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3 QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2013 A GAZETA EDITORA: ANDRÉA PIRAJÁ [email protected] Tel.: 3321.8446 agazeta.com.br/cidades gazetacidades Rua terá o nome de juiz A via fica próxima à FDV, faculdade em que Alexandre Martins Filho, morto há dez anos, dava aula. Mudança será oficializada hoje. Página 10 VITÓRIA 25 ÁREAS COM ALTO RISCO DE DESABAR Prefeitura decreta situação de emergência e quer agilizar obras CLAUDIA FELIZ [email protected] Moradores de várias áreas de Vitória convivem com o perigo de desabamentos devido a fortes chuvas, a exemplo do que aconte- ceu na última terça-feira, quando um restaurante no Centro de Vitória foi destruído. A Capital do Es- tado possui 25 regiões de encosta de morros com al- to risco de deslizamento e rolamento de pedras. A tragédia registrada no Restaurante Sol da Ter- ra, na Rua Barão de Mon- jardim, acendeu o sinal amarelo que levou a pre- feitura, ontem, a decretar situação de emergência. O ato será publicado hoje, no Diário Oficial. SURPRESA Segundo o prefeito Lu- ciano Rezende, com o de- creto, a prefeitura poderá acelerar o novo mapea- mento das encostas – a par- tir da contratação de em- presa especializada –, rea- lizar as obras de contenção e reflorestar encostas. O último estudo geológi- co feito na Capital, segundo ele, é datado de 2011. Nele, a área deslizada na região da Gruta da Onça, na Rua Barão de Monjardim – on- de funcionava o restauran- te –, não era considerada de risco elevado (nível 4). Na realidade, ela nem era visualizada no Plano Municipal de Redução de Riscos, que lista locais de risco alto e outros de risco muito alto na cidade. Era ci- tada apenas num relatório. “A emergência nos pos- sibilitará fugir dos entra- ves burocráticos e agilizar a adoção de medidas. O estudo geológico, por exemplo, tem que ser feito o mais rapidamente possí- vel”, diz Rezende. SOLO ENCHARCADO O prefeito explica que o solo da cidade está muito saturado de água depois de 42 horas de chuva intensa – entre as últimas segunda e terça-feira –, o que au- menta o risco de desliza- mento. Nesse período, fo- ram registrados 313,3 mi- límetros de chuva, quando o previsto para o mês intei- ro era de 125 milímetros. Entre as áreas de risco, há16emterrenosprivados. “O decreto nos permitirá até mesmo agir na remoção de pessoas”, diz Rezende. Ele não quantificou as obras que planeja executar, mas garantiu que sua meta é realizar o que for possível, em termos de contenção de encostas, para reduzir os riscos na cidade na próxi- ma temporada de chuva mais intensa, que é o verão. “Temos aí uns seis, sete me- ses de estiagem. É pouco tempo para obras na cida- de inteira”, admite. Para as obras, buscará ajuda do Estado e da União. E admite a possibilidade de pedir financiamento ao Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), no li- mite de R$ 10 milhões. O QUE O PREFEITO DIZ SOBRE: Campanha t Ação educativa A decretação da situação de emergência também favorecerá a realização de uma campanha educativa para que a população não lance lixo e entulhos nas ruas Lixo t 32 toneladas Só ontem, a prefeitura recolheu 32 toneladas de lixo nas vias públicas, o equivalente a 25 caminhões-caçamba. Além de muita sacola plástica, até material de construção foi retirado de bueiros. O município promete intensificar a fiscalização de obras no que se refere a material armazenado em vias e calçadas e a despejo de entulhos, tudo para evitar que bueiros sejam entupidos e que o escoamento da água das chuvas seja prejudicado Reflorestamento t Encostas Entre as medidas que o município planeja executar para evitar deslizamentos de terras e rolamento de pedras nas encostas está também o reflorestamento das áreas de morro Alagamentos t Bombas Para evitar alagamentos, a prefeitura promete comprar mais quatro bombas para a estação de bombeamento da Praia do Canto Avenida t Cesar Hilal O alagamento ainda persistente na Avenida Cesar Hilal será alvo de estudo. Se necessário, será feita uma nova estação de bombeamento

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3QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2013 A GAZETA

EDITORA:ANDRÉA PIRAJÁ

[email protected].: 3321.8446

agazeta.com.br/cidades

gazetacidades

Rua teráo nomede juiz

A via fica próxima à FDV,faculdade em queAlexandre Martins Filho,morto há dez anos,dava aula. Mudança seráoficializada hoje. Página 10

VITÓRIA25 ÁREAS COM ALTORISCO DE DESABARPrefeitura decreta situação de emergência e quer agilizar obras

CLAUDIA [email protected]

Moradores de várias áreasdeVitóriaconvivemcomoperigo de desabamentosdevido a fortes chuvas, aexemplo do que aconte-ceu na última terça-feira,quando um restauranteno Centro de Vitória foidestruído.ACapitaldoEs-tado possui 25 regiões deencosta de morros com al-to risco de deslizamento erolamento de pedras.

A tragédia registradano Restaurante Sol da Ter-ra, na Rua Barão de Mon-jardim, acendeu o sinalamarelo que levou a pre-feitura, ontem, a decretarsituaçãodeemergência.Oato será publicado hoje,no Diário Oficial.

SURPRESASegundo o prefeito Lu-

ciano Rezende, com o de-creto, a prefeitura poderáacelerar o novo mapea-mentodasencostas–apar-tir da contratação de em-presa especializada –, rea-lizarasobrasdecontençãoe reflorestar encostas.

Oúltimoestudogeológi-cofeitonaCapital,segundoele,édatadode2011.Nele,a área deslizada na regiãoda Gruta da Onça, na RuaBarão de Monjardim – on-de funcionava o restauran-te–,nãoeraconsideradaderisco elevado (nível 4).

Na realidade, ela nemera visualizada no PlanoMunicipal de Redução deRiscos, que lista locais derisco alto e outros de risco

muitoaltonacidade.Eraci-tada apenas num relatório.

“A emergência nos pos-sibilitará fugir dos entra-ves burocráticos e agilizara adoção de medidas. Oestudo geológico, porexemplo, temqueser feitoo mais rapidamente possí-vel”, diz Rezende.

SOLO ENCHARCADOO prefeito explica que o

solo da cidade está muitosaturadodeáguadepoisde42 horas de chuva intensa– entre as últimas segundae terça-feira –, o que au-menta o risco de desliza-mento. Nesse período, fo-ram registrados 313,3 mi-límetros de chuva, quandooprevistoparaomês intei-ro era de 125 milímetros.

Entre as áreas de risco,há16emterrenosprivados.“O decreto nos permitiráatémesmoagirnaremoçãode pessoas”, diz Rezende.

Ele não quantificou asobrasqueplanejaexecutar,masgarantiuquesuametaérealizaroqueforpossível,emtermosdecontençãodeencostas, para reduzir osriscos na cidade na próxi-ma temporada de chuvamaisintensa,queéoverão.“Temosaíunsseis,seteme-ses de estiagem. É poucotempo para obras na cida-de inteira”, admite.

Para as obras, buscaráajudadoEstadoedaUnião.Eadmiteapossibilidadedepedir financiamento aoBancodeDesenvolvimentodo Estado (Bandes), no li-mite de R$ 10 milhões.

O QUE O PREFEITO DIZ SOBRE:

Campanhat Ação educativa

A decretação da situaçãode emergência tambémfavorecerá a realizaçãode uma campanhaeducativa para que apopulação não lance lixoe entulhos nas ruas

Lixot 32 toneladas

Só ontem, a prefeiturarecolheu 32 toneladas delixo nas vias públicas, o

equivalente a 25caminhões-caçamba. Alémde muita sacola plástica,até material de construçãofoi retirado de bueiros. Omunicípio prometeintensificar a fiscalizaçãode obras no que se referea material armazenado emvias e calçadas e adespejo de entulhos, tudopara evitar que bueirossejam entupidos e que oescoamento da água daschuvas seja prejudicado

Reflorestamentot Encostas

Entre as medidas que omunicípio planejaexecutar para evitardeslizamentos de terrase rolamento de pedrasnas encostasestá também oreflorestamento dasáreas de morro

Alagamentost Bombas

Para evitar alagamentos,

a prefeitura prometecomprar mais quatrobombas para a estaçãode bombeamento daPraia do Canto

Avenidat Cesar Hilal

O alagamento aindapersistente na AvenidaCesar Hilal será alvo deestudo. Se necessário,será feita umanova estação debombeamento

Documento:AG21CA003;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:20 de Mar de 2013 22:09:03

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4 CIDADESA GAZETA QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2013

Dono de restaurante vai pedirindenização à prefeituraO médico Marco Ortizteve estabelecimento,na Capital, destruído pordeslizamento, na terça

DANIELLA [email protected]

Depoisdeterseurestauran-te destruído por causa dedeslizamento de terra noCentrodeVitória,naúltimaterça-feira, o proprietáriodoestabelecimentoemédi-co naturalista Marco Ortizvai dar entrada hoje comum processo administrati-vo de indenização na Pre-feitura da Capital.

“Vamos pedir prazo deurgênciae tambémquere-mos marcar uma audiên-cia com a ProcuradoriaGeral da prefeitura paraqueaindenizaçãosaiaem,no máximo, dez dias”,afirma o proprietário doRestaurante Sol da Terra.

Ortizdizquejáhaviaen-viadováriosofíciosparare-latar os riscos de desmoro-namentonaencostadaRuaBarão de Monjardim. “En-trei em contato com a pre-feitura há três anos. Exis-tiam dois protocolos paraque a prefeitura fizesse ummuro de arrimo a fim deevitaraquedadasárvoresea derivação da água para obueirocentraldoparque.Olixoquejogamdascasasemcima do morro contribuiupara a erosão e o desliza-mento”, explica o médico.

PLANOSCom a indenização, Or-

tiz espera reerguer o res-taurante no Centro ouconstruí-lo em outro bair-ro. “Tenho perseverança edeterminação. Construí-mos um vínculo muito for-te comosclientes.Quandocomeçamos, em 1981, aideiaeraensinaraspessoasa se alimentar de formacorreta. Todas se sentiambem no local e recarrega-vam as baterias lá.”

Na hora da tragédia, porvolta das 17h, Ortiz estavaemcasacomos filhos. “Ou-vimos um barulho muitoforte e corremos para o ba-nheiro, na parte mais bai-xa.” Quando se sentiramseguros para deixar o local,viram que uma enxurradade lama, pedras e árvoreshavia destruído o restau-rante e afetado três casas.

GABRIEL LORDÊLLO

Ortiz olha a destruição no local onde ficava seu restaurante (no destaque, à dir., como era o estabelecimento)

AVISOS

“O deslizamentopoderia ter sidoevitado. Eu avisei aprefeitura há trêsanos, e por issoentramos com pedidode indenização. Vamoslutar para reerguero restaurante”MARCO ORTIZ

Amigos unem-se para ajudar médico

SOLIDARIEDADE NA INTERNET“Agradeço aos Céuspor estarem bem ecom forças parasuperar e seguirem frente! Estamosaqui, nos deixesaber comopodemos ajudar”LIGIA SANCIO

“Estaremos juntospara apoiarnos momentosdifíceis. Acidentesacontecem, e nadacomo mãos amigaspara ajudar emmomentos difíceis”ANDERSON LIMA

“Este local é muitoimportante para nós.É um patrimôniodo Centro de Vitória,e merece serreconstruído.Se preciso for,faremos um mutirão”STAEL MAGESCK

“Perdemos uma dasnossas maioresreferências culinárias,o Restaurante Sol daTerra. Sugiro quefaçamos ummovimento paraajudar o Marco”DIEGO OLIVEIRA

Cerca de40 pessoasfora de casa

Como ainda há risco denovos desmoronamentos,aDefesaCivildeVitória in-terditou16imóveisdaRuaBarão de Monjardim, noCentro de Vitória. O órgãotambém identificou, no fi-nal da tarde de ontem, umtotal de sete grandes pe-dras que estão instáveis eque podem causar novosdeslizamentos.

Cerca de 40 moradorestiveram que dormir forade casa. Foi o caso da estu-dante Ester Hammer, 18anos, que vive em um pré-dio. Ela dormiu na casa deparentes. “Ainda estou as-sustada com tudo queaconteceu. Na verdadenem consegui dormir.”

O estudante Felipe Frei-tas relatou que estava emcasanomomentoqueores-taurante desabou. O baru-lho,segundoele,pareciadeum avião caindo. “Saí decasa com a roupa do corpo.O barulho foi tão grandeque parecia mais um aviãocaindo na rua.” Enquantoas equipes trabalharem naremoção dos entulhos, arua ficará interditada.

SAMBÃO DO POVOOs moradores que tive-

ram que deixar suas casas,por determinação da Defe-sa Civil, e não têm para on-de ir foramalojadosnosca-marotes do Sambão do Po-vo.ÉocasodazeladoraMa-ria Lúcia Januária, 57. “Saíde casa só com a roupa docorpo.Enãodeixarammaisa gente retornar”, contou.

Comunidade e amigosmobilizam-se para ajudarMarco Ortiz, proprietáriodo Restaurante Sol da Ter-ra,quefoidestruídoporumdeslizamento no Centro deVitória. A solidariedade es-tásendomanifestadadevá-rias formas: via mensagensna rede social Facebook;com apoio de vizinhos, que

oferecem abrigo e refei-ções, e por telefonemas deamigos que ligam a todomomento querendo ajudarfinanceiramente o médiconaturalista, que há 33 anosdecidiu abrir um estabele-cimento especializado emcomida natural.

“Fico muito emociona-docomesseapoio.Meute-

lefone não para de tocar, evários amigos já me esten-deram a mão”, conta Mar-co. Duas pessoas chega-ram a tentar colocar umanotadeR$100nobolsodeOrtiz, que agradeceu, masnegou essas ofertas.

O médico resolveu criaruma conta bancária e vaidivulgar os dados via Face-

bookparaquemquiseraju-darnareconstruçãodores-taurante. Ele e a família es-tãonacasadeumavizinha,em frente à casa dele. “Vá-rios vizinhos quiseram meacolher. Esse apoio foi omais importante.Teriasidoum desastre se algo tivesseacontecido à minha vida eàs dos meus filhos”, diz.

Documento:AG21CA004;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:20 de Mar de 2013 22:51:53

Page 3: ágina 10 gazetacidades VITÓRIA · dava aula. Mudança será oficializada hoje. Página 10 VITÓRIA 25 ÁREAS COM ALTO RISCO DE DESABAR Prefeitura decreta situação de emergência

CIDADES5QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2013 A GAZETA

Vila Velha vai limpar canaisPrefeitura fará serviçoem 14km para reduziralagamentos; obra ficapronta em 90 dias

DANIELLA [email protected]

A Prefeitura de Vila Velhavai fazer limpeza e desobs-trução de 14 quilômetrosdos canais da Costa e deMarilândia. As obras de-vem começar nos próxi-mos dias e fazem parte deumtermoqueseráfirmadoentre o município e o go-verno do Estado. O prefei-toRodneyMirandadizqueas intervenções vão mini-mizar a situação de alaga-mentos nas regiões de Ita-poã, Centro e Grande Co-bilândia. Uma das açõesserá restabelecer a ligaçãoentre o Canal da Costa e oCanal Bigossi, hoje com-pletamente obstruída.

“Essa ligação existia nopassado, mas, com o pas-sar do tempo, ficou inter-rompida. Os técnicos ava-liaram que essa obstruçãoé um dos motivos para osalagamentos e para a per-manênciadaáguapor tan-to tempo nessas regiões”,explica o prefeito.

Essa intervenção nãoleva mais do que três dias,acrescentaRodney.Masasobras para a desobstruçãodos 14km só deve ser fina-lizada de 60 a 90 dias.

O prefeito explica que alimpeza e a desobstruçãodos canais será profunda eque o governo vai cederequipamentos e funcioná-rios. Acrescenta que vaitrabalhar para concluir asobras de macrodrenagemem Vila Velha. Segundoele, pelo menos 50 obras

estão paradas ou em ritmomuito lento devido à faltade pagamento da gestãoanterior. Um dos proble-mas, segundo o prefeito, éque foram encontradas fa-lhas técnicas nos projetos.

“São projetos de médioe longo prazo, e, na maio-ria dos casos, a prefeituranão começou. A obra doCanal do Congo foi licita-da, e há recursos, mas pre-cisamos executá-la. Já so-bre o Canal da Costa, esta-mos com o projeto adian-tado, mas ele ainda preci-sa passar por aprovação”,detalha Rodney.

FOTOS: GABRIEL LORDÊLLO

Apesar de o sol ter aparecido ontem, alagamentos continuavam em vários pontos de Vila Velha, como no bairro Cobilândia

Churrasco no meio da águapara protestar contra enchente

Em meio ao alagamentoe à sujeira deixados pelotemporal, moradores deJardim Marilândia, VilaVelha, resolveram protes-tar com um churrasco emcima de boias e caiaques.

“Cerca de 20 pessoas es-tão pelas ruas, desconten-tescomasinundações.Mó-veis, carros e até casas fo-ram destruídas. Queremosjá uma atitude do nossoprefeito”, contou o trans-portador Auricélio Lima.

Carne, bebidas e petis-

cos foram providenciadospelos moradores. “Vamosficar aqui enquanto tivercarne para queimar”, brin-cou. Ele afirmou que, destavez, não teve prejuízos. “Láem casa, hospedei 17 pes-soas afetadas pela chuva.Não temos muito espaço,mas vamos nos ajeitando.”

SALGADOSPERDIDOSTambém em Vila Velha,

nobairroNossaSenhoradaPenha, uma fábrica de sal-gados teve um prejuízo su-

perior a R$ 20 mil. Mais de4milsalgadosforamparaolixo,e20congeladorese12computadores foram dani-ficados. “É hora de limpartudo e jogar fora o que foiperdido. Nem deu tempode saber qual foi nosso pre-juízo”, afirmou o dono dafábrica, Antônio CarlosLeão Mattos, 55 anos.

Na cidade, mais de 3,5milmoradoresestãodesa-lojadose75desabrigados,deacordocomaDefesaCi-vil Municipal.

Auricélio e Ewerton levaram mesa e até guarda-sol para “confraternização”

Fim de semana deveter pancadas de chuva

O Espírito Santo devevoltar a registrar panca-dasdechuvanofinaldese-mana. O meteorologistado Instituto Capixaba dePesquisa, Assistência Téc-nica e Extensão Rural (In-caper) Bruce Pontes afir-ma que a instabilidadevolta a ganhar força no sá-badoà tarde,comachega-da de uma frente fria.

“Serão pancadas dechuva, com um carátermais rápido”, diz o espe-cialista. De hoje até sába-do, a previsão é de sol e

tempo abafado na GrandeVitória, que pode registrartemperatura de até 34°C.Até amanhã, chuvas po-dem ocorrer na RegiãoSerrana, nos municípiosde Marechal Floriano eDomingos Martins.

Com relação às forteschuvas que atingiram aGrande Vitória na últimaterça-feira, o meteorolo-gista diz que o volume deágua foi muito grande(313,2 milímetros) e quedificilmente os alagamen-tos poderiam ser evitados.

ANÁLISE

Vai chover maisconcentrado

‘Choveu mais do queo esperado’ não podeser mais desculpa. Asautoridades e o serviçode meteorologia preci-sam rever isso. A gentenão pode mais acharque o passado é umaboa referência para opresente e o futuro, por-que as condições climá-ticas estão mudando. Aexpectativa é que chovacada vez mais e de for-ma concentrada. Aquelachuva ao longo do mês aque estávamos acostu-mados agora passa a serconcentrada ao longo depoucos dias. Isso vai au-mentar muito a proba-bilidade de deslizamen-tos e enchentes. Essasrepetições não são alea-tórias. Denotam situaçãode grave falta de gover-nança. As áreas de riscoprecisam ser desocupa-das. As cidades vulnerá-veis têm que ser rede-senhadas, e os rios têmque ser desassoreados.—SÉRGIO ABRANCHESESPECIALISTA EM MEIO

AMBIENTE DA RÁDIO CBN

Documento:AG21CA005;Página:1;Formato:(274.11 x 381.00 mm);Chapa:Composto;Data:20 de Mar de 2013 21:22:02