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6 GERAL São Luís, 7 de novembro de 2016. Segunda-feira O Estado do Maranhão Flora Dolores Arquivo ALDO LEITE NO TEATRO VÍDEO NA VERSÃO DIGITAL oestadoma.com O fim de semana foi de des- pedida para familiares e amigos de Aldo Leite. O ator, diretor, dramaturgo e professor faleceu na manhã de sá- bado, dia 5. Ele tinha 75 anos e dedi- cou sua vida ao teatro maranhense. O corpo do dramaturgo foi velado na Academia Maranhense de Letras (AML) durante todo o sábado e será cremado. Importante nome do tea- tro maranhense, ele morreu por vol- ta das 7h no Hospital Centro Médi- co, onde estava internado desde o dia 20 de outubro após ser encontrado desmaiado em seu apartamento. A família de Aldo Leite não divul- gou a causa da morte do dramatur- go. Seu irmão, Hélio Leite, atribuiu o desmaio que levou Aldo Leite para o hospital à emoção da estreia “Rainha da Zona”, escrita por ele e dirigida pe- lo amigo Tácito Borralho. A monta- gem ficou em cartaz no Teatro João do Vale nos dias 20, 21 e 22 de outu- bro. O dramaturgo estava internado depois de ter sido encontrado caído em seu apartamento no mesmo dia em que estreou a montagem. Ainda segundo Hélio Leite, o ir- mão esteve em Penalva, sua cidade natal, meses antes da internação. “Nós éramos 13 irmãos. Com a ida de Aldo, agora somos cinco. Nossa fa- mília é oriunda de Penalva e ele re- centemente passou cerca de um mês e meio lá. Foi um momento de mui- ta conversa entre nós”, recordou. Aldo Leite recebeu inúmeras ho- menagens. Seus amigos e compa- nheiros de teatro contaram histórias da sua convivência com o drama- turgo. Apesar da tristeza, o momen- to foi também de lembranças e de celebração do legado deixado pelo artista. O ator e diretor Tácito Borralho fa- lou da longa amizade e parceria que os dois mantiveram ao longo da vi- da. “Aldo e eu sempre fomos amigos por muito tempo, como irmãos, e sempre tivemos uma harmonia cria- tiva, o que nos levou a fazer muitas coisas juntos. Chegamos a interpre- tar personagens de peças um do ou- tro. Eu o dirigi, mas o engraçado é que ele nunca me dirigiu. Fiz peças dele dirigidas por Reinaldo Faray. E nós também sempre éramos chamados para ministrar cursos juntos. Posso dizer que tivemos uma parceria cria- tiva de muita harmonia”, disse. Turma do Quinto O também ator Domingos Touri- nhos falou dos aprendizados que te- ve com o amigo. “Nossos caminhos se cruzaram no teatro. Tivemos mo- mentos muito bons também na Tur- ma do Quinto, escola de samba da qual foi carnavalesco e na qual pro- duzia a Ala dos Artistas, que con- gregava a todos nós do teatro. Essa ala era muito bem elaborada e ele ti- nha um senso estético muito apu- rado. Lá eu aprendi muito com ele, não apenas através dos seus traços, mas também com sua percepção es- tética e a partir disso integrei o elen- co das peças de Aldo. que tinha uma dramaturgia universal”, lembrou. César Boaes, ator, contou que Al- do Leite foi uma inspiração. “Aldo foi uma grande inspiração para mim. Dividi o palco e o camarim com ele durante a peça Marat Sade. Eu fazia a maquiagem dele e nós criamos um laço afetivo e durante este pe- ríodo ele me dava conselhos e me contava suas historias de vida. Na minha apresentação de hoje [sába- do] subirei ao palco muito mais emocionado”, afirmou. Vida Aldo de Jesus Muniz Leite nasceu em Penalva, cidade maranhense a 245 quilômetros de São Luís, em 23 de agosto de 1941. Graduou-se em Teatro pela Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Pau- lo (ECA/USP), em 1976. Na mesma instituição obteve o grau de Mestre em Teatro, no ano de 1989. Foi pro- fessor adjunto do Departamento de Artes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Assinou numerosas peças teatrais entre as quais "Tempo de Espera", sua obra mais conhecida no Brasil e no exterior, além de receber os mais significativos prêmios nacionais e internacionais dedicados às artes cê- nicas. Apresentou-se também, sob sua direção e com elenco mara- nhense com a peça Tempo de Espe- ra, na Europa, especificamente, França, Holanda e Alemanha, cons- tituindo-se em um sucesso de pú- blico e crítica. Em 2007, esteve em Coimbra, Portugal, para participar da estreia de "Tempo de Espera" por um gru- po teatral português. Entre sua vas- ta produção literária destacam-se ainda, entre outras peças, "Aves de Arribação", "O Pleito", "O Castigo do Santo", "A Arca de Noé", "O Chá das Quintas" e "A Rainha da Zona", estas últimas premiadas no Con- curso Literário Cidade de São Luís - Categoria Teatro, em 1999 e 2005. Durante a adolescência, em São Luís, conheceu Mary e Ubiratan Tei- xeira, entrou para o grupo teatral do Mestre Bira e participou da montagem de "Simbita e o Dragão", de Lúcia Be- nedetti, no Teatro Arthur Azevedo. Grupo Tema Nos anos 1960, conheceu Reynaldo Faray,que o convidou para participar do elenco de "Branca de Neve e os Se- te Anos", então produzida pelo Clu- be das Mães. A partir daí participou ativamente do Grupo Tema (Teatro Experimental do Maranhão), traba- lhando como ator em espetáculos in- fantis, infanto-juvenis e adultos. Prestou vestibular para o Curso de Jornalismo, uma parceria da Se- cretaria de Educação do Estado e da USP, pois a UFMA ainda não tinha o curso na sua grade curricular. Os pro- fessores do curso vinham de São Paulo, entre eles, Miroel Silveira e Al- berto Guzik, do departamento de Teatro da USP, que logo após o cur- so, foram assistir à montagem de “O Tema Conta Zumbi”, de Gianfran- cesco Guarnieri, ao final da apre- sentação e aconselhou Aldo a mu- dar para a Escola de Comunicação e Artes (ECA) e fazer o Curso de Ba- charel em Teatro, em São Paulo. Ainda no Curso da USP em 1975, Aldo veio a São Luís convidado por Reynaldo Faray para participar do elenco de "Quem Casa, quer Casa", de Martins Pena, e viajar pelo inte- rior do estado apresentando o es- petáculo para alunos do Mobral. Dessa experiência surgiu a idéia de escrever "Tempo de Espera", a par- tir das pesquisas realizadas com os alunos do Mobral e da realidade so- cial das pessoas das cidades por on- de o grupo passava. Com a conclusão do curso em São Paulo, Aldo voltou para São Luís, em 1977, e foi contratado pela UF- MA para dirigir o Grupo Gangorra, no qual desenvolveu intensa ativi- dade artístico-cultural e o Grupo Mutirão. Em 2014, o bloco tradicional Os Indomáveis levou para passarela jus- tamente Aldo Leite como tema com o samba 'O indomável cavaleiro do destino ou os sete encontros do aventureiro corre-terra'. Ator, diretor, dramaturgo e professor faleceu na manhã de sábado; o corpo foi velado durante todo o dia na Academia Maranhense de Letras e será cremado; artista recebeu muitas homenagens pelo rico trabalho desenvolvido no teatro Morte de Aldo Leite abala a classe artística de São Luís Teatrólogo, ator e diretor Aldo Leite em foto de 2013 e familiares, amigos e admiradores velaram o corpo, durante todo o sábado, na sede da Academia Maranhense de Letras Aldo e eu sempre fomos amigos por muito tempo, como irmãos, e sempre tivemos uma harmonia criativa, o que nos levou a fazer muitas coisas juntos” TÁCITO BORRALHO Teatrólogo Nossos caminhos se cruzaram no teatro. Tivemos momentos muito bons também na Turma do Quinto, escola de samba da qual foi carnavalesco e na qual produzia a Ala dos Artistas, que congregava a todos nós do teatro” DOMINGOS TOURINHO Ator Aldo foi uma grande inspiração para mim. Dividi o palco e o camarim com ele durante a peça Marat Sade. Nós criamos um laço afetivo e durante este período ele me dava conselhos e me contava suas historias de vida” CÉSAR BOAES Ator Direção 1975- Tempo de Espera, de Aldo Leite (Grupo Mutirão) 1977- Em Moeda Corrente do País, de Abílio Pereira de Almeida (Grupo Gangorra) 1978- Pedreiras das Almas, de Jorge Andrade (Grupo Gangorra) 1979- Aluga-se uma Barriga. de Jurandir Pereira (Grupo Gangorra) 1979- ABC da Cultura Maranhense, de Aldo Leite (Grupo Gangorra) 1979- Os Saltimbancos, de Chico Buarque (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra) 1980- Os Perseguidos, de João Mohana (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra) 1980- O Gato Errado, de Fernando Strático (Grupo Gangorra) 1981- Aves de Arribação, de Aldo Leite (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra) 1986- A Casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra) 1987- Cenas de um Casamento, vários autores (Grupo Gangorra) 1987- O Tribunal dos Divórcios, de Cervantes (Grupo Gangorra) 1987- O Defunto, de René Obaldia (Grupo Gangorra) 1999- Um Raio de Luar, de Aldo Leite (Grupo Gangorra) 2009- A Consulta, de Artur Azevedo Atuação Branca de Neve e os Sete Anões Iaiá Boneca Socayte em Baby-dool, de Henrique Pongetti – Grupo Tema O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues – Grupo Tema A Revolução do Beatos, de Dias Gomes – Grupo Tema Tema Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri – Grupo Tema Zoo Story, de Edward Albee, direção de FacuryHeluy - Grupo Tema Em Tempo do Amor ao Próximo, de Artur Azevedo – Grupo Tema A Via Sacra, de Henri Ghéon – Grupo Tema Os Mistérios do Sexo, de Coelho Neto – Grupo Tema Quem Casa quer Casa, de Martins Pena – Grupo Tema Por Causa de Inês, de João Mohana – Grupo Tema A Casa de Orates, de Artur Azevedo – Grupo Tema A Consulta, de Artur Azevedo – Grupo Tema Cazumbá, de Américo Azevedo Neto – Grupo Cazumbá Simbita e o Dragão, de Lúcia Benedetti, direção de Ubiratan Teixeira Leia íntegra em oestadoma. com/417664

GERAL São Luís, 7 de novembro de 2016. Segunda-feira Morte ... · Teatro da USP, que logo após o cur-so, ... artista recebeu muitas homenagens pelo rico trabalho desenvolvido no

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6 GERAL São Luís, 7 de novembro de 2016. Segunda-feira O Estado do Maranhão

Flora DoloresArquivo

ALDO LEITE NO TEATRO

VÍDEO NAVERSÃO DIGITAL

oes ta doma.com

Ofim de semana foi de des-pedida para familiares eamigos de Aldo Leite. Oator, diretor, dramaturgo

e professor faleceu na manhã de sá-bado, dia 5. Ele tinha 75 anos e dedi-cou sua vida ao teatro maranhense.O corpo do dramaturgo foi velado naAcademia Maranhense de Letras(AML) durante todo o sábado e serácremado. Importante nome do tea-tro maranhense, ele morreu por vol-ta das 7h no Hospital Centro Médi-co, onde estava internado desde o dia20 de outubro após ser encontradodesmaiado em seu apartamento.

A família de Aldo Leite não divul-gou a causa da morte do dramatur-go. Seu irmão, Hélio Leite, atribuiu odesmaio que levou Aldo Leite para ohospital à emoção da estreia “Rainhada Zona”, escrita por ele e dirigida pe-lo amigo Tácito Borralho. A monta-gem ficou em cartaz no Teatro Joãodo Vale nos dias 20, 21 e 22 de outu-bro. O dramaturgo estava internadodepois de ter sido encontrado caídoem seu apartamento no mesmo diaem que estreou a montagem.

Ainda segundo Hélio Leite, o ir-mão esteve em Penalva, sua cidadenatal, meses antes da internação.“Nós éramos 13 irmãos. Com a ida deAldo, agora somos cinco. Nossa fa-mília é oriunda de Penalva e ele re-centemente passou cerca de um mêse meio lá. Foi um momento de mui-ta conversa entre nós”, recordou.

Aldo Leite recebeu inúmeras ho-menagens. Seus amigos e compa-nheiros de teatro contaram históriasda sua convivência com o drama-turgo. Apesar da tristeza, o momen-to foi também de lembranças e decelebração do legado deixado peloartista.

O ator e diretor Tácito Borralho fa-lou da longa amizade e parceria queos dois mantiveram ao longo da vi-da. “Aldo e eu sempre fomos amigospor muito tempo, como irmãos, esempre tivemos uma harmonia cria-tiva, o que nos levou a fazer muitascoisas juntos. Chegamos a interpre-tar personagens de peças um do ou-tro. Eu o dirigi, mas o engraçado é queele nunca me dirigiu. Fiz peças deledirigidas por Reinaldo Faray. E nóstambém sempre éramos chamadospara ministrar cursos juntos. Possodizer que tivemos uma parceria cria-tiva de muita harmonia”, disse.

Turma do QuintoO também ator Domingos Touri-nhos falou dos aprendizados que te-ve com o amigo. “Nossos caminhosse cruzaram no teatro. Tivemos mo-mentos muito bons também na Tur-ma do Quinto, escola de samba daqual foi carnavalesco e na qual pro-duzia a Ala dos Artistas, que con-gregava a todos nós do teatro. Essaala era muito bem elaborada e ele ti-nha um senso estético muito apu-rado. Lá eu aprendi muito com ele,não apenas através dos seus traços,mas também com sua percepção es-tética e a partir disso integrei o elen-co das peças de Aldo. que tinha umadramaturgia universal”, lembrou.

César Boaes, ator, contou que Al-do Leite foi uma inspiração. “Aldo foiuma grande inspiração para mim.Dividi o palco e o camarim com eledurante a peça Marat Sade. Eu faziaa maquiagem dele e nós criamosum laço afetivo e durante este pe-ríodo ele me dava conselhos e mecontava suas historias de vida. Naminha apresentação de hoje [sába-do] subirei ao palco muito maisemocionado”, afirmou.

VidaAldo de Jesus Muniz Leite nasceuem Penalva, cidade maranhense a245 quilômetros de São Luís, em 23de agosto de 1941. Graduou-se emTeatro pela Escola de Comunicaçõese Arte da Universidade de São Pau-lo (ECA/USP), em 1976. Na mesmainstituição obteve o grau de Mestreem Teatro, no ano de 1989. Foi pro-

fessor adjunto do Departamento deArtes da Universidade Federal doMaranhão (UFMA).

Assinou numerosas peças teatraisentre as quais "Tempo de Espera",sua obra mais conhecida no Brasil eno exterior, além de receber os maissignificativos prêmios nacionais einternacionais dedicados às artes cê-nicas. Apresentou-se também, sobsua direção e com elenco mara-nhense com a peça Tempo de Espe-ra, na Europa, especificamente,França, Holanda e Alemanha, cons-tituindo-se em um sucesso de pú-blico e crítica.

Em 2007, esteve em Coimbra,

Portugal, para participar da estreiade "Tempo de Espera" por um gru-po teatral português. Entre sua vas-ta produção literária destacam-seainda, entre outras peças, "Aves deArribação", "O Pleito", "O Castigodo Santo", "A Arca de Noé", "O Chádas Quintas" e "A Rainha da Zona",estas últimas premiadas no Con-curso Literário Cidade de São Luís -Categoria Teatro, em 1999 e 2005.

Durante a adolescência, em SãoLuís, conheceu Mary e Ubiratan Tei-xeira, entrou para o grupo teatral doMestre Bira e participou da montagemde "Simbita e o Dragão", de Lúcia Be-nedetti, no Teatro Arthur Azevedo.

Grupo TemaNos anos 1960, conheceu ReynaldoFaray, que o convidou para participardo elenco de "Branca de Neve e os Se-te Anos", então produzida pelo Clu-be das Mães. A partir daí participouativamente do Grupo Tema (TeatroExperimental do Maranhão), traba-lhando como ator em espetáculos in-fantis, infanto-juvenis e adultos.

Prestou vestibular para o Cursode Jornalismo, uma parceria da Se-cretaria de Educação do Estado e daUSP, pois a UFMA ainda não tinha ocurso na sua grade curricular. Os pro-fessores do curso vinham de SãoPaulo, entre eles, Miroel Silveira e Al-berto Guzik, do departamento deTeatro da USP, que logo após o cur-so, foram assistir à montagem de “OTema Conta Zumbi”, de Gianfran-cesco Guarnieri, ao final da apre-sentação e aconselhou Aldo a mu-dar para a Escola de Comunicação eArtes (ECA) e fazer o Curso de Ba-charel em Teatro, em São Paulo.

Ainda no Curso da USP em 1975,Aldo veio a São Luís convidado porReynaldo Faray para participar doelenco de "Quem Casa, quer Casa",de Martins Pena, e viajar pelo inte-rior do estado apresentando o es-petáculo para alunos do Mobral.Dessa experiência surgiu a idéia deescrever "Tempo de Espera", a par-tir das pesquisas realizadas com osalunos do Mobral e da realidade so-cial das pessoas das cidades por on-de o grupo passava.

Com a conclusão do curso emSão Paulo, Aldo voltou para São Luís,em 1977, e foi contratado pela UF-MA para dirigir o Grupo Gangorra,no qual desenvolveu intensa ativi-dade artístico-cultural e o GrupoMutirão.

Em 2014, o bloco tradicional OsIndomáveis levou para passarela jus-tamente Aldo Leite como tema como samba 'O indomável cavaleiro dodestino ou os sete encontros doaventureiro corre-terra'. �

Ator, diretor, dramaturgo e professor faleceu na manhã de sábado; o corpo foi velado durante todo o dia na AcademiaMaranhense de Letras e será cremado; artista recebeu muitas homenagens pelo rico trabalho desenvolvido no teatro

Morte de Aldo Leite abala aclasse artística de São Luís

Teatrólogo, ator e diretor Aldo Leite em foto de 2013 e familiares, amigos e admiradores velaram o corpo, durante todo o sábado, na sede da Academia Maranhense de Letras

Aldo e eusempre fomos

amigos por muitotempo, comoirmãos, e sempretivemos umaharmonia criativa,o que nos levou afazer muitascoisas juntos”

TÁCITO BORRALHO

Teatrólogo

Nossoscaminhos se

cruzaram no teatro.Tivemos momentosmuito bonstambém na Turmado Quinto, escolade samba da qualfoi carnavalesco ena qual produzia aAla dos Artistas,que congregava atodos nós doteatro”

DOMINGOS TOURINHO

Ator

Aldo foi umagrande

inspiração paramim. Dividi o palcoe o camarim comele durante a peçaMarat Sade. Nóscriamos um laçoafetivo e duranteeste período ele medava conselhos eme contava suashistorias de vida”

CÉSAR BOAES

Ator

Direção1975- Tempo de Espera, de Aldo Leite (Grupo Mutirão)1977- Em Moeda Corrente do País, de Abílio Pereira deAlmeida (Grupo Gangorra)1978- Pedreiras das Almas, de Jorge Andrade (GrupoGangorra)1979- Aluga-se uma Barriga. de Jurandir Pereira(Grupo Gangorra)1979- ABC da Cultura Maranhense, de Aldo Leite(Grupo Gangorra)1979- Os Saltimbancos, de Chico Buarque (GrupoMutirão e Grupo Gangorra)1980- Os Perseguidos, de João Mohana (GrupoMutirão e Grupo Gangorra)1980- O Gato Errado, de Fernando Strático (GrupoGangorra)1981- Aves de Arribação, de Aldo Leite (Grupo Mutirãoe Grupo Gangorra)1986- A Casa de Bernarda Alba, de Federico GarciaLorca (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra)1987- Cenas de um Casamento, vários autores (GrupoGangorra)1987- O Tribunal dos Divórcios, de Cervantes (GrupoGangorra)1987- O Defunto, de René Obaldia (Grupo Gangorra)1999- Um Raio de Luar, de Aldo Leite (Grupo Gangorra)

2009- A Consulta, de Artur Azevedo

AtuaçãoBranca de Neve e os Sete AnõesIaiá BonecaSocayte em Baby-dool, de Henrique Pongetti – GrupoTemaO Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues – Grupo TemaA Revolução do Beatos, de Dias Gomes – Grupo TemaTema Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri – GrupoTemaZoo Story, de Edward Albee, direção de FacuryHeluy -Grupo TemaEm Tempo do Amor ao Próximo, de Artur Azevedo –Grupo TemaA Via Sacra, de Henri Ghéon – Grupo TemaOs Mistérios do Sexo, de Coelho Neto – Grupo TemaQuem Casa quer Casa, de Martins Pena – Grupo TemaPor Causa de Inês, de João Mohana – Grupo TemaA Casa de Orates, de Artur Azevedo – Grupo TemaA Consulta, de Artur Azevedo – Grupo TemaCazumbá, de Américo Azevedo Neto – Grupo CazumbáSimbita e o Dragão, de Lúcia Benedetti, direção deUbiratan Teixeira

Leia íntegra em oestadoma. com/417664