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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 1 Normas Gerais de Gerenciamento de Resíduos Químicos no Instituto de Química – Unesp Revisão 2017 1. Considerações Gerais .................................................................................... 2 2. Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr ................. 3 3. Resíduos Químicos ........................................................................................ 4 3.1 Resíduos Inorgânicos ............................................................................... 5 3.1.1 Segregação ........................................................................................ 5 3.1.2 Medidas e cuidados ........................................................................... 6 3.2 Resíduos Orgânicos ................................................................................. 8 3.2.1 Segregação ........................................................................................ 8 3.2.2 Medidas e cuidados ........................................................................... 9 4. Uso do Entreposto de Resíduos do IQAr ...................................................... 11 5. Bibliografia Complementar ........................................................................... 14 6. CEA .............................................................................................................. 16 Anexo 1 – Rotulagem ....................................................................................... 17 Anexo 2 – Lista de algumas substâncias incompatíveis .................................. 23 Anexo 3 – Intervalo de pH para precipitação dos cátions na forma de hidróxido ......................................................................................................................... 25 Anexo 4 – Lista de algumas substâncias peroxidáveis .................................... 26 Anexo 5 – Lista de algumas substâncias corrosivas ........................................ 28

Gerenciamento de resíduos químicos de residuos... · 2017-11-14 · Obs.2: S2Cl2 forma Na2S e deve passar pela destruição de sulfetos antes de ser descartado na pia. • Cianetos

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 1

Normas Gerais de Gerenciamento de Resíduos Químicos no

Instituto de Química – Unesp

Revisão 2017

1. Considerações Gerais .................................................................................... 2

2. Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr ................. 3

3. Resíduos Químicos ........................................................................................ 4

3.1 Resíduos Inorgânicos ............................................................................... 5

3.1.1 Segregação ........................................................................................ 5

3.1.2 Medidas e cuidados ........................................................................... 6

3.2 Resíduos Orgânicos ................................................................................. 8

3.2.1 Segregação ........................................................................................ 8

3.2.2 Medidas e cuidados ........................................................................... 9

4. Uso do Entreposto de Resíduos do IQAr ...................................................... 11

5. Bibliografia Complementar ........................................................................... 14

6. CEA .............................................................................................................. 16

Anexo 1 – Rotulagem ....................................................................................... 17

Anexo 2 – Lista de algumas substâncias incompatíveis .................................. 23

Anexo 3 – Intervalo de pH para precipitação dos cátions na forma de hidróxido ......................................................................................................................... 25

Anexo 4 – Lista de algumas substâncias peroxidáveis .................................... 26

Anexo 5 – Lista de algumas substâncias corrosivas ........................................ 28

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 2

Gerenciamento de Resíduos Químicos

Normas Gerais – Revisão 2017

1. Considerações Gerais

Este documento, sobre as Normas de Gerenciamento de Resíduos

Químicos do Instituto de Química de Araraquara – Unesp, foi revisado com o

objetivo de contemplar as orientações/diretrizes do Programa de Gerenciamento

de Resíduos (PGR), desenvolvido pela Coordenadoria de Gerenciamento de

Resíduos (CGR) da Unesp.

O PGR tem como objetivo orientar quanto à correta caracterização,

passivação e disposição final de resíduos perigosos gerados nas dependências

do IQAr, oriundos das atividades de ensino, pesquisa e extensão, resíduos esses

que possam impactar negativamente a qualidade e a disponibilidade dos

recursos naturais para futuras gerações.

Entende-se como resíduo perigoso, todo material (substância ou mistura

de substâncias) com potencial de causar danos a organismos vivos, materiais,

estruturas ou ao meio ambiente; ou ainda, que pode tornar-se perigoso por

interação com outros materiais.

As normas descritas a seguir se referem aos Resíduos Químicos

gerados no IQAr. As providências com relação aos Resíduos Biológicos e aos

Resíduos Radioativos podem ser consultadas no “Manual para Gerenciamento

de Resíduos Perigosos da Unesp”.

É obrigatório incluir, em todos os projetos de pesquisa a serem

desenvolvidos (no todo ou em parte) nos laboratórios IQAr/Unesp, descrição

detalhada do tratamento e/ou destinação final que será dado aos resíduos

químicos gerados em tais projetos, e que deverá obedecer, no que couber, os

ditames das normas a seguir discriminadas. É de competência da Comissão de

Ética Ambiental do IQAr avaliar se os projetos a serem desenvolvidos na Unidade

contam com tratamento de resíduo, adequadamente referenciado.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 3

2. Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr

Ações que visem minimizar a geração de resíduos devem ser

implementadas em paralelo com o sistema de gerenciamento. Essas ações

incluem:

• Substituição de substâncias e processos considerados perigosos;

• Redução da proporção de resíduos perigosos que são inevitavelmente

gerados;

• Adoção de procedimentos de re-utilização, recuperação e tratamento de

solventes;

• Redução na quantidade e/ou frequência de utilização de substâncias e

materiais perigosos.

Essas ações vão contribuir para diminuir o custo financeiro do tratamento

e disposição dos resíduos. Não existe nenhum mecanismo que possa ser

utilizado para zerar a geração desses resíduos, entretanto muito pode ser feito

no sentido de racionalizá-la e mesmo diminuí-la. De qualquer maneira, toda e

qualquer ação nesse sentido tem um grande impacto positivo, diretamente sobre

os custos do programa de gerenciamento e sobre a imagem institucional da

universidade.

O laboratório gerador é sempre o responsável pelos resíduos gerados.

Cabe ao gerador (aluno, técnico pesquisador e docente) a responsabilidade pela

segregação (separação), identificação, pré-tratamento do resíduo e posterior

encaminhamento para armazenamento no Entreposto de Resíduos do IQAr.

Os resíduos que são passíveis de destruição/neutralização no próprio

laboratório, para posterior descarte na pia, não deverão ser acumulados. É

sempre mais fácil e menos perigoso o tratamento de pequenas quantidades dos

resíduos. O tratamento destes resíduos deverá ser feito no próprio laboratório

que os gerou, sob a responsabilidade de um docente.

O responsável pelo laboratório deve elaborar um inventário com os

resíduos existentes (composição e quantidade) naquele local. Uma lista

contendo uma estimativa da geração de resíduos (quantidade/mês ou ano),

também é muito importante.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 4

Cabe ao docente responsável por determinado(s) laboratório(s), no ato

do desligamento de suas atividades junto ao IQAr, destinar adequadamente os

reagentes e resíduos gerados sob sua responsabilidade, antes da entrega do

laboratório.

Os alunos matriculados nos programas de pós-graduação do IQAr

(Química e Biotecnologia) deverão, ao final do desenvolvimento do projeto,

entregar a Declaração de Descarte de Resíduos na Seção de Pós-graduação

para a homologação da Dissertação ou Tese.

Neste documento, serão abordados apenas aspectos de segregação,

armazenamento e tratamento/destruição de resíduos em laboratório, que são

operações que deverão ser efetuadas no IQ.

3. Resíduos Químicos

Em laboratórios químicos os resíduos perigosos mais usuais

compreendem:

✓ Solventes orgânicos;

✓ Resíduos de reações;

✓ Reagentes contaminados, degradados ou fora do prazo de

validade;

✓ Soluções-padrão vencidas ou em desuso;

✓ Fases móveis de cromatografia.

Esse grupo de resíduos deve ser separado de acordo com as categorias

a que pertençam:

• Resíduos Inorgânicos;

• Resíduos Orgânicos.

O acondicionamento dos resíduos, independente de sua natureza, deve

seguir os seguintes critérios:

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 5

• Cada tipo de resíduo deve ser acondicionado em embalagem adequada

às suas características e devidamente rotulado, conforme descrição do

Anexo 1.

• As embalagens plásticas de polietileno de alta densidade (HDPE, PEAD)

são preferíveis, exceto quando houver incompatibilidade com o resíduo a

ser armazenado. É indicado utilizar frascos de até 20 l (“bombonas”) e

ocupar no máximo 75% de sua capacidade.

• Na falta de embalagem de polietileno, frascos vazios de

reagentes/solventes também poderão ser utilizados, desde que o rótulo

seja completamente retirado e o frasco seja lavado com água. Deve-se

proceder a lavagem tríplice com o menor volume de água possível, e a

água de lavagem dos frascos deve ser considerada resíduo da substância

contida no mesmo.

• Não misture substâncias ou produtos incompatíveis (Anexo 2) no mesmo

recipiente.

• Não usar embalagens metálicas.

3.1 Resíduos Inorgânicos

3.1.1 Segregação

Os resíduos inorgânicos devem ser segregados segundo as classes a

seguir:

• Ácidos e/ou soluções ácidas;

• Bases e/ou soluções básicas;

• Soluções aquosas de metais pesados;

• Metais pesados;

• Sulfetos;

• Cianetos;

• Mercúrio metálico (recuperação);

• Sais de prata (recuperação).

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 6

Obs. 1: Os resíduos metálicos passíveis de recuperação só devem receber esse

destino caso o produto obtido seja realmente reutilizado, do contrário devem ser

armazenados juntamente com os resíduos de metal pesado.

Obs. 2: Resíduos que não se enquadram nestas categorias devem ser avaliados

quanto a compatibilidade química e adicionadas a uma delas, ou armazenados

em separado, conforme o caso.

A responsabilidade pela correta segregação dos resíduos é do aluno

(graduação, pós-graduação), técnico, docente e/ou pesquisador que o gerou.

3.1.2 Medidas e cuidados

Antes de executar qualquer das medidas citadas a seguir, deve-se

consultar os limites permitidos para descarte de acordo com a legislação

estadual (Cf. Decreto-Lei n.8.468 de 8/8/1993). Devem ser consideradas

também a toxicidade (aguda e crônica), inflamabilidade, reatividade, além

da quantidade e concentração do resíduo.

• Resíduos inorgânicos ácidos e suas soluções aquosas. Diluir com água,

neutralizar com bases diluídas (p. ex. NaOH) para pH entre 6 – 8 (conferir

com papel indicador) e descartar lentamente na rede coletora de esgoto

em água corrente. Para soluções extremamente ácidas, como, por

exemplo, mistura sulfonítrica, utilizar cal na neutralização.

• Resíduos inorgânicos básicos e suas soluções aquosas. Diluir com água,

neutralizar com ácidos diluídos (p. ex. H2SO4) para pH entre 6 – 8 (conferir

com papel indicador) e descartar lentamente na rede coletora de esgoto

em água corrente.

• Resíduos inorgânicos neutros e suas soluções aquosas. Diluir com água

e descartar na rede coletora de esgoto em água corrente. Concentração

máxima permitida até 0,1 g ou 0,1 ml resíduo / 3 ml de água, não deve

exceder 100 g ou 100 ml/dia/ponto. Em caso de dúvida, consulte a

legislação estadual citada anteriormente.

• Resíduos inorgânicos insolúveis em água:

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 7

o Com risco de contaminação ambiental: armazenar em frascos

etiquetados para posterior recolhimento.

o Sem risco de contaminação ambiental: coletar em saco plástico e

descartar como lixo comum.

• Soluções contendo metal tóxico. Devem ser armazenados em bombonas

de polietileno após terem sido precipitados na forma de hidróxido por

solução de cal ou hidróxido de sódio. Observar a faixa de pH indicada

para precipitação de cada cátion (Anexo 3).

• Metais finamente divididos (Al, Co, Fe, Mg, Mn, Ni, Pd, Pt, Ti, Sn, U, Zn,

Zr, e suas ligas). Suspender o pó em água, até formar uma pasta. Colocar

em um recipiente metálico formando uma camada fina. Deixar secar ao

ar. Conforme a mistura for secando, formar-se-ão óxidos que não são

pirofóricos. Descartar como resíduos de metal ou recuperar, dependendo

do metal. Outra opção seria solubilizar com ácido (HCl ou HNO3) e depois

segregar como resíduo de metais.

• Haletos metálicos que reagem violentamente com água (TiCl4, SnCl4,

AlCl3, ZrCl4). Adicionar os haletos à água em um balão de 3 bocas, com

resfriamento (banho de gelo) e agitação constante (CUIDADO!! Reação

extremamente exotérmica) A solução resultante deve ser tratada como

resíduo de metais.

• Haletos e haletos ácidos de não-metais (BCl3, PCl3, SiCl4, SOCl2, SO2Cl2,

PCl3). Esse procedimento também pode ser utilizado na destruição de:

RCOX, RSO2X, (RCO)2O. Colocar em um balão de 3 bocas, provido de

termômetro, balão de adição e agitador mecânico, 600 mL de NaOH

2,5 mol.l-1. Adicionar lentamente o resíduo sob agitação constante. Se a

temperatura aumentar com a adição do resíduo, deve-se continuar a

adição do mesmo sem aquecimento. Se isto não ocorrer, aquecer o balão

até cerca de 90 ᵒC, antes de continuar a adição do resíduo. Continuar o

aquecimento até que solução esteja clara. Resfriar à temperatura

ambiente. Neutralizar a pH 7 e descartar na pia, lentamente e sob água

corrente.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 8

Obs.1: PCl5 e outros sólidos, devem ser tratados em um béquer (tendem

a endurecer no balão) com gelo pela metade. Depois que o gelo

derreter, se não solubilizou completamente, aquecer ligeiramente.

Obs.2: S2Cl2 forma Na2S e deve passar pela destruição de sulfetos antes

de ser descartado na pia.

• Cianetos. Os cianetos solúveis e insolúveis (com exceção para complexos

com alta estabilidade) devem ser tratados em capela com boa exaustão.

Deve-se basificar o meio com solução não muito concentrada de NaOH

para pH entre 10 e 11 (conferir com papel indicador). Sob agitação,

adicionar hipoclorito de sódio ou cálcio (50% em excesso em relação ao

CN- em mol.l-1). Manter sob agitação, na capela por cerca de 12 horas.

Diminuir para pH 8 com HCl. Descartar lentamente na pia da capela, sob

água corrente.

• Sulfetos. Precipitar na forma de sulfeto de Fe(II), decantar. O precipitado

deve ser descartado nos resíduos de metais e o sobrenadante pode ser

descartado na pia sob água corrente, se não contiver metais

pesados/tóxicos.

• Agentes oxidantes. Hipocloritos, cloratos, bromatos, iodatos, periodatos,

peróxidos e hidroperóxidos inorgânicos, cromatos e dicromatos,

molibdatos, manganatos e permanganatos podem ser reduzidos por

hipossulfito de sódio. O excesso de hipossulfito deve ser destruído com

H2O2. Depois disso, diluir a 3% e descartar na pia em água corrente.

3.2 Resíduos Orgânicos

3.2.1 Segregação

Os resíduos orgânicos devem ser segregados segundo as classes a

seguir:

• Solventes orgânicos halogenados;

• Solventes orgânicos não-halogenados com menos que 5% de água;

• Solventes orgânicos não-halogenados com mais que 5% de água.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 9

Obs. Resíduos que não se enquadram nestas categorias devem ser avaliados

quanto a compatibilidade química e adicionadas a uma delas, ou armazenados

em separado, conforme o caso.

A responsabilidade pela correta segregação dos resíduos é do aluno

(graduação, pós-graduação), técnico, docente e/ou pesquisador que o gerou.

3.2.2 Medidas e cuidados

Antes de executar qualquer das medidas citadas a seguir, deve-se

consultar os limites permitidos para descarte de acordo com a legislação

estadual (Cf. Decreto-Lei n.8.468 de 8/8/1993). Devem ser consideradas

também a toxicidade (aguda e crônica), inflamabilidade, reatividade, além

da quantidade e concentração do resíduo.

• Resíduos orgânicos e suas soluções aquosas tóxicas: coletar em frascos

devidamente rotulados e que destaque essas informações.

• Resíduos orgânicos ácidos e suas soluções aquosas que não apresentem

toxicidade: diluir com água, neutralizar com bases diluídas (p. ex. NaOH)

para pH entre 6 – 8 (conferir com papel indicador) e descartar lentamente

na rede coletora de esgoto em água corrente.

• Resíduos orgânicos básicos e suas soluções aquosas que não

apresentem toxicidade: diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos

(p. ex. H2SO4) para pH entre 6 – 8 (conferir com papel indicador) e

descartar lentamente na rede coletora de esgoto em água corrente.

• Resíduos orgânicos neutros e suas soluções aquosas que não

apresentem toxicidade: diluir com água e descartar na rede coletora de

esgoto em água corrente.

• Resíduos orgânicos sólidos insolúveis em água:

o Com risco de contaminação ao meio ambiente: armazenar em

frascos etiquetados e para posterior recolhimento.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 10

o Sem risco de contaminação ao meio ambiente: filtrar e descartar

em lixo comum.

o Os adsorventes usados em cromatografia (p. ex. sílica) devem ser

coletados em caixa de papelão revestida com saco plástico ou em

um recipiente do polietileno. Não misturar o adsorvente com

resíduos líquidos, tampouco se pode misturar papel, plástico, luvas

ou recipientes de vidro. Se o adsorvente não contiver metais

pesados, solventes orgânicos, pesticidas ou outros produtos

classificados como tóxicos, podem ser dispostos no lixo comum.

Caso contenha alguns desses compostos, indicar a concentração

de cada um dos contaminantes no rótulo do frasco e coletá-lo para

a eliminação como um resíduo perigoso.

• Resíduos de solventes orgânicos:

o Solventes halogenados puros ou em mistura: armazenar em

frascos etiquetados para posterior incineração.

o Solventes isentos de halogenados, puros ou em mistura tanto os

com mais ou menos que 5% de água: coletar em frascos

etiquetados para posterior incineração.

o Solventes que formam peróxidos (Anexo 4) e suas misturas:

armazenar pelo menor tempo possível.

o Recuperação de solvente. Indicado apenas se a unidade possuir

infraestrutura adequada e profissional preparado para

desempenhar tal atividade.

Obs. Se houver possibilidade de formação de misturas

azeotrópicas, avaliar anteriormente a relação custo/benefício da

recuperação.

• Os frascos de defensivos agrícolas (pesticidas) solúveis em água poderão

ser submetidos à tríplice lavagem e enviados aos postos de coleta (uso

agrícola). Já os resíduos de laboratório contendo defensivos agrícolas

devem ser classificados como os demais resíduos orgânicos.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 11

• Aminas aromáticas. Podem ser destruídas em laboratório em capela com

boa exaustão, por meio de oxidação por KMnO4 em meio ácido. Utilizar

0,2 moL KMnO4 para 0,01 moL de amina, em H2SO4 (2 mol.l-1).

Temperatura ambiente por 8 horas. Adicionar NaHSO4, para destruir o

excesso de MnO4-. Neutralizar com NaOH, diluir e descartar na pia sob

água corrente.

4. Uso do Entreposto de Resíduos do IQAr

O Entreposto de Resíduos do IQ tem a responsabilidade de armazenar

os resíduos químicos gerados nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da

instituição, temporariamente, até que os mesmos sejam enviados para

disposição final por empresa especializada.

1. O responsável pelo recebimento e aceitação dos resíduos para

armazenamento no Entreposto de Resíduos será a um funcionário do Apoio

Técnico Químico.

2. Serão aceitos para armazenamento no Entreposto de Resíduos, resíduos

destinados a incineração acondicionados em bombonas (máximo 20 l),

apropriadamente rotuladas (Anexo 1) e preenchidas com resíduo a 75% do

volume total da bombona.

3. Como regra geral os frascos de resíduos cheios (75% do volume ocupado

pelo resíduo em bombonas de até 20 l) não deverão permanecer nos

laboratórios didáticos ou de pesquisa. Deverão ser encaminhados para o

Entreposto de Resíduos, ou tratados no próprio laboratório, conforme o caso.

4. NÃO serão aceitos para armazenamento no Entreposto de Resíduos:

• Frascos com volume de resíduo acima do limite de 75% do volume

total;

• Frascos com identificação incompleta ou inexistente;

• Resíduos destinados a tratamento/destruição em laboratório;

• Frascos inadequados para o tipo de resíduo;

• Frascos que não estejam adequadamente tampados;

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 12

• Frascos com volume superior a 20 l. Casos excepcionais poderão ser

considerados, após aprovação do funcionário do Setor de Apoio

Técnico Químico responsável pelo recebimento dos resíduos no

Entreposto do IQAr.

5. Os resíduos de metais destinados à recuperação deverão ser armazenados

e tratados nos próprios Departamentos que os geraram pelo gerador ou sob

sua orientação.

Armazenamento de resíduos nos laboratórios didáticos e de pesquisa

Deverão ser armazenados nos laboratórios didáticos e de pesquisa os

resíduos de metais para recuperação e os resíduos passíveis de

tratamento/destruição.

• Por questões de segurança, recomenda-se não acumular grandes

quantidades de resíduos nos laboratórios. O ideal é que em cada local

exista apenas um frasco, em uso, para cada tipo de resíduo e nenhum

frasco cheio esperando ser tratado ou levado ao Entreposto de

Resíduos.

• Os frascos de resíduos deverão permanecer sempre tampados.

• Os frascos para resíduos jamais devem ser rotulados apenas como

“Resíduos”. Mesmo para aqueles que não serão destinados ao

Entreposto de Resíduos, deve ser adotada a rotulagem especificada

no Anexo 1.

• Ao utilizar frascos de reagentes para os resíduos, tomar o cuidado de

retirar completamente a etiqueta antiga, para evitar confusões na

identificação precisa do seu conteúdo.

• Frascos destinados a resíduos ácidos e básicos deverão ser

armazenados em locais diferentes, para evitar confusões no momento

do descarte. O mesmo deve ser feito para resíduos ácidos e orgânicos.

• NUNCA armazenar frascos de resíduos na capela.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 13

• NUNCA utilizar embalagens metálicas para resíduos. Mesmo próximo

à neutralidade, sólidos e líquidos podem corroer facilmente este tipo

de embalagem.

• NÃO armazenar frascos de resíduos próximos a fontes de calor ou

água.

Frascos vazios de reagentes/solventes

• Os frascos (vidro) deverão passar por tríplice lavagem com água. A

água de lavagem deverá ter a destinação adequada, de acordo com a

substância contida no frasco. Após esta limpeza deverão ser

encaminhados ao Apoio Técnico Químico.

• Os frascos de outro tipo deverão também ser submetidos à tríplice

lavagem e poderão ser descartados no lixo comum.

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Gerenciamento de Resíduos Químicos no IQAr/Unesp - versão 2017 14

5. Bibliografia Complementar

ACS TASK FORCE ON LABORATORY WASTE MANAGEMENT. Laboratory

waste management: a guidebook. Washington, DC: American Chemical

Society, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: resíduos

sólidos-classificação. Rio de Janeiro, 2004. 71 p.

COMPANHIA DE ESTADUAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Nome ou

sinônimo do produto. Disponível em:

<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/produto_consulta_nome.asp

>. Acesso em: 10 maio 2017.

DUX, J. P.; STALZER, R. F. Managing safety in the chemical laboratiory.

New York: Van Nostrand Reinhold, c1988.

FONSECA, J. C. L. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. São

Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

INTERNATIONAL UNION OF PURE AND APPLIED CHEMISTRY;

INTERNATIONAL PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY. Chemical

safety matters. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.

KAUFMAN, J. A. (Ed.). Waste disposal in academic institutions. Chelsea:

Lewis Publishers, c1990.

LUNN, G.; SANSONE, E, B. Destruction of hazardous chemicals in the

laboratory. 2nd ed. New York: Wiley, 1994.

LUXON, S. G. (Ed.). Hazards in the chemical laboratory. 5th ed. Cambridge:

Royal Society of Chemistry, 1992.

MANAHAN, S. E. Hazardous waste chemistry, toxicology and treatment.

Chelsea: Lewis Publishers, c1990.

PHIFER, R. W.; McTIGUE, W.R. Jr. Handbook hazardous Waste

management for small quantity generators. Chelsea: Lewis Publishers,

c1988.

PIPITONE, D. A. (Ed.). Safe storage of laboratory chemicals. 2nd ed. New

York: Wiley, c1991.

PURCHASE, R. (Ed.). The laboratory environment. Cambridge: Royal

Society of Chemistry, 1994. (Special publication /The Royal Society of

Chemistry, v. 136).

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SÃO PAULO. Decreto Nº 54.487, de 26 de junho de 2009: dispõe sobre a

prevenção e o controle da poluição do meio ambiente. [São Paulo], 2009.

Disponível em:

<http://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/legislacao/estadual/decretos/1976_D

ec_Est_8468.pdf>. Acesso em: 10 maio 2017.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Instituto de Biociências, Letras e

Ciências Exatas. Departamento de Química e Ciências Ambientais.

Substâncias incompatíveis. São José do Rio Preto, 2003. Disponível em:

<http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/incompativeis.htm>. Acesso em:

10 maio 2017.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Plano geral de gerenciamento de

resíduos da UFPA. Belém, 2008. Disponível em:

<http://www.ufpa.br/prefeitura/relatorios/PGRSS.pdf>. Acesso em: 10 maio

2017.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Campus Pato

Branco. Programa de Gerenciamento de Resíduos. Programa de

gerenciamento de resíduos laboratoriais. Pato Branco, 2014. Versão

1.0. Disponível em : <http://www.utfpr.edu.br/patobranco/estrutura-

universitaria/diretorias/dirplad/sistema-de-gerenciamento-de-

residuos/manual-de-gerenciamento-de-residuos-laboratoriais>. Acesso em:

10 maio 2017.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. User's manual for the IPCS health and

safety guides. Geneva, 1996.

YOUNG, J. A. (Ed.). Improving safety in the chemical laboratory: a practical

guide. 2nd ed. New York : Wiley, c1991.

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6. CEA

Comissões de ética ambiental que trabalharam na elaboração deste documento:

✓ Gestão 2014-2016:

Presidente: Leandro Martins

Vice-presidente: Vânia Martins Nogueira

Representantes docentes: Raquel Fernandes Puppo Nogueira

Lourdes Campaner dos Santos

Elisete Aparecida Batista

Representante dos servidores técnico-administrativos: Marco Antonio

Gonçalves

Representantes discentes: Mariana Fonseca

Julia Piccoli

Fernanda Cesar

Stella Virgilio

Presidente da CIPA: Marco Aurélio Cebim

✓ Gestão 2016-2018:

Presidente: Cíntia Duarte de Freitas Milagre

Vice-presidente: Lorena Oliveira Pires

Representantes docentes: Mary Rosa Rodrigues de Marchi

Marisa Veiga Capela

Paulo Clairmont Feitosa de Lima Gomes

Vânia Martins Nogueira

Representante dos servidores técnico-administrativos: Naira Canevarolo

Pasquero

Representantes discentes: Rodolfo dos Santos Carrijo

Paulo Ricardo da Silva Sanches

Presidentes da CIPA: Fabíola Manhas Pereira

Nailton Monteiro do Nascimento Júnior

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Anexo 1 – Rotulagem

As características que devem constar do rotulo são as dos constituintes

mais perigosos existentes no resíduo:

1) Com base na ficha que acompanha cada frasco de resíduo, buscar as

características das substâncias que o constituem;

2) Utilizar a característica que confere maior periculosidade ao resíduo para

a escolha do pictograma que deverá figurar no rotulo;

3) O mesmo procedimento deve ser utilizado para o preenchimento do

diagrama de Hommel;

4) Alertar, na composição do resíduo, para os constituintes minoritários, mas

que podem apresentar toxicidade relevante.

EXEMPLO 1

Ficha de resíduos LRSCr/34/2011 Responsável pelos resíduos: Mary Marchi Departamento: Química Analítica Solventes não Clorados

Nome do usuário Composição do

resíduo Quantidade (Litros) Data do descarte

Joaquim Nabuco Hexano: acetona

(1:1) 0,5 12/05/2011

Aparecida Souza Tolueno + TBT 0,2 (TBT< 100

ng/mL) 15/05/2011

Raimunda Silva metanol +

alquilfenóis 0,2 (alquilfenois < 50

ng/mL) 15/05/2011

José das Chagas Acetonitrila + HPAs 0,1 (HPAs < 50

ng/mL) 16/05/2011

Maria Oliveira Hexano + extrato

vegetal 0,5 16/05/2011

• Neste caso, os solventes majoritários (hexano, acetona, tolueno e

metanol) são inflamáveis, então deve-se utilizar o pictomagrama de

“inflamável” do GHS (Globally, Harmonized, System), pois é a

característica que confere a maior periculosidade ao resíduo;

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• No entanto, existem substâncias neste resíduo que podem afetar o

sistema reprodutivo (TBT e HPAs) e também podem causar câncer

(HPAs). Isso deve estar explicitado no campo da composição do resíduo;

• No diagrama de Hommel atribui-se 3 a inflamabilidade, pela característica

dos constituintes majoritários do resíduo (solventes inflamáveis), 1 para

os efeitos à saúde, já que a toxicidade aguda pode ser considerada baixa;

e 0 para a reatividade.

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EXEMPLO 2:

Ficha de resíduos NuBBE 35/2011

Responsável pelos resíduos: Alberto Cavalheiro

Departamento: Química Orgânica

Solventes não Clorados

Nome do usuário Composição do

resíduo Quantidade (Litros) Data do descarte

Ambrosia da Silva Metanol: água

(tampão pH 4,0) + 3,5 12/05/2011

Aparecida Souza Acetonitrila: água 5,0 25/05/2011

Raimunda Silva metanol : água 1,5 15/06/2011

José das Chagas Acetonitrila + água +

tampão pH 7,0 3,0 16/06/2011

Maria Oliveira Metanol: água

+tampão pH 8,0 1,5 20/05/2011

• Embora o metanol seja um solvente inflamável, como está em uma

mistura com grande quantidade de água, esta característica será

minimizada para pictomagrama de “nocivo se inalado”, além da frase

“pode ser perigoso à vida aquática pois os componentes do resíduo

podem causar danos a biota da água, mesmo em baixas concentrações.

• As fases moveis de CLAE que compõem o resíduo, também contém

extratos vegetais, cuja periculosidade poderá ser negligenciada na

confecção do rotulo.

• No diamante (diagrama) de Hommel, atribui-se 0 a inflamabilidade, pois

embora o metanol seja inflamável, encontra-se em uma mistura com

grande quantidade de água; 1 para os efeitos à saude, já que a toxicidade

aguda pode ser considerada baixa; apesar de que a acetonitrila quando

aquecida (no caso de um incêndio) pode liberar HCN e 0 para a

reatividade.

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EXEMPLO 3:

Ficha de resíduos LRSCr/39/2009

Responsável pelos resíduos: Mary Marchi

Departamento: Química Analítica

Soluções ácidas de metais potencialmente impactantes

Nome do usuário Composição do resíduo Quantidade (Litros) Data do descarte

Astrogildo Ferreira

Amostras digeridas (HNO3) de lodo de

esgoto

0,5 12/07/2009

Maria da Silva

Soluções padrão em HNO3: Cr, Zn, Mn, Pb,

Ni, Cu, Se, Hg . [Metal] < 50 mg/L

0,2 12/07/2009

Antonio Figueiredo

Amostras digeridas (HNO3 + HClO4) de

tecido foliar

0,5 23/07/2009

Manoel Antonio Amostras digeridas (HNO3 + HClO4) de sedimento marinho

0,5 24/07/2009

• Para este resíduo a periculosidade estará relacionada à presença dos

ácidos concentrados, então o pictograma a ser utilizado é o de “corrosivo”

(Anexo 5).

• No entanto, existem metais potencialmente impactantes, isso deve estar

explicitado no campo da composição do resíduo.

• No diamante de Hommel atribui-se 0 a inflamabilidade, por tratar-se de

uma solução aquosa, 1 para a toxicidade pois os vapores de ácido nítrico

podem ser sufocantes e 2 para a reatividade já que o ácido nítrico é um

forte oxidante e pode reagir violentamente com substâncias orgânicas.

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Anexo 2 – Lista de algumas substâncias incompatíveis

SUSBTÂNCIA INCOMPATÍVEL COM

Acetileno Cloro, bromo, flúor, cobre, prata e mercúrio.

Acetona Ácido sulfúrico concentrado e misturas de ácido nítrico.

Ácido Acético Óxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido perclórico, peróxidos, permanganato, anilina, líquidos e gases combustíveis.

Ácido Cianídrico (HCN) Ácido nítrico e álcalis.

Ácido crômico e cromo Ácido acético, naftaleno, glicerina, álcoois e líquidos inflamáveis em geral, cânfora e terebintina.

Ácido Fluorídrico (HF) Amônia (aquosa ou anidra).

Ácido nítrico Ácido acético, anilina, líquidos e gases combustíveis.

Ácido oxálico Prata e sais de mercúrio.

Ácido perclórico Anidrido acético, álcoois, papel, madeira, clorato de potássio e perclorato de potássio.

Ácido sulfúrico (H2SO4) Clorato de potássio, perclorato de potássio e permanganato de potássio (e compostos similares de metais leves, como sódio e lítio).

Água

Cloreto de etila, metais alcalinos e alcalinos terrosos, seus hidreto e óxidos, peróxido de bário, carbetos, ácido crômico, oxicloreto de fósforo, pentacloreto de fósforo, pentóxido de fósforo, ácido sulfúrico e tetróxido de enxofre.

Alumínio (pó) Hidrocarbonetos clorados, halogênios, dióxido de carbono e ácidos orgânicos.

Amônia (anidra) Mercúrio, cloreto, hipoclorito de cálcio, iodeto, brometo e ácido fluorídrico.

Amônio nitrato Ácidos, metais em pó, substâncias orgânicas ou combustíveis finamente divididos.

Anilina Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio.

Azidas Ácidos.

Brometo Amônia, acetileno, butadieno, hidrocarbonos, hidrogênio, sódio, metais finamente divididos, terebintina e outros hidrocarbonetos.

Carbonato de cálcio Água e álcool.

Carvão ativo Hipoclorito de cálcio e oxidantes.

Cianetos Ácidos.

Cloratos Sais de amônio, ácidos, metais em pó, enxofre, orgânicos finamente divididos ou materiais combustíveis.

Clorato de potássio Ácido sulfúrico e outros ácidos.

Clorato de sódio Ácidos, sais de amônio, materiais oxidáveis e enxofre.

Cloro Amônia, acetileno, butadieno, hidrocarbonetos, hidrogênio, sódio, metais finamente divididos, terebintina e outros hidrocarbonetos.

Cobre Acetileno e peróxido de hidrogênio.

Cromo IV Óxido Ácido acético, naftaleno, glicerina e líquidos combustíveis.

Dióxido de cloro Amônia, metano, fosfito, sulfeto e hidrogênio.

Flúor Isole de tudo.

Fósforo (branco) Ar armostérico, oxigênio, álcalis e agentes redutores.

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SUSBTÂNCIA INCOMPATÍVEL COM

Hidrocarbonetos (ex.: metano, propano, butano, benzeno, tolueno, etc.)

Flúor, cloro, bromo, ácido crômico e peróxido de sódio.

Hipocloritos Ácido e carvão ativado.

Iodo Acetileno, amônia (aquosa ou anidra) e hidrogênio.

Líquidos inflamáveis Nitrato de amônio, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio e halogênios.

Mercúrio Acetileno, amoníaco e ácido filmínico.

Metais alcalinos e alcalinos terrosos

Água, hidrocarboneto clorados, dióxido de carbono, halogênios, álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos.

Nitratos Ácido sulfúrico.

Nitrato de amônio Ácidos, metais finamente divididos, líquidos inflamáveis, cloratos, nitratos, enxofre, materiais orgânicos ou combustíveis finamente divididos.

Nitritos Cianeto de sódio ou de potássio.

Nitroparafinas Bases inorgânicas e aminas.

Oxigênio Óleos, graxas, hidrogênio, gases, sólidos ou líquidos inflamáveis.

Pentóxido de fósforo Água.

Perclorato de potássio Veja ácido sulfúrico e outros ácidos, além de substâncias cloradas.

Permanganato de potássio Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico

Peróxido de hidrogênio Cobre, cromo, ferro, alcoóis, acetona e substâncias combustíveis.

Peróxidos orgânicos Ácidos (orgânicos ou inorgânicos). Evite atrito, estocar em local fresco.

Prata Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico, compostos de amônio e ácido fulmínico.

Selenídeos Agentes redutores,

Sódio Água, tetracloreto de carbono e dióxido de carbono,

Telurídios Agentes redutores.

Obs.: Esta lista não esgota todas as substâncias possíveis, o que seria

impraticável. De forma não exaustiva, ela contempla os principais exemplos.

Caso a substância constituinte de seu resíduo não esteja na lista, procure

informações em sites especializados.

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Anexo 3 – Intervalo de pH para precipitação dos cátions na forma de

hidróxido

METAL INTERVALO

DE pH METAL INTERVALO DE pH

Alumínio – Al(III) 7-8 Molibdênio – Mo(VI) Precipitado como

sal de cálcio

Arsênio – As(III) Precipitado

como sulfeto Nióbio – Nb(V) 1-10

Arsênio – As(V) Precipitado

como sulfeto Níquiel – Ni(II) 8-14

Berílio – Be(II) 7-8 Ósmio – Os(IV) 7-8

Antimônio – Sb(II) 7-8 Ouro – Au(III) 7-8

Antimônio – Sb(IV) 7-8 Paládio – Pd(II) 7-8

Bismuto – Bi(III) 7-14 Paládio – Pd(IV) 7-8

Cádmio – Cd(II) 7-14 Platina – Pt(II) 7-8

Chumbo – Pb(II) 7-8 Prata – Ag(I) 9-14

Cobalto – Co(II) 8-14 Rênio – Re(III) 6-14

Cobre – Cu(I) 9-14 Rênio – Re(VII) Precipitado como

sulfeto

Cobre – Cu(II) 7-14 Ródio – Rh(III) 7-8

Cromo – Cr(III) 7-14 Rutênio – Ru(III) 7-14

Escândio – Sc(III) 8-14 Selênio – Se(IV) Precipitado como

sulfeto

Estanho – Sn(II) 7-8 Selênio – Se(VI) Precipitado como

sulfeto

Estanho – Sn(IV) 7-8 Tálio – Tl(III) 9-14

Ferro – Fe(II) 7-14 Tantálio – Ta(V) 1-10

Ferro – Fe(III) 7-14 Terlúrio – Te(IV) Precipitado como

sulfeto

Gálio – Ga(III) 7-8 Terlúrio – Te(VI) Precipitado como

sulfeto

Germânio – Ge(IV) 6-8 Titânio – Ti(III) 8-14

Háfnio – Hf(IV) 6-7 Titânio – Ti(IV) 8-14

Índio – In(III) 6-13 Tório – Th(VI) 6-14

Irídio – Ir(IV) 6-8 Tungstênio – W(IV) Precipitado como

sal de cálcio

Magnésio – Mg(II) 9-14 Vanádio – V(IV) 7-8

Manganês – Mn(II) 8-14 Vanádio – V(V) 7-8

Manganês – Mn(IV) 7-14 Zinco – Zn(II) 7-8

Mercúrio – Hg(I) 8-14 Zircônio – Zr(IV) 6-7

Mercúrio – Hg(II) 8-14

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Anexo 4 – Lista de algumas substâncias peroxidáveis

Substâncias que em baixas concentrações formam peróxidos em níveis

explosivos:

Butadieno Divinilacetileno

Tetrafluoretileno Dicloroetano

Cloropreno Éter isopropílico

Substâncias que em altas concentrações formam peróxidos em níveis

explosivos:

Acetaldeído Ciclohexanol 2-Hexanol Dietileno glicol

2-feniletanol Dioxano Acetal diacetylene Tetrahidronaftaleno

Dicloropentadieno 4-heptanol Metilacetileno Metil isobutil

cetone

2-Propanol 1-feniletanol Álcool benzílico 2-butanol

Éter dietílico Decahidronaftaleno Éter dimetílico Metilciclopentano

3-metil-1-butanol Cumeno Tetrahidroforano

Substâncias que podem se autopolimerizar quando houver formação de

peróxido

Ácido acrílico Vinilpiridina Tetrafluoretileno Cloreto de vinila

Acrilonitrila Vinilacetileno Acetaldeído de

vinila Estireno

Acetato de vinila Butadieno Cloropreno

Butadieno Clorotrifluoretileno Metilmetacrilato

Substâncias que podem formar peróxido, mas não se encaixam em

nenhuma das opções anteriores:

Acrilaldeído Terc-butil metil éter Di(1-propinil)éter

Alil éter n-butil fenil éter Di(2-propinil) éter

Alil etil éter n-butil vinil éter Di-n-propoximetano

Alil fenil éter 2-clorobutadieno Cloroetileno

Cloreto de p-(n-Amiloxi)benzoíla

1-(2-Etoxietoxi)etil acetato

1,2-epoxi-3-isopropoxipropano

n-amil éter -clorofenetol 1,2-epoxi-3-fenoxipropano

Benzil n-butil éter o-clorofenetol Etoxiacetofenona

Benzil éter p-clorofenetol 1-(2-Etoxietoxi)etil acetato

Benzil etil éter Cicloocteno 2-etoxietil acetato

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Benzil metil éter Ciclopropil metil éter 2-etoxietil-o-benzoila

benzoato

Benzil 1-naftil éter Dietil éter 1-etoxinaftaleno

1,2-bis(2-cloroetoxi)etano 1,2-dibenziloxietano 1-etoxi-2-propino

Bis(2-etoxietil)éter o, p-etoxifenil

isocianato 3-etoxipropionitrila

Bis(2-metoxietox)etil éter 2-etilbutanol Etil -etoxipropionato

As embalagens fechadas de qualquer classe podem ser armazenadas

por até 18 meses. Já as embalagens abertas devem respeitar a validade.

Obs.: Esta lista não esgota todas as substâncias possíveis, o que seria

impraticável. De forma não exaustiva, ela contempla os principais exemplos.

Caso a substância constituinte de seu resíduo não esteja na lista, procure

informações em sites especializados.

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Anexo 5 – Lista de algumas substâncias corrosivas

ÁCIDOS ORGÂNICOS

ÁCIDOS INORGÂNICOS

BASES INORGÂNICAS ELEMENTOS

Ácido fórmico Ácido clorídrico Hidróxido de amônio Flúor (gás)

Ácido acético glacial

Ácido fluorídrico Hidróxido de cálcio Cloro (gás)

Ácido butírico Ácido sulfúrico Hidróxido de sódio Bromo (líquido)

Ácido cloroacético Ácido cloro sulfônico

Hidróxido de potássio Iodo (cristal)

Ácido tricloroacético

Ácido fosfórico Hidreto de cálcio Fósforo

Ácido bromoacético Ácido nítrico Hidreto de sódio

Ácido oxálico Cloreto sulúrico Óxido de amônio

Ácido salicílico Pentafluoreto de bromo

Sulfeto de amônio

Anidrido acético Tetracloreto de titânio

BASES ORGÂNICAS

Dimetilsulfato SAIS ÁCIDOS Etanodiamina

Cloreto de propila Tricloreto de alumínio

Etilimina

Brometo de propila

Tricloreto de antimônio

Fenihidrazina

Clorotrimetilsilano Bifluoreto de amônio

Hexametiletilenodiamina

Diclorodimetilsilano

Fluoreto de cálcio

Hidroxiamina

Fenol Cloreto férrico Hidróxido de tetrametilamônio

Cloreto de benzoíla

Fluoreto de sódio Tetrametiletildiamina

Brometo de benzoíla

Bisulfato de sódio

Trietilamina

Obs.: Esta lista não esgota todas as substâncias possíveis, o que seria

impraticável. De forma não exaustiva, ela contempla os principais exemplos.

Caso a substância constituinte de seu resíduo não esteja na lista, procure

informações em sites especializados.