16
Fascículo 1 Proposta de Atuação na Cadeia da Reciclagem e na Gestão dos Resíduos Sólidos Proposta de Atuação na Cadeia da Reciclagem e na Gestão dos Resíduos Sólidos e d R a e d s a í d r u g o e t s n I S ó o l ã i t d s o e s G e d R a e s d í a d r u g o e t s n I S ó o l ã i t d s o e s G GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Apoio:

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Fascículo 1

Proposta de Atuação na Cadeia da Reciclagem e na Gestão dos Resíduos Sólidos

Proposta de Atuação na Cadeia da Reciclagem e na Gestão dos Resíduos Sólidos

ed R a ed sa ídr ug oet sn I S óo lã it ds oe sG

e d R a esd ía dr ug oet sn I S óo lã it ds oe sG

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Apoio:

Page 2: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão
Page 3: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Proposta de Atuação na Cadeiada Reciclagem e na Gestão dos

Resíduos Sólidos

3

Page 4: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

APRESENTAÇÃO

Promover o desenvolvimento sustentável do País faz parte da missão do Banco do Brasil.Por meio da Estratégia Negocial de Desenvolvimento Regional Sustentável - DRS, oBanco busca identificar vocações de comunidades de todo o País, apoiando atividadesprodutivas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas,sempre observada e respeitada a diversidade cultural.

O DRS contribui para que produtores e microempreendores urbanos e rurais conheçammelhor a cadeia de valor do seu negócio e fortalece a participação das comunidades naelaboração e na gestão eficiente de políticas públicas. É com esse propósito que o Bancotambém direciona esforços para as atividades de gestão de resíduos sólidos com ênfasena reciclagem, em conjunto com as instituições parceiras e a sociedade.

A Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e estabeleceucondicionantes para acesso a recursos da União aos entes federativos que nãoatenderem aos prazos para elaboração e implementação do Plano de Resíduos Sólidos.

O Banco do Brasil se une a esse esforço nacional e disponibiliza para as Prefeiturasquatro fascículos informativos e orientadores: Proposta de Atuação na Cadeia daReciclagem e na Gestão dos Resíduos Sólidos; Entendendo as Leis 12.305/10 - PolíticaNacional de Resíduos Sólidos e 11.107/05 – Normas Gerais para Contratação deConsórcios Públicos; Fontes de Financiamento; e Sugestões para a elaboração do PlanoMunicipal ou Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

As Prefeituras Municipais de todo o país podem contar com o Banco do Brasil comoparceiro no atendimento à legislação e na identificação e viabilização de oportunidades nacadeia da reciclagem e resíduos sólidos.

4

Page 5: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

CONTEXTUALIZAÇÃO

Em 02 de agosto de 2010, foi publicada a lei que instituiu a Política Nacional de ResíduosSólidos, integrante da legislação ambiental. A lei nº 12.305/10 harmoniza-se com diversosdispositivos legais, em especial o que estabelece as diretrizes para o saneamento básico(Lei nº11.445/07 e decreto Regulamentador nº 7.217/10) e a Lei de Consórcios Públicosnº 11.107/05 e seu Decreto Regulamentador nº 6.017/07.

Pela Lei nº 12.305/10 os entes federativos que desejarem acessar recursos da Uniãodeverão elaborar seus respectivos Planos de Resíduos Sólidos e implantar a coletaseletiva, promovendo a reciclagem dos resíduos sólidos, a disposição finalambientalmente adequada dos rejeitos em aterro sanitário e a eliminação dos lixões.

Os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais na gestão dosresíduos sólidos, assim como os que implantarem a coleta seletiva com a participação decooperativas de catadores, terão prioridade na liberação de recursos públicos destinadospara esse fim.

A aplicação da Lei nº 12.305/10 em conjunto com a Lei nº 11.107/05 gera novasoportunidades de atuação na cadeia da reciclagem e da gestão dos resíduos sólidos, quepodem ser aproveitadas a partir da mobilização de agentes econômicos, sociais epolíticos para a constituição de parcerias que busquem a convergência de suas ações,gerando sinergia de atuação e potencializando resultados.

OBJETIVO GERAL

Esta proposta visa orientar gestores públicos e privados quanto às exigências advindascom a entrada em vigor da Lei nº 12.305/10, e do Decreto regulamentador nº 7.404/10,contribuindo assim para a organização e a estruturação da cadeia da reciclagem e dagestão dos resíduos sólidos.

FOCO DE ATUAÇÃO

Atuar em arranjos intermunicipais entre 5 a 10 municípios com até 50 mil habitantes,organizados ou não em consórcios, que trabalhem com serviços de coleta seletiva ereciclagem.

Segundo o IBGE1, 89% dos municípios brasileiros (4.976 municípios) possuem até 50 milhabitantes. Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como aexistência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão ambiental.

A prestação dos serviços de limpeza pública e o manejo dos resíduos sólidos, por sua 1 Perfil dos Municípios Brasileiros,http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2009/defaulttabzip.shtm, consultado em23/02/2011.

5

Page 6: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

vez, têm seu lugar na estrutura organizacional dos municípios, porém em diferentesníveis, desde a prestação direta pelo poder público local até a contratação de empresasterceirizadas.

Para que os municípios se adequem às exigências da Lei, além de investimentos eminfraestrutura para implantação da coleta seletiva, reciclagem e disposição em aterrossanitários, para a grande maioria existe a necessidade de apoio, seja em termos deorganização institucional, técnica, operacional, administrativa, financeira e legal, para aadequada gestão dos serviços.

As organizações de catadores de materiais recicláveis (cooperativas, associações ououtras formas de organização) eventualmente existentes no arranjo intermunicipal podemcontribuir para viabilizar e potencializar a geração de renda, com ganho de escala. Acriação e atuação das cooperativas de catadores deve ser incentivada desde a coleta atéa centralização do processo de comercialização dos materiais reciclados.

O mesmo entendimento pode ser aplicado em relação às empresas locais que adquiremos materiais reciclados. Em um processo de concertação, podem ser feitos contatos comempresas âncoras, de atuação regional ou nacional, para aquisição do material recicladopelo arranjo intermunicipal.

Esse modelo de atuação em gestão de resíduos sólidos pode estabelecer sinergia comações desenvolvidas pelo Programa Água Brasil do Banco do Brasil, que em parceria como WWF-Brasil, a Fundação Banco do Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA), irádesenvolver projetos socioambientais urbanos em cinco cidades, uma por região (Sul,Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste). As cidades selecionadas foram Caxias do Sul(RS), Belo Horizonte (MG), Pirenópolis (GO), Rio Branco (AC) e Natal (RN).

A CADEIA DE VALOR DA RECICLAGEM E RESÍDUOS SÓLIDOS E ALOGÍSTICA REVERSA

A cadeia de valor abrange a cadeia produtiva (desde a matéria-prima até oproduto/serviço), a cadeia de distribuição (do produto/serviço até o consumidor final), bemcomo todos os elementos de influência direta e indireta, não descritos na forma deatividade, como governo, cooperativas e instituições financeiras, entre outros.

O modelo proposto parte da análise da cadeia de valor tradicional representada pelaprodução de bens de consumo que são disponibilizados para a população, no meio rurale em áreas urbanas. Essa cadeia se encerra, majoritariamente, quando se dá o consumodos bens ou produtos pelo consumidor final.

Podemos dizer que a cadeia de valor da reciclagem complementa a cadeia de valortradicional, tanto de forma transversal, pois há necessidade de destinação ou tratamentode resíduos produzidos em todos os elos da cadeia, como vinculada às atividades pós-consumo, ao possibilitar o retorno de materiais ao ciclo produtivo, como matérias-primas.

6

Page 7: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Como pode ser visto na Figura 1, a cadeia de valor tradicional se inicia com a produção(a partir de matéria-prima originada na natureza), passando pelos elos do beneficiamento,comercialização, distribuição e consumo. A partir desse ponto, chamado pós-consumo, seinicia a cadeia da reciclagem e dos resíduos sólidos, ou seja, de retorno da matéria-primaao processo produtivo, num sistema de logística reversa mais amplo, e que envolve aresponsabilização compartilhada entre consumidor, fabricante, importadores,distribuidores, comerciantes e geradores dos diversos tipos de resíduos sólidos.

A cadeia da reciclagem tem início com a separação dos resíduos para a coleta seletiva,passando pela triagem em galpões ou centros de recepção, (ou de forma maisespecializada, em centrais de reciclagem), comercialização e retorno da matéria-primareciclada ao início do ciclo produtivo. Os rejeitos (resíduos para os quais as possibilidadesde tratamento e recuperação foram esgotadas) devem ser encaminhados para um aterrosanitário.

Dentro da cadeia da reciclagem e dos resíduos sólidos, destaca-se a logística reversa,que corresponde a várias iniciativas visando facilitar a coleta e o retorno de resíduos aosseus geradores para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos, em seuciclo ou em outros ciclos produtivos.

A logística reversa é um dos avanços trazidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidoscomo uma das ferramentas de implementação da responsabilidade compartilhada pelociclo de vida dos produtos.

Figura 1 – Cadeia de Valor Tradicional e Cadeia de Valor da Reciclagem

Compostagem

Produção Beneficiamento Comercialização Distribuição

Consumidor final(Beneficiário)

Resíduos Secos eÚmidosComunidade

Coleta SeletivaPrefeituras

Centro de Recepção e TriagemCatadores

ComercializaçãoCooperativas/empresas âncoras

Indústria eTransformação

Rejeito

RejeitoAterro Sanitário

Cad

eia

de V

alor

Tra

dici

onal

Cad

eia

de V

alor

da

Rec

icla

gem

Compostagem

Produção Beneficiamento Comercialização Distribuição

Consumidor final(Beneficiário)

Resíduos Secos eÚmidosComunidade

Coleta SeletivaPrefeituras

Centro de Recepção e TriagemCatadores

ComercializaçãoCooperativas/empresas âncoras

Indústria eTransformação

Rejeito

RejeitoAterro Sanitário

Cad

eia

de V

alor

Tra

dici

onal

Cad

eia

de V

alor

da

Rec

icla

gem

7

Page 8: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

MODELO DE ATUAÇÃO

O Modelo de Atuação visa contribuir para a racionalização de recursos públicos,infraestrutura física e de equipamentos dos municípios participantes, para potencializar osresultados propostos. São apresentadas duas alternativas de atuação, conforme o tipo dearranjo intermunicipal constituído:

Primeira alternativaCada município participante organiza a prestação do serviço de coleta seletiva econcentra o material segregado (seco e úmido) em uma estrutura física chamada Galpãode Triagem ou Centro de Recepção, conforme Figura 2. O material seco é separadopelos catadores e o úmido é destinado à compostagem. O rejeito é enviado ao aterrosanitário, que deve atender a todos os partícipes do arranjo intermunicipal.

A comercialização do material reciclável nos Galpões de Triagem ou Centros deRecepção deverá, preferencialmente, ser feita por uma organização de catadores capazde realizá-la, atuante na área de abrangência dos municípios participantes.

A prefeitura, responsável pela prestação do serviço da coleta seletiva, pode trabalhar emconjunto com os catadores ou organizações que os representam, remunerando o serviçoa título de pagamento de serviços ambientais. Essa prática está prevista em normativoslegais, e gera preferência no acesso a recursos públicos da União destinados aempreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduossólidos.

Figura 2 – Proposta de modelo de atuação sem Município Pólo

MunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

Aterro 

Sanitário

secoúmido

secoúmido

secoúmido

seco úmido

Centro de Recepção

Estrutura de cada MunicEstrutura de cada Municíípiopio

Centro de recepção: compostagem de resíduos úmidos, triagem e reciclagem de resíduos secos;

Catadores; Rejeitos destinados para o aterro sanitário.

MunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

Rejeitos

Material Reciclado

Cooperativa ou Empresa Âncora

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

Aterro 

Sanitário

Aterro 

Sanitário

secoúmido

secoúmido

secoúmido

seco úmidosecoseco úmido

Centro de Recepção

Estrutura de cada MunicEstrutura de cada Municíípiopio

Centro de recepção: compostagem de resíduos úmidos, triagem e reciclagem de resíduos secos;

Catadores; Rejeitos destinados para o aterro sanitário.

Estrutura de cada MunicEstrutura de cada Municíípiopio

Centro de recepção: compostagem de resíduos úmidos, triagem e reciclagem de resíduos secos;

Catadores; Rejeitos destinados para o aterro sanitário.

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

MunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopioMunicMunicíípiopio

Rejeitos

Material Reciclado

Cooperativa ou Empresa ÂncoraCooperativa ou Empresa Âncora

8

Page 9: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Segunda alternativaEsta alternativa prevê a composição do arranjo com a figura de um município pólo,conforme Figura 3, que dependendo das especificidades locais ou regionais, pode ser ummunicípio com população superior a 50 mil habitantes.

Cada município participante organiza a coleta seletiva e centraliza o material recolhido(seco e úmido) no Centro de Recepção. O material seco é armazenado e transferido paraa Central de Reciclagem e Comercialização, localizada no município pólo, enquanto oúmido é processado por meio da compostagem no próprio município.

No município pólo, o material seco originário dos municípios participantes é separado noGalpão de Triagem ou Central de Reciclagem e Comercialização, para a qual pode seraproveitada alguma estrutura já existente que desempenhe essa função. Caso contrário,o município pólo deverá providenciar a instalação de uma estrutura capaz de funcionarcomo Centro de Recepção para triagem do material recolhido.

Essa estrutura deverá ser administrada por uma organização de catadores ou por umaempresa-âncora, que se encarregará também da centralização do processo decomercialização.

Figura 3 – Proposta de modelo de atuação com Município Pólo

Aterro sanitário

Aterro sanitário

Município Pólo

secoúmido

secoúmido

secoúmido

Centro de Recepção

Município PóloCentral de ReciclagemCentro de RecepçãoInfraestruturaEquipamentosComercialização lixo secoCompostagem lixo úmidoCatadores

Município PóloCentral de ReciclagemCentro de RecepçãoInfraestruturaEquipamentosComercialização lixo secoCompostagem lixo úmidoCatadores

Município IntegradoCentro de recepção Equipamentos Compostagem lixo úmido Catadores Resíduos lixo molhado para o aterro

Município IntegradoCentro de recepção Equipamentos Compostagem lixo úmido Catadores Resíduos lixo molhado para o aterro

S U

Centro de Recepção

Integrado

S U

Central de Reciclagem e

Comercialização

RejeitosMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado Aterro

sanitário

Aterro sanitário

Município Pólo

secoúmido

secoúmido

secoúmido

Centro de Recepção

Município PóloCentral de ReciclagemCentro de RecepçãoInfraestruturaEquipamentosComercialização lixo secoCompostagem lixo úmidoCatadores

Município PóloCentral de ReciclagemCentro de RecepçãoInfraestruturaEquipamentosComercialização lixo secoCompostagem lixo úmidoCatadores

Município IntegradoCentro de recepção Equipamentos Compostagem lixo úmido Catadores Resíduos lixo molhado para o aterro

Município IntegradoCentro de recepção Equipamentos Compostagem lixo úmido Catadores Resíduos lixo molhado para o aterro

S U

Centro de Recepção

Integrado

S U

Central de Reciclagem e

Comercialização

RejeitosMunicMunicíípiopioIntegradoIntegradoMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegradoMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegradoMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegradoMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

MunicMunicíípiopioIntegradoIntegradoMunicMunicíípiopioIntegradoIntegrado

9

Page 10: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Nas duas alternativas, os municípios podem se organizar ou não em consórcio públicointermunicipal, estabelecendo parcerias para o cumprimento das obrigações previstas naLei nº 12.305/10 e buscando resultados como ganho de escala e otimização dacapacidade técnica, gerencial e financeira.

OPERACIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE COLETA SELETIVA

O serviço de coleta seletiva deverá ser dimensionado considerando variáveis como aabrangência geográfica do serviço, a quantidade de resíduos coletados, eventualadaptação dos veículos, equipamentos e infraestrutura existentes, além da necessidadede novos investimentos e logística necessária (tais como rotas e quantidade de domicíliosatendidos, entre outras).

Os volumes de resíduos secos deverão ser armazenados temporariamente, de acordocom a dinâmica do arranjo intermunicipal, enquanto os volumes com resíduos úmidosserão remetidos para um Pátio de Compostagem. Uma das possibilidades é que essafunção seja assumida pela prefeitura, que pode disponibilizar o adubo orgânico produzidopara o serviço de jardinagem das áreas públicas ou destiná-lo a pequenos produtoresrurais e hortas comunitárias.

Na alternativa 1, os resíduos secos são manipulados e reciclados para venda àsempresas recicladoras, por meio da organização de catadores que execute a função decentralização da comercialização de todo o arranjo, de maneira a permitir ganho emescala e valor nos materiais reciclados. Essa função pode ser desenvolvida por umaassociação ou cooperativa de catadores que já exista em algum dos municípiosparticipantes do arranjo.

Na alternativa 2, o município que exerce o papel de município pólo centraliza as ações derecepção dos resíduos secos de todos os municípios integrados para processamento ereciclagem na Central de Reciclagem e Comercialização, administrada por umaorganização que congregue todos os catadores dos municípios do arranjo. Acomercialização dos materiais reciclados é feita por essa Central, que repassa os valoresreferentes ao produto da venda, de acordo com os critérios internos estabelecidos, e quetambém pode administrar as receitas recebidas pelos serviços prestados e pela operaçãoda coleta seletiva.

Os rejeitos resultantes do processo de reciclagem e do processo de compostagemdeverão ser encaminhados ao aterro sanitário que, no modelo proposto, deve atender aoconjunto dos municípios partícipes.

DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS

Um conjunto de instalações para o manejo dos resíduos sólidos deve ser implantado parapermitir a implementação da coleta seletiva dos resíduos: secos para a triagem; orgânicospara compostagem e entulhos para aproveitamento na construção civil.

10

Page 11: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Para tanto, devem ser implantadas unidades para entrega voluntária desses resíduos emlocais de fácil acesso e que permitam sua concentração para posterior transporte para asinstalações de processamento.

São exemplos de estruturas na cadeia da reciclagem e resíduos sólidos:

LEV – Locais de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis PEV – Pontos de Entrega Voluntária para acumulação temporária de resíduos

da coleta seletiva Galpão de Triagem de Recicláveis Secos Pátio para Compostagem de Orgânicos; Áreas de Triagem e Transbordo (ATT) Aterros Sanitários ASPP – Aterros Sanitários de Pequeno Porte Aterros de Resíduos da Construção e Demolição Classe A

Para dimensionamento de galpões de triagem, o Ministério das Cidades em parceria como Ministério do Meio Ambiente elaborou a publicação “Elementos para a Organização daColeta Seletiva e Projetos de Galpões de Triagem”2, que apresenta três alternativasreferenciais de dimensionamento de projetos de galpão de triagem e seus respectivoscustos com dados de 2008, conforme quadro abaixo:

Quadro 1 – Dimensionamento de estrutura e custos

Tamanho dogalpão

M²edificados

Custo estimadoobras civis

(R$)

Equipamentossugeridos

Custo estimadoequipamentos

(R$)

Pequeno 300 161.700,001 prensa1 balança1 carrinho

23.100,00

Médio 600 323.400,00

1 prensa1 balança1 carrinho

1 empilhadeira

32.100,00

Grande 1.200 646.800,00

2 prensas1 balança

2 carrinhos1 empilhadeira

52.700,00

Fonte: Ministério das Cidades e Ministério do Meio Ambiente (2008);

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)3 calcula que, em municípios com 2 Ministério das Cidades e Ministério do Meio Ambiente. Elementos para a Organização da Coleta Seletivae Projeto dos Galpões de Triagem. Novembro 2008. Disponível emhttp://www.mncr.org.br/box_3/publicacoes-on-line/Manual%20Coleta%20Seletiva.pdf/viewAcesso em 08/12/2010.3 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000. Riode Janeiro: IBGE, 2002.

11

Page 12: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

até 50 mil habitantes, cada pessoa produz em média 0,5 kg/dia de resíduos. Para osarranjos intermunicipais propostos, foi calculada a média de 25 mil habitantes pormunicípio participante, o que torna possível estimar a quantidade de resíduos secos eúmidos produzidos pelos municípios e as estruturas físicas locais necessárias para o seutratamento, conforme Figura 4.

Ainda de acordo com o dimensionamento feito pelo Ministério das Cidades e peloMinistério do Meio Ambiente, os equipamentos internos mais comuns utilizados nosgalpões de triagem são: mesa ou esteira de triagem, prensa enfardadeira, balançamecânica, carrinho plataforma, carrinho manual para transporte de tambores e bags eempilhadeira simples. A capacidade dos equipamentos e o dimensionamento da equipede trabalho devem ser proporcionais à quantidade de resíduos a ser trabalhada.

Figura 4 – Estimativa de produção de resíduos sólidos

PARCERIAS

No âmbito Federal

Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores deMateriais Reutilizáveis e Recicláveis

O Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo, criado por meio deDecreto em 11 de setembro de 2003, acompanhou as mudanças do marco legal e asarticulações para apoio técnico e financeiro para a gestão de resíduos sólidos, inclusive aimplementação do Decreto 5.940/06 (coleta seletiva nos órgãos públicos federais e acoleta seletiva solidária).

A partir do Decreto 7.405, de 23 de dezembro de 2010, passou a ser denominado ComitêInterministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de MateriaisReutilizáveis e Recicláveis, teve sua composição ampliada e passou a coordenar aexecução e a realizar o monitoramento do Programa Pró-Catador.

O Comitê é composto por um representante da Casa Civil da Presidência da República,do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde, do Ministério do Trabalho e Emprego,do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério do

Municípiocom

25 milhabitantes

Resíduos gerados pelos municípios:40% seco : 5,0 ton/dia60% orgânico: 7,5 ton/dia

Equipe de trabalho no município integrado:

Catadores para o Centro de Recepção

12

Page 13: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Ministério das Cidades, do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério da Previdência Social, doMinistério do Turismo, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Ministériode Minas e Energia, do Ministério da Fazenda, da Secretaria-Geral da Presidência daRepública e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Ainda segundo o Decreto, são convidados representantes da Fundação Nacional deSaúde - FUNASA, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, do BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, da Caixa EconômicaFederal, do Banco do Brasil S.A., da Fundação Banco do Brasil, da Fundação ParqueTecnológico Itaipu, da Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobrás e das Centrais ElétricasBrasileiras S.A. - Eletrobrás.

Além disso, o CIISC poderá convidar representantes de órgãos da administração públicafederal, estadual ou municipal e da sociedade civil, para acompanhamento de suasatividades, bem como instituir grupos de trabalho para apreciação de matériasespecíficas.

Figura 5 – Estrutura organizacional do CIISC

MMA

Cidades

MDS

MTur

MDIC

M Saúde

Casa Civil

MME

MTE

MEC

MCT

DireitosHumanos

Fazenda

MPOG

CIISC

Previdência Social

SG Presidência

da República

Convidados:•Funasa;•IPEA;•BNDES;•CEF;•Banco do Brasil S.A.;•FBB;•Itaipu;•Petrobrás;•Eletrobrás.

MMA

Cidades

MDS

MTur

MDIC

M Saúde

Casa Civil

MME

MTE

MEC

MCT

DireitosHumanos

Fazenda

MPOG

CIISC

Previdência Social

SG Presidência

da República

Convidados:•Funasa;•IPEA;•BNDES;•CEF;•Banco do Brasil S.A.;•FBB;•Itaipu;•Petrobrás;•Eletrobrás.

13

Page 14: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

No âmbito local e regional

As parcerias locais e regionais poderão ser estabelecidas, além dos poderes públicosestaduais e municipais, com órgãos de pesquisa, universidades públicas, entidades declasse, entidades dos movimentos sociais, com destaque para o MNCR, e empresasvinculadas à cadeia da reciclagem e resíduos sólidos.

AÇÕES SUGERIDAS

Capacitar catadores em administração de cooperativas, educação ambiental egestão financeira;

Instituir com apoio das Prefeituras Municipais e dos catadores, a figura docatador-multiplicador ambiental, com o objetivo de sensibilizar a população;

Utilizar canais de comunicação disponíveis para sensibilizar a população sobrecoleta seletiva;

Atuar em parceria com agentes de saúde da família; Promover a participação do Ministério Público; Criar um Conselho Consultivo, vinculado à cooperativa centralizadora, com

representantes das prefeituras municipais envolvidas, onde não houverconsórcio público;

Centralizar em cooperativas ou outro tipo de organização a comercializaçãodos materiais recicláveis;

Sugerir ao poder público municipal remunerar os catadores ou suasorganizações pelo serviço de coleta seletiva, conforme sugestões da Lei12.305/10.

RESULTADOS ESPERADOS

Disseminar práticas de tratamento de resíduos sólidos que sejameconomicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas,respeitando a diversidade cultural;

Incentivar a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduossólidos;

Incentivar a ampliação e o aperfeiçoamento das práticas de coleta seletiva ereciclagem;

Apoiar a geração de trabalho e renda em todos os elos da cadeia dareciclagem e resíduos sólidos, em especial voltada para os catadores;

Apoiar o fortalecimento e o empoderamento dos catadores e de suasorganizações;

Incentivar a ampliação da quantidade de materiais recicláveis; Apoiar o estabelecimento de redes de comercialização de materiais recicláveis.

14

Page 15: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

15

Page 16: GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - bb.com.br · Desse universo, 85% possuem estrutura ambiental, entendida como a existência de, pelo menos, um órgão responsável pela questão

Vice Presidência Gestão de Pessoas e Desenvolvimento SustentávelUnidade Desenvolvimento Sustentável

Brasília (DF), Maio de 2011