Geografia_ População - Conceitos, Teorias e Fatos

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  • 8/18/2019 Geografia_ População - Conceitos, Teorias e Fatos

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    População: conceitos, teorias e fatos

    População mundial

     

    Conceitos básicos

    1. População absoluta

    É o número total de habitantes de uma região ou de um espaço qualquer. O termo"populoso(a)" está relacionado aos países ou regiões com elevada população absoluta.

     2. População relativa ou densidade demográfica

    É a relação entre a população absoluta e o espaço territorial que ela ocupa.

    Obtém-se, assim, a média de habitantes por quilômetro quadrado.

    pop. relativa  população absoluta

    área territorial  hab.= =   /km2

    O termo "povoado(a)" relaciona-se às regiões ou aos países com elevada densi-dade demográfica.

    3. Taxa de mortalidade (TM)

    É a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habi-tantes. Assim, se falarmos que a taxa de mortalidade é de 30‰ (por mil), significa quemorrem 30 de cada mil habitantes em um ano. Essa é a taxa de mortalidade geral, queengloba todos os habitantes mortos em qualquer idade.

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    A taxa de mortalidade infantil considera apenas o número de crianças mortas

    antes de completarem um ano de vida para cada mil crianças nascidas vivas.

    4. Taxa de natalidade (TN)

    Éarelaçãoentreonúmerodenascimentosocorridosemumanoeonúmerode

    habitantes. Quando dizemos que a taxa de natalidade de um país é de 30‰ (por mil),significa que para cada mil habitantes nasceram 30 crianças vivas em um ano.

    5. Taxa de fecundidade

    O número de nascimentos por 1 000 mulheres em idade de procriar (dos 15 aos

    49 anos).

    6. Crescimento vegetativo ou crescimento natural 

    É a expressão numérica percentual obtida a partir da diferença entre as taxas de

    natalidade (TN) e de mortalidade (TM).

    CV TN TM= −

      O crescimento demográfico mundial

    A população mundial contava com 250 milhões de habitantes no início da EraCristã. Passou a 500 milhões em 1650; 1,2 bilhão em 1850; 2,5 bilhões em 1950 e a 5 bi-lhões em 1990. Segundo a ONU, no final do século XX, a população mundial já era supe-rior a 6 bilhões de habitantes. Nesse início de século XXI está em cerca de 6,5 bilhões de

    habitantes.Noprincípio,apopulaçãodemorou17séculosparadobrar.Essetempofoiredu-

    zido a 200 anos, depois a 100 anos e, posteriormente, a 40 anos para aumentar as mes-mas duas vezes.

    No século XX, a humanidade aumentou em quatro vezes seu número, o que de-monstra um crescimento demográfico elevado e acelerado, denominado pelos demó-grafos como explosão demográfica.

    Esse crescimento acelerado da população é uma das consequências da difusãodo progresso nas condições higiênico-sanitárias, da medicina preventiva e curativa,

    dos programas públicos de vacinação e de controle de doenças infecciosas e de epide-mias. Esses fatores contribuíram para a queda das taxas de mortalidade, sobretudo in-fantil, além de aumentar os índices de expectativa de vida.

    Esse rápido crescimento demográfico não é homogêneo entre as nações domundo.

    Quanto ao crescimento populacional, os especialistas dividem o crescimentodemográfico dos países em quatro fases:1ª fase ou fase de crescimentolento: caracterizada por elevadas taxas de natalidade e demortalidade, originando um baixo crescimento demográfico.

    2ª fase ou fase de rápido crescimento (explosão demográfica): nessa fase os países apre-sentam taxas elevadas de natalidade e queda acentuada das taxas de mortalidade,ocorrendo um elevado crescimento populacional.

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    3ª fase ou fase de transição demográfica: nessa fase teremos a queda acelerada e acen-

    tuada da taxa de natalidade, a queda da taxa de fecundidade e a manutenção da queda

    da taxa de mortalidade, o que leva à diminuição da taxa de crescimento vegetativo.

    4ª fase ou  fase de baixíssimo crescimento ou  de estagnação demográfica: observam-se

    nessa fase baixas taxas de natalidade e de mortalidade com consequente queda do

    crescimento populacional ou sua estagnação.

    Os países desenvolvidos e poucos dosem desenvolvimentoencontram-se na 4ª

    fase; a maioria dos não desenvolvidos, na 2ª fase de crescimento populacional; a maioria

    dos em desenvolvimento, incluindo o Brasil, encontra-se na 3ª fase e não há país pre-

    sente na 1ª fase de crescimento demográfico.

    Observe o gráfico a seguir que mostra as fases do crescimento demográfico pe-

    los quais passa um país.

      Realidades demográficas diferentes: problemas diferentes

    Quando se comparam os países desenvolvidos com os em desenvolvimento,

    podemos perceber que há grandesdiferenças no perfil do crescimento demográfico, o

    que leva os governos a ter preocupações diferentes e, como resposta, adotar políticas

    distintas.

    Nos países desenvolvidos, onde o controle de natalidade é mais difundido, nas-

    cem menos crianças.A baixa taxa de nascimentos, associada à alta expectativa de vida dos cidadãos

    (média de 76 anos), está causando o envelhecimento da população nas nações desen-

    volvidas – essa é a maior preocupação de três em cada quatro desses países.

    O envelhecimento populacional é um problema porque, por um lado, há o au-

    mento de idosos que já pararam de trabalhar e são mantidos pelo sistema previdenciá-

    rio; por outro, há a redução na quantidade de pessoas jovens e economicamente

    ativas,cujotrabalhogeraasriquezasparaasociedadequeajudaamanterosaposenta-

    dos. Para evitar um colapso social e econômico no futuro, os governos de quase meta-

    de das nações ricas incentivam os casais a terem mais filhos, embora, segundo a ONU, asolução a curto prazo seja o incentivo à imigração.

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    taxaselevadas

      taxa denatalidade

    taxa demortalidadet x de

    mort lid de

    taxa demortalidade

    taxa decrescimento

    vegetativo

    t x de

     res imento

    veget tivo

    taxa decrescimento

    vegetativo

    taxasbaixas

    1ª fase 2ª fase 3ª fase 4ª fase

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    Já nos países em desenvolvimento, o aumento de pessoas em idade de traba-lhar (15 a 59 anos) também preocupa, mas por motivos diferentes. Nessas nações, em-bora o controle de natalidade seja cada vez mais adotado, a taxa de fertilidade ainda éalta e a população cresce quase 1,5% ao ano. Nesse cenário, a quantidade de jovensque procuram ingressar todos os anos no mercado de trabalho é elevada, o que agravao problema do desemprego.

    Nas nações pouco desenvolvidas, a expectativa de vida também cresceu, che-gando a uma média de 63 anos, o que amplia a proporção de idosos na população. Aomesmo tempo que é um resultado positivo, também causa preocupação aos gover-nantes. Com economias vulneráveis e sistemas públicos ineficientes, os governos têmdificuldade para sustentar um número crescente de aposentados.

     

    As teorias demográficas

    1. A teoria malthusiana e seus pressupostos

    A mais famosa teoria sobre o crescimento demográfico é a teoria malthusiana,enunciada em 1789 no Ensaio sobre o princípio da população na sua influência sobre amelhoria futura da sociedade. Nesse ensaio, Thomas R. Malthus, reverendo protestante,tenta explicar e propor soluções aos grandes problemas sociais provocados pelastransformações socioeconômicas que acompanharam a Revolução Industrial na Ingla-terra: o aumento da pobreza, da marginalização socioeconômica, do desemprego edos índices de criminalidade, que marcaram as cidades inglesas.

    Como consequência do intenso êxodo rural-urbano, resultado do cercamentodos campos e da diminuição das áreas de cultivo, transformadas em áreas de pasta-

    gens para produção de lã, o país era afetado por uma grande diminuição na oferta dealimentos; e nos grandes centros urbanos de maior concentração industrial, haviaenorme oferta de mão de obra barata e disponível para ser explorada pelo capital in-dustrial em expansão no país.

    O importante é diminuir os pobres, não acabar com a pobreza

    Malthus, preocupado em explicar as causas e propor remédios para os proble-mas gerados pela crescente pobreza, diagnosticou o seguinte: os principais culpados

    pela pobreza são nada mais, nada menos que os pobres, por serem responsáveis pelasmais altas taxas de natalidade. Assim, pouco preocupado em erradicar a pobreza e suascausas reais, Malthus propôs a diminuição do número de pobres por meio do controledemográfico. Em resumo: para controlar a “doença” (pobreza), a teoria malthusianapropõe acabar com os “pacientes” (os pobres).

    Crescimento populacional X meios de subsistência

    Para expor sua teoria, Malthus arquitetou uma engenhosa relação que contra-põe a reprodução natural doshomens(crescimento natural) com a propagação dosve-

    getais (meios de subsistência). De acordo com essa relação estabelecida por Malthus, apopulação cresceria numa progressão geométrica e os meios de subsistência, em pro-gressão aritmética. Dessa forma, se a população não parasse de crescer, logo viria o

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    caos, porque chegaria o momento em que haveria mais gente para comer do que ali-mentos disponíveis para alimentá-la.

    Malthus, com essa teoria, conseguiu impressionar e continua ainda convencendomuita gente. Mas teria sentido generalizar os problemas da Inglaterra da época para to-dos os tempos e para toda a humanidade? Não estaria Malthus, com o determinismo desua teoria,minimizandoa iniciativa e a capacidade doshomensde enfrentar e superar os

    problemas mais prementes, como os da subsistência e da relação com a natureza?

    O progresso e a inversão da relação proposta pela teoria malthusiana

    O grande avanço no campo do conhecimento científico-tecnológico no sé-culo XIX iria inverter a relação da teoria malthusiana. A melhoria da qualidade das se-mentes, o aumento da produtividade do solo, as inovações dos insumos agrícolas(máquinas, tratores, adubos, etc.) mostraram que, ao contrário da teoria de Malthus, aprodução de alimentos crescera num ritmo muito maior que a população, e a natureza

    não era tão mesquinhamente imutável como ele pregara como verdade universal.

     2. Os novos adeptos de Malthus: a teoria neomalthusiana

    Apesar de os fatos desmentirem Malthus, assistimos contemporaneamente àretomada da teoria malthusiana.

    A teoria do velho Malthus foi, num ritmo crescente, sendo ressuscitada noPós-Guerra. Mas como? Estariam inventando a pólvora novamente? Seriam esses no-vos adeptos de Malthus ignorantes retrógrados que não sabem e não querem reco-nhecer a falácia da teoria malthusiana? Formam um numeroso quadro de adeptos os

    neomalthusianos, como eles mesmos, sem nenhum constrangimento, são chamadosou se autodenominam: famosos economistas, sociólogos, biólogos, geógrafos, políti-cos, tecnocratas, que pelos diferentes meios de comunicação divulgam o perigo da ex-plosão demográfica.

    O neomalthusianismo: mudanças na forma e manutenção do essencial da

    teoria de Malthus

    Embora mantenham o essencial da teoria malthusiana, isto é, que o crescimen-to demográfico dos pobres é o grande perigo a ser controlado, tratam de "dourar a pí-lula", de sofisticar a pueril teoria do velho Malthus.

    Em primeiro lugar, tratam de não generalizar a teoria para todos os países domundo. A teoria neomalthusiana é utilizada exclusivamente para os países do TerceiroMundo, ou países subdesenvolvidos, onde as taxas de crescimento demográfico são,em geral, elevadas.

    Em segundo, não caem no erro grotesco de Malthus de contrapor a progressão geo-métrica do crescimento populacional à progressão aritmética dos recursos alimentares.

     A novidade da teoria neomalthusianaNo esforço de recuperar e atualizar a teoria malthusiana, os neomalthusianos

    efetuam mudanças na relação original. Mantêm o crescimento demográfico, bem

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    como o problema de sua progressão geométrica, mas não colocam o crescimento dosrecursos alimentares como problema insuperável, porque sabem perfeitamente dogrande progresso tecnológico recente. A grande novidade e sofisticação da teorianeomalthusiana está na contraposição entre o rápido crescimento natural da popula-ção dos países subdesenvolvidos, por um lado, e o baixo ritmo de crescimento econô-mico desses países por outro. A população pobre, por "se reproduzir como ratos", gera,

    segundo os neomalthusianos, altos custos sociais, consumindo recursos já escassospara investimentos em atividades produtivas, etc.

    O rápido crescimento demográfico como causa principal do subdesenvolvimento

    O diagnóstico é indisfarçável. O "círculo vicioso" do subdesenvolvimento tem

    uma causa principal: o ritmo rápido do crescimento natural da população. Feito o diag-

    nóstico, o remédio é o mesmo sugerido por Malthus: limitar urgentemente a natalida-

    de. As únicas novidades estão na forma e nos meios de se fazer o controle.

    Os tempos mudaram e os neomalthusianos não propõem, ingenuamentecomo

    Malthus,queaspessoassecasemmaistarde,adotem(vejamsó!)aabstinênciasexual,e

    outros conselhos que fariam rir até os membros de sociedades mais tradicionais. Pro-

    põem, ao contrário, programas efetivos de controle da natalidade – que o Estado insti-

    tua o planejamento familiar – publicam livros, fazem conferências, programas de rádio

    e TV, dãocursos, tentandoconvencer todos dosperigos sobre os quais alertam. Traves-

    tidos de "desastrólogos" tentam de forma sensacionalista (o que sempre impressiona)

    apontar a falta de alimentos no mundo, a poluição, a destruição dos recursos naturais,

    comosetudoissofossedecorrênciadoqueeleschamamde"explosãodemográficano

    século XX".

    Falta ou má distribuição dos alimentos? 

    Não é preciso muito esforço crítico para mostrar que é falsa a informação da fal-ta quantitativa de alimentos no mundo. O que existe, sim, é a má distribuição, excessode consumo e desperdício. E isso não depende da quantidade de gente ou da subpro-dução. Não é um problema agronômico. É um problema político.

    Destruição dos recursos naturais e poluição: quem são os principais responsáveis? 

    Nada mais distorcido do que a ideia que se propaga nos meios de comunicação,em livros, revistas, jornais e salas de aula, de que o aumento do índice de poluição e

    destruição dos recursos da natureza é consequência direta do aumento da população,

    como se fosse esse aumento o principal motivo da poluição do ar, dos rios, dos mares,

    da devastação florestal, e não a faltade planejamento dasatividades econômicas, a im-

    posiçãodo interesse privadode grandesgrupos econômicos sobre o interesse público.

    O processo de ocupação da Amazônia é o caso mais gritante de um tipo de ocupação e

    valorização econômica de uma grande região, onde se destrói extensiva e impune-

    mentea natureza e nãose povoa; um processo quesupervaloriza a terra e, inversamen-

    te, subvaloriza a população, fator abundante no Brasil; processo que não visa apopulação,numpaísondeestaépessimamentedistribuídapeloseuimensoterritório.

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    O neomalthusianismo e a explosão demográfica

    O grande aumento populacional na Terra no século XX, que foi denominado pelosneomalthusianos "explosão demográfica", ressuscitou, como vimos, velhas teorias deter-ministas que, apesar de seu conteúdo falacioso, continuam rondando como fantasmas.

    Vários fatores contribuíram, nesse século, para que a população passasse de

    1 bilhão e 650 milhões de pessoas, no início do século, para cerca de 6 bilhões em 2000,segundo estimativa da ONU. Dentre eles, destaca-se a melhoria no campo médico-sa-nitário, permitindo maior desenvolvimento e expansão para o mundo da medicinapreventiva. Isso implicou, de maneira geral, a diminuição das taxas de mortalidade, so-bretudoa infantil,embora essa quedase fizesse em ritmos diferentes nos países desen-volvidos e nos países subdesenvolvidos.

    3. Os reformistas: uma outra análise

    Explosão demográfica como característica do subdesenvolvimentoDa mesma maneira, nem todos os países do mundo contribuíram no mesmo rit-

    mo para a tal explosão demográfica. Pode-se constatar facilmente que os países desen-volvidos apresentaram, no geral, taxas de crescimento demográfico cada vez menoresno Pós-Guerra, enquanto os países eufemisticamente qualificados como em desenvolvi-mento caracterizaram-se, inversamente, por crescentes taxas de natalidade.

    Explosão demográfica: causa ou consequência do subdesenvolvimento? 

    Partindo-se, assim, da constatação estatisticamente irrefutável de que altastaxas de natalidade são uma característica comum aos países subdesenvolvidos, osneomalthusianos passam por cima de complexos fatores internos e externos, deter-minantes da situação do subdesenvolvimento, e elegem o rápido crescimento demo-gráfico como causa ou fator principal da situação de inferioridade socioeconômica dospaíses do Terceiro Mundo.

    E assim, o que é efeito passa a ser a causa ou o fator principal do subdesenvolvi-mento de países como Brasil, Índia,Paquistão, México, etc. Invertendo a análise do pro-blema, perguntamos simplesmente se a explosão demográfica é causa ou é

    consequência dos problemas estruturais do subdesenvolvimento, como o são tam-bém as altas taxas de mortalidade, de analfabetismo e marginalização socioeconômicade grande parte da população.

    Controle de natalidade como condição para o desenvolvimento? Quando? Onde? 

    Estendendo a questão anterior: o que e quem garante que se os países subde-senvolvidos aplicarem políticas efetivas de controle de natalidade, ou de planejamen-to familiar, vão com isso superar os grandes e cada vez mais enraizados entravespolítico-econômicos e sociais da participação da maior parte da população no "cresci-

    mento do bolo", da riqueza, e não apenas no sacrifício de sua construção? É semprebom lembrar que o crescimento econômico, as altastaxas de crescimento do PIB, a ele-vação absoluta de renda per capita, etc. não implicam necessariamente o desenvolvi-

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    mento de um país. Isso só ocorre quando a população como um todo realmenteparticipa dos benefícios de crescimento econômico, elevando de maneira efetiva seupadrão de vida, isto é, sua situação alimentar, educacional, de trabalho, cultural, etc.

    Desenvolvimento, o melhor anticoncepcional 

    É no conjunto dessas últimas melhorias que se deve situar a diminuição das ta-xas de natalidade. Não há nenhum exemplo na história contemporânea de países quelimitaram primeiro as taxas de natalidade e, como decorrência, tornaram-se desen-volvidos. Mas, ao contrário, não faltam exemplos de países, como Inglaterra, França,Alemanha, países escandinavos e Japão, entre outros, em que as taxas ou índices decrescimento natural diminuíram com o próprio processo de desenvolvimento, resul-tante de significativasmudançasna situação política, econômica e social desses países.Isso nos permite concluir que, indiscutivelmente, o desenvolvimentocontinuasendo oprincipal anticoncepcional da humanidade.

    Exercícios

    01.  (FAAP) Interprete o gráfico que retrata a

    evolução do crescimento populacional do

    mundo.

    Analisando-o atentamente, fica-se sabendo

    que:a) o crescimento da população mundial estag-

    nou quando da passagem ao século XX.

    b) são necessários períodos cada vez mais cur-

    tos para que a população mundial dobre.

    c) em relação aos dias atuais, é fácil perceber

    que o crescimento da população se acentuou

    fortemente na metade do século XVIII.

    d) infere-se do gráfico que, nos dias de hoje,

    tem aumentado a taxa de mortalidade e dimi-

    nuído a de natalidade.

    e) infere-se do gráfico que, nos dias de hoje,

    têm aumentado a taxa de mortalidade e a de

    natalidade.

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    bilhões dehabitantes

    6

    5

    4

    3

    2

    2,5

    1,9

    1,6

    1,25

    0,9500,750

    1

    200019841950190018501750 1800

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    02. (FAAP) Sobre o crescimento da população mundial de que fala o gráfico anterior,

    vários pensadores procuram equacioná-lo. Assinale a teoria que não corresponde ao

    autor mencionado:

    a) Teoria de Malthus – Exposta no final do século XVIII, apoiava-se no princípio de que apopulação duplica a cada 25 anos, crescendo numa progressão geométrica, e os meiosde subsistência, principalmente a produção de alimentos, aumentam mais lentamen-te, em uma progressão aritmética.b) Teoria de Adam Smith – Essa teoria, anterior a Malthus, sustentava que o crescimentopopulacional ocorre em função do aumento dos recursos, sendo até um sinal de pros-peridade.c) Teoria neomalthusiana – Assustados com o rápido crescimento populacional verifi-cado após a Segunda Guerra Mundial, sobretudo no Terceiro Mundo, diversos cientis-tas passaram a revitalizar as ideias de Thomas Malthus, mas, dessa vez, preconizavam ouso de anticoncepcionais e o controle da natalidade como forma de promover o de-senvolvimento.d) Teoria reformista– Para outros cientistas, há a necessidade de se inverter a visão neo-malthusiana:nãoéoexcessodepopulaçãoquecausaamiséria,maséjustamenteami-séria que provoca o excesso de população. Partindo desse ponto de vista, os refor-mistas propõem, como medida essencial ao equilíbrio demográfico, grandes reformassociais, para que seja feita uma distribuição mais justa de recursos.e) TeoriadeKarlMarx – Dentre os oponentes a Malthus, destaca-se Karl Marx, que apon-tava o modo de produção socialista como a maior causa do aumento populacional epregava a organização de uma nova sociedade, de economia liberal, em que o aumen-

    to demográfico se apresentaria compatível com a geração de recursos para sua manu-tenção.

    03. (FAAP) A famosa teoria de Malthus – economista e pensador inglês – enuncia con-

    cisamente que:

    a) o crescimento vegetativo é a diferença entre nascimentos e óbitos.b) crescimento vegetativo é crescimento natural.c) a taxa de natalidade é obtida multiplicando-se o número de nascimentos por mil edividindo-se o produto pela população absoluta.

    d) a população tende a crescer em progressão geométrica enquanto a produção de ali-mentos cresce em progressão aritmética.e) a liberação da mão de obra em virtude da intensa mecanização do campo leva aoêxodo rural.

    04. (MACK) As teorias neomalthusianas preconizavam uma tragédia mundial. Tal não

    aconteceu porque:

    a) a mortalidade tem aumentado gradativamente em todo o mundo.

    b)apopulaçãodospaísessubdesenvolvidosmantémumintensoritmodecrescimento.

    c) a porcentagem de idosos está em redução em todos os países ocidentais.d) o ritmo de crescimento dos países subdesenvolvidos diminuiu.

    e) a taxa de natalidade está em expansão nos países do hemisfério Norte.

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    05. (FATEC) A teoria populacional de Malthus pode ser, resumidamente, expressa da

    seguinte maneira:

    a) O crescimento populacional se faz em aceleração intensa, e é muito mais rápido do

    que a velocidade em que acontece a produção de alimentos.

    b) A fome constitui uma ameaça à vida de milhões de pessoas em todas as partes do

    mundo.

    c) O controle de natalidade é fundamental para a redução dos índices de mortalidade

    infantil.

    d) Doenças, fomes, guerras não são obstáculos relevantes ao crescimento popula-

    cional.

    e) A taxa de mortalidade na Ásia é a mais elevada do planeta, pelo índice de envelheci-

    mento da população – lá reside a população com maior expectativa de vida.

    06. (FUVEST) "O crescimento populacional contemporâneo é responsável pela estag-

    nação econômica do Terceiro Mundo.""Os altos investimentos demográficos desviam os escassos recursos de capital do in-

    vestimento produtivo."

    "O planejamento familiar visa alterar as taxas de fertilidade sem precisar modificar as

    estruturas fundamentais da sociedade."

    Essas afirmações integram uma doutrina demográfica:

    a) terceiro-mundistad) muçulmano-xiita

    b) neomarxistae) clerical-progressista

    c) neomalthusiana

    07. (ENEM) Em material para análise de determinado marketing político, lê-se a seguin-te conclusão:

    "A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos de 1950, especialmente no

    Terceiro Mundo, suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primei-

    ra teoria, dosneomalthusianos, defende que o crescimento demográfico dificulta o de-

    senvolvimento econômico, já que provoca uma diminuição na renda nacional  per 

    capita e desvia investimentos do Estado para setores menos produtivos. Diante disso, o

    país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma segunda,

    a teoria reformista, argumenta que o problema não está na renda  per capita e sim na

    distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diantedisso, o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social."

    Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomal-

    thusiano?

    a) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”

    b) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”

    c) “População abundante, país forte!”

    d) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”

    e) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.”

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    08. (ENEM) Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de

    vista dos reformistas?

    a) “Controle populacional já, ou o país não resistirá.”

    b) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”

    c) “População controlada, país rico!”

    d) “Basta mais gente, que o país vai para frente!”e) “População menor, educação melhor!”

    Respostas

    01. b 02. e 03. d 04. d 05. a 06. c 07. a 08. b

    Linha de Apoio       1       3       3

    11