Geografia e Conhecimentos Gerais - IBGE 2013 - Aula 02 - Parte 02(1).pdf

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    MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE

    1. As origens das preocupações ambientaisO pensamento ambiental, ecológico e de sobrevivência está presente em

    toda a história da humanidade e existiram problemas ambientais em todos osperíodos, porém diferenciados. Foi com a Revolução Industrial (séc. XVIII eXIX), que o meio ambiente começou a ser tratado isoladamente, como se fosseum conjunto de elementos que não tinham nenhuma relação com a sociedadee existiam apenas para atender às suas necessidades.

    Dentro desse contexto histórico – com suas características sociais,econômicas e políticas – os interesses econômicos privados ou particulares decurto prazo tornaram-se explícitos e prevaleceram sobre qualquer alerta deproblemas que poderiam surgir em longo prazo. Esse processo dedesenvolvimento do capitalismo foi acompanhado por profundos avançoscientíficos, que aceleraram a busca por recursos naturais. De meados doséculo XIX até os nossos dias, ocorreu um verdadeiro saque aos recursosnaturais e uma destruição selvagem de muitos elementos da natureza.

    Em 1870, o cientista alemão Ernst Haeckel, criou a palavra ecologia,usando as palavras gregas – oikos , que significa morada, e logos , que significaestudo. O cientista usou o termo para temas da ciência biológica, em um ramode estudo das relações entre seres vivos e os elementos não vivos e deles comseu meio ambiente.

    Em 1962, a bióloga norte-americana Rachel Carson, publicouP r i m a v e r a S i le n c i o s a , livro que despertou a consciência ambientalplanetária. A publicação fazia uma denúncia do uso indiscriminado deagrotóxicos ou pesticidas nas lavouras, afirmando que eles eram prejudiciais anatureza e a saúde humana. A partir deste fato, e muito em função dessasdenúncias que levaram a outras, assistimos ao despertar da consciênciaambiental, mesmo que de forma gradual e muitas vezes imperceptível para amaioria da população.

    2. A sociedade de consumoVivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do

    consumo. Todas as instâncias, jovens, adultos, idosos – sejam eles ricos oupobres - estão inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtosapresentados como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar afelicidade. É cada vez mais comum observarmos que o ato de consumir é

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    colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao indivíduosentir-se inserido na sociedade.

    A economia mundial vive um momento em que um dos seussustentáculos é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se umtempo em que existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado noconsumo. A casa, o carro, as viagens fazem parte desse estilo.

    A expansão do consumismo acelerado acarreta altademanda/necessidade de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à

    produção e ao funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado,não sustentável, globalizou-se.

    A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursosnaturais, que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza,considerando que a reposição é impossível para alguns elementos, cuja escalade tempo para a formação é milhões de vezes maior que a vida média dosseres humanos.

    Segundo o World Wildlife Fund (WWF), uma das ONGs ambientalistasmais ativas no mundo, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos

    naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório,em 2030 a demanda atingirá os 100% - ou seja, precisaremos de dois planetaspara sustentar o mundo.

    A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pelapegada ecológica . Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordocom a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais eabsorver os resíduos provocados pela atividade humana.

    O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfícieocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou

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    edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cadapessoa no mundo utilizasse 1,8 hectare de área (quase dois campos defutebol). O problema é que essa média é de cerca de 2,2 hectares. Nos paísesdesenvolvidos, esse número é ainda maior – o índice dos Estados Unidos, porexemplo, é de 9,6 hectares por pessoa.

    Hora de começar a praticar!

    Exercício 1

    (CESPE/MPE PI/2012 – Analista Ministerial) A redução das emissõesde CO2 é um compromisso com o qual todos os países asseguram estarenvolvidos. Na prática, porém, a promessa está longe da realidade.Estudo recente ressalta que, em 2010, a liberação de gases de efeitoestufa atingiu o nível recorde de 10 bilhões de toneladas de CO2—5,9% a mais que em 2009. Os dados são alarmantes, mas não osuficiente para levar chefes de Estado e governo a Durban, sede da

    17.ª Conferência do Clima.O Globo, 6/12/2011, p. 35 (com adaptações).

    Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itensconsecutivos.O êxito da campanha mundial em favor do desenvolvimentosustentável pode ser mensurado por algumas vitórias significativas,como, por exemplo, a redução da produção e do consumo de plásticoem escala universal.

    COMENTÁRIOS:O modelo de produção e consumo global não mudou significativamente,

    continuamos vivendo na sociedade do descartável. A destruição das florestas edos ecossistemas continua avançando e a emissão de gases intensificadores doefeito estufa continua aumentando, com a elevação da temperatura média doplaneta.

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    Como falar então em êxito da campanha mundial em favor dodesenvolvimento sustentável? Globalmente, a situação ambiental do planetanão melhorou.Gabarito: Errado

    3. O desenvolvimento sustentávelApesar de relativamente recente, a idéia de “desenvolvimento

    sustentável” já era percebida há muitas décadas. Isso por que odesenvolvimento das relações capitalistas determinou o crescimento dasrelações diplomáticas e internacionais, impulsionadas pelo aumento das trocascomerciais e dos choques de interesse, principalmente durante o século XIX. Adeterioração do ar, da água e dos solos já preocupava muitos governoseuropeus, que vivenciavam a destruição das florestas e dos rios, bem como apéssima qualidade de vida dos seus habitantes.

    No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemassomente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foisomente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que os esforçosinternacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado.Uma das razões para isso foi a tragédia das bombas atômicas de Hiroshima eNagasaki (1945), que deixaram um rastro de radioatividade, matando

    centenas de milhares de pessoas, ampliando muito as preocupaçõesambientais de uma considerável parcela da população mundial.Em 1972, o Clube de Roma , uma organização voltada ao debate do

    futuro da humanidade, publicou com apoio de especialistas do MassachusettsInstitute of Technology (MIT), o relatório Limites do Crescimento que geroumuita polêmica. O relatório afirmava que se continuassem os ritmos decrescimento da população, da utilização de recursos naturais e da poluição, ahumanidade correria sérios riscos de sobrevivência no final do século XXI.

    3.1 Um novo patamar de discussõesO relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a

    ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª ConferênciaInternacional para o Meio Ambiente Humano.

    3.1.1 Conferência de EstocolmoConsiderada um marco do movimento ambiental, a Conferência de

    Estocolmo contou com a participação de representantes de 113 países. Era a

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    primeira vez que havia uma discussão relacionada ao desenvolvimento ao meioambiente.

    Os delegados de Estocolmo afirmavam que era preciso controlar ocrescimento populacional ou reduzir a velocidade do crescimento econômico –argumentação que ficou conhecida como Neomaltushianismo. Em ambos oscasos, os mais afetados seriam os países em desenvolvimento, pois haviaminiciado seu processo de industrialização e inserção na economia mundialrecentemente e suas populações tinham altas taxas de crescimento vegetativo.Dessa forma, ocorreram muitos protestos dos países em desenvolvimento queacusavam os países ricos de tentar restringir o seu desenvolvimento e assimmanter a dependência dos países pobres.

    Ficava claro que os países em desenvolvimento e os países muito pobresnão estavam interessados em abrir mão das vantagens do desenvolvimentoeconômico em nome da preservação ambiental.

    Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém, asensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando aONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente(Pnuma) . E como havia muitas discussões sem solução, foi adotado umconceito chamado ecodesenvolvimento.

    O ecodesenvolvimento deve ser um processo criativo de transformaçãodo meio em que vivemos, porém com a ajuda de técnicas ecologicamentecorretas e que sejam adequadas a cada um dos lugares. São as populaçõesdesses lugares que devem envolver-se, organizar-se, utilizar os recursosnaturais de forma prudente e procurar soluções que levem a um futuro digno.

    Exercício 2

    (CESPE/IRBR/2010 – Diplomata/Terceiro Secretário) As relaçõesentre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, que sedestacam na agenda de governos e organismos internacionais, têm

    sido objeto de diversas iniciativas no plano multilateral nas últimasdécadas. A respeito desse tema, julgue C ou E.

    No plano multilateral, as primeiras iniciativas de se tratar em conjuntoas questões relacionadas ao desenvolvimento econômico e ao meioambiente ocorreram em 1964, na Conferência das Nações Unidas sobreComércio e Desenvolvimento, que incluiu, na sua agenda, o tema sobrea poluição decorrente do crescimento da atividade industrial.

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    Comentários:O primeiro grande evento global da ONU sobre meio ambiente foi a

    Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano ,realizada em Estocolmo, Suécia, de 5 a 16 de junho de 1972. Quando darealização da conferência, predominava a visão de que o meio ambiente erauma fonte inesgotável, e que toda ação de aproveitamento da natureza fosseinfinita. Porém os problemas ambientais demonstravam os efeitos danosos aoser humano e ao meio ambiente, tais como a chuva ácida, os efeitos dainversão térmica e as ilhas de calor, provocados pela elevada poluiçãoindustrial. O crescimento da atividade industrial foi um dos debates centraisde conferência.

    Gabarito: Errado

    3.1.2 Relatório Bruntland: Nosso Futuro ComumEm 1987, o Pnuma divulgou um documento contundente que voltou a

    agitar muitos governos, no qual apresenta um novo conceito –Desenvolvimento Sustentável.

    O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documentocientífico que apresenta com detalhes as causas dos principais problemasambientais e ecológicos, envolvendo atividades e políticas econômicas e

    discutindo abertamente os problemas das tecnologias usadas para movimentara sociedade.

    O documento popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável,assim definido pelo relatório:

    “Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades dageração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras desatisfazerem as suas próprias necessidades.”

    Exercício 3

    (CESPE/TJ AL/2012 – Analista Judiciário) (adaptada) O termosustentabilidade — cunhado em 1987 pela Organização das NaçõesUnidas (ONU), no documento Nosso Futuro Comum — foi incorporadodefinitivamente ao vocabulário mundial contemporâneo. O conceito deuso sustentável da natureza, por exemplo, já compõe a base dediversos programas, projetos e ações voltados para a preservaçãoambiental. Considerando essas informações, julgue os itens.

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    Os recursos naturais devem ser usados de modo que a natureza ospossa repor, assegurando-se, dessa forma, o atendimento das

    necessidades das gerações atuais e futuras.

    COMENTÁRIOS:

    Correta a assertiva. Os recursos naturais devem ser utilizados de formasustentável. Isso significa respeitar a capacidade de suporte, o temponecessário para a reposição natural dos recursos naturais renováveis, nãosuper explorá-los, de forma a preservá-los para o atendimento dasnecessidades das presentes e futuras gerações.

    Gabarito: Certo

    Galera, a idéia de sustentabilidade diz respeito à noção de que asociedade deve viver com os recursos naturais que o meio ambiente podefornecer-lhe, e não com o que ela deseja que a Terra forneça-lhe. O grandedesafio é aliar o progresso econômico à preservação do meio ambiente, o queexige uma mudança de modelo de desenvolvimento e nos padrões deconsumo vigentes.

    3.1.3 Rio 92 ou Eco-92A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

    Desenvolvimento (CNUMAD) , realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992. A cúpula constituiu-se em um dos maiores eventos organizadospela ONU, nela foram elaborados os seguintes documentos oficiais:

    Três convençõeso Mudança do Climao Biodiversidadeo Desertificação

    Agenda 21 Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração de princípios sobre florestas Carta da Terra

    Vamos conhecer os principais documentos:

    3.1.3.1 Convenção do Clima

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    Nesta convenção, a comunidade internacional reconheceu as mudançasclimáticas como um problema ambiental real e global e o papel das atividadeshumanas nas mudanças climáticas. O tratado estabeleceu como objetivoprincipal final, a estabilização dos gases de efeito estufa em um nível no qual aatividade humana não interfira seriamente com o sistema climático, ou no qualas mudanças no clima ocorram lentamente de modo a permitir a adaptaçãodos ecossistemas.

    Apesar da grande resistência por parte de alguns países desenvolvidos,principalmente os Estados Unidos, foi acordado que o princípio básico daconvenção é o da responsabilidade comum, porém diferenciada. Esseprincípio estabelece a necessidade de que todos os países devem dividir entresi os custos com as ações que visem à redução das emissões.

    Cabe aos países desenvolvidos assumirem os primeiros compromissos,uma vez que, historicamente, são eles os grandes emissores e apresentammaior capacidade econômica para suportar tais custos, enquanto os países emdesenvolvimento são os mais vulneráveis aos impactos gerados pela mudançaclimática, além de não terem recursos para enfrentar adequadamente seusefeitos adversos.

    O primeiro instrumento dessa convenção é o Protocolo de Kyoto , doqual falaremos mais adiante.

    3.1.3.2 Convenção da BiodiversidadeA Convenção da Biodiversidade (CDB) estabelece valores comerciais ao

    conhecimento acumulado pelos povos das florestas, bem como que os paísespaguem pelo direito de uso de produtos sintetizados com a biodiversidade defora de seu território.

    Uma vez que a maior parte dos produtos é fabricada por transnacionaissediadas em países ricos e as maiores biodiversidades encontram-se emnações mais pobres, o acordo pode significar a entrada de recursos nessespaíses, que poderão ser aplicados em desenvolvimento e na preservação de

    seus ecossistemas.Com o tratado, a saída de material genético de uma nação para a

    exploração comercial em outra, sem pagamento de patente, passa a serconsiderada biopirataria .

    A CDB deu origem ao Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança que estabelece normas para transferência, manipulação e uso de organismosvivos modificados por biotecnologia, inclusive transgênicos.

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    3.1.3.3 Agenda 21A Agenda 21 é considerada a mais abrangente tentativa de promover

    um novo padrão de desenvolvimento em nível mundial, por meio da propostade conciliação dos métodos de proteção ambiental com justiça social eeficiência econômica. Os países signatários do documento assumemcompromissos para a mudança do padrão de desenvolvimento no século XXI.Ou seja, a Agenda 21 procura traduzir em ações o conceito dedesenvolvimento sustentável.

    Mais que um documento, esse acordo é uma agenda dedesenvolvimento sustentável, já que propõe para o futuro a integração dasdimensões econômica, social, ambiental e político-institucional. O compromissocom a sustentabilidade traduz-se, na Agenda 21, em 27 princípios calcados emtrês premissas:

    • os países desenvolvidos devem mudar seu padrão de produção econsumo e, portanto, seu modelo econômico;

    • os países em desenvolvimento devem manter as metas decrescimento, mas adotar métodos e sistemas de produção sustentáveis;

    • as nações desenvolvidas devem apoiar o crescimento das mais pobres,com recursos financeiros, transferência de tecnologia e reformas nas relaçõescomerciais e financeiras internacionais.

    Exercício 4

    (CESPE/IBAMA/2013 – Analista Ambiental) No que se refere àConferência Rio+20 e suas implicações para o meio ambiente, julgueos seguintes itens.Essa conferência foi marcada pela assinatura da Agenda 21, em quevinte e sete princípios relativos ao desenvolvimento sustentável foramassumidos por todos os Estados-membros presentes.

    COMENTÁRIOS:A Agenda 21, é o principal documento aprovado pelos Estados-membros

    presentes na ECO 92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro. O documento estádividido em quatro seções e 40 capítulos sobre as mais variadas áreas. Trata-se de um planejamento de futuro, com ações de curto, médio e longoprazos, contendo metas, indicadores, instrumentos, recursos eresponsabilidades definidas. Não é uma agenda ambiental, mas umaagenda para o desenvolvimento sustentável.

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    Gabarito: Errado

    3.1.4 Rio+10Em 2002, a ONU realizou em Johannesburgo, África do Sul, a Cúpula

    Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável , conhecida como Rio+10. Foimais uma tentativa da organização de estabelecer metas globais para amelhoria da qualidade de vida.

    O encontro cobrou atitudes com relação aos compromissos firmadosdurante a Rio92, principalmente colocar em prática a Agenda 21. Todavia, acúpula ocorreu sob forte influência de incertezas econômicas, fato queesvaziou as deliberações.

    Um dos poucos resultados positivos foi referente ao abastecimento deágua. Os países concordaram com a meta de reduzir pela metade, o númerode pessoas que não têm acesso a água potável nem a saneamento básico até2015. O tema da pesca constituiu-se na maior conquista da reunião, já queprevê a criação de áreas de proteção marinha e a abolição imediata dequalquer subsídio à atividade pesqueira irregular.

    3.1.5 Rio+20

    Vinte anos após a Rio92, os países membros da ONU, reuniram-senovamente de 13 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro, na Conferênciada ONU para o Desenvolvimento Sustentável. O evento teve comoobjetivo analisar os progressos feitos desde 1992 e avançar na adoção depolíticas para o desenvolvimento sustentável.

    Previamente à conferência a ONU divulgou um balanço geral dasituação, em que considerou que o progresso em sustentabilidade nas duasdécadas anteriores, havia sido bastante limitado. Novas tecnologias e métodosde produção adotados pela indústria baixaram em um terço o volume derecursos empregados em cada bem ou serviço produzido nos últimos vinte ecinco anos.

    Apesar dessa evolução, no resultado final o planeta passou a consumir50% a mais de recursos naturais. Isso ocorreu porque as nações mais ricasnão reduziram seu nível de consumo. Simultaneamente, as economiasemergentes, como Índia e China, extremamente populosas, passaram aconsumir mais do que nas décadas anteriores. Enquanto um norte-americanoconsome 90 quilos de recursos (matérias-primas e insumos) por dia, e umeuropeu, 45 quilos, na África o padrão é de 10 quilos per capita. E o mundo

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    abriga ainda bilhões de pessoas carentes de bens de consumo básicos – atémesmo de alimentos.

    O desempenho global para frear o aquecimento da atmosfera foi ruim,pois a emissão de gases do efeito estufa continuou a crescer nas últimas duasdécadas. Mas houve ao menos uma notícia boa: são positivos os resultados doesforço para diminuir o buraco na camada de ozônio – que protege a Terra daradiação ultravioleta emitida pelo Sol.

    Diante deste cenário e de muita expectativa esperava-se resultadosconcretos com medidas, iniciativas e ações em prol da sustentabilidadeplanetária. Mas não foi o que ocorreu, a Rio+20 causou frustração aos queesperavam metas ou agendas de compromissos. O resultado final da Rio+20, odocumento “O futuro que queremos”, aborda mais de 30 temas que vão desdecidades, transporte, comércio e turismo até agricultura verde, combate àpobreza, proteção dos oceanos e desertificação.

    Grafite na entrada do pavilhão do Brasil na Rio+20, com o dizer de queo futuro começa com decisões que nós tomamos no presente.

    Fonte: Almanaque Abril

    No documento, os países signatários afirmam seu compromisso comdiretrizes gerais, mas não com metas ou prazos específicos, que foram jogadospara uma conferência futura. Além disso, os países ricos não secomprometeram com mais recursos para o Fundo Verde, criado para as naçõesem desenvolvimento. Outra proposta desconsiderada foi a de aumentar opoder e a estrutura do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

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    (Pnuma), transformando-o em uma agência ou em uma nova organização dasNações Unidas.

    Exercício 5

    (CESPE/IBAMA/2013 – Analista Ambiental) No que se refere àConferência Rio+20 e suas implicações para o meio ambiente, julgueos seguintes itens.

    Uma das conquistas da Rio+20 foi o estabelecimento de um processointergovernamental sobre os objetivos do desenvolvimentosustentável global, a ser acordado pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas.

    COMENTÁRIOS:

    A Rio+20 aprovou o estabelecimento de um processointergovernamental sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável global(ODS), a ser acordado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o quedesagradou os participantes. Esperava-se que a própria conferência definissemetas para áreas pontuais, como segurança alimentar, água e energia.

    Gabarito: Certo

    Sustentável é o desenvolvimento visto da maneira mais ampla possível– crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer osrecursos naturais, que garanta qualidade de vida para as gerações futuras. Aideia é que as atividades humanas não exerçam tamanha pressão sobre o meioambiente a ponto de esgotar seus recursos, como as terras aráveis, águalimpa e florestas. Ao mesmo tempo, todo desenvolvimento deve garantircondições de saúde, moradia e educação a toda a população – respeitando,inclusive, as peculiaridades e culturas de diferentes grupos, como aspopulações indígenas.

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    4. Outras convenções e protocolos internacionaisGalera, os temas da Conferência de Estocolmo, Rio92, Rio+20,

    desenvolvimento sustentável, convenções do clima e da biodiversidade e aAgenda 21 são questões freqüentes nas provas do Cespe. A seguir voudiscorrer sobre outras convenções e protocolos que também aparecem nasprovas do Cespe, porém com menos freqüência.

    Ei, mas não deixe de estudar, toda questão é fundamental para a suaaprovação!

    Primeiro uma explicação.Em suas conferências, a ONU aprova documentos conhecidos como

    convenções ou tratados, com propostas básicas e de consenso. As naçõessignatárias passam a participar de conferências regulares de discussão(chamadas conferências das partes – COPs) e, nos anos seguintes, podemratificar ou não a convenção. Nas COPs, são debatidas e adotadas ações paracumprir o tratado.

    Disso resultam os anexos ou protocolos , como o de Kyoto, quedetalham medidas e metas para atingir determinado objetivo. Para que umanexo ou protocolo entre em vigor, é preciso que cada nação o ratifique e, aseguir, adote uma legislação interna compatível. O país passa, então, a gozarde benefícios, como a transferência de tecnologias e acesso a financiamentos.As nações que não ratificam podem enfrentar dificuldades de exportação ecrédito.

    4.1 Convenção de Viena para a Proteção da Camada deOzônio

    Criada em 1985 e como diz o nome, o objetivo da convenção é protegera camada de ozônio. Estabelecido em 1987, o Protocolo de Montreal sobreas Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio é um instrumento daconvençao. Ele objetiva erradicar gradualmente as substâncias nocivas à

    camada de ozônio, entre elas os clorofluorcabonos (CFCs), oshidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e o brometo de metila, usado como solvente.O protocolo estabeleceu um cronograma, começando pelos CFCs –

    suprimidos em 1995 nas nações industrializadas e até 2010 nos países emdesenvolvimento. O acordo surtiu efeito já que em 1º de janeiro de 2010, ameta foi cumprida, e a produção dessas substâncias chegou ao fim em todosos países participantes.

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    4.2 Convenção da Basiléia para Resíduos TóxicosEm vigor desde 1992, regulamenta o transporte entre fronteiras e a

    deposição de resíduos tóxicos. Surgiu da necessidade de frear o transporte delixo tóxico dos países desenvolvidos para nações pobres de diferentescontinentes.

    Exercício 6

    (FUNIVERSA/SEPLAG DF/2009 – Analista de Planejamento eOrçamento)São Paulo, 21/7/2009

    Os 89 contêineres cheios de lixo enviados da Inglaterra ao Brasildevem ser enviados de volta nos próximos dias. Cerca de 1.600toneladas de dejetos, incluindo seringas, banheiros químicos, fraldassujas e até lixo tecnológico, como computadores e televisores, foramdescobertos nas últimas semanas. Foram aplicadas multas de até 800mil reais a três empresas brasileiras que importaram a carga. Asimportadoras deverão ainda arcar com os custos para o transporte dolixo de volta à Inglaterra. São estudadas sanções às exportadoras.

    Internet: . Acesso em 24/7/2009.

    Acerca da temática abordada no fragmento e outros temas que a ela serelacionam, assinale a alternativa incorreta.

    a) Embora não seja considerado crime ambiental, a importação dedejetos fere a legislação brasileira, que classifica tal atitude como"mera infração", o que explica a aplicação de multas às importadoras.

    b) O lixo urbano é um dos mais graves problemas ambientais que oplaneta enfrenta. A urbanização aglomerou pessoas e mudou oshábitos, o que causou um maior consumo de materiais que geram

    graves danos à natureza.c) Por ser signatário da Convenção de Basileia, o Brasil comprometeu-se perante o mundo a não exportar lixo ilegal para outros países.

    d) É proibida, pela Convenção de Basileia, a exportação de resíduosperigosos, que coloquem a vida em risco, como materiais radioativosou substâncias que apresentem qualquer toxicidade.

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    e) O Brasil denunciou o Reino Unido ao Secretariado da Convenção deBasileia, cobrando do governo britânico, ao mesmo tempo, auxílio na

    devolução dos dejetos.

    COMENTÁRIOS:

    a) Errada. A importação de lixo pode ser enquadrada como crimeambiental , nos termos da Lei n 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais . Aatitude não é uma mera infração, mas também pode ser punida como infraçãoadministrativa ao meio ambiente, passível de multa, o que efetivamenteocorreu. Porém, a multa não exclui o enquadramento do fato como crimeambiental, nem inocenta os responsáveis.

    b) Certa. De fato, a urbanização aglomerou as pessoas e mudou os hábitos,causando um maior consumo de matérias que geram graves danos a natureza.Porém, é o nosso modelo civilizatório, com seu modo de vida opulento,desigual e de desperdício de recursos naturais; o verdadeiro responsável pelodesequilíbrio ambiental do nosso planeta.c) Certa. O Brasil é signatário da Convenção de Basileia sobre o Controlede Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seuDepósito. O tratado procura coibir o tráfico ilegal e prevê a intensificação dacooperação internacional para a gestão ambientalmente adequada desses

    resíduos.d) Certa. A Convenção de Basileia proíbe a exportação de resíduos perigosos,que coloquem a vida em risco, como materiais radioativos ou substâncias queapresentem qualquer toxicidade.e) Certa. O Brasil denunciou o Reino Unido ao Secretariado da Convenção deBasileia e cobrou do governo britânico auxilio na devolução dos objetos.

    Gabarito: A

    4.3 Convenção da DesertificaçãoA Convenção de Combate à Desertificação estabelece padrões de

    trabalho e metas internacionais na busca de soluções qualitativas que atendamàs demandas socioambientais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidossecos, particularmente onde residem as populações mais pobres do planeta.

    Seu intercâmbio de estudos e de tecnologia é particularmenteimportante para o continente africano, no qual dois terços das terras sãoáridas e três quartos das áreas de agricultura já foram de alguma formaafetadas pela desertificação.

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    4.4 Convenção de Estocolmo sobre Poluentes OrgânicosPersistentes

    Conhecidos como “POPs”, a convenção proíbe a produção e o uso de 11compostos químicos. Inicialmente, foram condenados 12 compostos químicos,que passaram a ser chamados de “dúzia suja”. Mas o inseticida DDT foiretirado da lista, por causa de sua importância na erradicação do mosquitotransmissor da malária.

    Os 11 compostos são aldrin, clorano, mirex, dieldrin, dioxinas, furanos,bifenilas policloradas (PCBs), endrin, heptacloro, hexaclorobenzeno (HCB) etoxafeno. Eles causam câncer e má-formação genética.

    5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil

    5.1 Aquecimento globalO aquecimento global tem como causa a intensificação do fenômeno

    natural do efeito estufa. Ele permite à atmosfera da Terra reter parte do calorque o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura média do nossoplaneta em torno de 14ºC, essencial para boa parte das formas de vida.

    Quando os cientistas falam em mudança do clima e em aquecimentoglobal, estão se referindo ao aumento extraordinário da capacidade daatmosfera de reter calor. Situações desse tipo já ocorreram antes na históriada Terra, motivadas, por exemplo, por alterações na atividade solar ou porgrandes erupções vulcânicas. Mas agora a maioria dos cientistas acredita que ofenômeno está sendo alimentado pela ação do homem.

    Os gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono e ogás carbônico (CO2), estão sendo produzidos pela queima de combustíveisfósseis, como petróleo e carvão mineral. O metano (CH4) é gerado, sobretudo,pela decomposição da matéria orgânica no lixo e em plantações alagadas

    (principalmente de arroz). O óxido nitroso (N2O) advém do processo digestivodo gado. Além disso, ao alterar o uso da terra por meio do desmatamento e deatividades agrícolas, o ser humano lança no ar, por apodrecimento ou queima,CO2 que estava acumulado nas plantas e no solo.

    Para a maioria dos cientistas da área, esse excesso de gases liberadosna atmosfera tem como consequência alterações no clima, como o aumentodas chuvas em várias regiões – o que provoca deslizamentos em áreasurbanas e inundações de várzeas de rios –, o avanço do mar em áreaslitorâneas e rasas e o agravamento das secas, com quedas na produção eeventual escassez de alimentos.

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    Efeito Estufa

    Fonte: Revista Atualidades

    Exercício 7

    (CESPE/STJ/2012 – Analista Judiciário) Em um momento em que oBrasil se aflige com a perda de sua base científica na Antártica, fatoque acarretará o atraso de uma série de pesquisas, cientistas dediversas partes do mundo lutam para desvendar um dos maioresmistérios do continente antártico nos dias de hoje: a diminuição, em

    um de seus pontos extremos, da cobertura de gelo, e o avanço, emoutro, do gelo sobre o mar.

    Ca d e r n o P l a n e t a Te r r a . I n : O Gl o b o , 6/3/2012, p. 12 (com adaptações).

    Considerando o texto acima e o assunto nele abordado, julgue o itemque se segue.

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    O fato de a camada de gelo estar diminuindo em determinadas áreasda Antártica pode estar relacionado ao processo de esfriamento da

    temperatura terrestre, grave problema sobre o qual os cientistas têmfeito sucessivos alertas.

    COMENTÁRIOS:A diminuição da camada de gelo em porções da Antártica está

    relacionada ao processo de elevação acelerada da temperatura média da Terra,denominada de aquecimento global, que tem como causa o aumento daconcentração na atmosfera de gases estufa, causado por atividades antrópicas.

    Por meio do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU– IPCC-ONU, os cientistas têm feito sucessivos alertas sobre o aquecimentoglobal com a alteração do clima, e as suas conseqüências negativas para omeio ambiente, a economia e a sociedade mundial.Gabarito: Errado

    Nas últimas décadas, o país que mais emitia CO2 eram os EstadosUnidos, mas que foram ultrapassados recentemente pela China. Esses dois

    “gigantes emissores” são responsáveis por quase 40% do total mundial e se a

    eles somarmos as emissões da União Europeia, Rússia, Índia, Japão, Brasil eCanadá teremos 70% do CO2 que é lançado na atmosfera.

    Fonte: US Energy Information Administration (Folha de S. Paulo: 26/06/2013) – Revista Pangea

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    até 40% – o que aumenta o risco de inundações e deslizamentos em áreascosteiras.

    E claro, se acontecerem essas mudanças trariam drásticasconseqüências para a produtividade agrícola, ocasionariam a diminuição davazão de rios, na geração de energia, entre outros efeitos negativos.

    Fonte: Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

    Também no mês de setembro, o IPCC emitiu um relatório em que subiu

    o tom de alerta, destacando uma subida acelerada no nível do mar e noderretimento do Ártico. Segundo o organismo, no final deste século, atemperatura média da superfície terrestre provavelmente vai exceder umaumento médio de 1,5°C até 2100, em relação à média de 1850 a 1900. Issovale para todos os cenários elaborados pelo IPCC, exceto o mais otimista.

    O relatório também afirma com "alta confiabilidade" que o aquecimentodos oceanos domina o aumento da energia armazenada no sistema climático.Mais de 90% da energia acumulada pela Terra desde 1971 foi armazenada nosmares, diz o relatório.

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    Porém, a posição do IPCC não é unânime no meio científico. Um grupobastante minoritário de cientistas contesta a afirmação de que o aquecimentoglobal estaria sendo causado pelas atividades humanas. Os críticosargumentam que até hoje a ciência não conhece todos os mecanismos queregem o clima, e que mudanças climáticas intensas sempre aconteceram e sãonaturais.

    Nos últimos 500 mil anos ocorreram vários períodos glaciais (nos quais atemperatura global baixava muito) e também interglaciais (em que havia umaquecimento global). Assim, mesmo que esteja ocorrendo um aquecimentoglobal, ele pode ter causas naturais, e não há certeza de que as açõeshumanas reforcem significativamente o efeito estufa. A discussão afetadiversos setores sociais, além dos cientistas, e há muitos interesses em jogo. Aindústria do petróleo, por exemplo, tende a apoiar os céticos.

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    5.1.1 O Protocolo de KyotoPara enfrentar o problema, governos do mundo todo buscam, sob o

    guarda-chuva da ONU, adotar atitudes em conjunto para diminuir as emissõesdos gases de efeito estufa. Pelo Protocolo de Kyoto, elaborado em 1997, ospaíses desenvolvidos se comprometem a reduzir sua emissão de gases doefeito estufa (em particular o dióxido de carbono, CO2) em pelo menos 5,2%em relação aos níveis de 1990 – meta que deveria ser cumprida entre 2008 e2012. Nações em desenvolvimento, como Brasil e China, não têm metas deredução.

    Para entrar em vigor, o protocolo precisava ser ratificado por países querepresentassem pelo menos 55% das emissões mundiais de gases do efeitoestufa. Devido à lenta e escassa adesão das nações, o protocolo só entrou emvigor em 2005. Porém, grandes poluidores, como os Estados Unidos, não oratificaram, por considerar que isso afetaria sua economia.

    Em 2010, na 16º Conferência das Partes (COP-16), realizada em Cancun(México), criou-se o Fundo Verde, onde serão depositadas as doações dospaíses ricos, com vistas a ajudar os países pobres a enfrentar as mudançasclimáticas.

    Na COP-17 realizada em Durban, na África do Sul, em 2011, os paísesparticipantes decidiram estender o protocolo até 2020 e concordam emconversar sobre um novo acordo, com metas de redução para todos os países,ricos ou pobres (Plataforma de Durban). O período entre 2012-2015 (pós2008-2012) se constituiria em um tempo de transição, de segunda fase deKyoto. Foi a primeira vez que grandes emissores, como Estados Unidos eChina, aventaram a possibilidade de aderir ao acordo.

    Veio a COP-18, em Doha, no Catar, no ano de 2012, da qual seesperava uma nova fase de negociações para avançar a Plataforma de Durban.Porém foi acertado manter os termos atuais do Protocolo de Kyoto e adiar oseu encerramento para 2020. Conclusão: O protocolo está empacado!

    Exercício 8

    (CESPE/IRBR/2010 - Diplomata/Terceiro Secretário) As relações entreo desenvolvimento econômico e o meio ambiente, que se destacam naagenda de governos e organismos internacionais, têm sido objeto dediversas iniciativas no plano multilateral nas últimas décadas. Arespeito desse tema, julgue C ou E.

    O Protocolo de Quioto fixou as metas de redução de emissão de gases

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    que provocam o efeito estufa, a serem cumpridas pelos paísesindustrializados e, progressivamente, adotadas pelos países emdesenvolvimento, tendo sido essa a medida principal para aconsolidação de um regime global sobre mudança climática.

    Comentários:O Protocolo de Quioto estabeleceu, para os países desenvolvidos e da

    ex-URSS, metas de redução de emissões de gases intensificadores do efeitoestufa. Os países em desenvolvimento não possuem metas de redução deemissões nos termos do protocolo. Pelo texto do protocolo, os países quepossuem metas deverão reduzir as suas emissões, em pelo menos 5,2% em

    relação aos níveis que emitiam em 1990, no período entre 2008 e 2012,chamado de primeiro período de compromisso.

    Gabarito: Errado

    5.1.2 E o Brasil?No Brasil , desmatamento e queimadas são as principais fontes de

    emissão de gases do efeito estufa. O país é responsável por cerca de 3-4% dosgases do efeito estufa produzidos pela humanidade, e as emissões brasileiras

    aumentaram 62% entre 1990 e 2005. Estudo realizado pelo Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais (INPE) mostra que a pecuária é responsável por 50%do total das emissões do país entre 2003 e 2008, a maior parte em razão dodesmatamento para ampliar as pastagens. Em segundo lugar, vem aagricultura, que representa 22,1% do total.

    Desde 1999, o governo federal institui uma série de medidas e órgãosespecialmente voltados para a questão do aquecimento global. A PolíticaNacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é uma das ações maisimportantes. Lançada como plano em 2008 e regulamentada como política, pordecreto, em 2010, a PNMC estabelece que, até 2020, o país reduza aemissão de gases que agravam o efeito estufa entre 36,1% e 38,9%sobre o projetado para aquele ano. Para isso, a política prevê a definiçãode planos específicos para os setores agropecuário, industrial, de mineração ede transporte. O controle do desmatamento, principalmente na Amazônia, é oprincipal foco da PNMC.

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    Exercício 9

    (CESPE/IBAMA/2013 – Analista Ambiental) No que se refere àConferência Rio+20 e suas implicações para o meio ambiente, julgueos seguintes itens.

    O governo brasileiro, sob o influxo da Rio+20, instituiu, por lei, aPolítica Nacional de Mudanças Climáticas, que estabelece para o paísmetas de redução de suas emissões de CO2 até o ano de 2020.

    COMENTÁRIOS:

    A Política Nacional sobre a Mudança do Clima (PNMC) foi instituída

    por meio da Lei nº 12.187/2009 , ou seja, antes, não sob o influxo, daRio+20, realizada em 2012. Por meio da PNMC, o Brasil oficializou ocompromisso voluntário de redução de emissões de gases de efeito estufaentre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020. Gabarito: Errado

    5.2 Buraco na Camada de OzônioO aparecimento de buracos na camada de ozônio (O3) da estratosfera é

    um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas naatmosfera produzem aberturas, que depois se fecham. O ozônio absorve parteda radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol. Sem ela, as plantas teriamuma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência decâncer de pele e catarata.

    A atividade humana, porém, acentuou o processo. As reações quedestroem o ozônio são intensificadas pela emissão de compostos químicoshalogenados artificiais, sobretudo os clorofluorcarbonos (CFCs). Criados nosanos 1930 e usados como fluidos refrigerantes em geladeiras, aparelhos de arcondicionado e como propelente de aerossóis.

    O Protocolo de Montreal, em vigor desde 1989, levou à queda naemissão das substâncias nocivas à camada de ozônio. Mas, como oscompostos demoram décadas para sumir, a redução do problema tem sidolenta. Sobre a Antártica, onde o buraco é maior, a recuperação deve ocorrer sóno fim deste século. No entanto, um estudo divulgado em 2010 pelaOrganização Mundial de Meteorologia (OMM) e pelo Pnuma mostra que acamada vem se recompondo e deve voltar à espessura original por volta de2050. O problema não se agrava desde o ano 2000.

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    5.3 Chuva ácidaUm problema ambiental em regiões muito poluídas é a alta concentração

    de ácidos presentes na chuva, na neve ou na neblina. Com denominaçãogenérica de chuva ácida, sua origem são os óxidos de nitrogênio (NOx) e odióxido de enxofre (SO2) liberados na atmosfera pela queima de combustíveisfósseis (principalmente o carvão mineral). Esses compostos reagem com ovapor de água da atmosfera, formando ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico(H2SO4). Ao se precipitarem, esses ácidos alteram o solo e a água,prejudicando lavouras, florestas reservas hídricas. Também danificam edifíciose monumentos.

    Até os anos 1990, os Estados Unidos eram os principais responsáveispelo fenômeno, mas foram, então, superados pelos países asiáticos. A China,por exemplo, consome mais carvão do que os Estados Unidos, a Europa e oJapão reunidos. A principal medida para reduzir a chuva ácida é utilizar carvãocom menor teor de enxofre e combustíveis alternativos.

    Na fumaça:Moradores deFuyang, na China,em janeiro de2013: o usomaciço de carvãocomo fonte deenergia provocaforte poluição nopaís.

    Fonte:Revista

    Atualidades

    5.4 DesertificaçãoA desertificação é a redução da vegetação e da capacidade produtiva do

    solo, principalmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas, causada pelaação humana e, em menor grau, por mudanças naturais. Segundo oWorldwatch Institute, cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo dedesertificação. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, onordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, onoroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos.

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    O principal fator para a expansão das regiões áridas no globo é a açãodo homem, por meio do desmatamento, das atividades de agropecuáriaextensiva e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam à redução dacobertura vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água enutrientes do subsolo e à erosão eólica.

    Quando o solo se desertifica, a população se desloca para outras terras,nas quais, com frequência, provoca os mesmos danos, criando um círculovicioso. A longo prazo, a desertificação pode causar redução drástica das terrasférteis. Atualmente, ela ameaça mais de 110 países e afeta a vida de mais de250 milhões de pessoas. Um bilhão vivem em regiões de risco e podem serprejudicadas nos próximos anos. Para deter a expansão da desertificação,adotam-se reflorestamento, rotação de culturas e técnicas de controle do

    movimento das dunas de areia.Polígono das Secas

    Mais de 60% da polução nordestina vive em áreas ameaçadas pela desertificação

    Fontes: Ibama e Agência Nacional de Águas – Almanaque Abril

    No Brasil, a desertificação está em grande parte concentrada noPolígono das Secas , região do semiárido, que corresponde a 13% doterritório brasileiro. O Polígono das Secas situa-se nos Estados do Piauí, Ceará,Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte deMinas Gerais. Cerca de 10% da sua área territorial sofre de desertificaçãograve.

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    O território é reconhecido pela legislação como sujeito a períodos críticosde prolongadas estiagens. Apresenta diferentes zonas geográficas comdistintos índices de aridez, indo desde áreas com características estritamentede seca, com paisagem típica de semi-deserto a áreas com balanço hídricopositivo, como a região de Gilbués, no Piauí. Conforme o Ministério do MeioAmbiente são quatro os núcleos onde o processo de desertificação no Brasilocorre de forma mais acentuada: Cabrobó (PE), Gilbués (PI) Seridó (RN) eIrauçuba (CE).

    Alguns cientistas consideram que no Pampa gaúcho também ocorre umprocesso de desertificação. Outros cientistas o definem como arenização ,diferente de desertificação.

    Exercício 10:

    (CESPE/Senado Federal/2002 - Consultor Legislativo / Meio Ambientee Ciência e Tecnologia) Na região do semi-árido nordestino, associadoà escassez de água, apresenta-se, segundo o Ministério do MeioAmbiente (MMA), um grave problema ambiental: a desertificação. Apreocupação do ministério resultou na elaboração do mapa desuscetibilidade à desertificação no Brasil. A figura abaixo apresentaparte desse mapa, referente à Região Nordeste, elaborado com basenos dados das estações meteorológicas nele indicadas.

    Com relação a esse tema e com base no mapa mostrado abaixo, julgueo item que se segue.

    Desertificação é a designação dada ao fenômeno de arenização, comformação de terras estéreis na forma de desertos.

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    COMENTÁRIOS:Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação,

    a desertificação é "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas esubúmidas secas , resultante de vários fatores, entre eles as variaçõesclimáticas e as atividades humanas".

    Por arenização entende-se o processo de retrabalhamento de depósitosarenosos pouco ou não consolidados que acarreta a dificuldade de fixação dacobertura vegetal, devido à intensa mobilidade dos sedimentos pela ação daságuas e dos ventos. Consequentemente, arenização indica uma área dedegradação relacionada ao clima úmido , onde a diminuição do potencialbiológico não desemboca em definitivo em condições de tipo deserto. Ao

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    contrário, a dinâmica dos processos envolvidos nesta degradação dos solos sãofundamentalmente derivados da abundância de água. (Suertegaray, 1998).

    Gabarito: Errado

    5.5 Desmatamento

    Entre os grandes problemas ambientais que a humanidade se ressentenos dias atuais destaca-se a destruição das florestas, cujo desmatamentoacentua o aumento das temperaturas globais e afeta os níveis debiodiversidade. A expansão de novas terras dedicadas à agropecuáriacorresponde a ¾ da redução das superfícies das formações florestais do

    mundo. Outras causas do desmatamento são a exploração de madeira, ocrescimento das cidades, a construção de grandes obras, como estradas ebarragens de hidrelétricas, e a mineração.

    Nos séculos passados, os países desenvolvidos devastaram a maiorparte de suas florestas. A Europa, por exemplo, praticamente eliminoutodas as matas do continente. Hoje, o desmatamento é maior nas naçõesem desenvolvimento, principalmente no Brasil e na Indonésia, segundorelatório da Avaliação Global de Recursos Florestais de 2010, da Organizaçãodas Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

    As áreas florestais do mundo cobrem aproximadamente 31% das terrasemersas do planeta, mas deve-se destacar que elas apresentam significativas

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    feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2012 foramdesmatados 4.656 km2 da floresta, a menor taxa registrada desde 1988,quando a medição, por satélite, começou a ser realizada.

    O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nasbordas da floresta com o cerrado – região conhecida como Arco doDesmatamento –, quanto no interior da mata, principalmente no oesteparaense e no entorno da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), na Terra doMeio.

    O desmatamento e a mudança do uso do solo respondem por 76% dasemissões brasileiras de carbono e põem o Brasil entre os dez maioresemissores mundiais. A pecuária é a principal causadora, sobretudo pela queimadas matas para a ampliação das pastagens. A floresta tem sido derrubada paraa exploração de madeira, para a pecuária e para outras atividades econômicasnão sustentáveis, frequentemente por meio da posse ilegal de terras públicas.

    A diminuição do desmatamento na Amazônia é um dos focosmais importantes da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). Por meio de metas de redução gradual, o governo federal espera alcançar atéo ano 2020 uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005.

    Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia dizrespeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar opotencial hídrico da bacia amazônica. Em 2010 e 2011, foram iniciadas obrasdas represas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, e a deBelo Monte, no rio Xingu, no Pará. A usina, com capacidade instalada paragerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do país. Entidadesambientalistas temem os prováveis impactos sobre os ecossistemasamazônicos, as comunidades ribeirinhas e os 2,2 mil indígenas que vivem naregião.

    A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais desmatado, vindo em seguidao Cerrado, a Caatinga e o Pampa, o Pantanal e a Amazônia em relação à áreaoriginal de floresta desmatada respectivamente.

    Exercício 11

    (CESPE/MI/2009 – Analista Técnico Administrativo) Em vigor háquase três anos, a Lei da Mata Atlântica não conseguiu evitar acontinuação do desmatamento do bioma. A mata atlântica estáreduzida a 7,9% de sua área original no país e, entre 2005 e 2008,102,9 mil hectares foram desmatados ilegalmente, segundo estudorealizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais. A diretora da Fundação SOS Mata Atlântica

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    disse que o desmatamento ocorre principalmente para substituir o usoda floresta, geralmente para a agropecuária e exploração de pínus,principalmente em Santa Catarina. Além disso, a mata atlântica situa-se em uma região onde há muitos usos e muitas cidades e, por isso,está tão fragmentada. As principais cidades e metrópoles brasileirasestão localizadas nessa região, portanto o impacto das pessoas e dautilização dessa floresta desde o descobrimento do Brasil tem levado àredução drástica da área da mata atlântica.

    Internet: (com adaptações).

    Tendo como referência inicial o texto acima, julgue os itens a seguir.

    21) Infere-se do texto que atividades econômicas têm parte daresponsabilidade no desmatamento da mata atlântica.

    COMENTÁRIOS:

    Considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta , a mataAtlântica é um mosaico de ecossistemas diversificados. Há 500 anos ela cobriacerca de 15% do que hoje é o território nacional, espalhando-se por cerca 1,3milhão de Km ₂ , ao longo de 17 Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina,Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais,Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande doNorte, Ceará e Piauí).

    Conforme dados da Fundação SOS Mata Atlântica atualmente restam8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existiaoriginalmente. Ou 12,5% de área remanescente se somados todos osfragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares. É um hotspot mundial , ouseja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas doplaneta e também decretada Reserva da Biosfera pela Unesco e PatrimônioNacional, na Constituição Federal de 1988.

    Vivem na Mata Atlântica mais de 61% da população brasileira, ou seja,com base no Censo Populacional 2010 do (IBGE), são mais de 112 milhões dehabitantes, em cujo domínio é gerado aproximadamente 70% do PIBbrasileiro. O fato de estar em área territorial populosa e de intensa atividadeeconômica contribui para a intensificação da degradação do bioma, sofrendopressões da agropecuária; exploração predatória de madeira e espéciesvegetais; industrialização; expansão urbana desordenada e poluição.

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    Gabarito: Certo

    Biomas brasileiros e desmatamento

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    5.6 Biodiversidade e extinção de espéciesA biodiversidade consiste na variedade de todas as formas de vida

    (animais, vegetais e micro-organismos), espécies e ecossistemas em umaregião ou em todo o planeta. O conceito inclui a diversidade de genes contidanas espécies, as diferenças nas próprias espécies, os padrões naturais quecada variedade forma na paisagem e as interações que compõem cadaecossistema. Estudos recentes começam a avaliar o valor econômico dabiodiversidade pelos serviços que oferece à sociedade humana, como apossibilidade de amenizar impactos de eventos extremos, como enchentes, e acontribuição para o equilíbrio da saúde mental e física da população, comofonte de lazer e turismo.

    Não se fala mais em conservação de florestas, por exemplo, apenas porcausa de seu papel climático na absorção do carbono. Florestas, como outrosbiomas, devem também ser conservadas porque a diversidade genética dasplantas e animais é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras eextrativistas e da moderna indústria de biotecnologia. A manutenção dabiodiversidade é essencial para processos vitais do meio ambiente, como apurificação de ar e água, a fertilidade do solo, a manutenção das chuvas e aregulação climática. A destruição de habitats reduz a capacidade derecuperação dos ecossistemas, exercendo pressão crescente sobre o meioambiente e provocando um efeito cascata.

    A biodiversidade não se distribui de maneira uniforme pelo planeta. Elaé maior em ambientes em que há abundância de luz solar, água doce e climamais estável. Isso explica por que as florestas tropicais, mesmo ocupandoapenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos osseres vivos.

    Humm... agora deu para entender por que o Brasil é destaque emtermos de biodiversidade. Está no território nacional a maior floresta tropicalúmida (Floresta Amazônica), com mais de 30 mil espécies vegetais, bem comoa maior planície inundável (o Pantanal), além do Cerrado, da Caatinga e daMata Atlântica. Além disso, a costa brasileira possui uma série de ecossistemasque incluem recifes de corais, dunas, manguezais, estuários e lagoas. O paísabriga 20% das espécies conhecidas, graças à extensão de seu território e aosdiversos climas que caracterizam os seus biomas.

    Já falamos que a Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais devastado. Poresta situação crítica ela é considerada um hotspot (ponto quente, em inglês).O termo é usado para designar lugares que, além de apresentarem alto graude diversidade biológica e endemismo (referência a espécies que só existemnaquele ecossistema), devem ser especialmente protegidos, pois estão muitoameaçados pela atividade humana. Foram definidos 34 hotspots no planeta,

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    visando concentrar esforços na proteção dessas áreas, sendo dois no Brasil.Além da Mata Atlântica, o Cerrado também é um hotspot.

    HotspotsRegiões ricas em diversidade biológica mais ameaçadas do planeta

    Fonte: Co n s e r v a t i o n I n t e r n a t i o n a l

    No mundo todo, ocorre um processo acelerado de perda debiodiversidade, de tal modo que há cientistas falando que a Terra estápassando por seu sexto período de extinção em massa (já houve cinco antes,por diversos motivos). O Brasil possui atualmente 627 espécies de animaisameaçados de extinção, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Asprincipais causas de extinção de espécies são a degradação de ambientesnaturais – consequência da abertura de grandes áreas para a implantação de

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    pastagens ou da agricultura convencional –, o extrativismo desordenado, aexpansão urbana, a ampliação da malha viária, os desastres ambientais(derramamento de petróleo, poluição), o desmatamento, a formação de lagospara hidrelétricas e a mineração.

    Esses fatores reduzem o total de habitats e aumentam o grau deisolamento das espécies, diminuindo o fluxo genético entre elas, o que leva àredução na variabilidade das espécies e, eventualmente, à sua extinção.Outras causas importantes são a introdução de espécies exóticas, ou seja,aquelas que entram em um ecossistema no qual não existiam (como, porexemplo, ocorre no Brasil com os eucaliptos, árvore australiana). Algumasdessas espécies se vêem com vantagens competitivas no novo ambiente, e,favorecidas pela ausência de predadores, dominam nichos ocupados por

    espécies nativas.A Convenção da Biodiversidade é o acordo internacional que busca

    garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. Em2010, foi assinado o Protocolo de Nagoya , com metas para a conservação eo uso sustentável da biodiversidade no mundo

    5.6 Escassez de ÁguaMais de um bilhão de pessoas no mundo vivem sem acesso à quantidade

    mínima de água de que necessitam diariamente. A crescente escassez hídrica éuma realidade local e global. Resultado de um fenômeno natural e cíclico,agravado por falta de políticas públicas eficientes, a seca castiga o ser humanohá muito tempo. Historicamente, diversos conflitos foram travados pelocontrole do líquido.

    A ONU identifica 273 aquíferos e 163 bacias hidrográficastransnacionais, onde vivem mais de 40% da população mundial. A disputa pelocontrole de rios e aquíferos integra as causas de alguns dos mais longosembates entre nações, como o confronto entre Israel e seus vizinhos.

    Costuma-se dizer que a escassez é também de qualidade da água.Estima-se que mais de 700 milhões de pessoas no mundo não têm acesso àágua potável e 2,3 bilhões carecem de esgoto tratado. A água transmitediferentes tipos de doenças, que podem ser evitadas com investimentoeconômico maciço na área de saúde e saneamento básico Essas medidasfariam a mortalidade infantil diminuir drasticamente no mundo e, comoresultado, haveria o aumento da expectativa de vida da população mundial.

    Especialistas em gestão de recursos hídricos ponderam que a crise deágua é mais uma questão de mau gerenciamento do recurso do que deescassez natural. O acelerado crescimento demográfico, as alterações

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    climáticas e a rápida urbanização do planeta estão entre os principais fatoresque pressionam o ciclo hidrológico. Consome-se água mais rapidamente doque a capacidade de reposição do líquido pela natureza.

    O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta.Abriga 12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido,porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% dapopulação nacional.

    Para a gestão de políticas públicas, o Brasil é dividido em 12 regiõeshidrográficas. O clima e o regime de chuvas alimentam uma rede hidrográficaextensa, formada por rios com grande volume de água. Com exceção dasnascentes do Rio Amazonas, que se abastecem com o derretimento dasgeleiras andinas, a origem das águas dos rios brasileiros são basicamente aschuvas.

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    As regiões hidrográficas brasileiras

    Crédito: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - Informe 2012. Agência Nacional de Águas (ANA)

    O nosso país também possui muita água subterrânea. Embora ainda nãohaja dados finalizados, considera-se que existam 27 aquíferos principais nopaís, entre os quais se destacam o Barreiras (ao longo de parte da costa), oAlter do Chão e o Solimões, na Amazônia; o Serra Grande, o Cabeças e o Poti-Piauí, no Piauí e Maranhão; o São Sebastião, na Bahia; o Açu, no Rio Grandedo Norte; e o Sistema Aquífero Guarani, que se estende do Centro-Oeste aoSudeste e Sul.

    O maior aquífero do Brasil em extensão e volumes de água é o SistemaGuarani , com aproximadamente 1,1 milhão de quilômetros quadrados. Destetotal, 70% estão em território brasileiro, espalhados pelo subsolo de MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, RioGrande do Sul e Santa Catarina, e o restante nos territórios do Uruguai, doParaguai e da Argentina. As reservas potenciais calculadas do Guarani são de37 trilhões de metros cúbicos de água. Ele é interligado a dois outros sistemasaquíferos, que se sobrepõem a ele, em áreas mais rasas do subsolo, que são oAquífero Bauru-Caiuá (o mais raso) e o Aquífero Serra Geral (o de nível

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    intermediário). Esse último é formado nas fendas de rochas basálticas e é oque contém menos água.

    Em 2010, pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA) e doCeará (UFC) divulgaram dados de um estudo preliminar no qual dimensionamo Aquífero Alter do Chão , nos estados do Pará e Amazonas, com um volumede água que o situa entre os maiores do mundo. Com área de 437,5 milquilômetros quadrados, projetando reservas que seriam de 86 trilhões demetros cúbicos, um volume tão grande que, caso confirmado, alteraria todosos cálculos das reservas brasileiras, atualmente em 112 trilhões de metroscúbicos.

    Os principais aqüíferos brasileiros

    Fonte: Agência Nacional de Águas – Revista Atualidades

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    Com toda esta água na superfície e no subsolo, o Brasil não está livre doflagelo da escassez de água. Como já dissemos, ela não está uniformementedistribuída, tendo muito pouca água no semiárido. Nessa região, a faltacontinua de chuvas desde 2011, ocasionou a mais grave estiagem dos últimos50 anos.

    Pessoal, a seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada causagraves problemas, como os que historicamente atingem o sertão. Há relatos desecas nordestinas desde o início da colonização portuguesa na região. Paraatenuar o problema, o Estado brasileiro desenvolveu, principalmente a partirdo século XX, políticas públicas de combate aos efeitos da seca, tais como aconstrução de açudes, represas, perímetros de irrigação e políticas sociais.

    Atualmente dois grandes programas governamentais estão em execuçãono semiárido. Um deles é a instalação de um milhão de cisternas para coletar aágua da chuva, nas zonas rurais.

    O outro é a controversa obra de transposição do Rio São Francisco, comprevisão de gastos de oito bilhões de reais. Alguns especialistas afirmam que aconstrução de poços profundos e de cisternas para a coleta de água da chuvaseria uma alternativa mais eficaz e barata para combater a seca. Opositores daobra também argumentam que o projeto não alcançará muitas comunidades ebeneficiará principalmente os grandes fazendeiros, além de causar impactosambientais ainda não bem mensurados no entorno do “Velho Chico”.

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    O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta.Abriga 12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido,porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% dapopulação nacional.

    5.7 Resíduos SólidosDe acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 59% do lixo produzido

    pelas cidades brasileiras vão para os lixões – locais onde os resíduos sãolançados a céu aberto, sem nenhum controle – e somente 13% sãoreaproveitados. Dados como esse levaram o governo federal criar a Lei daPolítica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) , em 2010.

    A lei estabelece a responsabilidade compartilhada entre o poder público,a indústria e a sociedade. Também proíbe a criação de lixões e deu prazo dequatro anos, que termina em 2014, para que os municípios substituam oslixões por aterros sanitários. Determina ainda que a população separe o lixodoméstico nas cidades onde há coleta seletiva e incentiva a atividade decatadores autônomos e indústrias de reciclagem.

    Um dos destaques do PNRS é a chamada logística reversa , que prevêa responsabilidade do consumidor em devolver os produtos usados no final desua vida útil, como também a responsabilidade do comércio de receber osaparelhos usados, e dos fabricantes e importadores de dar uma destinaçãofinal ambientalmente adequada ao lixo. Por exemplo, ao comprar um

    computador, a pessoa fica obrigada de, ao final de sua utilização, dar umdestino previamente acertado ao produto.

    Como já ocorre nos países mais desenvolvidos, a lei estabelece aobrigatoriedade de criar um sistema de aproveitamento de material até 2014para cinco cadeias de produtos: embalagens plásticas de óleos lubrificantes,lâmpadas, embalagens em geral, produtos eletroeletrônicos e medicamentos.A PNRS prevê ainda a criação de outros sistemas de logística reversa, comoembalagens de agrotóxicos, pneus e pilhas e baterias, áreas em que jáexistem regulamentos.

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    QUESTÕES PROPOSTAS

    1) (CESGRANRIO/CAIXA/2012 – Advogado) Entre 1800 e 2010 apopulação cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7bilhões de habitantes), e a economia (PIB) aumentou cerca de 50vezes. Hoje, pode-se dimensionar o impacto do ser humano na Terrapor meio de uma metodologia utilizada para medir as quantidades deterra e de água (em termos de hectares globais – gha) que seriamnecessárias para sustentar o consumo atual da população.

    ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n. 2196,dez. 2010, p. 24. Adaptado.

    3) No contexto da sustentabilidade planetária, a metodologia acima édenominada(A) agroecologia

    (B) biorremediação(C) controle biológico

    (D) manejo ambiental

    (E) pegada ecológica

    (CESPE/IRBR/2010 – Diplomata/Terceiro Secretário) As relaçõesentre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, que sedestacam na agenda de governos e organismos internacionais, têmsido objeto de diversas iniciativas no plano multilateral nas últimasdécadas. A respeito desse tema, julgue C ou E.

    2) A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada

    em Estocolmo em 1972, consagrou o direito da humanidade a um meioambiente saudável e estabeleceu diretrizes para a aplicação demedidas ambientais, sempre acompanhadas da ressalva daliberalização do comércio internacional, prevista pelo GATT (AcordoGeral de Comércio e Tarifas).

    (CESPE/TJDFT/2013 – Analista Judiciário) O petróleo impulsionou aeconomia internacional e chegou a representar 50% do consumomundial de energia primária no início dos anos 70. Esse número sofreu

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    queda, mas ainda representa cerca de 43%. O Oriente Médio detém65,4% das reservas petrolíferas do mundo. O anúncio da descobertado pré-sal em 2007 mudou radicalmente o panorama do setor depetróleo no Brasil, que poderá mais que triplicar suas reservaspetrolíferas até 2020.

    O G l o b o . Caderno Amanhã, 8/1/2013, p. 6 (com adaptações).

    Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial econsiderando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, alémde aspectos marcantes do atual estágio de desenvolvimento daeconomia mundial, julgue o item que se segue.

    3) A mais aceita definição de desenvolvimento sustentável é a que sebaseia no suprimento das necessidades da geração atual, semcomprometer a capacidade de atender as necessidades das futurasgerações.

    (CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/2012 – Escriturário) Em 2012, o Riode Janeiro acolherá a Cúpula da Terra sobre o desenvolvimentosustentável promovida pelas Nações Unidas. Nessa reunião, estará emevidência, dentre outros temas, a sustentabilidade do desenvolvimentovinculada estreitamente ao processo de construção da cidadania,buscando a incorporação plena dos indivíduos ao processo dedesenvolvimento. Essa sustentabilidade diz respeito tanto àdemocratização da sociedade quanto à democratização do Estado.

    4) A sustentabilidade descrita refere-se, especificamente, à seguintedimensão do desenvolvimento:a) cultural

    b) políticac) espaciald) ecológicae) ambiental

    5) (CESGRANRIO/BNDES/2010 – Técnico Administrativo) "HAPPYPLANET"Imagine que você seja um Robinson Crusoé isolado em uma ilhadeserta: qual deveria ser a dimensão de sua ilha – incluindo terra,

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    água doce e mar acessível – para você viver de forma autossuficiente eduradoura, e responder às suas necessidades de nutrição,aquecimento, matéria-prima para construção, ar puro, água potável eabsorção de resíduos? É o que propõe o indicador de "pegadaecológica” que calcula a superfície exigida para sustentar um gênerode vida específico. Em escala global, esse indicador ultrapassou acapacidade de abastecimento do planeta e não chegou a estar 20%acima dela em 1999.

    A t l a s d o M e i o A m b i e n t e . Le M o n d e D i p l o m a t i q u e B r a s i l , 2 0 0 8 , p . 1 3 .

    A "pegada ecológica" humana pode ser minimizada globalmente seforem aplicados, com efeito, os princípios relacionados ao conceito de

    a) orçamento participativo.b) desenvolvimento sustentável.c) produção flexível.d) comércio justo.e) economia popular.

    (CESPE/IRBR/2010 – Diplomata/Terceiro Secretário) As relaçõesentre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, que sedestacam na agenda de governos e organismos internacionais, têmsido objeto de diversas iniciativas no plano multilateral nas últimasdécadas. A respeito desse tema, julgue C ou E.

    6) As discussões realizadas no âmbito da Conferência das NaçõesUnidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em1992, focalizaram, fundamentalmente, questões associadas à poluição,à dilapidação dos recursos naturais e à perda da biodiversidade eresultaram em um conjunto de compromissos relacionados à proteçãode ecossistemas e de espécies ameaçadas de extinção, os quaiscorrespondem aos compromissos da Agenda 21.

    7) (FCC/SEFAZ SP/2013 – Agente Fiscal de Rendas) O documento Ofuturo que queremos, aprovado pela Conferência das Nações Unidassobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada no Rio deJaneiro em junho de 2012, propõe, entre outras medidas,a) fortalecer e modernizar o Programa das Nações Unidas para o MeioAmbiente (PNUMA), reconhecendo-o como autoridade na definição deuma agenda global nessa área.

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    b) aumentar, progressivamente, a liberação de hidrofluorcarbonos(HFCs), a fim de tornar mais espessa a camada de ozônio que protegea Terra das radiações solares.c) investir no ecoturismo e facilitar o microcrédito para moradores decomunidades dotadas de belezas naturais, excetuando dessa iniciativaos povos indígenas.

    d) coibir a aquicultura, na medida em que compromete os sistemasmarinhos naturais, põe em risco a saúde dos pescadores e afeta asegurança alimentar da população.

    e) promover a gestão sustentável dos resíduos, por meio da aplicaçãodo sistema de qualidade dos “5 esses”: senso de utilização, senso de

    arrumação, senso de limpeza, senso de saúde e senso de disciplina.

    8) (FCC/DPE SP/2013 – Agente de Defensoria Pública) A Ri o + 2 0p r o m e t i a su r t i r t a n t o e f e i t o q u a n t o a E CO 9 2 . M a s a r o d a d a d en e g o c i a çõe s a c a b o u e m u m d o c u m e n t o q u e , d e t ão v a g o , c h e g o u a s e rc r i t i c a d o p e l o s e c r e t ár i