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1 HISTÓRIA E CIDADANIA - GLOSSÁRIO Edições ASA Módulo 1 – Raízes mediterrânicas da civilização europeia – cidade, cidadania e império na Antiguidade Clássica Unidade 1 – O modelo ateniense Archê – etimologicamente, “início”, “origem”; mas também “poder”. No plural, designa as magistraturas gregas. Arcontes (Arcontado) – colégio de nove magistrados, em Atenas, composto por um arconte-rei (basi- leus), um arconte-polemarco, um arconte-epónimo, seis arcontes-tesmótetas e um secretário, com funções essencialmente de carácter religioso e judicial; a partir de 487/486 a. C., os arcontes pas- saram a ser designados por sorteio e perderam uma boa parte do seu poder, em favor dos estrategos. Areópago – nome de uma colina de Atenas dedicada a Ares, onde habitualmente se reuniam os antigos arcontes, de origem nobre; o termo passou, por isso, a designar também o próprio conselho destes ex-arcontes; constituindo na época da oligarquia o órgão mais poderoso e influente de Atenas, este conselho viria a perder gradualmente poder, a partir das reformas de Sólon (595 a. C.), ficando os seus poderes sob o governo de Efialtes e Péricles (462/461 a. C.) restringidos ao julgamento de cri- mes de sangue (homicídio). Aristocracia – classe ou categoria social dos aristoi, os “melhores”, os “mais ricos”. Boulé (ou Conselho dos Quinhentos, em Atenas) – órgão composto por quinhentos cidadãos – os buleutas –, cinquenta por cada uma das dez tribos, escolhidos por sorteio; dividia-se em dez partes iguais (pritanias), de acordo com as dez tribos existentes; instituída por Sólon, a Boulé teve um papel determinante em Atenas, sobretudo no século V a. C.; as suas atribuições eram muito vastas, sendo a principal preparar os decretos da Assembleia (Ecclesia) – os probouleumata –, ou seja, as propos- tas de lei a submeter à aprovação dos cidadãos. Coríntia – a terceira das ordens arquitectónicas gregas. Distingue-se principalmente pelo seu rico capitel decorado com folhas de acanto (planta ornamental de folhas grandes, característica das regiões mediterrânicas) e pelo carácter monumental das construções. Demagogo – à letra, “condutor do povo”; nos finais do século V. a. C. adquiriu o sentido pejorativo, que hoje possui. Demos – etimologicamente significa “povo”, ou seja, toda a comunidade cívica de um demo – circunscri- ção territorial dirigida por um chefe (demarco) criada por Clístenes (508/509 a. C.), que constituiu um dos alicerces da democracia ateniense (substituiu a antiga organização tribal, fundada nos laços de sangue, por outra com base geográfica); uma vez inscrito, o cidadão pertencerá ao seu demo para sempre, passando os seus descendentes a receber o nome, desse demo, colocado depois do nome próprio, em vez do do pai, pretendendo-se eliminar deste modo a diferenciação social. Era esta a principal finalidade do demo: reforçar a unidade e coesão da sua população e, através dele, do todo social e político da pólis. Dórica – ordem arquitectónica caracterizada pela austeridade e robustez, pelas colunas caneladas, sem base, capitel simples, friso com triglifos e métopas. O Pártenon, na Acrópole de Atenas, é o seu edifício mais emblemático. Ecclesia – em Atenas, designava a assembleia que integrava todos os cidadãos; depois de reunir ini- cialmente na ágora, passou no século V a. C. a reunir-se na Pnix, uma encosta de uma colina fron- teira à Acrópole. O facto de ter poderes soberanos em todos os assuntos, fazia deste órgão a pedra angular da democracia directa. Teoricamente todos os cerca de 35 ou 40 mil cidadãos tinham não só o direito como também o dever de participarem nas suas reuniões. Na prática, porém, apenas uma parte participava nelas regularmente.

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1HISTÓRIA E CIDADANIA - GLOSSÁRIO

Edições ASA

Módulo 1 – Raízes mediterrânicas da civilização europeia – cidade, cidadania eimpério na Antiguidade Clássica

Unidade 1 – O modelo ateniense

Archê – etimologicamente, “início”, “origem”; mas também “poder”. No plural, designa as magistraturasgregas.

Arcontes (Arcontado) – colégio de nove magistrados, em Atenas, composto por um arconte-rei (basi-leus), um arconte-polemarco, um arconte-epónimo, seis arcontes-tesmótetas e um secretário, comfunções essencialmente de carácter religioso e judicial; a partir de 487/486 a. C., os arcontes pas-saram a ser designados por sorteio e perderam uma boa parte do seu poder, em favor dos estrategos.

Areópago – nome de uma colina de Atenas dedicada a Ares, onde habitualmente se reuniam os antigosarcontes, de origem nobre; o termo passou, por isso, a designar também o próprio conselho destesex-arcontes; constituindo na época da oligarquia o órgão mais poderoso e influente de Atenas, esteconselho viria a perder gradualmente poder, a partir das reformas de Sólon (595 a. C.), ficando osseus poderes sob o governo de Efialtes e Péricles (462/461 a. C.) restringidos ao julgamento de cri-mes de sangue (homicídio).

Aristocracia – classe ou categoria social dos aristoi, os “melhores”, os “mais ricos”.

Boulé (ou Conselho dos Quinhentos, em Atenas) – órgão composto por quinhentos cidadãos – osbuleutas –, cinquenta por cada uma das dez tribos, escolhidos por sorteio; dividia-se em dez partesiguais (pritanias), de acordo com as dez tribos existentes; instituída por Sólon, a Boulé teve um papeldeterminante em Atenas, sobretudo no século V a. C.; as suas atribuições eram muito vastas, sendoa principal preparar os decretos da Assembleia (Ecclesia) – os probouleumata –, ou seja, as propos-tas de lei a submeter à aprovação dos cidadãos.

Coríntia – a terceira das ordens arquitectónicas gregas. Distingue-se principalmente pelo seu ricocapitel decorado com folhas de acanto (planta ornamental de folhas grandes, característica dasregiões mediterrânicas) e pelo carácter monumental das construções.

Demagogo – à letra, “condutor do povo”; nos finais do século V. a. C. adquiriu o sentido pejorativo,que hoje possui.

Demos – etimologicamente significa “povo”, ou seja, toda a comunidade cívica de um demo – circunscri-ção territorial dirigida por um chefe (demarco) criada por Clístenes (508/509 a. C.), que constituiuum dos alicerces da democracia ateniense (substituiu a antiga organização tribal, fundada nos laçosde sangue, por outra com base geográfica); uma vez inscrito, o cidadão pertencerá ao seu demo parasempre, passando os seus descendentes a receber o nome, desse demo, colocado depois do nomepróprio, em vez do do pai, pretendendo-se eliminar deste modo a diferenciação social. Era esta a principalfinalidade do demo: reforçar a unidade e coesão da sua população e, através dele, do todo social epolítico da pólis.

Dórica – ordem arquitectónica caracterizada pela austeridade e robustez, pelas colunas caneladas,sem base, capitel simples, friso com triglifos e métopas. O Pártenon, na Acrópole de Atenas, é o seuedifício mais emblemático.

Ecclesia – em Atenas, designava a assembleia que integrava todos os cidadãos; depois de reunir ini-cialmente na ágora, passou no século V a. C. a reunir-se na Pnix, uma encosta de uma colina fron-teira à Acrópole. O facto de ter poderes soberanos em todos os assuntos, fazia deste órgão a pedraangular da democracia directa. Teoricamente todos os cerca de 35 ou 40 mil cidadãos tinham nãosó o direito como também o dever de participarem nas suas reuniões. Na prática, porém, apenasuma parte participava nelas regularmente.

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2HISTÓRIA E CIDADANIA - GLOSSÁRIO

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Módulo 1 – Raízes mediterrânicas da civilização europeia – cidade, cidadania eimpério na Antiguidade Clássica

Unidade 1 – O modelo ateniense

Estrategos – a magistratura mais importante do regime político ateniense nos séculos V e IV a. C.Em número de dez e eleitos anualmente por sufrágio directo da Assembleia, com possibilidade de ree-leição em anos sucessivos, superentendiam nos assuntos militares e, em consequência, tinham umagrande influência em matérias de política externa e financeira.

Eupátridas – etimologicamente “os bem nascidos”, “nobres de nascimento”. Classe ou categoria maiselevada na sociedade ateniense nos tempos da monarquia e da oligarquia.

Helieia (ou Tribunal do Helieu) – designação do tribunal popular instituído por Sólon. Era formado porjurados (heliastas) escolhidos anualmente por sorteio, em número de 6 mil, 600 por tribo, de umalista de candidatos voluntários, previamente estabelecida pelos demos. Competia-lhe decidir da maioriados julgamentos.

Isegoria – à letra, “igualdade no falar”, correspondia à actual liberdade de expressão, de participação,um dos fundamentos dos regimes democráticos.

Isocracia – etimologicamente, “igualdade de poder” ou igualdade no acesso aos cargos públicos.

Isonomia – à letra, “igualdade de direitos perante a lei”, outro dos fundamentos essenciais das democracias.

Jónica – ordem arquitectónica grega caracterizada pela elegância e graciosidade das construções,pela coluna com base, fuste canelado com listeis entre as caneluras e capitel decorado com volutas.

Mistoforia – à letra, remuneração ou salário (misthos) pelo exercício de uma função. Foi instituído sobproposta de Péricles para remunerar os cidadãos que exerciam funções na Helieia (misthos heliasti-cos), na Boulé (misthos bouleuticos) e na Ecclesia (misthos ecclesiasticos). A mistoforia, de aplicação e valorvariável (mas pouco significativo) segundo as funções e as épocas, constituiu um importante mecanis-mo de aperfeiçoamento do regime democrático na medida em que estimulava a participação dodemos na vida política da pólis e tornava mais completa a igualdade do cidadão no acesso aos cargos polí-ticos, evitando que alguém, por razões de pobreza, ficasse afastado do exercício de cargos políticos.

Oligarquia – etimologicamente “governo de poucos”, por um número reduzido de pessoas ou de famí-lias, foi o regime político mais comum entre os Gregos. Em Atenas, em consequência da acção dosreformadores, particularmente Sólon e Clístenes, a oligarquia daria lugar à democracia.

Orquestra – área reservada ao coro no teatro grego, de forma circular ou semi-circular.

Ostracismo – de ostrakon (concha; ostraca, no plural), fragmento de cerâmica em que se inscreviao nome de alguém considerado inimigo da democracia, condenando-o a um exílio por um período de10 anos. Trata-se de um mecanismo criado nos finais do século VI ou inícios do século V a. C. com oobjectivo de defender o regime democrático, mas foi também usado, frequentemente, como arma políticapara calar os mais críticos. Por este facto, muitos autores vêem nele uma restrição ao funcionamentodemocrático do regime ateniense.

Tholos – edifício de planta circular com cobertura cónica.

Trítia – à letra, “terceira parte”. Era a designação dada em Atenas a cada uma das trinta partes, dezem cada uma das três zonas – cidade, litoral e interior – em que Clístenes (508/507 a. C.) dividiu oterritório da Ática. Cada tribo integrava uma trítia de cada zona.

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Módulo 1 – Raízes mediterrânicas da civilização europeia – cidade, cidadania eimpério na Antiguidade Clássica

Unidade 2 – O Modelo Romano

Aculturação – processo pelo qual um grupo entra em contacto com uma cultura diferente da sua ea assimila, total ou parcialmente.

Direito – conjunto de leis ou preceitos que regulam as relações sociais. Pode distinguir-se em DireitoPúblico e Direito Privado: o primeiro regula as relações entre os cidadãos e o Estado; o segundo asrelações entre os cidadãos. As relações entre povos diferentes pertenciam ao jus fetial e ao jus gentium(à letra, “direito das gentes”).

Fórum – o fórum era a grande praça pública, centro da vida cívica e comunitária em qualquer cida-de romana. Em termos funcionais e conceptuais, o fórum desempenha o mesmo papel que a ágoranas cidades gregas.

Império – na Roma Antiga, imperium, era o poder supremo militar e civil do rei e, posteriormente,dos altos magistrados da República. Com Augusto, o imperium passou a constituir a base de legiti-mação ou fundamentação do seu poder e autoridade e do domínio romano sobre os povos submeti-dos a Roma (Império Romano).

Magistraturas – durante a República romana o exercício de funções era entendido como uma pres-tação de serviço à comunidade, ao interesse comum e às conquistas. Com o consequente reforço dopoder militar e a decadência das instituições e da moral tradicionais, foi-se perdendo esta noção deserviço em favor dos interesses e ambições pessoais.

Municípios – cidades anexadas às quais Roma fixava uma participação nos encargos financeiros emilitares, permitindo-lhes conservar a sua autonomia, as suas instituições, etc.

Pragmatismo – pensamento/atitude que condiciona a validade de uma ideia ou conhecimento à suautilidade ou aproveitamento. Por outras palavras, dá prioridade ao efeito útil. O pragmatismo dosRomanos revela-se no modo como compreenderam a sua condição de potência imperial e como sou-beram desenvolver as fórmulas necessárias à sua afirmação, seja no domínio da religião, do direito,da política e até das obras públicas.

Romanização – processo de aproximação cultural e civilizacional operado nos povos que estiveramsob domínio romano – ou na sua proximidade –, que os levou a adoptar, de um modo mais ou menosprofundo, os seus valores. O nível de civilização destes povos era bem diverso: uns estavam habitua-dos à vida urbana, outros eram pobres e muito atrasados. Com vista a facilitar a integração dos povosdominados, os Romanos serviam-se de múltiplos recursos, como a construção de estradas, o esta-belecimento da administração pública, a criação de cidades, o desenvolvimento económico, a trans-missão de técnicas e culturas e a difusão da língua. A sua influência fez-se sentir sobretudo na parteocidental do Império.

Urbanismo – ordenamento das construções e do espaço citadino. As cidades do Império Romanoobedeciam a uma planta geométrica, em cujo centro se localizava o fórum (praça pública), rodeadode edifícios públicos como anfiteatros, templos, termas e teatros. Nas ruas construíam-se insulae,prédios de vários andares onde viviam as pessoas das camadas populares e as domus onde residiamos mais ricos. Nos arredores, a paisagem era dominada pelas explorações agrícolas, onde se erguiamas villae, grandes unidades de exploração fundiária e habitação dos mais abastados.

Urbe – cidade (área construída, urbanizada, diferente de civitas, comunidade de cidadãos, conceitopolítico com correspondência na polis grega). A civilização romana era essencialmente urbana. A cida-de constituía o pólo de atracção das populações e um centro de irradiação das actividades económi-cas e culturais, ou seja, poderosos factores de romanização.

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Módulo 1 – Raízes mediterrânicas da civilização europeia – cidade, cidadania eimpério na Antiguidade Clássica

Unidade 3 – O Espaço Civilizacional Greco-Latino à Beira da Mudança

Civilização – o conjunto dos sinais próprios da vida espiritual e material de uma sociedade humana,neste caso, da sociedade greco-latina compreendida na sua realidade histórica, o Império Romano.Uma civilização caracteriza-se, pois, pelo conjunto complexo dos fenómenos sociais, de naturezatransmissível, tanto de carácter material como tecno-científico, estético e religioso, comuns a todasas partes de uma vasta sociedade ou a várias sociedades relacionadas entre si. O vocábulo deriva dolatim civita que significa cidade e civile que designa o seu habitante (civil).

Época clássica – período áureo das civilizações grega (sécs. V-IV a. C.) e romana (sécs. I a. C. e IId. C.). Como todas as periodizações em História, a divisão em idades ou períodos é um instrumentode análise importante, mas ao mesmo tempo problemático: implica determinado critério de selecção,sob uma certa perspectiva da evolução histórica, naturalmente discutível. Todavia, esta divisão estájá tradicionalmente consolidada: trata-se de um subperíodo dentro da Antiguidade, uma época notá-vel pelas suas realizações civilizacionais, uma das matrizes da civilização europeia ocidental.

Igreja romano-cristã – comunidade de fiéis que seguem o Cristianismo e respeitam a autoridade doPapa de Roma. Reforçada pelo Édito de Constantino (Édito de Milão ou Édito da Tolerância, 313) queproclama a liberdade de culto, a Igreja Cristã, sediada em Roma, capital do Império, reforça o seupapel no seio do Império com a criação de sedes episcopais e a celebração de concílios ecuménicos(Niceia, 325 e Antioquia, 341), que reforçam a sua coesão e superam as divergências dogmáticas epastorais (heresias) donatista e ariana, que ameaçavam a sua unidade. Pouco a pouco, a Igreja roma-no-cristã vai impondo a sua influência e autoridade na sociedade, evolução acentuada pelas suas inves-tigações teológicas e pela missionação dos seus padres, como Lactâncio, Santo Ambrósio, SãoJerónimo e Santo Agostinho, entre outros. Quando o Império Romano do Ocidente caiu, a IgrejaRomano-cristã era a única força emergente do caos político subsequente, a única força capaz de pre-servar o legado político-cultural clássico e assegurar a sua transmissão à posteridade. Efectivamente,a Igreja Romano-Cristã empreendeu a evangelização das regiões conquistadas pelos bárbaros invaso-res. Este movimento expansionista foi protagonizado por papas, reis, bispos e, sobretudo, monges,os quais difundiram a fé e construíram mosteiros. Esta acção foi mais notória nas actuais Grã--Bretanha, França, Irlanda, Alemanha. Consequentemente, o número de cristãos da Europa aumen-tou consideravelmente, não obstante persistirem inúmeras manifestações pagãs, algumas das quaissobreviventes até hoje.