7

Click here to load reader

Glossário de Pteridologia 2010

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

GLOSSÁRIO AUXILIAR AO ESTUDO DE PTERIDOLOGIA Ø Anterídio: gametângio masculino; estrutura onde se formam os gametas masculinos designados anterozóides. Ø Anterídiado: gametófito (microprotalo) formador de anterídios. Ø Anterozóide: termo utilizado para designar o gameta masculino nas pteridófitas. Ø Arquegônio: gametângio feminino; estrutura onde se formam os gametas femininos chamados oosfera. Ø Arquegoniado: gametófito (megaprotalo) formador de arquegônios. Ø Avenca: designação comum a várias plantas pteridófitas da família das Pteridáceas, principalmente do gênero Adiantum. Existe um pouco de confusão no emprego da terminologia, uma vez que acaba sendo utilizada para outras espécies fora desta família. Ø Báculo: diz-se das folhas jovens das samambaias que, enquanto ainda em formação, apresentam-se enroladas, formando uma espiral perfeita, e que durante o seu crescimento vão se desenrolando até a completa abertura. Esta característica serviu como referência para a origem do termo samambaia que vem do tupi-guarani (Ham ã'bae), significando é "aquele que torce em espiral". Ø Cápsula: em pteridologia, este termo refere-se à parte do leptosporângio, em formação, que contém as células esporógenas (2n) que após passarem por meiose, conterão os esporos (n), que serão liberados posteriormente no ambiente. Ø Cerrado: bioma brasileiro caracterizado como um complexo vegetacional heterogêneo (e que segundo Ribeiro & Walter (1998)estão presentes nele várias fisionomias vegetais distintas, englobando formações florestais, savânicas e campestres, sendo por sua vez subdivididas em várias fitofisionomias), apresentando relações ecológicas e fisionômicas com outras savanas da América tropical, da África e da Austrália. Está principalmente representado no Planalto Central brasileiro, sendo o segundo maior bioma do país em área, apenas superado pela Floresta Amazônica (Eiten 1972, 1994).

Page 2: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Corticícola: diz-se de plantas cujo substrato preferencial para fixação e desenvolvimento é o caule de outras plantas, em geral, angiospermas (p.ex. Microgramma lindbergii). Ø Criptógamas: compreende vários grupos de organismos cujas estruturas reprodutoras permanecem ocultas, não formando flores, frutos e sementes, e a reprodução ocorre via esporos. Ø Devoniano: período com duração de 55 milhões de anos e que faz parte da Era Paleozóica Superior, que teve seu início há cerca de 410 milhões de anos. Ø Dulcícola: diz-se de plantas cujo substrato preferencial para fixação e desenvolvimento é o aquático, podendo crescer tanto submersa (p.ex. Isoetes sp.) como flutuante (p.ex. Salvinia auriculata). Ø Equisetopsida: classe de monilófita (segundo Smith et al. 2006) constituída por uma única ordem (Equisetales) e uma única família (Equisetaceae), apresentando poucas espécies distribuídas pelo mundo. Ø Esporângio: diz-se de qualquer estrutura no interior da qual se desenvolvam esporos e que nela fiquem contidos até o amadurecimento. Ø Esporófito: diz-se do indivíduo que produz esporos na fase assexuada de um ciclo de vida com alternância de gerações. Ø Esporo: estrutura de reprodução unicelular, em geral, uninucleada, provida de paredes rígidas que lhe servem de proteção quando dormente. Em condições adequadas, ocorre embebição de água, quebra da dormência e a germinação, prosseguindo o ciclo de vida do organismo. Quanto ao tamanho, podem ser classificados como micrósporo e megásporo. A partir da cicatriz deixada em função da separação da tétrade, pode-se classificá-los como trilete e monolete. Ø Estipe: em pteridologia termo usado para designar o pecíolo da folha (neste caso designada fronde). Nas plantas superiores o termo é usado para designar um tipo de caule. Ø Eusporangia: é o processo de formação dos eusporângios ao longo das frondes das pteridófitas. Este eusporângio origina-se de um série de células parentais ou iniciais superficiais. Cada esporângio desenvolve uma parede com duas ou mais camadas de espessura e um grande número de esporos.

Page 3: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Eusporangiada: vide eusporangia. Ø Fanerógama: grupos de organismos cujos órgãos reprodutores são evidentes, expostos, havendo formação de flores, frutos e sementes. Ø Fronde: em pteridologia, este termo é utilizado para designar as folhas das samambaias. Ø Gameta: célula sexuada e haplóide dos seres vivos, encarregada da reprodução mediante a fecundação ou fusão nuclear. Ø Gametofítico: refere-se ao indivíduo ou à fase do ciclo de vida das samambaias em que ocorre a formação de gametas. Ø Gametófito: fase do ciclo de vida em que são produzidos os gametas (fase gametofítica). Nas pteridófitas, os gametófitos são originados da germinação dos esporos formados na fase anterior, esporofítica, sendo tal ciclo de vida, em geral, designado como apresentando "alternância de gerações". Também designado por prótalo no ciclo de vida das pteridófitas isosporadas (vide "megaprótalo" e "microprótalo" no caso das heterosporadas). Ø Herbário: os herbários são os depositários do material científico que respalda as investigações que documentam a riqueza florística de um país. As informações contidas nos herbários constituem-se na fonte primária para o desenvolvimento de trabalhos taxonômicos, evolutivos, fenológicos, ecológicos, biogeográficos, etnobotânicos e estudos de biodiversidade. São ferramentas úteis para muitas outras áreas e importante fonte de dados para o planejamento de desenvolvimento sustentável (Peixoto & Barbosa 1998). Ø Heterosporada: vide heterosporia. Ø Heterosporia: referente à formação de esporos distintos (micrósporos e megásporos) que darão origem a gemetófitas diferentes quanto à sua morfologia e produção de gametas (microprotalos formadores de anterídeos e megraprotalos formadores de arquegônios). Ø Indúsio: estrutura formada junto ou sobre o receptáculo do soro (sobre o qual se inserem os pedicelos dos esporângios), que serve de proteção aos esporângios do soro, especialmente na fase inicial do seu desenvolvimento. Ø Isosporada: semelhante a homosporada; vide isosporia.

Page 4: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Isosporia: referente à formação de esporos iguais que podem dar origem a gametófitos hermafroditas ou diferentes quanto à sua morfologia e produção de gametas (gametófitos anteridiados ou arquegoniados). Ø Lâmina foliar: parte expandida do tecido foliar, acima do estipe; limbo. Ø Leptosporangia: é o processo de formação dos leptosporângios ao longo das frondes das pteridófitas. Estes leptosporângios originam-se de uma única célula inicial superficial, que primeiro produz o pedicelo e então, a cápsula. Cada esporângio dá origem a um número pequeno de esporos. Ø Leptosporangiada: vide leptosporangia. Ø Licófita: linhagem evolutiva delimitada à partir de estudos filogenéticos recentes, constituinte do grupo das pteridófitas (segundo Pryer et al. (2004); Smith et al. (2006)), constituida por menos de 1% das espécies de plantas vasculares existentes. Ø Macrófila: vide megáfila. Ø Megáfila: tipo de folha que caracteriza-se por possuir um sistema de nervuras ramificado ou mais complexo, em contraposição às folhas micrófilas. Ø Megaprotalo: gametófito originado à partir de um megasporo, que forma os arquegônios (estrutura feminina), como por exempo nas Selaginellaceae. Ø Megásporo: no caso das pteridófitas em que ocorre heterosporia, refere-se aos esporos maiores, que originarão os megaprotalos (gametófitos produtores de arquegônios). Ø Meiose: processo de divisão celular onde uma célula (2n) origina 4 células filhas (n), com metade do número de cromossomos. Ø Micrófila: tipo de folha geralmente de tamanho reduzido, em que a nervura central geralmente não se ramifica, em contraposição às megáfilas. Ela folha pode ser observada em pteridófitas oriundas de grupos mais primitivos, como aquelas pertencentes às licófitas. Ø Microprotalo: gametófito originado à partir de um micrósporo, que forma os anterídeos (estrutura masculina), como por exemplo nas Selaginellaceae.

Page 5: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Micrósporo: no caso das pteridófitas em que ocorre heterosporia, refere-se aos esporos menores que oroginarão o micropotalo (gametófitos produtores de anterozóides). Ø Monilófita: linhagem evolutiva delimitada à partir de estudos filogenéticos recentes, constituinte do grupo das pteridófitas (segundo Pryer et al. (2004) e Smith et al. (2006)), registrando cerca de 9.000 espécies de plantas vasculares existentes, incluindo Equisetopsida, Psilotopsida e samambaias eusporangiadas e leptosporangiadas. Ø Monolete: tipo de esporo de pteridófitas com formato aproximadamente alongado, onde observa-se em sua superfície uma marca sutura simples, formada pela ligação do esporo à tétrade. Ø Nervação: refere-se à distribuição e padrões de ramificação e anastomoses das nervuras na lâmina foliar; o mesmo de venação. Ø Oosfera: termo utilizado para designar o gameta feminino nas pteridófitas. Ø Paleozóico: esta Era ocorreu entre 570 e 250 milhões de anos atrás e é dividida em seis períodos. Ø Pecíolo: vide estipe. Ø Pedicelo: em pteridologia, este termo refere-se à parte do leptosporângio, em formação, que eleva a cápsula e a distancia da fronde. Ø Pina: em uma folha decomposta de maneira pinada, o termo designa ps segmentos de primeira ordem, que podem ou não ser decompostas mais uma vez (ou mais) em pínulas. Ø Pínula: segmentos de folhas decompostas, onde ocorreu divisão do limbo em duas ou mais vezes. Ø Plantas afins: grupo de plantas criptogâmicas que, apesar de não compartilharem com as mesmas características comumente observadas entre as samambaias, possuem características evolutivas e reprodutivas similares a este grupo, enquadrando-se então entre as pteridófitas. Ø Protalo: vide gametófito.

Page 6: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Psilotopsida: classe de monilófita (segundo Smith et al. 2006) constituída por duas ordens (Psilotales e Ophioglossales) e duas famílias (Psilotaceae e Ophioglossaceae), respectivamente. Ø Pteridófita: grupo de plantas com alternância de gerações (uma fase com produção de gametas e outra com produção esporos), de pequeno, médio ou grande porte, com vasos de condução, com a fase gametofítica (n) temporária e a fase esporofítica permanente (2n). O esporófito é independente do gametófito e apresentam diferenciação em raiz, caule e folhas. Ø Raque: em pteridologia designa o eixo principal de uma folha pinada ou segmento foliar pinado. Ø Rizoma: tipo de caule subterrâneo. Ø Rupícola: diz-se de plantas cujo substrato preferencial para fixação e desenvolvimento é a superfície de rochas (p.ex. Anemia buniifolia). No caso de crescimento destas plantas em fendas entre rochas, diz-se saxícolas. Ø Samambaia: designação comum dada a plantas do grupo das filicíneas, caracterizadas por não produzirem sementes, por reproduzirem-se por esporos que dão origem a um indivíduo geralmente de vida curta (o protalo ou gametófito) e que produz gâmetas para dar origem à outra fase de vida, a fase esporofítica. Ø Siluriano: período com duração de 30 milhões de anos e que faz parte da Era Paleozóica Inferior, que teve seu início há cerca de 570 milhões de anos. Ø Soro: em pteridologia refere-se a um conjunto de esporângios que se fixa em um receptáculo, apresentando formato e disposição ao longo da fronde definidos. Em certos grupos eles podem aparecer cobertos por indúsios e em outros, não. Ø Taliforme: vide talo. Ø Talo: diz-se do corpo vegetativo não diferenciado em raiz, caule e folhas, de muitos grupos vegetais. Os organismos que têm talo são tratados como talófitas. Ø Terrícola: diz-se de plantas cujo substrato preferencial para fixação e desenvolvimento é o solo (p.ex. Thelypteris serrata).

Page 7: Glossário de Pteridologia 2010

UNIMONTES – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

DISCIPLINA: BIOLOGIA DE VEGETAIS INFERIORES – 1º BACHAREL – JUNHO/2010

Profª GRÉCIA OIAMA DOLABELA BICALHO – PTERIDOLOGIA/GLOSSÁRIO

GOD BICALHO – PTERIDOLOGIA / GLOSSÁRIO – JUNHO 2010

Ø Tétrade: grupo de quatro; utiliza-se o termo para designar o conjunto de quatro esporos formados pela meiose ocorrida na célula-mãe do esporo. Ø Trepadeira: também tratada com hemicorticícola; diz-se de plantas cujo substrato preferencial para fixação e desenvolvimento é o caule de outras plantas, em geral, angiospermas, mas que sempre mantêm contato com o solo (p.ex.Salpichlaena volubilis). Ø Trilete: tipo de esporo de pteridófitas com formato aproximadamente triangular, onde observa-se em sua superfície uma marca triradial, formada pela ligação do esporo à tétrade. Ø Venação: vide nervação.