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Gesto do Patrimnio na Cmara De acordo
com a IN 70 do TCE/PR
Dia 4 - das 13h30 s 17h
A Gesto do Patrimnio na Cmara Municipal
Dia 5 - das 9h s 12h
Providncias Patrimoniais Indicadas pelo TCE/PR
Dia 5 - das 13h30 s 17h
Os Registros Patrimoniais na Cmara Municipal
Dia 6 - das 9h s 12h
O Controle do Patrimnio na Cmara Municipal
A Unipblica
Conceituada Escola de Gesto Municipal do sul do pas, especializada em capacitao e treinamento de agentes
pblicos atuantes em reas tcnicas e administrativas de prefeituras, cmaras e rgos da administrao indireta, como fundos,
consrcios, institutos, fundaes e empresas estatais nos municpios.
Os Cursos
Com diversos formatos de cursos tcnicos presenciais e distncia (e-learning/online), a escola investe na qualidade
e seriedade, garantindo aos alunos:
- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder pblico
- Professores especializados e atuantes na rea (Prtica)
- Certificados de Participao digitalizado
- Material complementar de apoio (leis, jurisprudncias, etc)
- Tira-dvidas durante realizao do curso
- Controle biomtrico de presena (impresso digital)
- Atendimento personalizado e simptico
- Rigor no cumprimento de horrios e programaes
- Fotografias individuais digitalizadas
- Apostilas e material de apoio
- Coffee Breaks em todos os perodos
-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impresso de certificado, grade do curso, currculo completo dos
professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat
entre alunos e contato com a escola.
Pblico Alvo
- Servidores e agentes pblicos (secretrios, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,
atuantes na rea de licitao, recursos humanos, tributao, sade, assistncia social e demais departamentos) .
- Autoridades Pblicas, Vereana e Prefeitos (a)
Localizao
Nossa sede est localizada em local privilegiado da capital do Paran, prximo ao Calado da XV, na Rua Des.
Clotrio Portugal n 39, com estrutura prpria apropriada para realizao de vrios cursos simultaneamente.
Feedback
Todos os cursos passam por uma avaliao criteriosa pelos prprios alunos, alcanando ndice mdio de satisfao
9,3 no ano de 2014, graas ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.
Transparncia
Embora no possua natureza jurdica pblica, a Unipblica aplica o princpio da transparncia de seus atos mantendo
em sua pgina eletrnica um espao especfico para esse fim, onde disponibiliza alm de fotos, depoimentos, notas de
avaliao dos alunos e todas as certides de carter fiscal, tcnica e jurdica.
Qualidade
Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeioamento e avano dos servios pblicos, a Unipblica
investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critrio, define seu corpo docente.
Misso
Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informaes e ensinamentos gerais e especficos sobre suas
respectivas reas de atuao e contribuir com:
a) a promoo da eficincia e eficcia dos servios pblicos
b) o combate s irregularidades tcnicas, evitando prejuzos e responsabilizaes tanto para a populao quanto para
os agentes pblicos
c) o progresso da gesto pblica enfatizando o respeito ao cidado
Viso
Ser a melhor referncia do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfao aos
seus alunos, cidados e entidades pblicas.
Valores
Reputao ilibada
Seriedade na atuao
Respeito aos alunos e equipe de trabalho
Qualidade de seus produtos
Modernizao tecnolgica de metodologia de ensino
Garantia de aprendizagem
tica profissional
SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!
Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898
www.unipublicabrasil.com.br
Programao: Dia 4 - das 13h30 s 17h
A Gesto do Patrimnio na Cmara Municipal
1 Os bens da Cmara Municipal:
a) natureza jurdica
b) gesto
c) o registro
d) o controle
e) regras para aquisio
f) regras para desfazimento
2 Conceito de patrimnio pblico
3 Classificao
4 Afetao e desafetao
5 Regras para o repasse a terceiros
6 Imprescritibilidade (usucapio)
7 Impenhorabilidade
8 O uso por terceiros:
a) autorizao
b) permisso
c) concesso administrativa
d) concesso de direito real de uso
e) cesso de uso
9 Propriedade e domnio
Dia 5 - das 9h s 12h
Providncias Patrimoniais Indicadas pelo TCE/PR
Providncias Patrimoniais Indicadas pelo TCE/PR
1 O Anexo I da Instruo Normativa n 70/12:
a) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos crditos e a dvida ativa
b) Registro de crditos tributrios e no tributrios por competncia
c) Mtodos de ajuste contbil e proviso
d) Reconhecimento, mensurao e evidenciao das obrigaes e provises
e) Mtodos de reconhecimento e mensurao dos passivos e provises
f) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos bens
g) Procedimentos de reconhecimento e mensurao do ativo
h) Prticas de reavaliao e ajuste ao valor recupervel dos ativos
i) Registro de fenmenos econmicos
j) Registros de depreciao, amortizao e exausto do imobilizado
k) Registros de reavaliao e reduo ao valor recupervel dos ativos
l) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos ativos/infraestrutura
m) Inventariar, avaliar e escriturar os bens pblicos
n) Rotinas de manuteno da avaliao dos ativos
o) Rotina de depreciao dos ativos
p) Implementao de sistema de custos
q) Critrios para a apurao de custos
r) Objetos para efeito de apurao de custos (programas e servios)
s) Plano de contas, detalhado no nvel exigido para a consolidao das contas
t) Integralizar o plano de contas do TCE-PR para efeito do SIM-AM
u) Demais aspectos patrimoniais previstos no manual de contabilidade
v) Mtodos de custo ou de equivalncia patrimonial nas participaes
x) Controles das movimentaes de estoque/almoxarifado
y) Novos demonstrativos contbeis aplicados ao setor pblico (DCASP)
w) Demonstraes conforme o novo DCASP
2 Outras orientaes cabveis
Dia 5 - das 13h30 s 17h
Os Registros Patrimoniais na Cmara Municipal
1 Observaes sobre o controle patrimonial
2 Indicao de bens a patrimoniar
3 A reavaliao do patrimnio
4 Arquivos que compe o mdulo patrimnio no SIM-AM
5 Estudo dos layouts dos arquivos
6 Detalhamento dos Arquivos a serem enviados ao TCE
7 Principais erros no Processamento dos Arquivos
8 Interpretao dos erros de Verificao
9 Aplicao prtica
10 Estudo de casos
Dia 6 - das 9h s 12h
O Controle do Patrimnio na Cmara Municipal
1 Tipos de Controles na Cmara Municipal:
a) controle interno
b) controle externo
2 As fases do controle de patrimnio:
a) Recepo
b) registro
c) Tombamento
d) armazenamento
e) distribuio
f) as baixas
3 Cuidados no controle patrimonial:
a) localizao
b) ponto de pedido
c) mtodo abc
d) controle de qualidade
e) inventrio fsico
f) atualizao e registros de estoque
g) reconciliaes e ajustes
h) auditoria simplificada
i) segurana no almoxarifado
4 A Transparncia Pblica e o controle do patrimnio
5 Fornecimento de modelos de Normatizaes
Professores:
Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administrao Pblica e Direito Constitucional.
Joo Henrique Mildenberger: Contador e consultor. Formado em cincias contbeis em 2000 pela universidade
estadual do centro oeste Unicentro 2000. Especialista em administrao e contabilidade pblica 2002 pela Unibrasil.
Especialista em controladoria interna 2004 pela universidade estadual do centro oeste Unicentro Especialista em
licitaes e contratos administrativos Auditor independe voltado para a rea pblica Especialista em sim am tce pr.
atua como contador e consultor apenas na rea contbil pblica .
Sumrio
A GESTO DO PATRIMNIO NA CMARA MUNICIPAL.......................................... 1
PROVIDNCIAS PATRIMONIAIS INDICADAS PELO TCE/PR .................................. 5
OS REGISTROS PATRIMONIAIS NA CMARA MUNICIPAL .................................. 17
O CONTROLE DO PATRIMNIO NA CMARA MUNICIPAL ................................. 31
ANEXO 1 (CONT. PROVIDNCIAS PATRIMONIAIS INDICADAS PELO TCE/PR)..45
1
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
A GESTO DO PATRIMNIO NA CMARA
MUNICIPAL
Jonias de O. e Silva
1Gesto do Patrimnio
Nos moldes da Constituio Federal de 1988, a Cmara Municipal possui independncia patrimnio relativa,
pois, poder (dever) realizar alguns atos, mas outros devero ser repassados para o Poder Executivo.
Vejamos a seguir, os principais pontos atinentes ao patrimnio pblico municipal:
1.1 - Conceito:
Bens Pblicos so todos aqueles que integram o patrimnio da Administrao Pblica direta e indireta. Todos
os demais so considerados particulares.
So pblicos os bens de domnio nacional pertencentes as pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros
so particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem (art. 98 do CC). As empresas pblicas e as sociedades de
economia, embora sejam pessoas jurdicas de direito privado, integram as pessoas jurdicas de direito pblico interno,
assim os bens destas pessoas tambm so pblicos.
1.2 - Classificao:
O artigo 99 do Cdigo Civil utilizou o critrio da destinao do bem para classificar os bens pblicos.
Bens de uso comum: So aqueles destinados ao uso indistinto de toda a populao. Ex: Mar, rio, rua, praa,
estradas, parques (art. 99, I do CC).
O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da
pessoa jurdica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoolgico. O uso desses bens pblicos
oneroso.
Bens de uso especial: So aqueles destinados a uma finalidade especfica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fruns,
quartel, museu, reparties publicas em geral (art. 99, II do CC).
Bens dominicais: No esto destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial. Constituem o
patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas
entidades (art. 99, III do CC).
Os bens dominicais representam o patrimnio disponvel do Estado, pois no esto destinados e em razo disso
o Estado figura como proprietrio desses bens. Ex: Terras devolutas.
1.3 - Afetao e desafetao:
Afetao consiste em conferir ao bem pblico uma destinao. Desafetao (desconsagrao) consiste em
retirar do bem aquela destinao anteriormente conferida a ele.
2
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Os bens dominicais no apresentam nenhuma destinao pblica, ou seja, no esto afetados. Assim, so os
nicos que no precisam ser desafetados para que ocorra sua alienao.
1.4 - Regime jurdico:
Inalienabilidade
Imprescritibilidade
Impenhorabilidade
1.5 -Inalienabilidade:
Regra geral: Os bens pblicos no podem ser alienados (vendidos, permutados ou doados).
Exceo: Os bens pblicos podem ser alienados se atenderem aos seguintes requisitos:
Caracterizao do interesse pblico.
Realizao de pesquisa prvia de preos. Se vender abaixo do preo causando atos lesivos ao patrimnio pblico
cabe ao popular.
Desafetao dos bens de uso comum e de uso especial: Os bens de uso comum e de uso especial so inalienveis
enquanto estiverem afetados. - Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto
conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar (art. 100 do CC).
Os bens dominicais no precisam de desafetao para que sejam alienados. - Os bens pblicos dominicais
podem ser alienados, observadas as exigncias da lei (art. 101 do CC).
Necessidade de autorizao legislativa em se tratando de bens imveis (art. 17 da lei 8666/93). Para bens mveis no
h essa necessidade.
Abertura de licitao na modalidade de concorrncia ou leilo: O legislador trouxe no artigo 17 algumas hipteses de
dispensa de licitao:
Dispensa de licitao para imveis:
o Dao em pagamento (art. 17, I, a da Lei 8666/93).
o Doao, permitida exclusivamente para outro rgo ou entidade da Administrao Pblica, de qualquer esfera de
Governo (art. 17, I, b da Lei 8666/93).
o Permuta, por outro imvel que atende os requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei (art. 17, I, c da Lei
8666/93).
o Investidura (art. 17, I, d da Lei 8666/93).
o Venda a outro rgo ou entidade da Administrao Pblica, de qualquer esfera de governo (art. 17, I, e da Lei
8666/93).
o Alienao, concesso de direito real de uso, locao ou permisso de uso de bens imveis construdos e destinados
ou efetivamente utilizados no mbito de programas habitacionais de interesse social, por rgos ou entidades da
Administrao Pblica especificamente criados para esse fim (art. 17, I, f da Lei 8666/93).
Dispensa de licitao para mveis:
o Doao, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, aps a avaliao de sua oportunidade e
convenincia scio-econmica, relativamente escolha de outra forma de alienao (art. 17, II, a da Lei 8666/93).
o Permuta, permitida exclusivamente entre rgos ou entidades da Administrao Pblica (art. 17, II, b da Lei
8666/93).
o Venda de aes, que podero ser negociadas na bolsa, observada a legislao especfica (art. 17, II, c da Lei
8666/93).
o Venda de ttulos, na forma da legislao pertinente (art. 17, II, d da Lei 8666/93).
o Venda de bens produzidos ou comercializados por rgos ou entidades da Administrao Pblica, em virtude de
suas finalidades (art. 17, II, e da Lei 8666/93).
o Venda de materiais e equipamentos para outros rgos ou entidades da Administrao Pblica, sem utilizao
previsvel por quem deles dispe (art. 17, II, f da Lei 8666/93).
Principais pontos de suma importncia na anlise do repasse de bens pblicos aos particulares:
a) TODO APOIO INICIATIVA PRIVADA DEVER TER PREVISO LEGAL
b) O OBJETIVO DO APOIO DEVER ESTAR CLARAMENTE PREVISTO
c) A RECEBEDORA DEVER ASSUMIR COMPROMISSOS
d) NO CASO DE BENS IMVEIS, A DOAO OU CONCESSO DEPENDER DE AUTORIZAO
LEGISLATIVA
e) PREFERIR SEMPRE A CONCESSO AO INVS DE DOAO
f) EM ALGUNS CASOS, O APOIO DEVER SER OBJETO DE LICITAO
g) AUTORIDADES PBLICAS E SERVIDORES NO PODERO RECEBER APOIO (RECURSOS E BENS) DA
ADMINISTRAO
h) A REVERSO PODE OCORRER POR AO JUDICIAL PRPRIA (prescrio em 20 anos)
3
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Ressalte-se que o repasse de bens pblicos para agentes pblicos proibido, assim como para igrejas (art. 19 da
Constituio Federal).
1.6 -Imprescritibilidade:
a caracterstica dos bens pblicos que impedem que sejam adquiridos por usucapio. Os imveis pblicos,
urbanos ou rurais, no podem ser adquiridos por usucapio.
Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio (art. 183 e 191, pargrafo nico da CF). Os bens pblicos
no esto sujeitos a usucapio (art. 101 do CC).
Desde a vigncia do Cdigo Civil (CC/16), os bens dominicais, como os demais bens pblicos, no podem ser
adquiridos por usucapio (smula 340 do STF).
1.7 - Impenhorabilidade:
a caracterstica dos bens pblicos que impedem que sejam eles oferecidos em garantia para cumprimento das
obrigaes contradas pela Administrao junto a terceiros.
Os bens pblicos no podem ser penhorados, pois a execuo contra a Fazenda Pblica se faz de forma
diferente. exceo dos crditos de natureza alimentcia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual, ou
Municipal, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos
precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou pessoas nas dotaes oramentrias e
nos crditos adicionais abertos para este fim (art. 100 da CF).
Regra geral: A execuo contra a Fazenda se faz atravs da expedio de precatrios (ttulos emitidos a partir de
sentena com trnsito em julgado que o torna legitimo credor da Administrao Pblica). S sero includos no
oramento os precatrios apresentados at 01/07, pois nesta data que comea a discusso do oramento para o ano
seguinte (art. 100, 1 da CF).
Ordem cronolgica de apresentao dos precatrios: Os precatrios devem ser liquidados na ordem cronolgica de
sua apresentao e no podem conter nome de pessoas e nem dados concretos (princpio da impessoalidade).
O pagamento fora da ordem cronolgica de sua apresentao pode gerar, por parte do credor prejudicado, um pedido de
seqestro de quantia necessria a satisfao do seu dbito, alm da possibilidade interveno federal ou estadual As
dotaes oramentrias e os crditos abertos sero consignados diretamente ao Poder Judicirio, cabendo ao Presidente
do Tribunal que proferir a deciso exeqenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depsito, e
autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedncia, o
seqestro da quantia necessria satisfao do dbito (art. 100, 2 da CF).
O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidao
regular de precatrio incorrer em crime de responsabilidade (art. 100, 6 da CF).
Liquidao dos precatrios:
o Sero Liquidados at o ltimo dia do exerccio financeiro seguinte (art. 100, 1 da CF).
o A EC 30/00 determinou que os precatrios pendentes em 2000 e os que decorram de ao ajuizada at 31/12/99
sero liquidados por seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestaes anuais, iguais e
sucessivas, no prazo mximo de 10 anos, permitida a cesso de crditos.
A regra de parcelamento no pagamento de precatrios no se aplica aos crditos de pequeno valor assim
definidos em lei, os de natureza alimentcia, os de que trata o art. 33 dos ADCT e suas complementaes e os que j
tiverem seus respectivos recursos liberados ou depositados em juzo. - Ressalvados os crditos definidos em lei como
de pequeno valor, os de natureza alimentcia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias e suas complementaes e os que j tiveram os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juzo,
os precatrios pendentes na data de promulgao desta emenda e os que decorrerem de aes iniciais ajuizadas at 31 de
dezembro de 1999 sero liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescentado juros legais, em prestaes
anuais iguais e sucessivas, no prazo mximo de dez anos, permitida a cesso de crditos (art 78 dos ADCT).
As prestaes anuais a que se refere o caput deste artigo tero, se no liquidadas at o final do exerccio a que se
referem, poder liberatrio do pagamento de tributos da entidade devedora (art. 78, 2 dos ADCT). Assim, se o Poder
Pblico no pagar o precatrio no primeiro ano, o particular pode ser liberado do pagamento de tributos. Esta norma
sobre compensao legal depende de lei que ainda no veio.
o A EC 37/02 determinou a aplicao do artigo 100 aos dbitos da Fazenda Pblica decorrentes de sentenas judiciais
transitadas em julgado, desde que presentes os seguintes requisitos: J ter sido objeto de emisso de precatrios
judicirios; ter sido definido como de pequeno valor pela lei de que trata o 3 do art. 100 da CF ou pelo 87 dos ADCT;
estar total ou parcialmente pendente de pagamento na data da publicao da EC 37/02 (art. 86 dos ADCT).
Essa emenda estabeleceu uma regra transitria at a edio das leis definidoras de pequeno valor.
Exceo: Crditos alimentares: Tambm dependem de precatrios e sero liquidados na ordem cronolgica de sua
apresentao, mas formam uma fila a parte em relao aos demais.
4
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
A execuo prevista no art. 100 caput, da Constituio, em favor dos crditos de natureza alimentar no dispensa a
expedio de precatrios, limitando-se a isenta-los da observncia da ordem cronolgica dos precatrios decorrentes de
condenaes de outra natureza (Smula 655 do STF).
Os dbitos de natureza alimentar compreendem aqueles decorrentes de salrios, vencimento, proventos, penses e suas
complementaes, benefcios previdencirios e indenizaes por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil,
em virtude de sentena transitada em julgado (art. 100, 1-A da CF).
Crditos de pequeno valor: O disposto no caput deste artigo relativamente expedio de precatrios no se
aplica aos pagamentos de obrigaes definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital
ou Municipal deve fazer em virtude de sentena judicial transitada em julgado (art. 100, 3 da CF).
O art. 87 do ADCT trazia a definio de pequeno valor, mas como os entes da federao j fixaram os limites
em lei, no vale mais o ADCT. A lei pode fixar valores distintos para o fim previsto no 3 deste artigo, segundo as
diferentes capacidades das entidades de direito pblico (art. 100, 5 da CF).
So vedados a expedio de precatrio complementar ou suplementar de valor pago, bem como fracionamento,
repartio ou quebra do valor de execuo, a fim de que seu pagamento no se faa, em parte, na forma do estabelecido
no 3 deste artigo e, em parte mediante expedio de precatrio (art. 100, 4 da CF).
1.8 -Uso dos bens pblicos:
As regras sobre o uso do bem pblico so de competncia daquele que detm a sua propriedade, isto da
Unio, dos Estados, Municpios e Distrito Federal.
competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios zelar pela guarda da Constituio,
das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico (art. 23, I da CF).
Os Municpios podero constituir guardas municipais destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes,
conforme dispuser a lei (art. 144, 8 da CF). Ex: Para se fazer uma passeata no necessrio autorizao, mas deve-se
avisar o Poder Pblico para preservao dos bens dos quais tenha titularidade.
1.9 -Instrumentos para transferncia do uso do bem publico para particulares:
O uso dos bens pblicos pode ser feito pela prpria pessoa que detm a propriedade ou por particulares, quando
for transferido o uso do bem pblico. Tal transferncia se da atravs de autorizao, concesso e permisso de uso.
Autorizao de uso: o ato administrativo unilateral, discricionrio e precarssimo atravs do qual transfere-se o
uso do bem pblico para particulares por um perodo de curtssima durao. Libera-se o exerccio de uma atividade
material sobre um bem pblico. Ex: Empreiteira que esta construindo uma obra pede para usar uma rea publica, em que
ir instalar provisoriamente o seu canteiro de obra; Fechamento de ruas por um final de semana; Fechamento de ruas do
Municpio para transportar determinada carga.
Difere-se da permisso de uso de bem pblico, pois nesta o uso permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorizao o
prazo mximo estabelecido na Lei Orgnica do Municpio de 90 dias (Ex: Circo, Feira do livro).
Permisso de uso: o ato administrativo unilateral, discricionrio e precrio atravs do qual transfere-se o uso do
bem pblico para particulares por um perodo maior que o previsto para a autorizao. Ex: Instalao de barracas em
feiras livres; instalao de Bancas de jornal; Box em mercados pblicos; Colocao de mesas e cadeiras em caladas.
Concesso de uso:
Concesso comum de uso ou Concesso administrativa de uso: o contrato por meio do qual delega-se o uso de um
bem pblico ao concessionrio por prazo determinado. Por ser direito pessoal no pode ser transferida, inter vivos ou
causa mortis, a terceiros. Ex: rea para parque de diverso; rea para restaurantes em Aeroportos; Instalao de
lanchonetes em zoolgico.
Concesso de direito real de uso: o contrato por meio do qual delega-se se o uso em imvel no edificado para
fins de edificao; urbanizao; industrializao; cultivo da terra. (Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso
do bem.
Cesso de uso: o contrato administrativo atravs do qual transfere-se o uso de bem pblico de um rgo da
Administrao para outro na mesma esfera de governo ou em outra.
1.10 Quanto titularidade dos bens imveis, o TCE/PR j se manifestou, pelo Acrdo n 1428/10, nos seguintes
termos:
...o Poder Legislativo Municipal no possui personalidade jurdica; logo, a titularidade de bem imvel e a realizao de
operaes creditcias cabem ao Municpio, representado pelo Chefe do Poder Executivo. Destarte, nos assuntos
imobilirios, a atuao deve ser conjunta entre os dois Poderes, cabendo ao Legislativo a iniciativa do processo legal, a
realizao do processo licitatrio, bem como o nus oramentrio, e ao Executivo, a assinatura da escritura pblica,
figurando, pois, como detentor do Registro Imobilirio.
De idntica forma, o TCE/PR tambm se manifestou (acrdo n 791/08) pela impossibilidade de doao de
bens por parte da Cmara de Vereadores:
...a Cmara Municipal no pode efetuar a doao pretendida, pois no tem competncia para dispor do patrimnio
municipal, consignando que a assistncia social misso da Prefeitura e no do Legislativo Municipal...
5
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
PROVIDNCIAS PATRIMONIAIS INDICADAS PELO
TCE/PR
Joo Henrique Mildenberger
A instruo normativa 70/2012
INSTRUO NORMATIVA N 70/12
Altera a Instruo Normativa n 58, de 09 de junho de 2011, que dispe sobre as remessas bimestrais de informaes ao
Sistema de Informaes Municipais, Acompanhamento Mensal, e d outras providncias.
O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARAN, no uso da atribuio que lhe confere o art 2, I, da Lei
Complementar n 113, de 15 de dezembro de 2005, e nos termos do art. 193 c/c art. 216, do Regimento Interno,
RESOLVE Art. 1. Os artigos da Instruo Normativa n 58, de 09 de junho de 2011, a seguir enumerados, passam a vigorar
com as seguintes alteraes:
Art. 2.
...
3. As disposies desta Instruo Normativa aplicam-se aos consrcios intermunicipais, nos termos da Lei
Complementar Estadual n 113/05, inclusive quanto ao disposto nos arts. 16 e 19, da mesma norma.
Art. 9.
...
XXXI - Consrcios pblicos O recurso recebido pelo Consrcio de seus associados para custeio do contrato de
rateio ser controlado em conta do passivo circulante, procedendose baixa, em contrapartida com a realizao da
receita, por ocasio da comprovao de sua aplicao ao participante, mediante boletim de despesa ou relatrio
correspondente;
...
6
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
XXXIII - Consrcios Pblicos As participaes em empresas e em consrcios pblicos devem ser atualizadas
pelo mtodo da equivalncia patrimonial, o mesmo ocorrendo nas parcerias pblico-privadas na proporo do
patrocnio realizado pela Administrao.
Art. 11. A disponibilizao dos relatrios e demonstrativos mencionados no art. 10, desta Instruo Normativa
ser realizada de acordo com a ordem de solicitao, devendo ser considerado pelas Entidades solicitantes um prazo
mnimo de 48 (quarenta e oito) horas entre a solicitao e a liberao.
Art. 13.
...
2. Os poderes municipais mantero arquivos em forma impressa, magntica ou digital das divulgaes do
Relatrio de Gesto Fiscal e do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria.
Art. 16.
...
III c)
...
2. n da matrcula.
...
d)
...
2. n da matrcula.
...
1. As informaes referentes despesa por fornecedor, pessoa fsica ou jurdica beneficiria de pagamento,
consideram as empenhadas, liquidadas e pagas e ainda os desembolsos financeiros que no decorram da execuo
oramentria, exceto no caso de folha de pagamento de pessoal e de benefcios previdencirios.
Art. 18.
...
2. A regra de incluso contida nos incisos II e III do 1 deste artigo no considera a publicidade das peas
contbeis referidas no art. 16, II, cuja aplicao sujeita as entidades de administrao direta e indireta dos poderes
executivo e legislativo do municpio, incluindo os consrcios, e cuja divulgao dever ocorrer no mximo at o
encerramento do ms seguinte ao respectivo aos registros contbeis retratados pelos demonstrativos.
Art. 22.
...
3. As entidades municipais mantero arquivados e em boa ordem os livros da contabilidade emitidos, cuja
formalizao observar as normas aplicveis ao assunto.
Art. 24. O Dirio elaborado em forma no digital dever constituir volumes mensais, com numerao
mecnica ou tipogrfica das folhas em ordem sequencial, da primeira do ms de janeiro at a ltima do ms de
dezembro, e conter os Termos de Abertura e Encerramento firmados pelo gestor da entidade e pelo responsvel
tcnico pela contabilidade, regularmente habilitado.
Art. 33.
...
6. Os recursos financeiros do fundo sero controlados por cdigo de fonte especfico, cujo dgito indicar o
grupo de receitas 3 - arrecadao do exerccio anterior, da estrutura da tabela de fontes.
Art. 38.
...
1. O Fundo Municipal de Sade poder adotar contabilidade prpria ou contabilidade centralizada no rgo
gestor.
2. Em qualquer dos casos, h a obrigatoriedade de inscrio do Fundo Municipal de Sade no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ), por fora da Instruo Normativa n 1.183, de 19 de agosto de 2011, observada a
natureza determinada na Instruo n 1.143, de 1 de abril de 2011, ambas da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
3. As contas correntes bancrias destinadas movimentao dos recursos sero abertas em nome do Fundo
Municipal de Sade, observando-se o disposto no art. 9, 1, XXII, e o art. 45, desta Instruo Normativa.
...
6. O planejamento das aes e servios pblicos de sade do Municpio dever atender o disposto na Lei
Complementar n 141/2012 e ser estruturado segundo o Plano de Sade aprovado nos termos do art. 36 da Lei Orgnica
da Sade Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990.
7. O Plano de Sade do Municpio contemplar os objetivos, metas e prioridades da ao do Municpio,
definidos conforme a sistemtica estabelecida no 1, do art. 30 da Lei Complementar n 141/2012, devendo apresentar
compatibilidade com os resultados fsicos e financeiros contidos na programao anual de sade.
8. A programao anual de sade e sua execuo devero observar as normas da Lei Complementar n
141/2012, que regulamenta a Emenda Constitucional n 29/00.
7
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9. O gestor do Fundo Municipal de Sade elaborar Relatrio detalhado referente ao quadrimestre anterior, o
qual conter, no mnimo, as seguintes informaes
...
10. O gestor do Fundo apresentar os relatrios quadrimestrais em audincia pblica, at o final dos meses de
maio, setembro e fevereiro, no mesmo contexto da audincia estabelecida pela LRF para avaliao do cumprimento das
metas fiscais da Lei de Diretrizes Oramentrias.
Art. 39.
...
Pargrafo nico. O Regimento Interno do Conselho Municipal de Sade definir os prazos para a remessa dos
relatrios quadrimestrais e o relatrio anual, prevendo cronograma adequado ao desenvolvimento do exerccio de suas
competncias de anlise e parecer, e os prazos de prestao de contas ao Tribunal e o 1 do art. 36, da Lei
Complementar n 141/2012.
Art. 41. O Prefeito Municipal e o Presidente da Cmara firmaro Declaraes de Realizao de Audincias
Pblicas quadrimestrais na Cmara Municipal, na qual o gestor da sade local apresentou as demonstraes da
execuo do plano de sade do Municpio, as auditorias concludas ou iniciadas no perodo, bem como sobre a oferta e
produo de servios na rede assistencial prpria, contratada ou conveniada, atendendo ao art. 12, da Lei n 8.689/93.
Art. 44. Os sistemas de controle interno das administraes sujeitas a esta Instruo devero incluir em seus
processos de trabalho instrumentos de verificao da preservao e disponibilidade permanente da documentao que
d suporte aos registros contbeis e procedimentos administrativos, notadamente:
Art. 45.
...
1. A movimentao dos recursos ser efetivada preferencialmente pelos meios eletrnicos ofertados pelo
sistema bancrio, na forma de avisos de crdito, ordem bancria, transferncia eletrnica disponvel ou por outros
servios da mesma natureza disponibilizados pelas Instituies Financeiras, em que fique identificada a sua destinao
e, no caso de pagamento, o credor.
2. Quaisquer pagamentos realizados por cheque, obrigatoriamente nominal ao credor e cruzado, conter a
descrio justificativa no verso do cheque e no processo, devendo o Controle Interno ser comunicado sempre que o
valor do cheque for superior a R$ 5.400,00 (cinco mil e quatrocentos reais).
Art. 52. A entidade manter as declaraes anuais de bens e valores de seus servidores e funcionrios, para fins de
cumprimento do art. 7, c/c art. 4 da Lei n 8.730/93 e no art. 13 da Lei n 8.429/92.
Art. 54. As remessas de dados ao SIMAM do Tribunal de Contas sero realizadas de conformidade com a
agenda de obrigaes para o exerccio, aprovada por Instruo Normativa especfica.
...
3. O processamento da recepo de dados e a realizao dos testes de validao de consistncia sero
efetivados de acordo com a ordem de encaminhamento, podendo demandar prazo no inferior a 48 (quatro e oito) horas
entre o envio e a confirmao do recebimento definitivo.
Art. 60. Documento com a descrio das funcionalidades e orientaes para preenchimento das sees de
captao de dados ser divulgado na pgina do Tribunal de Contas na internet.
Art. 66.
...
3. O controle interno poder instituir regulamento local encarregando o responsvel pela transmisso dos
dados da Entidade ao SIM-AM de disponibilizar a este os arquivos que tenham sido exportados no bimestre.
Art. 68.
...
3. As disposies respectivas consolidao de informaes aplicam-se igualmente aos Municpios filiados a
consrcio intermunicipal, em relao ao instrumento formalmente aprovado com fora de oramento do exerccio,
devendo contemplar inclusive o contrato de rateio.
Art. 2. Ficam Acrescidos Instruo Normativa n 58, de 09 de junho de 2011, os seguintes artigos:
Art. 8-A. Fica instituda ferramenta para coleta de dados dos empenhos das administraes municipais via
internet denominando-se, para as referenciaes, Empenhos-web.
1. As administraes sujeitas a esta Instruo Normativa devero transmitir pelo Empenhos-web os dados
dos empenhos por estas emitidos, na forma e contedo constantes do leiaute disponibilizado no portal do Tribunal de
Contas na internet, na seo Entidades Municipais.
2. Os dados correspondentes aos empenhos emitidos no perodo semanal sero transmitidos ao Empenhos-
web no primeiro dia til da semana imediatamente subsequente semana da realizao dos eventos.
3. O no cumprimento do prazo para o preenchimento do Empenhos-web sujeita s penalidades previstas na
Lei Orgnica e no Regimento Interno do Tribunal de Contas.
4. A consistncia dos dados apresentados no mbito do Empenhos-web ser confirmada por ocasio das
remessas bimestrais do SIM-AM correspondentes aos eventos.
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5. A ferramenta de captao Empenhos-web instituda neste artigo destina-se exclusivamente antecipao
da recepo das informaes, de modo que o aceite destas pelo Sistema no pressupe a regularidade do objeto e nem
constitui prejulgamento da despesa, anlise esta sujeita a procedimentos prprios.
Art. 8-B. As entidades sujeitas a esta Instruo Normativa autorizaro as instituies financeiras com as quais
operem a transmitir ao Tribunal de Contas os dados dos extratos de suas contas correntes e das contas de aplicaes
financeiras, para fins do previsto no inciso XV do caput do artigo 8.
1 Os dados dos extratos referidos neste artigo sero transmitidos ao Tribunal de Contas no formato
apresentado no documento eletrnico Definio dos Layouts dos Arquivos de Importao SIM-AM do respectivo
exerccio, disponvel no stio do Tribunal na internet, observado o mesmo prazo estabelecido na agenda de obrigaes
para as remessas referidas no art. 54, desta norma.
2 A comprovao da formalizao de Autorizao de Transmisso de Extratos Bancrios referida no caput,
ser efetivada pela incluso do ato autorizativo de cada conta corrente na base do SIMAM, os quais devero
obrigatoriamente conter prova do recebimento pelo gerentegeral da instituio financeira pertinente, na forma de
carimbo e assinatura.
3 O previsto neste artigo ser desenvolvido e testado no exerccio de 2012, devendo ser implementado e entrar
em operao rotineira e sistemtica a partir de 2013.
Art. 9-A As informaes respectivas modalidade de aplicao no oramento do exerccio de 2012 ficaro limitadas
quanto classificao s combinaes previstas no plano de contas integrante do SIM-AM, sem prejuzo das
conceituaes contidas no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF n 163, de 04 de maio de 2001, e
atualizaes.
1 Quaisquer despesas realizadas na qualidade de consorciado, ou no associado, sero relacionadas a uma das
modalidades de aplicao reservadas para operaes envolvendo consrcios intermunicipais ou associaes congneres,
a saber:
I- (71) Transferncias a Consrcios Pblicos;
II - (72) Execuo Oramentria Delegada a Consrcios Pblicos;
III - (93) Aplicao Direta Decorrente de Operao de rgos, Fundos e Entidades Integrantes dos Oramentos Fiscal e
da Seguridade Social com Consrcio Pblico do qual o Ente Participe;
IV - (94) Aplicao Direta Decorrente de Operao de rgos, Fundos e Entidades Integrantes dos Oramentos Fiscal e
da Seguridade Social com Consrcio Pblico do qual o Ente No Participe.
2 As modalidades de aplicao 93 e 94, introduzidas pela Portaria Conjunta SOF/STN n 05 de 08 de dezembro de
2011, sero utilizadas a partir do oramento do exerccio de 2013.
3 As despesas das modalidades 93 e 94 realizadas em 2012 sero alocadas na modalidade 72, podendo a informao
da caracterstica ser identificada no nvel de desdobramento correspondente ao (tem de despesa, conforme assim se pode
ilustrar: 3.3.72.ee.ss.ii, sendo ee (elemento), ss (subelemento) e ii (93 ou 94, conforme a caracterstica de aplicao que
representar)."
Art. 9-B. O Aporte para Cobertura do Dficit Atuarial do Regime Prprio de Previdncia Social - RPPS, com
escriturao na forma da Portaria Conjunta STN/SOF n 02, de 19 de agosto de 2010 dever atender s seguintes
condies:
I - se caracterize como despesa oramentria com aportes destinados, exclusivamente, cobertura do dficit
atuarial do RPPS conforme plano de amortizao estabelecido em lei especfica;
II - sejam os recursos decorrentes do Aporte para Cobertura de Dficit Atuarial do RPPS utilizados para o
pagamento de benefcios previdencirios dos segurados vinculados ao Plano Previdencirio de que trata o art. 2, inciso
XX, da Portaria MPS n 403, de 10 de dezembro de 2008.
Art. 9-C. As provises e reverses resultantes das reavaliaes atuariais, constantes do laudo atuarial elaborado
por profissional credenciado, devero ser escrituradas em estrita observncia com os detalhamentos do plano de contas
do RPPS, sem prejuzo da correlao exigida para preenchimento do SIM, enquanto no implantado em definitivo o
Plano de Contas Aplicvel ao Setor Pblico (PCASP).
1. As reservas matemticas previdencirias sero registradas no grupo de contas respectivo do Passivo
Exigvel a Longo Prazo do RPPS, devendo estar representadas nas contas de controle do Compensado da contabilidade
do ente.
2. Os crditos a receber do ente somente podero ser reconhecidos no ativo real lquido do RPPS, nas
seguintes condies:
I - os valores estejam devidamente reconhecidos e contabilizados na dvida fundada do ente;
II - o parcelamento dos valores tenha sido formalizado de acordo com as normas estabelecidas pelo Ministrio
da Previdncia Social;
III enquanto o ente federativo se mantiver adimplente em relao ao pagamento das parcelas.
"Art. 9-D Tendo em vista o art. 6 da Portaria n 406, de 20 de junho de 2011, da Secretaria do Tesouro Nacional, com
redao dada por sua Portaria n 231/2012, o Municpio divulgar, at 30 de junho de 2012, em meio eletrnico de
permanente acesso pblico e do Tribunal de Contas, os Procedimentos Contbeis Especficos, respectivos parte III do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (MCASP), que adotar em 2012.
9
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Pargrafo nico. O cronograma de adoo dos Procedimentos Contbeis Patrimoniais, respectivos parte li do MCASP,
que devero ser adotados at 31 de dezembro de 2014, na forma do contedo mnimo descrito no anexo 1, da presente
Instruo, constar do painel de declaraes da seo Entidades Municipais, da pgina do Tribunal de Contas,
juntamente com as declaraes a que se refere o art. 19 da Instruo Normativa n 58/2011."
Art. 16.
...
I-A. Informaes Financeiras no decorrentes da execuo oramentria (depsitos, consignaes, caues e outros
valores a repassar):
a) relao das despesas inscritas (no dia/ms/ano) / (no ms/ano) / (no ano): 1. nmero do processo; 2. credor; 3. descrio; 4. valor. b) relao das despesas pagas (no dia/ms/ano) / (no ms/ano) / (no ano): 1. nmero do processo; 2. credor; 3. descrio; 4. valor.
c) relao dos saldos de credores a pagar, segundo a ordem cronolgica (no dia/ms/ano) / (no ms/ano) / (no
ano):
1. nmero do processo;
2. credor; 3. descrio; 4. valor.
Art. 17-A. O consrcio intermunicipal e entidades congneres que no dispuserem de recursos tecnolgicos
prprios de internet para o cumprimento do art. 16 podero veicular suas informaes no portal eletrnico do ente
consorciado em que estiver sediado, ou no stio do municpio que o represente, no caso de o municpio sede no ser
filiado.
Pargrafo nico. Para efeito do prazo de incluso referido no 1 do art. 18, aplicar-se- ao consrcio
intermunicipal o menor dos prazos cabvel aos entes consorciados.
Art. 22.
...
4. Em caso de escriturao contbil em forma digital, no h necessidade de impresso e encadernao em
forma de livro, porm o arquivo magntico autenticado pelo registro pblico competente deve ser mantido pela
entidade.
Art. 24-A. O Livro Dirio e o Livro Razo elaborados em forma digital devero ser assinados digitalmente pelo
gestor da entidade, pelo responsvel tcnico pela contabilidade, regularmente habilitado, e pelo responsvel pelo
controle interno, e sero autenticados no registro pblico competente.
Art. 38.
...
9.
I - montante e fonte dos recursos aplicados no perodo;
II - auditorias realizadas ou em fase de execuo no perodo e suas recomendaes e determinaes;
III - oferta e produo de servios pblicos na rede assistencial prpria, contratada e conveniada, cotejando esses
dados com os indicadores de sade da populao em seu mbito de atuao.
Art. 40.
...
1. O gestor do Fundo encaminhar a programao anual do Plano de Sade ao respectivo Conselho de Sade,
para aprovao antes da data de encaminhamento da lei de diretrizes oramentrias do exerccio correspondente, qual
ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico.
2. O Conselho Municipal de Sade, com o apoio tcnico do controle interno, fiscalizar o cumprimento das
normas da Lei Complementar n 141/2012, com nfase no que diz respeito:
I - elaborao e execuo do Plano de Sade Plurianual;
II - ao cumprimento das metas para a sade estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias;
III - aplicao dos recursos mnimos em aes e servios pblicos de sade, observadas as regras previstas
nesta Lei Complementar;
IV - s transferncias dos recursos aos Fundos de Sade;
V - aplicao dos recursos vinculados ao SUS;
VI - destinao dos recursos obtidos com a alienao de ativos adquiridos com recursos vinculados sade.
Art. 45.
10
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...
4.
I - os saques em dinheiro para pagamento de despesas de pequeno vulto ficam limitados ao montante total de
10% (dez por cento) do valor estabelecido na alnea "a" do inciso II do art. 23 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993,
a cada exerccio financeiro;
II - o valor de cada pagamento considerado despesa de pequeno vulto no poder ultrapassar 1% (um por cento)
do valor estabelecido na alnea "a" do inciso II do art. 23 da Lei n 8.666, de 1993, vedado o fracionamento de despesa
ou do documento comprobatrio;
III - ser permitida a realizao de saques apenas para os fins de realizao de aes de investigao de surtos,
epidemias e outras emergncias em sade pblica, devidamente configurada, mediante o emprego de recursos
financeiros transferidos do Fundo Nacional de Sade para esta finalidade especfica, nos termos da Portaria n
2707/2011, do Ministro da Sade.
Art. 52.
...
Pargrafo. nico. A declarao de que trata este artigo ser entregue unidade de pessoal do Poder, rgo ou
Entidade Municipal a que estejam vinculados os agentes pblicos, no momento da posse ou, na entrada em exerccio de
cargo, emprego ou funo, bem como na data do trmino da gesto ou do mandato, e nas hipteses de exonerao,
renncia ou afastamento definitivo.
Art. 52-A. O setor de pessoal da Entidade dever manter arquivos, em meio magntico e impresso, das listagens
com os valores transferidos para crdito na conta corrente bancria de seus servidores e empregados, em consistncia
com os registros contbeis dos empenhos da despesa das folhas de pagamento respectivas.
Pargrafo nico. As relaes referidas no caput devero conter o nmero do CPF do servidor ou empregado, os
cdigos da agncia e do banco, o nmero da conta corrente bancria destinatria e o valor da remunerao creditada.
Art. 75-A. As Secretarias Municipais que sejam unidades executoras de oramento promovero as adequaes
necessrias objetivando o enquadramento estabelecido no 1 do art. 2, e nos artigos 74 e 75, desta Instruo
Normativa, e seu cumprimento, para fins do Sistema do Tribunal, ser exigido a partir do exerccio de 2013.
Art. 75-B O texto da Instruo Normativa n 58, de 09 de junho de 2011, que contiver referncia ao SIM-AM-
2011 passa a ser considerado simplesmente SIM-AM do respectivo exerccio e se reportar as especificaes do
Sistema aplicadas no exerccio financeiro correspondente gesto.
Art. 3. Ficam revogados os incisos XL, XLI e XLII, do caput do art. 8, o 2 e seus incisos I e II, do art. 8, os
incisos XXVIII, XXIX e XXXII, do 1 do art. 9, os 4 e 5 do art. 9 e o inciso I, do art. 43.
Art. 4 Esta Instruo Normativa entra em vigor na data de sua publicao.
Sala das Sesses, em 14 de junho de 2012.
FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARES
Presidente
O Estudo das providncias para implantao das novas normas de Contabilidade Pblica no Art 9 da instruo
normativa 70/2012.
"Art. 9-D Tendo em vista o art. 6 da Portaria n 406, de 20 de junho de 2011, da Secretaria do Tesouro Nacional, com
redao dada por sua Portaria n 231/2012, o Municpio divulgar, at 30 de junho de 2012, em meio eletrnico de
permanente acesso pblico e do Tribunal de Contas, os Procedimentos Contbeis Especficos, respectivos parte III do
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (MCASP), que adotar em 2012.
Pargrafo nico. O cronograma de adoo dos Procedimentos Contbeis Patrimoniais, respectivos parte li do MCASP,
que devero ser adotados at 31 de dezembro de 2014, na forma do contedo mnimo descrito no anexo 1, da presente
Instruo, constar do painel de declaraes da seo Entidades Municipais, da pgina do Tribunal de Contas,
juntamente com as declaraes a que se refere o art. 19 da Instruo Normativa n 58/2011."
PORTARIA N 406, DE 20 DE JUNHO DE 2011. Aprova as Partes II Procedimentos Contbeis
Patrimoniais, III Procedimentos Contbeis
Especficos, IV Plano de Contas Aplicado ao
Setor Pblico, V Demonstraes Contbeis
Aplicadas ao Setor Pblico, VI Perguntas e
Respostas e VII Exerccio Prtico, da 4 edio
do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Pblico (MCASP).
O SECRETRIO DO TESOURO NACIONAL, no uso de suas atribuies e tendo em vista o disposto no 2 do art.
50 da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, e Considerando o disposto no inciso I do art. 17 da Lei n
10.180, de 6 de fevereiro de 2001, e no inciso I do art. 6 do Decreto n 6.976, de 7 de outubro de 2009, que conferem
11
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Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministrio da Fazenda (MF) a condio de rgo central do Sistema de
Contabilidade Federal;
Considerando as competncias do rgo central do Sistema de Contabilidade Federal, estabelecidas no art. 18 da Lei n
10.180, de 2001, complementadas pelas atribuies definidas no art. 7 do Decreto n 6.976, de 2009, e nos incisos X,
XIV, XXI, XXII e XXIII do art. 21 do Anexo I do Decreto n 7.482, de 16 de maio de 2011;
Considerando a necessidade de:
a) padronizar os procedimentos contbeis nos trs nveis de governo, com o objetivo de orientar e dar apoio gesto
patrimonial na forma estabelecida na Lei Complementar n 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF);
b) elaborar demonstraes contbeis consolidadas e padronizadas com base no Plano de Contas Aplicado ao Setor
Pblico, a ser utilizado por todos os entes da Federao, conforme o disposto no inciso II do art. 1 da Portaria MF n
184, de 25 de agosto de 2008; e
c) instituir instrumento eficiente de orientao comum aos gestores nos trs nveis de governo, mediante consolidao
de conceitos, regras e procedimentos de reconhecimento e apropriao contbil de operaes tpicas do setor pblico
dentre as quais destacam-se aquelas relativas s Operaes de Crdito, Dvida Ativa, s Parcerias Pblico-Privadas
(PPP), ao Regime Prprio de Previdncia Social (RPPS), e ao Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao
Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao (FUNDEB).
Considerando a necessidade de proporcionar maior transparncia sobre as contaspblicas, resolve:
Art. 1 Aprovar as seguintes partes da 4 edio do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (MCASP):
I - Parte II Procedimentos Contbeis Patrimoniais;
II - Parte III Procedimentos Contbeis Especficos;
III - Parte IV Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico;
IV - Parte V Demonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor Pblico;
V - Parte VI Perguntas e Respostas; e
VI - Parte VII Exerccio Prtico.
Pargrafo nico. A STN disponibilizar verso eletrnica do MCASP no endereo eletrnico
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp.
Art. 2 A Parte II do MCASP Procedimentos Contbeis Patrimoniais, aborda os aspectos relacionados ao
reconhecimento, mensurao, registro, apurao, avaliao e controle do patrimnio pblico, adequando-os aos
dispositivos legais vigentes e aos padres internacionais de contabilidade do setor pblico.
Pargrafo nico. As variaes patrimoniais sero reconhecidas pelo regime de competncia patrimonial, visando
garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das entidades que integram o setor pblico, conduzir a
contabilidade do setor pblico brasileiro aos padres internacionais e ampliar a transparncia sobre as contas pblicas.
Art. 3 A Parte III do MCASP Procedimentos Contbeis Especficos, padroniza os conceitos e procedimentos
contbeis relativos ao FUNDEB, s Parcerias Pblico-Privadas, s Operaes de Crdito, ao Regime Prprio da
Previdncia Social, Dvida Ativa e a outros procedimentos de que trata.
Art. 4 A Parte IV do MCASP Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico, padroniza o plano de contas do setor
pblico em mbito nacional, adequando-o aos dispositivos legais vigentes e aos padres internacionais de contabilidade
do setor pblico.
Art. 5 A Parte V do MCASP Demonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor Pblico, padroniza as demonstraes
contbeis a serem apresentadas pelos entes na divulgao das contas anuais.
Art. 6 As Partes II Procedimentos Contbeis Patrimoniais e III Procedimentos Contbeis Especficos devero ser
adotadas pelos entes, de forma obrigatria, em 2012.
Art. 7 As Partes IV Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico e V Demonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor
Pblico devero ser adotadas de forma obrigatria a partir de 2012, pela Unio, Estados e Distrito Federal, e de 2013,
pelos Municpios.
Art. 8 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao e tem seus efeitos aplicados a partir do exerccio
financeiro de 2012.
Art. 9 Revoga-se, a partir de 1 de janeiro de 2012, a Portaria STN n 664, de 30
de novembro de 2010.
ARNO HUGO AUGUSTIN FILHO
A Lei Complementar n 101/2000, que trata da responsabilidade na gesto fiscal, deu importante passo para a
modernizao da Contabilidade Pblica no Brasil quando, no artigo 50, 2, atribuiu ao rgo central de Contabilidade
da Unio, hoje a Secretaria do Tesouro Nacional - STN, do Ministrio da Fazenda, poderes para legislar a respeito das
normas contbeis no pas, ao mesmo tempo em que determinou, no 3, a implantao do sistema de custos que permita
a avaliao e acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial.
A STN, por sua vez, no faltou a esse compromisso, desenvolvendo, juntamente com o Conselho Federal de
Contabilidade - CFC, um amplo levantamento e estudo para a convergncia s normas internacionais de Contabilidade
Pblica, hoje plenamente identificadas e padronizadas, prontas para a implantao definitiva no nosso pas.
12
Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Destacamos neste ensejo a Portaria MF-184/2008, pela qual o Ministrio da Fazenda determinou STN a
adoo dos procedimentos necessrios para atingir os objetivos de convergncia estabelecidos pelo CFC (art. 1, inciso
III).
Na sequncia tivemos a Portaria STN n 406/2011, que estabeleceu o novo Plano de Contas aplicado ao Setor
Pblico e todos os procedimentos contbeis patrimoniais e especficos para adoo das normas de convergncia com os
padres internacionais na Contabilidade Pblica.
A mesma Portaria n 406/11 determinou, no artigo 6, que os novos procedimentos fossem adotados
obrigatoriamente, a partir do ano 2012, por todos os Entes da Federao, prazo esse em parte dilatado pela Portaria STN
n 828, de 14.12.11, que acrescentou o pargrafo nico ao artigo 6, exigindo que: cada ente da Federao divulgar,
at 90 (noventa) dias aps o incio do exerccio de 2012, em meio eletrnico de acesso pblico e ao Tribunal de Contas
ao qual esteja jurisdicionado, os Procedimentos Contbeis Patrimoniais e Especficos adotados e o cronograma de aes
a adotar at 2014 ... Os referidos procedimentos foram mencionados nos incisos I a VIII da referida Portaria
PORTARIA N 828, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011
Altera o prazo de implementao do Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico e d outras providncias.
O SECRETRIO DO TESOURO NACIONAL, no uso das atribuies que lhe confere a Portaria do Ministro de
Estado da Fazenda n 141, de 10 de julho de 2008, que aprova o Regimento Interno da Secretaria do Tesouro Nacional,
e tendo em vista o disposto no art. 50, 2, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, e Considerando o
disposto no inciso I do art. 6 do Decreto n 6.976, de 7 de outubro de 2009, e no inciso I do art. 17 da Lei n 10.180, de
6 de fevereiro de 2001, que conferem Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministrio da Fazenda (MF) a
condio de rgo central do Sistema de Contabilidade Federal;
Considerando as competncias do rgo central do Sistema de Contabilidade Federal, estabelecidas no art. 7 do
Decreto n 6.976, de 2009, complementadas pelas atribuies definidas no art. 18 da Lei n 10.180, de 2001, e nos
incisos XXI, XXII e XXIII do art. 21 do Anexo I do Decreto n 7.482, de 16 de maio de 2011;
Considerando a necessidade de:
a) padronizar os procedimentos contbeis nos trs nveis de governo, com o objetivo de orientar e dar apoio gesto
patrimonial na forma estabelecida na Lei Complementar n 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal;
b) elaborar demonstraes contbeis consolidadas e padronizadas com base no Plano de Contas Aplicado ao Setor
Pblico, a ser utilizado por todos os entes da Federao, conforme o disposto no inciso II do art. 1 da Portaria n 184,
de 25 de agosto de 2008, do Ministrio da Fazenda; e
c) proporcionar maior transparncia sobre as contas pblicas, RESOLVE:
Art. 1 O art. 6 da Portaria STN n 406, de 20 de junho de 2011, passa a vigorar com a seguinte redao:
Art. 6 A Parte II Procedimentos Contbeis Patrimoniais dever ser adotada pelos entes da Federao gradualmente a
partir do exerccio de 2012 e integralmente at o final do exerccio de 2014, salvo na existncia de legislao especfica
emanada pelos rgos de controle que antecipe este prazo, e a parte III Procedimentos Contbeis Especficos dever
ser adotada pelos entes de forma obrigatria a partir de 2012.
Pargrafo nico - Cada Ente da Federao divulgar, at 90 (noventa) dias aps o incio do exerccio de 2012, em meio
eletrnico de acesso pblico e ao Tribunal de Contas ao qual esteja jurisdicionado, os Procedimentos Contbeis
Patrimoniais e Especficos adotados e o cronograma de aes a adotar at 2014, evidenciando os seguintes aspectos que
seguem, em ordem cronolgica a critrio do poder ou rgo:cronograma de aes a adotar at 2014, evidenciando os
seguintes aspectos que seguem, em ordem cronolgica a critrio do poder ou rgo:
I - Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos crditos, tributrios ou no, por competncia, e a dvida ativa,
incluindo os respectivos ajustes para perdas;
II - Reconhecimento, mensurao e evidenciao das obrigaes e provises por competncia;
III - Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos bens mveis, imveis e intangveis;
IV - Registro de fenmenos econmicos, resultantes ou independentes da execuo oramentria, tais como
depreciao, amortizao, exausto;
V - Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos ativos de infra estrutura;
VI - Implementao do sistema de custos;
VII - Aplicao do Plano de Contas, detalhado no nvel exigido para a consolidao das contas nacionais;
VIII - Demais aspectos patrimoniais previstos no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico.
Art. 2 O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico observar as Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Pblico NBC TSP, aprovadas pelas Resolues do Conselho Federal de Contabilidade - CFC, e
definir a forma e prazo para sua aplicao.
Art. 3 O artigo 7 da portaria STN n 406, de 20 de junho de 2011, passa a vigorar com a seguinte redao:
"Art. 7 As Partes IV - Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico e V - Demonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor
Pblico devero ser adotadas pelos entes, de forma facultativa, a partir de 2012 e, de forma obrigatria, a partir de
2013."
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Art. 4 A consolidao nacional das contas dos entes da Federao prevista no art. 5l da Lei Complementar n 101, de 4
de maio de 2000, relativa ao exerccio de 2013, a ser realizada em 2014, ter como base o Plano de Contas Aplicado ao
Setor Pblico, conforme estabelecido pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico.
Art. 5 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.
ARNO HUGO AUGUSTIN FILHO
Tendo em vista o disposto nas referidas portarias acima passamos a estudar as obrigaes dos Municpios e Cmaras
Municipais, a serem aplicados nos prazos estipulados nos seus atos sancionados e publicados no exerccio de 2012.
Providncias Patrimoniais Indicadas pelo TCE/PR
1 O Anexo I da Instruo Normativa n 70/12:
a) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos crditos e a dvida ativa
O reconhecimento, mensurao e evidenciao devem ser planejados atravs de uma atualizao completa do
Cadastro Imobilirio, de modo a se certificar de que contenha a totalidade dos imveis urbanos do Municpio, inclusive
quanto a reas de extenso urbana, com identificao e endereo dos proprietrios e/ou responsveis pelo pagamento do
IPTU, relativamente aos ltimos 5 (cinco) anos, uma vez prescritos os anteriores que no tenham sido objeto de
execuo fiscal. Recomenda-se planejar a autorizao legal para pagamentos parcelados e concesso de descontos para
quitao vista.
O sistema informatizado dever estar customizado para gerar os dbitos pendentes do ltimo quinqunio,
especificados ano a ano e compreendendo o valor original + correo monetria + juros + multas, gerando-se os Termos
da Dvida Ativa (Livro de Inscrio) e as Notificaes, tudo a teor da Lei 6.830/80 e dos artigos 201 a 205 do CTN.
Idntico procedimento deve ser observado quanto ao Cadastro Econmico, que dever compreender todos os
contribuintes do ISSQN e taxas de localizao e funcionamento, fiscalizao sanitria e outras.NO SE APLICA
PARA AS CMARAS MUNICIPAIS.
b) Registro de crditos tributrios e no tributrios por competncia,
Registrar todos os crditos de direito da entidade pela sua competncia ou seja pela data do seu lanamento no
Sistema Tributrio.
NO SE APLICA PARA AS CMARAS MUNICIPAIS
c) Mtodos de ajuste contbil e proviso
Devem ser provisionados, no sistema extraoramentrio, para efeito de custos, ms a ms, os gastos com frias
regulares e frias prmio, 13 salrio, quinqunios e demais vantagens dos servidores.
d) Reconhecimento, mensurao e evidenciao das obrigaes e provises
Estabelecer sistemticas para identificar o momento do fato gerador da obrigao potencial, verificar se
referente de fato passado, verificar se provvel a sada de recursos para que a obrigao seja liquidada, verificar se
possvel estimar o montante da obrigao e registrar a proviso na Contabilidade
e) Mtodos de reconhecimento e mensurao dos passivos e provises
Estabelecer sistemticas para identificar o reconhecimento de passivos anteriores e efetuar a sua proviso
atravs de lanamento na contabilidade.
f) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos bens
Devem ser providenciados inventrios gerais com as devidas avaliaes ou reavaliaes, devidamente
conciliados com os saldos contbeis do Ativo Permanente no Balano Patrimonial.
essencial que sejam gerados Termos de Responsabilidade Patrimonial para cada centro de custo ou atividade,
para viabilizar o clculo da depreciao no sistema de custos.
g) Procedimentos de reconhecimento e mensurao do ativo
O Inventrio Patrimonial bem controlado, primordial para permitir a apurao e registro desses gastos, que,
por sua vez, so essenciais para o sistema de custos. Aps catalogados todos os bens devem passar por analise de
comisso designada para tal, a qual verificara o estado do BEM, bem como sua vida til.
h) Prticas de reavaliao e ajuste ao valor recupervel dos ativos
Aps efetuado o cadastro e e anlise da comisso, o mesmo deve ser reavaliado atravs do valor registrado na
sua aquisio com o atual valor de mercado ou valor residual, de acordo com as depreciaes. Sabemos que na
contabilidade Pblica rarssimas vezes a entidade aplicava lanamentos de Depreciao nos bens antes de 2012. Ou seja
um bem independente de seu valor residual ou valorizao de mercado como o caso dos Imveis, sofria lanamentos
na contabilidade pra ajustar o valor do patrimnio.
Como devo efetuar a reavaliao Patrimonial.
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Primeiramente verificar o valor registrado do Bem Patrimonial na Contabilidade. De posse desse valor observar
a data de aquisio para ver se o mesmo cabe depreciao acumulada, Em caso positivo efetuar os lanamentos de
depreciao, apurando assim o valor residual do BEM.
Mais e se o bem j foi adquirido a mais tempo do que a legislao determina para a aplicao de Depreciao.
Aplica-se assim um valor residual com base na condio do bem por meio de valores de mercado, Exemplo: um veculo
aplica-se o valor da tabela FIPE, efetuando lanamento de baixa de valor entre o valor adquirido e o valor residual para
ajuste contbil.
No caso de um Bem imvel cadastrado com valor irrisrio bem abaixo do valor de mercado. A comisso
providncia laudo com valor de mercado e efetuado lanamento de correo no bem patrimonial.
A frota de mquinas pesadas, mquinas agrcolas, caminhes e automveis carece de controle especfico que
registre a quilometragem rodada, os servios executados e os custos de manuteno, como combustveis, peas,
acessrios e servios mecnicos.
i) Registro de fenmenos econmicos Adoo de metodologia para aplicao e apurao de depreciao amortizao e exausto. Dos ativos
imobilizavel, intangvel e infra estrutura.
Conceitos:
Depreciao: alocao sistemtica do valor deprecivel de ativos durante sua vida til. Realizada item a item. Consiste
em considerar, como despesa do perodo, uma parte do valor gasto na compra de bens de consumo durvel utilizado nas
atividades da empresa.
ATIVOS DE INFRAESTRUTURA: devem ser contabilizados.
Caractersticas: Parte de um sistema ou de uma rede; especializados por natureza e no possuem usos alternativos; so imveis; Podem estar sujeitos a restrio na alienao. Exemplos: redes rodovirias, sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de gua e energia, pontes, viadutos, etc.
Ativo intangvel um ativo no monetrio sem substncia fsica; identificvel, controlado e gerador de benefcios econmicos futuros ou servios potenciais
Amortizao a alocao sistemtica do valor deprecivel (amortizvel) de ativos intangveis durante sua vida til. Exemplos Software gravado em um CD: o CD elemento corpreo, apesar de o software ser intangvel. Licena ou
patente com comprovao via documentao jurdica:
a documentao jurdica elemento corpreo, apesar de a licena ou patente serem intangveis BAIXA: O valor contbil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado: Por alienao ou seja venda do bem e quando no h expectativa de benefcios econmicos futuros ou potencial de servios com a sua utilizao ou alienao.
j) Registros de depreciao, amortizao e exausto do imobilizado.
Aps efetuado todo lanamento e registro do Patrimnio, deve se aplicar cronograma de depreciao,
amortizao, exausto ou baixa do bem, atravs de uma tabela de acompanhamento mensal por bem RMB(relatrio
mensal de bem).
k) Registros de reavaliao e reduo ao valor recupervel dos ativos
Efetuar os lanamentos contbeis provenientes de reavaliao de bens ou reduo de valores registrados na
contabilidade, com base no relatrio apresentado pela comisso de inventrio de patrimnio.
l) Reconhecimento, mensurao e evidenciao dos ativos/infraestrutura
A frota de mquinas pesadas, mquinas agrcolas, caminhes e automveis carece de controle especfico que
registre a quilometragem rodada, os servios executados e os custos de manuteno, como combustveis, peas,
acessrios e servios mecnicos deve ser feito levantamento detalhado de condies, valores residuais, aplicao de
depreciao acumulada.
m) Inventariar, avaliar e escriturar os bens pblicos
Aps o levantamento de todos os bens, efetuar o inventrio total, a avaliao e escriturao de todos os bens
equiparando todos os valores entre o sistema de Controle de Patrimnio e o Sistema Contbil.
n) Rotinas de manuteno da avaliao dos ativos
Aplicar rotinas de acompanhamento dos valores dos bens no que se refere a avaliao de mercado dos mesmos.
o) Rotina de depreciao dos ativos
Efetuar rotina de depreciao mensal dos bens de acordo com as normas Brasileiras de Contabilidade
precisamente Mtodos Aceitos: NBC T 16.9 .
p) Implementao de sistema de custos
A apurao dos custos visa fornecer informaes claras e concisas, e quando
aplicado no setor pblico, estas informaes podem tornar-se eficazes.Permitindo que se possa avaliar o custo
dos servios pblicos prestados populao e se estes esto sendo eficientes. Procura-se compreender e esclarecer
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
quanto necessidade de implantao do sistema de custeio no setor pblico, por meio de pesquisa e embasado na
legislao vigente.
q) Critrios para a apurao de custos
Estabelecer critrios para a apurao de custos para a melhor aplicao dos recursos recebidos pela entidade
com base nos programas e atividades definidos no Plano Plurianual da Entidade. Exemplo levantamento do custo aluno
para o Municpio
r) Objetos para efeito de apurao de custos (programas e servios)
Analisar por meio de objetos de despesa o efeito da apurao dos custos em determinado perodo atravs de
comparativos da situao inicial antes da aplicao do sistema de custos em confronto com a situao em determinado
momento, ou at a presente data por meio das aes tomadas para reduzir custos e maximizar aplicao e abrangncia
dos recursos.
Tambm utilizando os dados para projeo futura de metas.
s) Plano de contas, detalhado no nvel exigido para a consolidao das contas
Aplicar o plano de contas determinado pela STN e por meio do Tribunal de Contas Do Estado, observando na
poca da elaborao do Oramento se o mesmo est coerente com o plano de contas para o exerccio seguinte
disponibilizado na pgina do TCE.
t) Integralizar o plano de contas do TCE-PR para efeito do SIM-AM
Utilizar atualizao sempre que necessrio do plano de Contas disponibilizado pelo TCE na elaborao do
oramento pblico e suas alteraes durante o exerccio para evitar transtornos no envio de remessas mensais do SIM
AM.
u) Demais aspectos patrimoniais previstos no manual de contabilidade
Observar demais rotinas disponibilizadas pelas atualizaes das portarias do STN bem como de instrues
normativas do Tribunal de Contas do Estado do Paran.
v) Mtodos de custo ou de equivalncia patrimonial nas participaes
Estipular mtodo contbil de custo ou de equivalncia patrimonial em participao em estatais, que o
investimento inicialmente contabilizado pelo seu custo e posteiormente ajustado pela mudana na participao
do investidor no patrimnio lquido da investida.
NO SE APLICA A CMARAS MUNICIPAIS.
x) Controles das movimentaes de estoque/almoxarifado
Efetuar o controle das entradas e sadas de materiais de consumo/almoxarifado, bem como seus saldos,
efetuando inclusive lanamentos de baixas nas contas pertinentes do plano de contas de entidade. Lembrando que ao
efetuar empenhos na rubrica 33.90.30 Material de Consumo, automaticamente o valor total do empenho dado
entrada no estoque por meio do seu sub elemento da despesa. Exemplo Material de Expediente, combustvel, material de
cozinha. Devendo-se baixar por meio de lanamento contbil, todo item que no exista em estoque.
y) Novos demonstrativos contbeis aplicados ao setor pblico (DCASP)
Adequar os relatrios da entidade as novas normas e relatrios dispostos no DCASP sendo os relatrios
obrigatrios:
BALANO ORAMENTRIO
BALANO FINANCEIRO
BALANO PATRIMONIAL
DEMONSTRAO DAS VARIAES PATRIMONIAIS
DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA
DEMONSTRAO DO RESULTADO ECONMICO.
Fonte STN
Estrutura dos relatrios antigos e novos em anexo.
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
OS REGISTROS PATRIMONIAIS NA CMARA
MUNICIPAL
Joo Henrique Mildenberger
2) Os Registros Patrimoniais no SIM-AM
1 Observaes sobre o controle patrimonial
O patrimnio da entidade deve ser todo demonstrado no SIM AM, desde o cadastro de um novo bem at sua
baixa por ser inservvel.
O Patrimnio Pblico por meio da Lei da Ao Popular (Lei 4.717, de 29.6.65) define patrimnio pblico, em
seu artigo 1, pargrafo 1, como o conjunto de bens e direitos de valor econmico, artstico, esttico, histrico ou
turstico, pertencentes aos entes da administrao pblica direta e indireta. Segundo a definio da lei, o que caracteriza
o patrimnio pblico o fato de pertencer ele a um ente pblico a Unio, um Estado, um Municpio, uma autarquia ou
uma empresa pblica, por exemplo.
Como vamos tratar mais da questo prtica elencamos alguns itens que devem ser levados em considerao
para evitar transtornos futuros junto ao encaminhamento do SIM AM, uma vez que j existe uma sinalizao desde o
exerccio de 2009 no intuito das entidades pblicas vinculadas ao TCE/PR, faam todo o controle patrimonial, sendo
aquisio, a depreciao, o controle de localizao do bem, e a reaviliao patrimonial.
sabido que muitos municpios no tem o controle patrimonial dos bens pblicos, muitas das vezes no
sabendo dizer nem mesmo em que local ou setor da administrao tal bem se encontra.
Diante dessa situao, e tambm a proximidade do final do mandato, onde provavelmente quem assumir a
administrao cobrar do gestor que esta entregando a entidade dados do patrimnio, demonstramos abaixo alguns
passos a serem tomados visando a regularizao futura do patrimnio perante o SIM AM e o Tribunal de Contas.
1) LEVANTAR SE O PATRIMNIO EST TODO CADASTRADO 2) CASO NO TENHA PROVIDNCIE UMA COMISSO FORMADA POR SERVIDORES E DETERMINE A CONFERNCIA DOS BENS DE ACORDO COM A RELAO PATRIMONIADA JUNTO AO TCE.
3) CASO NO POSSUA CONDIES DE MATERIAL HUMANO PODE SE CONTRATAR UMA EMPRESA COM O OBJETIVO DE FAZER A CONTAGEM, CONFERNCIA PATRIMONIAL, BEM COMO OS LOCAIS
ONDE OS BENS SE ENCONTRAM.
4) DE POSSE DESSE CONTROLE JUNTAMENTE COM UMA COMISSO FORMADA PELO FINANCEIRO/CONTABILIDADE DO MUNICPIO, EFETUAR A REAVALIAO PATRIMONIAL DOS BENS.
5) EM CASO DE BENS MVEIS COM MAIS DE 5 ANOS DE USO, ESTIPULAR UM VALOR RESIDUAL PARA O MESMO
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
6) VECULOS ADEQUAR DE ACORDO COM A TABELA FIPE 7) IMVEIS AVALIAO DE ACORDO COM VALOR DE MERCADO. 8) VERIFICAR SE EST SENDO APLICADA A DEPRECIAO PARA OS BENS PATRIMONIAIS. 9) APS ISSO TRANSMITIR PARA O TRIBUNAL A RELAO PATRIMONIAL REGULARIZADA.
2 Indicao de bens a patrimoniar Que bens devo patrimoniar? Todos os empenhados nas rubricas 44.90.51 obras e instalaes, 44.90.52
material e equipamento permanente,
44.90.61 aquisio de terrenos.
Porm a de se atentar que no caso do material e equipamento permanente, o cuidado no que se empenha, pois
existem itens que so de baixa durao que devem ser empenhados como material de consumo. Exemplo disso so
peas para reposio em equipamentos de informtica, colches, panelas, utenslios domsticos, ferramentas manuais
como chaves de fenda, alicates, dentre outros.
3 A reavaliao do patrimnio
A reavaliao do patrimnio pblico de suma importncia e prevista nas novas normas da contabilidade e
deve se atentar para Vida til limitada, ficam sujeitos a depreciao, amortizao ou exausto;
Gastos posteriores devem ser incorporados ao valor do ativo quando houver possibilidade de gerao de
benefcios econmicos presentes e/ou futuros ou potenciais de servios;
Transferncias de ativos: valor contbil lquido constante nos registros da entidade de origem.
H possibilidades de em 2016 o SIM AM no permitir o encaminhamento de dados, caso no estejam efetuados
os procedimentos estabelecidos na portaria 634/2013 da STN.
4 Arquivos que compe o mdulo patrimnio
Junto ao SIM AM mdulo patrimonial, a composio feita pelos arquivos que so utilizados para
cadastramento de bens patrimoniais atravs da tabela BEM, que possui sub tabelas correlatas no LAYOUT determinado
pelo tribunal de contas que devem ser observadas para preenchimento da tabela em questo como segue:
TIPO DE PROPRIEDADE DO BEM
TIPOS DE NATUREZA DE BENS
TIPOS DE UTILIZAO DE BENS
TIPOS DE CATEGORIAS DE BENS
TIPO DE DETALHAMENTO DE BENS
TIPOS DE AGRUPAMENTOS DE BENS
Aps efetuado o cadastro do bem, deve se detalhar por meio da tabela VECULOS E EQUIPAMENTOS, os
dados referentes aos detalhes de veculos e equipamentos, que para ser preenchida deve ser observada algumas tabelas
correlatas no LAYOUT DO TCE como segue:
TABELA PADRO DE MODELOS FIPE
Tambm no caso do bem ser um IMVEL, deve ser cadastrada a coordenada geogrfica do bem e sua
localizao por meio dos arquivos:
COORDENADA GEOGRAFICA
LOCALIZAO DOS BENS IMVEIS
5 Estudo dos layouts dos arquivos Todo exerccio financeiro o Tribunal de contas lana em sua pagina, mais precisamente na pagina de acesso ao
SIM AM um layout determinando todos os dados a serem enviados nas remessas do SIM AM, sendo assim torna-se
esse ferramenta fundamental para o entendimento dos dados a serem encaminhados ao TCE por meio do SIM AM.
No caso do mdulo patrimonial, esse layout composto por 4 arquivos sendo eles:
BEM
VEICULOEQUIPAMENTO
COORDENADAGEOGRAFICA
LOCALIZAAOIMOVEL
Os quais vamos detalhar a seguir.
6 Detalhamento dos Arquivos a serem enviados ao TCE ARQUIVO DE CADASTRO DE BENS PATRIMONIAIS BEM
Faz a captao dos dados dos cadastros dos bens mveis, imveis e intangveis e de terceiros afetados por benfeitorias com recursos pblicos
PERIODICIDADE DE ENVIO: MENSAL
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Estrutura do Arquivo
IDENTIFICADOR DA PESSOA JURIDICA JUNTO AO TCE.
CDIGO DO BEM
DESCRIO DO BEM
IDENTIFICADOR DA PROPRIEDADE DO BEM
NATUREZA DO BEM
CATEGORIA DO BEM
DETALHAMENTO DO BEM
IDENTIFICADOR DA UTILIZAO DO BEM
DATA DA AQUISIO/CADASTRO DO BEM
CADASTRO DE BENS PATRIMONIAIS
TABELA:
Bem
OBJETIVO:
Captar dados dos cadastro dos bens mveis, imveis e intangveis e de terceiros afetados por benfeitorias com recursos pblicos.
PERIODICIDADE:
Mensal.
REGRAS DE IMPORTAO
CRITRIOS NMERO MENSAGEM
Se o conjunto (idPessoa e cdBem) for duplicado na
tabela (Bem) a mensagem deve ser executada.
1070
O conjunto (idPessoa e cdBem) declarado na
linha n xxxx da tabela (Bem) apresenta-se com
registro duplicado.
Se (idTipoPropriedadeBem) declarado na tabela
(Bem) para o conjunto (idPessoa e cdBem) no
existir na tabea (TipoPropriedadeBem) a
mensagem deve ser executada.
1071
O Tipo de Propriedade de Bem
(idTipoPropriedadeBem) declarado na linha n
xxxx da tabela (Bem) no existe na tabela
(TipoPropriedadeBem).
Se a combinao entre (idTipoNaturezaBem,
idTipoCategoriaBem, idTipoDetalhamentoBem e
idTipoUtilizacaoBem) declarada na tabela (Bem)
para o conjunto (idPessoa e cdBem) for das
possibilidades existentes na tabela
(AgrupamentoBem) para os mesmos campos a
mensagem deve ser executada.
1073
A combinao entre (idTipoNaturezaBem,
idTipoCategoriaBem, idTipoDetalhamentoBem
e idTipoUtilizacaoBem) declarada na linha n
xxxx da tabela (Bem) no pode ser diferente
das possibilidades existentes na tabela
(AgrupamentoBem).
Se (dtOperacao) declarada na tabela (Bem) para o
conjunto (idPessoa e cdBem) for > que o ms/ano
de trabalho QUANDO o ms de envio for de 0,
a mensagem deve ser executada.
1074
A data da operao (dtOperacao) declarada na
linha n xxxx da tabela (Bem) no pode ser
maior que o ms/ano de trabalho.
Se (idTipoNaturezaBem) declarado na tabela
(Bem) para o conjunto (idPessoa e cdBem) no
existir na tabela (TipoNaturezaBem) a mensagem
deve ser executada.
1076
O Tipo de Natureza do Bem
(idTipoNaturezaBem) declarado na linha n
xxxx da tabela (Bem) no existe na tabela
(TipoNaturezaBem).
Se (idTipoUtilizacaoBem) declarado na tabela
(Bem) para o conjunto (idPessoa e cdBem) no
existir na tabela (TipoUtilizacaoBem) a mensagem
deve ser executada.
1077
O Tipo de Utilizao do Bem
(idTipoUtilizacaoBem) declarado na linha n
xxxx da tabela (Bem) no existe na tabela
(TipoUtilizacaoBem).
Se (idTipoCategoriaBem) declarado na tabela
(Bem) para o conjunto (idPessoa e cdBem) no
existir na tabela (TipoCategoriaBem) a mensagem
deve ser executada.
1078
O Tipo de Categoria do
Bem (idTipoCategoriaBem) declarado na linha
n xxxx da tabela (Bem) no existe na tabela
(TipoCategoriaBem).
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
Se o conjunto (idPessoa e cdBem) declarado na
tabela (LocalizacaoBemMovel) possuir
(idTipoNaturezaBem
1) na tabela (Bem) a mensagem deve ser
executada.
1779
O cdBem n xxxxxx declarado na linha n
xxxxx da tabela (LocalizacaoBemMovel) deve
possuir (idTipoNaturezaBem = 1) na tabela
(Bem).
OBSERVAES
ESFERAS DE GOVERNO ABRANGIDAS
MUNICIPAL SIM NO ESTADUAL SIM NO Prefeitura X
Cmara Municipal X
Consrcios Intermunicipais X
Administrao Indireta X
RPPS X Empresas Pblicas e Economia Mista
Dependentes X
Empresas Pblicas e de Economia Mista
No Dependentes X
Campo Tamanh
o
Tipo Formato Campo Descrio Obrigatri
o
Identificador da
Pessoa Jurdica
junto ao TCE (*)
7
Numric
o
Z(6)9
idPessoa
Representa o cdigo
identificador da Entidade
atribudo pelo Cadastro Interno
do Tribunal de Contas.
SIM
Cdigo do Bem
10
Caracter
e
X(10)
cdBem
Cdigo de controle do bem
patrimonial.
SIM
Descrio do Bem
250
Caractere
X(250)
dsBem
Informar a
descrio do Bem
Patrimonial.
SIM
Identificador da
Propriedade do Bem
1
Numrico
9
idTipoProprieda
de Bem
Representa o cdigo
identificador da propriedade do
bem. Os valores vlidos esto
disponveis na tabela
(TipoPropriedadeBem).
SIM
Natureza do Bem
4
Numrico
Z(3)9
idTipo
NaturezaBem
Informar o cdigo da natureza do
bem patrimonial.
SIM
Categoria do Bem
4
Numrico
Z(3)9
idTipo
CategoriaBem
Informar o cdigo da categoria
do bem patrimonial.
SIM
Detalhamento do
Bem
7
Numrico
Z(6)9
idTipo
DetalhamentoBe
m
Informar o cdigo do
agrupamento do bem
patrimonial.
SIM
Identificador da
Utilizao do Bem
1
Numrico
9
idTipoUtilizacao
Bem
Identifica se os bens so de uso
comum, especial ou dominicais.
Os valores vlidos esto
presentes na tabela
(TipoUtilizacaoBem).
SIM
Data da
Aquisio/Cadastro
do Bem
10
Data
AAAA-
MM-DD
dtOperacao
Representa a data da aquisio
ou cadastro do bem.
SIM
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TIPO DE PROPRIEDADE DO BEM
Nome do Arquivo: TipoPropriedadeBem
idTipo
Propriedade
Bem
dsTipoPropriedadeBem
1 Prprio
2 Terceiro
TIPOS DE NATUREZA DE BENS
Nome do Arquivo: TipoNaturezaBem
idTipoNaturezaBem dsTipoNaturezaBem 1 Bens Mveis 2 Bens Imveis 3 Intangveis
TIPOS DE UTILIZAO DE BENS
Nome do Arquivo: TipoUtilizacaoBem
idTipoUtilizacaoBem dsTipoUtilizacaoBem 1 Bens Dominicais 2 Bens de Uso Comum 3 Bens de Uso Especial
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Curso: Gesto do Patrimnio na Cmara 4, 5 e 6 de Novembro de 2015 /Curitiba-PR
TIPOS DE CATEGORIAS DE BENS
Nome do Arquivo: TipoCategoriaBem
idTipoCategoriaBem dsTipoCategoriaBem 1 Aeronaves
2 Aparelhos de Medio e Orientao
3 Aparelhos e Equipamentos de Comunicao
4 Aparelhos, Equipamentos, Utenslios Mdico-Odontolgico, Laboratorial e Hospitalar
5 Aparelhos e Equipamentos para Esportes e Diverses
6 Aparelhos e Utenslios Domsticos
7 Armamentos
8 Colees e Materiais Bibliogrficos
9 Discotecas e Filmotecas
10 Embarcaes
11 Equipamentos de Manobra e Patrulhamento
12 Equipamentos de Proteo, Segurana e Socorro
13 Instrumentos Musicais e Artsticos
14 Mquinas e Equipamentos de Natureza Industrial
15 Mquinas e Equipamentos Energticos
16 Mquinas e Equipamentos Grficos
17 Mquinas para udio, Vdeo e Foto
18 Outras Mquinas, Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas
19 Equipamentos de Processamento de Dados
20 Mquinas, Instalaes e Utenslios de Escritrio
21 Mquinas, Ferramentas e Utenslios de Oficina
22 Equipamentos e Utenslios Hidrulicos e Eltricos
23 Mquinas e