Geologia Do Vale Do Ribeira

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    1/10

    APOSTILAAPOSTILASOBRESOBRE

    A GEOLOGIA DOA GEOLOGIA DO

    VALE DO RIBEIRA-SPVALE DO RIBEIRA-SP

    Fonte: www.mineropar.gov.brFonte: www.mineropar.gov.br

    1

  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    2/10

    GEOLOGIA DO VALE DO RIBEIRA MINERAIS DO PARAN S/A

    A FONTE DO FLOR DOS DEPSITOS DE FLUORITA DO VALE DO

    RIBEIRA, PR-SP.

    Entre os seis depsitos de fluorita conhecidos no Vale do Ribeira (divisa dosestados de So Paulo e Paran , Sul do Brasil), quatro (Volta Grande, Sete Barras,Mato Preto e Braz) esto situados ao longo do lineamento Ribeira e da falha deCerro Azul.

    Os dois outros depsitos (Mato Dentro e Barra do ltapirapu) esto a uma dezena dequilmetros a norte destes lineamentos. Ao serem caracterizados do ponto de vistageolgico e geoqumico (terras raras, Incluses fluidas, istopos de Sm-Nd e87Sr/86Sr) estes depsitos revelam uma histria evolutiva complexa que teria tidoinicio no Proterozico Superior com Importantes fases de remobilizao,recristalizao e novos aportes de flor, silcio e clcio especialmente no Cretceo.

    De acordo com o quadro geolgico atualmente conhecido as fontes possveis doflor so:

    1) as Intruses alcalino-carbonatticas cretceas;

    2) os granitides brasilianos;

    3) as rochas metavulcano-sedimentares proterozicas dos grupos Setuva e Aungui

    4) os gnaisses e migmatitos do Complexo Costeiro. A Idade dos depsitos constituium argumento importante para definir a(s) fonte(s) provvel(eis) do flor.Existem pelo menos duas idades principais para estes depsitos de fluorita:estratides proterozicos e associados a carbonatitos cretceos.

    Para os primeiros as fontes possveis do flor so os metassedimentos evulcnicas dos grupos Setuva e Aungui que anlises geoqumicas revelaram sermais ricos em flor do que os gnaisses e migmadtos. Sua gnese seria

    provavelmente ligada lixiviao, migrao atravs de falhas dos fluidos ricos emflor que substituem os horizontes favorveis de rochas carbonticas. A ocorrnciados depsitos de Mato Preto e Barra do Itapirapu nas proximidades de outrosdepsitos proterozicos sugere que a remobilizao de um depsito estratide jexistente pode ser um processo metalogentico alternativo ou simultneo com adiferenciao magmtica.

    2

  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    3/10

    GEOQUMICA DO SISTEMA DE ALTERAO DO CARBONATITO DEBARRA DO ITAPIRAPU (PR/SP)Fabio Ramos Dias de Andrade - Orientador: Prof.Dr. Antonio Carlos Artur

    O carbonatito de Barra do Itapirapu situa-se na regio sul do Brasil e pertence auma provncia alcalino-carbonattica cretcea relacionada abertura do AtlnticoSul.

    O carbonatito composto por rochas plutnicas de composio magnesio- aferrocarbonattica, e por um volume subordinado de magnesiocarbonatitosubvulcnico. As encaixantes do carbonatito so granitos proterozicos.

    Processos extensivos de alterao hidrotermal levaram formao de quartzo,apatita, fluorita, fluorcarbonatos de terras raras, barita e sulfetos em proporesvariadas. No presente trabalho so apresentados dados geoqumicos de elementostraos, 13C, 18O, 34S, 87Sr/86Sr, 143Nd/144Nd, de geoqumica mineral e deincluses fluidas, no intuito de melhor se compreender os aspetos geoqumicos daalterao hidrotermal relacionada mineralizao em elementos terras raras (ETR)em carbonatitos.

    Dois tipos de carbonatitos plutnicos afetados por alterao hidrotermal foramreconhecidos. O tipo I contm principalmente quartzo, fluorcarbonatos de TR eapatita como minerais hidrotermais, apresentando padres de ETR altamente

    fracionados, com at 3% em peso de ETR+Y, i.e., teores duas ordens de magnitude mais elevados que os do carbonatito plutnico fresco.

    O tipo II contm apatita, fluorita and barita como principais minerais hidrothermais,sendo caracterizado por enriquecimento em ETR pesados em relao s amostrasfrescas.

    proposto um modelo no qual um fluido hidrotermal derivado do carbonatito eenriquecido em ETR percola o carbonatito no mineralizado, causando o

    enriquecimento em ETR. Este processo seguido pela percolao de um fluidohidrotermal de origem crustal em clulas de conveco atravs do carbonatito emresfriamento, incrementando o fracionamento isotpico e causando redistribuiodos ETR. A evoluo geolgica deste carbonatito extende-se at o processo deintemperismo em atividade.

    EMBASAMENTO CRISTALINO ESCUDO

    Formado por rochas gneas e metamrficas com idades variando do Arqueano aoProterozico, localmente recoberto por seqncias vulcano-sedimentares,sedimentares e sedimentos inconsolidados.

    3

    http://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#magmahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#magmahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismo
  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    4/10

    As rochas mais antigas, de alto grau metamrfico, afloram na poro sudeste, e asde baixo grau na proo norte-noroeste.

    No Proterozico e Cambriano, incio do Paleozico, manifestaes magmticasoriginaram as rochas granitides.

    No Mesozico ocorreram intruses de rochas carbonatticas, alcalinas e bsicas.

    PRINCIPAIS UNIDADES GEOLGICAS DO ESCUDO

    HISTRIA EVOLUTIVA

    O Embasamento Cristalino compreende um megacinturo formado no final do Pr-Cambriano, pela coliso de blocos continentais e microcontinentais.

    Nas margens dos blocos formaram-se bacias sedimentares, com preenchimentoposteriormente metamorfisado, deformado e deslocado em dois ciclos maiores, que

    4

    http://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#cintur%C3%A3o%20de%20dobramentoshttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#cintur%C3%A3o%20de%20dobramentoshttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismo
  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    5/10

    representam as faixas metamrficas com caractersticas de terrenos alctones dentrodo cinturo. As pores afastadas das margens deformadas ou as coberturastardicolisionais, apesar de deformadas, permaneceram como coberturas autctones.Ao final originaram-sebacias de extenso nos blocos ativados e margens orognicas

    (ref. Bib).O modelo geotectnico que explica a evoluo regional considera uma rupturacontinental mais antiga que 1.400 milhes de anos, com formao de riftescontinentais, progredindo para bacias marginais adjacentes litosfera ocenica, atualGrupo Setuva, seguido pela formao de bacias de retroarco relacionadas aosurgimento de arcos vulcnicos.

    H 1.100 milhes de anos, sofreu intensa deformao e metamorfismo da fcies xistoverde a anfibolito, associado a forte convergncia, subduco ocenica e coliso tipo

    arco-continente.H cerca de 1.000 milhes de anos teve incio a formao do Grupo Aungui com aretomada do regime extensional, forte subsidncia, sedimentao terrgena ecarbontica e intruses bsicas, em pequenas bacias ocenicas, seguida por espessasedimentao em bacias de ante-arco.

    Um evento glacial global, h 850 milhes de anos, culminou com um ciclo deregresso generalizada. Seguiu-se nova retomada da subsidncia com espessasedimentao carbontica e intrusesbsicas, evoluindo para terrgena e terrgeno-

    psamtica.Todo o conjunto foi submetido a intensa deformao por cavalgamento emetamorfismo restrito, raramente ultrapassando a zona da clorita, refletindo ofechamento da bacia tipo mediterrneo e deslocamento do prisma sedimentar sobre ocontinente. Como conseqncia, desenvolveram-se bacias flexurais com depsitosmarinhos, e os primeiros icnofsseis conhecidos (Vendiano, 600 milhes de anos).

    Um novo evento de convergncia, com intensa tectnica vertical (550-600 milhes deanos), consolidou a sutura intercontinental, ocorrendo ento o mais intenso fenmeno

    de granitognese.

    Posteriormente ao colapso do cinturo orogentico em regime extensional, novagranitognese representada pelos granitos ps-orognicos alcalinos (550-490 milhesde anos), sucedida pela formao de riftes orognicos localizados (500-450 milhesde anos) com formao de espessos pacotes sedimentares e vulcnico flsicos.

    5

    http://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#al%C3%B3ctonehttp://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#cintur%C3%A3o%20de%20dobramentoshttp://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#aut%C3%B3ctonehttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#Baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/termos.html#orog%C3%AAnesehttp://www.pr.gov.br/mineropar/refbib.html#SOARES,%20P.%20C.;%20CHAVES,%20N.%20L.%20V.;%20STEVANATO,%20R.%201993http://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#geotect%C3%B4nicahttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#riftehttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20Setuvahttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#retro-arcohttp://www.pr.gov.br/mineropar/vtermos.html#vulc%C3%A2nico,%20arcohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ftermos.html#f%C3%A1cieshttp://www.pr.gov.br/mineropar/stermos.html#subduc%C3%A7%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20A%C3%A7unguihttp://www.pr.gov.br/mineropar/stermos.html#subsid%C3%AAnciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#intrus%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#b%C3%A1sica,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#b%C3%A1sica,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#empurr%C3%A3o,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#granitohttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#riftehttp://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#al%C3%B3ctonehttp://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#cintur%C3%A3o%20de%20dobramentoshttp://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#aut%C3%B3ctonehttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#Baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/termos.html#orog%C3%AAnesehttp://www.pr.gov.br/mineropar/refbib.html#SOARES,%20P.%20C.;%20CHAVES,%20N.%20L.%20V.;%20STEVANATO,%20R.%201993http://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#geotect%C3%B4nicahttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#riftehttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20Setuvahttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#retro-arcohttp://www.pr.gov.br/mineropar/vtermos.html#vulc%C3%A2nico,%20arcohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ftermos.html#f%C3%A1cieshttp://www.pr.gov.br/mineropar/stermos.html#subduc%C3%A7%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20A%C3%A7unguihttp://www.pr.gov.br/mineropar/stermos.html#subsid%C3%AAnciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#intrus%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#b%C3%A1sica,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#empurr%C3%A3o,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#granitohttp://www.pr.gov.br/mineropar/rtermos.html#rifte
  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    6/10

    Principais domnios geolgicos do Escudo

    Domnio

    Lus Alves

    Formado durante o Arqueano-Proterozico Inferior emetamorfisado em alto grau durante o Ciclo Transamaznico

    (2,2 a 1,8 bilhes de anos), constitudo por rochasgneasflsicas, intermedirias e cidas, representadas porortognaisses granulticos, bandados a macios, de composiotonalito-granodiortica. Contm frequentes contribuies

    plutnicas de ambiente de arco insular representadas por rochasbsicas granulitizadas. Subordinadamente ocorrem migmatitos,metaultramficas, granulitos piroxenticos, quartzitos, gnaisseskinzigticos e formaes ferrferas. O metamorfismo de altograu deu-se no incio do Proterozico Inferior, entre 2,0 e 1,8

    bilhes de anos. Abrange o Complexo Granultico Serra Negra eparte do Complexo Mfico Ultramfico de Pin. Ao norte enoroeste esse domnio foi cavalgado pelo Domnio Curitiba. Anordeste e leste, limitado pelo Batlito Paranagu por falhastranscorrentes e de cavalgamento e, ao sul, adentra o estado deSanta Catarina.

    DomnioCuritiba

    Formado durante o Proterozico, entre 2,1 bilhes e 580milhes de anos, aflora na poro centro-sudeste e noroeste docompartimento. Consiste em uma seqncia de rochas que

    perderam suas caractersticas originais, tectono-fcies, formadasem diversos ambientes sedimentares. Corresponde base dasrochas da Faixa Apia, Grupos Setuva e Aungui, deslocadassobre o Domnio Lus Alves. Predominam as rochas gnissicas

    biotita-anfiblio gnaisses e migmatticas -mesossoma de biotita-anfiblio gnaisses e leucossoma de composio tonaltica-granodiortica, associadas a anfibolitos, gnaisses granticos,ncleos de gnaisses granulticos e rochas mfica-ultramficatoleticas - metaperidotitos, serpentinitos, xistos magnesianos,metapiroxenitos e corpos de gabros. A foliao NE-SWconstitui o principal padro estrutural, marcado peloachatamento e estiramento dos minerais. Compreende oscomplexos Apia-Mirim, Turvo-Cajati e Pr-Setuva. OComplexo Apia-Mirim ocorre na poro mais basal doProterozico Mdio. O Complexo Pr-Setuva subdividido emSute Grantica Foliada, Formao Rio das Cobras, SuteGnassica Morro Alto e Complexo Gnassico MigmatticoCosteiro.

    Grupo Setuva Formado no Proterozico Mdio - 1.800 a 1.000 milhes deanos - tem como caracterstica o posicionamento em ncleos deanticlinais ou antiformes. Este grupo subdividido nas

    6

    http://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#igneoushttp://www.pr.gov.br/mineropar/ftermos.html#f%C3%A9lsicohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ftermos.html#f%C3%A9lsicohttp://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#intermedi%C3%A1ria,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#%C3%A1cida,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20Setuvahttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20A%C3%A7unguihttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Dom%C3%ADnio%20Lu%C3%ADs%20Alveshttp://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#igneoushttp://www.pr.gov.br/mineropar/ftermos.html#f%C3%A9lsicohttp://www.pr.gov.br/mineropar/itermos.html#intermedi%C3%A1ria,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html#%C3%A1cida,%20rochahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20Setuvahttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Grupo%20A%C3%A7unguihttp://www.pr.gov.br/mineropar/cpt1text.html#Dom%C3%ADnio%20Lu%C3%ADs%20Alves
  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    7/10

    formaes Perau e gua Clara.Formao Perau uma seqncia vulcano-sedimentar metamorfisada no graufraco a mdio e retrometamorfisada. O ambiente formacional

    marinho desde litorneo, passando por guas rasas atprofundas. constituda por quartzitos, rochas calcossilicatadas,mrmores, quartzo-mica xistos, xistos carbonosos, rochasmetavulcnicas e formaes ferrferas. Nesta formao ocorremmineralizaes de chumbo-zinco com prata e barita. Tem como

    principal feio estrutural a xistosidade associada comdeformao dctil de baixo ngulo, direo nordeste e vergnciasudeste.Formao gua Clara

    uma sequncia vulcano-sedimentar, metamorfisada no graufraco e retrometamorfisada. Depositada em ambiente marinhode gua rasa at profunda, preserva estruturas estromatolticasde algas fossilizadas. constituda por rochas metavulcnicas

    bsicas e intermedirias, xistos manganesferos, quartzo-micaxistos, metamargas, formaes ferro-manganesferas e calcrioscalcticos.

    GrupoAungui

    Formado no Proterozico Superior - 1.000 a 570 milhes deanos, o Grupo Aungui constitudo pelas formaes Capiru,Votuverava, e Sequncia Antinha da Bacia Aungui e FormaoItaiacoca e Seqncia Abap da Bacia Itaiacoca. Como osconjuntos situam-se dentro de fatias tectnicas removidas desuas posies iniciais e reempilhadas de forma aleatria, a atualestratigrafia do Grupo Aungui no original, mas o resultadoda justaposio de escamas tectnicas altamente heterogneas edescontnuas (ref. bib).A Bacia Aungui, do tipo retroarco, situada entre um arcomagmtico posicionado originalmente a oeste ou noroeste,representado atualmente pelo Macio Grantico Trs Crregos, e

    uma rea continental a sudeste, representada pelo embasamentocristalino. Seu fechamento se deu por uma compresso noroeste-sudeste, durante o Proterozico Superior, que foi responsvel

    pela tectnica de cavalgamento, com transporte de massa parasul-sudeste, e mais tarde, pelas dobras do Sistema deDobramento Aungui e pela tectnica transcorrente lateraldireita.O metamorfismo que atingiu o Grupo Aungui ocorreu duranteo primeiro evento de deformao, e os granitos intrudidos

    parecem ser contemporneos movimentao das falhastranscorrentes, com idades em torno de 500 milhes de anos.

    7

    http://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/refbib.html#FIORI,%20A.%20P.%201993http://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#embasamentohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#compress%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#empurr%C3%A3o,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#granitohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/btermos.html#baciahttp://www.pr.gov.br/mineropar/refbib.html#FIORI,%20A.%20P.%201993http://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#embasamentohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ctermos.html#compress%C3%A3ohttp://www.pr.gov.br/mineropar/etermos.html#empurr%C3%A3o,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/mtermos.html#metamorfismohttp://www.pr.gov.br/mineropar/gtermos.html#granitohttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falhahttp://www.pr.gov.br/mineropar/ttermos.html#transcorrente,%20falha
  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    8/10

    Bacias vulcano-sedimentares e sedimentares paleozicas

    GrupoCastro

    Recoberto a oeste pela Formao Furnas, e a leste por falhamentooblquo, se justape com as unidades proterozicas ComplexoGrantico Cunhaporanga e cambrianas - granitos Serra do Carambee Joaquim Murtinho. Formado no Ordoviciano, durante a transioentre o final do Ciclo Brasiliano e a cratonizao da PlataformaSulamericana, em bacia molssica, ps orognica, ps colisional outardia de origem transtensional. No apresenta metamorfismo oudeformao compressional expressiva. Constitudo por andesitosintercalados com riolitos, ignimbritos, tufos e brechas piroclsticas,forma uma associao cida e intermediria, com ocorrnciassubordinadas de conglomerados de leques aluviais. Contemporneosou posteriores a esta associao ocorrem arenitos arcosianos, siltitose lamitos de fcies de plancie de inundao e lagos, comcontribuio vulcnica na forma de cinzas e bombas. Posteriormenteocorreu outra fase de vulcanismo, mais cido, constituda porriolitos, quartzo-latitos, ignimbritos, tufos e brechas piroclsticas,seguida por deposio de conglomerados polimticos de lequesaluviais. Contm mineralizaes de ouro associadas a domosriolticos e falhas.

    FormaoCamarinha

    Sequncia sedimentar molssica, ocorre noroeste de Campo Largo,junto Falha da Lancinha e Bacia do Paran. Suas rochas exibemcontatos normais e tectnicos com o Grupo Aungui.O contato com a Formao Furnas sobrejacente bem definido, comuma inconformidade angular separando as duas formaes. constituda por siltitos, conglomerados polimticos, arcsios eargilitos, com passagens rtmicas entre si. Apesar de no exibirmetamorfismo e recristalizao, mostra-se dobrada em estruturasdos tipos anticlinal e sinclinal com eixos mergulhantes para

    nordeste.

    FormaoGuaratubinha

    Perturbada por intenso falhamento, consiste em um conjunto derochas sedimentares e vulcnicas repousando em discordnciaangular sobre migmatitos e granitos do Complexo Cristalino.Composta por conglomerados, arcsios, siltitos, argilitos, brechasvulcnicas, tufos, lavas riolticas e andesitcas, cujas relaesestratigrficas no esto claramente definidas. seccionada pordiques de microgranitos, riolitos prfiros e felsitos.

    8

  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    9/10

    Rochas granitides

    As rochas granitides esto relacionadas com as fases de evoluo da tectnicacolisional proterozica.

    Fases de granitognese e principais corpos granitides

    Fase Idade* Descrio

    Pr-colisional 800-700Complexos Cunhaporanga e Trs Crregos, migmatitose granitos de anatexia brasilianos em ambiente de arcomagmtico.

    Sin atardicolisional

    700-600

    Granitos gerados por fuso da crosta continental: Serra

    da Prata, Costeiro, Batlito Paranagu, na regiolitornea e Morro Grande e Banhado no PrimeiroPlanalto.

    Tardi a ps-colisional

    600-500

    Intruses dos corpos concordantes e alongados,monzogranticos a lcali-sienogranitos no domnio deretroarco compreendendo os granitos Cerne, Passa Trs,e Piedade.

    Ps-colisional 550-500

    Corpos discordantes e arredondados, lcali-granticos,representados pelos granitos Graciosa, Marumbi, Morro

    Redondo e Anhangava na Serra do Mar, e os alaskitos,na faixa noroeste do compartimento, denominadosgranitos Francisco Simas, Joaquim Murtinho eCarambe.

    *Milhes de anos

    Diques de Rochas BsicasRelacionadas com a evoluo estrutural da Bacia do Paran, na fase de magmatismo

    basltico e intrudidos nas fraturas distensivas nordeste, estas manifestaes bsicasso formadas por diques de diabsio e diorito, sendo notvel o enxame destes, nafaixa central do compartimento I, com direo geral noroeste-sudeste, associados estrutura denominada Arco de Ponta Grossa.

    Rochas Alcalinas e CarbonatitosAs rochas alcalinas e carbonatitos so representados por dezenas de corpos, amaioria deles constitudos por pequenos diques e plugs. Os corpos mais expressivosso os macios alcalinos do Banhado e Tunas e os carbonatitos de Mato Preto eItapirapu. Suas encaixantes so rochas granitides do Complexo Trs Crregos emetassedimentares do Grupo Aungui. As manifestaes alcalino-carbonatticascorrespondem a duas fases intrusivas distintas com idades de 110-100 milhes de

    9

  • 7/22/2019 Geologia Do Vale Do Ribeira

    10/10

    anos. e 73-67 milhes de anos. A fase mais antiga constituda por corposessencialmente alcalinos, seguida pela fase carbonattica. Os fonolitos estoassociados com ambas as fases.

    Anexo: Mapa Geolgico do Vale do Ribeira SP.

    10