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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Conhecimentos Gerais A Opção Certa Para a Sua Realização 1 CONHECIMENTOS GERAIS: I - Elementos da política e do cotidiano brasileiros (políticas públi- cas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais). II - Cultura e sociedade brasileira (música, literatura, artes, arquite- tura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e televisão). III - Aspectos relevantes da História do Brasil (descobertas e inova- ções científicas na atualidade e seus impactos na sociedade con- temporânea). IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos globais). I - Elementos da política e do cotidiano brasileiros (políti- cas públicas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais). Política pública Os estudos sobre política pública são ainda muito recentes, especialmente no Brasil, e existem ainda muitas divergências conceituais e é necessário discutir, pensar e repensar sobre o tema.1 Segundo Secchi (2010, p. 2) “alguns atores e pesquisadores defendem a abordagem estatista, enquanto outros defendem abordagens multicêntricas no que se refere ao protagonismo no estabelecimento de políticas públicas”. A discussão sobre o tema certamente ainda vai durar muito tempo e receberá atenção de muitos estudiosos. Como sugestão, enquanto não se uniformiza os conceitos, apresenta-se para cada abordagem - multicêntrica e estatista -, novas denominações, buscando maior esclarecimento sobre a política a partir do nome. Para a abordagem estatista sugere-se dois nomes: política pública estatal para as políticas cujo ator protagonista seja o Estado (mesmo que para os adotam a abordagem estatista neste nome contenha um pleonasmo); e política privada de interesse público para as políticas cujo ator protagonista não seja o estado, mas tenham o objetivo de enfrentar um problema da sociedade. Para a abordagem multicêntrica sugere-se os nomes: política pública estatal para as políticas que tendo o objetivo de enfrentar um problema da sociedade tenha como ator protagonista o Estado; e política pública não estatal para aquelas que, com o mesmo objetivo, não tenha como ator protagonista o Estado. A política pública estatal pode ser conceituada como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada. Cabe ao Estado propor ações preventivas diante de situações de risco à sociedade por meio de políticas públicas. O contratualismo gera esta expectativa, ainda mais na América Latina, marcada por práticas populistas no século XX. No caso das mudanças climáticas, por exemplo, é dever do Estado indicar alternativas que diminuam as conseqüências que elas trarão à população do Brasil, em especial para a mais pobre, que será mais atingida. Porém, não resta dúvida que diversas forças sociais integram o Estado. Elas representam agentes com posições muitas vezes antagônicas. Também é preciso ter claro que as decisões acabam por privilegiar determinados setores, nem sempre voltados à maioria da população. Analisar ações em escalas diferentes de gestão permite identificar oportunidades, prioridades e lacunas. Além disso, ela possibilita ter uma visão ampla das ações governamentais em situações distintas da realidade brasileira que, além de complexa, apresenta enorme diversidade natural, social, política e econômica que gera pressões nos diversos níveis de gestão. As forças políticas devem ser identificadas para compreender os reais objetivos das medidas aplicadas relacionadas às mudanças climáticas no Brasil. Uma área das Ciências Sociais que estuda: Demandas Comuns em Políticas Públicas Demandas novas - Para Maria das Graças Rua, no artigo Análise de Políticas Públicas, correspondem àquelas que resultam do surgimento de novos atores políticos ou novos problemas. Demandas recorrentes- Também segundo Graças Rua são aquelas que expressam problemas não resolvidos ou mal resolvidos. Demandas reprimidas- Ainda segundo Graças Rua, são aquelas constituídas sob um estado de coisas ou por não-decisão. Tipos de Políticas Públicas a) Industrial; b) Agrícola; c) Monetária; d) Assistência Social; Institucional; e) Educacional; f) Saúde; g) Ambiental, Etc. Arenas de Políticas Públicas Definição: São espaços dedicados a debates, disputas ou mesmo contendas políticas. Este espaço pode ser virtual (campanhas políticas) real (debates televisionados) ou midiático(onde os políticos/candidatos são notícia, compram espaço ou usam os direitos constitucionais para defenderem-se de eventuais acusações. a)distributivas; b) redistributivas; c) regulatórias; d)constitutivas; e)saúde Fases ou Ciclo das Políticas Públicas a)formação da agenda; b)formulação; c)implementação; d)monitoramento; e) avaliação; As Políticas Públicas podem ser compreendidas como um sistema (conjunto de elementos que se interligam, com vistas ao cumprimento de um fim: o bem-comum da população a quem se destinam), ou mesmo como um processo, pois tem ritos e passos, encadeados, objetivando uma finalidade. Estes normalmente estão associados à passos importantes como a sua concepção, a negociação de interlocutores úteis ao desenvolvimento (técnicos, patrocinadores, associações da sociedade civil e demais parceiros institucionais), a pesquisa de soluções aplicáveis, uma agenda de consultas públicas (que é uma fase importante do processo de legitimação do programa no espaço público democrático), a eleição de opções razoáveis e aptas para o atingimento da finalidade, a orçamentação e busca de meios ou parceiros para o suporte dos programas, oportunidade em que se fixam os objetivos e as metas de avaliação. Finalmente, a implementação direta e/ou associada, durante o prazo estimado e combinado com os gestores e financiadores, o monitoramento (acompanhamento e reajustamento de linhas - refinamento) e a sua avaliação final, com dados objetivamente mensuráveis (Faria, J H). Atores em Políticas Públicas Os atores políticos são as partes envolvidas nos conflitos. Porém nem sempre as Políticas Públicas emergem de conflitos. Elas são, no fundo, um processo, com múltiplos atores sociais, que atuam de modo concertado. Daí o termo "concertação" muitas vezes encontrado na literatura sobre o tema. Esses atores ao atuarem em conjunto após o estabelecimento de um projeto a ser desenvolvido onde estão claras as necessidade e obrigações das partes chegam a um estágio de harmonia que viabiliza a política pública. (Ferreira, 2008) Atores Públicos Políticos Eleitos, Burocratas, Tecnocratas , deputados e outros Atores Privados Empresários, trabalhadores etc. John W. Kingdon em seu livro separa os atores políticos em visíveis e invisíveis. Atualmente, as políticas públicas vem tendo maior visibilidade tanto no âmbito acadêmico quanto nos jornais. Isto pois, com a diminuição da inter- venção estatal, a maior cobrança para que os governos tenham equilíbrio em seus orçamentos e a falta políticas capazes de promoverem, ao mesmo tempo, desenvolvimento e econômico e inclusão social, levaram a reflexão sobre a implementação e o processo decisório de políticas públicas para cumprir tais tarefas. Mas, o que são políticas públicas? São políticas soci- ais? Onde surgiram? Como analisá-las? Para responder a estas questões,

IBGE 13 - Conhecimentos Gerais

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Conhecimento Gerais

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  • APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Conhecimentos Gerais A Opo Certa Para a Sua Realizao 1

    CONHECIMENTOS GERAIS: I - Elementos da poltica e do cotidiano brasileiros (polticas pbli-cas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais). II - Cultura e sociedade brasileira (msica, literatura, artes, arquite-tura, rdio, cinema, teatro, jornais, revistas e televiso). III - Aspectos relevantes da Histria do Brasil (descobertas e inova-es cientficas na atualidade e seus impactos na sociedade con-tempornea). IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos globais).

    I - Elementos da poltica e do cotidiano brasileiros (polti-cas pblicas, acontecimentos relevantes nacionais e regionais).

    Poltica pblica

    Os estudos sobre poltica pblica so ainda muito recentes, especialmente no Brasil, e existem ainda muitas divergncias conceituais e necessrio discutir, pensar e repensar sobre o tema.1

    Segundo Secchi (2010, p. 2) alguns atores e pesquisadores defendem a abordagem estatista, enquanto outros defendem abordagens multicntricas no que se refere ao protagonismo no estabelecimento de polticas pblicas.

    A discusso sobre o tema certamente ainda vai durar muito tempo e receber ateno de muitos estudiosos. Como sugesto, enquanto no se uniformiza os conceitos, apresenta-se para cada abordagem - multicntrica e estatista -, novas denominaes, buscando maior esclarecimento sobre a poltica a partir do nome. Para a abordagem estatista sugere-se dois nomes: poltica pblica estatal para as polticas cujo ator protagonista seja o Estado (mesmo que para os adotam a abordagem estatista neste nome contenha um pleonasmo); e poltica privada de interesse pblico para as polticas cujo ator protagonista no seja o estado, mas tenham o objetivo de enfrentar um problema da sociedade.

    Para a abordagem multicntrica sugere-se os nomes: poltica pblica estatal para as polticas que tendo o objetivo de enfrentar um problema da sociedade tenha como ator protagonista o Estado; e poltica pblica no estatal para aquelas que, com o mesmo objetivo, no tenha como ator protagonista o Estado.

    A poltica pblica estatal pode ser conceituada como o conjunto de aes desencadeadas pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizaes no governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada.

    Cabe ao Estado propor aes preventivas diante de situaes de risco sociedade por meio de polticas pblicas. O contratualismo gera esta expectativa, ainda mais na Amrica Latina, marcada por prticas populistas no sculo XX. No caso das mudanas climticas, por exemplo, dever do Estado indicar alternativas que diminuam as conseqncias que elas traro populao do Brasil, em especial para a mais pobre, que ser mais atingida.

    Porm, no resta dvida que diversas foras sociais integram o Estado. Elas representam agentes com posies muitas vezes antagnicas. Tambm preciso ter claro que as decises acabam por privilegiar determinados setores, nem sempre voltados maioria da populao.

    Analisar aes em escalas diferentes de gesto permite identificar oportunidades, prioridades e lacunas. Alm disso, ela possibilita ter uma viso ampla das aes governamentais em situaes distintas da realidade brasileira que, alm de complexa, apresenta enorme diversidade natural, social, poltica e econmica que gera presses nos diversos nveis de gesto. As foras polticas devem ser identificadas para compreender os reais objetivos das medidas aplicadas relacionadas s mudanas climticas no Brasil.

    Uma rea das Cincias Sociais que estuda:

    Demandas Comuns em Polticas Pblicas

    Demandas novas - Para Maria das Graas Rua, no artigo Anlise de Polticas Pblicas, correspondem quelas que resultam do surgimento de novos atores polticos ou novos problemas.

    Demandas recorrentes- Tambm segundo Graas Rua so aquelas que expressam problemas no resolvidos ou mal resolvidos.

    Demandas reprimidas- Ainda segundo Graas Rua, so aquelas constitudas sob um estado de coisas ou por no-deciso.

    Tipos de Polticas Pblicas

    a) Industrial; b) Agrcola; c) Monetria; d) Assistncia Social; Institucional; e) Educacional; f) Sade; g) Ambiental, Etc.

    Arenas de Polticas Pblicas

    Definio: So espaos dedicados a debates, disputas ou mesmo contendas polticas. Este espao pode ser virtual (campanhas polticas) real (debates televisionados) ou miditico(onde os polticos/candidatos so notcia, compram espao ou usam os direitos constitucionais para defenderem-se de eventuais acusaes.

    a)distributivas; b) redistributivas; c) regulatrias; d)constitutivas; e)sade

    Fases ou Ciclo das Polticas Pblicas

    a)formao da agenda; b)formulao; c)implementao; d)monitoramento; e) avaliao;

    As Polticas Pblicas podem ser compreendidas como um sistema (conjunto de elementos que se interligam, com vistas ao cumprimento de um fim: o bem-comum da populao a quem se destinam), ou mesmo como um processo, pois tem ritos e passos, encadeados, objetivando uma finalidade. Estes normalmente esto associados passos importantes como a sua concepo, a negociao de interlocutores teis ao desenvolvimento (tcnicos, patrocinadores, associaes da sociedade civil e demais parceiros institucionais), a pesquisa de solues aplicveis, uma agenda de consultas pblicas (que uma fase importante do processo de legitimao do programa no espao pblico democrtico), a eleio de opes razoveis e aptas para o atingimento da finalidade, a oramentao e busca de meios ou parceiros para o suporte dos programas, oportunidade em que se fixam os objetivos e as metas de avaliao. Finalmente, a implementao direta e/ou associada, durante o prazo estimado e combinado com os gestores e financiadores, o monitoramento (acompanhamento e reajustamento de linhas - refinamento) e a sua avaliao final, com dados objetivamente mensurveis (Faria, J H).

    Atores em Polticas Pblicas

    Os atores polticos so as partes envolvidas nos conflitos. Porm nem sempre as Polticas Pblicas emergem de conflitos. Elas so, no fundo, um processo, com mltiplos atores sociais, que atuam de modo concertado. Da o termo "concertao" muitas vezes encontrado na literatura sobre o tema.

    Esses atores ao atuarem em conjunto aps o estabelecimento de um projeto a ser desenvolvido onde esto claras as necessidade e obrigaes das partes chegam a um estgio de harmonia que viabiliza a poltica pblica. (Ferreira, 2008)

    Atores Pblicos Polticos Eleitos, Burocratas, Tecnocratas , deputados e outros

    Atores Privados Empresrios, trabalhadores etc.

    John W. Kingdon em seu livro separa os atores polticos em visveis e invisveis.

    Atualmente, as polticas pblicas vem tendo maior visibilidade tanto no mbito acadmico quanto nos jornais. Isto pois, com a diminuio da inter-veno estatal, a maior cobrana para que os governos tenham equilbrio em seus oramentos e a falta polticas capazes de promoverem, ao mesmo tempo, desenvolvimento e econmico e incluso social, levaram a reflexo sobre a implementao e o processo decisrio de polticas pblicas para cumprir tais tarefas. Mas, o que so polticas pblicas? So polticas soci-ais? Onde surgiram? Como analis-las? Para responder a estas questes,

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    vamos mapear como a literatura clssica e recente trata a temtica Poltica Pblica e compreender o que significa e qual a origem do conceito.

    A poltica pblica como rea de conhecimento acadmico nasce nos Estados Unidos por meio da reflexo sobre a ao do governo e no do Estado. Devemos aqui diferenciar governo de Estado. Governo um grupo que ganha uma eleio e fica por tempo determinado no poder. J Estado a estrutura, a instituio a qual o governo representa; a nao politica-mente organizada. Assim, tanto aes (o fazer) quanto inaes (o no fazer) dos governos so passveis de serem formulados cientificamente e de serem analisados por pesquisadores independentes.

    Os primeiros a realizarem estudos na rea buscaram conciliar o conhe-cimento acadmico com a prtica (Harold Laswell); expuseram como pro-blema a formulao de polticas pblicas informaes incompletas e o autointeresse daqueles que fazem a poltica (Herbert Simon); inseriram na anlise as eleies, os partidos polticos e os grupos de interesse (Charles Lindbolm); e definiram polticas pblicas como um sistema, como uma relao entre a formulao da poltica, seus resultados e o ambiente em que ela foi implantada (David Easton):

    Deste modo, vemos que este campo de estudo multidisciplinar, po-dendo ser objeto de vrias reas e analisado por diversos olhares, entre os quais a sociologia, a poltica e a economia.

    E afinal, o que so polticas pblicas? Resumidamente, o campo do conhecimento que busca colocar o governo em ao e/ou analisar essa ao e propor mudanas no rumo ou curso dessas aes (p. 69). Logo, a formulao de polticas pblicas constitui-se no estgio em que governos democrticos traduzem seus propsitos e plataformas eleitorais em pro-

    gramas e aes, que produziro resultados ou mudanas no mundo real (p. 69). Ou seja, o estudo do processo (do por que e do como) e no das consequncias.

    Souza nos apresenta 9 modelos de anlise de polticas pblicas. So eles:

    Modelo de Lowi a poltica pblica faz a poltica. Lowi nos a-presenta 4 formatos de poltica pblica: Distributivas (que no conside-ram limitaes de recursos e acabam privilegiando grupos especficos); Regulatrias (que envolvem polticos e grupos de interesse); Redistri-butivas (que so as polticas sociais universais); e Constitutivas (que li-dam com procedimentos);

    Incrementalismo Lindblom acredita que as polticas pblicas no nascem do zero, mas de decises marginais. Com isto, h uma manuteno de estruturas antigas e as decises futuras so constran-gidas e limitadas pelas decises passadas;

    Ciclo da Poltica Pblica o ciclo passa por vrios estgios e constitui um processo dinmico e de aprendizado. O foco no primeiro estgio a definio da agenda, que pode ocorrer atravs do reconhe-cimento do problema; da construo poltica da necessidade de se re-solver o problema; e pelos participantes (polticos, mdia, grupos de in-teresse). Desta forma, o ciclo :

    Modelo Garbage Can (lata de lixo) neste modelo temos vrios problemas e poucas solues, assim so as solues que procuram os problemas e acabam sendo um mtodo de tentativa e erro;

    Coalizes de Defesa a poltica pblica vista aqui como um conjunto de subsistemas que se articulam com acontecimentos exter-nos. Cada subsistema composto por um nmero de coalizes de de-fesa que se diferenciam por seus valores, crenas e ideias;

    Arenas Sociais temos neste modelo a poltica pblica como uma iniciativa de Empreendedores Polticos, que so pessoas que mostram o problema e buscam solues por meio de 3 mecanismos: Divulgao de indicadores; Repetio continuada do problema; Feed-back que mostre falhas ou resultados ruins. Estes empreendedores po-lticos divulgam o problema e tentam obter apoio a sua causa pelas re-des sociais, mas no s as da internet;

    Modelo Equilbrio Interrompido os formuladores deste mo-delo acreditam que as polticas pblicas surgem em momentos onde a estabilidade deu lugar a instabilidade, ou seja, momentos de crise, ge-rando mudana na poltica anterior. Para tanto, a mdia tem um papel fundamental na construo da imagem sobre a deciso ou poltica p-blica (policy image);

    Gerencialismo Poltico e Ajuste Fiscal tais modelos esto voltados a busca de eficincia, que deve ser o objetivo principal de qualquer poltica pblica. Alm da eficincia, a credibilidade tambm importante, sendo possvel com o estabelecimento de regras claras;

    Neoinstitucionalismo enfatiza a importncia das instituies e regras, as quais moldam o comportamento doas atores. A luta pelo po-der e recursos medida pelas instituies que acaba privilegiando grupos.

    Vale ressaltar que no devemos escolher primeiro a teoria e depois tentar encaixar o problema nela. A teoria deve ser apenas uma lente para nos auxiliar a compreender melhor a realidade, devendo ser escolhida de acordo com o problema que queremos analisar. Por exemplo: no caso do problema dos buracos no asfalto de Marlia, teorias que no levem em considerao a eficincia do servio e o clamor popular, devido a quantida-de extremamente alta de buracos, no produziro boas anlises.

    Nesta perspectiva, os elementos principais das Polticas Pblicas so:

    A distino entre o que o Governo pretende fazer e o que de fato faz;

    O envolvimento de diversos atores (formais e informais);

    A abrangncia no se limita a leis e regras;

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    A ao intencional e de longo prazo;

    Os processos: Deciso Proposio Implementao Execu-o Avaliao;

    diferente de poltica social, que estuda as consequncias, os problemas sociais a poltica social um tipo de poltica pblica e no contrrio.

    Portanto, este campo do conhecimento busca integrar 4 elementos: a poltica pblica (policy); a poltica (politics); a sociedade poltica (polity); e as instituies que as regem) e tem como foco analtico a identificao do problema que a poltica visa corrigir; a chegada do problema ao sistema poltico (politics) e sociedade poltica; o processo percorrido; e as institui-es e regras que modelaro a deciso e a implementao da poltica pblica. Camilla Geraldello

    Brasil cai trs posies em ranking global de corrupo

    Entre 177 pases avaliados, o pas passou da 69. para a 72. coloca-o no ranking sobre a percepo mundial sobre a corrupo

    Jamil Chade e correspondente, d

    Genebra - A percepo mundial sobre a corrupo no Brasil piorou em 2013 de acordo com a classificao da entidade Transparncia Internacio-nal. Entre 177 pases avaliados, o Pas caiu trs posies, da 69. para a 72. colocao no ranking que mede justamente as economias mais limpas do mundo.

    O ranking, que ser publicado hoje, o principal termmetro usado por instituies internacionais como uma base para medir a corrupo nos pases, alm de avaliar possibilidades de investimento e a credibilidade do sistema poltico.

    Quanto mais alto na classificao, mais "limpo" seria o pas. O ndice de percepo da corrupo realizado a partir de oito pesquisas separa-das, conduzidas com empresrios, investidores e especialistas.

    Neste ano, o ranking trouxe o Brasil com 42 pontos. No ano passado, o saldo da avaliao era um pouco melhor - o Pas somava 43 pontos. De acordo com a metodologia da entidade, pases com uma pontuao abaixo de 50 teriam uma situao de corrupo considerada "grave".

    Quanto mais alta a pontuao, mais "limpo" o pas. Para Alejandro Sa-las, representante da Transparncia Internacional, o resultado da pesquisa "no nada bom para o Brasil".

    "O Pas se apresenta como uma das principais economias do mundo e quer ocupar uma posio geopoltica importante. No uma boa notcia que fique na parte inferior do ranking", afirmou. As informaes so do jornal O Estado de S. Paulo.

    Numa sesso longa, tumultuada e com desfecho confuso, o Su-premo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira que rus condenados no julgamento do mensalo devem comear a cumprir as penas imediatamente.

    No entanto, no est claro qual o alcance exato da deciso e como ela afetar rus que ainda tero analisados os recursos chamados de embar-gos infringentes. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, disse que escla-receria a posio da corte na quinta-feira.

    Aps a sesso, o STF anunciou em sua conta no Twitter que o cum-primento imediato das penas se aplica a todas as condenaes, exceto as objetos dos embargos infringentes.

    Nesse caso, mesmo rus que ainda aguardam o julgamento de embar-gos infringentes como o ex-ministro Jos Dirceu e o ex-deputado Jos Genoino j passariam a cumprir pena.

    Isso porque eles foram condenados por mais de um crime, e nem todas as condenaes sero objeto desses recursos. Os embargos infringentes s so cabveis em condenaes ocorridas com pelo menos quatro votos contrrios de ministros do STF.

    Recursos esgotados

    Outros 12 dos 25 rus condenados no podem apresentar mais recur-sos e no tm mais nenhuma instncia para recorrer.

    Cumprir pena em regime fechado Vincius Samarane, ex-vice-presidente do Banco Rural.

    Cumpriro pena em regime semiaberto (em que se deve passar a noite na priso) os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), Pedro Corra (PP-PE), Romeu Queiroz (PTB-MG), Bispo Rodrigues (PR-RJ), os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT); o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas e o advogado Rogrio Tolentino.

    Dois rus com uma nica condenao cujos recursos ainda sero ana-lisados no comearo a cumprir penas: o empresrio Breno Fischberg e o ex-assessor do PP Claudio Genu.

    O deputado Joo Paulo Cunha (PT-SP) teve nesta quarta um recurso aceito e tambm no comear a cumprir a pena imediatamente.

    Aps o Supremo Tribunal Federal expedir 12 mandados de priso relativos ao processo do mensalo, apenas um dos condenados, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, no se apresentou Polcia Federal. Segundo seu advogado, ele estaria foragido na Itlia.

    Pizzolato foi o primeiro a ter a priso decretada pelo STF e foi conde-nado a 12 anos e sete meses de recluso em regime fechado, alm de multa de R$ 1,3 milho, pelos crimes de corrupo passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

    O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Svio Lobato, confirmou, no final da manh de sbado, que havia recebido informaes de familiares de Pizzolato que ele teria deixado o pas rumo Itlia. Ele tem dupla-nacionalidade.

    "Por no vislumbrar a mnima chance de ter julgamento afastado de motivaes poltico-eleitorais, (...) decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legtimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itlia, em um tribunal que no se submete s imposies da mdia empre-sarial", diz Pizzolato na carta.

    Mais cedo, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Delbio Soares, se entregou na sede da PF em Braslia. Ele foi condenado a oito anos e 11 meses de priso em regime semi-aberto pelos crimes de corrup-o ativa e formao de quadrilha.

    Na noite de sexta-feira, outros dez condenados, entre eles Jos Dirceu, Jos Genono e Marcos Valrio, se apresentaram PF.

    Tambm j se entregaram os scios de Valrio, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach, e sua ex-funcionria Simone Vasconcelos; a dona do banco Rural, Ktia Rabello, e o ex-diretor do banco, Jos Roberto Salgado; o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG).

    A expedio dos mandados ocorreu aps a publicao, no fim da tarde de quinta-feira, do resultado do julgamento realizado na vspera, que determinou a priso de parte dos condenados no processo do mensalo.

    O texto da publicao afirma que, "por unanimidade", os ministros de-cidiram pela "executoriedade imediata" das penas "que no foram objeto de embargos infringentes". Alm disso, "por maioria", eles decidiram que no podem ser executadas "as condenaes que j foram impugnadas por meio de embargos infringentes".

    Dirceu

    Na noite de sexta-feira, o ex-ministro da Casa Civil, Jos Dirceu, se en-tregou a agentes da Polcia Federal em So Paulo.

    Dirceu afirmou por meio de nota que foi condenado sem provas. Ele disse ainda que, mesmo preso, permanecer lutando para provar sua inocncia.

    Assessores de Genoino distriburam um comunicado em que o ex-presidente do PT alega inocncia e se considera um "preso poltico".

    Uma nota divulgada por assessores do presidente Nacional do PT, Rui Falco, informou que as prises ferem o princpio da ampla defesa - pois nem todos os recursos sentena haviam sido esgotados. O partido classi-fica o julgamento como "injusto" e "poltico".

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    Jos Dirceu e Jos Genoino divulgaram notas alegando inocncia pouco antes de se entregarem

    Mais cedo, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, havia de-terminado a priso de 12 rus do processo.

    Dirceu e Genoino devem cumprir pena em regime semiaberto, ou seja, podero trabalhar durante o dia, mas tero de retornar priso para dormir. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de priso, alm de multa de R$ 676 mil. A sentena de Genoino foi de seis anos e 11 meses com multa de R$ 468 mil.

    No momento da divulgao das ordens, Dirceu estava em sua casa em Vinhedo, no interior de So Paulo. Ele se dirigiu de carro com assessores para a Superintendncia da Polcia Federal na Lapa, onde se entregou.

    Dirceu e Genoino permaneceram na carceragem da PF em So Paulo at serem transferidos para Braslia, onde chegaram na tarde deste sbado em um jato da PF. A transferncia ocorreu pois a competncia de lidar com os detentos da Vara de Execues Penais do Distrito Federal. Joo Fellet - Da BBC Brasil em So Paulo

    O Brasil uma repblica federal presidencialista, de regime democrtico-representativo. Em nvel federal, o poder executivo exercido pelo Presidente. uma repblica porque o Chefe de Estado eletivo e temporrio. O Estado brasileiro uma federao pois composto de estados dotados de autonomia poltica garantida pela Constituio Federal e do poder de promulgar suas prprias Constituies. uma repblica presidencial porque as funes de chefe de Estado e chefe de governo esto reunidas em um nico rgo: o Presidente da Repblica. uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus representantes nos rgos legislativos, como tambm diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece raramente, o que no caracteriza uma democracia representativa.

    640 652 - rcjoinville.blogspot.com

    Indicadores

    De acordo com o ndice de Democracia, compilado pela revista britnica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O pas possui nota acima da mdia em funcionalidade do governo (nota 7,5). No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participao

    poltica (nota 5,0) e cultura poltica (nota 4,3). O desempenho do Brasil em participao poltica comparvel ao de Malau e Uganda, considerados "regimes hbridos", enquanto o desempenho em cultura poltica comparvel ao de Cuba, considerado um regime autoritrio.No entanto, a mdia geral do pas (nota 7,1) inferior somente do Uruguai (nota 8,1) e do Chile (nota 7,6) na Amrica do Sul. Dentre os BRIC, apenas a ndia (nota 7,2) possui desempenho melhor. De fato, em relao aos BRIC, a revista j havia elogiado a democracia do pas anteriormente, afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil o mais estvel dos BRIC. Diferentemente da China e da Rssia, uma democracia genuna; diferentemente da ndia, no possui nenhum conflito srio com seus vizinhos".

    O Brasil percebido como o 75 pas menos corrupto do mundo, perdendo para Romnia, Grcia, Macednia e Bulgria por apenas um dcimo. O pas est empatado com os pases sul-americanos da Colmbia, do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106), da Bolvia (120), da Guiana (126), do Equador (146), do Paraguai (154) e da Venezuela (162) na regio. O Brasil ainda est em situao melhor que todos os outros pases do BRIC. A China se encontra 80 lugar, a ndia em 84 e a Rssia em 146.

    Organizao

    O Estado brasileiro dividido primordialmente em trs esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judicirio. O chefe do Poder Executivo o presidente da Repblica, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovvel por mais quatro. Na esfera estadual o Executivo exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo composto, em mbito federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre a Cmara dos Deputados e o Senado. Para a Cmara, so eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razo de modo a respeitar ao mximo as diferenas entre as vinte e sete Unidades da Federao, para um perodo de quatro anos. J no Senado, cada estado representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em mbito estadual, o Legislativo exercido pelas Assembleias Legislativas Estaduais; e em mbito municipal, pelas Cmaras Municipais.

    Unidades federativas

    O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolveis, cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos renovvel por mais quatro, assim como acontece com os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municpios tm apenas uma casa parlamentar: no nvel estadual os deputados estaduais so eleitos para 4 anos na Assembleia Legislativa e no nvel municipal, os vereadores so eleitos para a Cmara Municipal para igual perodo.

    Poder Judicirio

    Finalmente, h o Poder Judicirio , cuja instncia mxima o Supremo Tribunal Federal , responsvel por interpretar a Constituio Federal e composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indIvduos de renomado saber jurdico. A composio dos ministros do STF no completamente renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se aposenta ou vem a falecer.

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    Economia

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    A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Com um PIB nominal de 2,48 trilhes de dlares (4,14 trilhes de reais), foi classificada como a sexta maior economia do mundo em 2011, segundo o FMI (considerando o PIB de 2,09 trilhes de dlares, para 2010) , ou a stima, de acordo com o Banco Mundial (tambm considerando um PIB de 2.09 trilhes de dlares em 2010) e o World Factbook da CIA (estimando o PIB de 2011 em 2,28 trilhes de dlares). a segunda maior do continente americano, atrs apenas dos Estados Unidos.

    A economia brasileira tem apresentado um crescimento consistente e, segundo o banco de investimento Goldman Sachs, deve tornar-se a quarta maior do mundo por volta de 2050.

    O Brasil uma das chamadas potncias emergentes: o "B" do grupo BRICS. membro de diversas organizaes econmicas, como o Mercosul, a UNASUL, o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenas de parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportaes do pas referem-se a produtos manufaturados e semimanufaturados. Os principais parceiros comerciais do Brasil em 2008 foram:Mercosul e Amrica Latina (25,9% do comrcio), Unio Europeia (23,4%), sia (18,9%), Estados Unidos (14,0%) e outros (17,8%).

    Segundo o Frum Econmico Mundial, o Brasil foi o pas que mais aumentou sua competitividade em 2009, ganhando oito posies entre outros pases, superando a Rssia pela primeira vez e fechando parcialmente a diferena de competitividade com a ndia e a China, economias BRIC . Importantes passos dados desde a dcada de 1990 para a sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas para liberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente os fundamentos do pas em matria de competitividade, proporcionando um melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.

    O pas dispe de setor tecnolgico sofisticado e desenvolve projetos que vo desde submarinos a aeronaves (a Embraer a terceira maior empresa fabricante de avies no mundo). O Brasil tambm est envolvido na pesquisa espacial. Possui um centro de lanamento de satlites e foi o nico pas do Hemisfrio Sul a integrar a equipe responsvel pela construo do Estao Espacial Internacional (EEI).[25] tambm o pioneiro na introduo, em sua matriz energtica, de um biocombustvel o etanol produzido a partir da cana-de-acar.Em 2008, a Petrobrs criou a subsidiria, a Petrobrs Biocombustvel, que tem como objetivo principal a produo de biodiesel e etanol, a partir de fontes renovveis, como biomassa e produtos agrcolas.

    Histria

    Quando os exploradores portugueses chegaram no sculo XV, as tribos indgenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhes de pessoas, que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da colonizao portuguesa do Brasil (1500-1822) at o final dos anos 1930, os elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produo de produtos primrios para exportao. Dentro do Imprio Portugus, o Brasil era uma colnia submetida a uma poltica imperial mercantil, que tinha trs principais grandes ciclos de produo econmica - o acar, o ouro e, a partir do incio do sculo XIX, o caf. A economia do Brasil foi fortemente dependente do trabalho escravizado Africano at o final do

    sculo XIX (cerca de 3 milhes de escravos africanos importados no total). Desde ento, o Brasil viveu um perodo de crescimento econmico e demogrfico forte, acompanhado de imigrao em massa da Europa (principalmente Portugal, Itlia, Espanha e Alemanha) at os anos 1930. Na Amrica, os Estados Unidos, o Brasil, o Canad e a Argentina (em ordem decrescente) foram os pases que receberam a maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatsticas mostram que 4,5 milhes de pessoas emigraram para o pas entre 1882 e 1934.

    Atualmente, com uma populao de 190 milhes e recursos naturais abundantes, o Brasil um dos dez maiores mercados do mundo, produzindo 35 milhes de toneladas de ao, 26 milhes de toneladas de cimento, 3,5 milhes de aparelhos de televiso e 5 milhes de geladeiras. Alm disso, cerca de 70 milhes de metros cbicos de petrleo esto sendo processados anualmente em combustveis, lubrificantes, gs propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroqumicos. Alm disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilmetros de estradas pavimentadas e mais de 108.000 megawatts de capacidade instalada de energia eltrica.

    Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 8.000 em 2008, devido forte e continuada valorizao do real, pela primeira vez nesta dcada. Suas contas do setor industrial respondem por trs quintos da produo industrial da economia latino-americana. O desenvolvimento cientfico e tecnolgico do pas um atrativo para o investimento direto estrangeiro, que teve uma mdia de US$ 30 bilhes por ano nos ltimos anos, em comparao com apenas US$ 2 bilhes/ano na dcada passada,evidenciando um crescimento notvel. O setor agrcola, tambm tem sido notavelmente dinmico: h duas dcadas esse setor tem mantido Brasil entre os pases com maior produtividade em reas relacionadas ao setor rural. O setor agrcola e o setor de minerao tambm apoiaram supervits comerciais que permitiram ganhos cambiais macios e pagamentos da dvida externa.

    Com um grau de desigualdade ainda grande, a economia brasileira tornou-se uma das maiores do mundo. De acordo com a lista de bilionrios da revista Forbes de 2011, o Brasil o oitavo pas do mundo em nmero de bilionrios, frente inclusive do Japo, com um nmero bastante superior aos dos demais pases latino americanos.

    Componentes da economia

    O setor de servios responde pela maior parte do PIB, com 66,8%, seguido pelo setor industrial, com 29,7% (estimativa para 2007), enquanto a agricultura representa 3,5% (2008 est). A fora de trabalho brasileira estimada em 100,77 milhes, dos quais 10% so ocupados na agricultura, 19% no setor da indstria e 71% no setor de servios.

    Agricultura e produo de alimentos

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    O desempenho da agricultura brasileira pe o agronegcio em uma posio de destaque em termos de saldo comercial do Brasil, apesar das barreiras alfandegrias e das polticas de subsdios adotadas por alguns pases desenvolvidos. Em 2010, segundo a OMC o pas foi o terceiro maior exportador agrcola do mundo, atrs apenas de Estados Unidos e da Unio Europeia.

    No espao de cinquenta e cinco anos (de 1950 a 2005), a populao brasileira passou de aproximadamente 52 milhes para cerca de 185

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    milhes de indivduos, ou seja, um crescimento demogrfico mdio de 2% ao ano. A fim de atender a essa demanda, uma autntica revoluo verde teve lugar, permitindo que o pas criasse e expandisse seu complexo setor de agronegcio. No entanto, a expanso da fronteira agrcola se deu custa de grandes danos ao meio ambiente, destacando-se o desmatamento de grandes reas da Amaznia, sobretudo nas ltimas quatro dcadas.

    A importncia dada ao produtor rural tem lugar na forma do Plano da Agricultura e Pecuria e atravs de outro programa especial voltado para a agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento de equipamentos e da cultura, incentivando o uso de novas tecnologias e pelo zoneamento agrcola. Com relao agricultura familiar, mais de 800 mil habitantes das zonas rurais so auxiliados pelo crdito e por programas de pesquisa e extenso rural, notadamente atravs da Embrapa. A linha especial de crdito para mulheres e jovens agricultores visa estimular o esprito empreendedor e a inovao.

    Com o Programa de Reforma Agrria, por outro lado, o objetivo do pas dar vida e condies adequadas de trabalho para mais de um milho de famlias que vivem em reas distribudas pelo governo federal, uma iniciativa capaz de gerar dois milhes de empregos. Atravs de parcerias, polticas pblicas e parcerias internacionais, o governo est trabalhando para garantir infra-estrutura para os assentamentos, a exemplo de escolas e estabelecimentos de sade. A ideia que o acesso terra represente apenas o primeiro passo para a implementao de um programa de reforma da qualidade da terra.

    Mais de 600 000 km de terras so divididas em cerca de cinco mil domnios da propriedade rural, uma rea agrcola atualmente com trs fronteiras: a regio Centro-Oeste (cerrado), a regio Norte (rea de transio) e de partes da regio Nordeste (semirido). Na vanguarda das culturas de gros, que produzem mais de 110 milhes de toneladas/ano, a de soja, produzindo 50 milhes de toneladas.

    Na pecuria bovina de sensibilizao do setor, o "boi verde", que criado em pastagens, em uma dieta de feno e sais minerais, conquistou mercados na sia, Europa e nas Amricas, particularmente depois do perodo de susto causado pela "doena da vaca louca". O Brasil possui o maior rebanho bovino do mundo, com 198 milhes de cabeas, responsvel pelas exportaes superando a marca de US$ 1 bilho/ano.

    Pioneiro e lder na fabricao de celulose de madeira de fibra-curta, o Brasil tambm tem alcanado resultados positivos no setor de embalagens, em que o quinto maior produtor mundial. No mercado externo, responde por 25% das exportaes mundiais de acar bruto e acar refinado, o lder mundial nas exportaes de soja e responsvel por 80% do suco de laranja do planeta e, desde 2003, teve o maior nmeros de vendas de carne de frango, entre os que lidam no setor.

    Indstria

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    O Brasil tem o segundo maior parque industrial na Amrica. Contabilizando 28,5% do PIB do pas, as diversas indstrias brasileiras variam de automveis, ao e petroqumicos at computadores, aeronaves e bens de consumo durveis. Com o aumento da estabilidade econmica fornecido pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais tm investido pesadamente em novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos quais foi comprado de empresas estadunidenses.

    O Brasil possui tambm um diversificado e relativamente sofisticado setor de servios. Durante a dcada de 1990, o setor bancrio representou 16% do PIB. Apesar de sofrer uma grande reformulao, a indstria de servios financeiros do Brasil oferece s empresas locais uma vasta gama de produtos e est atraindo inmeros novos operadores, incluindo empresas financeiras estadunidenses. A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de So Paulo est passando por um processo de consolidao e o setor de resseguros, anteriormente monopolista, est sendo aberto a empresas de terceiros.

    Em 31 de Dezembro de 2007, havia cerca de 21.304.000 linhas de banda larga no Brasil. Mais de 75% das linhas de banda larga via DSL e 10% atravs de modem por cabo.

    As reservas de recursos minerais so extensas. Grandes reservas de ferro e mangans so importantes fontes de matrias-primas industriais e receitas de exportao. Depsitos de nquel, estanho, cromita, urnio, bauxita, berlio, cobre, chumbo,tungstnio, zinco, ouro, nibio e outros minerais so explorados. Alta qualidade de cozimento de carvo de grau exigido na indstria siderrgica est em falta. O Brasil possui extensas reservas de terras raras, minerais essenciais indstria de alta tecnologia. De acordo com a Associao Mundial do Ao, o Brasil um dos maiores produtores de ao do mundo, tendo estado sempre entre os dez primeiros nos ltimos anos.

    O Brasil, juntamente com o Mxico, tem estado na vanguarda do fenmeno das multinacionais latino-americanas, que, graas tecnologia superior e organizao, tm virado sucesso mundial. Essas multinacionais tm feito essa transio, investindo maciamente no exterior, na regio e fora dela, e assim realizando uma parcela crescente de suas receitas a nvel internacional. O Brasil tambm pioneiro nos campos da pesquisa de petrleo em guas profundas, de onde 73% de suas reservas so extradas. De acordo com estatsticas do governo, o Brasil foi o primeiro pas capitalista a reunir as dez maiores empresas montadoras de automvel em seu territrio nacional.

    Maiores companhias

    Em 2012, 33 empresas brasileiras foram includas na Forbes Global 2000 - uma classificao anual das principais 2000 companhias em todo o mundo pela revista Forbes.

    Energia

    O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir a dependncia do petrleo importado. As importaes eram responsveis por mais de 70% das necessidades de petrleo do pas, mas o Brasil se tornou autossuficiente em petrleo em 2006. O Brasil um dos principais produtores mundiais de energia hidreltrica, com capacidade atual de cerca de 108.000 megawatts. Hidreltricas existentes fornecem 80% da eletricidade do pas. Dois grandes projetos hidreltricos, a 15.900 megawatts de Itaipu, no rio Paran (a maior represa do mundo) e da barragem de Tucuru no Par, no norte do Brasil, esto em operao. O primeiro reator nuclear comercial do Brasil, Angra I, localizado perto do Rio de Janeiro, est em operao h mais de 10 anos. Angra II foi concludo em 2002 e est em operao tambm. Angra III tem a sua inaugurao prevista para 2014. Os trs reatores tero uma capacidade combinada de 9.000 megawatts quando concludos. O governo tambm planeja construir mais 17 centrais nucleares at ao ano de 2020.

    Situao econmica

    Somente em 1808, mais de trezentos anos depois de ser descoberto por Portugal, que o Brasil obteve uma autorizao do governo portugus para estabelecer as primeiras fbricas.

    No sculo XXI, o Brasil uma das dez maiores economias do mundo. Se, pelo menos at meados do sculo XX, a pauta de suas exportaes era basicamente constituda de matrias-primas e alimentos, como o acar, borracha e ouro, hoje 84% das exportaes se constituem de produtos manufaturados e semimanufaturados.

    O perodo de grande transformao econmica e crescimento ocorreu entre 1875 e 1975.

    Nos anos 2000, a produo interna aumentou 32,3% . O agronegcio (agricultura e pecuria) cresceu 47%, ou 3,6% ao ano,

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    sendo o setor mais dinmico - mesmo depois de ter resistido s crises internacionais, que exigiram uma constante adaptao da economia brasileira.

    A posio em termos de transparncia do Brasil no ranking internacional a 75 de acordo com a Transparncia Internacional. igual posio da Colmbia, do Peru e do Suriname.

    Controle e reforma

    Entre as medidas recentemente adotadas a fim de equilibrar a economia, o Brasil realizou reformas para a sua segurana social e para os sistemas fiscais. Essas mudanas trouxeram consigo um acrscimo notvel: a Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla as despesas pblicas dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal. Ao mesmo tempo, os investimentos foram feitos no sentido da eficincia da administrao e polticas foram criadas para incentivar as exportaes, a indstria e o comrcio, criando "janelas de oportunidade" para os investidores locais e internacionais e produtores. Com estas mudanas, o Brasil reduziu sua vulnerabilidade. Alm disso, diminuiu drasticamente as importaes de petrleo bruto e tem metade da sua dvida domstica pela taxa de cmbio ligada a certificados. O pas viu suas exportaes crescerem, em mdia, a 20% ao ano. A taxa de cmbio no coloca presso sobre o setor industrial ou sobre a inflao (em 4% ao ano) e acaba com a possibilidade de uma crise de liquidez. Como resultado, o pas, depois de 12 anos, conseguiu um saldo positivo nas contas que medem as exportaes/importaes, acrescido de juros, servios e pagamentos no exterior. Assim, respeitados economistas dizem que o pas no ser profundamente afetado pela atual crise econmica mundial.

    Polticas

    O apoio para o setor produtivo foi simplificado em todos os nveis; ativos e independentes, o Congresso e o Poder Judicirio procederam avaliao das normas e regulamentos. Entre as principais medidas tomadas para estimular a economia esto a reduo de at 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o investimento de US$ 8 bilhes em frotas de transporte rodovirio de cargas, melhorando assim a logstica de distribuio. Recursos adicionais garantem a propagao de telecentros de negcios e informaes.

    A implementao de uma poltica industrial, tecnolgica e de comrcio exterior, por sua vez, resultou em investimentos de US$ 19,5 bilhes em setores especficos, como softwares e semicondutores, farmacutica e medicamentos e no setor de bens de capital.

    Renda

    O salrio mnimo fixado para o ano de 2011 de R$ 545,00 por ms, totalizando R$ 7.085,00 ao ano (incluindo o 13 salrio). O PIB per capita do pas em 2010 foi de R$ 19.016,00.Um estudo da Fundao Getlio Vargas, com base em dados do IBGE, elaborou uma lista das profisses mais bem pagas do Brasil em 2007. Os valores podem variar muito de acordo com o estado da federao em que o profissional vive. As carreiras de Direito, Administrao e Medicina ficaram entre as mais bem pagas, seguidas por algumas Engenharias.

    Infraestrutura

    Educao

    A Constituio Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Na-cional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municpios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais pblicos responsvel por sua prpria manuteno, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituio reserva 25% do ora-mento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educao.

    Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa de literria da populao brasileira foi de 90,4%, significando que 13 milhes (9,6% da populao) de pessoas ainda so analfabetas no pas; j o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da populao. O analfabetismo mais elevado no Nordeste, on-de 19,9% da populao analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual de pessoas na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etria de 6 a 14 anos e

    de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 anos, enquanto o tempo mdio total de estudo entre os que tm mais de 10 anos foi, em mdia, de 6,9 anos.

    O ensino superior comea com a graduao ou cursos sequenciais, que podem oferecer opes de especializao em diferentes carreiras acadmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de ps-graduao Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituio de ensino superior, obrigatrio, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educa-o, concluir todos os nveis de ensino adequados s necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e mdio, desde que o aluno no seja portador de nenhuma deficincia, seja e-la fsica, mental, visual ou auditiva.

    CINCIA E TECNOLOGIA

    A produo cientfica brasileira comeou, efetivamente, nas primei-ras dcadas do sculo XIX, quando a famlia real e a nobreza portuguesa, chefiadas pelo Prncipe-regente Dom Joo de Bragana (futuro Rei Dom Joo VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invaso do exrcito de Napoleo Bonaparte em Portugal, em 1807. At ento, o Brasil era uma colnia portuguesa(ver colnia do Brasil), sem universidades e organi-zaes cientficas, em contraste com as ex-colnias americanas do imprio espanhol, que apesar de terem uma grande parte da populao analfabeta, tinham um nmero considervel de universidades desde o sculo XVI.

    A pesquisa tecnolgica no Brasil em grande parte realizada em universidades pblicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais not-veis plos tecnolgicos do Brasil so os institutos Oswaldo Cruz, Butantan, Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria e o INPE.

    O Brasil tem o mais avanado programa espacial da Amrica Latina, com recursos significativos para veculos de lanamento, e fabricao de satlites. Em 14 de outubro de 1997, a Agncia Espacial Brasilei-ra assinou um acordo com a NASA para fornecer peas para a ISS. Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de maro de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veculo Soyuz se trans-formou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta.

    O urnio enriquecido na Fbrica de Combustvel Nuclear (FCN), de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende a demanda energtica do pas. Existem planos para a construo do primeiro submarino nucle-ar do pas. O Brasil tambm um dos trs pases da Amrica Latina com um laboratrio Sncrotron em operao, um mecanismo de pesquisa da fsica, da qumica, das cincias dos materiais e da biologia. Segundo o Relatrio Global de Tecnologia da Informao 20092010 do Frum Eco-nmico Mundial, o Brasil o 61 maior desenvolvedor mundial de tecnologia da informao.

    O Brasil tambm tem um grande nmero de notveis personalidades cientficas e inventores das mais diversas reas do conhecimento, como os padres Bartolomeu de Gusmo, Roberto Landell de Moura e Francisco Joo de Azevedo, Santos Dumont, Manuel Dias de Abreu, Csar Lattes, Andreas Pavel, Nlio Jos Nicolai, Adolfo Lutz, Vital Brasil, Carlos Cha-gas, Oswaldo Cruz, Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e Sil-va e Euryclides Zerbini.

    TRANSPORTES

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    Com uma rede rodoviria de cerca de 1,8 milhes de quilmetros, sen-do 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), as estradas so as princi-pais transportadoras de carga e de passageiros no trfego brasileiro.

    Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviria deram-se na dcada de 1920, no governo de Washington Lus, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubits-chek (19561961), que concebeu e construiu a capital Braslia, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsvel pela instalao de grandes fabricantes de automveis no pas (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utiliza-dos para atra-los era, evidentemente, o apoio construo de rodovias. Hoje, o pas tem instalados em seu territrio outros grandes fabricantes de automveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citron, Chrysler, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota. O Brasil o stimo mais importante pas da indstria automobilstica.

    Existem cerca de quatro mil aeroportos e aerdromos no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as reas de desembarque. O pas tem o segundo maior nmero de aeroportos em todo o mundo, atrs ape-nas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localiza-do na Regio Metropolitana de So Paulo, o maior e mais movimenta-do aeroporto do pas, grande parte dessa movimentao deve-se ao trfe-go comercial e popular do pas e ao fato de que o aeroporto liga So Pau-lo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais.

    O pas possui uma extensa rede ferroviria de 28 857 km de extenso, a dcima maior rede do mundo.Atualmente, o governo brasileiro, diferente-mente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-So Paulo, um trem-bala que vai ligar as duas principais metrpoles do pas. H 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior o Porto de Santos. O pas tambm possui 50 000 km de hidrovias.

    SADE

    O sistema de sade pblica brasileiro, o Sistema nico de Sa-de (SUS), gerenciado e fornecido por todos os nveis do governo, sendo o maior sistema do tipo do mundo. J os sistemas de sade privada atendem um papel complementar. Os servios de sade pblicos so universais e oferecidos a todos os cidados do pas de forma gratuita. No entanto, a construo e a manuteno de centros de sade e hospitais so financia-das por impostos, sendo que o pas gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na rea. Em 2009, o territrio brasileiro tinha 1,72 mdicos e 2,4 camas hospitalares para cada 1000 habitantes.

    Apesar de todos os progressos realizados desde a criao do sistema universal de cuidados de sade em 1988, ainda existem vrios problemas de sade pblica no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvi-dos foram as taxas de altos de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes por 1000 nascimentos). O nmero de mortes por doenas no transmissveis, como doenas cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 habitantes) e cncer (72,7 mortes por 100 000 habitantes) tambm tm um impacto considervel sobre a sade da populao brasileira. Finalmente, os fatores externos, mas evitveis, como acidentes de carro, violncia e suicdio causaram 14,9% de todas as mortes no pas.

    ENERGIA

    O Brasil o dcimo maior consumidor da energia do planeta e o tercei-

    ro maior do hemisfrio ocidental, atrs dos Estados Unidos e Canad. A matriz energtica brasileira baseada em fontes renovveis, sobretudo a energia hidreltrica e o etanol, alm de fontes no-renovveis de energia, como o petrleo e o gs natural.

    Ao longo das ltimas trs dcadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa vivel gasolina. Com o seu combustvel base de cana-de-acar, a nao pode se tornar energicamente independente neste momento. O Pr-lcool, que teve origem na dcada de 1970, em resposta s incertezas do mercado do petrleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veculos flex", que funcionam com etano ou gasolina, permitindo que o consumidor possa abastecer com a opo mais barata no momento, muitas vezes o etanol.

    Os pases com grande consumo de combustvel como a ndia e a China esto seguindo o progresso do Brasil nessa rea. Alm disso, pases como o Japo e Sucia esto importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigaes ambientais estipuladas no Protocolo de Quioto.

    O Brasil possui a segunda maior reserva de petrleo bruto na Amrica do Sul e um dos produtores de petrleo que mais aumentaram sua pro-duo nos ltimos anos O pas um dos mais importantes do mundo na produo de energia hidreltrica. Da sua capacidade total de gerao de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts, a energia hdrica responsvel por 66.000 megawatts (74%). A energia nuclear representa cerca de 3% da matriz energtica do Brasil. O Brasil pode se tornar uma potncia mundial na produo de petrleo, com grandes descobertas desse recurso nos ltimos tempos na Bacia de Santos.

    COMUNICAO

    A imprensa brasileira tem seu incio em 1808 com a chegada da famlia real portuguesa ao Brasil, sendo at ento proibida toda e qualquer ativida-de de imprensa fosse a publicao de jornais ou livros. A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criao da Impresso Rgia, hoje Imprensa Nacional, pelo prncipe-regente dom Joo.

    A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em territrio nacional, comea a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicao em massa e produziu grandes jornais que hoje esto entre as maiores do pas e do mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e publicaes das editoras Abril e Globo.

    A radiodifuso surgiu em 7 de setembro de 1922, sendo a primei-ra transmisso um discurso do ento presidente Epitcio Pessoa, porm a instalao do rdio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criao da "Rdio Sociedade do Rio de Janeiro". Na dcada de 1930 comeou a era comercial do rdio, com a permisso de comerciais na programao, trazendo a contratao de artistas e desenvolvimento tcnico para o setor. Com o surgimento das rdio-novelas e da popularizao da programao, na dcada de 1940, comeou a chamada era de ouro do

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    rdio brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade brasileira semelhante ao que a televiso produz hoje. Com a criao da televiso o rdio passa por transformaes, os programas de humor, os artistas, as novelas e os programas de auditrio so substitudos por msicas e servios de utilidade pblica. Na dcada de 1960 surgiram as rdios FM's que trazem mais msicas para o ouvinte.

    A televiso no Brasil comeou, oficialmente, em 18 de setem-bro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televiso no pas, a TV Tupi. Desde ento a televiso cresceu no pas, criando grandes redes como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a televiso representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. A televiso digital no Brasil teve incio s 20h30min de 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de So Paulo, pelo padro japons.

    CULTURA

    O ncleo de cultura derivado da cultura portuguesa, por causa de seus fortes laos com o imprio colonial portugus. Entre outras influncias portuguesas encontram-se o idioma portugus, o catolicismo roma-no e estilos arquitetnicos coloniais. A cultura, contudo, foi tambm forte-mente influenciada por tradies e culturas africanas, indgenas e europeias no-portuguesas. Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuies dos italianos, alemes e outros imigrantes europeus que chegaram em grande nmero nas regies Sul e Sudeste do Brasil. Os amerndios influenciaram a lngua e a culinria do pas e os africanos influenciaram a lngua, a culinria, a msica, a dana e a religio.

    A arte brasileira tem sido desenvolvida, desde o sculo XVI, em dife-rentes estilos que variam do barroco (o estilo dominante no Brasil at o incio do sculo XIX) para o romantismo, modernismo, expressionismo, cubismo, surrealismo e abstracionismo.

    O cinema brasileiro remonta ao nascimento da mdia no final do sculo XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos ltimos anos.

    A msica brasileira engloba vrios estilos regionais influenciados por formas africanas, europeias e amerndias. Ela se desenvolveu em estilos diferentes, entre eles, samba, msica popular brasileira, msica nativis-ta, msica sertane-ja, choro, ax,brega, forr, frevo, baio, lambada, maracatu, bossa no-va e rock brasileiro.

    MEIO AMBIENTE

    A grande extenso territorial do Brasil abrange diferen-tes ecossistemas, como a Floresta Amaznica, reconhecida como tendo a maior diversidade biolgica do mundo, a Mata Atlntica e o Cerrado, que sustentam tambm grande biodiversidade, sendo o Brasil reconhecido como um pas megadiverso. No sul, a Floresta de araucrias cresce sob condies de clima temperado.

    A rica vida selvagem do Brasil reflete a variedade de habitats naturais. Os cientistas estimam que o nmero total de espcies vegetais e animais no Brasil seja de aproximadamente de quatro milhes. Grandes mamfe-ros incluem pumas, onas,jaguatiricas, raros cachorros-vinagre, raposas, queixadas, antas, tamandus, preguias, gambs e tatus. Veados so abundantes no sul e muitas espcies de platyrrhini so encontradas nas florestas tropicais do norte. A preocupao com o meio ambiente tem crescido em resposta ao interesse mundial nas questes ambientais.

    O patrimnio natural do Brasil est seriamente ameaado pe-la pecuria e agricultura, explorao madeireira, minerao, reassentamen-to, extrao de petrleo e gs, a sobre pesca, comrcio de espcies selva-gens, barragens e infraestrutura, contaminao da gua, alteraes climti-cas, fogo e espcies invasoras. Em muitas reas do pas, o ambiente natural est ameaado pelo desenvolvimento. A construo de estradas em reas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-163, abriu reas anteriormen-te remotas para a agricultura e para o comrcio; barragens inundaram vales e habitats selvagens; e minas criaram cicatrizes na terra e poluram a paisagem.

    SOCIEDADE

    As bases da moderna sociedade brasileira remontam revoluo de 1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo de modernizao. Durante a Repblica Velha (ou primeira repblica), o Brasil era ainda o pas essencialmente agrcola, em que predominava a monocultura. O processo de industrializao apenas comeava, e o setor de servios era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos senhores de terras, estava unida classe dos grandes comerciantes. Como a urbanizao era limitada e a industrializao, incipiente, a classe operria tinha pouca importncia na caracterizao da estrutura social. A grande massa de trabalhadores pertencia classe dos trabalhadores rurais. So-mente nas grandes cidades, as classes mdias, que galgavam postos importantes na administrao estatal, passavam a ter um peso social mais significativo.

    No plano poltico, o controle estatal ficava nas mos da oligarquia rural e comercial, que decidia a sucesso presidencial na base de acordos de interesses regionais. A grande maioria do povo tinha uma participao insignificante no processo eleitoral e poltico. A essa estrutura social e poltica correspondia uma estrutura governamental extremamente descen-tralizada, tpica do modelo de domnio oligrquico.

    Durante a dcada de 1930 esse quadro foi sendo substitudo por um modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas mos do presi-dente da repblica. To logo assumiu o poder, Getlio Vargas baixou um decreto que lhe dava amplos poderes governamentais e at mesmo legisla-tivos, o que abolia a funo do Congresso e das assembleias e cmaras municipais. Ao invs do presidente de provncia, tinha-se a figura do inter-ventor, diretamente nomeado pelo chefe do governo e sob suas ordens. Essa tendncia centralizadora adquiriu novo mpeto com o golpe de 1937. A partir da, a Unio passou a dispor de muito mais fora e autonomia em relao aos poderes estaduais e municipais. O governo central ficou com competncia exclusiva sobre vrios itens, como a decretao de impostos sobre exportaes, renda e consumo de qualquer natureza, nomear e demitir interventores e, por meio destes, os prefeitos municipais, arrecadar taxas postais e telegrficas etc. Firmou-se assim a tendncia oposta estrutura antiga.

    Outra caracterstica do processo foi o aumento progressivo da partici-pao das massas na atividade poltica, o que corresponde a uma ideologi-zao crescente da vida poltica. No entanto, essa participao era molda-da por uma atitude populista, que na prtica assegurava o controle das massas pelas elites dirigentes. Orientadas pelas manobras personalistas dos dirigentes polticos, as massas no puderam dispor de autonomia e organizao suficientes para que sua participao pudesse determinar uma reorientao poltico-administrativa do governo, no sentido do atendimento de suas reivindicaes. Getlio Vargas personificou a tpica liderana populista, seguida em ponto menor por Joo Goulart e Jnio Quadros.

    Sociedade moderna. O processo de modernizao iniciou-se de forma mais significativa a partir da dcada de 1950. Os antecedentes centraliza-dores e populistas condicionaram uma modernizao pouco espontnea, marcadamente tutelada pelo estado. No espao de trs dcadas, a fisio-nomia social brasileira mudou radicalmente. Em 1950, cerca de 55% da populao brasileira vivia no campo, e apenas trs cidades tinham mais de 500.000 habitantes; na dcada de 1990, a situao se alterara radicalmen-te: 75,5% da populao vivia em cidades. A industrializao e o fortaleci-mento do setor tercirio haviam induzido uma crescente marcha migratria em dois sentidos: do campo para a cidade e do norte para o sul. Em termos de distribuio por setores, verifica-se uma forte queda relativa na fora de trabalho empregada no setor primrio.

    O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubits-chek (1956-1960) foram perodos de fixao da mentalidade desenvolvi-mentista, de feio nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto, foram tambm perodos de intensificao dos investimentos estrangeiros e de participao do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964, estabeleceu-se uma quebra na tradio populista, embora o governo militar tenha continuado e at intensificado as funes centralizadoras j observa-das, tanto na formao de capital quanto na intermediao financeira, no comrcio exterior e na regulamentao do funcionamento da iniciativa privada. As reformas institucionais no campo tributrio, monetrio, cambial e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos milita-

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    res, ensejaram o ambiente propcio ao crescimento e configurao mo-derna da economia. Mas no se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida poltica representativa, baseada em instituies estveis e consensuais. Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma economia complexa e uma sociedade merc de um estado atrasado e autoritrio.

    Ao aproximar-se o final do sculo XX a sociedade brasileira apresenta-va um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes tenses. O longo ciclo inflacionrio, agravado pela recesso e pela inefici-ncia e corrupo do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades soci-ais, o que provocou um substancial aumento do nmero de miserveis e gerou uma escalada sem precedentes da violncia urbana e do crime organizado. O desnimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos planos de combate inflao e de retomada do crescimento econmico criavam um clima de desesperana. O quadro se complicava com a carn-cia quase absoluta nos setores pblicos de educao e sade, a deteriora-o do equipamento urbano e da malha rodoviria e a situao quase falimentar do estado. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes Ltda.

    Ecologia

    Durante muito tempo desconhecida do grande pblico e relegada a segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no sculo XX como um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, como crescimento populacional, poluio ambiental, fome e todos os problemas sociolgicos e polticos atuais, so em grande parte ecolgicos.

    A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no sculo XIX pelo zologo alemo Ernst Haeckel, para designar a "relao dos animais com seu meio ambiente orgnico e inorgnico". A expresso meio ambiente inclui tanto outros organismos quanto o meio fsico circundante. Envolve relaes entre indivduos de uma mesma populao e entre indivduos de diferentes populaes. Essas interaes entre os indivduos, as populaes e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecolgicos, ou ecossistemas. A ecologia tambm j foi definida como "o estudo das inter-relaes dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas".

    Histrico. A ecologia no tem um incio muito bem delineado. Encontra seus primeiros antecedentes na histria natural dos gregos, particularmente em um discpulo de Aristteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relaes dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lanadas nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais.

    O aumento do interesse pela dinmica das populaes recebeu impulso especial no incio do sculo XIX e depois que Thomas Malthus chamou ateno para o conflito entre as populaes em expanso e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemticas para o estudo das populaes, o que levou a experincias sobre a interao de predadores e presas, as relaes competitivas entre espcies e o controle populacional. O estudo da influncia do comportamento sobre as populaes foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pssaros. Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo foram lanados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social no controle das populaes.

    No incio e em meados do sculo XX, dois grupos de botnicos, um na Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes pontos de vista. Os botnicos europeus se preocuparam em estudar a composio, a estrutura e a distribuio das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucesso. As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente at que os bilogos americanos deram nfase inter-relao de comunidades vegetais e animais como um todo bitico.

    Alguns ecologistas se detiveram na dinmica das comunidades e populaes, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o bilogo alemo August Thienemann introduziu o conceito de

    nveis trficos, ou de alimentao, pelos quais a energia dos alimentos transferida, por uma srie de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vrios nveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton, ecologista ingls especializado em animais, avanou nessa abordagem com o conceito de nichos ecolgicos e pirmides de nmeros. Dois bilogos americanos, E. Birge e C. Juday, na dcada de 1930, ao medir a reserva energtica de lagos, desenvolveram a ideia da produo primria, isto , a proporo na qual a energia gerada, ou fixada, pela fotossntese.

    A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trfico-dinmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia atravs do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington.

    O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de novas tcnicas -- radioistopos, microcalorimetria, computao e matemtica aplicada -- que permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias especficas atravs dos ecossistemas. Esses mtodos modernos deram incio a um novo estgio no desenvolvimento dessa cincia -- a ecologia dos sistemas, que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.

    Conceito unificador. At o fim do sculo XX, faltava ecologia uma base conceitual. A ecologia moderna, porm, passou a se concentrar no conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer rea especfica. Envolve tanto os componentes sem vida (abiticos) quanto os vivos (biticos) atravs dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de energia. Para realiz-los, os ecossistemas precisam conter algumas inter-relaes estruturadas entre solo, gua e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro.

    Os ecossistemas funcionam graas manuteno do fluxo de energia e do ciclo de materiais, desdobrado numa srie de processos e relaes energticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por menores que sejam esses conjuntos especficos de condies fsicas que cercam um grupo de espcies. As cadeias alimentares costumam ser complexas, e vrias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras, formando uma teia alimentar que reproduz o equilbrio natural entre plantas, herbvoros e carnvoros.

    Os ecossistemas tendem maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa mudana direcional chamada sucesso. Sempre que um ecossistema utilizado, e que a explorao se mantm, sua maturidade adiada.

    A principal unidade funcional de um ecossistema sua populao. Ela ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade de energia fixada em qualquer ecossistema so limitados. Quando uma populao atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus nmeros precisam estabilizar-se e, caso isso no ocorra, devem declinar em consequncia de doena, fome, competio, baixa reproduo e outras reaes comportamentais e psicolgicas. Mudanas e flutuaes no meio ambiente representam uma presso seletiva sobre a populao, que deve se ajustar. O ecossistema tem aspectos histricos: o presente est relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o ecossistema o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a dinmica, o comportamento e a evoluo das populaes.

    reas de estudo. A ecologia uma cincia multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, gentica, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, fsica, qumica, matemtica e eletrnica. Quase sempre se torna difcil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer dessas cincias, pois todas tm influncia sobre ela. A mesma situao existe dentro da prpria ecologia. Na compreenso das interaes entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, quase sempre difcil separar comportamento de dinmica populacional, comportamento de fisiologia, adaptao de evoluo e gentica, e ecologia animal de ecologia vegetal.

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    A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relaes das plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem altamente descritiva da composio vegetal e florstica de uma rea e normalmente ignora a influncia dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve o estudo da dinmica, distribuio e comportamento das populaes, e das inter-relaes de animais com seu meio ambiente. Como os animais dependem das plantas para sua alimentao e abrigo, a ecologia animal no pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considervel de ecologia vegetal. Isso verdade especialmente nas reas aplicadas da ecologia, como manejo da vida selvagem.

    A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relaes de um organismo individual com seu ambiente (auto-ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia).

    A auto-ecologia, ou estudo clssico da ecologia, experimental e indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou mais variveis, facilmente quantificvel e til nas pesquisas de campo e de laboratrio. Algumas de suas tcnicas so tomadas de emprstimo da qumica, da fsica e da fisiologia. A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a constncia da interao entre um organismo e seu ambiente, e a adaptabilidade gentica de populaes s condies ambientais do local onde vivem.

    A sinecologia filosfica e dedutiva. Largamente descritiva, no facilmente quantificvel e contm uma terminologia muito vasta. Apenas recentemente, com o advento da era eletrnica e atmica, a sinecologia desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar incio a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia so aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem ligaes estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a antropologia cultural.

    A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de ambiente, como terrestre ou aqutico. A ecologia terrestre, que contm subdivises para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, qumica dos solos, fauna dos solos, ciclos hidrolgicos, ecogentica e produtividade.

    Os ecossistemas terrestres so mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuaes ambientais muito mais amplas do que os ecossistemas aquticos. Esses ltimos so mais afetados pelas condies da gua e possuem resistncia a variveis ambientais como temperatura. Por ser o ambiente fsico to importante no controle dos ecossistemas aquticos, d-se muita ateno s caractersticas fsicas do ecossistema como as correntes e a composio qumica da gua. Por conveno, a ecologia aqutica, denominada limnologia, limita-se ecologia de cursos d'gua, que estuda a vida em guas correntes, e ecologia dos lagos, que se detm sobre a vida em guas relativamente estveis. A vida em mar aberto e esturios objeto da ecologia marinha.

    Outras abordagens ecolgicas se concentram em reas especializadas. O estudo da distribuio geogrfica das plantas e animais denomina-se geografia ecolgica animal e vegetal. Crescimento populacional, mortalidade, natalidade, competio e relao predador-presa so abordados na ecologia populacional. O estudo da gentica e a ecologia das raas locais e espcies distintas a ecologia gentica. As reaes comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interaes sociais que afetam a dinmica das populaes so estudadas pela ecologia comportamental. As investigaes de interaes entre o meio ambiente fsico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiolgica.

    A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a funo dos ecossistemas pelo uso da matemtica aplicada, modelos matemticos e anlise de sistemas a ecologia dos sistemas. A anlise de dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rpido desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicao de princpios ecolgicos ao manejo dos recursos naturais, produo agrcola, e problemas de poluio ambiental.

    Movimento ecolgico. A interveno do homem no meio ambiente ao longo da histria, principalmente aps a revoluo industrial, foi sempre no

    sentido de agredir e destruir o equilbrio ecolgico, no raro com consequncias desastrosas. A ao das queimadas, por exemplo, provoca o desequilbrio da fauna e da flora e modifica o clima. Vrias espcies de animais foram extintas ou se encontram em risco de extino em decorrncia das atividades do homem.

    J no sculo XIX se podia detectar a existncia de graves problemas ambientais, como mostram os relatos sobre poluio e insalubridade nas fbricas e bairros operrios. Encontram-se raciocnios claros da vertente que mais tarde se definiria como ecologia social na obra de economistas como Thomas Malthus, Karl Marx e John Stuart Mill, e de gegrafos como Friedrich Ratzel e George P. Marsh. Mesmo entre os socialistas, porm, predominava a crena nas possibilidades do industrialismo e a ausncia de preocupao com os limites naturais. Tambm contribuiu o fato de a economia industrial no ter ainda revelado as contradies ecolgicas inerentes a seu funcionamento, evidenciadas no sculo XX.

    De fato, a maioria das teorias econmicas recentes traduz essa atitude e raciocina como se a economia estivesse acima da natureza. A economia, no entanto, pode at mesmo ser considerada apenas um captulo da ecologia, uma vez que se refere somente ao material e demanda de uma espcie, o homem, enquanto a ecologia examina a ao de todas as espcies, seus relacionamentos e interdependncias.

    A radicalizao do impacto destrutivo do homem sobre a natureza, provocada pelo desenvolvimento do industrialismo, inspirou, especialmente ao longo do sculo XX, uma srie de iniciativas. A mais antiga delas o conservacionismo, que a luta pela conservao do ambiente natural ou de partes e aspectos dele, contra as presses destrutivas das sociedades humanas. Denncias feitas em congressos internacionais geraram uma campanha em favor da criao de reservas de vida selvagem, que ajudaram a garantir a sobrevivncia de muitas espcies ameaadas.

    Existem basicamente trs tipos de recursos naturais: os renovveis, como os animais e vegetais; os no-renovveis, como os minerais e fsseis; e os recursos livres, como o ar, a gua, a luz solar e outros elementos que existem em grande abundncia. O movimento ecolgico reconhece os recursos naturais como a base da sobrevivncia das espcies e defende garantias de reproduo dos recursos renovveis e de preservao das reservas de recursos no-renovveis.

    No Brasil, o movimento conservacionista est razoavelmente estabelecido. Em 1934, foi realizada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a I Conferncia Brasileira de Proteo Natureza. Trs anos mais tarde criou-se o primeiro parque nacional brasileiro, na regio de Itatiaia RJ.

    Alm dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecolgico um novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisria entre eles nem sempre est bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos de grupos se confundem em alguma luta especfica comum. Os ecologistas, porm, apesar de mais recentes, tm peso poltico cada vez maior. Vertente do movimento ecolgico que prope mudanas globais nas estruturas sociais, econmicas e culturais, esse grupo nasceu da percepo de que a atual crise ecolgica consequncia direta de um modelo de civilizao insustentvel. Embora seja tambm conservacionista, o ecologismo caracteriza-se por defender no s a sobrevivncia da espcie humana, como tambm a construo de formas sociais e culturais que garantam essa sobrevivncia.

    Um marco nessa tendncia foi a realizao, em Estocolmo, da Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente Humano, em 1972, que oficializou o surgimento da preocupao ecolgica internacional. Seguiram-se relatrios sobre esgotamento das reservas minerais, aumento da populao etc., que tiveram grande impacto na opinio pblica, nos meios acadmicos e nas agncias governamentais.

    Em 1992, 178 pases participaram da Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. Embora com resultados muito aqum das expectativas dos ecologistas, foi mais um passo para a ampliao da conscincia ecolgica mundial. Aprovou documentos importantes para a conservao da natureza, como a Conveno da Biodiversidade e a do Clima, a Declarao de Princpios das Florestas e a Agenda 21.

    A Agenda 21 talvez o mais polmico desses documentos. Tenta unir ecologia e progresso num ambicioso modelo de desenvolvimento

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    sustentvel, ou seja, compatvel com a capacidade de sustentao do crescimento econmico, sem exausto dos recursos naturais. Prega a unio de todos os pases com vistas melhoria global da qualidade de vida. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes Ltda.

    Efeitos do aquecimento global

    O aquecimento global est sendo estudado por um grande consrcio global de cientistas, que esto cada vez mais preocupados com os seus efeitos potenciais a longo prazo em nosso ambiente natural e no planeta. De especial preocupao como a mudana climtica e o aquecimento global causados por fatores antropognicos, como a liberao de gases do efeito estufa, mais notavelmente o dixido de carbono, podem interagir e ter efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a existncia humana. Esforos tm sido focados na mitigao dos efeitos dos gases de estufa, que esto causando mudanas climticas, e no desenvolvimento de estratgias de adaptao para o aquecimento global, para ajudar homens, espcies de animais e plantas, ecossistemas, regies enaes a se adequarem aos efeitos deste fenmeno. Alguns exemplos de colaborao recente em relao a mudana climtica e aquecimento global incluem:

    O tratado e conveno da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre a Mudana do Clima sobre Mudana Climtica, para estabilizar as concentraes de gases estufa na atmosfera em um nvel que iria prevenir uma perigosa interferncia antropognica no sistema climtico.

    O Protocolo de Quioto, que o acordo internacional com o objetivo de reduzir os gases de estufa, em um esforo de prevenir mudanas climticas antropognicas.

    A Iniciativa Climtica Ocidental, para identificar, avaliar, e implementar meios coletivos e cooperativos para reduzir os gases de estufa, se focando em um sistema de mercado de captao-e-troca.

    Um desafio significante identificar as dinmicas do ambiente natural em contraste com as mudanas ambientais que no fazem parte das variaes naturais. Uma soluo comum adaptar uma viso esttica que negligencia a existncia de variaes naturais. Metodologicamente, essa viso pode ser defendida quando olhamos processos que mudam lentamente e sries de curto prazo, apesar do problema aparecer quando processos rpidos se tornam essenciais no objeto de estudo.

    O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    Nesta parte, vamos examinar as relaes do desenvolvimento scio-econmico com a chamada questo ambiental.

    Nos pases subdesenvolvidos industrializados, onde se vive uma crise scio-econmica de grande profundidade, que relaes existiriam entre crise, desenvolvimento e meio ambiente?

    No so relaes harmoniosas, j que numa sociedade moderna as i-deias de necessidade de desenvolvimento econmico sempre apareceram como incompatveis com a preservao da natureza.

    Mas possvel que os conhecimentos sob domnio humano permitam compatibilizar modelos de desenvolvimento econmico e formas de uso preservacionista da natureza, obtendo-se desse fato extraordinrios avan-os para todos os povos.

    Assim, podemos pressionar para que o patrimnio ambiental herdado do passado seja transferido s geraes futuras em melhores condies. Ampliando-se o conhecimento cientfico dos ecossistemas naturais, viabili-za-se um aproveitamento e uma conservao racionais, de modo a garantir uma base material superior para a sobrevivncia e bem-estar da humani-dade e do planeta.

    Os movimentos de defesa do meio ambiente

    Consideram-se os anos 70 como o marco da tomada de conscincia quanto aos problemas ambientais. Nessa poca apareceram muitos movi-mentos sociais para combater a degradao ambiental. Grande parte deles eram desdobramentos dos movimentos pacifistas que se constituram nos anos 60.

    Os movimentos pacifistas, colocando-se contra a ameaa de destrui-o potencial do planeta, rapidamente incorporaram as bandeiras ecolgi-cas, ampliando o espectro de sua atuao. O melhor exemplo o Green-

    peace (Paz Verde), formado originalmente por ex-soldados americanos e canadenses. Tornou-se clebre por atitudes como impedir aes de gover-nos ou empresas prejudiciais ao ser humano e ao ambiente natural, tais como a pesca da baleia, os testes nucleares e o transporte irresponsvel de substncias txicas. Hoje uma organizao mundial.

    Com um nvel mais elaborado de atuao, muitos desses movimentos vo combater as prticas consumistas nas economias desenvolvidas e defender modelos alternativos de vida social e econmica.

    A presso poltica desses movimentos e o agravamento da situao dos recursos naturais no planeta levaram a ONU, em 1972, a organizar a I Conferncia Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Esto-colmo, na Sucia. Era uma conferncia oficial, com representantes de Estado (mais de 100 pases), o que no impediu que paralelamente compa-recessem ao evento cerca de 250 organizaes no governamentais (ONGs).

    A Conferncia de Estocolmo de 1972 A Declarao oficial de Estocolmo alinhou mais de vinte princpios ori-

    entadores para as polticas nacionais ambientais. Vejamos os principais: o direito a um ambiente sadio e equilibrado e justia social; a importncia do planejamento ambiental; os riscos dos altos nveis de urbanizao; a busca de fontes alternativas e limpas de energia; o uso dos conhecimentos cientficos e da tecnologia para resolver problemas ambientais; e o papel relevante da educao ambiental.

    A posio do Brasil tornou-se muito conhecida na poca. Nosso repre-sentante, o general Costa Cavalcanti, declarou que a pior poluio a da misria. Alegava que no Brasil no haveria condies de dispender recur-sos para a preservao sem antes resolver problemas sociais. Os jornais europeus da poca receberam informes publicitrios do governo brasileiro convidando empresas poluidoras para aqui se instalar.

    Dessa conferncia at hoje, produziram-se inmeros estudos e docu-mentos envolvendo tcnicos da ONU e de diversos pases. Os mais conhe-cidos so o Estratgia mundial para a conservao e o Nosso futuro co-mum, o primeiro de 1980 e o segundo de 1987.

    Foi nesse contexto que surgiu a ideia de desenvolvimento ecologica-mente sustentvel. As entidades no governamentais e os militantes ambientalistas de modo geral nunca simpatizaram muito com essa expres-so. Alegam que o termo desenvolvimento refere-se ao desenvolvimento capitalista, que, por natureza, incompatvel com o uso equilibrado dos recursos.

    Diversos setores econmicos tambm viam na ideia de desenvolvimen-to ecologicamente sustentvel nada mais do que um discurso para apla-car a ira dos jovens ambientalistas.

    ECOLOGIA

    O termo "Ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em seu livro "Generelle Morphologie des Organismen", para designar "o estudo das relaes de um organismo com seu ambiente inorgnico ou orgnico, em particular o estudo das relaes do tipo positivo ou amistoso e do tipo negativo (inimigos) com as plantas e animais com que aparece pela primei-ra vez em Pontes de Miranda, 1924, "Introduo Poltica Cientfica". O conceito original evoluiu at o presente no sentido de designar uma cincia, parte da Biologia, e uma rea especfica do conhecimento humano que tratam do estudo das relaes dos organismos uns com os outros e com todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambien-te.

    "Em sentido literal, a Ecologia a cincia ou o estudo dos organismos em sua casa, isto , em seu meio... define-se como o estudo das relaes dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio... Est em maior consonncia com a conceituao moderna definir Ecologia como estudo da estrutura e da funo da natureza, entendendo-se que o homem dela faz parte" (Odum, 1972).

    "Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hbitat... Ecologia a cincia que estuda dinmica dos ecossistemas... a disciplina que estuda os processos, interaes e a dinmica de todos os seres vivos com cada um dos demais, incluindo os aspectos econmicos, sociais, culturais e psicolgicos peculiares ao homem... um estudo interdisciplinar e interativo que deve, por sua prpria natureza, sintetizar informao e

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    conhecimento da maioria, seno de todos os demais campos do saber... Ecologia no meio ambiente. Ecologia no o lugar onde se vive. Ecolo-gia no um descontentamento emocional com os aspectos industriais e tecnolgicos da sociedade moderna" (Wickersham et alii, 1975).

    " a cincia que estuda as condies de existncia dos seres vivos e as interaes, de qualquer natureza, existentes entre esses seres vivos e seu