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1. FUNÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE A administração do controle de estoque deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro também se eleva. Uma empresa não poderá trabalhar sem estoque, pois, sua função amortecedora entre vários estágios de produção vai até a venda final do produto. Somente algumas matérias-primas têm a vantagem de estocar, em razão da influência da entrega do fornecedor. Outras matérias-primas especiais, o fornecedor precisa de vários dias para produzi-la. O controle de estoque é de suma importância para a empresa, sendo que controla-se os desperdícios, desvios, apura-se valores para fins de análise, bem como, apura o demasiado investimento, o qual prejudica o capital de giro. Quanto maior é o investimento, também maior é a capacidade e a responsabilidade de cada setor da empresa. Os objetivos dos departamentos de compras, de produção, de vendas e financeiro, deverá ser conciliado pela administração de controle de estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. A responsabilidade da divisão de estoques já é antiga; os materiais caem sobre o almoxarife, que zela pelas reposições necessárias. Na administração moderna, a responsabilidade dos estoques fica sob uma única pessoa. Os departamentos tradicionais ficam livres desta responsabilidade e podem dedicar-se à sua função primária. 2. OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DE ESTOQUE Manter o investimento em estoque tão baixo quanto compatível com as necessidade operacionais Assegurar um suprimento adequado dos produtos para atender de forma eficiente a demanda dos clientes

Gestão de Estoque 02

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Conhecimentos básicos de estoque

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1. FUNÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE

A administração do controle de estoque deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro também se eleva. Uma empresa não poderá trabalhar sem estoque, pois, sua função amortecedora entre vários estágios de produção vai até a venda final do produto.

Somente algumas matérias-primas têm a vantagem de estocar, em razão da influência da entrega do fornecedor. Outras matérias-primas especiais, o fornecedor precisa de vários dias para produzi-la.

O controle de estoque é de suma importância para a empresa, sendo que controla-se os desperdícios, desvios, apura-se valores para fins de análise, bem como, apura o demasiado investimento, o qual prejudica o capital de giro.

Quanto maior é o investimento, também maior é a capacidade e a responsabilidade de cada setor da empresa.

Os objetivos dos departamentos de compras, de produção, de vendas e financeiro, deverá ser conciliado pela administração de controle de estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. A responsabilidade da divisão de estoques já é antiga; os materiais caem sobre o almoxarife, que zela pelas reposições necessárias.

Na administração moderna, a responsabilidade dos estoques fica sob uma única pessoa. Os departamentos tradicionais ficam livres desta responsabilidade e podem dedicar-se à sua função primária.

2. OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DE ESTOQUE

Manter o investimento em estoque tão baixo quanto compatível com as necessidade operacionais

Assegurar um suprimento adequado dos produtos para atender de forma eficiente a demanda dos clientes

Identificar os itens pouco usados, com defeito ou obsoletos Assegurar a existência real das quantidades lançadas nos controles Identificar os excessos ou faltas de produtos com relação a demanda Manter o custo de armazenamento no nível mais econômico possível Fornecer a base de dados para o planejamento a curto, e longo prazo das

necessidades de estoque

3. SINTOMAS DE UMA MÁ ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DOS ESTOQUES

Frequentes dilatações nos prazos de entrega e recebimento dos produtos Quantidades crescentes dos estoques, enquanto as vendas permanecem

constantes ou em baixa

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Altas médias de devolução ou cancelamento de pedidos por parte dos clientes

Perda de venda por falta de produtos Perda de vendas por demora na localização dos produtos Elevado nível de deterioração em função do indevido manuseio Falta periódica de espaço para o armazenamento dos produtos Perdas financeiras em função de: queda de preços, existência de estoques

obsoletos e de baixo giro Danificação dos produtos por ocasião de inventários

4. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

Conceito: é a definição dos grupos de materiais utilizados por uma empresa, de acordo com suas reais necessidades.

Fatores de Influência: similaridade, fabricante, uso e aplicação.

5. CODIFICAÇÃO

Finalidade: permite que os materiais em estoque possam ser facilmente identificados, controlados e fornecidos com o menor risco de erro.

Sistemas Utilizados: alfabético; numérico; alfa numérico; decimal/universal; código de barras; código por cores; código por sinais; código por som.

6. ARMAZENAMENTO

Conceito: o armazenamento de materiais nos espaços de estocagem tem como regra o melhor aproveitamento da área disponível, com a melhor utilização dos espaços nos sentidos vertical e horizontal.

6.1. FATORES DE INFLUENCIA

Rotatividade; peso; ordem de entrada e saída; similaridade; valor unitário; carga unitária de recebimento e distribuição.

6.2. BENEFÍCIOS ESPERADOS

Melhor rendimento operacional Redução de perdas Diminuição de acidentes de trabalho Otimização do tempo de movimentação dos materiais Melhor aproveitamento da área disponível Propiciar condições físicas satisfatórias para melhor proteção e

preservação de materiais Facilitar as operações de inventario e circulação Tornar a localização mais fácil e rápida

7. LAY OUT

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Conceito: entende-se por lay out a distribuição física dos equipamentos e armazenamento na área definida para este fim. (almoxarifado)

7.1. OBJETIVO DE UM BOM LAY OUT

Melhor aproveitamento da área útil disponível Dar agilidade ao processo de recebimento, armazenamento e distribuição dos

materiais Reduzir o custo operacional de estocagem

7.2. METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE LAY OUT

Conhecer as características físicas da área disponível Conhecer o fluxo operacional de movimentação dos estoques Conhecer o tipo e características dos materiais a serem estocados Conhecer antecipadamente os equipamentos de armazenamento a serem

utilizados Definir o tipo de transporte a ser utilizados na movimentação dos materiais Definir as normas de armazenamento Determinar as mediadas de segurança para o perfeito funcionamento

8. CONTROLES GERENCIAIS

Ficha controle de estoque Requisição de materiais Solicitação de compras Posição mensal de estoque

9. CURVA ABC DAS MATÉRIAS-PRIMAS

A mais importante técnica para administrar os estoques é a chamada análise ABC.

A forma prática da aplicação de análise ABC, obtêm-se por ordenação dos itens em função do seu valor relativo.

A técnica ABC, é a única que trás resultados imediatistas em fase da sua simplicidade de aplicação.

Uma vez que consegue-se ordenar todos os itens pelo seu valor relativo, passa-se a classificá-los em três grupos chamados A, B e C, conforme exemplo a seguir:

Classe A, neste grupo, incluem-se todos os itens de valor elevado e portanto, são os que requerem maior cuidado por parte do administrador de matéria-prima.

Classe B, incluem-se os itens de valor intermediativos; e

Classe C, mantém-se os itens de menos valor relativo.

Assim, divide-se o inventário em três classes.

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Classe A, que requer controle rigoroso;

Classe B, que requer um controle menos rigoroso;

Classe C, que requer um controle apenas rotineiro.

10. TIPOS DE ESTOQUES

Estoques de matérias-primas: são todos os itens utilizados nos processos de transformação em produtos acabados. Todos os materiais armazenados que a empresa compra para usar no processo produtivo fazem parte do estoque matérias-primas, independentemente de serem materiais diretos, que se incorporam ao produto final, ou indiretos, que não se incorporam ao produto final.

Estoques de produtos em processo: correspondem a todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais que começam a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizados.

Estoques de produtos acabados: são todos os itens que já estão prontos para serem entregues aos consumidores finais. São os produtos finais da empresa. Os produtos acabados são bem conhecidos por nós em nosso dia-a-dia, e itens como os de revenda enquadram-se nesta categoria.

Estoques em trânsito: correspondem a todos os itens que já foram despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que ainda não chegaram a seu destino final.

Estoques em consignação: são os materiais que continuam sendo propriedade do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso contrário são devolvidos sem ônus. Os materiais como recursos que são, recebem as seguintes denominações:

Materiais diretos: Também denominados materiais produtivos ou matérias-primas, são aqueles que se agregam ao produto final, isto é, saem como produto final. Exemplo: pneus de automóvel e o copo de um liquidificador.

Materiais indiretos: Também denominados materiais não produtivos ou materiais auxiliares, são aqueles que não se agregam, isto é não saem como produto final. Exemplos: óleos de corte das máquinas e ferramentas que são utilizados na usinagem de um material direto.

11. NÍVEIS DE ESTOQUE

O estudo dos níveis de estoque dos produtos de uma empresa é que possibilita ao gerente traçar sua linha de ação com relação ao planejamento.

11.1. Elementos que possibilitam a determinação dos níveis de estoque

Intervalo de ressuprimento Tempo de ressuprimento

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Quantidade de ressuprimento Ponto de ressuprimento Estoque mínimo Estoque máximo

12. ESTOQUE MÍNIMO

O estoque mínimo ou também chamado estoque de segurança, determina a quantidade mínima que existe no estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no suprimento e objetivando a garantia do funcionamento eficiente do processo produtivo, sem o risco de faltas.

Est. Mín. = Consumo médio mensal x PTR (% de atraso do tempo de reposição)

PTR = prazo de entrega/ 30 dias

13. ESTOQUE MÁXIMO

É a quantidade máxima que se deve ter armazenado de um determinado produto, o estoque máximo serve de indicador para não se cometer excessos de ordem financeira.

Est. Máx. = Estoque mínimo + Lote de Reposição (qtd adquirida em 1 mês)

14. PONTO DE RESSUPRIMENTO

É a quantidade de produtos que ao ser atingida pelo consumo operacional, determina o momento de emissão de um novo pedido de compra, o pedido de ressupriemnto.

PR = Consumo médio mensal x PTR x Est. Mín.

15. QUANTIDADE DE RESSUPRIMENTO

É quantidade de produtos destinada a completar o nível operacional de estoque consumido no intervalo de ressuprimento (QR).

QR = Consumo médio mensal x IR (intervalo de tempo entre duas compras consecutivas)

16. TEMO DE RESSUPRIEMNTO

É o tempo decorrido entre a data em que o produto é solicitado e a data em que é recebido em condições de uso.

17. GIRO DO ESTOQUE

O giro do estoque, ou rotatividade, é uma relação existente entre o consumo anual e o estoque médio do produto.

Giro = consumo médio anual / estoque médio

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Exemplo: o consumo anual de um item foi de 800 unidades e o estoque médio, de 100 unidades. O giro seria:

Giro = 800/100 = 8

18. ANTIGIRO DO ESTOQUE

O antigiro ou taxa de cobertura indica quantos meses de consumo equivalem ao estoque real ou ao estoque médio.

Antigiro = estoque médio / consumo

Exemplo: um item que tem um estoque de 3.000 unidades é consumido a uma taxa de 2.000 unidades por mês. Quantos meses o estoque cobre a taxa de consumo?

Antigiro= 3000 / 2000 = 1, 5 meses

19. JUST IN TIME

Just In Time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. O just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de Produção ou produção enxuta.

Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados.

O conceito desse sistema está relacionado ao de produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo.