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A SOCIEDADE E AS CULTURAS INFORMACIONAIS. GILSON LIMA [email protected]. CONHECIMENTO  DADOS  INFORMAÇÕES: DO ÁTOMO AO BYTE. - PowerPoint PPT Presentation

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CONHECIMENTO CONHECIMENTO DADOS DADOS INFORMAÇÕES: INFORMAÇÕES: DO DO ÁTOMO AO BYTEÁTOMO AO BYTE

•Hoje, quando pensamos em informações, lembramos da mídia dos jornais, notícias emitidas por redes de transmissões de jornais, rádios e Tvs , da conquista da teleparticiopação planetária.

• Entretanto veremos que a noção moderna da Informação, ou seja, de uma informação processada automaticamente - diferente do sentido jornalístico, somente desempenhará um papel social importante e ampliado, apenas no pós guerra, a partir da invenção dos computadores e da posterior criação de um novo domínio técnico, o mundo dos informaticistas.

•A origem etimológica da palavra informação tem relação com a idéia de forma. Sua raiz é mais latina e não possui enraizamento na língua grega: informatio é entendido como uma ação de modelar, ou seja, de dar forma.

•No Século XIII, a palavra informação sofrerá uma nova idéia, ela foi talhada pelo francês arcaico como: enformer que significa instruir. Assim, para um latino de influência francesa, informar passou a ser instruir num sentido de educar, de dar forma ao espírito. Posteriormente, a partir do avanço das teorias contratualistas informar passou a ter um destino, em grande parte, ligada ao universo do judiciário. Donde advém a máxima de instruir um processo.

•Atualmente o termo informação, tem um percurso ainda muito vago, seguindo paralelamente utilizações pragmáticas num universo técnico-instrumental.

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O MEIO É TAMBÉM A O MEIO É TAMBÉM A MENSAGEM?MENSAGEM?

• Um pensador canadense chamado Macluhan disse que: “O meio é a mensagem”. diz ele:

“as sociedades tem sido modeladas muito mais pelo tipo de meios com os quais os seus cidadãos se comunicam do que pelo conteúdo da sua comunicação. Os meios modificam o ambiente e, a partir deste momento, suscitam novas percepções sensoriais”.

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• A comunicação a distância não é uma novidade na história das sociedades humanas. As antigas civilizações já dominavam processos de comunicação à distância. Eram processos muito limitados, entretanto; úteis para diversos propósitos.

Por exemplo: 1) Os índios da América do Norte comunicavam-se a distância através de sinais de fumaça;

2) Algumas Civilizações Africanas utilizavam-se do tambor para comunicarem-se entre si..

Foi preciso esperarmos até o Século XVIII para que fosse organizada pela primeira vez, uma rede material e sistemática de comunicação à distância. Até então, para nossos antepassados, o mensageiro a pé, ou a cavalo e ou a carruagem, tinham sido a organização material suficiente para as suas necessidades de comunicação a distância.

COMUNICAÇÃO À DISTÂNCIA

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• a invenção da escrita não se confunde com o pensamento;

• Somos seres biologicamente competentes para a comunicação oral e não somos seres biológicos ou geneticamente competentes para a escrita.

• Nós possuímos toda uma organização genética e material para a oralidade: um aparelho respiratório munido de: faringe, cordas vocais, etc.

• Cultura oral e estoque do conhecimento Cérebro.

A cultura oralA cultura oralA cultura oralA cultura oral

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•Como nosso cérebro não é um computador (que grava um algoritmo e nunca mais esquece), pois ele não grava tudo na primeira vez e o pior é que ele esquece depois o que foi gravado. Criamos uma economia da Recordação, como por exemplo:

•Criações de histórias com narrativas fechadas

•Ensino da retórica;

•Método dos lugares.

Tecnologias para a memorização artificial dos fluxos orais.

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CRIAÇÕES DE HISTÓRIAS COM CRIAÇÕES DE HISTÓRIAS COM NARRATIVAS FECHADASNARRATIVAS FECHADAS

• Antes de inventarmos a escrita, o alfabeto, os antigos sabiam da dificuldade do cérebro gravar as informações para guardar E estoque de conhecimento civilizatório era repassado através de gerações por diversas os conhecimentos de uma geração pela invenção de histórias que eram repetitidas várias vezes. e que compunham a herança das culturas dos povos. (REPETIR E REPETIR).REPETIR E REPETIR).

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ENSINO DA RETÓRICAENSINO DA RETÓRICA

• O ensino da retórica, durante muito tempo, abrangeu um ensinamento sistemático de técnicas de memorização, bem como, exercícios de precisão lógica da expressão oral.

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MÉTODO DOS LUGARESMÉTODO DOS LUGARES

• Uma das técnicas processuais mais conhecida de memorização oral da antigüidade é o “método dos lugares”. Ele funciona utilizando-se de lugares conhecidos, ou seja, de lugares já memorizados. Era necessário então associar idéias com os locais memorizados. Esse método combina a ordem de uma forma preestabelecida com uma associação que recorre a um sentido, visando, concretamente, uma economia da recordação.

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Conseqüência => gestão do tempo na cultura oral

Conseqüência => gestão do tempo na cultura oral

INÍCIO/FIM

REITERAÇÃO CONSTANTE

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• Com a inveção da escrita conquistamos a possibilidade de estocar além do cérebro o conhecimento civilizatório.

• Para isso foi necessário desenvolver tecnologias de uso sistemático dos enunciados auto-suficientes que permitiu o acesso ao determinado estoque de conhecimento independente de seu contexto gerador.

A cultura da A cultura da escrita em escrita em

átomosátomos

A cultura da A cultura da escrita em escrita em

átomosátomos

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Conquistas importantes: • O saber, o conhecimento, pode ser guardado e até transportado, ou seja,

podia ser deslocado geograficamente sem requisitar a presença direta do autor das falas e até mesmo do contexto onde um determinado texto original tinha sido escrito. ( quem não tivesse acesso a escrita estaria condenado a acessar o conhecimento estocado por um contexto de um narrador em interação presencial) CONQUISTA DA UNIVERSALIDADE.

• Para que isso ocorresse, foi preciso inventar técnicas que facilitassem a leitura tornando mais e mais os escritos auto-suficientes, ou seja, independentes do autor que os escrevia. Criamos um conjunto de tecnologias auxiliares da leitura ou melhor um aparelho artificial da leitura como: as notas de pé-de-página, a separação de palavras, parágrafos, capítulos, índices, etc...

• Posteriormente dos pergaminhos chegamos aos livros, ao papel tipo pagus latino, as revistas, as enciclopédias, ou seja, dobramos os textos em folhas finas de papel, organizando-os em linearidade tal como conhecemos atualmente.

• Conquistamos a possibilidade de desdobrar o estoque do conhecimento em diversas cópias, ainda que no início fazer essas cópias era um processo bem demorado.

A escrita avança e surge o livro e oA escrita avança e surge o livro e o APARELHO ARTIFICIAL DE LEITURAAPARELHO ARTIFICIAL DE LEITURA

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O PROCESSO DA O PROCESSO DA IMPLANTAÇÃO DA ESCRITA IMPLANTAÇÃO DA ESCRITA

NA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO NA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO FOI MUITO LONGOFOI MUITO LONGO

O PROCESSO DA O PROCESSO DA IMPLANTAÇÃO DA ESCRITA IMPLANTAÇÃO DA ESCRITA

NA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO NA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO FOI MUITO LONGOFOI MUITO LONGO

• No início escrever era uma profissão, pois aprender dezenas ou até centenas de sinais não podia estar ao alcance de todo. Escrevia-se em pedras, em argila e depois em rolos vegetais do caule de uma planta (papiro), os pergaminhos foram os primeiros suporte físico para a escrita alí se transcrevia problemas e questões culturais, econômicas, religiosas e militares dos povos que dominavam uma determinada codificação como por exemplo: em materiais mais ou menos duráveis para dedicatórias em túmulos, fixações de regras sociais e jurídicas, etc.

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ESCRITA PICTOGRÁFICA!

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ESCRITOS HIERÓGRAFOS!

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Da escrita cuneiforme à escrita Da escrita cuneiforme à escrita linear!linear!

Da escrita cuneiforme à escrita Da escrita cuneiforme à escrita linear!linear!

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A I NVENÇÃO DO ALFABETOA I NVENÇÃO DO ALFABETOA I NVENÇÃO DO ALFABETOA I NVENÇÃO DO ALFABETO

Sem Vogais

Com Vogais

O surgimento do alfabeto. A escrita alfabética desenvolvida na Finícia, atual Líbano, mais ou menos no final do Século XII a.C., foi entre as diversas usadas por diferentes povos que mais influência gestou entre os povos do presente, sobretudo, os ocidentais. A invenção doalfabeto na Finícia (atual Líbano) foi muito importante para popularizar a escrita, tratava-se de um sistema de 22 sinais (que só indicavam as consoantes, pois as vogais foram anexadas mais tarde pelos gregos). Os símbolos são definidos linearmente, em oposição ao cuneiforme, sobretudo pelo modo como são traçadas as letras: com linhas (retas ou curvas), desenhadas com uma pena ou pincel encharcado de tinta nas superfícies relativamente planas.

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E OS REGISTROS NUMÉRICOS?

UM POUCO DA HISTÓRIA DE PARA técnicas e máquinas antigas

que nos ajudavam a calcular.

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Contar nos Dedos• Buscar apoio para

realizarmos os cálculos foi a primeira idéia que tivemos para ajudar nosso cérebro a fazer contas, numerar, ou seja, contar as coisas, os objetos e as pessoas na nossa volta.

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O tataravô do computador: O ÁBACO

• Do ábaco, não se sabe ao certo quando o inventaram, sabe-se que foi na China e que foi por volta do Século III - depois do nascimento de Cristo. Entretanto foi pelos anos de 1300 depois de Cristo, que ele se tornou muito utilizado.

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Ainda hoje o Ábaco é muito usado • O Ábaco possui uns discos ou contas

móveis, que se movimentavam em ferros e ajudavam a tornar as operações matemáticas matemáticas mais rápidas. É uma prancheta com arames por onde correm bolinhas ou fichas, muito usado para contabilizar placar de jogos de sinuca e jogos do gênero. Em muitas sociedades do oriente ele ainda é usado até hoje como uma ferramenta valiosíssima de cãlculos. Muitos países orientais promovem concursos onde meninos e meninas demonstram suas habilidades com o ábaco fazendo cálculos mais rapidamente do que calculadoras de bolso.

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O QUIPUO QUIPU

• Os Incas não tinham nenhum método de escrita, mas inventaram uma maneira de fazer registros num sistema de cordas com nós, chamado quipus. São cordas de várias cores, com nós singelos, duplos ou triplos, eram penduradas numa corda principal simples. O número e posição dos nós serviam para registrar coisas, tais como abastecimentos alimentares ou números de lamas. Esse registro só podia ser lido por um funcionário chamado quipucamayoc.

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IMPLICAÇÕES DO AVANÇO DA representação IMPLICAÇÕES DO AVANÇO DA representação simbólica pela ESCRITA EM ÁTOMOSsimbólica pela ESCRITA EM ÁTOMOS

IMPLICAÇÕES DO AVANÇO DA representação IMPLICAÇÕES DO AVANÇO DA representação simbólica pela ESCRITA EM ÁTOMOSsimbólica pela ESCRITA EM ÁTOMOS

Resumindo:• A partir do domínio técnico da escrita alfabética,

pela primeira vez na história da humanidade, pudemos estocar volumes físicos de enunciados, informações e conhecimentos.

• Entretanto a criação do livro foi um acontecimento que só amadureceu na segunda metade do século V. O livro era considerado um instrumento inútil em virtude da extensão do analfabetismo. Mesmo na Idade Média, nos mosteiros, os monges eram poucos, alguns eram analfabetos, era lhe proibido atividade cultural independente, não havia uma grande procura de livros, a produção também era limitada e eram poucos os monges que deviam se limitar ao trabalho de copistas. Apenas depois do Século VI o livro será reconhecido como um instrumento de conservação de textos antigos.

Quando inventamos o alfabeto criamos também os analfabetos.

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A GALÁXIA DE GUTENBERGA GALÁXIA DE GUTENBERGA GALÁXIA DE GUTENBERGA GALÁXIA DE GUTENBERG

• Com a invenção da impressão automática, através de logotipos móveis, o que Mcluhan chamou de “a galáxia Gutenberg”, o acesso aos manuscritos foram facilitados.

• Os leitores e consumidores da produção intelectual, também, passaram a ter, bem mais facilmente, o acesso ao estoque de conhecimento produzido pela humanidade. Este estoque foi paulatinamente, sendo transferido para livros e enciclopédias.

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ENTENDENDO O TEXTO PAGUSENTENDENDO O TEXTO PAGUSENTENDENDO O TEXTO PAGUSENTENDENDO O TEXTO PAGUS

É preciso que compreendamos bem o que entendemos por um texto pagus:

1) Em primeiro lugar, ele é escrito em páginas estáticas que são as demarcações físicas de um plano reto, do tipo tábua.

2) Tem um ciclo próprio, ou seja, um início, um desenvolvimento e um fim, portanto, é uma unidade isolada, ou seja, um livro é uno, uma unidade em si mesma. Mesmo uma coleção ou enciclopédia de livros é um conjunto seqüencial de unidades isoladas que formam o conjunto de uma unidade maior, a enciclopédia.

3) A organização da sua narrativa, do que está escrito é linear, como se seguíssemos uma linha, como se cada vez mais acumulássemos conhecimento progressivamente enquanto caminhamos na linha imaginante da leitura. Alguns cientistas pensavam que nós transferíamos com a leitura direta ou até indireta através de alguém que pudesse ler em voz alta um texto, um estoque de informações que estavam impressas nos documentos que eram lidos e que se deslocavam para o cérebro. Achavam que Assim que nos tornávamos inteligentes. Hoje sabemos que esta é uma maneira muito primitiva da inteligência, conhecida como memória primária.

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O TRILHO DA HISTÓRIA fatos

CONSEQUÜÊNCIA => gestão do tempo na escrita

tempo linear (FLECHA = O CRONOS )

Início Presente Futuro

(Uma flecha que no tempo linear, dado o início da sua história, nunca mais terá a possibilidade do encontro com o ponto de partida. Jamais poderemos retornar ao passado).

passado

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FATOS X ACONTECIMENTOS:Bruno Schultz escreveu num livro "Sanatório” , uma distinção primordial

entre fato e acontecimento. •Os fatos são ordenados no tempo, dispostos em seqüência como uma fila; agrupam-se apertados, pisam nos calcanhares uns dos outros. Suas almas serão marcadas sempre pela continuidade e sucessão. Cada fato tem uma passagem, tem seu lugar reservado para sua viagem no trem da história. como todos bem sabem, para manter o trem da história no trilho é necessária uma meticulosa assistência de disciplina, um apurado e detalhado controle. Privado desta assistência controladora, o tempo fica propenso totalmente a transgressões, travessuras irresponsáveis, palhaçadas amorfas. Ao não exercermos vigilância no trem, ele descarrila, vira turbulência, cria suas travessuras.

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Bruno Schultz e a distinção Bruno Schultz e a distinção entre: entre: fatos e fatos e

acontecimentosacontecimentos• Os acontecimentos são múltiplos fragmentos

que chegaram atrasados à estação da vida e perderam o trem da história. Eles chegaram na estação quando já tinha sido realizada a distribuição das passagens, por isso, não possuem lugar no trem. Ficam vagueando e ziguezagueando sem rumo definido pela vida.

• Os acontecimentos também não são contrabandos que encontram lugares clandestinos nos vagões. Na verdade, eles não cabem no trem, pairam errantemente e sem lar, suspensos no ar. O tempo regular, cronológico é estreito demais para abriga-los.

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OS MODERNOS

•  Mais tarde, na época em que criamos “os primeiros relógios mecânicos e mecanismos de pêndulo”, a imagem do universo pós-newtoniano era vista como um preciso mecanismo funcional e tornou-se dominante por longos e longos anos. Mil naves apologéticas partiram em busca da decifração do relojoeiro cósmico.

 Para os vitorianos da Revolução Industrial, o paradigma preponderante foi a máquina a vapor, e as questões físicas e filosóficas que ela suscitava com relação às leis da termodinâmica e o destino final do universo e da vida levavam essa marca de uma época de máquinas geniais.

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A CULTURA COMPUTACIONALA CULTURA COMPUTACIONAL

• Com a invenção do computador inauguramos uma nova forma de comunicar, de guardar e manipular informações. Chamamos de informação moderna organizada ou processada por computadores, ou mais tecnicamente chamamos de processamento numérico (bytes).

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O SURGIMENTO DA MODERNA O SURGIMENTO DA MODERNA INFORMAÇÃO NUMÉRICAINFORMAÇÃO NUMÉRICA

• Assim como ocorreu com a cultura oral, a cultura escrita impressa através de logotipos móveis está sofrendo cada vez mais um radical impacto com o surgimento do computador, ou seja, do processamento computacional da informação.

• Através do novo domínio do conhecimento por computador podemos receber textos e informações a distância, guarda-las e até mesmo alterar seus conteúdos sem necessariamente imprimi-los e até mesmo enviar novamente para outros destinos.

• Os computadores ligados em rede estão cada vez mais se tornando conhecido e sendo utilizados, principalmente depois da invenção da Internet. Quando falamos em Internet estamos falando numa principal, nova e revolucionária forma de comunicação e produção de conhecimento interativo à distância.

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Shannon, propôs um método para definir e medir a informação em termos matemáticos, onde escolhas sim-não eram representadas por dígitos binários, base das modernas comunicações.

PERSONALIDADEPERSONALIDADEEm 1936.Em 1936. Claude ShannonClaude Shannon influenciado pelo matemático

inglês autodidata George Boole, que inventou um sistema de lógica simbólica chamado álgebra booleana, Shannon apresenta

sua tese em 1936, onde sistematiza a conexão entre lógica simbólica e os circuitos elétricos. Inaugura-se definitivamente o Inaugura-se definitivamente o

padrão moderno da informação matemáticapadrão moderno da informação matemática

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A PARTIR DE SHANNON A PARTIR DE SHANNON AS PESQUISAS AS PESQUISAS DA MODERNA INFORMAÇÃO NUMÉRICA DA MODERNA INFORMAÇÃO NUMÉRICA

TOMOU 3 DIREÇÕESTOMOU 3 DIREÇÕES•1) A distinção entre forma e sentido a elaboração de uma ruptura mental, para a criação imaginária de uma realidade por onde trafega-se um simbolismo lógico comunicante, o qual, pode ser estocado, transmitido e compartilhadado como informações; a base da concepção moderna de informação;

•2) A transmissão das mensagens, estocar e armazenar dados a partir de um imaginário lógico que pudesse ser compartilhado necessitaria que esses impulsos lógicos pudessem ser transportados. Algumas conquistas já haviam sido realizadas com o domínio do sinal - principalmente do sinal elétrico que conduziu ao telégrafo, e posteriormente com a invenção do telefone e em seguida, dando origem às modernas telecomunicações;

•3) O processo comunicacional que possibilite na interação máquina e interface humana o compartilhamento de verdades dos enunciados a serem estocados e ou transportados. Isto implica debulharmos sobre a natureza do raciocínio “correto”, matemáticamente perfeito e ao aperfeiçoamento decisivo da noção de algoritmo elaborada por Claude Shanoon, em 1936.

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PERSONALIDADE : Em 1936. Alan Turing, um audacioso matemático inglês, proveniente da Universidade de Cambridge, escreveu uma dissertação intitulada: “Sobre os “Sobre os

Números ComputáveisNúmeros Computáveis”.

Nesta dissertação ele descrevia um instrumento hipotético, chamado posteriormente de máquina Turing, que antevia o computador programável. Esta máquina, poderia ler ou apagar símbolos numa fita sem fim. A cada passo de um cálculo a operação seguinte da máquina seria determinada pela confrontação do símbolo lido com uma lista de instruções. Suas instruções descrevem cinco estados - a máquina deve executar diferentes operações em cada estado.

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O INSIGHT DE TURING: a informação computacional (algorítimica)O INSIGHT DE TURING: a informação computacional (algorítimica)

•Álgebra de Boole notável em simplicidade e elegância que permite um processamento de todos os símbolos, incluindo os numéricos. O que possibilitou a criação de um processamento automático das informações.

• O passo mais significativo, neste sentido, podemos encontrar na construção, ainda que inteiramente intelectual, de uma máquina lógica apropriada para a resolução de uma ampla gama de problemas lógicos e matemáticos, por um matemático: A célebre máquina de Turing.

•A máquina de Turing - hipotética - consistia em uma fita de papel sem e um ponteiro que podia ler, escrever ou apagar um símbolo, deslocar a fita para a direita ou para a esquerda, marcar uma das casas do papel e parar. Partia-se da idéia de que a máquina tinha uma memória infinita. Essa máquina deveria ser capaz de resolver todos os problemas passíveis de serem formulados em termos de algoritmo (computados através de instruções lógicas). Ela ofereceu a prova da força demonstrou a potência da pesquisa algorítmica e sua teoria abriu o caminho para a concepção de uma máquina que realizasse de modo efetivo o processamento automático da informação.

•Algoritmo tem sua origem árabe quer dizer restituição, uma das propriedades da álgebra consiste em restituir uma igualdade quando se interfere nos termos da equação. Para os anglo-saxões algoritmo transformou-se “num processo efetivo”, mas é Alan Turing (1912-1954) que irá dar-lhe uma definição definitivamente aceita pela computação, ou seja:

“Um algoritmo poderá ser definido como o conjunto completo das regras que

permitem a resolução de um problema determinado”.

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OSSOS DE NAPIER

• Trata-se de uma máquina inventada em 1617. Com ela pudemos resolver problemas de multiplicação complicadas de números.

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MÁQUINA DE PASCAL

• Trata-se de uma famosa máquina de somar inventada por de Blaise Pascal em 1642. Ela executava automaticamente operações matemáticas e aritméticas quando se giravam os discos interligados.

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O VOVÔ DO COMPUTADORO VOVÔ DO COMPUTADOR

• Ao lado vemos a famosa Máquina Analítica concebida por um gênio britânico em 1822 chamado Charles Babbage. Ela foi pensada para executar um grande número de tarefas computacionais a partir de uma seqüência de instruções que alguém programava na máquina

• Por isso é um engenho conhecido como o vovô dos computadores programáveis atuais.

• O inventor Babbage perseguiu por quase 50 anos e até o fim de sua vida, o desejo de transformar sua idéia - a máquina analítica - em realidade. Entretanto, a precisão requerida para a sua fabricação estava além da tecnologia da sua época. Ela, de fato, nunca foi construída. O desenho do lado é um protótipo feito muitos anos depois de sua morte.Máquina AnalíticaMáquina Analítica

Charles Charles BabageBabage

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Tabulador de Hollërith

• Esta máquina foi inventada em 1889 por Herman Hollërith, ela permitia contagens de grandes números usando uns cartões de papel perfurado para instruir a máquina a fazer os cálculos. Ela foi utilizada para contar (tabular) a população dos Estados Unidos realizada de dez em dez anos (CENSO).

• A contagem manual (tabulação manual) anterior a utilização dessa máquina levou sete anos para ser concluída e com o tabulador de Hollërith levou-se apenas seis meses.

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CONHECIMENTO, CIÊNCIA E GUERRA: Assim nasceu o

computador!

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Os sonhos mais avançados dos melhores cientistas provenientes de algumas universidades mesclaram-se com as mais amplas

possibilidades de financiamento e experiências oferecidas por um exército de um país altamente industrializado: Os Estados Unidos.

Dessa conjunção nasce o computador.

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GRANDE DEMANDA POR INÚMEROS CÁLCULOS RÁPIDOS.

• Guerra moderna => Papel do projétil. Em 1938 cria-se nos EUA o BRL (Ballistic Research Laboratory) para implementar alternativas de aceleração no cálculo das tabelas de balística. (Regular ângulos do tiro via fatores diversos como vento, temperatura, etc...) Era preciso calcular entre 2.000 a 4.000 trajetórias possíveis. Cada trajetória exigia 750 multiplicações de 10 algoritmos. A demanda da guerra era 40 tabelas semanais e o BRL produzia apenas 15.

• A produção das 15 tabelas inicialmente se deu através de “calculadoras humanas”, geralmente mulheres parentes de militares que lutavam na guerra e que tinham domínio das operações matemáticas simples.

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• Acima uma foto de um projeto secreto envolvendo as Forças Armadas Norte Americana e alguns cientistas da Moore Scholl: o analisador diferencial de Vannevar BUSCH. Este analisador, acelerava os cálculos e executava operações complexas com muita rapidez anunciando a era do computador.

• Uma tabela completa demandaria 3 Séculos com um ser humano trabalhando sozinho, de modo manual em 8 horas diárias.

• Com a mesma jornada, oito horas diárias, um ser humano com uma máquina de calcular levaria 12 anos para executar esta mesma tabela completa.

• Com o analisador diferencial, nesta mesma jornada, um ser humano levaria apenas um mês.

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• Apresentado aos jornalistas apenas em fevereiro de 1946 esta máquina calculou em 20 segundos a trajetória de um projétil que levava 30 segundos para atingir seu alvo.

• O processo de alterar suas instruções necessitava ser ajustado a milhares de chaves e conectar centenas de cabos.

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ENIAC - Electronic Numerical And Calculator

• Pesava 30 toneladas, ocupava mais de 100 metros quadrados, empregava cerca de 18.000 válvulas e 5 milhões de pontos de solda.

• Efetuava 4.500 cálculos por segundo, um assombro para época.

• Hoje o poder de processamento do ENIAC não é superior a uma mísera calculadora de bolso.

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ENIAC em operação!• O ENIAC não tinha monitor, teclado ou disco e

interface com o usuário se limitava a algumas dezenas de interruptores, através do qual ligava-se e desligava-se os bits na memória principal, e outras tantas lâmpadas que informavam o resultado obtido.

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• BRL contratou os melhores cientistas para que eles desenvolvessem uma super calculadora chamada de ENIAC. Entre estes cientistas se destacava o matemático Von Neumann.

• Apesar da sua grande capacidade de cálculo, alguns cientistas do projeto Eniac se deram conta de que o futuro não pertenceria as calculadoras. Von Neumann interessava-se em construir um modelo reduzido de cerebro humano.

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• Em um pequeno texto escrito em 30 de junho de 1945, Von Neumann definiu os princípios básicos do computador. Estes princípios são aceitos até hoje como válidos. Podemos dividir didaticamente este texto em duas partes:

1)Do princípio de base;

2) Da Arquitetura.

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Von Neumann (lê-se nói-man), nascido em Budapeste, Hungria em 1903, com tese de doutorado em matemática.

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• Publicou vários artigos sobre álgebra, mecânica quântica e, sobretudo, a famosa “teoria dos jogos” que o tornou conhecido por aplicações na economia, em estratégia militar e em ciências sociais (planejamento estratégico, neo-contratualismo, etc).

• Foi a primeira pessoa a entender de maneira explícita que uma calculadora realizava essencialmente funções lógicas e que os aspectos elétricos eram secundários.

• A principal contribuição de Von Neumann na invenção do computador provinha de sua enorme capacidade de manipular abstrações não visuais.

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• Um dos fenômenos mais surpreendentes, e sem dúvida o que é menos conhecido em informática, é que praticamente todos os computadores construídos desde o final da década de quarenta obedecem ao mesmo princípio de base.

• Tratam-se de máquinas inteiramente automáticas, que dispõem de uma memória ampliada e de uma unidade de comando interno, que efetuam operações lógicas de cálculo e de processamento da informação graças a algoritmos gravados.

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• => Um computador é estruturado por 4 elementos.

• 1) memória, 2) A unidade Lógica, que processam os dados; 3) A unidade de controle, que organiza o funcionamento interno; 4) Os diferentes órgãos de entrada e saída (teclados, telas, saída p/ impressoras, etc.).

• O fato de tais elementos estarem integrados no interior de um mesmo “chip” de pequenas dimensões não muda em nada a questão, a arquitetura de base, denominada: “arquitetura Von Neumann” continua a mesma.

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Web – história e invenção

• Um mundo de matemáticas e conceitos baseados na sensação de exatidão, chega a ser vital ressaltar sempre que possível o papel do etéreo, do invisível, do mágico, do acaso e do caos.

• A Webe é considerada a rede das redes, a vitória da cultura da interface sobre a navegação informacional escreva da absoluta programação matemática.

• Com o espírito voltado para a certeza das incertezas, nada mais interessante do que garimpar a origem da tal World Wide Web, a WWW, a rede das redes.

• mina.

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Web – história e invenção

• A Internet nasceu bem antes da publicação da famosa obra "Neuromancer" de 1984[1].

• [1] Em 1984, o escritor norte-americano Wiliam Gibson lança uma obra de ficção chamada "Neuromancer", que poucos anos mais tarde o transformou numa celebridade, por ter sido o primeiro a perceber o nascimento de uma realidade imaginária compartilhada das redes de computadores. Ver, GIBSON, Wilian, "Neuromancien", Paris, La Découverte, 1985.

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Web – história e invenção• A Internet começa a nascer na década de 60, quando

o Departamento de Defesa Norte Americano imaginou uma maneira de proteger o sistema de comunicações em caso de ataque nuclear, pois as estações de rádio, de televisão e telefônicas são os primeiros alvos de um bombardeio.

• Os militares achavam que os Estados Unidos eram muito vulneráveis a um ataque nuclear soviético. Os laboratórios militares americanos também sentiam a necessidade de compartilhar de forma segura informações sigilosas, armazenadas em computadores espalhados pelo país. A rede continuaria funcionando mesmo se algumas de suas partes fossem atingidas. Outra questão fundamental na sua concepção era a de que as mensagens eram divididas em pacotes e enviadas em partes, para aumentar a segurança.

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Web – história e invenção• Em 1964, um pesquisador chamado Paul Baran

projetou uma rede de computadores, que é a base da Internet até hoje.

• Ela não tinha uma central de controle de informações. Paul Baran concebeu uma rede de computadores na qual cada máquina seria capaz de orientar o trabalho das outras, independentemente.

• Essa idéia de dividir as mensagens trata-se de uma técnica engenhosa. Os pacotes que tomariam rotas diferentes para chegar ao mesmo destino. Se um trecho fosse destruído, os pacotes pegariam outra rota.

• Diferentemente da invenção da Televisão, onde o usuário é um telespectador sem acesso a modulação da informação recebida, na Rede imaginada por Baran todos os pacotinhos devem se encontrar com o destinatário, onde seriam reunidos na ordem certa.

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Web – história e invenção

• mina. Em 1965, Ted escreve sobre a idéia de que computadores dariam às pessoas a possibilidade de escrever e publicar textos num formato não linear que poderia ser lido em qualquer ordem desejada. Nelson chamou essa idéia de hipertexto, e seu projeto global ganhou o nome de Xanadu.

 

Este é o conceito básico que faz a Internet ser o sucesso que é até hoje. Será apenas em 1969, que essa idéia se implementa significativamente com o nascimento da ARPANET.  

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Web – história e invenção

Assim, até hoje na Rede Mundial de computadores, a Internet, diferentemente do sinal da televisão, as mensagens e os textos digitais são divididos em pedaços (pacotinhos).

A conexão desses pacotinhos entre milhões de computadores diferentes com múltiplos programas cada um deles com uma maneira diferente de editar textos, desenhos ou gráficos, só é possível, por que quando alguém resolve conectar-se com a Internet, entra em ação um registro comum de comunicação, um protocolo, chamado TCP/IP.

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A HETEROGENEIDADE DA WEB SÓ É POSSÍVEL GRAÇAS A UM PROTOCOLO

COMUMTCP/IP é uma abreviação dos dois protocolos mais importante da Internet, o protocolo de transporte (Transmission Control Protocol – TCP) e o protocolo de rede (Internet Protocol – IP). Entretanto, existem cerca de mais de 100 procolos menos sigificativos que definem os serviços da Internet. Sem o TCP/IP seria inviável a existência da Rede Numérica Mundial tal como a conhecemos atualmente

Graças a esse protocolo em comum, os computadores da rede sabem que estão ligados a um outro computador.

E operam de acordo com isso e começam a funcionar automaticamente. Um computador maior, então, faz o serviço de dividir o seu arquivo em pacotes o que aumenta a eficiência da transmissão.

Esses pacotes são enviados então a outros computadores que vão entrando na info via e cada pacote vai para o destino previsto e lá é novamente é montado e pode ser também desmontado e reinviado.

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Web – história e invenção

• mina. Em 1965, Ted escreve sobre a idéia de que computadores dariam às pessoas a possibilidade de escrever e publicar textos num formato não linear que poderia ser lido em qualquer ordem desejada. Nelson chamou essa idéia de hipertexto, e seu projeto global ganhou o nome de Xanadu.

 

Este é o conceito básico que faz a Internet ser o sucesso que é até hoje. Será apenas em 1969, que essa idéia se implementa significativamente com o nascimento da ARPANET.

 

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Tim Berners-Lee cria a Web

No final dos anos 80, já temos a Internet em operação e a idéia do hipertexto formulada.

O físico e matemático Tim Berners-Lee, filho de dois matemáticos e em Em casa, foi criado entre bytes e uma forte herança cultural inglesa.

A web é produto mais uma vez do casamento entre imaginação, informática e literatura.

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Web – história e invenção

• mina.   Tim, sempre às voltas com seu Almanaque Capivarol, o Jovem Tim enfiou na sua precoce cabecinha a idéia fixa de criar uma linguagem de comunicação, um protocolo que permitisse que qualquer coisa pudesse, potencialmente, conectar-se com qualquer coisa.

“Numa visão radical, o mundo pode ser visto apenas como conexões e nada mais”. Assim como existem bilhões de neurônios em nosso cérebro, que são apenas células, tudo o que sabemos e somos produto das conexões possíveis realizadas por nossos neurônios. O que importa são as conexões.

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Web – história e invençãoO primeiro programa construído por Tim para tentar chegar a uma formulação concreta dessa idéia chamou-se Projeto Enquire.

Numa fase posterior, quando a idéia já havia amadurecido e Tim trabalhava num grande instituto de pesquisas atômicas na Suíça, chamado CERN, que era um verdadeiro Centro Internacional de Criação Científica, outros nomes lhe vieram à cabeça, como Mesh, ou lnformation Mesh, que foi abandonado pelo medo de confundirem a palavra Mesh com a palavra inglesa mess (bagunça).

Outros nomes foram cogitadoa e finalmente, Tim se resolveu por uma expressão que os matemáticos usavam para significar um conjunto de nós e links compartidos planetariamente: World Wide Web (“ampla teia mundial”) ou simplesmente WEB. (VIDE PROJETO CRIADO POR Tim B. Lee)

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Web – história e invençãoEra 1990, e ninguém nem sequer imaginava como o novo Almanaque Capivarol mexeria com o planeta, excitando o mundo empresarial, envergonhando velhas catedrais enrustidas de saber, balançando as estruturas de bolsas de valores e sistemas de educação e transformando jovens nerds em objeto do desejo de banqueiros aturdidos. Escapamos por pouco de estar agora escrevendo sobre a Enquire, a MOI ou a ‘TIM. O invento de ‘Tim teria repercussões inimagináveis na história do planeta Terra nos dez anos que precederam o século 21.

Numa só tacada, praticamente com uma única cabeça pensante, no ano de 1990, além de web, Tim criaria, em homenagem ao hipertexto de Nelson, as expressões HTTP, HTML e URL[1]. Estava formada, portanto, a base de sentido das palavras, das coisas da Internet.

[1] URL => Significa Universal Resource Locator, localizador universal de recurso. Na prática é apenas um endereço na internet expresso de uma forma que qualquer browser web possa entender. Os endereços ou points podem também ser chamados de sites [ um host = computador em uma rede que permite que muitos usuários o acessem ao mesmo tempo].

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Web – Para os que gostam de uma cronologia, que serve como uma espécie de régua sobreposta sobre o passado, aí

vai um resumo da década de 90

        1990 - A famosa Arpanet (projeto científico-militar que deu origem à Internet) é desativada e entra em operação o primeiro provedor comercial de Internet, com acesso discado. No mesmo ano o Brasil entra na rede, fazendo sua primeira conexão. 

        1991 - É o ano do surgimento da WWW, assim como de outros instrumentos técnicos que alavancaram em muito a web, como o Gopher, o primeiro mecanismo de buscas na Internet. 

        1992 - Os primeiros organismos internacionais de coordenação e incentivo à Internet são criados. No Brasil, surge a RNP e os usuários da rede se deliciam com conexões rapidíssimas, 9 600 BPS.  

        1993 - É criada a InterNIC, e a base de usuário a WWW tem seu primeiro aumento acentuado no Brasil: mais de 400% num só ano.  

        1994 - Início do uso comercial da rede, com sites dedicados à venda de livros, CDs e até e o pizzas. No Brasil, amaça a organização dos primeiros provedores de aceso, alguns deles oriundos de antigos BBS.       

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Web – história e invenção      1995 - Ano de ouro na história da Internet: chegam ao mercado,

ao mesmo tempo, a Aol, a Compuserve, o Netscape e a linguagem de programação Java. A Nasdaq começa a dar o ar de sua graça e a se tornar uma espécie de Xangri-lá dos empreendedores, ainda fortemente imbuidos de um espírito pioneiro e desbravador. Surgimento do Comitê Gestor da Internet. Mandic, Zaz e Ibase inscrevem seus nomes na História do provimento de dados no Brasil.

1996 - A Microsoft se rende a Internet e abandona seu nicho original, as janelas para o nada, e lança o seu browser o Explorer. O uso comercial da Internet dá seu primeiro salto no Brasil, com a consolidação de um conjunto de sites e iniciativas como Uol, Cadê?, ZipNet e BookNet.

1997 - Esse é considerado o ano da virada, quando os capitais de risco descobrem um novo possível filão e se organizam para o assalto ao castelo da tecnologia. Dezenas de empresas abrem seu capital na Nasdaq, entre elas a Amazon.com, que se torna referência mundial e em poucos anos terá uma marca quase tão valiosa quanto a Coca-Cola.

1998 - No Brasil começa a experiência da declaração do Imposto de Renda por meio eletrônico. Para surpresa geral, mais de 25% das declarações abandonam o velho formulário de papel. Os institutos de pesquisa apontam um crescimento dramático da base instalada de usuários no pais, de 700 000 para 1,8 milhão. Nos EUA, o índice Nasdaq inicia seu crescimento vertiginoso, saindo de 1500 pontos para uma curva que não iria parar antes dos 5000.       

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Web – história e invenção1999 - Sobram capitais de risco, e o número de investidores chega a ultrapassar o número de projetos. Meninos com uma garagem e com um plano de negócios de não mais do que três páginas tornam-se objetos de cobiça, sendo caçados em cada esquina. O número de usuários de internet no Brasil se aproxima dos 4 milhões, e o número de domínios pontocom ultrapassa os 200 000. Debandada em massa de profissionais de diversos setores da economia para o mundo das pontocom.

Século XXI - Atualmente tem crescido uma crítica no meio científico sobre a Web. Alguns cientistas afirmam, que a Web é muito limitada não permitindo conexões inteligentes entre máquinas. Para eles a Web (a www), facilitou o acesso do usuário à rede mundial por se tratar de uma linguagem com interface gráfica e que permite conexões entre imagens, textos, sons, ou seja, de hiperdocumentos digitalizados.

Porém, muitos cientistas dizem que ela é importante demais para ter sido pensado por praticmente um único célebro. Por exemplo, o padrão de comunicação definido por ela não permite potencializar muito a interação entre máquinas cognitivas (que muitos chamam de máquinas pensantes).

Ao contrário, estamos ainda muito longe da comunicação cognitiva inteligente entre máquinas. Quando os computadores folheiam as diversas páginas da WEB - através de interface humana - eles não entendem o que estas páginas significam além da simples transferência de conteúdos binários embricados numa linguagem lógica. Estão atuando como se fosse um grande sistema telefônico. Recentemente, com a criação da linguagem java podemos verificar tentativas -ainda que de dimensões modestas de que um computador transferir para outro informações que tenham algum tipo de significado para ambos.

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Hipertexto

• Outro conceito fundamental para a implementação da cultura da interface, que se efetivou principalmente com a Web é a idéia de HIPERTEXTO.

• A palavra hipertexto, composta pelo prefixo hiper - que significa "além", "excesso" (Aurélio, 1986 ) - e pelo sufixo texto - que significa "conjunto de palavras, de frases escritas" (Aurélio, 1986)

• No entanto, esta

palavra possui um conceito bem mais amplo em informática do que propõe sua etiologia.

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Hipertexto• Para compreender mais amplamente este conceito

pela cultura da interface deve-se, inicialmente, ampliar essa definição em 2 sentidos:

1. Primeiro, substantivamente, pode designar - mais do que palavras e frases - conjuntos de imagens ( ilustrações e animações quadro-a-quadro ) e sons ( música, por exemplo ).

2. Segundo, pode transcender a dimensão unitária ( linear e seqüencial ) - que é imposta pelo meio papel e pela influência da cultura do campo estático do “pagus” latino, constituindo-se de multimeios de relacionamento em rede e de acesso randômico de idéias ( expressas através de textos, imagens e sons integrados ou não), utilizando artefatos digitais para comunicacação on line, seja esta comunicação represada ou não em memória digital.

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Hipertexto• Assim, a idéia de hipertexto está associada a constituição de sucessões de idéias, uma após a outra, criadas em rede textual de referências cruzadas, ou seja, um texto em rede e em mivimento, em fluxo, através de procedimentos de links (elos de ligação para a navegação digital).

•O hipertexto permite a usuários, não-técnicos em informática, formalizar estruturas polihierarquizadas utilizando de links inseridos em interfaces amigáveis.

• Funciona mais ou menos assim: quando você lê uma página na Web, em um arquivo qualquer, quase sempre aparecem algumas palavras de cores diferentes e grifadas. Com o mouse, clicando sobre essas palavras seu computador processa imediatamente a transferência para uma outra página Web em um outro arquivo, que na maioria das vezes nem sequer está no mesmo computador onde a busca começou. É o surf eletrônico.

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LIMITES DO HIPERTEXTO

•O astrofísico Cliff, Stoll escreveu que: “O hipertexto não é um substituto adequado para um livro. Os livros tem seu próprio hipertexto: um índice, sumário, notas de rodapé, referências cruzadas”. ( BROCKMAN: 1997: 242).•Para STOLL, a Internet nos coloca diante de dados, mas dados tem conteúdo não tem contexto. Dados tem pequena utilidade sem o contexto. Falta a acuração, falta pedigree, falta linha de tempo, mais do que tudo, falta utilidade. O que adianta um monte de informações que serão comercializadas, dados de textos, sem seus contextos?

•Ver BROCKMAN, John, Digerat: encontros com a elite digital, Editora Campus. Rio de Janeiro, 1997, p.240).

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A informação escrita e ou capturada em redes numéricas - digitais - (BITS), METÁFORA DA REDE NA GESTÃO DO TEMPO

A informação escrita e ou capturada em redes numéricas - digitais - (BITS), METÁFORA DA REDE NA GESTÃO DO TEMPO

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Conseqüência => gestão do tempo pela metáfora da REDE

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IMPACTOS DA CULTURA NUMÉRICA IMPACTOS DA CULTURA NUMÉRICA INFORMACIONAL - Digital INFORMACIONAL - Digital

•A CULTURA DIGITAL continuará a incidir contra o monopólio dos livros e das enciclopédia como os guardiões físicos de nossa memória civilizatória.

•A CULTURA DIGITAL será ainda incidirá cada vez mais sobre o deslocamento casa x trabalho, produto e potência da implantação de uma complexa infra-estrutura de transmissão numérica em altíssima velocidade e ampla escala.

•A CULTURA DIGITAL ampliará cada vez mais em em uma escala jamais concebida em nossa civilização, na eliminação da grande maioria dos processos de gerenciamento físico, ambiental e social realizados atualmente, por atividade humana, na sociedade industrial.

•A CULTURA DIGITAL, neste sentido, está implicando num desmanche violento da herança que recebemos da sociedade industrial,sobretudo, por ser através de atividades física e de instituições fisicamente constituídas onde as atividades humanas era realizadas, onde poderíamos obter acesso à renda através de uma moeda aceita nacionalmente.

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OUTROS IMPACTOS DA CULTURA OUTROS IMPACTOS DA CULTURA NUMÉRICA INFORMACIONAL - DigitalNUMÉRICA INFORMACIONAL - Digital

•A CULTURA DIGITAL incidirá na transferência de uma gama enorme destas atividades humanas para as redes integradas de máquinas lógicas, implicando numa ruptura violenta com o construto da sociedade industrial que tem no trabalho, a centralidade de nossa existência, e mais ainda, da reprodução de nossa existência. A eliminação massiva de atividades humanas por máquinas lógicas, implicará necessariamente alterarmos inúmeras práticas sociais, sejam elas normativas ou institucionais, seja, a partir de um espaço virtual imaginário e compartilhado, de novas concepções na relação entre espaço e tempo.

•A CULTURA DIGITAL ampliará enormemente à realidade virtual em detrimento da realidade vital. Nossa cultura tenderá a ser cada vez mais dependente da moderna comunicação numérica. Isto, paradoxalmente, nos libertará da responsabilidade de usarmos nosso complexo cérebro quase que totalmente para fins de processamento numérico. A moderna razão será progressivamente transferida para as máquinas lógicas e acabaremos por descobri um novo habitat da inteligência. Veremos que a razão não era nada mais, nada menos do que uma fina película de nossa potencialidade intelectual, a qual, para que pudéssemos operá-la tínhamos que esquecer de quase todo o resto do que éramos. Os impactos que serão gerados em nossas relações existenciais serão cada vez mais radicais.

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PROBLEMA: O direito autoral nos tempos do bit.

• O impacto das novas tecnologias imbricadas nas redes numéricas informacionais sobre o modo de produzir e conhecer oriundo da sociedade industrial é profundo, implicando na eliminação de múltiplos processos de atividade humana na produção, na guarda, na socialização, e até mesmo, na recuperação primária do conhecimento civilizatório acumulado. Podemos já apontar entre outras as seguintes rupturas:

VEJAMOS

IMPACTOS DA CULTURA NUMÉRICA IMPACTOS DA CULTURA NUMÉRICA INFORMACIONAL - Digital INFORMACIONAL - Digital

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1 - A ruptura com a idéia do produtor(res) final(is) de produtos manufaturados, formatados, acabados e prontos.

Na Internet, a idéia de rede não é apenas de um espaço de acesso de informação, mas também, de uma interação permanente entre informações produzidas (num sentido amplo, ou seja: texto, sons e imagens) e novas interações produtivas em ambiente de rede.

Não se trata mais de um meio pré-interativo entre um(ns) emissor(es) ativo(s) de produtos e serviços acabados e receptor(es) passivo(s) capturado pelo consumo de produtos finais.

Na Internet, todo processo de produção intelectual é um ciclo permamente entre produção, consumo, reprodução e, geralmente nova(s) co-produção(ões).

A Rede Mundial não é apenas um ambiente de socialização de produção é também um ambiente de interação contínua entre produção, consumo e reprodução, ou seja, é um meio de transporte comunicação a distância, mas é também e ao mesmo tempo um ambiente de produção em rede contínua.

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2 - A ruptura com o monopólio do controle da transmissão sobre a socialização dos produtos tidos como finais, totalizáveis, semi-interativos e criados através de procedimentos lineares. Na Internet nos encontramos em redes heterogêneas, onde os autores viram "co-autores" e se integram num mar de ativos navegadores com acesso a recursos de manter, modificar e transferir as criações intelectuais e artísticas.

A maior parte das pessoas preocupa-se com os direitos autorais em razão da facilidade de se fazerem cópias. No mundo digital, a questão não é apenas a facilidade, mas também o fato de que a cópia digital é tão perfeita quanto a original, e, com o auxílio do computador e de alguma imaginação, até melhor.

Da mesma forma que séries de bits podem ter seus erros corrigidos, pode-se também, limpar, melhorar e libertar uma cópia de quaisquer ruídos. Também um sistema que um assinante pague por cada exibição de um programa é impensável.

Na Internet com menos de uma dúzia de teclas digitadas, pode-se retransmitir qualquer material digital para milhares de pessoas no planeta. Isto tem implicações significativas na comercialização das produções principalmente artísticas, onde as vendas são baseadas em reprodução de átomos, ou seja, de um estoque físico da produção: um livro, um CD musical, etc.

A criação em bit, desmaterializa a produção intelectual na rede e a renda da socialização produção deverá ser deslocada para outras atividades, sobretudo, presenciais do tipo: palestras, shows ao vivo, etc. e não mais focada, quase totalmente, na comercialização não presencial.

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 3 - Ruptura com a centralidade da idéia do trabalho no construto societal. A transferência de uma gama de atividades humanas da produção para as redes integradas de máquinas lógicas que implicará numa ruptura violenta com o construto da sociedade industrial que tem no trabalho, a centralidade de nossa existência, e mais ainda, da reprodução de nossa existência.

• Esta é uma idéia que se encontra implícita no conceito de autoria intelectual industrial, ou seja, a de um trabalho rentável. Isto porque na moderna sociedade industrial só podemos obter acesso a renda via trabalho.

• Não é necessário dizer quais são as implicações sociais desta radical mudança, em todos os campos do saber e certamente também na produção intelectual e artística.

•A eliminação massiva de atividades humanas por máquinas lógicas, implicará necessariamente alterarmos inúmeras práticas sociais, sejam elas normativas ou institucionais. Surge um novo espaço que é ao mesmo tempo virtual ou seja a de um imaginário compartilhado em processos de produção e socialização contínua em redes desobrigado da noção utilitarista de trabalho industrial.

•Isto implicará mudanças radiais nas velhas concepções de espaço e de controle sobre o tempo centrado na idéia de trabalho não lúdico.

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 4 - Flexibilização do controle e do monopólio normativo. Hoje com o acúmulo do estoque e do registro das inúmeras atividades do saber em bits, o papel da norma perde a centralidade no controle, se flexibiliza diante de domínios técnicos cada vez mais integrados à tempo reais e não históricos, ou seja, se desloca do controle centralizado da normatização para um domínio operacional extraídos dos múltiplos acessos e recuperações de dados interativos na tecnologias de informações digitais.

 Embora nossas vidas sejam cada vez mais influenciada pelos meios digitais e que vivemos cada vez mais uma era da informação, a maior parte das informações ainda chegam até nós através de átomos: jornais, revistas, livros e CDs musicais, etc.

Nossa sociedade industrial caminha na velocidade da luz para uma sociedade comunicacional baseada em tecnologias de informações, mas o arcabouço normativo e de controle jurídico da vida social ainda são realizados em termos de átomos.

A lei do direito autoral está toda baseada em reprodução de átomos. Ela está totalmente ultrapassada. Trata-se de artefato gutenberguiano.

Como se trata de um processo reativo, é provável que sucumba inteiramente antes que se possa corrigi-la. No entanto, as regras baseadas no átomo (materialidade econômica, cultural, etc.) existem, possuem poder coercitivo e legal e enquanto a sociedade não muda na sua globalidade teremos que conviver com ela e com alguns de seus estatutos legais por mais absurdos e obsoletos que possam parecer.

Por fim, no entanto, serve de alerta de que as grandes corporações já estão cada vez mais deixando de tratar o problema da autoria do conhecimento na Web de modo normativo e sim operacional, e não são poucos os exemplos que atestam essa mudança.

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• A idéia de comunicação a distância em tempo real já era utilizada bem antes do advento da rede. Tratava-se da idéia de comunicação síncronica, na qual ambos os participantes devem estar disponíveis - como em uma conversa telefônica. Também era entendida no sentido de algo que está ocorrendo no momento atual, ao vivo, não tendo sido gravado ou sofrido qualquer atraso.

• Entretanto, nunca o tempo presente se impôs com tanta eloquência. Vivemos o desbotamento da memória, a erupção frenética do presente, o fim das grandes hermenêuticas de profundidade. Vivemos a relativização da importância da teoria, da prática reflexiva estamos subordinado por império dominante do fazer, da soberania de uma prática veloz, multifacetada e precisa, entretanto, raza e de baixíssima densidade reflexiva.

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• O espaço ESTÁ se tornando cibernético; a realidade é virtual; o tempo é real; o correio é eletrônico; a velocidade chega a ser medida em nanossegundo (bilionésima parte de um segundo); nosso lar é ciberespacial é uma home page; navegamos por ondas WWW, sobre as quais nos locomovemos através de links; nossos computadores ora se transformam em bancos, ora em museus, ora em bibliotecas, ora em livrarias, ora em lojas de CDs; ora em salas de visita, ora em salas de conferência, ora em escritórios virtuais...(Nicolaci-da-Costa, Ana Maria; psicóloga e jornalista).