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GESTÃO, SUSTENTABILIDADE E ENRIQUECIMENTO DA FLORA NATIVA EM FLORESTA PLANTADA DE EUCALIPTO Leila Cunha de Moura (Universidade Estadual Paulista - Unesp) Denize Zanchetta (Instituto Florestal de São Paulo) Edgar Fernando de Luca (Instituto Florestal de São Paulo) Resumo O presente trabalho propõe diferentes alternativas de manejo para a restauração e o enriquecimento das espécies de vegetação nativa que ocorrem nos sub-bosques de talhões plantados com Eucalyptus citriodora Hook, E. urophylla S.T.Blake e E.. grandis Hill ex maiden, localizados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade - FEENA, Rio Claro, SP. As propostas técnicas utilizadas visam acelerar a regeneração natural, tendo como base os modelos de sucessão secundária, contribuindo para o aumento da biodiversidade e projetando a sustentabilidade da floresta. Dentro da paisagem atual, com área de 2.230,53 hectares, a Floresta Estadual apresenta uma mescla de plantios florestais com diferentes espécies de eucalipto, de diferentes idades e densidade, o que permitiu o desenvolvimento de uma vegetação florestal secundária em seu interior. Em geral, essas florestas de eucalipto possuem área muito superior a diversos fragmentos florestais que compõem a paisagem local, isolados entre canaviais, pastos e áreas urbanas. Tal isolamento restringe o deslocamento e busca de alimento pela fauna, não ocorrendo o mesmo no interior da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, onde a distância entre um plantio e outro, na maioria das vezes, é menor que cinco metros, sendo frequente o contato entre a copa das árvores na borda desses talhões, o que sugere que tais áreas, praticamente, compõem uma única formação florestal secundária, em pleno processo de re-estruturação e enriquecimento de sua diversidade. Entre os talhões que compõem a FEENA, nove foram selecionados para implantação de práticas de manejo na comunidade de sub- bosque, onde é proposta a implantação de derrubada das árvores emergentes encobertas por lianas; o controle da biomassa de 12 e 13 de agosto de 2011 ISSN 1984-9354

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GESTÃO, SUSTENTABILIDADE E

ENRIQUECIMENTO DA FLORA NATIVA

EM FLORESTA PLANTADA DE

EUCALIPTO

Leila Cunha de Moura

(Universidade Estadual Paulista - Unesp)

Denize Zanchetta

(Instituto Florestal de São Paulo)

Edgar Fernando de Luca

(Instituto Florestal de São Paulo)

Resumo O presente trabalho propõe diferentes alternativas de manejo para a

restauração e o enriquecimento das espécies de vegetação nativa que

ocorrem nos sub-bosques de talhões plantados com Eucalyptus

citriodora Hook, E. urophylla S.T.Blake e E.. grandis Hill ex maiden,

localizados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade -

FEENA, Rio Claro, SP. As propostas técnicas utilizadas visam acelerar

a regeneração natural, tendo como base os modelos de sucessão

secundária, contribuindo para o aumento da biodiversidade e

projetando a sustentabilidade da floresta.

Dentro da paisagem atual, com área de 2.230,53 hectares, a Floresta

Estadual apresenta uma mescla de plantios florestais com diferentes

espécies de eucalipto, de diferentes idades e densidade, o que permitiu

o desenvolvimento de uma vegetação florestal secundária em seu

interior. Em geral, essas florestas de eucalipto possuem área muito

superior a diversos fragmentos florestais que compõem a paisagem

local, isolados entre canaviais, pastos e áreas urbanas.

Tal isolamento restringe o deslocamento e busca de alimento pela

fauna, não ocorrendo o mesmo no interior da Floresta Estadual

Edmundo Navarro de Andrade, onde a distância entre um plantio e

outro, na maioria das vezes, é menor que cinco metros, sendo frequente

o contato entre a copa das árvores na borda desses talhões, o que

sugere que tais áreas, praticamente, compõem uma única formação

florestal secundária, em pleno processo de re-estruturação e

enriquecimento de sua diversidade.

Entre os talhões que compõem a FEENA, nove foram selecionados

para implantação de práticas de manejo na comunidade de sub-

bosque, onde é proposta a implantação de derrubada das árvores

emergentes encobertas por lianas; o controle da biomassa de

12 e 13 de agosto de 2011

ISSN 1984-9354

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trepadeiras; a restrição no estabelecimento de plântulas de espécies

exóticas, invasoras e de lianas; o enriquecimento da regeneração

natural; e o tratamento das bordas desses fragmentos.

Palavras-chaves: Gestão, florestas plantadas, técnicas de restauração,

biodiversidadel.

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1. INTRODUÇÃO

No período compreendido entre 2000 e 2010, anualmente cerca de 13 milhões de

hectares de florestas foram convertidos para outros usos (agricultura, pastagens, entre outros)

ou ainda perderam-se devido a causas naturais, no âmbito mundial. Esse montante é menor

em comparação aos 16 milhões de hectares anuais na década de 1990 (Soares e Motta, 2010).

Segundo esses autores, a América do Sul e a África tiveram a maior perda líquida anual de

florestas entre 2000 e 2010, com 4 e 3,4 milhões de hectares, respectivamente. A Oceania

também registrou uma alta perda líquida, em parte, devido a severa seca na Austrália desde

2000.

Em resposta a crescente preocupação mundial em relação à mudança climática global

e ao desmatamento nos países tropicais, foram iniciados projetos visando interferir no uso da

terra e nas florestas em países em desenvolvimento através do seqüestro e banco de carbono,

mesmo antes da adoção do protocolo de Quioto (May et al., 2005).

No Brasil, o Estado de São Paulo possui 3.457.301 ha do seu território (13,94%)

coberto por formações florestais nativas (KRONKA, 2005), e uma área de 770.010 ha (3,1%)

com cobertura florestal decorrente do plantio de espécies exóticas, incluindo Pinus spp e

Eucalyptus spp (KRONKA, 2002). Esses percentuais juntos representam 17,4 % do Estado,

no entanto é oportuno lembrar a redução da cobertura florestal, que em São Paulo no inicio do

século XIX, foi avaliada por Victor (1975) e estimada em cerca de 20.450.000 ha, o que

representava 81,8% do território do Estado.

Em função desta contínua redução da cobertura vegetal nativa também no interior do

estado, fitocenoses que se desenvolvem no sub-bosque de plantios com exóticas, em geral

abandonados, passaram a ser estudadas visando à análise do potencial de regeneração de

comunidades secundárias, em muitos casos com o interesse no acompanhamento de algumas

essências nativas, importantes regionalmente.

Os estudos da estrutura de comunidades vegetais das formações florestais

remanescentes do interior de São Paulo vêm apresentando, há quase quatro décadas,

contribuições significativas. No entanto, ainda existe carência daqueles que extrapolam a

barreira descritiva e desenvolvem discussões no âmbito da dinâmica de comunidades, e a

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lacuna é ainda maior, com relação àqueles que se propõem a interferir de maneira positiva nos

processos envolvidos nessa dinâmica.

Portanto, torna-se evidente a necessidade de trabalhos com enfoque na experimentação

de técnicas de manejo, para acelerar a restauração vegetal em formações secundárias.

As técnicas de restauração com base em modelos de sucessão secundária exigem a

implantação de experimentos geralmente extensivos e intensivos para que os resultados

obtidos tenham relevância dentro do contexto da heterogeneidade que qualquer paisagem

apresenta.

Dentro das práticas de manejo existentes é relevante o uso de amplas áreas

experimentais, técnicas variadas de restauração e numerosas réplicas para quantificação

efetiva dos resultados obtidos em função do projeto de restauração utilizado.

Se obedecidos tais pressupostos, os resultados obtidos terão tamanha confiabilidade

que o método utilizado terá o seu uso possível em qualquer área cujas condições estruturais do

solo e da vegetação sejam análogas às áreas selecionadas no presente estudo.

Os modelos de manejo aqui propostos para a Floresta Estadual Edmundo Navarro de

Andrade, visam a manutenção de sítios de propagação das espécies regionais nativas,

constituindo-se em um banco genético ativo da flora local.

A manutenção da biodiversidade e a estabilidade da comunidade restaurada no tempo

ecológico, bem como as possíveis oportunidades de interação socioambiental por parte das

comunidades de entorno, são premissas indispensáveis para garantir a sustentabilidade de

qualquer sistema.

Pretende-se com o desenvolvimento do projeto em questão, testar variadas alternativas

de manejo para restauração e enriquecimento de sub-bosque, visando caracterizar a facilitação

da regeneração natural e mitigar os efeitos primários, da ocorrência local, de espécies

invasoras e exóticas no interior dessas florestas plantadas de Eucalyptus spp.

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

2.1 Localização

A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) está situada junto à área

urbana do município de Rio Claro e parte da zona rural do município de Santa Gertrudes,

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localizada entre os paralelos 22º 36’ e 22º 16’ Sul e entre os meridianos 47º 36’ e 47º 26’

Oeste, na região central do Estado de São Paulo, 120 km ao sul do trópico de Capricórnio

(TAKAHASI, 1992). O município de Rio Claro situa-se na média Depressão Periférica

Paulista, próximo à linha de Cuestas que delimita as bordas do Planalto Ocidental, a cerca de

185 km da capital (Fig.1).

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Claro de 1984, atualiza

]

Figura 1: Acesso à Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), Rio

Claro, SP.

Atualmente, a Floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade - FEENA é gerenciada

pela Fundação Florestal, conforme o Decreto no 51.453/2006 que cria o Sistema Estadual de

Florestas – SIEFLOR (GOVERNO DO ESTADO SÃO PAULO, 2006) e a Resolução SMA-

16, de 03/04/2007 (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007) constituindo-se na

área com maior concentração de diferentes espécies de eucalipto fora do centro de origem

(Austrália e algumas ilhas da Oceânia).

Distâncias

Rio Claro a São Paulo: 185

Km

Rio Claro a São Carlos: 57

Km

Rio Claro a Araras: 37 Km

Rio Claro a Santa

Gertrudes: 8 Km

Rio Claro a Limeira: 28 Km

Rio Claro a Piracicaba: 41

Km

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2.2 Histórico

A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade traz um histórico singular, pois no

século passado foi a primeira área, no Brasil, a ser utilizada experimentalmente pelo

engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, para o plantio de eucalipto. Depois de

um século de estabelecimento desses plantios, temos uma vegetação rica em espécies nativas

originárias de formações florestais regionais, envolvendo a flora de matas estacionais

semideciduais, mata atlântica e cerrado. Assim como, também exóticas introduzidas

acidentalmente pelo próprio homem ao longo do século passado, e invasoras herbáceas, que

comumente colonizam os terrenos baldios de nossas áreas urbana e rural.

Já é conhecida a importância da formação de um sub-bosque em áreas de plantios de

espécies arbóreas nativas ou exóticas, a fim de aumentar o ganho de nutrientes, promover

naturalmente a diversidade biológica, e propiciar a formação de florestas secundárias mistas,

que poderão chegar a substituir, eventualmente, o plantio da espécie de interesse econômico.

A partir de 1908, o eucalipto foi introduzido no Brasil em plantios experimentais

destinados a produzir madeira, que seria utilizada como lenha para as locomotivas da

Companhia Paulista de Estradas de Ferro, no Horto Florestal Navarro de Andrade, em Rio

Claro, hoje denominada Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA).

Em talhões remanescentes do acervo de 144 espécies de eucaliptos introduzidas no

antigo Horto Florestal de Rio Claro com requisitos ecológicos particulares que podem ser

vistos como representantes de uma formação florestal secundária, onde é possível a

implementação de técnicas de manejo estratégicas, visando obter resultados efetivos para

resguardar o importante banco genético ativo de espécies regionais, quer seja para a

sustentabilidade da biodiversidade, para pesquisas científicas ou mesmo visando a exploração

econômica.

2.3 Relevância

O gênero Eucalyptus é representado por mais de 700 espécies, de ocorrência natural na

Austrália, Indonésia, Timor e Ilhas adjacentes, sendo que, aproximadamente, 50 delas estão

disseminadas por centenas de países com climas e solos bastante diferentes.

Cem anos depois da introdução do eucalipto sua utilização oferece madeira para

fabricação de móveis, montagem de divisórias de escritórios, produção de papel, energia para

a indústria siderúrgica, madeiramento para cobertura pontaletes e tábuas para a indústria da

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construção civil, inclusive para pisos que no passado eram tábuas de madeira de lei, além de

continuar sendo utilizado como lenha.

Hoje, encontramos na FEENA uma predominância de Eucalyptus citriodora Hook

(29,9%) e Eucayiptus tereticornis Smith (11,86%).

Dos seus 2.230,53 hectares cerca de 40% foram incluídos na Zona de Manejo

Florestal, definida no Plano de Manejo da Unidade (Fig. 2). Essa Zona é aquela que

compreende as áreas de floresta nativa ou plantada, com potencial econômico para o manejo

sustentável dos recursos florestais. Seus objetivos são: o uso sustentável dos recursos

florestais, geração de tecnologia e de modelos de manejo florestal, sendo também permitidas

atividades de pesquisa, educação ambiental e interpretação. Os talhões T25, T27 e T32

selecionados de Eucalyptus citriodora, representam essa zona no presente estudo (Fig. 2). A

espécie indicada apresenta alto valor de mercado e grande interesse comercial, principalmente

por ser fonte de madeira de eucalipto de boa qualidade, cujos usos mais tradicionais são na

produção de postes, estacas, moirões, dormentes, carvão vegetal, além de seus sub-produtos

como essências e óleos para uso farmacêutico e nas industrias de cosméticos e produtos de

limpeza, ou ainda, para usos mais nobres como fabricação de móveis e estruturas.

A zona histórico-cultural compreende os demais talhões do presente estudo (Fig.2).

Essa zona é onde são encontradas amostras históricas, científicas, culturais, arqueológicas que

deverão ser conservadas e interpretadas para o público. Seu objetivo é proteger sítios

históricos e arqueológicos, em harmonia com o meio ambiente, facilitando atividades de

pesquisa científica, educação ambiental e interpretação. Na FEENA, nessa zona, estão

inseridos os antigos talhões, que marcaram o início dos reflorestamentos compondo as

coleções de Eucalyptus e Pinus, de grande interesse genético.

Da quase totalidade das espécies descritas para Eucalyptus, aproximadamente doze

não ocorre naturalmente no continente australiano, entre elas o Eucalyptus urophylla

S.T.Blake, originário do Timor e outras ilhas a leste do arquipélago indonesiano, sendo

encontrada nos talhões de números T31, T33 e T38 aqui investigados.

Os talhões 36-A, 51, e 99 objeto do estudo ora proposto, são representantes de

Eucalyptus grandis Hill ex maiden, que atualmente é a espécie juntamente com seus híbridos,

responsável pela maior área reflorestada de eucalipto do País, sendo utilizado principalmente

para a obtenção de celulose, chapas de fibras e partículas. Diante da relevante fonte biológica

viva “ex-situ”, existente na FEENA, torna-se imprescindível a investigação desse rico banco

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genético direcionado para desenvolver as novas funções a ele associadas, no sentido de

conservação da biodiversidade e exploração econômica.

Figura 2: Zoneamento da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA),

Rio Claro, SP.

2.4 Descrição da Área de Estudo

Os talhões de E. citridora , T25 e T27 e a maior parte do T99 de E. grandis

encontram-se em uma área de média suscetibilidade erosiva em decorrência de apresentar

comprimentos de rampa entre 50 e 400m e baixos índices de dissecação vertical. Já o T32, de

E. citriodora e os talhões T31, T33 e 38 de E. urophilla; e ainda, o T36a, T51 e parte do T99

de E. grandis , encontram-se localizados em uma superfície onde predomina uma forte

suscetibilidade erosiva associada à presença de longos comprimentos de rampa, em geral

superior a 400m (Fig.3).

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Figura 3: Relevo da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) Rio

Claro, SP.

Fonte: IGC (1979)

2.4.1 Geologia

Segundo o Plano de Manejo da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade –

FEENA (REIS et al., 2005) a Unidade de Conservação apresenta no setor norte, leste e

nordeste a formação Rio Claro, datada do cenozóico onde se verifica a presença de arenitos

incosolidados de textura arenosa a arenosa argilosa, entre 630 a 656m. No entanto, no

intervalo entre 600 e 650m podemos também encontrar as litologias vinculadas a formação

Corumbataí, sendo contituídos por siltitos e argilitos da era mesozóica, sendo que ao longo do

ribeirão Claro e de forma descontínua margeando o córrego Santo Antônio depósitos

aluvionares quartenários compostos de areias e argilas entre 568 e576m. No setor noroeste,

sul e sudeste tem-se a ocorrência das formações Rio Claro e Corumbataí vinculadas às

litologias mesozóiacas-intrusivas básicas (Fig 4).

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Figura 4: Mapa geológico da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade

(FEENA) Rio Claro, SP.

Fonte: Plano de Manejo da FEENA

2.4.2 Solos

Ainda, de acordo com o mesmo documento a FEENA no setor norte compõem-se de

solos com textura média a arenosa, e analiticamente distróficos; e ao setor sul, de solos com

textura argilosa e muito argilosa, e analiticamenteeutrófico.

Já na porção nordeste encontramos a predominância de Argissolo Vermelho-Amarelo

e na porção noroeste são predominantemente Neossolo Quartizarênico e Latossolo Vermelho-

Amarelo.

No setor sul, a ocorrência de solos com textura argilosa é coerente com o material que

o originou, ou seja, diabásico intrusivo, porém a maior heterogeneidade se dá principalmente,

devido a maior declividade do terreno.

Em geral, pode-se afirmar que o solo predominante na FEENA é o Argissolo, antigo

podzólico.

3. MÉTODOS

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3.1 Levantamento da Diversidade da Flora de Sub-Bosque

Para análise da comunidade vegetal no interior das florestas plantadas serão

configurados 40 plots de 20x20m em cada um dos nove talhões selecionados: T25, T27 e T32

de Eucalyptus citriodora; T31, T33, T38 de Eucalyptus urophylla; e T36-A, T51, T99 de

Eucalyptus grandis (Tab. 1). As mensurações da avaliação de altura e diâmetro serão feitas

em todos os indivíduos arbustivos e arbóreos que possuam perímetro na altura do peito (PAP)

maior ou igual a 10cm. O levantamento será realizado em um período estimado de 24 meses,

onde a biodiversidade vegetal será analisada e acompanhada por coletas sucessivas de

material botânico para confecção de exsicatas, formação de uma coleção de herbário e

determinação taxonômica.

A flora amostrada terá suas espécies identificadas em laboratório, com auxílio de

chaves de identificação, bibliografia especializada e consultas à especialistas em diferentes

grupos taxonômicos. É importante ressaltar que as exsicatas das espécies amostradas serão

depositadas no Herbário da Universidade Estadual Paulista (HERCL – UNESP) e no Herbário

Dom Bento Pickel do Instituto Florestal de São Paulo.

No tratamento dos dados serão utilizados os softwares, “Multivariate Analysis of

Ecological data” – Versão 5.0 (PC-ORD) e o SYSTAT 10 (SPSS Inc., 2000).

Tabela 1- Cadastro geral dos talhões da área de estudo da Floresta Estadual Edmundo

Navarro de Andrade (FEENA), Rio Claro, SP.

Talhão No

Área (ha) Espécie Ano de

Plantio

Pés/ha Idade

(Anos)

25 4,74 E.Citriodora 1989 453 22

27 6,49 E.Citriodora 1972 369 29

32 8,71 E.Citriodora 1984 329 27

31 8,71 E.Urophylla 1984 316 27

33 16,20 E.Urophylla 1984 638 27

38 8,81 E.Urophylla 1983 527 28

36a 3,05 E. grandis 1950 752 61

51 4,84 E. grandis 1968 90 43

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99 3,19 E. grandis 1922 43 89

Fonte: Cadrasto FEPASA- Ano 1994

3.2 Aplicação de Técnicas de Restauração

Algumas técnicas de manejo da vegetação têm que ser implementadas no interior

dessas florestas plantadas para que, o aumento da diversidade de nativas que ocupam seus

sub-bosques e a sua sustentabilidade a longo e médio prazo, venham a ser efetivadas. Entre as

possíveis práticas de serem aplicadas, as abaixo descritas se mostram mais adequadas,

considerando-se a contextualização dos talhões da FEENA, apresentada nos itens 2.2

(Histórico) e 2.3 (Relevância).

Na gestão das áreas selecionadas, serão conduzidas experimentações que levantarão

dados a respeito da realidade local e indicarão com consistência as tomadas de decisão sobre a

adequação das técnicas de manejo abaixo relacionadas.

Tais práticas serão desenvolvidas no interior de plots de 20 m x 20 m, distribuídos

aleatoriamente no interior de cada talhão de eucalipto, com um número de réplicas que

correspondam aproximadamente a 25% da área total do fragmento.

3.2.1 Derrubada das Árvores Emergentes de Eucalipto Encobertas por Lianas

Observa-se, no interior das áreas de estudo, uma ampla distribuição de indivíduos de

eucaliptos seculares, com perímetro superior a 1m e altura entre 20 e 40m. Essas árvores

emergentes esparsamente distribuídas acabam por compor um dossel descontínuo,

entremeados por clareiras e ambientes de sub-bosque fechado de variados níveis de

intensidade e qualidade na cortina de luz. Esse padrão de ocupação espacial tanto horizontal

quanto vertical facilita o desenvolvimento exuberante de lianas referentes à variadas famílias

botânicas, acabando por cobrir, muitas vezes, toda a copa desses eucaliptos. Em função da

alta produção de biomassa dessas trepadeiras lenhosas, as mesmas passam a desempenhar o

papel de uma planta parasita, o que ao longo do tempo, sob condições variadas, restringe o

crescimento da copa da árvore hospedeira, levando posteriormente a deterioração do

indivíduo.

A retirada dessas árvores no interior dos plots experimentais aumentará a área

disponível para ocupação de indivíduos arbóreos e arbustivos de espécies regionais, nas

categorias de pioneiras e secundárias, bem como disponibilizará madeira para uso dessa

Unidade de Conservação.

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3.2.2 Controle da Biomassa de Trepadeiras no Interior do Sub-Bosque

No sub-bosque, ao longo de um perfil vertical com cerca de 7m ocorre uma cortina de

trepadeiras lenhosas (lianas), sub-lenhosas e herbáceas, que competem ativamente por luz,

nutrientes, água e espaço, com demais formas de vida. Em função da existência de manchas

com alta luminosidade nesses sítios e de uma resposta positiva a esse fator, essas trepadeiras

apresentam um crescimento rápido e alta biomassa, o que dificulta o desenvolvimento das

copas e do porte de lenhosas diversas, entre árvores, arvoretas e arbustos, que se acumulam no

sub-bosque. Assim sendo, com a realização de poda, mesmo que parcial, possibilitará um

crescimento mais rápido de outras guildas de espécies, tornando esses sítios, ao longo do

tempo, mais sombreados, o que limitará o crescimento exacerbado das trepadeiras,

propiciando que outras formas de vida, que ocorrem dentro da mata, tenham melhores

condições para o seu estabelecimento e ocupação do habitat, que agora se encontra disponível.

3.2.3 Controle da Regeneração Natural de Plântulas de Espécies Exóticas, Invasoras e de

Lianas

É comum a ocorrência nos sub-bosques dos talhões da FEENA, assim como também

em fragmentos de matas no interior de São Paulo, de um acúmulo de plantas jovens de

espécies invasoras, inclusive espécies exóticas, compondo o compartimento da regeneração

natural. O predomínio de tais grupos ecológicos tende a excluir variadas espécies da flora

nativa local do banco de plântulas. Para que haja um controle sobre o crescimento e dispersão

desses grupos taxonômicos é necessário que se faça um desbaste, que permita a retirada

desses indivíduos. Dessa forma, é importante que em sub-plots de 2m x 2m circunscritos nos

interior das parcelas de 400m², totalizando 25 por parcela, ocorra um acompanhamento dos

regenerantes dentro da comunidade.

3.2.4 Enriquecimento da Regeneração Natural

Para que haja uma aceleração no processo de ocupação dessas florestas plantadas com

eucalipto por espécies nativas de interesse não apenas econômico, mas também como fonte de

recursos para a fauna de polinizadores e dispersores, entre esses, insetos, aves e mamíferos de

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pequeno e médio porte, é importante que mudas sejam introduzidas sob as manchas de dossel

contínuo, decorrentes da presença de nativas arbóreas e dos brasões de eucalipto no interior

dessas áreas. As próprias parcelas de 20mx20m deverão ser usadas também para essa

experimentação. Devendo-se alocar cerca de 12 mudas, entre 1,0m e 1,5m de altura por plot

(20m x 20m), distribuídas uniformemente sob dossel.

3.2.5 Tratamento das Bordas

Na faixa de 10 a 100m, que compõe a da zona de contato dessas formações florestais

com a região de entorno, ocorre um gradiente de resposta à variação microclimática, por parte

da flora e fauna local, alterando essa extensão em função do nível de alteração antrópica da

formação florestal analisada. Essa faixa denominada de zona de borda, em se tratando da

FEENA, é pouco impactada e em muitas situações acaba se tornando uma zona de transição

para outros fragmentos, funcionando muito mais como uma zona de contato entre plantios de

eucaliptos diversos, atuando também como aceiros no controle, durante a estação seca, da

propagação do fogo. Portanto, o seu tratamento, seria restrito aos trechos onde uma extensa

área de emaranhados de lianas se fazem presente, sendo que o controle de biomassa dessa

guilda, permitirá um trânsito mais livre da fauna local entre os fragmentos desse mosaico de

florestas plantadas, aumentando a mancha efetiva de forrageio das espécies que exigem maior

área de vida para busca de recursos e de parceiros para acasalamento.

Naturalmente que somados os efeitos decorrentes da implantação das experimentações

acima explicitadas, nos nove talhões selecionados, espera-se criar um estímulo para o

estabelecimento de essências nativas no interior dessas florestas plantadas de eucalipto,

contribuindo para a aceleração da sucessão secundária e enriquecimento dessas comunidades

de sub-bosque, como também enriquecendo a chuva de sementes local com a presença de

diásporas de espécies arbóreas, para que os fragmentos florestais dispersos na paisagem

regional, venham a ser beneficiados com o manejo aplicado às florestas plantadas da FEENA.

Por fim, tem-se como proposta não apenas a implementação de ações mitigadoras do

impacto decorrente de ação antrópica, mas uma preocupação com o aumento da extensão da

cobertura florestal, que tem sido colocado em segundo plano na implantação de políticas

públicas, em função da expansão urbana e de ampliação das áreas de monoculturas, em

grande parte da região sul e sudeste do país.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando o debate envolve produtividade, conservação, restauração do solo, ou a

combinação destes fatores, a floresta secundária, que no passado recebia um enfoque

marginal, atualmente é vista com grande interesse.

Tais formações são consideradas como ecossistemas de crescimento rápido, com uma

produtividade líquida superior a de variadas florestas primárias, com alto valor para a

formação de um banco de germoplasma ativo, fornecendo condições para a conservação

genética de espécies arbóreas presentes no mosaico de fragmentos florestais, e corredores

ribeirinhos que compõem a paisagem onde encontram-se inseridas.

Temos então, no sub-bosque da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade,

plantios com idades e densidades variadas de espécies de eucaliptos que se desenvolveram ao

longo de um século de história, constituindo um ambiente próprio para o estabelecimento de

sementes que são transportadas pelo vento, ou dispersas pela fauna local, principalmente aves

e roedores de pequeno e médio porte, ou ainda diásporos distribuídos pelas águas dos

córregos.

As árvores de eucalipto, além de serem exploradas como fonte de matéria prima para

fins diversos, acabaram por fornecer ao longo do tempo um sombreamento parcial às espécies

arbóreas que se instalaram no sub-bosque dessa floresta plantada. Tal sombreamento,

minimiza os efeitos restritivos da incidência direta dos raios solares sobre plântulas recém

estabelecidas.

Espécies com diversas funções dentro da cadeia alimentar, distribuições

biogeográficas distintas e com variadas utilizações pelo homem puderam se desenvolver e

enriquecer estas comunidades secundárias. Valendo lembrar, a importância daquelas

amplamente utilizadas em áreas de restauração florestal, indicadoras de solos férteis,

intimamente associadas com a fauna dispersora e polinizadora, assim como também as que

ocorrem com frequência em áreas de mata estacional semidecidual e de cerrado.

Sabendo-se da importância da conservação dessas áreas verdes próximas a centros

urbanos e da possibilidade de funcionarem como núcleos de preservação de espécies da

paisagem regional, a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade é uma área estratégica

para o desenvolvimento de espécies arbóreas nativas, muitas das quais são atualmente raras,

ou que foram extremamente exploradas nas suas formações de origem, e encontram-se

atualmente isoladas em áreas restritas.

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A Floresta Estadual não é apenas um significativo patrimônio histórico-cultural que

enriquece a paisagem local, mas também é uma ampla cobertura florestal propícia à

conservação da diversidade da flora e fauna regional. Mundialmente, vêm-se buscando

ativamente a implementação de projetos de reflorestamento e restauração paisagística para

amenização climática e para fins turísticos dos centros urbanos, interesses esses perfeitamente

atendidos em uma área singular do ponto de vista das suas características paisagísticas e que

ainda, contribui para o bem estar dos moradores locais.

A existência dessa extensa área de floresta plantada suscita algumas questões. Que

plantas podem conviver associadamente com tantas espécies de eucalipto? E ainda, que

benefícios podem trazer para a produtividade e a conservação da biodiversidade a

implantação de técnicas de manejo que interferem na dinâmica de uma floresta secundária?

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FEPASA – Ferrovia Paulista S.A. 1994 – Cadastro Anual das plantações. Horto Florestal

de Rio Claro. (cópia mimiografada, Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade –

FEENA, Rio Claro, SP)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – Decreto nº 51.453 de 2006. Cria o Sistema

Estadual de Florestas – SIEFLOR e dá outras providências

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SMA. Resolução nº 16, de 03 de março 2007.

Dispõe sobre a organização do Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR e dá outras

providências.

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TAKAHASI, A. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma comunidade

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