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JUL/AGO’14 MISSÃO RIMA COM VERÃO #P.1

Godzine 21 (Julho/Agosto 2014)

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Qual será o verdadeiro significado da palavra missão? Será que todos somos chamados à missão da mesma forma? Não terá cada um de nós uma missão? Esta edição, não pretende dar-te a resposta a estas questões. Provavelmente, levantará muitas mais. Ainda bem! Pois a nossa Fé deve ser questionada para que o Espírito Santo nos guie na nossa caminhada. No entanto, temos a certeza de que te dará pistas de reflexão sobre a tua própria missão evangelizadora.

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Page 1: Godzine 21 (Julho/Agosto 2014)

JUL/AGO’14

MISSÃORIMA COM

VERÃO#P.1

Page 2: Godzine 21 (Julho/Agosto 2014)

NOTADE ABERTURA

INDÍCE

1 2 5

8 12 15

18 21

YOUCAT BEM- -AVENTURANÇAS

DIALETOS DA PALAVRA

FOLHA DOS SANTOS

AJUDA À IGREJA QUE SOBRE

CRISTO JOVEMBRASIL

JUVENTUDE QUE ACREDITA

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Olá Juventude que acredita!

“E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»”, Jo 20, 21Esta é uma das muitas passagens bíblicas que nos impele à missão.Pelo baptismo todos somos chamados à missão.Mas qual será o verdadeiro significado da palavra missão? Será que todos somos chamados à missão da mesma forma? Não terá cada um de nós uma missão?Esta edição, não pretende dar-te a resposta a estas questões. Prova-velmente, levantará muitas mais. Ainda bem! Pois a nossa Fé deve ser questionada para que o Espírito Santo nos guie na nossa cami-nhada.No entanto, temos a certeza de que te dará pistas de reflexão sobre a tua própria missão evangelizadora.De uma coisa podemos, desde já, ter a certeza: somos todos missio-nários, cada um com o seu dom e vocação.

Pl’A coordenação da GODzine,Sara Amaral

NOTA DE ABERTURA

NOTA DE ABERTURA 1

Ficha Técnica

A Godzine é uma revista gratuita para jovens católicos e agentes de pastoral juvenil, desenvolvida pela equipa do portal Cristo Jovem.Coordenadora: Sara Amaral • Colaboradores Regulares: Darlei Zanon, Nuno Westwood, Joana Laranjeira, Equipa de Comunicação da AIS, Antonio João do Nascimento Neto, Miguel Mendes • Design e Paginação: Wok Design

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IDE E ANUNCIAI

---Ir. Darlei Zanon

Religioso paulista, editor do YOUCATpara a língua portuguesa

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“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a boa notícia a toda a humanidade” (Mc 16, 15) é a ordem que Jesus Cristo deu aos Seus discípulos e a toda a Igreja posterior. Esta é a nossa missão, é a missão de toda a Igreja e de cada um dos batizados. Os cristãos de todos os tempos tomaram a sério esta ordem e partiram pelo mundo a fim de evangelizar todos os povos. Dois milénios depois deste mandato, continua-mos a refletir sobre a missão da Igreja pois significa refletir sobre a nossa própria identidade, o que nos caracteriza, define e diferencia no mundo. Anunciar o evan-gelho de Jesus Cristo não é apenas mais uma atividade da Igreja, mas é a sua razão de ser, conceito muito bem expresso pelo Concílio Vaticano II que afirmou: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missioná-ria, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão do Filho e do Espírito Santo” (Ad Gentes, n. 2). O Vaticano II, fiel a este marco inicial, pro-curou atualizar a ordem de Jesus, resgatan-do a disposição e o vigor dos primeiros cris-tãos para fundamentar e incentivar a ação missionária comprometida, humanizante, libertadora, global, descentralizada, incul-turada e protagonizada também por leigos que testemunhamos atualmente. Provavel-mente, esta clareza de ideias só foi possível porque o decreto Ad Gentes foi lançado na última fase do Concílio, bebendo da rique-za teológica dos demais documentos, es-pecialmente do Lumen Gentium, de onde busca a sua fundamentação trinitária.

Como vimos em artigos anteriores, o Ca-tecismo da Igreja Católica é também filho deste conjunto de novidades do Concílio, desta nova forma de pensar a Igreja e viver a fé. E igualmente o YOUCAT, o “neto” do Concílio, reflete esta mentalidade aberta, de comunhão e de íntima ligação com a missão de Jesus no mundo. É exatamente por isso que o YOUCAT apresenta inúme-ras questões relacionadas ao tema “mis-são”. Pelo menos 20 números abordam este tema, num movimento circular que parte de Cristo e a Ele retorna. No conjun-to da leitura destes números do YOUCAT veremos algo como: a missão de cada cris-tão é a mesma missão da Igreja, a missão da Igreja é a mesma missão dos Apóstolos, a missão dos Apóstolos é a mesma missão de Cristo, que a todos enviou.

“Envio” por sinal é o significado do termo “missão”, que vem do latim missio. Logo na página 18 do YOUCAT podemos ler esta definição: “A missão é a essência da Igreja e o mandamento de Jesus a todos

YOUCAT 2 / 3

# “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão do Filho e do Espírito Santo”

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os cristãos de anunciar o evangelho com palavras e atos, de forma a que todas as pessoas optem livremente por Cristo”. Simples, não?Nesta mesma páginas encontramos a questão 11: “Porque transmitimos a fé?” O que tu responderias? Porque esta é a nossa “missão”, porque somos cristãos para os outros, porque Deus precisa tam-bém de mim para que todas as pessoas possam conhecer a Verdade, Cristo. Nes-ta “missão” somos ajudados pelo Espírito Santo, cuja missão é “introduzir a Igreja de maneira sempre nova, de geração em ge-ração, na grandeza do mistério de Cristo” (cf. YOUCAT, p. 77).E aqui já estamos no movimento circular que mencionei. Cristo encarnou para in-troduzir no mundo um “medicamento de imortalidade”, diz o n. 98 do Catecismo Jo-vem. “Para nos salvar, Deus entregou-Se a uma missão perigosa”, enviou o Seu Filho para, na cruz, redimir a humanidade. Esta é a Boa Nova trazida por Jesus. Para conti-nuar a Sua missão no mundo, Jesus esco-lheu e enviou os Apóstolos. Eles “tornam--se testemunhas da ressurreição de Jesus e garantes da Sua Verdade” (YOUCAT, n. 92). Eles guiam, ensinam e celebram a li-turgia: “Fazei isso em memória de mim” (Lc 22,19). A união dos Apóstolos tornou--se o fundamento da unidade da Igreja,

que deu continuidade a esta mesma mis-são. Os números 119, 123, 150, 173 e 199 por exemplo abordam este tema. O n. 141 fala especificamente da missão do Papa; os nn. 144, 244 e 440 sobre a missão dos bispos; o n. 236 sobre a missão dos sacer-dotes; os nn. 138 e 440 sobre a missão dos leigos; e o n. 102 sobre a missão de todos os cristãos. No momento atual, não podemos também deixar de mencionar as palavras de Jesus a Pedro logo no início do Seu ministério na Galileia, quando chama alguns pescado-res para a missão de ser Seus discípulos: “Avancem para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca” (Lc 5,4). To-dos nós conhecemos muito bem este tex-to, utilizado com frequência para mostrar o verdadeiro sentido do seguimento de Cristo: ouvir, confiar, amar. Numa releitu-ra atualizada deveríamos dizer algo como: “Avancem para águas mais profundas, lan-çai-vos às redes”. Se quisermos realizar a nossa missão com sucesso, hoje, devemos nos lançar às redes, devemos mergulhar no ambiente dominante da sociedade contemporânea, que é o mundo virtual, principalmente a Internet e as redes so-ciais, e ali testemunhar Cristo, anunciando o evangelho em palavras e ações. •

Sugestões de navegação:www.youcat.org | www.paulus.pt | youcat.cristojovem.com

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BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM PORQUE

SERÃO CONSOLADOS---

Miguel Mendes

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Chorar é antes de mais uma reação física, uma manifestação de algo que nos vai na alma, e que normalmente pode ser de alegria ou de dor. Chorar é uma descarga emocional que nos liberta o espírito e nos serena o coração.Nas bem-aventuranças, Jesus diz-nos

“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”. Mas o que quererá di-zer com isto?Tal como disse, chorar é um reflexo da alma, mas está também associada a uma limpeza interior, uma espécie de confissão do corpo. Pedro chorou amargamente, ao perceber a sua própria atitude, quando negou a Jesus Cristo. A sua negação foi a manifestação da indiferença, mas suas lá-grimas foram um sinal de que dentro dele existia um ser humano capaz de lamentar copos seus erros.

Chorar é por isso um sinal de sensibilida-de para connosco e para com os outros. Muitas são as vezes que nos emociona-mos com um história ou um acontecimen-to que nos deixa tristes ou felizes. Assim, chorar não é apenas sinónimo de tristeza.

Chorar é também sinónimo de emoção.Quando Jesus nos diz “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados” não está apenas a dizer que os que sofrem serão consolados, mas que consolará to-dos os que tiverem um coração puro que lhes permita ter esse nível de intensidade emocional.

Conseguir sentir com o coração e com a alma é algo que nem todos conseguem. É necessário uma grande caminhada de ora-ção e união com Deus para que possamos libertar o nosso coração dessa forma.Não tenhas medo de chorar. É Jesus quem te diz! •

# ...chorar é um reflexo da alma, mas está também associada a uma limpeza interior...

# Chorar é por isso um sinal de sensibilidade para connosco e para com os outros.

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“IDE, SEM MEDO,PARA SERVIR!”

---Pe. Nuno Westwood

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“Jesus aproximou-se e disse aos seus discípulos: «Todo o poder me foi dado no Céu e na Terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.»” (Mt 28, 18-20).

Jamais esquecerei as palavras finais do Papa Francisco, no dia 28 de julho, na praia de Copacabana, na missa de encerramento das JMJ 2013: “Ide, sem medo, para servir!”. Passados 2000 anos do mandato missioná-rio de Jesus (cf. Mt 28, 18-20), estas palavras continuam atuais e presentes na vida e na missão da Igreja. Por isso, o Papa Francisco, na linha do apelo à nova evangelização que se foi intensificando desde o Concílio Vatica-no II, veio lembrar uma vez mais o compro-misso missionário, que a Igreja recebeu de Cristo.A passagem do Evangelho de Mateus que nos serve de inspiração vem recordar aos discípulos de Cristo que o projeto de salva-ção e de libertação, que Jesus iniciou, pas-sou para as mãos da Igreja, animada pelo Es-pírito. Os cristãos devem testemunhar Jesus, continuando o que Ele começou a fazer e a ensinar. Através do seu testemunho, Jesus continuará presente e atuante na história.Nesta passagem evangélica, a primeira nota do envio e do mandato é a nota da universa-lidade: “Ide por todo o mundo...” (Mt 28, 19). Depois, Jesus define o conteúdo do anúncio:

“Pregai o Evangelho a toda a criatura”. Mas o

que é o Evangelho? Na boca de Jesus, a pa-lavra Evangelho designa o anúncio de que o Reino de Deus já está entre nós e traz-nos os dons desse Reino: paz, justiça e alegria. Para as comunidades cristãs, o Evangelho é, por isso, o anúncio de um acontecimento: em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos ho-mens, manifestou-lhes o seu amor, inseriu-

-os na sua família, convidou-os a integrar a comunidade do Reino, ofereceu-lhes a vida definitiva. Por isso, o anúncio do “Evangelho” compromete e obriga a uma opção. Quem aderir à proposta de Jesus chegará à vida plena e definitiva.

Quem se mete com Cristo não fica indiferen-te. Quem O experimenta na sua vida e dá-

-Lhe oportunidade, saboreia já uma existên-cia nova, toca a plenitude da vida e do amor.

DIALETOS DA PALAVRA 8 / 9

# Os cristãos devem testemunhar Jesus, continuando o que Ele começou a fazer e a ensinar.

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E essa medida é tão cheia que transborda (cf. Lc 6, 38) e torna-se partilha e anúncio cons-tante. Assim foi desde o início. Os diversos encontros com Jesus ressuscitado termina-ram invariavelmente num desafio à evan-gelização: «Como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21); «vós sois as testemunhas destas coisas» (Lc 24, 48); «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19); «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15). O encontro com Cristo ressuscitado não se pode calar, faz surgir o anúncio, provoca a evangelização. Esta evangelização não é nada mais que a comunicação da experiên-cia pascal. A exigência de evangelizar só ir-rompe entre os discípulos após terem vivido a experiência gozosa da salvação que Deus realiza em Jesus Cristo. Sem esta experiên-cia básica não há evangelização.Isto é de enorme importância para entender e enraizar bem o desafio missionário que a Igreja lança a todos. Evangelizar é atualizar hoje essa experiência transformadora que começou em Jesus, é tornar presente hoje na vida das pessoas, na história dos povos, no tecido da convivência social, nos confli-tos, nas alegrias, nas penas e trabalhos do homem atual, essa força salvadora que se encerra na pessoa e no acontecimento de Jesus Cristo.Por isso, a ação evangelizadora parte sem-pre da experiência pessoal da salvação de Jesus. Para S. Paulo, o Evangelho é «poder de Deus para a salvação de todo o crente» (Rm 1,16).

O chamamento à evangelização não se des-perta sem mais nem menos no trabalho, no meio da agitação e da atividade nervosa. Não nasce automaticamente da leitura dos objetivos e programas pastorais. A chamada à missão só se capta num clima de atenção, abertura e escuta d’Aquele que nos chama. Daí a importância da oração para a missão evangelizadora. Não uma oração qualquer. Uma oração feita de silêncio e de escuta de Deus que ama a todos e quer que “todos cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tim 2, 3). É necessário escutar o convite. É necessário o encontro com Aquele que nos chama.

Há sempre um chamamento que também é dirigido a mim, e ninguém poderá responder em meu nome. Esta resposta insubstituível hei de dá-la eu. Por isso, a verdadeira vo-cação para a evangelização só pode nascer deste encontro pessoal. São João sublinha bem esta dimensão vocacional na experiên-cia pascal de Maria Madalena. Maria reco-nhece o Ressuscitado no momento em que

# A exigência de evangelizar só irrompe entre os discípulos após terem vivido a experiência gozosa da salvação que Deus realiza em Jesus Cristo.

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ouve chamar pelo seu próprio nome: «Ma-ria». Só então poderá escutar pessoalmente a sua missão: «“Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes...” Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: “Vi o Senhor”» (Jo 20,16-18). A nossa Igreja precisa desta oração em que os crentes, em especial os jovens, se sintam chamados pelo seu próprio nome para a ta-refa evangelizadora.

Por isso, escuta hoje o mandato de Cristo: “Ide por todo o mundo” e, no trato com os teus familiares e amigos, mostra a todos a verdade libertadora de Cristo, como os primeiros cristãos que, tão cheios de entu-siasmo, a todos contagiavam. O ideal destes cristãos era realista. Sabiam que para anun-ciar o Evangelho tinham de começar na ter-ra que pisavam, tinham que proclamá-lo de pessoa a pessoa. Tenta tu também. Conta-gia o mundo com a tua alegria e o teu amor por Cristo. Entre amigos é fácil trocar pontos de vista, manifestar modos de pensar, de ver as coisas, de corrigir. As palavras trocadas podem ser já um grande ato evangelizador. E quando as coisas não correrem como gostariam ou surgirem demasiadas barrei-ras, não desanimes. Tens um grande poder

nas mãos. Se quiseres, podes, hoje mesmo, começar a transformar o mundo. Não pela força dos braços, mas pela tua confiança em Deus. Que a tua revolução seja a da oração e do amor. •

# ...a verdadeira vocação para a evangelização só pode nascer deste encontro pessoal.

DIALETOS DA PALAVRA 10 / 11

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S. JOÃO BATISTA---

Joana Laranjeira

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FOLHA DOS SANTOS 12 / 13

S. João Batista, filho de Santa Isabel, pri-ma de Nossa Senhora, e de Zacarias que era sacerdote do templo de Jerusalém. S. João Batista foi consagrado a Deus quan-do ainda estava no ventre materno. Este tinha como missão pregar a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo.

Nascimentode S. João Batista

Santa Isabel já tinha uma idade avan-çada quando engravidou de João Batis-ta. Tudo aconteceu pois o anjo Gabriel apareceu a Zacarias e lhe deu a feliz notícia de que Isabel teria um filho, a quem colocaria o nome de João. Por sua vez, Zacarias por não acreditar fi-cou mudo até ao nascimento de João Batista.

Vida no deserto

João Batista era adulto e, percebeu que a sua hora tinha chegado. Para isso, re-tirou-se para o deserto. Aqui rezou, fez sacrifícios e pregou com o objetivo, de quem o escutava, se arrependesse. Foi uma vida que lhe custou muito e de mui-ta oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. João sempre anunciou a vinda do Messias. Ele batizou quem se arrependesse e eram multidões nas suas pregações no rio Jordão.

O Batismo de Jesus

João era portador de um carisma que o povo que o seguia e escutava atentamen-te dizia que ele era o Messias. Este, por sua vez, dizia: “Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias.”(Jo. 1-27). Dizia ainda:

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo.1-29).Jesus, o verdadeiro Salvador, dirigiu-se a João Batista com o objetivo de este o bati-zar. S. João disse: “Eu é que devo ser bati-zado por ti, e tu vens a mim?” (Mt 3-14).

Prisão e morte de João Batista

João Batista, ao fazer as suas pregações, nunca poupou o rei Herodes. João Batista dizia que o rei tinha uma vida adúltera e desregrada.Podemos ver no evangelho de S. Marcos (Mc 6, 14-29) que Salomé dançou para Herodes. Este ficou tão encantado que lhe disse que lhe daria tudo o que pedisse. Salomé, após falar com a mãe, pede-lhe a cabeça de S. João Batista numa bandeja.

Devoção a S. João Batista

S. João Batista, é considerado o primeiro mártir da Igreja e o último profeta. A Igre-ja dá especial realce a ele a 24 de junho. É visto como profeta, santo, mártir, percur-sor do Messias e arauto da verdade.

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Fontes: www.cruzterrasanta.com.br/historia/sao-joao-batista

Oração a S. João BatistaSão João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias. Ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciaste com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo. São João Batista rogai por nós. Amém.

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A missão das Irmãs Palotinasjunto dos refugiados

FINTAR A POBREZA

---Paulo Aido • Fundação Ajuda

à Igreja que Sofre

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Entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, há milhares de refugiados. Juntamente com eles estão 42 irmãs da Congregação das Palotinas. Todos os dias, elas ensinam centenas de pessoas a fugir da miséria que se esconde nesta região de África

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Nas aldeias de Masaka, Gikondo, Ruhan-go e Kibelo, todas situadas em território ruandês, as 42 irmãs da Congregação das Palotinas são o “ai jesus” de milhares de refugiados que por ali tentam sobre-viver todos os dias. Elas não têm muito para dar mas dão tudo o que têm. São religiosas mas ali olham para elas como médicas e enfermeiras, parteiras e pro-fessoras.

A irmã Marta Litawa anda num corre-cor-re todos os dias. “Batem-nos à porta ór-fãos e mães com filhos pequeninos sem terem nada para comer. A desnutrição é um problema muito grave por aqui”. Os olhos de Marta já choraram de impotên-cia perante tanta tragédia, já se revol-taram por não ser possível acudir todas as pessoas como elas merecem, como ela gostaria. Aos poucos estas irmãs vão desenvolvendo estratégias para auxiliar com eficácia estas populações refugiadas. Quase todos os que estão por ali não têm nada de seu. Nem casa, nem terras, nem trabalho. Se as irmãs se fossem embora, não sobreviveriam. Todos os dias estas ir-mãs realizam algum milagre. “O facto de sabermos que salvamos vidas deixa-nos

cheias de felicidade e satisfação. O nosso apostolado junto dos enfermos, dos po-bres e órfãos, não é simples, mas com a ajuda de todos, nós vamos conseguir”.

Escola para a Vida

O trabalho destas irmãs, apoiado pela Fundação AIS, procura ir muito mais além do que o simples amparo aos doen-tes, aos feridos, às populações que pas-sam fome. Em Masaka, criaram uma es-cola para raparigas. É a Escola para a Vida. Lá dentro, nas improvisadas salas de aula, 80 raparigas aprendem a ler e a escre-ver, mas também a costurar, a preparar alimentos. É uma escola profissional, tal-vez a única oportunidade que estas me-ninas terão de conseguir fugir à sombra da miséria que esconde esta região de África há tantos anos. Juntamente com as outras irmãs, Marta consegue fintar a pobreza, a morte e a miséria de centenas de pessoas. Esta é a sua missão. •

14 / 15AJUDA À IGREJA QUE SOFREAJUDA À IGREJA QUE SOFRE 16 / 17

# Elas não têm muito para dar mas dão tudo o que têm.

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MISSÃO EVANGELIZADORA

NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

---Antonio João

do Nascimento Neto, SDB

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Desde que as palavras do amado Papa Francisco ressoaram em nossos ouvidos, há um ano, em julho de 2013, no Rio de Janeiro, muitos corações passaram a pul-sar diferente de antes. O sentido missio-nário ficou cada vez mais latente e muitos jovens brasileiros passaram a observar a grande necessidade da expansão da mis-são evangelizadora por todo o território nacional. Então, sentindo a mesma neces-sidade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com apoio das Pontifí-cias Obras Missionárias (POM) estão or-ganizando a primeira “Missão Jovem na Amazônia”.

Essa iniciativa missionária visa proporcio-nar um despertar vocacional missionário nos jovens, a fim de que eles vivenciem o convívio, o conhecimento, o aprendiza-do e a troca de experiências na realidade amazônica das comunidades ribeirinhas e indígenas. A Missão Jovem na Amazônia

acontecerá de 30 de novembro a 15 de dezembro desse ano, nas dioceses de Ro-raima, Coari, Borba e Parintins. A CNBB se-lecionou 65 jovens de todo o país que se inscreveram via web. Eles participarão de formações via internet e presenciais para chegarem preparados para missão.Para os brasileiros, a Missão Jovem na Amazônia é um forte apelo do próprio coração de Jesus, que nos convida a se-gui-lo mais de perto, vivendo como ele viveu. Ainda mais para aquela região que tanto precisa da Palavra de Deus e do tes-temunho cristão, pois é uma região em que os mais pobres (em sua maioria, os povos ribeirinhos) sofrem muito a desi-gualdade social, falta de infraestrutura, de escolas e de saúde pública, e os povos indígenas sofrem grande discriminação racial e desrespeito por sua cultura e de-marcação territorial. A eficácia da missão de evangelização para esses povos pode resultar numa melhor organização social, na cultura de paz e de valorização da vida enquanto dom de Deus, que é próprio do verdadeiro cristianismo.A missão, mais que uma ação esporádi-ca, deve ser vivida diariamente, pois é a vocação da Igreja, que ela é chamada por Jesus a ser santa e ajudar na santificação do mundo, pois como nos disse o Papa Francisco na JMJ: “Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe mais alegria”.

CRISTO JOVEM BRASIL 18 / 19

# A missão, mais que uma ação esporádica, deve ser vivida diariamente, pois é a vocação da Igreja, que ela é chamada por Jesus a ser santa e ajudar na santificação do mundo,...

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No íntimo das ações da Igreja, encontra--se o ímpeto missionário, portanto, para que a missão seja bem realizada, sigamos essa exortação de Francisco, que acaba-mos de ler. Como escolhidos por Jesus, os discípulos devem seguir com e como o seu Mestre, com o coração aberto, com desejo de doar a própria vida, mas não por uma ideia, ou por um estilo de vida, mas por uma pessoa, Jesus. Por amor a Deus, obedeçamos à sua Palavra, ame-mos uns aos outros, como Jesus nos amou.

Antes de tudo, desejemos ardentemente ir, ou seja, entendamos a nossa posição como sendo a daqueles que caminham, daqueles que devem ir, sempre em dire-ção ao outro, a fim de um encontro comu-nitário, não somente com os irmãos, mas encontrarmos a pessoa de Jesus Cristo em cada rosto para que sejamos um com Ele; tenhamos coragem para dizer ao mundo a boa noticia trazida por Jesus, que é a alegria da salvação eterna; tenhamos hu-mildade de entender que a missão é um serviço de amor, que deve ser prestado com todo zelo e carinho.

# Como escolhidos por Jesus, os discípulos devem seguir com e como o seu Mestre...

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É ELE QUEMTEM FALA

---Miguel Mendes

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Sabemos que o verão não é um tempo muito propício à oração… Há demasiado sol, demasiado calor, e Portugal tem de-masiadas praias com águas cristalinas e areia dourada. Talvez Deus não se importe que façamos umas férias para aproveitar-mos aquilo que Ele nos dá, pensamos nós! Mas e se pensássemos ao contrário? Será que a praia se importa se chegarmos cinco ou dez minutos atrasados para conversar-mos com Deus?

Foi isto que me levou a escrever-te de for-ma diferente. Hoje não quero convidar-te a refletir sobre nada. Quero, sim, convi-dar-te a rezar e a conhecer o novo projeto do portal Cristo Jovem, a Lect’Yo!A Lect’Yo! foi lançada no dia 29 de Julho, Solenidade de S. Pedro e S. Paulo, com o objetivo de aproximar os jovens da Bíblia, convidando-os a rezar a Lectio Divina.Semanalmente são disponibilizados os textos de oração para a semana seguinte, possibi-litando aos jovens um maior tempo de pre-paração do tempo de leitura no horário que mais lhes convém. Paralelamente, será parti-lhado diariamente na página de Facebook do portal Cristo Jovem, o texto de cada dia.

Para facilitar o acesso e utilização da Lect’Yo! foi disponibilizado também um endereço de RSS que permite que os utilizadores recebam todas as novidades através de um leitor de RSS à sua escolha (offline, online ou através de app para te-lemóvel).Verás que a nossa Lectio Divina está fei-ta de forma bastante acessível e que te sobra tempo para aproveitar o verão ao máximo e rezar a Bíblia, porque lá… É Ele quem te fala!

O que é a Lectio Divina?

A Lectio Divina é, num primeiro significa-do, a própria Sagrada Escritura. Atualmen-te, a expressão atingiu outra dimensão: a Lectio Divina é a leitura orante da Sagrada Escritura, ou seja, a leitura do texto sagra-do em estado de oração, unindo-se o indi-víduo com o Reino de Deus.A Lectio Divina é composta por quatro pas-sos: a leitura do texto propriamente dita (lectio); a meditação sobre o texto lido (me-ditatio); a oração tendo em conta a medita-ção feita (oratio); a contemplação da graça concedida por Deus à humanidade de poder ler e meditar sobre a Sua Palavra (contem-platio). Se quiseres saber mais sobre a Lec-tio Divina visita o portal Cristo jovem.

O que é o Cristo Jovem?

O portal Cristo Jovem é um projeto multi-média direcionado para a Pastoral Juvenil

# Hoje não quero convidar-te a refletir sobre nada. Quero, sim, convidar-te a rezar...

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e Nova Evangelização, que procura utilizar os meios digitais para fomentar a forma-ção e o crescimento espiritual dos jovens católicos. Além de um portal multimédia com diversos recursos, a equipa CJ é tam-bém responsável pela edição da Godzine, uma revista online para jovens católicos. •

JUVENTUDE QUE ACREDITA 22 / 23

A Lect’Yo! está disponível em: www.cristojovem.com/recursos/lect-yo

Page 26: Godzine 21 (Julho/Agosto 2014)

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