dividido em outras escalas como a Paisagem que é vista como um conjunto de formas e objetos existentes por uma construção transversal (passado e presente). No entanto, por mais que pertença ao presente (à história viva), é história congelada e praticamente imutável, possibilitando o desenvolvimento da ideia de patrimônio. Milton Santos discorre sobre as rugosidades que são o “passado como forma, espaço construído, a paisagem, o que resta do processo (...)” (SANTOS, 2006, p.92). As rugosidades são os testemunhos do passado que ainda existem/persistem na atualidade.

Outra escala de análise do espaço geográfico é o TERRITÓRIO. Este é concebido por relações de poder, ou seja, é um recorte do espaço onde se pode identificar ações de poder. Além disso, um território sugere a existência de apropriação. Um sujeito que se insere em um território, possuiu um sentimento de pertencimento. Um território pode ser um Estado–nação, uma tribo indígena, um grupo de quilombolas, torcidas organizadas, funcionários de uma fábrica e outros.

Para finalizar, a REGIÃO precisa ser mencionada. Ao longo da história da Geografa essa categoria já teve mais visibilidade e era entendida de uma forma diferenciada. Hoje ela se apresenta no processo de regionalização verificado juntamente com a mundialização. O tempo acelerado que diferencia os eventos, diferencia também os lugares e, desta forma, intensifica o fenômeno da região (da regionalização).

Todas essas categorias estarão presentes ao longo do curso e poderão ser entendidas e aplicadas com maior precisão.

Biblioteca do Geógrafo: MILTON SANTOS Brasil, território e sociedade no início do século XXI

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Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 9

MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO

CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL

Para compreender a formação do território nacional brasileiro é necessário entender o que é FRONTEIRA. A partir do avanço de fronteiras, os europeus chegaram na américa; com o rompimento de fronteiras, a colônia portuguesa tornou-se bem maior do que o previsto no Tratado de Tordesilhas; pelo fortalecimento de fronteiras, o Brasil manteve-se em sua unidade, enquanto a colônia espanhola fragmentou-se em diversos países; pela fronteira marítima, o Brasil se destaca internacionalmente na produção de petróleo. Esses são apenas exemplos da força da fronteira frente a um território.

As fronteiras naturais são zonais, ou seja, modificam-se a partir de certa dinâmica temporal passível de previsão (na maioria dos casos). As marés são exemplos de modificação de fronteira movida por fases temporais, onde os limites entre a superfície terrestre e o oceano se alteram. As fronteiras imóveis e lineares são resultado da ação humana, principalmente no âmbito da político. O que é um mapa político se não a representação dos limites territoriais de um país?

O Estado-nação é uma fronteira humana que se fundamenta na constituição de um território, no nosso caso, o Brasil. O território brasileiro não é uma fronteira natural, mas sim uma construção política e histórica que expressa uma apropriação realizada pelo homem. O Brasil foi descoberto? Não, o Brasil foi constituído pela posse do território e as relações de poder que se estabeleceram pelo uso da terra. O território nacional é um espaço com fronteiras onde o Estado brasileiro tem sua soberania legitimada pela CF/88.

Mas afinal, você sabe onde acaba e onde começa o Brasil? A leste, com certeza no mar. A norte, sul e oeste o território brasileiro faz fronteira com outros países e não possuímos postos de fronteira rodeando toda essa extensão, ou seja, a exatidão do mapa pode não representar com precisão a vida nessas localidades fronteiriças. Os postos, por conseguinte, são fundamentais para que negócios ilegais não de efetuem com facilidade. O cuidado com essas zonas competem exclusivamente à União.

Nosso mar territorial, a imensa Amazônia Azul que possuímos, é fundamental na economia brasileira. A ONU definiu em 1994 que uma faixa de 12 milhas náuticas (aproximadamente 22,2 quilômetros) a partir da linha de base da costa, pertencem à nação. O Estado exerce seu poder com totalidade mas não possui autonomia de impedir o tráfego de embarcações internacionais.

Além disso, o país pode ter como ZEE (Zona Econômica Exclusiva) uma faixa de exploração dos recursos naturais de 200 milhas náuticas, podendo ser estendida para 350 milhas náuticas caso

comprove-se a presença de plataforma continental igualmente extensa. O governo ganha o direito ao uso e se compromete a zelar pela saúde da área explorada. O Brasil ganhou o direito de aumento da área de ZEE após pesquisas minuciosas realizadas pela Marinha e pela Petrobrás e hoje possui cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de área.

Mas o que é Plataforma Continental? Vamos compreender esse e outros conceitos. Veja a figura abaixo:

Figura 1: Mar territorial e ZEE / Organização: Janaína Mourão Freire

A plataforma continental é a extensão submersa do relevo terrestre que se dissipa na camada íngreme do talude. Após o talude, é alto-mar, onde a ausência de luz e a imensa profundidade faz do oceano algo ainda muito misterioso para os estudiosos da área.

Dicionário do Geógrafo

Amazônia Azul ... É um termo utilizado para designar a vasta área marítima que está sob a responsabilidade brasileira. O nome faz alusão a floresta amazônica (a Amazônia verde) que também é imensa e rica em recursos naturais como o oceano atlântico.

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10 MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO | Curso Preparatório Cidade

1.1 O processo de formação do território nacional Para se chegar na atual configuração do território nacional foram necessários muitos litígios que, por um processo paulatino, constituíram a historiografia de cada localidade.Vale ressaltar que, por muito tempo, os brasileiros se estabeleceram no litoral com uma economia voltada ao mercado externo (e inicialmente à metrópole). Só a partir do século XX, com o processo de industrialização, que efetivamente ocorreu o desenvolvimento do centro do Brasil e do mercado interno.

A formação da população brasileira deu-se a partir da concentração da propriedade de terra e a formação de elite (juntamente com a exclusão). O Tráfico negreiro pelo atlântico, o extermínio gradual de populações indígenas e a migração europeia (intensificada em meados do século XIX) foram fatores fundamentais no processo de consolidação do Estado brasileiro.

Com a “descoberta” da América, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas (figura ao lado) que parcelava a América do sul em dois domínios. Inicialmente, os portugueses não se deslocaram para suas colônias americanas e apenas com a instituição do sistema de capitânias hereditárias é que o processo de colonização começou a acontecer (e se estendeu até o dia 7 de setembro de 1822).

O limite estabelecido no tratado não foi cumprido na prática e o domínio português ampliou-se consideravelmente. Após a independência do Brasil e até recentemente, novos territórios foram inseridos, alguns foram renomeados, outros foram realocados e muitos foram criados (inclusive capitais como Palmas, Goiânia e Brasília).

O conjunto de mapas abaixo fazem um histórico sucinto do processo de organização territorial do Brasil. Observe que o Acre, até o século XX não pertencia ao país e estados como Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina tiveram suas áreas modificadas. A formação de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Amapá e Tocantins fazem parte de processos bem recentes.

Durante o processo de consolidação do Brasil foram criados alguns territórios federais que eram administrados pela União e, portanto, não tinham autonomia de um estado. O Objetivo era dar mais atenção as áreas de fronteira. O primeiro foi criado no Acre e posteriormente vieram os territórios do Rio Branco na atual Roraima; do Amapá; do Guaporé na atual Rondônia, de Ponta Porã que hoje pertence ao Mato Grosso do Sul e do Iguaçu hoje parte do Paraná e Santa Catarina. Com o tempo esses territórios foram elevados à condição de estado ou inseridos em algum estado já existente. Em 1977 o Mato Grosso se dividiu originando o Mato Grosso do Sul e em 1988 Goiás cedeu parte de seu território para a construção de Tocantins.

O Brasil parou de se modificar? Chegamos na feição final do nosso território? Não é possível afirmar isso vivendo em um mundo tão dinâmico (o meio técnico-científico-informacional).

Figura 2: Tratado de Tordesilhas

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Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 11

Figura 3: Fases de formação do território nacional

Canções do Geógrafo

ANTONIO NÓBREGA ... Chegança

Biblioteca do Geógrafo

GILBERTO FREYRE ... Casa Grande e Senzala

DARCY RIBEIRO ... O Povo brasileiro

Cinema do Geógrafo

A MISSÃO ... RolandJoffé (1986)

Atualmente o território brasileiro está dividido em cinco regiões com um total de 26 estados mais o Distrito Federal. Tem uma imensa fronteira marítima a leste e faz divisa com os países da América do Sul a oeste/norte/sul, exceto o Chile e Equador (o que o coloca em uma posição extremamente estratégica). É o quinto maior país do mundo em extensão territorial, sendo muitas vezes qualificado como um território de proporções continentais. Em termos de área contínua, é o 4º maior do mundo (visto que os EUA contém o Alaska e o Hawaii em seus cálculos de área). De norte a sul são 4,394 km e de leste a oeste 4,319 km. Tem 5,7% das terras emersas do planeta e ocupa 48% da América do Sul. Está localizado entre os paralelos 5º16’de latitude norte e 33º44’ de latitude sul, assim como entre os meridianos 34º47’ e 73º59’ de longitude oeste.

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12 MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO | Curso Preparatório Cidade

Figura 4: Mapa Político

Pela sua posição no globo, o Brasil tem fácil acesso à América do Norte e Central, assim como à África e à Europa. É um país com posição privilegiada.

Figura 5: Pontos extremos e fronteiras

1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos O processo de ocupação do território brasileiro está totalmente interligado com a história do desenvolvimento econômico do país. Ao longo do século XVII, a cana de açúcar foi a matéria-prima de maior importância para o Brasil e teve sua produção localizada basicamente na região Nordeste. Entre as capitanias da Bahia e Pernambuco, as planícies e os tabuleiros litorâneos ocuparam-se da economia canavieira. As criações de gado foram realocadas para o centro do território para se

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Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 13

afastarem das terras nobres e, por isso, a pecuária se estabeleceu mais no interior, próximo aos rios Parnaíba e São Francisco. Esses grupos formaram inúmeros povoados que ao longo do tempo possibilitaram a formação das cidades sertanejas.

Ainda no final do mesmo século iniciou-se as primeiras ocorrências do ouro mas foi no século XVIII que ganhou força. O bandeirantismo representou a busca por metais preciosos principalmente nas áreas que hoje pertencem a Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Juntamente com a atividade de extração, aprisionavam índios para escravização e o resultado foi um grande extermínio. Uma das cidades mais conhecidas de Minas Gerais se constituiu nesse período: Ouro Preto, a antiga Vila Rica. Eram como ilhas de povoamento no interior que foram, com o tempo, tornando-se cada vez mais interligadas e iniciou-se um processo de despovoamento do litoral brasileiro.

No século XIX muitos colonos chegaram ao sul do Brasil. Dentre eles destacam-se os alemães, italianos e eslavos. Eles ocuparam terras que até hoje são como verdadeiras viagens a outro Brasil, completamente diferente culturalmente. Eles desenvolveram a pecuária na região que até hoje é bem expressiva. Os japoneses chegaram no início do século XX e possuem grande representação na cultura brasileira, principalmente na cidade de São Paulo.

O século XX é caracterizado por duas grandes produções embora segunda tenha sido mais curta e bem menos comentada: o café e a borracha. A borracha amazônica teve dois grandes ápices: final do século XIX e princípio do século XX (entre 1880 e 1913) e durante a Segunda Guerra Mundial. A Amazônia, por conseguinte, já vinha sendo habitada desde o empreendimento de colonização realizado pela Igreja católica no século XVII com as missões. Além do trabalho de catequização, buscavam os conhecimentos tradicionais de plantas medicinais e especiarias e tinham como objetivo a proteção do território com a construção de fortes. Muitas das populações ribeirinhas surgiram desse período.

Dica Geográfica

A mão-de-obra nordestina predominou nos seringais amazônicos. Quando chegavam, logo deveriam inteirar-se de uma atividade inexistente no sertão: a extração do látex. Na extração do Caucho da Castiolla que rendia uma borracha de pior qualidade o povoamento tendia a ser nômade pela técnica utilizada para a extração. Já “a exploração das hevea proporcionou uma ocupação de caráter permanente, a formação de núcleos populacionais estáveis e a fixação do ser humano na floresta [...]” (VALCUNDE, 2009). A espécie hevea foi a grande mantenedora da

produção de borracha e possuía visibilidade internacional. O látex, extraído da seringueira (ou hevea), já era conhecido pelos índios que viviam na floresta amazônica e por povos pré-colombianos da região do México e Haiti. Eles o utilizavam para atender a inúmeras demandas como a produção de bolas, sapatos, vasilhas, medicamentos, contra o frio e outros. A característica elástica e impermeável do material interessou muito os colonizadores europeus que apenas na metade do século XIX, com a vulcanização descoberta por Charles Goodyear e Thomas Hancock, iniciaram a produção industrial do material.

De acordo com Joe Jackson (2011), o Brasil que produzia a maior parte da borracha internacional foi vítima de uma atitude desleal do governo inglês. Henry Wickham – botânico inglês - roubou 70 mil sementes da espécie Hevea Brasiliensis possibilitando a produção em massa de látex principalmente na Malásia, antiga colônia inglesa. Contra a monocultura de seringa, nossos seringueiros não puderam competir. A Inglaterra desafiou a distância em que se encontrava a Amazônia produzindo um látex que além de mais barato, era de maior qualidade e não exigia dos trabalhadores tantos riscos na extração do material, como acontecia na floresta Amazônica. Nossos seringais entraram em crise e apenas na Segunda Guerra Mundial ganharam força novamente

O Café, ou a Marcha do Café, se expandia do vale do Paraíba rumo ao Oeste Paulista. O complexo cafeeiro foi o grande facilitador do processo de industrialização do Sudeste. Muitos dos empresários de industrias deslocaram-se da economia cafeeira após a crise. Os funcionários de fazendas, principalmente migrantes, deslocaram-se para trabalhar nas fábricas e as ferrovias criadas para escoamento do café foram fundamentais para o deslocamento de matérias-primas industriais. Esse ciclo econômico foi fundamental na criação de muitas cidades, grande parte delas com grande visibilidade nos dias atuais.

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Figura 6: Esplanadas dos Ministérios - Brasília DF

Em meados do século XX, Getúlio Vargas iniciou a Marcha para o Oeste e o objetivo de interiorização do Brasil que já constava na Constituição Federal de 1988 (CF/88), ganhou força. Juscelino Kubistchek, enquanto realizava um comício na cidade de Jataí – GO, prometeu que construiria uma nova capital no interior do Brasil e da política dos “50 anos em 5”, nasceu Brasília. Nos finais do século XX, o fortalecimento da agroindústria e a expansão das tecnologias agrícolas no Centro-Oeste deu força ao interior do Brasil.

Dicionário do Geógrafo

Áreas Anecúmenas -> áreas desfavoráveis à habitação humana

Áreas Ecúmenas -> áreas favoráveis à habitação humana

Território Povoado -> Distribuição de grupos humanos na extensão total do território

Território Populoso -> Grande quantidade de pessoas que habitam o território

Canções do Geógrafo

JACKSON DO PANDEIRO -> Rojão de Brasília

DOMINGUINHOS -> Lamento Sertanejo

CASA DE CABOCLO -> Nonô e Nana

Cinema do Geógrafo

AMAZONIA (Minissérie) -> Rede Globo

Biblioteca do Geógrafo

PEDRO MARTINELLO -> A Batalha da Borracha

ALDO PAVIANI -> Brasília, controvérsias ambientais

1.3 Coordenadas Geográficas As coordenadas geográficas foram desenvolvidas para facilitar o processo de organização

cartográfica. Essas coordenadas são estruturadas em linhas horizontais (paralelos) e verticais

(meridianos). A partir delas, é possível determinar qualquer ponto do planeta. É importante que

você saiba que para localização de algo ou alguém, é necessário a combinação dos dois pontos: a

latitude e a longitude. Se você possuir apenas um deles, a busca se torna pouco precisa e eficiente.

A latitude é obtida pelas linhas horizontais � PARALELOS

A longitude é obtida pelas linhas verticais � MERIDIANOS

A linha horizontal principal é o Equador, que equivale ao paralelo 0º e divide a Terra em hemisfério

Norte e Sul. A medida que alguém se desloca da Linha do Equador em direção ao Polo Norte ou em

direção ao Polo Sul, a latitude aumenta. A latitude varia de 0º a 90º.

A linha vertical principal é Greenwich, que equivale ao meridiano 0º e divide a Terra em hemisfério

Leste e Oeste. À medida que alguém se desloca do meridiano de Greenwich para o oriente e o

ocidente, a longitude aumenta. A longitude varia de 0º a 180º.

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Veja a imagem abaixo:

(Fonte: http://goo.gl/4TcbtP, acessado em abril de 2014)

Podemos usar alguns nomes para definir os quatro hemisférios:

Norte � Setentrional ou Boreal

Sul � Austral ou Meridional

Leste � Oriente ou Nascente

Oeste � Ocidente ou Poente

Pense um pouco sobre essa assertiva:

Locais de latitudes mais baixas tendem a ser zonas mais quentes.

Sim! Assim como as latitudes mais altas, ou seja, zonas mais próximas aos pólos, tendem a ser mais frias.

E o que podemos compreender a partir da longitude?

Os Fusos Horários!!!

1.4 Fusos Horários Sabemos que a Terra executa o movimento de rotação, ou seja, ela gira em torno dela mesma. Esse processo dura 24h. Isso quer dizer que a Terra gira 360º em 24 horas. Se:

360º - 24h

Xº - 1h

A partir de uma regra de três simples, podemos dizer que cada hora equivale a 15º de giro.

1h = 15º = 1 fuso

Portanto, se cada hora equivale a um fuso ou 15º, e a Terra demora 24h no movimento de rotação, chegamos a mais uma conclusão:

24h = 360º = 24 fusos

Temos, então, 24 fusos de 15º cada.

O meridiano de Greenwich é o fuso 0º, conhecido como GMT – Greenwich Mean Time (linha internacional de hora).

Se andarmos um fuso para a direita a partir do GMT, ou seja, 15º para o oriente, o fuso aumentará em uma hora. Se andarmos um fuso para a esquerda, ou seja, 15º para o ocidente, diminuirá em uma hora.

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Veja abaixo:

(Fonte: http://goo.gl/Z4Wgrw, acessado em abril de 2014)

Veja que no canto direito há a frase Linha Internacional da Data. O que é isso?

É também conhecido como o antimeridiano – LID. Esse meridiano é importante porque determina não apenas a mudança de hora, mas também a mudança de data. Corta a Terra no Estreito de Bering, no Oceano Pacífico sem atravessar áreas continentais.

Observe a imagem ao lado e veja a explicação a seguir:

“O horário na faixa de fuso em que a linha está situada é o mesmo, tanto de um lado como do outro da linha. No entanto, a parte leste da LID situada no hemisfério Oeste (ocidental), tem um dia a menos em relação à parte Oeste (o lado esquerdo), situada no hemisfério Leste (Oriental). Toda a embarcação que cruza a LID no sentido leste-oeste perde um dia: por exemplo, da tarde de sábado passa à tarde de domingo. Já uma embarcação que cruza no sentido Oeste-Leste ganha um dia, pois da manhã de Domingo, por exemplo, passa para a manhã de Sábado. Outra

observação curiosa: se viajarmos para oeste e dermos uma volta completa ao redor da Terra, "perderemos" um dia, pois estaremos caminhando contra o sentido do movimento de rotação; nesse caso, os dias são mais longos. Na situação oposta, se circundarmos a Terra no sentido Leste "ganharemos" um dia, pois estaremos viajando no mesmo sentido do movimento de rotação da Terra: de Oeste para Leste.”

(Fonte: http://goo.gl/r0Is8T, acessado em abril de 2014)

Está Claro né?!

Vamos analisar agora os fusos horários do Brasil.

1.5 Fusos Horários Do Brasil O Brasil possui quatro fusos horários atrasados até cinco horas em relação ao GMT. Fuso 1 do Brasil � Abrange as ilhas oceânicas brasileiras como: Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Trindade e Martin Vaz. É o fuso - 2.

Fuso 2 do Brasil � Caracteriza a Hora Oficial do Brasil, abrangendo a Capital Federal e diversas áreas das cinco regiões. É o fuso - 3.

Fuso 3 do Brasil � Abrange grande parcela da região Norte e parte do Centro Oeste. É o fuso - 4.

Fuso 4 do Brasil � Abrange o estado do Acre e parcela da Amazônia ocidental. É o fuso - 5.

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Veja o mapa abaixo:

(Fonte: http://goo.gl/M3GRmj)

ATENÇÃO: O fuso - 5 já foi abolido e retomado no final de 2013.

Horário de Verão� No Brasil temos a prática de adotar o Horário de Verão que como o próprio nome diz, refere-se a um horário novo, instaurado nos meses de verão. Como nessa época, pela inclinação da Terra, a amplitude da radiação solar é maior, aproveita-se mais o tempo de incidência solar sobre a Terra, adiantando uma hora no relógio. Assim, há uma grande economia de energia elétrica.

Veja o infográfico abaixo utilizado para o horário de verão entre 2013 e 2014:

(Fonte: http://goo.gl/goA33U)

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Dica Gegráfica

Leia o decreto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6558.htm

Bom, agora que vocês já sabem tudo sobre Fusos horários, pratiquem nos exercícios.

No próximo capítulo entenderemos como vem ocorrendo o processo de globalização. Animados?!