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3 QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015 A GAZETA EDITORA: ELISA RANGEL [email protected] Tel.: 3321.8446 agazeta.com.br/cidades gazetacidades Erosão na Rodovia do Sol O trecho da Rodovia do Sol que liga Guarapari a Anchieta está sendo destruído pela erosão causada pelo avanço do mar. Página 12 RISCO DE ROMPIMENTO EM OUTRAS DUAS BARRAGENS Samarco admitiu problemas nas barragens em Mariana Representantes da mine- radora Samarco admitiram queháriscoderompimento nas barragens de Santarém e Germano, que ficam perto da Fundão, que se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, em Minas Gerais, liberando 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério. Durante coletiva ontem, o diretor de operações e in- fraestrutura da empresa, Kl éber Terra, informou que o fator de segurança na bar- ragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2. Na de Germano, Terra afir- mou que o dique Selinha, uma das estruturas, tem ín- dice de 1,22, o menor em todo o complexo. “Tem o risco e nós, para aumentar o fator de segu- ranç aereduzirmosoperigo, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias , declarou o gerente-geral de projetos estruturais da Sa- marco, Germano Lopes. A terceira barragem do complexo, Germano, que está “exaurida, ou seja, esvaziada – segundo a em- presa informou no último dia 7 – tem trincas nas es- truturas auxiliares decor- rentes do rompimento de Fundão que estão sendo monitoradas. Já a barragem de Santa- r ém transbordou com os re- jeitos de Fundão, mas não se rompeu e está com capaci- dade menor de retenç ão. Seu maci ç o, que é o corpo principal, está preservado. Por ém, há danos no ponto mais alto e em parte do ver- tedouro, estrutura que per- mite a saída de água. “Santar ém está com vo- lume de 5,5 a 6 milhões de m 3 de sedimentos retidos. A outra que se rompeu, para a gente comparar, estava com 55 milhões de m 3 . Estamos falando de uma escala 10 vezes menor , disse Terra. OBRAS Terra destacou ainda que estão fazendo obras emergenciais nas duas barragens. Ele explicou que blocos de rocha es- tão sendo colocados de cima para baixo, para re- forçar a estrutura. Este procedimento deve du- rar cerca de 45 dias na barragem de Germano. Na de Santarém, as in- tervenções têm um pra- zo de 90 dias. A onda de lama pro- vocada pela queda da barragem atingiu o Rio Doce,causandoamorte de peixes e prejudican- do o abastecimento de águaemcidadesbanha- das pelo rio. (Com in- formações do G1) MÁRCIO FERNANDES/AE - 12/11/2015 A barragem de Germano tem trincas nas estruturas, decorrentes do rompimento de Fundão, que estão sendo monitoradas desde a tragédia do início do mês REPORTAGEM ESPECIAL “Não é o caso de pedir desculpas”, diz diretor O diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, Kleber Terra, afirmou que “não é o caso de pedir des- culpas à populaç ãoe que “ainda não é hora de discutir os efeitos de médio e longo prazodo rompimento das barragens, em Mariana. “Estamos muito solidá- rios com tudo o que aconte- ceu. Operamos com t écni- cas de monitoramento que são refer ência, portanto, não podemos dizer que a tragédia poderia ter sido evitada, disse Terra. A empresa prestou escla- recimentos t écnicos sobre as barragens e garantiu que “não está poupando recur- sos para investigar as cau- sas e para monitorar, por meio de radares e drones, o risco de rompimento da bar- ragem de Santar ém, que apresenta uma erosão e tem margem de seguranç a de 1,37, quando o recomenda- do é de, no mínimo, 1,50. O engenheiro civil da Sa- marco,Jos é Vasconcelos,ad- mitiu que a chuva forte que caiu sobre Mariana, ontem, é prejudicial, pois pode au- mentar a erosão. REPAROS 45 dias É o tempo mínimo que vão durar as intervenções nas barragens para evitar novos rompimentos.

RODE ROMME NTOEM OTRASDAS BARRGENS€¦ · 3 QA AFA,18DENOMBODE2015 A ZA EDITORA: ELISARANGEL [email protected] Tel 331446 agazetacom.brcidades gazetacidades rosãona Rodovia

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3QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015 A GAZETA

EDITORA:

ELISA [email protected]

Tel.: 3321.8446

agazeta.com.br/cidades

gazetacidades

Erosão na

Rodovia

do Sol

O trecho da Rodovia do Solque liga Guarapari aAnchieta está sendodestruído pela erosãocausada pelo avanço domar. Página 12

RISCO DE ROMPIMENTO EM

OUTRAS DUAS BARRAGENSSamarco admitiu problemas nas barragens em Mariana

Representantes damine-radoraSamarcoadmitiramqueháriscoderompimentonasbarragensdeSantarémeGermano,queficampertoda Fundão, que se rompeuno dia 5 de novembro, emMariana, emMinas Gerais,liberando 62 milhões demetros cúbicos de lama derejeitos deminério.Durante coletiva ontem,

odiretor deoperações e in-fraestrutura da empresa,KléberTerra, informouqueofatordesegurançanabar-ragem de Santarém é de1,37 numa escala de 0 a 2.Na deGermano, Terra afir-mou que o dique Selinha,umadasestruturas, temín-dice de 1,22, o menor emtodo o complexo.“Tem o risco e nós, para

aumentar o fator de segu-rançaereduzirmosoperigo,estamos fazendo as açõesemergenciais necessárias”,declarou o gerente-geral deprojetos estruturais da Sa-marco,GermanoLopes.A terceira barragem do

complexo, Germano, queestá “exaurida”, ou seja,esvaziada–segundoaem-presa informou no último

dia 7 – tem trincas nas es-truturas auxiliares decor-rentes do rompimento deFundão que estão sendomonitoradas.Já a barragem de Santa-

rémtransbordou comos re-jeitosdeFundão,masnãoserompeu e está com capaci-dade menor de retenção.Seu maciço, que é o corpoprincipal, está preservado.Porém, há danos no pontomais alto e emparte do ver-tedouro, estrutura que per-mite a saídadeágua.“Santarém está com vo-

lume de 5,5 a 6milhões dem3desedimentosretidos.Aoutraqueserompeu,paraagentecomparar,estavacom55milhões de m3. Estamosfalando de uma escala 10vezesmenor”, disse Terra.

OBRASTerra destacou ainda

que estão fazendo obrasemergenciais nas duasbarragens. Ele explicouque blocos de rocha es-tão sendo colocados decimaparabaixo, para re-forçar a estrutura. Esteprocedimento deve du-rar cerca de 45 dias nabarragem de Germano.Na de Santarém, as in-tervenções têm um pra-zo de 90 dias.A onda de lama pro-

vocada pela queda dabarragem atingiu o RioDoce, causandoamortede peixes e prejudican-do o abastecimento deáguaemcidades banha-das pelo rio. (Com in-formações do G1)

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A barragem de Germano tem trincas nas estruturas, decorrentes do rompimento de Fundão, que estão sendo monitoradas desde a tragédia do início do mês

REPORTAGEM ESPECIAL

“Não é o caso de pedirdesculpas”, diz diretorO diretor de Operações e

Infraestrutura da Samarco,Kleber Terra, afirmou que“não é o caso de pedir des-culpas à população” e que“aindanãoéhoradediscutiros efeitos de médio e longoprazo” do rompimento dasbarragens, emMariana.“Estamos muito solidá-

rios comtudooqueaconte-ceu. Operamos com técni-cas de monitoramento quesão referência, portanto,não podemos dizer que atragédia poderia ter sidoevitada”, disse Terra.A empresa prestou escla-

recimentostécnicossobreasbarragens e garantiu que“não está poupando recur-sos” para investigar as cau-sas e para monitorar, pormeio de radares e drones, oriscoderompimentodabar-ragem de Santarém, queapresentaumaerosãoe temmargem de segurança de1,37, quandoo recomenda-do éde, nomínimo, 1,50.Oengenheiro civil da Sa-

marco,JoséVasconcelos,ad-mitiu que a chuva forte quecaiu sobre Mariana, ontem,é prejudicial, pois pode au-mentar a erosão.

REPAROS

45dias

É o tempo mínimo que vãodurar as intervenções nasbarragens para evitarnovos rompimentos.

4CIDADESA GAZETA QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015

REPORTAGEM ESPECIAL

MORADORES DE BAIXOGUANDU PREOCUPADOSAlém dos impactos imediatos, população teme futuro do rio

GUILHERME FERRARI

Expectativa

Marcos Rogério

da Silva quer que

as empresas se-

jam responsabili-

zadas pelo de-

sastre ambiental.

“As empresastêm que secomprometera recuperartodo o RioDoce”—MARCOS ROGÉRIOPESCADOR

GUILHERME FERRARI

Apreensão

A dona de casa

Daiana Rodri-

gues Soares, de

28 anos, se diz

preocupada com

o futuro do rio.

“Nasci aqui enunca penseique veria umacoisa dessas.Senti vontadede chorar”—DAIANA SOARESDONA DE CASA

WESLEY [email protected]

“Os pescadores estão semtrabalho, os agricultores ri-beirinhosnãopodemusaraágua para regar as planta-ções e os animais estão so-frendocomsede”.Écomes-se relato que a professoraMarilza Thomazini Stin-guel, de 47 anos, conta odrama vivido pela popula-ção de Baixo Guandu, nointerior do Estado, onde alamadas barragens deMa-riana, em Minas Gerais, jáchegaram pelo RioDoce.De acordo com os mora-

dores, não há falta de águano município, já que a pre-feitura tem utilizado a águadoRioGuanduparaabaste-cer a população. “Mas ja-mais imaginamos ver o RioDoce morrendo dessa ma-neira diante de nossosolhos!”, contesta aprofesso-ra.“Nãofaltaáguahoje,mase,quantoaofuturo,oquese-rádenós?”, questiona.Insegurança que alguns

pescadores já sentem nobolso,deacordocomopes-cador Juvenal Luiz PintoGomes, de 49 anos. Ele re-lata que já existem profis-sionais da pesca com os re-frigeradores cheios de pei-xe, pescados antes da che-gada da lama, mas que osclientes se recusam a com-prar com medo de algumacontaminação. Ao todo,100pescadores registrados

atuam no município, se-gundo Gomes. “Esse é ummomento de alerta. Preci-samos de ajuda”, conclui.Enquanto essas questões

não se esclarecem, mesmoquem não depende direta-mentedaságuasdoRioDo-ce, agora mais amarelas esemvida,sedizpreocupadocom o futuro da cidade, co-mo a dona de casa DaianaRodrigues Soares, de 28anos. “Nasci aqui e nuncaimaginei queveriaumacoi-sadessas.Quandomedepa-reicomessaágua,sentivon-tadedechorar.Tenhomedo

de passarmos até sede, nofuturo, pois de um lado te-mos seca, do outro temosumriopoluídodessamanei-ra. É muito triste”, lamen-tou, segurando no colo a fi-lhaEvellyn, de 11meses.

ABASTECIMENTOCom a captação do Rio

Guandu, a população nãosofreu falta de água após achegadadalamanoRioDo-ce, como explica o prefeitoda cidade, neto Barros. “Otrabalho da equipe da pre-feitura garantiu o abasteci-mento para toda sede”, diz.Apenas a região de Mas-

carenhas, que tem cerca demil habitantes, não possuicaptação direta doGuandu.Entretanto, carros-pipa dis-ponibilizados pela Samarcoestão transportando a águatratadapara a comunidade.Alémdisso,omunicípio

recebeu, na quarta-feirada semana passada, umadoação de cinco mil litrose, ontem, foram encami-nhadosmais 5mil litros.Para os pescadores, por

enquanto não há emergên-ciadeoferecernovafontederenda, diz Barros. “Atémar-ço,elesestãorecebendoodi-nheirodoperíododedefeso.Agoranossa luta épelos ou-tros impactos, como o res-sarcimento dos carroceirosque pegam areia do rio e arecuperação do meio am-biente”, diz.

FRED LOUREIRO/SECOM-ES

Vista aérea de Baixo Guandu, mostrando a lama que chegou ao município

GUILHERME FERRARI

Sem saída

Filho de pescado-

res e tendo o mes-

mo ofício dos pais

como única fonte

de renda, Eraldo

está aflito com fal-

ta de informação.

“Nãosabemos atéquando vaidurar essasituação, nemse vamospoder pescarmais paraa frente”—ERALDO MADEIRAPESCADOR

6CIDADESA GAZETA QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015

Infografia | Marcelo Franco

REPORTAGEM ESPECIAL

COLATINA RECEBE PRODUTO

PARA TRATAR ÁGUA DO RIOSubstância será testada antes de ser usada em todo o rio

KATILAINE [email protected]

O mesmo produto utiliza-doemGovernadorValada-respara trataraáguadaci-dade, completamente po-luídaporcausadalamadasbarragens rompidas emMariana, também em Mi-nas, será utilizado em Co-latina. O município rece-beu 30 toneladas da subs-tânciaacácianegra,quese-para a lama da água paraque ela possa ser tratada.Mas o produto só será

utilizado após passar portestes. Pormeio de sua as-sessoria de comunicação,o município explicou queapós a chegada da lama,prevista para hoje, umapequena quantidade daáguadorioserá levadapa-

ra uma das três estaçõesde tratamento da cidade.Depois que a água for

separada da lama e tra-tada, ela será testadaem um laboratório deVitória. A previsão é deque esse teste fiquepronto dentro de umperíodo de 12 horas ou24 horas.Se o laudo confirmar

que a água está potável, asubstância será utilizadaem toda a água da cidade.Os testes só acontecerãoapós a chegada da lama.A substância foi entre-

gue pela Samarco, pro-prietária das barragensque causaram o desastreambiental que atingiu oRio Doce.O abastecimento da

FOTO: PREFEITURA DE COLATINA

Homens do Exército instalam reservatórios de água em 52 pontos de Colatina

COMO A SUBSTÂNCIA ATUA

cidade foi cortado à zerohora de hoje. A previsãoé de que a lama tambémchegue hoje à cidade.Enquanto o desabasteci-mento não atingia as ca-sas, a cidade se preparapara o corte de água.

CAIXASD’ÁGUAHomensdoExércitoco-

meçaram ontem, às 7 ho-ras, a instalar 52 reserva-tórios em pontos da cida-de onde não há local parareservarágua.Elestêmca-pacidade para 10 mil li-tros.Serãoentregues50li-tros por pessoa, mas sóapós a interrupçãodacap-tação da água.Omunicípioestudatam-

bém a viabilidade de colo-car adutoras na cidade.

Seca: cidade entra na lista de falta d’águaOmunicípiodeColatina

entrou na lista de locaiscom situação extrema-mente crítica de abasteci-mento de água. Essa rela-ção reunia localidadesafetadas com a estiagem,mas o rompimento das

barragens em Mariana,Minas Gerais, tornou-setambémfator problemáti-co para o abastecimento.Tambémentrou na rela-

çãoomunicípiodeMarilân-dia, que se juntou a outras15 cidades já presentes na

lista.SegundoaAgênciaEs-tadualdeRecursosHídricos(Agerh),acaptaçãodeáguanesses locais para qualqueroutro fim que não seja oabastecimento humano eanimal está suspensa.Por resoluções, a Agerh

determinou que a captaçãode água em todo o Estadoestápermitidadas5hàs18hapenas para abastecimentohumano e animal. Essaproibição se estende no pe-ríodo noturno nas localida-desdascidadesemsituação

extremamente crítica.Fazem parte da lista

também Aracruz, Gover-nador Lindenberg, Serra,Barra de São Francisco,SãoRoquedoCanaã, San-ta Teresa, Vila Pavão, Eco-poranga, Alto Rio Novo,Itaguaçu,Itarana,SãoMa-teus, Pancas, Mantenópo-lis e São Gabriel da Palha.

DESABASTECIDAS

17cidades

Fazem parte da lista em

situação extremamente

crítica de abastecimento.

CIDADES7QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015 A GAZETA

DIVULGAÇÃO

Alunos do Ifes de Vitória coletaram amostras do rio

AlunostêmaulanoRioDoce

�Y dMIOV hf ãä nZIòWVL hV jIMLV hf »WdfòWbnM`n �nW`KáM`n f ÀYòl`fWKnZ hV ³efL hf �`KóòM`nô H`L`KVI j`hnhfL jVMòKnhnL OfZV �`V ½Vjfô fY¤`WnL f WV »LKnhVô WnúZK`Yn LfdIWhnòef`Mnï»ZfL jVZfKnMnY nYVLKMnLhn ádIn OnMn fLKIhnMfYLVlMf V KfYnï

REPORTAGEM ESPECIAL

CIENTISTASCRIAM GRUPODE ANÁLISEObjetivo é divulgar osimpactos causados pela lama

LAÍS QUEIROZ

O rompimento das barra-gens emMinasGerais estámobilizando cientistas ecidadãos a fazerem, porconta própria, uma análi-se do impacto causadope-lo desastre no Rio Doce.O Grupo Independente

para Avaliação do Impac-to Ambiental (Giaia), quejá conta commais de4milpessoas, é coordenadope-labiólogaVivianeSchuch,da Universidade Federal

de São Paulo (Unifesp),junto com outros cientis-tas do país.O objetivo é obter o re-

sultado do impacto bioló-gicoesocioeconômicodoslugares atingidos pela tra-gédia. “Queremos fazeruma análise transparentee permitir que todos te-nham acesso aos resulta-dos”, afirmou Viviane.Foram coletadas

água limpa e a contami-nada pela lama. As

amostras seguem paraanálise em laboratóriosno Brasil e no exterior,segundo Viviane.“Com os resultados po-

deremos saber se de fato orio está morto e os impac-tos para a sociedade. De-pois vamos discutir umplano de ação com o Mi-nistério Público Federalparaa recuperaçãodoDo-ceeparaqueacidentesco-mo estes não voltem aocorrer”, concluiu.

Município Locais

Cariacica

Superintendência Regional de EducaçãoSEMEEMEF Álvaro ArmeloneEMEF Valdecir CesárioEEEFM São João BatistaEMEF João Pedro da SilvaEMEF Ferdinando SantórioEMEF Angelo Zani

CasteloEMEF Nestor GomesEEF João BlayEMEIEF Madalena Pisa

Colatina

Superintendência Regional de EducaçãoEEEFM Aristides FreireCEEJA Pedro VitaliEEEFM Professora Coralina PichlerEEEFM Nea Monteiro Costa

Conceição daBarra

EMEF João Bastos VieiraEEEFM José Carlos Castro - Braço do Rio

Conceição doCastelo

EEEFM Profª Aldy S.M. VargasUMEF Elisa Paiva

Divino de SãoLourenço

Associação Pastoral

DomingosMartins

EEEFM Teófilo PaulinoEEEFM Ponto Alto

Dores do RioPreto

EEEFM Pedro Alcântara Galvêas

EcoporangaEEEFM Ecoporanga PIO XIIEscola Don Daniel Comboni

FundãoEEEFM Nair MirandaEEEFM Maria da Paz Pimentel

GovernadorLindenberg

EEEFM Prof. Santos Pinto

Guarapari

SEMEDEEEM GuarapariEscola Florisbela Lino Bandeira - SantaRosaEMEF Ana Rocha LyraEMEF Maria Ramalhete Correa

GuaçuíSuperintendência Regional de EducaçãoEMEF Deocleciano de Oliveira

Ibatiba EEEFM Profª Maria Trindade Oliveira

Município Locais

Afonso CláudioSuperintendência Regional de EducaçãoEscola Afonso CláudioEEEFM José Giestas

Água Doce doNorte

Escola Sebastião C. ElizeuEEEFM Demerval Leite Ribeiro - SantoAgostinho

Águia Branca EEFM Águia Branca

AlegreEEEF Professor LellisEEEFM Aristeu AguiarEEFM Professor Pedro Simão

Alfredo ChavesEEEFM Camilo MottaEMEF Ana Araújo

Alto Rio NovoEEEFM Pastor Antonio Nunes deCarvalho

AnchietaEEEFM Cel Gomes de OliveiraEMEFM Amarílis Fernandes Garcia

Apiacá EMEF Maria de Lourdes Alves

Aracruz

EEEFM Pimo Bitti - CoqueiralEEEFM Monsenhor Guilherme SchmitzEEEFM Caboclo Bernardo - Barra doRiacho

Atílio Vivacqua EEEFM Fernando de Abreu

Baixo GuanduEEEF BrasilEEEFM José Damasceno Filho

Barra de SãoFrancisco

Superintendência Regional de EducaçãoEEEFM João XXIIIEMEF João Bastos

Boa Esperança EEEFM Antônio dos Santos Neves

Bom J. do Norte EEEFM Horácio Plínio

Brejetuba EEEFM Álvaro Castelo

Cachoeiro deItapemirim

Superintendência Regional de EducaçãoEMEB Galdino Theodoro da SilvaEEE Lions P. Napoleão AlbuquerqueEEEFM Bernardino MonteiroCEI Attila de Almeida MirandaEEEFM Presidente Getúlio VargasEEEM Liceu Muniz FreireIgreja Paroquial

Município Locais

IbiraçuEEEFM Nossa Senhora da SaúdeEEEFM Narceu de Paiva Filho

Ibitirama EEEFM Antonio Lemos Junior

Iconha EMEF Cel. Antônio Duarte

Irupi EEEFM Bernardo Horta

ItaguaçuEEEFM Eurico SallesEMEF Alfredo Lemos - Itaimbé

ItapemirimEEEFM Washington P. MeirellesEMEF Narciso Araújo

ItaranaEEEFM Aleide CosmeEEEF Josué Baldotto- Limoeiro de SantoAntônio

IúnaEEEFM Henrique CoutinhoEEEM São João do Príncipe

Jaguaré EEEM Pedro Paulo Grobélio

JeronimoMonteiro

EEEFM Jerônimo MonteiroEMEF Nicolau Borges

João NeivaEEEFM João NeivaEMEIF Guilherme Baptista - Acioli

Laranja daTerra

EEFM Luiz Jouffroy

Linhares

Superintendência Regional de EducaçãoCEEJA LinharesEEEFM Polivalente LinharesEEEFM N.S.ConceiçãoEEEF Luís de Camões

Mantenópolis EEEFM João Pimentel

MarataízesEEEFM Domingos José MartinsEMEF José Marcelino

MarechalFloriano

EEEFM Emilio Oscar Hulle

Marilândia EEEFM Padre Antônio Volkers

Mimoso do SulEEEFM Antônio AchaEEEFM Monsenhor Elias Tomasi

MontanhaEEEFM Dom José DalviEMEF Domingos Martins

Mucurici EEEFM Mucurici

A Comissão Eleitoral do SINDIUPES comunica os locais das urnas fixas coletoras de votosna eleição para a diretoria, nos dias 18 e 19 de novembro de 2015, das 8 às 20 horas

Município Locais

Muniz FreireEEEM Bráulio FrancoEEEM Judith Viana Guedes - Itaci

MuquiEEEFM Senador Dirceu CardosoEEEF Marcondes de Souza

Nova VenéciaSuperintendência Regional de EducaçãoEMEF Dr. Adauton SantosEEEFM Alarico José de Lima - Guararema

PancasEEEFM ArariboiaEEEFM Sebastiana Grilo (Lajinha)

Pedro Canário EEEM Manoel Duarte da Cunha

PinheirosEEEFM Nossa Senhora de LourdesCMAEE Deborah Maria Covre

PiúmaEEEFM Profª Filomena KuitibaEscola Municipal Lacerda de Aguiar

Ponto BeloEMEF Professora Valda Costa SeveroEEEFM Profª Maria Madalena da Silva

PresidenteKennedy

EEEFM Presidente Kennedy

Rio Bananal EEEFM Bananal

Rio Novodo Sul

EEEFM Waldemiro Hernely

SantaLeopoldina

EEEFM Alice HolzmeisterEMEF Milton Corteletti - Barra deMangaraí

Santa Mariade Jetibá

EEEFM Graça Aranha

Santa TeresaEEEFM José Pinto CoelhoEMEI Pessanha Póvoa

São Domingosdo Norte

EEEFM São Domingos

São Gabrielda Palha

EEEMF Irmã Adelaide BertocchiSalão Paroquial

São José doCalçado

EEEFM Mercês Garcia VieiraEM Ercílio Cordeiro - Alto Calçado

São Mateus

Superintendência Regional de EducaçãoEEEFM Santo AntônioEEEFM Wallace Dutra - GuririEEEFM Marita MotaEEEFM Nestor Gomes - KM 41

Município Locais

São Roquedo Canaã

EEEFM David Roldi

Serra

SeduEEEFM Aristóbulo Barbosa LeãoEEEFM Belmiro Teixeira PimentaEMEF Manoel Carlos de MirandaEEEFM Hilda MirandaEEEFM Germano André LubeEEEFM Virgíno Pereira (NovaAlmeida)Centro de Formação Prof. PedroValadão - Bairro de Fátima

Sooretama EEEFM Armando Barbosa Quitiba

VianaSEMEEMEF Constantino Jose VieiraEEEFM Maria de Novaes Pinheiro

Vargem Alta EEEFM Presidente Luebke

Venda N. doImigrante

EEEFM Fioravante Calimam

Vila Pavão EEEFM Professora Ana Portela de Sá

Vila Valério EEEFM Atílio Vivácqua

Vila Velha

SEMEDUMEF Desembargador FerreiraCoelhoEEEFM Catarina ChequerUMEF Jairo de Mattos PereiraEEEF Francelina SetúbalSaguão do TitanicEEEFM Cel. Joaquilm de FreitasUMEF Nair Dias

Vitória

Superintendência Regional deEducaçãoSEGERSEDUSEMEEEEFM Maria OrtizEEEFM Arnulpho MattosEMEF Suzeth CuendetEMEF Maria José Costa Mares

Informações: 27 3421-2400

INFORME PUBLICITÁRIO

Edital de Segundo Leilão Público 011/2015 – Alienação Fiduciária

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF, por meio da Gerência de Filial - Alienar Bens Móveis e Imóveis –Vitória-ES – GILIE/VT, torna público aos interessados que venderá, pela maior oferta, respeitado o preço mínimode venda, constante do anexo II deste Edital, no estado físico e de ocupação em que se encontram, imóveisrecebidos em garantia nos contratos inadimplentes de Alienação Fiduciária, discriminados no Anexo II do Edital.O Edital de SEGUNDO Leilão Público - Condições Básicas, do qual é parte integrante o presente Aviso deVenda, estará à disposição dos interessados, no período de 09/11/2015 até 18/11/2015 em horário bancário,nas Agências da CAIXA situadas no Estado do Espírito Santo e na Gerência de Filial - Alienar Bens Móveis eImóveis – Vitória-ES – GILIE/VT (27 3321-5020), sito 1º Andar da Ag. Beira Mar, Av. Princesa Isabel, 86, Centro,Vitória, ES, na INTERNET (www.caixa.gov.br) e no escritório do Leiloeiro, Sr. Mauro Colodete, localizado naRua Cel. João Veiga dos Santos, nº 217, Sala 06, bairro São Miguel, Castelo-ES, CEP 29360-000. Telefone:(28) 3542-3333/ 9955-5000/ (27) 9955-5000, site www.colodeteleiloes.com.br. Os interessados que desejaremcontar com inanciamento, ou utilizar recursos do FGTS, deverão se dirigir às Agências da CAIXA em tempohábil para inteirar-se das condições gerais e habilitar-se ao crédito, se for o caso, antes do prazo estipuladopara realização do pregão. O Leilão realizar-se-à no dia 18/11/2015, às 14h00, na Gerência de Filial - AlienarBens Móveis e Imóveis – Vitória-ES – GILIE/VT, localizada no 2º Andar da Ag. Beira Mar, Av. Princesa Isabel,86, Centro, Vitória, ES, com apresentação de Lances na modalidade presencial e Internet. A divulgação doResultado Oicial do Leilão será efetuada a partir do dia 19/11/2015 nos mesmos locais onde foi divulgado oEdital de Condições Básicas.

AVISO DE VENDA

Ministério da

Fazenda

8CIDADESA GAZETA QUARTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2015

REPORTAGEM ESPECIAL

PLANO DE RECUPERAÇÃOCOBRA CONTA DA SAMARCOProjeto de revitalização do Rio Doce pode demorar 10 anos

ROBERTO STUCKERT FILHO/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Após reunião com governadores Pimentel (MG) e Hartung (ES), Dilma negou falha de fiscalização federal

Governomuda lei para beneficiar vítimasOgovernofederalalterou

aleiqueregulamentaoFun-dodeGarantiadoTempodeServiço (FGTS) para bene-ficiar as vítimas do rompi-mento das barragens emMariana,MinasGerais.Com a modificação,

quemperder a casaemaci-dentes de barragens noBrasil pode sacar o saldovinculado ao Fundo, que éo benefício que auxilia otrabalhador em casos dedemissão. Para isso, o Exe-cutivo comparou esse tipode tragédia a um desastrenatural.O Decreto nº 8.572, que

dispõe sobre amudança, foipublicado no Diário Oficialda União de segunda-feira,11 dias após o acidente emMariana . O fundo pode sermovimentado em situações

de vulnerabilidade, comoenchentes e vendavais.Amodificação gerou po-

lêmicanasredessociaispor-que muitos internautas en-tenderam que a inclusãodesseperfildetragédiaden-tro do grupo de desastresnaturais tinha o objetivo de

favorecer as empresas res-ponsáveis pelas barragensrompidas emMinas.O senador Randolfe Ro-

drigues (Rede-AP) criticouo decreto “Com esse novodecreto,ogovernojásema-nifesta sutilmenteno senti-do de isentar de responsa-

bilidade as empresas que,porseudescasocomomeioambienteecomascomuni-dades afetadas, fizeramcomqueolucrosesobrepu-sesse à vida das pessoa”,opinou o senadorEntretanto, a alteração

não tira a responsabilidadedas mineradoras, segundoo advogadoOrondino JoséMartins,especialistaemDi-reito do Trabalho.“Essa mudança não tem

caráter de afastar qualquertipo de responsabilidade. OGoverno nem conseguiriafazerissodessaforma.Éumdecreto para ajudar as víti-mas da tragédia. Claro quepoderiaserfeitodeumaou-tra maneira, mas isso nãosignificaqueestãotirandoopeso das mineradoras”, ex-plica. (CaíqueVerli)

MÁRCIO FERNANDES/AE

Em Bento Rodrigues, moradores poderão sacar FGTS

Especialistas criticamvalores de multasSegundo especialistas

em direito ambiental, asmultas até agora não sãosuficientes para reparar odano ambiental causadopelo rompimento das bar-ragens. Foram cinco mul-tas do Ibama, emum totalde R$ 250milhões.Para o presidente da

Comissão de Direito Am-biental da OAB de MinasGerais, Mário Werneck,esse valor émínimo. “Issoémuito ínfimo, pela gran-diosidade, de um dano decaráter irreversível. Nósestamos falando de valo-res absurdos, de valorespara recuperação de umecossistema, praticamen-te, deumrioquenasceemMinas Gerais, levando assuas águas atéomar.Éab-

surdo”, afirmou ementre-vista ao Jornal Nacional.Para o especialista em

águas Ricardo Motta, fal-tam dados oficiais. Eleressalta que os resíduosimpedem a oxigenaçãodas águas.OMinistério Público Es-

tadual de Minas Gerais e oMinistério Público Federalgarantiram um acordo ex-trajudicial com a Samarco.A mineradora aceitou de-sembolsar R$ 1 bilhão.Em 2010, a companhia

de petróleo BP provocouum imenso vazamento deóleo noGolfo doMéxico. Apetroleira fez um acordoparapagar asmultas, recu-peraçãoambientaleressar-cimentoàs vítimasnumto-tal deUS$ 54 bilhões.

RONDINELLI [email protected]

Além das ações emergen-ciais, as autoridades fede-rais, capixabas emineiras seuniram para criar o PlanoNacionaldeRecuperaçãodoRio Doce – uma dura tarefaquepodedemoraraomenos10anos, segundoaministrado Meio Ambiente IzabellaTeixeira –quenominaa tra-gédia de Mariana como a“maior catástrofe dopaís”.Em longa reunião reali-

zada com a presidente Dil-ma Rousseff (PT) e minis-tros ligados ao Meio Am-biente ontem, em Brasília,os governadores PauloHar-tung (PMDB, Espírito San-to)eFernandoPimentel(PT,MinasGerais)deixaramcla-roqueaSamarcoMineraçãoterá sua responsabilidadecobradana revitalização.“Será uma parcela ex-

pressiva, mas ainda não sa-bemos se a empresa arcarácom50%ou70% (dos cus-tos), isso serádiscutido comos técnicos e segundo com-ponentesjurídicos.Oquete-mos de fazer éuma recupe-raçãodoRioDoce que sirvadeexemploparaopaís”, fri-

sou Dilma em entrevista.“Não é construir uma pare-de ou umprédio. Perdemosvidas humanas, teremos dereconstruir a natureza. Issoenvolve recuperar nascen-tes, cobertura florestal...”.Após a reuniãodebalan-

ço, a presidente ressaltouasmedidasdemonitoramentosistemático da onda da la-ma; de abastecimento deágua;edeassistênciasocial.Já na nova frente de traba-

lho doPlano, os procurado-res dos governos capixaba emineirosereúnemhojecomaAdvocaciaGeraldaUnião,de forma a traçar as neces-sidadesdomodelo,bemco-mo responsabilidades, ar-quiteturajurídicaepossíveisalterações de legislação.Oprojeto pode se viabili-

zar pela constituição de umfundo com recursos ou porumcronogramaderessarci-mento. “Talvez seja omaior

desastreambientaldahistó-ria dopaís. A lamaestá che-gando a nosso território.Precisamos pensar a gestãodo fundo, inclusiveomode-lodegestão(seseráumfun-dopassíveldecontingencia-mento) e colocar de pé umprojeto sólido de recupera-ção”, destacouHartung.

ARTICULAÇÃOO governador capixaba

articula com Izabella Teixei-

ra uma ação estratégica nafoz do Rio Doce (onde jáatuam Ibama e Marinha),bem como a mitigação dachegada da lama em áreasde rica vida marinha. A mi-nistra, aliás, negou que a la-ma chegará à reserva deAbrolhos:“Acorrentedomarestá emsentido contrário”.Em coordenação federa-

tiva, os governadores e Dil-masãounânimesemcobrara Samarco. “A empresa tem

sua responsabilidade nogravíssimo acidente, e nósvamos cobrá-la”, salientouHartung,queestendeatare-fa à academia e à sociedadecivil local.Outrafrentecapi-xaba trabalha umplanopa-ra ajudar os pescadores queviviamdoRioDoce.Hartungaparentousegu-

rança em relação às açõespara reforçar as barragensdeMinasque,segundoaSa-marco, podem romper. NadeGermano, 500milm3depedra reforçam a estruturade contenção por enroca-mento. “Ainda há situaçãode emergência nas regiões,mas nãohá risco imediato”,garantiu Pimentel. “Vamostransformar essa tragédiaemuma lição”.Hoje Hartung recebe o

fotógrafo e ativista ambien-talSebastiãoSalgado,tendoconvidado para o encontroPimentel e os MinistériosPúblicos doEspírito Santo edeMinas. Dilma se preocu-pacomaquantidadedeme-taisnaáguaenegaqueogo-verno federal tenha falhadonaprevenção:“Nóscumpri-mos toda a fiscalização quenos cabe fazer”, repetiu.