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ENTREVISTA ARQUITETURA CORPORATIVA “Estamos na fase de transição da província para a metrópole” Projetos valorizam ambientes de trabalho, ampliam a visibilidade das empresas e agregam valor às marcas decor arquitetura & interiores Abril 2010 - Ano III - nº 11 GOIÂNIA

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ENTREVISTAARQUITETURA CORPORATIVA“Estamos na fase de transição da província para a metrópole”

Projetos valorizam ambientes de trabalho, ampliama visibilidade das empresas e agregam valor às marcas

decorarquitetura & interiores

Abril 2010 - Ano III - nº 11

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índice

126

46

2028

Cerrado na Bienalpor alexandre ribeiro gonçalves

artigo

Jardins verticaispor anna canêdo

especial

Aconchego e produtividadeeditorial

Projetos que agregam valorpor anna canêdo

arquitetura

Boas doses de cor e ousadiacom rodrigo flávio

entrevista

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editorial

cada vez mais comum as pessoas se interes-

sarem por jardinagem e buscarem trazer o

verde para dentro de casa, da empresa, do es-

critório. Seja por falta de espaço ou para dar um charme

extra, as paredes vivas estão em alta nas residências e nos

ambientes comerciais.

Os empresários estão começando a perceber a im-

portância da arquitetura corporativa para o crescimento

dos negócios e a valorização de sua marca e de empresa

no mercado. Nesta edição da decor, trazemos algumas

dicas de como organizar o ambiente de trabalho para im-

pressionar bem os clientes e obter melhores resultados.

Nossa entrevista é com o artista plástico Rodrigo Flávio,

um dos nomes mais importantes de sua geração em

Goiânia. Ele fala sobre sua trajetória e como percebe as

mudanças no mercado de arte em Goiás. Também co-

menta o trabalho coletivo que está sendo realizado por

ele, juntamente com Daniela Ktenas e Fabíola Morais. Boa

leitura e até a próxima,

Bruno Brasil e Sandra Camargo

é6

Aconchegoe produtividade

Fachada da nova loja Silvia

Heringer, projeto assinado

pelo arquiteto Alexandre

Milhomena

Foto da capa: Pedro Morais

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Caixas brancas fazem contraponto à paisagem do cerrado. A preocupação foigerar uma arquitetura com sentido e rigor. A proposta nasceu do estudo do lugar

Cerradona bienal

Arquiteto formado pela PUC-GO em 1991. Mestre

em História pela UFG em 2002. Doutorando em

História pela UFG desde 2008. Professor do curso

de Arquitetura e Urbanismo da Universidade

Estadual de Goiás. E-mail: [email protected]

Mirante – O deque sob espelho d'água

permite uma visão ampla de toda a região

artigo

uando a FINEP, órgão do governo federal

financiador da inovação e da pesquisa

tecnológica nas universidades, destinou

recursos para a construção de um pequeno

laboratório de pesquisa ambiental e educação

científica na Universidade Estadual de Goiás, em

Anápolis, graças à iniciativa de alguns professores do

curso de Biologia, não era possível prever que tal

iniciativa pudesse resultar, depois da obra pronta, na

participação em três importantes eventos

internacionais de arquitetura. O edifício foi

selecionado para a mostra da XVI Bienal

Panamericana de Quito, em 2008; da XII Bienal

Internacional de Arquitetura de Buenos Aires, em 2009;

e finalmente, da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura

de São Paulo, também em 2009.

q

12

Fotos: Monise Campos/Divulgação

alexandreribeiro

gonçalves

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O campus da Universidade Estadual de Goiás

localiza-se no km 98, entre Goiânia e Brasília, onde o

cerrado assemelha-se ao deserto: um imenso céu

que toca a vegetação na linha do horizonte. A paleta

de cores é limitada, mas no fim da tarde o céu é

tingido por uma gama exuberante de tons, o que

torna a paisagem ainda mais fantástica. Neste

sentido, o projeto foi pensado como um pequeno

contraponto na imensidão do lugar: duas caixas

Vista frontal noturna – A gama de tons torna a paisagem ainda mais exuberante

A distribuição do programa no edifício

acontece de maneira quase didática. No

pavimento térreo, o laboratório de

educação científica, um pequeno

depósito de reagentes e uma copa. No

pavimento superior, o espaço para os

pesquisadores com direito a um mirante

sob espelho d’água, reforçando as

potencialidades da paisagem natural.

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implantado no início de uma área de reserva

ambiental, a intenção era de que tocasse o solo da

menor maneira possível e que flutuasse no horizonte.

Os aspectos construtivos do edifício foram pensados

a partir de um conceito de racionalidade e

economia, já que os recursos provenientes da FINEP

eram pequenos. Neste sentido optou-se pela

redução dos tipos de materiais utilizados: estrutura

de concreto armado com pilares aparentes e laje em

concreto polido. Alvenarias brancas e vedação de

vidro temperado com brise de madeira.

“Ponto branco” na paisagem – Duas caixas sobrepostas, com espelho d'água na cobertura do volume inferior

brancas, abstratas e transversais entre si,

que se abrem para a paisagem.

A caixa inferior está ligeiramente inclinada

a fim de garantir a melhor vista da reserva

ambiental que acontece logo abaixo. É o

eixo que liga o laboratório ao seu próprio

objeto de pesquisa: o cerrado. A caixa

superior está disposta perpendicular-

mente ao edifício sede do campus. É o

eixo que liga os pesquisadores ao edifício

sede do Campus. Como o edifício está d

Foto

: Mon

ise

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pos/

Div

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ção

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Com criatividade é possível modificarambientes antes pouco usados emverdadeiros locais de integração

Área externa com novos ares

Arquiteta com especialização

em Paisagismo pela

Universidade Castelo Branco-RJ

(62) 3095-1612 | (62) 8432-7713

Ambiente antes da intervenção da profissional

profissional

16

sandracamargo

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Foto: Ivan Erick

Objetos decorativos

e mobiliário que

ajudaram a profissional

a compor o espaço

são da Alucentro

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jatos de água fazendo um barulho relaxante.

O ladrilho geralmente utilizado em piso ganhou aqui

uma nova e original utilização. Já a pastilha de vidro

azul cobalto é uma tendência para contrapor com

o uso de materiais naturais usados no projeto.

“Me preocupei em proporcionar um ambiente calmo

e tranqüilo que trouxesse paz interior para a família.

O importante é o arquiteto respeitar o estilo de cada

cliente e procurar traduzir no espaço criado essa

personalidade”, revela a profissional.

A integração da área de churrasco com o ambiente externo foi possível com a criação da grande bancada gourmet

Foto

: Iva

n E

rick

sta casa repaginada pela

arquiteta e Paisagista Sandra

Camargo, ganhou um projeto

novo para área externa, antes pouco

convidativa e apertada.

Com pouco espaço e muita criatividade,

a arquiteta optou por criar um espelho

dágua vertical saindo da parede.

A originalidade aparece em painéis de

ladrilhos hidráulicos onde foram instalados

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IMPERIALaplicar na gráfica

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Paredes verdes trazem frescor e aconchego para salas, lofts e ambientes comerciais

por Anna Canêdo

Jardinsverticais

As paredes verdes trazem a

natureza para dentro dos

ambientes e ajudam a compor

espaços cheios de charme

especial

20

Loft do governador – no projeto da arquiteta

Marcia Nejaim para a Casa Cor Pernambuco, o

jardim vertical define e integra os espaços

Foto: Vinicius Lins Lubambo/Divulgação

Foto: Leonardo Finott/Divulgaçãoi

Foto

: Div

ulga

ção

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amambaias, bromélias e outras

espécies, principalmente

folhagens, há um tempo

deixaram de estrelar apenas em jardins

horizontais, nos exteriores de residências

e ambientes comerciais. Seja como opção

para levar o verde a pequenos ambientes

ou como solução para criar espaços

interessantes e acolhedores, as chamadas

paredes verdes parecem ter vindo mesmo

para ficar. E não só em varandas e terraços. O recurso

tem sido presença constante em ambientes como

banheiros, salas de estar e áreas gastronômicas em

mostras realizadas nos últimos anos em Goiânia.

Além da sensação relaxante de conviver com o verde

dentro de casa, os especialistas apontam outros

benefícios do ‘cultivo’ de um jardim vertical. Eles

contribuem para aumentar a amplitude ao espaço e

ajudam a reduzir a poluição sonora e atmosférica,

s

Aconchego – os arquitetos

Kardec Borges e Paulo

Renato Alves inseriram as

paredes verdes no projeto

de reforma do restaurante

Tribo, em Goiânia, que

ampliou seus ambientes

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de SPA, para que o ambiente proporcionasse total

relaxamento aos seus usuários”, disse o profissional.

No ano passado, as paredes verdes foram destaque

em edições da Casa Cor em vários Estados, também

em virtude da homenagem prestada pela mostra ao

paisagista Burle Marx. Em Campinas, a arquiteta Ana

Carla Costa e o paisagista Guga trouxeram a parede

Loft do Gourmet – as plantas e painéis verdes são o destaque do ambiente, onde o dono cozinha e recebe os amigos

além de aumentar a umidade e reduzir a

temperatura da casa.

Na Casa Cor de 2008, a Sala de Banho

projetada pelo arquiteto Leo Romano

trazia um enorme jardim vertical, com

mais de 300 vasos com plantas naturais.

“Além do jardim, inserimos uma piscinaFo

to: D

ivul

gaçã

o

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Na Casa Cor Brasília, edição 2009, foi o Estar,

ambiente assinado por Marcela Passamani que

recebeu um jardim suspenso com várias

samambaias e orquídeas. De acordo com a designer

de interiores, a utilização de espécies de plantas

nobres contribui para a integração da parede verde

com ambientes tradicionalmente mais sóbrios,

como salas e escritórios.

verde para o Loft do Gourmet, espaço

onde o dono da casa pode trabalhar,

apreciar a gastronomia e receber os

amigos. Para os que gostam de admirar a

natureza, ela foi levada para dentro da

cozinha por meio de um enorme jardim

vertical com quatro metros de altura e de

uma grande janela com vista para a mata.

Foto

: Cla

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gaçã

o

Plantas na sala – no Estar projetado por Marcela Passamani, o verde ajuda a equilibrar a sobriedade do ambiente

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surpreendente. A parede verde vertical com plantas

oriundas da mata atlântica. e o espelho d’água

embaixo dela se afinam com a filosofia do local, de

transportar o paulista urbano a um ambiente verde,

um refúgio em meio ao caos”, explica o arquiteto.

Em Goiânia, a reforma da Tribo do Açaí, projetada pelos

arquitetos Kardec Borges e Paulo Renato Alves, ampliou

os espaços da casa e agregou novos elementos à

Aconchego em restaurantes

O arquiteto Arthur Casas foi o

responsável pela elaboração do projeto

do baladado Restaurante Kaá,

inaugurado em 2008, em São Paulo. A

parede verde foi a alternativa encontrada

por ele para dar nova profundidade ao

ambiente, considerado estreito. “Nossa

intenção foi criar um lugar especial e

Restaurante Káa – o badalado espaço, em São Paulo, conta com uma imensa parede verde, com plantas da Mata Atlântica

Foto

: Leo

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Interior – parede verde na área interna do

Restaurante Tribo; mesmo em ambientes com ar-

condicionado, é possível manter os jardins verticais

Foto

: Div

ulga

ção

cuidados com as paredes verdes

É importante escolher as espécies de acordo com

as características climáticas do ambiente e também

seguindo a decoração da casa.

Para cuidar do jardim vertical composto por

samambaias, é preciso que se tenha irrigação

contínua e uma luminosidade adequada no ambiente.

Para que a manutenção seja viável, as plantas

devem ser de pequeno porte.

Para a captação de água, pode ser colocado um

reservatório ao fundo do box, que pode ser retirado.

É preciso ter boa condição de luz natural, para que

as plantas durem mais.

A adubação pode ser feita a cada três meses.

A estrutura precisa de cuidados especiais na hora

da instalação para que a água das plantas não molhe

o chão. Uma dica é ter uma calha na parte inferior do

quadro para reter o excesso de umidade.

A quantidade de vezes que se irá aguar as plantas

dependerá das espécies empregadas no jardim e do

ambiente onde ele está inserido.

A irrigação pode ser automatizada – por

gotejamento –, ou manual. Neste caso deve-se

redobrar a atenção para que a rega não seja desigual.

Por isso, apesar de mais cara, a rega automatizada é a

mais recomendada pelos paisagistas.

Fonte: profissionais entrevistados para a matéria e portal IG

decoração, que transita entre o moderno

e o tradicional. Um dos destaques do

projeto são as duas paredes verdes

recobertas com samambaias e bromélias

e dotadas de um sistema automatizado

de irrigação. “Este recurso faz referência

ao conforto do ambiente externo, aberto

e tão raro em empreendimentos desse

tipo”, ressalta Kardec. d

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Soluções em arquitetura corporativaproporcionam ambientes de trabalhoconfortáveis e ampliam a visibilidade das empresas no mercado

por Anna Canêdo

Projetosque agregam valor

Arquitetura para ambientes

corporativos busca soluções

para tornar os ambientes mais

agradáveis, favorecendo a

produtividade e o bem-estar

arquitetura

28

Tecnologia – no projeto da arquiteta Tatiana

Ballestrin para a TV Anhanguera, os monitores

são as peças-chaves

Fotos: Renato Conde

História – na parede da sala

de espera do estúdio, imagens dos

fundadores ressaltam a trajetória da empresa

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ecnologia, sustentabilidade,

aspectos de normatização, índices

de iluminação, ergonomia. São

muitos os itens para a elaboração de um

bom projeto de arquitetura para ambientes

corporativos. Em Goiânia, em uma volta pela

cidade é possível perceber como as

empresas estão começando a entender a

importância de uma concepção

arquitetônica adequada para agregar valor a

sua imagem e marca.

t Para os especialistas no assunto, o principal

desafio para o desenvolvimento de um projeto

de ambientes corporativos é entender a

verdadeira demanda do cliente. “Muitas vezes o

cliente não consegue definir isto claramente e a

nossa missão é procurar compreendê-lo e

agregar elementos a sua expectativa. Há muitos

itens que ele não solicita porque não tem

conhecimento sobre o assunto”, avalia a arquiteta

Tatiana Ballestrin, que há dez anos desenvolve

projetos nesta área.

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e energia e buscamos utilizar materiais certificados”,

esclarece Tatiana Ballestrin.

“Além de toda a preocupação com a sustentabilidade, o

projeto arquitetônico de um escritório precisa levar em

consideração a hierarquia das funções, para que o

espaço seja bem setorizado e também traduza em

cores, materiais e texturas a identidade da empresa”,

analisa Aline Santos, que tem seis anos de experiência

Na opinião dela, os projetos para

ambientes corporativos tem que romper

com o pensamento de que escritórios são

os espaços em que se visualiza pessoas

sentadas trabalhando em ambientes frios

e isoladas com sua funções. “Entender

realmente qual o papel que o funcionário

exerce e disponibilizar a ele espaços

amplos, arejados, confortáveis e bonitos

aumenta sua produtividade e os

resultados são melhores. Não seria mais a

palavra corporativa e sim colaborativa, ou

seja espaços mais abertos e amplos. A

grande tendência é a integração entre os

espaços e a troca de informações”, avalia.

Sustentável e integrado

A maioria dos grandes projetos de

arquitetura corporativa segue uma

tendência do mercado, de considerar

quesitos de sustentabilidade. Itens como

a certificação de materiais, luminárias

eficientes, sensores de presença, torneiras

com fechamento automático,

interruptores independentes, iluminação

setorizada e cadeiras feitas com material

reciclado, entre outros, são cada vez mais

comuns. “Esta preocupação é relevante,

sempre pensamos em economia de água

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escritório bem planejado

Estudo pormenorizado do novo layout da empresa,

considerando as possibilidades reais de crescimento

futuro, somados a uma boa setorização das

diferentes atividades desenvolvidas por ela.

Projeto luminotécnico casado com detalhamento

de forro de gesso apropriado.

Escolha de mobiliário adequado para desempenho

de cada função, respeitando a hierarquia inerente a

cada empresa específica.

Ambientação de cada espaço, levando-se em

consideração elementos imprescindíveis para o

resultado final ser inquestionável : escolha de

persianas, papéis de parede, detalhamento de

marcenaria específico e elementos decorativos.

Fonte: arquiteta Aline Santos

Fotos: D ivulgação

“Costumo dizer que a arquitetura está para a empresa

como a roupa está para um bom profissional.

Ninguém vai a uma grande reunião de trabalho ou a

uma importante entrevista de emprego mal vestido.

Da mesma forma, o cliente quer contratar empresas

organizadas e modernas. A competitividade do

mercado pede isto. Ao investir na cara da empresa, a

marca automaticamente se valoriza, passa a ter mais

peso”, avalia Aline.

no mercado. De acordo com a arquiteta, os

três desafios básicos para a definição de um

bom projeto de arquitetura para uma

empresa são a setorização, a funcionalidade

e o conforto térmico e acústico. “Em alguns

casos, temos o problema da falta de espaço,

que precisamos vencer através do uso de

espaços de trabalhos mais enxutos e bem

delimi tados”.

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satisfeito se ele conseguia colocar algumas baias de

trabalho no setor comercial. Hoje em dia, ele quer

inclusive a persiana de melhor desempenho térmico

e efeito estético”, explica.

Além da integração para o desenvolvimento do

trabalho, o lúdico, o descanso e o momento da

alimentação ganharam espaço de destaque. “Quase

todos os programas de necessidades de hoje incluem

estas atividades como prioridade na hora da definição

dos ambientes” ressalta a arquiteta Aline Santos.

Para a profissional, em Goiás os

empresários estão mais conscientes da

importância dos projetos arquitetônicos

para dar visibilidade às empresas.

“Acredito que este processo é recente,

vem de uns cinco anos para cá. A

verdade é que, de modo geral, a

arquitetura está ficando mais acessível e

mais valorizada na maioria dos

segmentos, incluindo o corporativo.

Antigamente o cliente já se dava por d

Foto

: Div

ulga

ção

Visibilidade – neste projeto,

da arquiteta Aline Santos, a

arquitetura corporativa

também comunica conceitos

e diferenciais da empresa aos

seus públicos de interesse

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Goiânia acaba de ganhar mais uma loja referência

na área de tecidos decorativos, a Silvia Heringer. Com 900 m²

a loja impressiona seus clientes com dez ambientes

super aconchegantes e ricos em detalhes

Imagine-se

decoração

36

Foto

s: P

edro

Mor

ais

AV. T-2, nº 82, Setor Bueno

(62) 3247-0878www.silviaheringer.com.br

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A loja leva o nome de sua

proprietária a designer Silvia

Heringer, o projeto é assinado

pelo arquiteto Alexandre Milhomen, e

possui uma vitrine assinada do pelo

Designer de Interiores Genésio Maranhão,

ambos amigos de longa data da Designer.

a A capixaba Silvia Heringer começou o seu negócio há

31 anos no estado do Maranhão. De lá pra cá não

parou de crescer. Responsável pela criação das suas

coleções, Silvia Heringer ganhou reconhecimento

nacional ao expor em São Paulo na Gift Fair, maior

feira de decoração da América Latina, que conta com

a participação de empresas de mais de 40 países. Por

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O conceito da nova loja foi todo inspirado no

glamour, e ao entrar nela é impossível não se

encantar. Os produtos feitos a partir das estampas

personalizadas que Silvia Heringer cria e assina dão

o toque todo especial ao ambiente.

Venha conhecer a coleção 2010, Imagine-se.

quatro anos consecutivos, Silvia Heringer

ganhou o prêmio Houseware & Gift de

design, conceituando ainda mais a sua já

talentosa carreira.

Há três anos Silvia Heringer realizou um

sonho antigo de vir morar em Goiânia, e

trouxe na bagagem o seu atelier, local

onde os seus clientes possuíam acesso a

fabricação de suas peças exclusivas.

Foto

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AV. T-2, nº 82, Setor Bueno

(62) 3247-0878www.silviaheringer.com.br

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O aproveitamento da área existente foi o ponto de partida para o projeto do restaurante Caballo

SoluçãoContemporânea

Fachada – A mistura da madeira e do aço

marca a rusticidade do restaurante

profissionais

projeto do restaurante Caballo

equacionou o espaço com materiais

como madeira e o aço podendo ir além

do rústico e do artesanal. Para compor uma das

fachadas principais as arquitetas Elisa e Ju, criaram

uma grande estrutura em aço, com uma iluminação

de destaque na parede existente do edifício. Como o

terreno é em uma esquina movimentada, foi criado

um grande deck, para que os usuários tivessem uma

visão privilegiada, para o parque Vaca Brava.

Para a entrada do Caballo, uma grande estrutura em

madeira coberto com policarbonato e um toten,

destacando a característica rústica do restaurante. Já

na parte interna, para contrastar com o deck foi usado

o ladrilho hidráulico no mesmo tom da logomarca do

restaurante, o gesso e uma iluminação mais intensa.

o

42

Fotos: Samuel Rocha/Divulgação

(62) 3242-8118Rua C-255, nº 370, Ed. Suiss Tower , Sl. 508, St. Bueno

Elisa Veloso(62) 7813-2104

[email protected]

Juliane Calvet(62) 7813-7893

[email protected]

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Detalhes – Na parede o detalhe da

logomarca feito no azulejo pintado a mão

Restaurante CaballoAv. T-10 c/ T-3, nº1164, St. Bueno

(62) 3272-2703

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A Oficina de Metais trabalha nos mais variados projetos comerciais e residenciais, sempre inovando no design e mantendo a qualidade como prioridade. Com os produtos da Oficina de Metais, qualquer projeto consegue uma "estrela" a mais.

A Oficina de Metais tem uma linha de produtos especial-mente desenvolvida para atender às necessidades do cliente.Trabalhando com as melhores matérias primas do mercado, a Oficina de Metais usa todos os tipos de metais como Aço Inox, Aço Carbono, Alumínio e Latão.

A NOBREZA DO METAL EM SUA ARTE!

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Fone: (62) 3282-0033 / 3282-0044Fax: (62) 3598-2759

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Boas doses de cor e ousadia

entrevista

46

rodrigoflávio

Irreverente e com jeito de garoto, RodrigoFlavio completou recentemente 20 anosde carreira, dedicados aos pincéis e tintas.Conhecido pelas criações em coresintensas, principalmente as telas emgrandes dimensões, Rodrigo é um dosmais respeitados artistas plásticos de suageração em Goiás. Suas obras, que tem naversatilidade uma marca registrada,transitam de sofisticados ambientesresidenciais a irreverentes casas noturnas.Tendo a cor como o principal elemento deconexão de sua trajetória, Rodrigo Fláviofez a primeira grande exposição em 1995,na Itaú Galeria de Arte. No ano seguinte,expôs na Galeria Marina Potrich e depoisem importantes espaços fora de Goiás.Influenciado pela obra de artistas comoVan Gogh e Siron Franco, e inspirado porícones musicais dos anos 80, ele divide seutempo entre o trabalho diário no ateliê eas aulas de arte para crianças.

Intensidade – as cores fortes são marcas

registradas da obra do artista

Fotos: Divulgação

O artista, que tem mais

de 20 anos de carreira,

é um dos principais

nomes de sua geração.

[email protected]

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decor: Sua primeira grande exposição foi há 15 anos. O

que mudou no mercado de artes em todo este tempo?

Rodrigo: Acho que ainda não houve uma

consolidação do mercado, pois sinto falta de mais

profissionais, como marchands, galeristas, críticos,

publicações especializadas, museus e espaços

adequados. No final da década de 80, Goiânia tinha

umas 14 galerias. Hoje, são duas. Em compensação, o

mercado de artes atualmente não é sustentado

Arte e interiores – para o artista, as obras precisam integrar o projeto do ambiente e não apenas ser peças decorativas

decor: Como começou seu interesse pelas

cores e pinceis?

Rodrigo Flávio: Comecei fazendo curso

com Aguinaldo Coelho no museu de Arte

Contemporânea, e mais tarde estudei na

Faculdade de Artes Visuais da UFG. Mas o

interesse veio desde pequeno,

freqüentava galerias e conheci o ateliê do

Siron Franco aos 8 anos de idade.

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Acredito que não é bacana chamar de monumentos

algumas obras que não se sabe se são legitimamente

artísticas. Tem muita gente que banaliza, não sabe a

diferença de se construir um monumento ou uma

obra de arte e uma outra coisa qualquer. Aí tem

curador que não é curador, que convida amigos que

se dizem artistas mas que produzem obras duvidosas

e por aí vai. Estamos na fase de transição da província

para a metrópole e os empresários estão começando

a enxergar as artes neste contexto. Mas este processo

ainda é lento, e nem sempre profissional.

Diversidade – esculturas de Buda pintadas por Rodrigo Flávio

para um dos ambientes da Casa Cor em 2008

apenas pelos fazendeiros ricos, como era

antigamente. Há uma classe média

intelectualizada, um novo público. E há

também os novos profissionais de

arquitetura, que tem uma visão

diferenciada e estão começando a

perceber a importância das artes

plásticas, a valorizar o trabalho dos

artistas. Um exemplo é o Daniel Almeida,

que pensa no ambiente com a obra de

arte inserida nele e não como muitos

outros, que enxergam as obras de arte

apenas como objetos decorativos. Mas

no geral, sinto que há uma busca dos

arquitetos por mais conhecimento,

educação para a arte.

decor: O crescimento do setor de

construção civil e decoração tem

impactado diversos segmentos, inclusive o

das artes. Que reflexos esta expansão

trouxe para a sua carreira?

Rodrigo: Acho que para minha carreira o

reflexo não é tão importante, pois ela se

consolidou a partir de outras bases.

Agora algumas construtoras promovem

intervenções ditas artísticas na cidade

que, na minha opinião, não acrescentam

nada, não trazem nenhum benefício.

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decor: Quais são suas principais referências nas artes

plásticas em Goiás, no Brasil e em outros países?

Rodrigo: Siron Franco, os pós-impressionistas Paul

Gauguin, Cézanne, Van Gogh e Henri Matisse,

fauvismo, Grupo Cobra - principalmente Karel

Appel, e neoexpressionismo, Flávio de Carvalho e

Jorge Guinle.

decor: Você atua também como educador de crianças.

Qual a importância da formação artística para elas?

Rodrigo: Acredito que nenhum ser humano possa

crescer por inteiro sem receber elogios. Essas

crianças dentro da sala vivenciam o processo criativo

de um ateliê, se expressam de uma forma não

repressora. Crianças que são menosprezadas pela

família, que tem problemas com outras disciplinas e

de comportamento, no ateliê redescobrem o prazer

do aprendizado, se tornam mais afetivos e

interessados, aumentando sua alto estima, com

reflexo direto na escola e em casa.

decor: Na sua opinião, qual o melhor

encontro entre a artes plásticas e o design?

Rodrigo: No respeito.

decor: Além das telas, você tem investido

em outros suportes para sua arte. De que

forma se dá a concepção deste trabalho?

Rodrigo: A princípio existe uma busca por

materiais que são encontrados na rua,

comprados ou ate mesmo doados por

amigos. Existe um tempo de maturação

desse material em meu ateliê até a minha

compreensão do destino final da obra.

O arquiteto deve pensar no

ambiente com a obra de arte

inserida nele e não enxergar as obras de arte

apenas como objetos decorativos. No geral,

sinto que há uma busca dos arquitetos por

mais conhecimento, educação para a arte

d

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Diretor ResponsávelBruno Brasil

Direção TécnicaSandra Camargo

Diretor AdministrativoVitor Berquó

Jornalista ResponsávelAnna Canêdo (MTB/GO 1275JP)

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Supervisão de MarketingGoya Editora e Publicidade

Assessoria JurídicaRenata Rangel

ColaboraçãoFotografia: Pedro Morais e Ivan Erick

Impressão e AcabamentoGráfica Talento

Tiragem desta edição: 10.000 exemplares

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decorarquitetura & interiores

(62) 3095-1612(62) 7813-0878

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TALENTOaplicar na gráfica

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