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GESTÃO EMPRESARIAL INTEGRADA MÓDULO 2 CARACTERÍSTICAS DAS EXPECTATIVAS DO PROPRIETÁRIO

Gestão Empresarial Integrada 2

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  • GESTO EMPRESARIAL INTEGRADA

    MDULO 2

    CARACTERSTICAS DAS EXPECTATIVAS

    DO PROPRIETRIO

  • 2

    2012. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

    A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9610 / 1998).

    INFORMAES E CONTATOS: Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Unidade de Capacitao Empresarial UCE SGAS 604/605 - L2 Sul CEP: 70.200-645 Braslia, DF Telefone: (61) 3348-7350 Fax: (61) 3340-5095 www.sebrae.com.br

    Presidente do Conselho Deliberativo Roberto Simes (Presidente do CDN)

    Diretor Presidente Luiz Barretto Pereira Filho

    Diretor Tcnico Carlos Alberto dos Santos

    Diretor de Administrao e Finanas Jos Claudio S. dos Santos

    Gerente da Unidade de Capacitao Empresarial Mirela Malvestiti

    Gerente da Unidade de Polticas Pblicas Bruno Quick

    Coordenao Nacional Daniela Cristina Mendes Batista

    Equipe de Trabalho Wilson Correia de Azevedo Junior Rodrigo Estrela de Freitas

    Consultor Conteudista Robson de Nazareno (Robeliz)

    Consultora Educacional Marcelo Pustilnik Vieira

    Reviso Ortogrfica TOTVS S.A.

    Editorao Eletrnica TOTVS S.A.

  • 3

    Sumrio

    MDULO 2

    CARACTERSTICAS DAS EXPECTATIVAS DO PROPRIETRIO. ................................ 4

    UNIDADE 1

    IMPORTNCIA DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS. ........................ 5

    UNIDADE 2

    A PERCEPO DO PARTICIPANTE EM RELAO S EXPECTATIVAS DOS

    ATORES EMPRESARIAIS. .................................................................................. 19

    ATRIBUTOS DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS ........................ 22

    UNIDADE 3

    O PROPRIETRIO SATISFEITO. ......................................................................... 23

    UNIDADE 4

    A SATISFAO DO PROPRIETRIO NA PRTICA. ............................................... 48

    RESUMO

    ASSUNTOS ABORDADOS ................................................................................. 53

  • 4

    MDULO 2

    CARACTERSTICAS DAS EXPECTATIVAS DO PROPRIETRIO.

    Unidade 1: Importncia das expectativas dos atores empresariais.

    Unidade 2: A percepo do participante em relao s expectativas dos atores

    empresariais.

    Unidade 3: O proprietrio satisfeito.

    Unidade 4: A satisfao do proprietrio na prtica.

    Este Mdulo 2 dever propiciar condies necessrias para que voc desenvolva

    competncias que permitam:

    Compreender que o sucesso da organizao depende do atendimento das

    expectativas do proprietrio;

    Julgar como relevante os diversos dados e convert-los em informao gerando

    conhecimento;

    Relacionar as diversas caractersticas das expectativas do proprietrio existentes

    no contexto empresarial.

  • 5

    UNIDADE 1

    IMPORTNCIA DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES

    EMPRESARIAIS.

    Esta unidade visa:

    Demonstrar a importncia das expectativas dos atores empresariais para o sucesso

    da empresa.

    Uma pessoa pode at receber mais informaes graas tecnologia, mas se no

    possuir as capacidades necessrias para aproveit-las, no adianta.

    Peter Senge.

    As informaes sobre os atores e suas expectativas esto disponveis no

    ambiente;

    A tarefa de identific-las no fcil;

    preciso criar canais para obter as informaes certas e direcionadas ao

    negcio;

    As informaes, uma vez coletadas, precisam ser interpretadas;

    A interpretao leva ao conhecimento das necessidades que sua empresa deve

    atender, da forma e do momento em que devem ser atendidas;

    O desafio criar os canais de obteno das informaes e saber usar o

    conhecimento obtido em favor da empresa.

  • 6

    A IMPORTNCIA DA INFORMAO.

    Autor: desconhecido.

    Parece coisa de louco, mas no ! Esta a moral de uma histria que est circulando

    de boca em boca entre os principais especialistas norte-americanos em atendimento

    ao cliente. A histria comea quando a diviso de carros da Pontiac, da GM dos EUA,

    recebeu uma curiosa reclamao de um cliente. Eis o que ele escreveu:

    Esta segunda vez que mando uma carta para vocs, e no os culpo por no me

    responder. Eu posso parecer louco, mas o fato que ns temos uma tradio em

    nossa famlia, que a de comer sorvete depois do jantar. Repetimos este hbito

    todas as noites, variando apenas o tipo de sorvete, e eu sou o encarregado de ir

    compr-lo. Recentemente, comprei um novo Pontiac e desde ento minhas idas

    sorveteria se transformaram em um problema. Sempre que eu compro sorvete de

    baunilha, na volta para casa, o carro no funciona. Se compro qualquer outro tipo de

    sorvete o carro funciona normalmente. Os senhores devem achar que eu estou

    realmente louco, mas no importa o quo tola possa parecer a minha reclamao. O

    fato que eu estou muito irritado com meu Pontiac modelo 99.

    A carta gerou tantas piadas do pessoal da Pontiac que o presidente da empresa

    acabou recebendo uma cpia da reclamao. Ele resolveu levar a srio e mandou um

    engenheiro conversar com o autor da carta. O funcionrio (engenheiro) e o

    reclamante, um senhor bem-sucedido na vida e dono de vrios carros, foram juntos

    sorveteria no fatdico Pontiac. O engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a

    reclamao e o carro efetivamente no funcionou. O funcionrio da GM voltou nos

    dias seguintes, mesma hora, e fez o mesmo trajeto, e s variou o sabor do sorvete.

    Mais uma vez, o carro s no pegava na volta quando o sabor escolhido era baunilha.

    O problema acabou virando uma obsesso para o engenheiro, que acabou fazendo

  • 7

    experincias dirias anotando todos os detalhes possveis, e depois de duas semanas

    chegou a primeira grande descoberta. O sorvete de baunilha estava acomodado na

    primeira prateleira do freezer, e quando o dono do carro escolhia baunilha, o mesmo

    gastava menos tempo para pagar o produto e retornar ao veculo e dar a partida.

    Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: como o tempo de compra era

    muito mais reduzido no caso da baunilha em comparao com o tempo dos outros

    sabores, o motor no chegava a esfriar. Com isso, os vapores de combustvel no se

    dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantnea. A partir desse episdio,

    a Pontiac mudou o sistema de alimentao de combustvel e introduziu a alterao

    em todos os modelos a partir da linha 99.

    Mais do que isso, o autor da reclamao ganhou um carro novo, alm da reforma do

    automvel que no pegava com o sorvete de baunilha. A GM distribuiu tambm um

    memorando interno exigindo que seus funcionrios levem a srio at as reclamaes

    mais estapafrdias, porque pode ser que uma grande inovao esteja por trs de um

    sorvete de baunilha, diz a carta da GM.

    Para estimular as ideias sobre o a importncia das informaes, pense a respeito:

    O que voc, como empresrio, faria diante deste caso?

    Voc j analisou a importncia de pequenas informaes?

    Ser que voc est procurando atender s expectativas de cada ator

    empresarial?

  • 8

    Vamos agora entender o conceito de Dados, Informao e Conhecimento.

    DADOS INFORMAO CONHECIMENTO

    Fatos objetivos e

    discretos acerca de

    eventos, registros

    organizados de

    transaes.

    Os textos

    contextualizados,

    categorizados,

    corrigidos,

    condensados ou

    provenientes de

    clculos.

    Decorre da informao e

    obtido pela ao

    humana por meio da

    comparao, anlise,

    ligao e conversaes.

    No tm significado em

    si mesmos;

    No fornecem

    julgamento ou

    interpretao nem

    qualquer base para a

    ao.

    A Informao est

    sempre associada

    ideia de mensagem, na

    medida em que existe

    sempre um emissor e

    um receptor.

    Associadas ao conceito

    de conhecimento esto

    experincia, verdade,

    julgamento e regras.

    Fonte: IATROS (2003).

  • 9

    Esclarecendo o Processo de Construo do Conhecimento.

    Dado: Elemento ou base para a formao de um juzo, de uma opinio.

    Informao o resultado da transformao do dado em algo avaliado a partir de

    um contexto e, portanto, possvel de ser entendido. o contexto destes dados

    que os transformaram em informao. A mente humana que d forma aos dados

    para criar uma informao com conhecimentos significativos.

    O conhecimento compreender a informao gerada, por meio de comparaes,

    anlises e experincia que a mente humana processou. a associao de

    conhecimentos prvios com informaes adicionais para o entendimento de

    algo.

  • 10

    Agora relacionaremos os conceitos ao exemplo do carro da Pontiac, da GM.

    O dado o carro no funcionar quando o cliente compra sorvete de baunilha.

    (O dado chegou at o empresrio e era aparentemente sem sentido).

    A informao o tempo para compra de sorvete de baunilha ser menor que o

    tempo para compra de sorvete de outros sabores.

    (Para que este dado fizesse sentido para o empresrio, foi necessrio que ele

    fizesse o processamento desse e de outros dados, que ele coletou

    posteriormente, quando foi at o cliente, para ter uma informao importante

    que fazia sentido para ele: o tempo de compra era menor, logo, essa poderia ser

    a informao que resolveria o enigma).

  • 11

    O conhecimento saber que os vapores de combustvel do motor no se

    dissipavam no tempo destinado para a compra do sorvete de baunilha (tempo

    menor do que o tempo para a compra de outros sabores de sorvete), impedindo

    que a nova partida fosse instantnea.

    (O conhecimento foi entender que a informao fazia sentido quando relacionada

    ao funcionamento do motor). De posse desse conhecimento, o empresrio pde

    agir corretivamente e atender de forma satisfatria expectativa do cliente, ou

    seja, com este conhecimento, a Pontiac mudou o sistema de alimentao de

    combustvel e introduziu a alterao em todos os modelos a partir da linha 99.

    ATENO:

    Preste ateno a todo tipo de dado que chega at voc;

    Comece a casar os dados, formando informao e associando aos que

    voc j conhece.

  • 12

    Aspectos relevantes no processo de construo do conhecimento:

    Muitas vezes, as informaes no chegam de forma organizada e coerente; os

    dados podem parecer ambguos e conflitantes;

    O empresrio deve organizar estes dados em categorias bem definidas para

    transform-los em informao. Com isso, condensando e colocando no contexto

    da empresa, ou seja, deve relacion-los a fatos j conhecidos, avaliando a

    importncia e sentido, aprendendo a decidir quem deve receb-los, para ento se

    tomar uma deciso;

    Gerenciar o conhecimento parte essencial para dar respostas competitivas ao

    que acontece no ambiente externo;

    O conhecimento que interessa a uma organizao sempre relacionado a um

    contexto e serve realizao de melhorias;

    Compreender as expectativas dos atores empresariais ir gerar um conjunto

    nico de informaes, que, compreendidas, sero transformadas em

    conhecimento e iro configurar a maneira como a empresa gera valor para cada

    um deles;

    preciso levantar/organizar os dados, a informao e o conhecimento

    relacionados s expectativas de cada ator.

    Somente assim que se saber o quanto de cada expectativa est sendo

    atingida;

    Cada ator empresarial espera alguma coisa da empresa, ento, para esta ser

    eficaz, ou seja, agir com eficincia e dar resultados, o empresrio deve atender

    s expectativas destes atores, isto deve ser considerado como metas

    empresariais.

  • 13

    META:

    o alvo, o fim que se busca. Corresponde expectativa do ator na viso da empresa.

    DESAFIO:

    Conhecer as expectativas de cada ator e saber se elas esto sendo atingidas.

    PAPEL DO EMPRESRIO:

    Deve monitorar e gerir seus resultados, promovendo correes e ajustes necessrios,

    quando perceber que a expectativa no est sendo atingida.

    O empresrio deve ter como meta a obteno da expectativa dos atores empresariais.

    Somente promovendo a ao conjunta destes atores o objetivo traado ser

    alcanado, isto , a eficcia s ser atingida se todos, de forma sinrgica,

    convergirem para a meta do empresrio.

    A expectativa de cada ator so as metas para o empresrio.

    O sucesso da empresa depende diretamente do conhecimento de cada ator

    empresarial, suas expectativas e os atributos necessrios sua satisfao.

  • 14

    Satisfao do Proprietrio.

    O motivo para se constituir uma empresa o lucro.

    O esforo do empreendedor s se transforma em sucesso quando este consegue

    reverter seu investimento em uma subsistncia digna.

  • 15

    Satisfao do Colaborador.

    O colaborador o espelho das aes do proprietrio, a porta de entrada do cliente.

    Deve se sentir recompensado para possuir aes pr-ativas, geradoras de receita.

  • 16

    Satisfao do Fornecedor.

    Possuir a condio de parceria junto ao fornecedor se traduz em melhores produtos,

    nos prazos adequados e no preo justo.

    Somente se os dois ganharem ser possvel estabelecer esta relao, afinal, ningum

    est trabalhando para levar desvantagem e ambos tm o interesse em fazer negcio.

  • 17

    Satisfao do Cliente.

    necessrio perceber se a empresa toma providncias para que seus clientes saiam

    satisfeitos em relao percepo destes.

    Ser que todo cliente que entra em sua empresa saiu plenamente atendido?

  • 18

    Satisfao da Sociedade.

    A sociedade s ir receber a empresa naquela comunidade caso se sinta protegida

    quanto ao que percebe em seus valores, isto , uma comunidade no v com bons

    olhos o descarte de material no meio da rua, ou aes que possam degradar as

    imediaes.

    A postura de uma empresa reflete na aceitao da mesma pela sociedade.

    a

  • 19

    UNIDADE 2

    A PERCEPO DO PARTICIPANTE EM RELAO S

    EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS.

    Esta unidade visa:

    Orientar o processo de identificao dos conhecimentos sobre os atributos das

    expectativas dos atores empresariais (Cliente, Proprietrio, Colaborador, Fornecedor e

    Sociedade).

    Para estimular as ideias sobre o processo de identificao dos atributos das

    expectativas dos atores empresariais, pense a respeito:

    Voc sabe o que o seu cliente deseja?

    Ser que ele est satisfeito com os produtos e servios que sua empresa

    oferece?

    Voc j testou esse seu conhecimento? De que forma?

    E o que voc deseja do seu negcio?

    Qual a sua expectativa daqui a um, dois ou trs anos?

    Agora ser estudado, com mais detalhes, os atributos das expectativas do

    PROPRIETRIO.

  • 20

    ATORES EMPRESARIAIS E SUAS EXPECTATIVAS

    PROPRIETRIO = LUCRO

    COLABORADOR = RECOMPENSA

    FORNECEDOR = PARCERIA

    CLIENTE = SATISFAO

    SOCIEDADE = BEM-ESTAR

  • 21

    Vamos agora entender o conceito de atributo.

    Muita ateno neste conceito. Nas prximas unidades este termo ser bastante

    utilizado.

    CONCEITO:

    Atributo o que prprio, particular a um ser.

    So caractersticas qualitativas de algo ou algum.

    Exemplo: os atributos de uma mulher podem ser magra, alta, irnica ou

    qualquer outra caracterstica.

    Para satisfazer a necessidade do ator cliente, a caracterstica necessria

    pode ser bom atendimento, preo ou outra caracterstica da necessidade de

    satisfao. Portanto, os atributos das expectativas de cada ator empresarial

    so os pontos que o empresrio deve atender para satisfazer os mesmos.

  • 22

    ATRIBUTOS DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS

    Atributos da expectativa do PROPRIETRIO:

    Equilbrio no fluxo de caixa; Administrao do patrimnio; Inadimplncia em nvel aceitvel.

    Atributos da expectativa do CLIENTE:

    Conforto no ponto de venda. Bom atendimento. Qualidade. Preo justo. Condies de pagamento. Servio de ps-venda.

    Atributos da expectativa do COLABORADOR:

    Adequao do perfil s atividades. Clima organizacional saudvel. Condies de trabalho satisfatrias. Remunerao justa. Desenvolvimento profissional. Perspectiva de crescimento.

    Atributos da expectativa do FORNECEDOR:

    Preo justo. Prazo adequado para pagamento. Preciso na entrega. Confiana. Fidelidade.

    Atributos da expectativa da SOCIEDADE:

    Legalidade nas aes. Contribuio para o desenvolvimento social. Respeito ao meio ambiente. Respeito tica no mercado.

  • 23

    UNIDADE 3

    O PROPRIETRIO SATISFEITO.

    Esta unidade visa:

    Colaborar na identificao e caracterizao dos atributos necessrios satisfao do

    proprietrio.

    Lembre-se:

    A expectativa do proprietrio o lucro.

    Para estimular as ideias sobre satisfao do proprietrio, pense a respeito:

    Voc obtm o mximo de sua empresa?

    Ser que seu lucro poderia ser maior?

    Voc tem aumentado o patrimnio de sua empresa?

    E seus clientes, so bons pagadores?

  • 24

    Veja agora o relacionamento entre Empresa e Lucro.

    O principal objetivo da empresa buscar a maximizao dos lucros, obtidos com a

    diferena das receitas e suas despesas.

    As Receitas representam a venda de seus bens ou servios durante um determinado

    perodo.

    As Despesas representam o que foi gasto para produzir ou alocar para contratar mo

    de obra e outros custos.

    O lucro igual soma das receitas, menos a soma das despesas.

  • 25

    As mudanas para aumentar o lucro podem afetar a receita, na oferta de descontos e

    servios agregados ou influenciar nas despesas, atravs da reduo de custos de

    produo ou melhora dos processos internos.

  • 26

    Para estimular as ideias sobre mudanas visando aumentar os lucros, pense a

    respeito:

    Vocs j implementaram produtos ou servios solicitados pelos clientes e depois

    perceberam que os mesmos no trouxeram o retorno desejado?

    Qual alternativa melhor se encaixa na empresa de vocs? Abaixar os preos ou

    otimizar os processos internos?

    Vocs j ouviram falar de fluxo de caixa?

    Voc se preocupa em administrar seu patrimnio?

    Voc sabe o que inadimplncia em nvel aceitvel?

    Como utilizar estas ferramentas para aumentar o lucro de sua empresa?

    EXPECTATIVA DO PROPRIETRIO: LUCRO.

    Atributos que contribuem para o lucro:

    Equilbrio do fluxo de caixa;

    Administrao do patrimnio;

    Inadimplncia em nvel aceitvel.

  • 27

    EQUILBRIO NO FLUXO DE CAIXA.

    O Fluxo de Caixa uma ferramenta gerencial onde se registra todos os pagamentos

    (direitos) efetuados e recebimentos esperados em um determinado perodo de

    tempo. Permitindo planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos

    financeiros da empresa. uma tima ferramenta para auxiliar nas tomadas de

    decises.

  • 28

    COMPOSIO DO FLUXO DE CAIXA:

    Exemplo da Composio do Fluxo de Caixa.

    Recursos a receber: vendas e saldos de aplicaes financeiras.

    Despesas a pagar: matria-prima, pr-labore, salrios e benefcios dos

    colaboradores, impostos, obrigaes sociais, aluguel, luz, telefone, IPTU,

    campanhas publicitrias, embalagens, emprstimos, tarifas bancrias, etc.

    Voc sabe a diferena entre lucro e pr-labore?

    CONCEITO

    Pr-labore:

    o salrio mensal que um

    administrador recebe pelos trabalhos

    prestados prpria empresa.

    Lucros:

    So os resultados positivos apurados

    ao fim de cada perodo - o prprio

    nome j diz claramente: lucro, que

    grosseiramente podemos conceituar

    como o que sobrou de dinheiro aps

    pagar todas as despesas previstas,

    inclusive o pr-labore.

    Despesas a pagar Recursos a receber

    Representam as movimentaes de recursos financeiros disponveis na organizao

  • 29

    Leia o exemplo a seguir para melhor entender esse conceito:

    Uma empresa de venda de artigos esportivos, chamada Sport Time, foi aberta em

    2006, e possui trs scios: Joo, Pedro e Maria. No momento de criao da mesma,

    ficou definido que Pedro e Maria contribuiriam com 80% do capital necessrio e que

    Joo entraria com 20% e mais seu trabalho. No final de cada ms, Joo tem direito

    ao pr-labore, ou seja, um salrio referente ao trabalho executado.

    A distribuio mensal dos lucros obtidos s ocorre aps a deduo de todas as

    despesas, inclusive o pr-labore pago a Joo. O acordo que o lucro que sobrar, se

    sobrar, ser dividido entre os 3 scios, em porcentagens proporcionais ao seu

    investimento. Sendo assim, Pedro e Maria recebero cada um 40% do lucro e Joo

    receber pr-labore e mais 20% do lucro.

    O pr-labore deve ser definido de tal forma que no atrapalhe os investimentos e

    o capital de giro da empresa.

  • 30

    Cuidados com o Fluxo de Caixa podem:

    Prever possveis investimentos (com as sobras);

    Buscar recursos quando existir dficit;

    Diminuir seus emprstimos bancrios;

    Baixar despesas de juros;

    Aumentar lucros.

    Muitas empresas efetuam investimentos em momentos que deveriam manter seu

    capital de giro, atitude que acaba comprometendo seu caixa. Ex.: aquisio de

    estoque acima do necessrio para o ms, quando neste mesmo ms ser

    necessrio o pagamento da prestao de maquinrio;

    Algumas vezes pode ser vantajoso solicitar um emprstimo bancrio para

    alguma aquisio, evitando comprometer o capital de giro;

    O empresrio deve ficar atento, pois, muitas vezes, o saldo positivo existente j

    est comprometido para o pagamento de despesas a vencer. Ex.: em dezembro,

    o estoque foi reforado para as vendas de final de ano. Como havia muitos

    produtos para vender, o perodo favorecia as vendas. Se tudo foi vendido,

    aparentemente, o lucro do ms foi alto, mas este lucro deve ser reservado

    para reposio do estoque, pagamento de 13 salrio, proviso de impostos

    vindouros, entre outros.

    A ateno em se manter sempre o equilbrio do Fluxo de Caixa fundamental

    para a sobrevivncia da empresa, pois o descontrole deste item pode levar a

    empresa falncia.

  • 31

    CONCEITOS DO ATRIBUTO PATRIMNIO.

    o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma pessoa fsica ou jurdica, que

    possam ser avaliados em dinheiro.

    Ou seja, Patrimnio so os bens, direitos e obrigaes que uma empresa possui.

    COMPOSIO DO PATRIMNIO

    (Elementos Positivos e Negativos)

    Bens e Direitos: Obrigaes:

    O que a empresa tem a receber O que a empresa tem a pagar

    (Ativo = Bens + Direitos) (Passivo = Dvidas)

    Composio do Patrimnio de uma empresa:

    Entre os ativos, esto maquinrios, veculos, mveis, duplicatas, cheques a

    receber, estoque e caixa;

    No passivo, esto prestaes, aluguel, despesas com pessoal, fornecedores;

    Deve existir equilbrio entre os bens e direitos e as obrigaes, para que no

    comprometa a capacidade de pagamento da empresa ou mantenha muito

    estoque em detrimento do capital de giro.

  • 32

    Cabe ao administrador equilibrar certa quantidade de ativo circulante para garantir a

    solvncia com certa quantidade de ativo permanente para garantir o valor do produto

    para o cliente.

    Alberto Tomiya.

    O administrador financeiro deve se preocupar em preservar ou aumentar o valor do

    patrimnio, isto , no deix-lo depreciar at que fique sem valor de mercado e

    atualizar os ativos para que estes possam gerar riqueza.

    Administrar o Patrimnio significa decidir sobre situaes que

    PRESERVEM ou AUMENTEM seu valor.

  • 33

    Os ativos (coluna da esquerda) iro garantir a solvncia (liquidez) da empresa

    (coluna do meio);

    Isso significa somente que a empresa tem condies de honrar com os

    compromissos de curto prazo, mas no iro gerar riqueza ou aumentar o

    patrimnio.

  • 34

    Os ativos permanentes precisam ser utilizados de forma a gerar valor para seu

    negcio, o ativo permanente que gera capital para a empresa. Otimizar

    consiste na utilizao mxima do ativo permanente, na utilizao de toda a

    capacidade do ativo, o que significa evitar ociosidade ou no aproveitamento de

    oportunidades de ganhos.

    Exemplo: mquinas ociosas podem ser oferecidas para subcontratao; parte de

    um galpo vazio pode ser alugado, trazendo com isso capital de giro para a

    empresa.

    A empresa precisa otimizar a utilizao dos ATIVOS PERMANENTES para obter o

    mximo de ganhos de capital com eles.

  • 35

    Os ativos permanentes (coluna da esquerda) iro transformar os insumos em

    produto ou servio (coluna do meio), que sero transformados em receitas

    operacionais;

    Portanto, a administrao do patrimnio ir produzir riqueza e gerar lucro;

    Por exemplo: o empresrio que deixa suas instalaes mal cuidadas passa a ter

    clientes insatisfeitos, refletindo na sua receita. Da mesma forma, um

    equipamento defasado ir produzir menos que outro mais moderno.

  • 36

    Voc est cuidando, preservando ou aumentando o valor do seu patrimnio?

    Avalie se os mveis e equipamentos que compem o patrimnio da empresa

    esto contribuindo para gerar riqueza ou se j esto obsoletos;

    No deixe veculos, mquinas e instalaes sem manuteno. Isso pode torn-

    los sucatas, sem valor de revenda, reduzindo o lucro da empresa;

    Fique atento questo da retirada do lucro obtido. Se o empresrio optar por

    retirar 100% do lucro, no ter como reinvestir na empresa, comprometendo a

    substituio de itens defasados, novos investimentos, reformas, treinamentos,

    etc.

    Portanto, estabelecer o percentual do lucro a ser retirado ir favorecer a gerao de

    riqueza.

    Administrar o patrimnio da empresa necessrio para atender satisfao do

    proprietrio, o lucro.

  • 37

    INADIMPLNCIA.

    INADIMPLNCIA o no

    pagamento at a data de

    vencimento, de um compromisso

    financeiro assumido para aquisio

    de bem durvel, ou prestao de

    servios, devidamente executados

    INADIMPLNCIA EM NVEL

    ACEITVEL aquela que no

    compromete a sade da

    empresa (controlada).

    Para adotar uma poltica de crdito existem algumas variveis, como:

    Prazo do crdito;

    Padro de crdito;

    Poltica de cobrana;

    Desconto oferecido para pagamento antecipado.

  • 38

    necessrio um sistema de contas a receber para que o fluxo de caixa no fuja do

    controle e as dvidas no fiquem incobrveis, pois isso ir corroer todo o lucro obtido

    com as outras receitas.

    Empresas que possuem esse tipo de controle tm condies de adotar medidas

    corretivas para ter rentabilidade e liquidez suficientes para remunerar seus

    proprietrios e honrar com os compromissos futuros.

  • 39

    Apesar da inadimplncia no ser previsvel, ela pode ser controlada atravs dos

    mecanismos apresentados. Como empresrio, voc deve estar atento a este fator,

    que pode comprometer toda a programao financeira. O enfraquecimento do caixa

    pode gerar o atraso de pagamento de boletos, a postergao de um investimento, a

    devoluo de um cheque e at mesmo a falta de crdito.

    LEMBRE-SE:

    Os atributos do lucro so:

    Equilbrio do Fluxo de Caixa;

    Administrao do patrimnio;

    Inadimplncia em nvel aceitvel.

    Para reforar o contedo explanado (atributos da expectativa dos proprietrios) e

    esclarecer qualquer dvida que tenha ficado na explicao do tema faa a leitura dos

    textos complementares.

  • 40

    O PROPRIETRIO.

    Autor: Vanauey Ferreira Vieira.

    O objetivo principal da empresa em atividade consiste em buscar a maximizao dos

    lucros. O lucro nada mais do que a diferena entre a receita (vendas) e seus custos

    de produo e manuteno (despesas). As receitas so as quantidades monetrias,

    que a empresa obtm pela venda de seus bens ou servios, durante um determinado

    perodo. o resultado da multiplicao do nmero de unidades vendidas pelo seu

    preo de venda. J os custos so os gastos ligados produo desses mesmos bens

    e servios e so expressos como pagamentos derivados da contratao de mo de

    obra, custos operacionais e demais fatores de produo, como matria-prima.

    Segundo Lanning e Phillips, citados por Kotler (1998), Algumas organizaes tentam

    fazer tudo que os clientes sugerem.

    Todavia, enquanto os clientes fazem sugestes muito boas, algumas podem exigir

    providncias que so impraticveis ou do prejuzo. Atender a essas sugestes

    aleatoriamente distanciar-se muito do foco de mercado, e consequentemente do

    lucro. preciso fazer uma escolha disciplinada das sugestes que devem ser

    atendidas e saber qual a combinao que deve ser negada.

    Promover a satisfao do cliente, sem comprometer o lucro, deve ser uma deciso

    diria do empresrio, o que deve ser observado o quanto isso ir impactar nos

    lucros da empresa, podendo abaixar o preo ou oferecendo novos servios

    agregados, ou diminuir os custos melhorando os processos de manufatura. (Kotler,

    adaptado).

  • 41

    O CAMINHO PARA UMA EMPRESA SAUDVEL: O FLUXO DE CAIXA.

    Autor: Vanauey Ferreira Vieira.

    Uma boa administrao necessita de informaes para que a atividade da empresa

    flua de maneira a atingir seu objetivo final, que o lucro. Contanto que as

    informaes sejam reais e representem a situao da empresa no momento em que

    so levantadas, o gestor possui uma ferramenta importante em seu trabalho, o fluxo

    de caixa.

    As empresas vendem diariamente, recebendo sua renda, e pagam diariamente,

    conforme a demanda, com um agravante: no existe a confiana nas previses de

    seus recebimentos. Da a importncia de ter equilbrio no fluxo de caixa, melhorando

    suas previses e organizando as coisas para que os recebimentos de caixa coincidam

    com as necessidades de desembolsos, isto , saber o que ir receber e o que ir

    pagar em certo perodo de tempo. Reconhecendo isso, o empresrio deve gerar sua

    receita, diariamente, prevendo que no decorrer do ms iro surgir despesas, gerando

    ciclos de faturamento regulares, podendo prever possveis investimentos com as

    sobras, bem como a busca de recursos quando existir dficit no caixa da empresa.

    Isso melhora a sincronizao de fluxos de caixa, a qual, por sua vez, permite s

    empresas reduzir seus saldos de caixa, diminuir seus emprstimos bancrios, baixar

    despesas de juros e aumentar os lucros.

    Para uma empresa ter agilidade e segurana em suas atividades financeiras, o fluxo

    de caixa uma ferramenta essencial, refletindo a situao econmica da empresa, em

    termos financeiros de futuro. O fluxo de caixa o instrumento que permite ao

    administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos

    financeiros de sua empresa para determinado perodo. Demonstra a capacidade da

    empresa de manter disponibilidade financeira regular (dinheiro em caixa) para cumprir

    as obrigaes contratadas e remunerar seus proprietrios.

  • 42

    Segundo Campos Filho (1999), os administradores, contadores, os gestores precisam

    ter informaes confiveis, de fcil entendimento, que estejam disponveis em tempo

    hbil. O feeling do empresrio precisa ser completado com o que dizem os nmeros

    gerados pelos controles, precisam acompanhar os acontecimentos no mundo e

    principalmente no Brasil, avaliando sua influncia no segmento dos negcios e

    financeiro.

    Conforme Gitman (1997: 586), citado por Campos Filho, o planejamento de caixa a

    espinha dorsal da empresa. Sem ele, no se sabe quando haver caixa suficiente para

    sustentar as operaes ou quanto se necessitar de financiamentos bancrios.

    Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de

    emprstimos de ltima hora podero perceber como difcil encontrar bancos que as

    financie.

    Muitas vezes, olhamos mais o fluxo de caixa e no o fato de a empresa apresentar

    um lucro ou prejuzo contbil. O caixa inquestionvel. Se houver fluxo de caixa

    positivo, a empresa est gerando mais caixa que consumindo, dando indcios de que

    a operao est gerando lucro. O contrrio no necessariamente verdade. Assim,

    precisamos analisar o fluxo de caixa do perodo.

    No se pode esquecer que as empresas vendem diariamente, recebendo sua renda, e

    pagam diariamente, conforme a demanda, com um agravante: no existe a confiana

    nas previses de seus recebimentos. Da a importncia de ter equilbrio no fluxo de

    caixa, melhorando suas previses e organizando as coisas para que os recebimentos

    de caixa coincidam com as necessidades de desembolsos, isto , saber o que ir

    receber e o que ir pagar em certo perodo de tempo. Reconhecendo isso, o

    empresrio deve gerar sua receita, diariamente, prevendo que no decorrer do ms iro

    surgir despesas, gerando ciclos de faturamento regulares, podendo prever possveis

    investimentos com as sobras, bem como a busca de recursos quando existir dficit

    no caixa da empresa. Isso melhora a sincronizao de fluxos de caixa, a qual, por sua

    vez, permite s empresas reduzir seus saldos de caixa, diminuir seus emprstimos

    bancrios, baixar despesas de juros e aumentar os lucros.

  • 43

    CAPACIDADE DA EMPRESA DE PRESERVAR E MAXIMIZAR SEU PATRIMNIO.

    Autor: Vanauey Ferreira Vieira.

    Entende-se por patrimnio o conjunto de bens e direitos da empresa que podem ser

    transformados em disponibilidade financeira no curto, mdio e longo prazos.

    Administrar o patrimnio significa decidir sobre situaes que preservem ou

    aumentem seu valor. A ateno a isto necessria, evitando-se empregar mal ou

    deixar dinheiro parado. Deve-se analisar se mais vantajoso investir na aquisio e

    reforma de um imvel quando a necessidade renovar o estoque, cuidar para que

    veculos, mquinas e instalaes sem manuteno tornem-se ativos sem valor de

    revenda.

    A gesto do que se tem a pagar, fornecedores, salrios ou impostos, tambm faz

    parte deste contexto, no qual os juros e multas corroem o lucro obtido nas vendas. O

    empresrio deve estar atento ao desconto oferecido para o pagamento em dia, para o

    benefcio adquirido na compra vista, alm de no se preocupar com o crdito

    disponvel, quando se est com o nome limpo na praa.

    O ativo circulante formado por bens ou direitos da empresa, que podem ser

    convertidos em caixa em um prazo menor que 1 ano. Assim, as contas como caixa,

    aplicaes financeira de curto prazo, estoques e duplicatas a receber so

    classificadas nesta conta.

    Note que a classificao de um item no ativo circulante um critrio, pois no d

    para prever se um determinado item de estoque vai ser vendido num prazo menor que

    1 ano (espera-se que sim!). Mas, geralmente, todos estes itens so transformados em

    caixa num prazo menor que 1 ano.

    Uma caracterstica importante do ativo circulante que os itens que compem este

    grupo so ativos com liquidez. Liquidez a velocidade com que determinado ativo se

    transforma em caixa. Logicamente, a conta caixa o ativo com maior liquidez, j que

  • 44

    esta conta dinheiro vivo por natureza. O estoque e as duplicatas so ativos menos

    lquidos, j que os estoques precisam ser vendidos para se transformar em caixa e as

    duplicatas precisam ser recebidas para se transformar em dinheiro vivo. Mas, espera-

    se que estoques e duplicatas se transformem em caixa em um perodo menor que 1

    ano. Por isso classificamos nesta conta.

    O caixa da empresa, aplicaes de curto prazo, contas a receber e estoques (ativo

    circulante) asseguram a solvncia da empresa, ou seja, a capacidade da empresa

    efetuar seus pagamentos, mas por si s, no representa um ndice de desempenho

    operacional da empresa. Explico melhor, uma empresa que tenha alto ndice de ativo

    circulante no indica que a empresa tenha um desempenho operacional excelente,

    pois o ativo circulante no produz nada, ele apenas fornece o caixa para pagar os

    compromissos e financiar os clientes, alm do estoque. Nada mais que isso.

    Na verdade, quem produz e gera riqueza o ativo permanente. Esse sim precisa ter

    um desempenho operacional excelente para que a empresa atinja os objetivos

    contidos na sua estratgia operacional. Pode-se dizer que o ativo circulante assegura

    a solvncia, mas no assegura a sobrevivncia da empresa. A empresa precisa

    otimizar a utilizao dos ativos permanentes para conquistar um diferencial no

    mercado.

    Pode-se dizer que o risco de uma empresa inversamente proporcional quantidade

    de ativo circulante. Nesse contexto, pode-se caracterizar risco como a possibilidade

    de a empresa no conseguir pagar seus compromissos de curto prazo.

    O ativo permanente composto pelos bens ou direitos da empresa que geram caixa

    por um perodo superior a 1 ano. So imobilizados, como mquinas e prdios, e

    qualquer outro bem ou direito que se presume no estar venda. Ficaro no ativo por

    um longo prazo, j que so utilizados para operacionalizar a empresa, ou seja, para

    materializar produtos e servios que sero transformados em receitas operacionais.

    o que realmente produz os produtos acabados ou vende a imagem necessria para os

    servios prestados, agregando valor ao produto ou servio para o cliente. Assim,

  • 45

    espera-se que o retorno do investimento do ativo permanente seja superior ao retorno

    do investimento do ativo circulante.

    Resumindo, o ativo circulante garante a solvncia (diminuio do risco), enquanto o

    ativo permanente garante a lucratividade (aumento do retorno).

    Finalmente, o Passivo Circulante so obrigaes que vencem em um perodo inferior a

    1 ano. Como exemplo, pode-se citar os fornecedores de curto prazo, impostos a

    pagar e salrios a pagar.

    A pergunta que pode surgir : quanto devo ter de ativo circulante e ativo

    permanente na empresa? A que entra a arte da administrao. No existe uma

    resposta nica para esta pergunta. Cabe ao administrador equilibrar certa quantidade

    de ativo circulante para garantir a solvncia da empresa com certa quantidade de

    ativo permanente para garantir o valor do produto para o cliente.

    Alberto Tomiya.

    COMO ANDA A INADIMPLNCIA?

    Texto extrado do site www.administradores.com.br, acessado em 02/03/2012.

    Responsvel por medir o volume de operaes de crdito no varejo, o indicador

    divulgado em 16/06/2009 pela Confederao Nacional de Dirigentes Lojista (CNDL) e

    pelo Servio Nacional de Proteo ao Crdito (SPC) aponta um crescimento recorde

    de 11,45% de inadimplncia no pas. O ndice corresponde s incluses de

    consumidores no SPC nos primeiros cinco meses de 2009 em relao ao mesmo

    perodo de 2008.

    A onda de desemprego registrada nos meses de novembro e dezembro do ano

    passado e a falta de confiana do consumidor so os principais fatores apontados na

    pesquisa CNDL/SPC.

  • 46

    CONTROLANDO OS DEVEDORES.

    Autor: Vanauey Ferreira Vieira.

    Um acontecimento aparentemente sem influncia para uma empresa tem impacto

    direto nos seus resultados. Crise mundial, dificuldade de crdito agrcola,

    desemprego. Todos esses fatores so indicadores que a populao, de um modo

    geral, est com menos recursos disponveis. O Servio de Proteo ao Crdito (SPC)

    indica a quantidade de clientes inadimplentes. Esses mesmos clientes esto

    comprando na sua empresa ou no seu concorrente!

    As empresas, em geral, prefeririam vender vista e no a prazo, mas a competio

    fora a maioria delas a oferecer crdito. Assim, mercadorias so enviadas, servios

    so prestados, os estoques so reduzidos e uma conta a receber criada.

    importante haver um sistema de monitoramento porque, sem ele, o contas a

    receber atingiro nveis excessivos, os fluxos de caixa diminuiro e dvidas

    incobrveis iro absorver os lucros gerados pelas vendas.

    O objetivo tomar medidas corretivas e a nica forma de saber se a situao est

    escapando ao controle instituir um bom sistema de controle dos valores a receber e

    fazer o seu acompanhamento.

    O empresrio deve ter o seu grau de adimplncia (pagamentos em dia) em nveis que

    permitam ao negcio ter liquidez e rentabilidade suficientes para cumprir todas as

    suas obrigaes nos prazos contratados e remunerar os proprietrios.

    Segundo Brigham/Houston (1999), a poltica de crdito abrange quatro variveis:

    1. Prazo do crdito: o tempo dado aos compradores para pagarem suas compras

    ou servios;

    2. Padres de crdito: referem-se capacidade financeira mnima dos clientes a

    prazo aceitveis e quantia de crdito disponvel para os diferentes clientes;

    3. Poltica de cobrana: medida pelo seu rigor ou maleabilidade na cobrana das

    contas com pagamentos atrasados;

    4. Descontos: so oferecidos para pagamentos antecipados, incluindo o valor do

    desconto e o prazo.

  • 47

    A rea responsvel por analisar o crdito precisa de informaes rpidas, acuradas e

    atualizadas. Para ajudar na obteno destas informaes, contamos com rgos de

    proteo ao crdito que tm condies de verificar se o cliente bom pagador ou

    no, atravs de seu banco de dados.

    Hoje em dia, apesar de cobrar altas taxas, o carto de crdito e dbito um aliado do

    empresrio, pois garante o pagamento do que foi adquirido, dispensando os

    demorados cadastros.

    A poltica de cobrana refere-se aos procedimentos seguidos pela empresa para

    receber contas vencidas. O procedimento de cobrana pode ser caro, tanto em

    termos de desembolsos como de confiana perdida. No entanto, alguma firmeza

    necessria para evitar um prolongamento indevido do prazo de cobrana e para

    minimizar as perdas por contas incobrveis.

    Deve-se chegar a um equilbrio entre os custos e benefcios das diferentes polticas de

    cobrana.

    Possivelmente, este cliente est inadimplente com outras empresas e todas

    competem entre si para cobrar primeiro o seu crdito. Ser eficiente na cobrana

    conseguir identificar os clientes em atraso e agir o mais rpido e com a maior

    preciso possvel. Uma cobrana ineficiente pode gerar dificuldade em equilibrar seu

    fluxo de caixa e ainda corre-se o risco de nunca mais se obter os valores devidos.

    Mas tome muito cuidado, uma cobrana mal feita ou indevida pode ferir o Cdigo de

    Defesa do Consumidor e ocasionar um problema ainda maior para o empresrio, alm

    de prejudicar sua imagem no mercado.

  • 48

    UNIDADE 4

    A SATISFAO DO PROPRIETRIO NA PRTICA.

    Esta unidade visa:

    Auxiliar na execuo de exerccio que reforce a caracterizao dos atributos

    necessrios satisfao do proprietrio.

    Para exemplificar a prtica dos conceitos referentes aos atributos do lucro: equilbrio

    do fluxo de caixa, administrao do patrimnio e inadimplncia em nvel aceitvel,

    efetue a leitura do texto A oficina Caranga e o Senhor Quebra-Galho.

    A OFICINA CARANGA E O SR. QUEBRA-GALHO.

    Autor: Vanauey Ferreira Vieira (adaptado).

    Um experiente mecnico, Sr. Quebra-Galho, montou, nos anos 80, a Oficina Caranga.

    Naquela poca de carroas, no eram necessrios muitos equipamentos para fazer

    seu negcio funcionar. Bastava apenas um jogo de chaves e conhecer alguma coisa

    de mecnica de automvel.

    Com o passar dos anos, e devido abertura do pas para exportaes, fbricas

    estrangeiras, com carros mais desenvolvidos, passaram a fazer parte da paisagem das

    nossas cidades. Com isso, as indstrias nacionais se viram obrigadas a melhorar os

    carros fabricados aqui. Aos poucos, o carburador foi substitudo pela injeo

    eletrnica, a rebimboca da parafuseta no quebrava mais e o Sr. Quebra-Galho

    precisou se adequar aos novos tempos e adquirir equipamentos modernos, passando

    ento a ser chamado de Sr. Empresrio.

  • 49

    A Oficina Caranga passou a ser referncia em bons servios e equipamentos

    modernos, mas isso estava gerando um custo muito grande para o Sr. Empresrio,

    afinal, todos o meses, as fbricas inventavam uma pea exclusiva que necessitava de

    um equipamento novo ou um curso especfico. Se estas inovaes no

    acontecessem, a oficina certamente perderia clientes. Nesta nova conjuntura, para

    verificar o funcionamento da parte eltrica do motor, olhar alinhamento e constatar

    trinco no pisto exigem equipamentos caros, geridos por softwares de computador

    que precisam ser atualizados periodicamente. Acabou-se a fase em que era s ouvir o

    barulho para saber o que estava acontecendo. Tudo agora eletrnico!

    O Sr. Quebra-Galho precisava fazer sua empresa desenvolver, pois os mesmos

    clientes estavam sendo disputados com seus concorrentes, e algumas vezes este

    empresrio via diminuir sua margem de lucro.

    Em determinado momento, este empresrio resolveu olhar melhor seu negcio e viu

    que seu ponto estava precisando de uma grande reforma e mveis novos, o carro de

    transporte de clientes j tinha 10 anos de uso e sua manuteno era bem cara,

    comeou a fazer contas e percebeu que tinha mais de R$ 200.000,00 em ativos

    imobilizados (mquinas e equipamentos), mas j estava na hora de atualizar seus

    equipamentos, pois estes j estavam obsoletos, por no ter feito parcerias com seus

    fornecedores. Lembrou que se comprasse a mquina XPTZ 2020, muitas mquinas

    poderiam ser substitudas, alm de reduzir bastante o tempo para a realizao de

    determinados consertos, oferecendo, ainda, rapidez, qualidade e preciso nos

    servios. Mas o preo da mquina era muito alto, R$ 50.000,00.

    Em relao s suas finanas, misturava as contas pessoais com as da oficina e

    sempre utilizava o limite do cheque especial. Nunca fez previso para pagamento das

    contas que iriam vencer, necessidade de capital de giro ou programao para

    substituir mquinas e equipamentos.

    A Oficina Caranga somente recebia os pagamentos de seus clientes em dinheiro ou

    cheque, pois achava caro operar com cartes de crdito e dbito, alm de no ter

  • 50

    conta corrente para pessoa jurdica, o que impedia a negociao com a operadora de

    carto. Para completar, no podia parcelar seus servios, pois tinha sempre um

    fornecedor para pagar.

    Com a crise mundial, muitos de seus clientes perderam o emprego e outros

    precisaram dar prioridade a outros pagamentos, alm de fregueses mal intencionados

    que propositadamente passavam cheques sem fundo, tudo contribuindo para tornar

    sua inadimplncia alta.

    J perto de aposentar, mas com famlia para sustentar, pensou se no era melhor

    vender tudo e viver com a renda obtida das aplicaes financeiras. Por outro lado,

    sabia que aqueles bens, mesmo imobilizados, geravam uma renda superior ao que

    obteria se aplicasse o dinheiro.

    Sentiu-se no dilema, manter a estrutura, atualizando os equipamentos, ou vender

    tudo!

    Depois de analisar a situao da Oficina Caranga e observando os atributos do lucro,

    pense a reflita sobre as seguintes questes:

    vantajoso para o Sr. Empresrio manter a oficina funcionando?

    vantajoso atualizar os equipamentos para que a empresa funcione melhor?

    Por qu?

    Quais foram as falhas do Sr. Quebra-Galho, ao administrar seu negcio?

    O que precisa ser feito para a oficina preservar e maximizar seu patrimnio?

    Como o proprietrio da oficina pode equilibrar seu fluxo de caixa?

    Como tornar a inadimplncia em nvel aceitvel?

  • 51

    VEJA AGORA A ANLISE DE CADA QUESTO APRESENTADA.

    Vale pena manter a oficina funcionando, pois manter a empresa funcionando

    geraria renda maior do que se deixar o dinheiro da venda da oficina no banco,

    mesmo que aplicado.

    vantajoso atualizar os equipamentos, pois atualizar os equipamentos iria

    possibilitar atender a um maior nmero de clientes, com maior preciso e

    menores custos, e os mesmos seriam pagos com o incremento/lucro do negcio.

    As principais falhas do proprietrio foram:

    No observou a administrao do seu patrimnio e deixou que seus bens

    ficassem obsoletos e sem valor de mercado, pois no trocou os equipamentos

    defasados por modelos mais novos, apenas complementando o valor;

    No fez parcerias com o fornecedor;

    No realizou acompanhamento peridico das instalaes da oficina, o que gerou

    a necessidade de uma reforma muito mais cara;

    Misturou a conta pessoal com a conta da empresa, perdendo o controle do que

    realmente despesa da empresa e o que despesa pessoal;

    Opo por ter s duas formas de pagamento (cheque ou dinheiro).

    Para preservar e maximizar o patrimnio, necessrio:

    Reformar o ponto, pois melhoraria a imagem da empresa junto aos clientes;

    Trocar o carro por um mais novo, pois reduziria o custo;

    Negociar com as fbricas a substituio dos equipamentos antigos em troca de

    novos, com juros subsidiados, verificar condies de financiamento bancrio,

    programar a substituio peridica do ativo imobilizado em funo do seu tempo

    de vida til.

  • 52

    Para equilibrar o fluxo de caixa, o proprietrio pode:

    Estabelecer um sistema de controle para as receitas e despesas, de modo que

    saiba que em determinado perodo tem como honrar as dvidas j realizadas sem

    prejudicar seu capital de giro;

    Abrir uma conta para a empresa;

    Estabelecer um pr-labore.

    Para a inadimplncia ficar em nvel aceitvel, voc deve:

    Implantar outras formas de pagamento (carto de crdito, parcelamento);

    Efetuar convnio com sistemas de proteo ao crdito, como Serasa e SPC, para

    evitar maus clientes e informatizar o cadastro de clientes.

    Ficou clara a necessidade de atender aos atributos estudados para que o

    empresrio consiga obter lucro?

    Os proprietrios tero suas expectativas satisfeitas se, de forma sinrgica, seus

    atributos forem atendidos. Estes atributos devem estar alinhados com o

    planejamento adotado pela empresa para atingir sua misso.

  • 53

    RESUMO

    ASSUNTOS ABORDADOS

    Importncia das expectativas dos atores empresariais.

    Informao e conhecimento so necessrios gesto para dar respostas

    competitivas ao que acontece no ambiente externo;

    O conhecimento e entendimento das expectativas dos atores empresariais geram

    um conjunto nico de informaes que iro configurar a maneira como a

    empresa gera valor para cada um deles;

    O desafio criar canais de obteno das informaes e saber usar o

    conhecimento obtido em favor da empresa;

    Portanto, se o desafio conhecer as expectativas de cada ator, estas so

    consideradas metas a serem alcanadas pelo empresrio.

    A percepo do participante em relao s expectativas dos atores empresariais.

    O que so atributos?

    Caractersticas qualitativas de algo;

    Os atributos, ou caractersticas, das expectativas de cada ator empresarial so

    os pontos que o empresrio deve atender para satisfazer os mesmos.

  • 54

    Proprietrio.

    Expectativa do proprietrio: lucro;

    Meta do empresrio: garantir o lucro do proprietrio.

    Colaborador.

    Expectativa do colaborador: recompensa;

    Meta do empresrio: recompensar o colaborador.

    Fornecedor.

    Expectativa do fornecedor: parceria;

    Meta do empresrio: desenvolver parceria com o fornecedor.

    Cliente.

    Expectativa do cliente: satisfao;

    Meta do empresrio: promover a satisfao do cliente.

    Sociedade.

    Expectativa da sociedade: bem-estar;

    Meta do empresrio: promover bem-estar da sociedade.

  • 55

    EXPECTATIVA DO PROPRIETRIO = LUCRO.

    Atributos:

    1. Equilbrio no fluxo de caixa;

    2. Administrao do patrimnio;

    3. Inadimplncia em nvel aceitvel.

    A satisfao do proprietrio na prtica.

    Fluxo de Caixa:

    Informa as movimentaes financeiras num dado perodo;

    Ferramenta que auxilia nas tomadas de decises;

    a diferena entre receitas e despesas, sem incluir a depreciao e os juros que

    representam despesas financeiras.

    Patrimnio:

    Bens, direitos e obrigaes de uma empresa = (ativo + passivo);

    Administrar o patrimnio = preservar e/ou aumentar seu valor.

    Inadimplncia em nvel aceitvel:

    Aquela que no compromete a sade da empresa ( controlada).

    Variveis para poltica de crdito:

    Prazo do crdito: tempo para os clientes pagarem suas compras;

    Padro de crdito: capacidade financeira do cliente e crdito disponvel;

    Poltica de cobrana: aes adotadas junto a clientes com pagamentos

    atrasados;

    Desconto oferecido para pagamento antecipado: inclui valor do desconto e

    prazo.

  • 56

    PARABNS!

    Voc concluiu o Mdulo 2 - Caractersticas das expectativas do proprietrio.

    Continue estudando os demais mdulos.

    Siga em frente!

    MDULO 2CARACTERSTICAS DAS EXPECTATIVAS DO PROPRIETRIO.

    UNIDADE 1IMPORTNCIA DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS.

    UNIDADE 2A PERCEPO DO PARTICIPANTE EM RELAO S EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS.ATRIBUTOS DAS EXPECTATIVAS DOS ATORES EMPRESARIAIS

    UNIDADE 3O PROPRIETRIO SATISFEITO.

    UNIDADE 4A SATISFAO DO PROPRIETRIO NA PRTICA.

    RESUMOASSUNTOS ABORDADOS