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ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO-ATE FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: GESTÃO E GERENCIAMENTO EM SAÚDE I PROFESSORA: MSc. MAGDA ROGERIA PERREIRA VIANA GERENCIAMENTO DE MATERIAIS E CUSTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM BHASSIA DE ASSIS CLAUDIO SERGIO ERICA SALES JUSSARA ALVES LAÍS LANE LISMARA SILVA LUANA ANJOS RUTH CHAVES TERESINA-PI JUNHO/2015

Gestão e Gerenciamento

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GESTAO DE MATERIAL E CUSTOS

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  • ASSOCIAO TERESINENSE DE ENSINO-ATE

    FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA

    CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

    DISCIPLINA: GESTO E GERENCIAMENTO EM SADE I

    PROFESSORA: MSc. MAGDA ROGERIA PERREIRA VIANA

    GERENCIAMENTO DE MATERIAIS E CUSTO NOS SERVIOS

    DE SADE E DE ENFERMAGEM

    BHASSIA DE ASSIS

    CLAUDIO SERGIO

    ERICA SALES

    JUSSARA ALVES

    LAS LANE

    LISMARA SILVA

    LUANA ANJOS

    RUTH CHAVES

    TERESINA-PI

    JUNHO/2015

  • BHASSIA DE ASSIS

    CLAUDIO SERGIO

    ERICA SALES

    JUSSARA ALVES

    LAS LANE

    LISMARA SILVA

    LUANA ANJOS

    RUTH CHAVES

    GERENCIAMENTO DE MATERIAIS E CUSTO NOS SERVIOS

    DE SADE E DE ENFERMAGEM

    Trabalho apresentado para obteno

    da 3 nota na disciplina de Gesto e

    Gerenciamento em Sade I.

    Orientado pela professora: MSc:

    Magda Rogria Perreira Viana

    TERESINA-PI

    JUNHO /2015

  • SUMRIO

    INTRODUO .................................................................................................. 4

    DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 5

    CONCLUSO ................................................................................................. 10

    REFERNCIAS .............................................................................................. 11

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    INTRODUO

    Toda pessoa que pense em dirigir um hospital dever esta ciente da

    importncia da rea de materiais para a instituio. A conscincia sobre a

    necessidade da aplicao da gesto de materiais nos servios hospitalares e

    mais recente e sua aplicao e bastante restrita. Os avanos tecnolgicos na

    rea da sade e o aumento constante da complexidade assistencial vm

    exigindo um nvel de ateno cada vez maior por parte dos profissionais,

    criando uma demanda crescente por recursos profissionais. A necessidade de

    os servios de sade aprimorar esses recursos impondo assegurar a qualidade

    e quantidade de materiais necessrios para que os profissionais realizem suas

    atividades sem risco para si e para os pacientes e ainda garantir uma

    assistncia continua e de qualidade a um menor custo.

    A gesto de recursos materiais atualmente tem sido motivo de

    preocupao nas organizaes de sade, tanto no setor publico como no

    privado, que fazem parte da rede complementar do SUS. As organizaes do

    setor privado sujeitas s regras de mercado precisam gerenci-los com preos

    competitivos em relao s demais instituies. Em contrapartida, temos o

    setor pblico, que com oramento restrito, precisa de maior controle do

    consumo e dos custos para que sua escassez no reflita na privao dos

    funcionrios e pacientes ao acesso a esses materiais e consequentemente a

    uma assistncia de qualidade.

    A crescente elevao dos custos na sade trouxe aos profissionais que

    trabalham nessa rea, a necessidade de aquisio de conhecimentos sobre

    custos e, consequentemente, a sua aplicao na realizao de estudos, onde

    se busca a racionalizao no processo de alocao de recursos, o equilbrio

    entre custos e recursos financeiros e a otimizao de resultados. O elevado

    custo com a sade no Brasil e a dificuldade em financi-la levam os

    prestadores, financiadores, autoridades e usurios dos servios de sade a se

    preocupar cada vez mais com estes aspectos, bem com a repercusso na

    qualidade desses servios. Na rea da sade a crescente elevao dos custos,

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    tem feito com que os profissionais busquem cada vez mais a racionalizao da

    alocao de recursos e o equilbrio entre custos e recursos financeiros, visando

    eficincia e eficcia. necessrio, portanto ter conhecimentos e desenvolver

    habilidades no gerenciamento de custos, com instrumento que pode vir a

    auxiliar no processo de planejamento e de tomada de deciso.

    DESENVOLVIMENTO

    A administrao de materiais envolve a totalidade dos fluxos de

    materiais de uma organizao, compreendendo a programao, a compra, a

    recepo, o armazenamento no almoxarifado, a movimentao dos materiais e

    o transporte interno e o armazenamento nos depsitos de produtos acabados.

    O setor responsvel pelo gerenciamento de recursos materiais, nas instituies

    hospitalares, esta vinculada a rea administrativa da estrutura organizacional,

    onde so desenvolvidas atividades por pessoal que, geralmente, no e da rea

    da sade. Dada a diversidade e a complexidade dos materiais utilizados na

    rea de sade, indispensvel a participao das reas afins, como a

    enfermagem, a farmcia e o laboratrio , entre outras , no processo de

    gerenciamento dos recursos materiais, assessorando a rea administrativa nos

    aspectos tcnicos e locais.

    A programao comea pela classificao, padronizao, especificao

    dos materiais e estabelecimento da quantidade a ser adquirida. Nos hospitais e

    unidade de sade, os materiais possuem diferentes classificaes quanto a

    finalidade, a durao, ao porte, ao custo e a matria prima utilizada nesses

    materiais. A padronizao desses materiais e essencialmente dada variedade

    de bens e produtos que tem a mesma finalidade tcnica e indicao de uso,

    consistindo na determinao do produto especifico para procedimentos

    especficos, com objetivo de diminuir a diversidade necessria de alguns itens

    e normatizar os usos de similares. E realizada por meio do estabelecimento de

    critrios objetivos de indicao tcnica do uso do material e do custo beneficio.

    Na padronizao deve considerar tambm os aspectos relacionados ao risco e

    impactos da utilizao do material para os pacientes, trabalhadores e, ainda,

    para o meio ambiente.

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    A especificao compreende uma descrio minuciosa do material, pois

    representa aquilo que se deseja adquirir. A especificao tem inicio com o

    nome do produto, devendo constar dados a respeito da indicao de uso;

    desempenho tcnico; matria prima de fabricao; tamanhos; acabamentos;

    suas propriedades fsicas e qumicas; mtodos de esterilizao, prazo de

    validade e dentre outros. A previso de materiais, ou seja, a quantidade ser

    requisitada pelas unidades ao almoxarifado determinado pelo perfil de

    consumo de cada departamento da unidade, estabelecendo uma cota de

    materiais que representa a estimativa de gasto por determinado perodo. A

    previso e um dos componentes do controlo do estoque, compreendendo as

    aes gerenciais para a determinao do quanto comprar.

    A rea de compras responsvel pelas atividades de apoio fundamental

    ao processo produtivo, suprindo-o com todas as necessidades de materiais.

    Pode ser tambm um excelente sistema de reduo de custo da empresa, por

    meio da negociao de preos, na busca de materiais mais alternativos e de

    novos fornecedores. E inquestionvel a necessidade do controle de qualidade,

    tantos dos produtos existentes na instituio como os disponveis no mercado.

    Para a aquisio de um material preciso submet-lo a teste de desempenho

    tcnico e analise dos riscos para os pacientes e trabalhadores. Qualquer que

    seja a finalidade da organizao de sade, o processo de compra dever

    observar os requisitos da qualidade do material.

    A recepo e o armazenamento dos materiais aps a compra e a

    distribuio aos diferentes servios da organizao so de responsabilidade do

    servio de almoxarifado, que, por te controle dos estoques, deflagra novos

    processos de compras, quando os materiais atingirem o nvel de

    ressuprimento. O recebimento se dar pela conferencia dos materiais entregues

    pelo fornecedor pelo prazo determinado, constantes na nota fiscal com os

    dados da nota de empenho. Aps isso e dada entrada do material no

    almoxarifado, sendo este codificado de acordo com as normas e a tecnologia

    disponvel na instituio, com isso, o material poder ser distribudo. A

    distribuio dos materiais e o controle de estoque esto diretamente

    associados e constituem pontos centrais de todo o sistema, exigindo sistemas

    de controle mais sofisticados.

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    A gesto de recursos materiais nas instituies de sade tem gerado

    uma serie de problemas operacionais, que podem estar relacionados com a

    rpida evoluo por estes materiais, oferecendo ao mercado uma quantidade

    imaginvel de produtos, o que dificulta consideravelmente a analise do

    desempenho e a validao de sua qualidade, complicando a escolha, que deve

    contemplar fatores como custo, facilidade de manuseio e manuteno. O ciclo

    operacional dos hospitais, desde a compra ate o consumo apresenta uma serie

    de problemas que, por sua vez, revelam quanto os materiais so mal

    administrados nos hospitais. A administrao de materiais e essencial para o

    atendimento do paciente com maior qualidade e menor custo possvel.

    Alm disso, os materiais constituem uma das principais fontes de

    receitas dos hospitais, um fator que pode mensurar a qualidade do servio

    prestado, um provador ou conciliador dos atritos dentro da organizao, um

    sinalizador da integridade moral da organizao e de seus dirigentes e,

    sobretudo, um componente ativo capaz de dar sentena final sobre a vivncia

    ou no do hospital. E sem duvida, um parmetro importante para analise

    econmica e financeira da instituio, bem como identificador da qualidade

    administrativa e assistencial.

    A Enfermagem tem como objeto de seu trabalho o processo sade-

    doena de indivduos e coletividades e como finalidade transformao desse

    processo sade-doena, o que pode ser expresso atravs da assistncia

    sade, do cuidado de enfermagem. Os enfermeiros ao prestarem a assistncia

    sade utilizam recursos materiais, cabendo a eles a competncia e

    responsabilidade pela administrao de materiais em suas unidades de

    trabalho atravs da determinao do material necessrio para a realizao da

    assistncia seja no aspecto quantitativo como no qualitativo, na definio das

    especificaes tcnicas, na participao no processo de compra, na

    organizao, no controle e avaliao desses materiais.

    A operacionalizao dessas atividades depender do sistema de

    gerenciamento de materiais implantados na organizao hospitalar.

    Independente disso, o enfermeiro deve sempre esta envolvida nos processos

    de gerenciamento de recursos materiais, com a finalidade de adquirir a eficcia

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    da assistncia de enfermagem. Um aspecto importante e essencial no papel do

    enfermeiro esta em conhecer e acompanhar o perfil de consumo de materiais

    de sua unidade. Outra atividade essencial do enfermeiro , juntamente com o

    servio de educao continuada, promover estratgias de orientao e a

    capacitao dos profissionais de enfermagem no que se refere ao uso racional

    do material disponvel , assim , evitando desperdcio desnecessrios .

    Hoje em dia, o grande desafio das organizaes de sade,

    principalmente dos hospitais, atender a demandas por seus servios com

    qualidade, oferecendo servios com eficcia e eficiente a baixos custos.

    Gerenciar custos, dentro de oramentos restritos, manter o equilbrio entre

    despesas, custos e receitas, garantindo a sobrevivncia da organizao. o

    desconhecimento dos custos e da melhor combinao de recursos e de sua

    atividade dificulta , as organizaes, ajustar suas atividades dentro de seus

    oramentos. Conhecer os custos dos servios de sade essencial, pois

    possibilita a identificao das unidades que necessitam reduzi-los, controlar os

    gastos e eliminar os desperdcios.

    No entanto, muitas organizaes de sade precisam modernizar-se

    nessa questo, uma vez que ainda utilizam, quando os possuem, mtodos

    contbeis tradicionais, que no permitem conhecimento efetivo de seus custos.

    Os hospitais privados, na sua maioria, conhecem seus preos, mais no seus

    custos reais. J os hospitais pblicos dificilmente conhecem os custos reais de

    seus servios e procedimentos. Os gestores das reas de sade devem prover

    um sistema eficaz de gerenciamento de custos sem prejuzos de qualidades,

    buscando maior eficincia na distribuio dos recursos e oferecendo servios

    qualificados populao, compatibilizando os custos com os oramentos. Para

    isso os profissionais de sade tem que ter noes sobre os mtodos das

    cincias contbeis para apurao de custos e auxiliar na adaptao e utilizao

    dos mesmos na produo de servios de sade.

    Gerenciar custos, dentro de oramentos restritos, manter equilbrio

    entre despesas, custos e receitas, garantindo a sobrevivncia da organizao,

    podendo-se visualizar a unidade hospitalar como uma empresa. Custo

    representa os gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de

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    outros bens e servios. Na cadeia produtiva em que se insere o enfermeiro, o

    servio produzido o cuidado realizado ao cliente e, dentro dessa cadeia, se

    observa que existem custos com recursos humanos, com todos os materiais

    (seringa, agulha, luvas e qualquer equipamento que venha a ser utilizado para

    produzir o cuidado), alm daqueles com a estrutura hospitalar (espao fsico,

    luz e telefone), entre outros.

    Os custos podem ser classificados como diretos, indiretos, variveis e

    fixos. Custos diretos so aqueles diretamente includos no clculo do produto,

    so os materiais e mo-de-obra diretos utilizados na prestao do cuidado,

    como os custos com salrios dos enfermeiros e materiais como seringas,

    medicamentos e curativos. Custos indiretos so comuns a diversos

    procedimentos ou servios, no podendo ser atribudos , exclusivamente , a um

    setor ou produto. Sua apropriao se faz por meio de critrios ou formulas de

    rateio para serem debitados a um produto ou servios. So os gasto relativos,

    como aluguel do espao, energia eltrica e gua. Custos variveis so aqueles

    relacionados ao volume de produo , aumentando quando ela cresce e

    contraindo quando diminui, so os custos com materiais, medicamentos,

    lavadeiras etc. Os custos fixos so os custos operacionais vinculados a

    infraestrutura instalada e que se mantem constantes, mesmo havendo

    modificaes no numero de atendimentos. So os custos com salrios, aluguel,

    entre outros.

    A Enfermagem, ao prestar a assistncia direta e indireta clientela, nas

    24 horas em uma empresa hospitalar, trabalha amplamente com os recursos

    disponibilizados para o cuidado, bem como tem um forte elo na cadeia de

    comunicao com os demais membros da equipe prestadora de servios. Ela

    se torna um importante agente na gesto destes custos na perspectiva de

    otimizar a sade financeira da empresa, o que favorece condies positivas

    para subsidiar padres satisfatrios de qualidade de assistncia.

    As enfermeiras podem ser responsveis por 40 a 50% do faturamento

    dos hospitais, uma vez que estudos comprovam que o trabalho d enfermagem

    contribui para a qualidade e reduo dos custos da assistncia. Como

    justificativa para este fato esses autores afirmam que isto se deve ao

    conhecimento que o enfermeiro possui sobre administrao hospitalar o que

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    supera o conhecimento de outros profissionais. Entretanto eles colocam que o

    enfermeiro precisa complementar sua experincia administrativa com novas

    habilidades, entre elas, sobre finanas e marketing.

    CONCLUSO

    A atuao do enfermeiro na administrao de recursos materiais

    constitui conquista nas esferas de tomada de deciso, destacando, portanto, o

    importante papel do enfermeiro na dimenso tcnico-administrativa inerente

    aos processos de cuidar e gerenciar; e no apenas na concepo de mais uma

    atividade burocrtica que no agrega valor profisso e ao cuidado. Cabe

    ressaltar que uma das atribuies do enfermeiro o gerenciamento do

    ambiente fsico e do material da unidade. Ele o responsvel pela manuteno

    do espao e por controle de materiais; de sua responsabilidade a fiscalizao

    do uso desnecessrio de materiais.

    A busca por conhecimentos relacionados ao gerenciamento de custo e

    sua aplicao na pratica assistencial e gerencial exige mudana na

    capacitao dos profissionais de sade no que se refere a valorizao dos

    aspectos financeiros da assistncia a sade e ao entendimento de que a

    finalidade de gerenciar os aspectos econmicos na sade esra fundamentada

    na otimizao dos recursos, na garantia do acesso e equidade aos usurios e

    na manuteno da qualidade do atendimento . O Gerenciamento de Custos na

    Enfermagem um processo administrativo que visa a tomada de deciso dos

    enfermeiros em relao a uma eficiente racionalizao na alocao de recursos

    disponveis e limitados, com o objetivo de alcanar resultados coerentes s

    necessidades de sade da clientela e s necessidades institucionais.

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    REFERNCIAS

    MARQUIS BL, HUSTON CJ. Administrao e liderana em enfermagem:

    teoria e prtica. 4 ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.

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    KURCGANT P, coordenadora. Gerenciamento em enfermagem. Rio de

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