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Governador do EstadoJosé Serra

Secretário de Gestão PúblicaSidney Estanislau Beraldo

Secretário-AdjuntoMarcos Antônio Monteiro

Chefe de GabineteFelisa Gallego

CoordenadoresIvani Maria Bassotti

(Unidade Central de Recursos Humanos)Carlos Leony Fonseca da Cunha

(Unidade de Desenvolvimento e Melhoria das Organizações)Aldo Fábio Garda

(Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação)

Companhia de Processamento de Dados do Estado de São paulo (Prodesp)Diretor-Presidente

Mário Bandeira

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)Superintendente

Latif Abrão Júnior

Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap)Diretor Executivo

Geraldo Biasoto Junior

Coordenação Geral: Gisela Antakly MartinezTexto: Vanya Mundin Sant’Anna

Projeto Gráfico: FSB DesignColaboradores: Cláudio Cintrão Forghieri, Sandra Nascimento,

Alexandre Zamboni Tebechrani, Leila Barbur, Sonia Lopes Metring, Renato Brizzi Martins, Carlos Alberto Jesus Barreira, Maria Fernanda Bittencourt e Alethéia Rocha Barbosa.

Secretaria de Gestão PúblicaRua Bela Cintra, 847 – Consolação 01415-000 São Paulo, SP

Telefone: 11 3218 6000 www.gestaopublica.sp.gov.br www.secretariadegestao.blogspot.com

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sumário

Apresentação6

As Ações da SGP

Observações Finais

4957

O Estado de São Paulo e a Administração Pública19

Governo e Sociedade11

Anexo 58

A Secretaria de Gestão Pública25

A Ciência da Administração no Brasil15

As Entidades Vinculadas à SGP43

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201066 RELATóRIO DE GESTãO 2007-2010

dentre as obrigações de um dirigente da administração pública constam o registro e a publicação das circunstâncias que viveu no exercício de suas funções. Em parte, porque deve prestar conta de suas ações aos cidadãos, à sociedade em geral. De outra parte, para que seja possível aos que virão a ocupar o mesmo cargo, o conhecimento da experiência acumulada, tanto as ações que alcançaram resultado pleno, como aquelas que estão a caminho de se realizarem.

Em 2006, na fase de transição entre a vitória eleitoral e a instalação do atual Governo, foi criada uma Comissão de Transição, da qual participei, como convidado, de algumas reuniões, ao lado de outros e mais ilustres companheiros. Nas diversas sessões nas quais o trabalho se desenvolveu, reiterou-se a grande importância da dimensão administrativa do governo, da gestão governamental, a merecer um cuidado especial como a institucionalização de uma área específica dedicada ao tema.

Na esfera federal, desde 1995, aconteceram avanços importantes na profissionalização dos gestores públicos. A criação de carreiras específicas providas mediante concurso, a capacitação técnica dos aprovados antes que assumissem os cargos, e boas condições de trabalho e de remuneração foram medidas importantes que poderiam ser adotadas pelo Governo paulista que se iniciava.

Essas idéias prosperaram na Comissão e junto ao futuro Governador, que tomou a decisão de criar a Secretaria de Gestão Pública, convidando-me para ser seu primeiro titular. Aceitei o encargo com a plena consciência de sua importância e das dificuldades que encontraria. No decorrer de minha vida, tive inúmeras oportunidades de confrontar fortes desafios e, assim, na boa companhia de profissionais da área pública, os mais gabaritados e dedicados, iniciou-se mais essa caminhada.

Com essa publicação, partilhamos nosso trabalho com todos aqueles que fazem da causa pública sua razão de existir, seja na prática estritamente política, seja na função de gestores públicos. Essa experiência singular de construir o caminho já caminhando sobre ele.

Superamos a falta inicial de orçamento - eis que a Secretaria de Gestão Pública foi criada depois da aprovação da Lei Orçamentária -, ausências iniciais de espaço e de equipamentos adequados e contamos com uma equipe pequena no número, mas que se revelou multiplicada na ação. Desde os primeiros dias, tarefas importantes e urgentes se colocavam antes mesmo que estivéssemos organizados.

aprEsENTaÇÃo

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 77SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA

S E C R E T á R I O D E E S T A D O D E G E S T ã O P ú B L I C A

sidney Estanislau Beraldo

Assumimos duas importantíssimas áreas da Casa Civil, a Unidade Central de Recursos Humanos e a de Desenvolvimento e Melhoria das Organizações, ao mesmo tempo em que efetuávamos o recadastramento do pessoal do Estado, reduzíamos o número de cargos de confiança, criávamos a Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação, e se organizava a própria Secretaria.

Incorporar à gestão pública metodologias e técnicas modernas, como o planejamento estratégico, e torná–la passível de avaliação por resultados, com a adoção de metas e indicadores, foram e ainda são nossas prioridades.

Tivemos muitos êxitos, entre eles a criação da carreira de Especialista em Políticas Públicas, a certificação ocupacional, a promoção dos servidores com base em seus méritos e a bonificação por resultados, os quais são instrumentos de gestão da maior relevância para o avanço da Administração Pública Paulista.

Distribuir de forma mais equitativa os ganhos de conhecimento para os servidores em todo o Estado foi uma preocupação central e que agora se materializa em programas de educação à distância (EAD) como o tecReg – Tecnologia para Rede das Escolas de Governo. Além do uso da tecnologia para expandir o acesso, o programa se destaca também pela utilização de conteúdo específico para EAD, desenvolvido pela Fundap.

A reestruturação da Prodesp, que ampliou seu foco no cliente, resultou na consolidação da Intragov e no fortalecimento e ampliação da estrutura de comunicação de todo o Estado.

Integrar regionalmente as diversas áreas do governo para maior eficácia no planejamento de suas ações, considerando interesses locais, é meta de longo prazo que levamos adiante e começa a se concretizar. Não menos importantes são os progressos para racionalização das práticas de aquisição de suprimento e para tornar as Ouvidorias instrumentos de gestão. Também foi fundamental o estabelecimento do Acordo de Resultados com o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, Iamspe, por representar um grande avanço no contínuo aperfeiçoamento dos meios de gestão governamental.

É este o objetivo dessa publicação: registrar uma experiência de governo vivida por uma equipe de gestores do mais alto nível, em consonância às melhores práticas e técnicas administrativas. Trata-se de permitir que novos gestores possam dela retirar ensinamentos e lições para a tarefa continuada de elevar, sempre e mais, os níveis técnicos da Administração Pública Paulista.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-20108

o EsTado dE sÃo paulo

248.600 km2área

IBGE 2009

IBGE

41.384.039população

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 9

Números importantes do estado de SãoPaulo

são paulo

SEADE 2007

R$ 902.784.000.000pIB

Secretaria da Fazenda

R$ 125.705.696.614orçamento 2010

SEADE 2007

R$ 22.667,30pIB per capIta

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-20101010 RELATóRIO DE GESTãO 2007-2010

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 1111SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA

GovErNo E sociEdadE

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201012

a história das sociedades se confunde com a instituição do Governo. Em algum momento da história da humanidade, surgiu a necessidade de um mínimo de organização coletiva para que fosse possível alcançar e manter as duas condições essenciais para a existência do ser humano – o respeito à vida, a própria e a do outro, e a satisfação das necessidades básicas de cada um. Desde as origens da história do pensamento, registrada oralmente, por ícones ou escrita, apresentam-se diversas explicações para a origem das sociedades. Não seria o caso de enumerar aqui teorias religiosas, fetichistas ou mágicas. Ficaremos nos tempos modernos.

O conceito de governo, tal como compreendido modernamente, tem por alicerces as teorias contratualistas dos séculos XVII e XVIII, ainda paradigmáticas na Teoria Política. Os três principais teóricos do Estado Moderno – Hobbes, Locke e Rousseau, ao explicarem suas concepções da relação Estado e Sociedade, construíram a base

do que hoje denominamos governo. Também não é o caso de aqui expor as teorias dos três autores, fundadores da própria Ciência Política, mas enfatizar a idéia, comum a todos, da “necessidade” da constituição do governo como garantia de continuidade da ordem de uma sociedade e ferramenta indispensável na manutenção da paz e da prosperidade para sua população.

Das teorias clássicas que acabaram por desaguar na democracia liberal, devem ser retidas duas idéias: 1) ao instituir o governo, as sociedades estabelecem um pacto, ou contrato com os governantes, pelo qual estes devem garantir à sociedade, no mínimo, as condições para uma vida segura e de prosperidade crescente. O processo histórico desdobrou essas “obrigações” em diversos campos de atuação à medida da crescente complexidade da vida social; 2) a idéia do bom governo, quando sua legitimidade está diretamente relacionada à expectativa, por parte da sociedade, de um governo voltado aos interesses sociais da

12 RELATóRIO DE GESTãO 2007-2010

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 1313SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA

maioria da população, deixando de ser monopólio do círculo dos poderosos.

Todavia, foi no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, que a ação de governar foi conduzida a um processo de complexidade crescente, em função da ampliação da cidadania, da incorporação das massas ao jogo político e da possibilidade de representação de interesses divergentes. A democracia, que nas últimas duas décadas do século passado parece ser um processo irreversível do lado de cá do Ocidente, requer formas cada vez mais eficientes de governar.

A formulação explícita de políticas de governo é requisito da democracia e da eficiência governamental. Um regime fechado pode governar de modo negativo, ou seja, sem explicitar políticas afirmativas, atuando pela imposição de metas que contemplem os interesses da minoria no poder, negando direitos e ignorando demandas da maioria. Nós, brasileiros, latino-americanos,

conhecemos sobejamente esse processo. O desenvolvimento das sociedades ocidentais oscilou, no século XX, entre duas formas alternativas de governo – a totalitária (ou sua forma atenuada no autoritarismo) e a liberal-democrática. Mais liberal ou mais democrática conforme o caráter das diversas sociedades.

A história da sociedade brasileira tem oscilado, de diversas formas, entre as duas alternativas. Tudo leva a crer que, nessas duas últimas décadas, a democracia liberal tenha se estabelecido de forma permanente no solo do Brasil.

Um governo democrático, no qual exista pleno reconhecimento da igualdade de direitos e oportunidades, exige, fortemente, técnicas complexas de governo. Conhecer e reconhecer a realidade sobre a qual se governa e buscar respostas para demandas, as mais diversas, requerem o desenvolvimento crescente dos meios de governar.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201014

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 15

a ciêNcia da admiNisTraÇÃo No Brasil

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201016

na primeira metade do século XX, estudiosos da área de organização do trabalho propuseram procedimentos, técnicas e estruturas que se desdobraram em diversos formatos organizacionais e relações de trabalho para a Administração Pública. Dentre eles se destacaram Taylor, Fayol e Mayo*.

As propostas básicas de Taylor - planejamento, padronização, especialização, controle e remuneração produziram importantes consequências sociais e culturais a partir de sua aplicação, pois representavam total alienação dos trabalhadores em relação à produção e anulavam a solidariedade grupal vigente no tempo da produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, é forçoso admitir que representaram um grande avanço para a organização do processo de produção em massa.

Paralelamente aos estudos de Taylor, o francês Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração Científica só conheceram a obra de Fayol quando foi publicada nos Estados Unidos. Fayol relacionou catorze princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor. As funções precípuas da gerência administrativa, como Planejar, Comandar, Organizar, Controlar e Coordenar, o exaustivamente estudado nas escolas de Administração “PCOCC”, são os fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol.

Elton George Mayo criou a Teoria das Relações Humanas, desenvolvida a partir de 1940 nos Estados Unidos e que, mais recentemente, com a inclusão de novas idéias, recebeu o nome de Teoria

do Comportamento Organizacional. Consistiu, basicamente, num movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração, com ênfase nas pessoas. Trazia em sua origem a necessidade de humanizar e democratizar a administração; o desenvolvimento das chamadas ciências humanas (psicologia e sociologia); as idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin e as conclusões do Experimento de Hawthorne (Mayo et alli), que demonstraram haver forte correlação entre aspectos qualitativos (ou subjetivos) das condições de trabalho e a produtividade dos funcionários.Em 1932, quando a experiência foi suspensa, estavam delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o nível de produção como resultante da integração social; o comportamento social do empregado; a formação de grupos informais; as relações interpessoais; a importância do conteúdo do cargo e a ênfase nos aspectos emocionais.

A partir de 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, preocupada em integrar as teorias das diferentes escolas acima enumeradas, que teve início com a Teoria da Burocracia de Max Weber, que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos fins, para que se obtenha o máximo de eficiência. Convém citar ainda a Teoria de Sistemas desenvolvida a partir de 1970, que passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve, e a Teoria da Contingência, desenvolvida no final da década de 1970. Para essa teoria, a empresa e sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, na medida em que o meio ambiente muda, também ocorrem mudanças na organização e na sua administração.

* As anotações sobre Taylor, Fayol e Mayo foram retiradas de: Lucinda Pimentel Gomes, em texto publicado no Informativo Mensal do CRA/CE, CRA em Ação, Ano 1- Nº. 07- Agosto/Setembro de 2005

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 17SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA

Assim, os princípios fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e, acima de tudo, a teoria weberiana, foram e serão sempre os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência da Administração. Ainda que radicados no setor produtivo da economia, tais princípios e o paradigma weberiano foram introduzidos na Administração Pública de modo mais forte e permanente, como nos casos da França eInglaterra ou de modo mais fluido, como nos Estados Unidos da América.

A história da Ciência da Administração no Brasil iniciou-se em 1931, com a fundação do Instituto da Organização Racional do Trabalho - IDORT. Em meados do mesmo ano, foi fundado o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP.

Por este órgão foi criada a Escola de Serviço Público, que enviava técnicos de Administração aos Estados Unidos para a realização de cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese. Os conhecimentos e as ações desenvolvidas porestes especialistas, no seu retorno ao país, fizeram deles pioneiros da Administração noBrasil como profissionais.

A criação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), deve ser consideradaa pedra fundamental na qualificação crescente de quadros técnicos para a alta administração brasileira, privada e pública. Em 1968 foi criado o curso de Administração Pública na EAESP, mediante convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e a FGV, o que representou um avanço importante na multiplicação de talentos para a gestão governamental.

A organização governamental em quase todo o século XX, ao incorporar princípios da esfera privada, se voltou para dentro dela própria, ou seja, para instituir meios, procedimentos e estruturas como um fim em si mesmo. Processo necessário, não suficiente. É contemporânea a questão de saber o para quê existe governo. A percepção da dimensão fiscalista tem sido permanente, mesmo antes da separação entre público e privado.Vale afirmar que as sociedades tornaram-se conscientes do fato de que repassam aos governos parte da riqueza que produzem e que, portanto, o governo precisa responder, cabalmente, às demandas sociais.

Nos tempos de agora é imperiosa a necessidade de conhecer os resultados que um determinado governo alcança e se esses resultados respondem às necessidades sociais. Significa dizer que, para a sociedade, o governo tem valor na medida em que sua eficiência é comprovada pela justa relação entre os produtos que entrega à sociedade, os recursos neles empregados e seus impactos sobre a vida social.

Nos últimos 15 anos aconteceram ganhos de escala quanto à produção de importantes melhorias na gestão pública em nosso país e no estado de São Paulo. São exemplos do grau de abrangência das iniciativas*: valorização do planejamento, não mais de forma ritual; elaboração do orçamento público com base em Planos Plurianuais; programas de qualidade do gasto público; reorientação da gestão para resultados; transparência e controle social; aperfeiçoamentos no ordenamento jurídico; informatização de processos, e novos enfoques em gestão de recursos humanos (concursos, carreiras, treinamento, avaliação de desempenho).

* Inventário das Principais Medidas para Melhoria da Gestão Pública no Governo Federal Brasileiro, Caio Marini, 2009

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201018

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o EsTado dE sÃo paulo E a admiNisTraÇÃo púBlica

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201020

o governo de são paulo atua em estado da federação com 41 milhões de habitantes, correspondendo a 22% da população nacional e responsável pela geração de 34% do Produto Interno Bruto do Brasil.

Trata-se do estado responsável por 44% da produção nacional de veículos automotores; 43% do valor nacional da transformação industrial; 42% da capacidade de refino de petróleo e 59% da produção nacional de álcool, num ambiente de moderna economia que conta, inclusive, com uma das cinco maiores bolsas de valores do mundo.

A participação da Administração Pública Estadual neste contexto de alta vitalidade econômica é fundamental para a atualização e expansão da infraestrutura necessária ao desenvolvimento econômico-social da região e do País, bem como para a prestação de serviços públicos essenciais ao bem-estar de toda a população, incluindo educação, saúde e segurança, entre outros.

A organização pública sob a gestão do Governo do Estado de São Paulo compreende mais de 700 mil servidores, atuando nos diversos órgãos do poder executivo, organizados em 25 Secretarias de Estado voltadas, direta e indiretamente, para o bem-estar dos cidadãos, razão precípua da existência do Estado nas democracias modernas.

Para a realização das atividades atribuídas aos diversos setores do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, o Governo do Estado de São Paulo gerencia um orçamento anual que, no exercício de 2009, alcançou o valor de R$ 118,2 bilhões, correspondente a cerca de 13% do PIB estadual. Desse total, R$ 15,7 bilhões destinaram-se a investimentos, R$ 42,5 bilhões às despesas com pessoal e R$ 25,1 bilhões ao custeio, além R$ 23,9 bilhões de transferências a municípios.

Para o exercício de 2010, a lei orçamentária fixou o total de despesas em R$ 125,7 bilhões, incluindo 16,7 bilhões para investimentos, R$ 45,4 bilhões para as despesas com pessoal e R$ 27,4 bilhões para custeio, acrescidos ainda de R$ 24,9 bilhões para as transferências aos municípios paulistas.

Estes valores de investimentos acima referidos não incluem o investimento adicional das empresas estatais em 2009, da ordem de R$ 5,6 bilhões, realizado sem o repasse de recursos do Estado, investimento que deve se repetir em 2010.

Voltada à gestão de pessoas, desenvolvimento de processos e incorporação tecnológica desta megaorganização, a Secretaria de Gestão Pública assumiu a missão de fortalecer a capacidade de governar, promovendo modernização e inovações, desenvolvendo competências e implantando tecnologias voltadas à eficácia e à eficiência governamental, tendo como foco as necessidades dos cidadãos a serem providas pelo poder público estadual.

Mostraremos, a seguir, a evolução da estrutura do Governo paulista, entre o ano de 1891 até agora. É possível inferir deste conjunto de informações que a criação de novos órgãos na estrutura do Governo paulista ocorreu na medida em que a sociedade se desenvolvia e passava a demandar ações de governo em novos setores da atividade social, assim como para abrigar novos processos internos à própria Administração. Em alguma ocasião, é provável, mudanças podem ter acontecido como sinalizadoras de atendimento a demandas políticas.

O critério para a cronologia está referido às diversas etapas históricas do período republicano: Primeira República (1891-1930); Segunda República - depois da Revolução de 1930 (1931-1935); Governo Vargas, período constitucional e Estado Novo (1936-1946); Quarta República (1947-1964); Ditadura Militar: antes e depois do Ato Institucional n.º5 (1965-1969 e 1970-1980); Nova República, com destaque para o primeiro governo depois do retorno às eleições diretas para governador (1981-1985, 1986-1994 e 1995-2006) e a atual gestão (2007-2010). As listas correspondem à situação vigente no Governo do Estado no último ano dos períodos considerados.

No ponto inicial o governo restringia sua atuação aos campos da economia, de obras públicas, da segurança e das finanças públicas. Com o tempo, abrigou as áreas da Educação e Saúde e foi ampliando seu escopo, em correspondência com os reclamos da sociedade.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 21

* Informações obtidas junto à equipe responsável pelo projeto institucional da Fundap: “Perfil da Administração Pública Paulista”

Evolução da administração pública paulista na Era republicana

1931 a 1935Secretaria da Agricultura, Indústria e ComércioSecretaria da Educação e Saúde PúblicaSecretaria da JustiçaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Viação e Obras PúblicasSecretaria da Fazenda e do Tesouro

1891 a 1930 Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio Secretaria do Interior Secretaria da Justiça (Secretaria da Justiça e da Segurança Pública) Secretaria da Fazenda (Secretaria da Fazenda e do Tesouro) Secretaria da Viação e Obras Públicas

1936-1946Secretaria da FazendaSecretaria da Agricultura, Indústria E ComércioSecretaria da Viação E Obras PúblicasSecretaria da Educação E da Saúde PúblicaSecretaria da Justiça E do InteriorSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria do Governo

1947-1964Secretaria da FazendaSecretaria da AgriculturaSecretaria do Trabalho, Indústria e ComércioSecretaria dos Serviços e Obras PúblicasSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da Saúde Pública e da Assistência SocialSecretaria da Justiça e do InteriorSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria do Governo

1965 a 1969Secretaria da FazendaSecretaria da AgriculturaSecretaria do Trabalho e AdministraçãoSecretaria dos Serviços e Obras PúblicasSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da Saúde Pública Secretaria do InteriorSecretaria da Justiça Secretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Promoção SocialSecretaria da Economia e PlanejamentoSecretaria da Cultura, Esportes e TurismoSecretaria da Casa Civil

1970 a 1980Secretaria da FazendaSecretaria da AgriculturaSecretaria da AdministraçãoSecretaria das Relações do TrabalhoSecretaria de Obras e do Meio AmbienteSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da SaúdeSecretaria do InteriorSecretaria da JustiçaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Promoção SocialSecretaria de Economia e PlanejamentoSecretaria dos Negócios MetropolitanosSecretaria da CulturaSecretaria da Indústria, Comércio, Ciência e TecnologiaCasa CivilSecretaria de Informação e ComunicaçõesSecretaria de Esportes e Turismo

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201022

1981 a 1985Secretaria da FazendaSecretaria da Agricultura e AbastecimentoSecretaria da AdministraçãoSecretaria das Relações do TrabalhoSecretaria de Obras e do Meio AmbienteSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da SaúdeSecretaria do InteriorSecretaria da JustiçaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Promoção SocialSecretaria de Economia e PlanejamentoSecretaria dos Negócios MetropolitanosSecretaria da CulturaSecretaria da Indústria, Comércio, Ciência e TecnologiaSecretaria do GovernoSecretaria de Esportes e TurismoSecretaria Extraordinária de Descentralização e ParticipaçãoSecretaria Executiva da Habitação

1986 a 1994Secretaria da FazendaSecretaria de Agricultura e AbastecimentoSecretaria da Administração e Modernização do Setor PúblicoSecretaria das Relações do TrabalhoSecretaria de EnergiaSecretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e ObrasSecretaria do Meio AmbienteSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da SaúdeSecretaria da Justiça e da Defesa da CidadaniaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Administração PenitenciáriaSecretaria da Criança, Família e Bem-Estar SocialSecretaria de Planejamento e GestãoSecretaria da CulturaSecretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento EconômicoSecretaria do GovernoSecretaria de Esportes e TurismoSecretaria da Habitação Secretaria dos Transportes Metropolitanos

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 23

2007 – 2010Secretaria do Meio AmbienteSecretaria do Saneamento e EnergiaSecretaria dos Transportes MetropolitanosSecretaria dos TransportesSecretaria da Agricultura e AbastecimentoSecretaria do Emprego e Relações do TrabalhoSecretaria de ComunicaçãoSecretaria da Casa Civil Secretaria de Gestão PúblicaSecretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento SocialSecretaria da Saúde Secretaria da EducaçãoSecretaria da Justiça e da Defesa da CidadaniaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Administração PenitenciáriaSecretaria da HabitaçãoSecretaria de Economia e PlanejamentoSecretaria da FazendaSecretaria da CulturaSecretaria de DesenvolvimentoSecretaria de Ensino SuperiorSecretaria de Esporte, Lazer e TurismoSecretaria de Relações InstitucionaisSecretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência

1995 a 2006Secretaria da FazendaSecretaria da Agricultura e AbastecimentoSecretaria do Emprego e Relações do TrabalhoSecretaria de Energia, Recursos Hídricos e SaneamentoSecretaria dos Transportes MetropolitanosSecretaria da Casa Civil Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento SocialSecretaria dos TransportesSecretaria da EducaçãoSecretaria da Saúde Secretaria da Justiça e da Defesa da CidadaniaSecretaria da Segurança PúblicaSecretaria da Administração PenitenciáriaSecretaria da HabitaçãoSecretaria de Economia e PlanejamentoSecretaria da CulturaSecretaria da Ciência,Tecnologia e Desenvolvimento EconômicoSecretaria de TurismoSecretaria da Juventude, Esporte e LazerSecretaria do Meio Ambiente

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201024

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 25

a sEcrETaria dE GEsTÃo púBlica

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201026

A atual Secretaria de Gestão Pública tem sua origem em 1968, na remota Secretaria do Trabalho e Administração, que instituía atribuições no âmbito da administração de pessoal e de materiais, além de tratar dos aspectos do trabalho em geral, público e privado, no estado. Dada a importância crescente dos temas específicos da Administração Pública, foi criada, em 1975, a Secretaria dos Negócios da Administração, com atribuições relativas aos assuntos de pessoal e materiais da Administração Pública estadual, tendo sido vinculados a esta pasta o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo – IPESP e o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual – Iamspe.

Em 1991, aquela Secretaria teve seu âmbito de ação ampliado, passando a se denominar Secretaria da Administração e Modernização, quando foram introduzidas explicitamente na agenda de trabalho as questões referentes à modernização das estruturas de governo.

Ela viria a ser reorganizada em 1998 e, posteriormente, extinta por meio de lei em 1999, quando suas atribuições foram transferidas para outros órgãos do executivo estadual, notadamente para a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica e, em seguida, para a Secretaria da Casa Civil.

Em dezembro de 2006, foi criada a atual Secretaria de Gestão Pública, com amplas atribuições nos campos da transformação da gestão pública e melhoria da qualidade dos serviços públicos; formulação e controle da política de recursos humanos do Estado; desenvolvimento de tecnologia; formação de servidores; coordenação e gerenciamento dos programas Poupatempo e Acessa São Paulo e coordenação de matérias afetas às comunicações e à Internet do Governo do Estado. Desde a sua criação a Secretaria de Gestão Pública teve suas atribuições progressivamente ampliadas, desempenhando atualmente atividades também voltadas ao planejamento e controle dos recursos de tecnologia da informação e comunicação (TIC) no âmbito de todos os órgãos do executivo, em sintonia com as diretrizes definidas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.

Posteriormente, a pasta incorporou a Comissão de Centralização das Informações dos Serviços Públicos do Estado e respectivas atividades voltadas à defesa dos Usuários de Serviços Públicos e à implantação das Ouvidorias e Comissões de Ética.

Os temas referentes à Administração Pública, suas origens e formas de gestão, vêm sendo tratados no Estado de São Paulo de acordo com as percepções da sociedade e dos governantes ao longo do tempo, implicando ampliação de conceitos, desenvolvimento de tecnologias e novas formas de gestão.

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Neste tópico, são apresentadas as principais atribuições relacionadas à Gestão Pública referidas às Secretarias que, ao longo do tempo, delas se ocuparam. Os textos dos decretos aqui relacionados encontram-se no Anexo.

1. DECrETo Nº. 51.187, de 26 de Dezembro de 1968

Transformou a Secretaria do Trabalho, Indústria e Comércio em Secretaria do Trabalho e Administração definindo atribuições e estrutura.

2. DECrETo Nº. 5.928, de 15 de Março de 1975

Alterou a denominação da Secretaria do Trabalho e Administração, que passou a denominar–se Secretaria de Estado dos Negócios da Administração, separando as atribuições referentes às relações de trabalho para a então criada Secretaria do Estado de Relações do Trabalho.

A medida considerou que a Secretaria do Trabalho e Administração, com a estrutura anterior, compreendia duas áreas distintas de atuação funcional, a primeira correspondendo à administração de pessoal e material e, a segunda, à de valorização do trabalho. A experiência evidenciou a necessidade de separação dessas áreas, para que pudessem ser desenvolvidas com maior eficiência.

A separação das duas Secretarias, à exceçãoda transferência das atribuições afetas às relaçõesdo trabalho em geral, não implicou alterações

de atribuições referentes a pessoal e materiaisdo Estado, nem de estrutura básica daentão renomeada Secretaria de Estado dosNegócios da Administração.

3. DECrETo Nº 33.137, de 15 de Março de 1991

Alterou a denominação da Secretaria da Administração para Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público. Em que pese a referência ao conceito de modernização, este decreto não detalhou novas atribuições, nem reviu as atribuições antes vigentes. Definiu, no entanto, a vinculação da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Prodesp a essa pasta. Tratou-se apenas de alteração de nomenclatura e vinculação.

4. DECrETo Nº 42.816, de 19 de janeiro de 1998

Reorganizou a Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, estabelecendo também para a pasta a atribuição de desenvolver a política de modernização do serviço público, em adição às funções anteriormente existentes e agora detalhadas e expandidas.

Referência importante foi feita também ao desenvolvimento de tecnologia administrativa e à formação de executivos públicos.

Na área de administração geral, foram detalhadase expandidas as funções referentes à administração de materiais.

Evolução das Funções e Estruturas da secretaria de administração (1968 a 2007)

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201028

5. DECrETo Nº 43.880, de 9 de Março de 1999

Desativou a Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, extinguiu certas unidades e transferiu suas funções para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica. Não houve expansão ou redução de atribuições, nem de estruturas operacionais voltadas às atividades-fim.

6. LEI Nº 10.341, de 16 de julho de 1999

Consistente com o Decreto nº 43.880, procedeu à extinção da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, antesdesativada, extinguindo também os cargos superiores do gabinete.

7. DECrETo Nº 44.723, de 23 de fevereiro de 2000

Reorganizou a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica de modo a recepcionar adequadamente as funções recebidas da extinta Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, redefinindo sua estrutura interna.

8. DECrETo Nº 47.566, de 1º de janeiro de 2003

Alterou a denominação da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica para Casa Civil, mantendo todas as suas funções, atribuições e unidades organizacionais relacionadas às atividadesde recursos humanos, materiais e informática,entre outras.

A assim criada Casa Civil, com status de Secretaria, incorporou também as atribuições antes referidasao órgão denominado Casa Civil, diretamenteligado ao gabinete do Governador.

9. DECrETo Nº 49.529, de 11 de abril de 2005

Reorganizou a Casa Civil com a incorporaçãode algumas outras atribuições antes referidasa órgão do gabinete do Governador.

No âmbito desta iniciativa, foi criada aSubsecretaria de Gestão e Recursos Humanos, contendo, entre outras, a Unidade Central de Recursos Humanos e a Unidade deDesenvolvimento e Melhoria das Organizações,que tiveram importante papel no fortalecimento dessas funções, com efeitos, inclusive, no delineamento das estruturas posteriormente criadas, como se verá mais adiante.

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a criação da secretaria de Gestão pública

Decorridos cerca de oito anos desde a extinção da Secretaria de Administração e Modernização do Serviço Público, a Lei Nº. 12.474, de 26 de dezembro de 2006, criou a Secretaria de Gestão Pública (SGP) para absorver as antigas atribuições daquela pasta, transferidas, à época, para a Secretaria do Governo e Gestão Pública. A Lei procedeu à revisão e ampliação daquelas funções, como pode ser lido no decreto referente à organização básica da nova pasta.

O Decreto Nº. 51.460, de 1º de janeiro de 2007, promoveu alterações de denominação e transferências de órgãos e atribuições entre Secretarias, definindo a organização básica da Administração Direta e entidades vinculadas.

No caso específico da Secretaria de Gestão Pública, foram transferidas, de pronto, as unidades, anteriormente na Casa Civil, voltadas a recursos humanos e modernização, bem como certas competências desta Secretaria. Esse foi um decreto próprio do período de transição estrutural, voltado à viabilização dos trabalhos logo no início do novo exercício, em paralelo com o decreto de organização da Secretaria de Gestão Pública editado naquele mesmo dia.

Foram transferidos bens, equipamentos, cargos etc. da Casa Civil para a SGP: a Unidade Central de recursos Humanos; a Unidade de Desenvolvimento e Melhoria das organizações; as competências relativas aos programas Poupatempo e Acessa São Paulo, ambiente Internet do Governo do Estado, dentre outras.

O Decreto Nº. 51.463, de 1º de janeiro de 2007,foi o mais importante para fins de organização da atual Secretaria de Gestão Pública, tratando de

todos os aspectos de atribuições funcionais, competências e estrutura interna. O artigo 3º deste decreto definiu um amplo campo funcional para a Secretaria, com destaque para a melhoria dos serviços públicos, política de recursos humanos, informática e Internet:

1. coordenação da formulação e controle da execução das Políticas para transformação da gestão pública e melhoria da qualidade dos serviços da Administração Pública Estadual;

2. formulação e controle da execução da Política de recursos Humanos do Estado;

3. coordenação e gerenciamento do Poupatempo - Programa do Governo do Estado de São Paulo, instituído pela Lei Complementar nº 847, de 16 de julho de 1998;

4. coordenação, acompanhamento e controle:

a. das matérias relacionadas com o ambiente Internet do Governo do Estado, instituído pelo Decreto nº 42.907, de 4 de março de 1998;

b. do Programa Acessa São Paulo, instituído pelo Decreto nº 45.057, de 11 de julho de 2000;

c. de outros sistemas e programas compatíveis com o escopo da Secretaria de Gestão Pública, que vierem a ser implantados;

d. da formulação de diretrizes e o controle das atividades de informática da Administração Pública Estadual.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201030

A figura abaixo representa, de modo esquemático, a nova Secretaria.

A estrutura básica da Secretaria de Gestão Pública - SGP foi desenhada da seguinte forma:

I Gabinete do Secretário;

II Unidade Central de recursos Humanos - UCrH;

III Unidade de Desenvolvimento e Melhoria das organizações - Udemo;

IV Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação - UTIC. (Criada um pouco mais tarde, pelo Decreto 51.766, de 19-04-2007, ampliando a estrutura básica da SGP)

As seguintes entidades foram vinculadas à SGP:

1. Fundação do DesenvolvimentoAdministrativo - Fundap2. Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - Prodesp3. Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual – Iamspe (fevereiro 2008)

Também foram transferidos, da Secretaria da Saúde para a Secretaria de Gestão Pública, a Comissão de Assuntos de Assistência à Saúde e o Departamento de Perícias Médicas do Estado. A medida permitiu concentrar na Secretaria de Gestão Pública algumas atribuições e órgãos relacionados à saúde dos servidores, antes referidas à Secretaria da Saúde.

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a organização da secretaria de Gestão pública

Uma vez estabelecidas as bases estruturais e legais da Secretaria de Gestão Pública, o trabalho imediato concentrou-se na sua organização de fato, bem como na tradução de seus compromissos em atos efetivos.

Um dos axiomas dessa tarefa se estabeleceu a partir da consideração de que a maior riqueza dos governos é seu capital intelectual formado pelos servidores, tanto os que atendem diretamente aos cidadãos, quanto os que garantem meios e modos para que isto se dê da melhor forma possível. Outro, foi que a nova Secretaria deveria se tornar o lócus para a formulação de inovações, tanto nas estruturas, quanto nos procedimentos, para agregar valor à administração do governo como um todo. O terceiro axioma partiu do comum entendimento, pelo conjunto do governo, da importância de criar um espaço que funcionasse como linha de fronteira para a percepção e adoção de novas tecnologias e metodologias de valor para seu exercício.

A Secretaria de Gestão Pública, do modo como foi instituída em 2006, tanto se volta para o interior da Administração Pública Paulista, quanto atende aos cidadãos, em geral mediante os programas a ela vinculados. Formula e acompanha a execução das políticas para a transformação da gestão pública e para melhoria da qualidade dos serviços da Administração Pública Estadual.

A Secretaria trata, principalmente, do conjunto dos servidores públicos nas mais diferentes áreas de atuação. Do contínuo aprimoramento de suas capacidades, das estruturas de suas carreiras, da valorização de seus ganhos salariais, da qualidade das suas condições de vida e trabalho. Tem sob sua responsabilidade um formidável contingente de mais de 700 mil profissionais que, em sua maior parte, se dedicam ao atendimento

das necessidades primordiais da cidadania, em especial, educação, saúde e segurança.

Com a responsabilidade de realizar a gestão de pessoas de todas as áreas da Administração estadual, envolvendo sistemas de carreiras e remunerações, bem como de prover capacitação e desenvolvimento de competências, a Secretaria de Gestão Pública também assumiu os compromissos de implantar estruturas e processos modernos e adequados à realidade e aos desafios contemporâneos.

A Pasta tem um papel integrador e contribui para a modernização, eficácia e eficiência da atuação governamental, por meio de assessoramento, planejamento, coordenação, supervisão, orientação técnica, controle, execução e avaliação em nível central.

Para desempenhar de fato este papel a nova Secretaria, já de início, começou a se estruturar em conformidade com as melhores práticas de gestão pública. O primeiro passo foi o alinhamento estratégico de seus componentes – pessoas, estruturas e processos.

No caminho para aperfeiçoar sua própria atuação e intensificar a sinergia com as demais entidades do Estado e cidadãos, a Secretaria de Gestão Pública, de início, realizou seu Planejamento Estratégico, do qual segue um breve resumo.

Fortalecer a capacidade de governar, promovendo inovação, competências e pessoas na esfera governamental, tendo como referência as necessidades dos cidadãos a serem providas pelo Poder Público.

missÃo

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201032

priNcípios NorTEadorEs• Ética• Transparência• Responsabilidade

visÃo 2010A Secretaria de Gestão Pública será reconhecida por seu papel integrador e por sua contribuição para a modernização, a eficácia e a eficiência da atuação governamental. Estará plenamente estruturada, contando com servidores competentes, com recursos tecnológicos e materiais adequados e com alianças estratégicas consolidadas, nos setores público e privado.

DiReTRizes esTRaTÉgicas• Gestão pública orientada para o cidadão• Busca permanente pela eficiência e por

resultados nas ações de governo• Visão de longo prazo para a gestão pública• Inovação permanente na gestão• Viabilização e sustentação da gestão das

políticas públicas do Estado• Capacitação e valorização do servidor público• Atuação compartilhada e em parceria• Tecnologia a serviço da informação

os objetivos estratégicos, a partir dosconceitos acima, foram definidos em cinco perspectivas e têm norteado a atuaçãoda SGP desde o princípio.

CIDADão1. Promover o estabelecimento de

compromissos de resultado no Governo do Estado

2. Promover a avaliação de resultados de compromissos de governo, visando ao aperfeiçoamento da gestão pública

ADMINISTrAção PúbLICA 3. Garantir a comunicação e o acesso à informação no âmbito do governo e para o cidadão 4. Promover o desenvolvimento de estruturas, processos organizacionais e parcerias, com vistas nos resultados almejados 5. Adequar a força de trabalho às necessidades e prioridades do Estado, por intermédio do dimensionamento, da capacitação, da responsabilização e da valorização da força de trabalho 6. Alinhar e integrar as Escolas de Governo 7. Alinhar e integrar o uso de Tecnologia da Informação e Comunicação no Governo (TIC)

ProCESSoS INTErNoS 8. Estabelecer alianças estratégicas para fortalecer a Gestão pública 9. Desenvolver e implantar metodologias, estruturas e processos de trabalho para a SGP 10. Adequar e desenvolver pessoas e competências necessárias à SGP 11. Organizar e fortalecer a atuação de comitês, conselhos e agendas vinculados à SGP

APrENDIzAGEM E CrESCIMENTo 12. Promover a capacitação, a responsabilização e a valorização dos servidores vinculados à SGP 13. Desenvolver ambientes de trabalho saudáveis na SGP 14. Ampliar e intensificar a utilização de TIC na SGP

FINANCEIro 15. Ampliar investimentos na melhoria da Gestão Pública, com o aumento dos recursos orçamentários do Estado e buscando fontes alternativas de financiamento

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 33

a atuação da secretaria de Gestão pública

Este capítulo se apoiou em depoimentos dos dirigentes da SGP sobre o grande desafio de construir e desenvolver as bases da moderna gestão do Governo do Estado de São Paulo. De início, os esforços se deram no sentido do dimensionamento da grandeza das tarefas atribuídas à Secretaria, como mostrado nos objetivos estratégicos aqui considerados.

A SGP atua sobre três eixos: pessoas, processos e tecnologia. Fazem parte de seu campo funcional:

1. Gestão e promoção dos recursos humanos do Governo do Estado de São Paulo;

2. Desenvolvimento e modernização dos meios administrativos – processos e estruturas;

3. Contínua incorporação dos avanços alcançados na área da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Com a experiência dos componentes da alta direção da Secretaria, não poder-se-ia desconhecer a cultura organizacional da Administração Pública que impõe resistência, o mais das vezes por insegurança, às propostas de mudanças. Conquistar legitimidade dentro do que se costuma chamar “máquina” se tornou uma condição prévia e permanente para a atuação do órgão em todas as suas ações. Graças ao modo democrático pelo qual foram feitas as propostas, as demais estruturas de governo se tornaram parceiras da SGP.

A atuação da Secretaria tem sido muito importante para as três áreas prioritárias do governo: Educação, Saúde e Segurança. Conforme se verá mais adiante, várias ações se voltaram, fundamentalmente, para a gestão dos recursos humanos das três áreas estratégicas, sem deixar de tratar do governo como um todo, com prioridade para a capacitação e desenvolvimento do capital humano, melhoria e modernização de suas condições de trabalho, incluindo carreira e remuneração. Examinamos,

a seguir, os passos iniciais de cada uma das três áreas da SGP: Recursos Humanos; Modernização e Melhoria das Organizações; Tecnologia da Informação e Comunicação.

recursos HumanosConforme exposto anteriormente, a Unidade Central de Recursos Humanos – UCRH fora transferida para a Secretaria de Governo e mais tarde para a Casa Civil. Na atual gestão, com a criação da SGP, a UCRH voltou a ocupar posição mais importante no organograma do Governo paulista, e inúmeros projetos que já estavam sendo concebidos na Casa Civil tiveram a chance de ser implantados.

O primeiro desafio enfrentado e vencido foi o de enfatizar a importância da administração do pessoal do Estado, vista agora não apenas restrita a procedimentos rotineiros, mas com os olhos no futuro, percebendo que a grande riqueza dos governos é seu capital intelectual. Mapear a inteligência disponível na Administração Pública Paulista foi o ponto inicial para serem estabelecidas novas práticas na promoção e desenvolvimento de competências profissionais.

A decisão de se fazer o Recadastramento dos servidores foi o primeiro fundamento dessa nova visão, que enfatizou o prestígio e a importância desses profissionais. Por este mecanismo, possibilitou-se a identificação de pessoas com talento e habilidade nem sempre requeridos na função que exercem, mas que podem ser altamente desejáveis no provimento de outros cargos e funções. O principal objetivo dessa política é dotar os gestores de informações para a escolha de profissionais adequados aos requisitos de determinada política governamental, ou de partes dela. O meio, por excelência, para se alcançar esta meta é a formação e desenvolvimento de um Banco de Talentos do Serviço Público Estadual. Este é o futuro.

Para acabar com os gargalos que impediam a capacitação em massa da força de trabalho

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201034

estadual, como as dificuldades de deslocamento, foi criada a tecReg – Tecnologia para Rede das Escolas de Governo. Desenvolvido para dar apoio às ações de gestão, capacitação e formação dos servidores paulistas, o programa tem como base o uso da tecnologia da informação – em especial a videoconferência -, para ampliar o alcance dos cursos oferecidos pelo Estado. A Fundap responsabilizou-se por adaptar o conteúdo dos cursos para o formato de Educação à Distância - EAD.

A formulação e adoção da política de Certificação Ocupacional é outro importante passo para a gestão de Recursos Humanos. Esta certificação é realizada mediante provas que atestam que determinado servidor público pode ocupar cargos de confiança estratégicos para o governo. Estratégicos por se referirem às prioridades de governo. Não fica suprimida a dimensão política do preenchimento desses cargos, o que iria na contramão do processo democrático, apenas são oferecidas ferramentas para que o dirigente superior escolha seus auxiliares conhecendo mais a fundo suas competências profissionais.

A valorização do servidor público com base em seus méritos profissionais – os conhecimentos que detém e os resultados de seu desempenho -, é outra conquista para a Administração Pública em geral, para os servidores e para a toda a sociedade. Esse enunciado se materializa na criação legal da bonificação por resultados dentro da política de Valorização por Mérito, realizada com critérios de aferição de cumprimento de metas baseados em indicadores objetivos.

Na área da Educação, pela primeira vez, os servidores passaram a ter direito a um bônus financeiro anual de acordo com o resultado de seu trabalho. As escolas passam a ter metas: melhorar sua classificação no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo - Idesp, lançado em maio de 2008, que correlaciona o desempenho dos alunos nas provas de avaliação, como o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – Saresp,, e a adequação da relação idade/série (fluxo escolar). O cumprimento

da meta ou sua superação garantem a participação de todos os funcionários da escola na distribuição do bônus. Ainda dentro da política de valorização por mérito, a promoção dos professores (sua evolução salarial) passa a ser baseada na sua capacidade profissional medida por meio de provas e de uma análise de sua vida funcional.

Nas áreas da Fazenda e do Planejamento também foi instituída a bonificação por resultados. O servidor cuja unidade administrativa atingir 100% da meta e que não tenha faltado durante o ano terá direito a uma bonificação equivalente a 2,4 salários a mais no ano. A superação da meta garantirá um adicional de até 20%, o que totaliza um prêmio equivalente a 2,88 salários mensais a mais no ano. Recebem a bonificação por resultados os servidores que contribuírem para o cumprimento da meta durante pelo menos dois terços do período de avaliação.

No primeiro trimestre de 2010 foi encaminhado à Assembleia Legislativa Projeto de Lei para implantação de bonificação por resultado também na Secretaria de Gestão Pública.

Essas novas diretrizes estão em total consonância às mais modernas técnicas de gestão do capital humano das organizações, em especial a gestão de conhecimento. No capítulo referente às ações de governo, esta assertiva poderá ser comprovada e avaliada.

modernização e melhoria das organizaçõesO fundamento do trabalho nesse segundo eixo da SGP é o incremento da eficácia governamental e pode ser resumido da seguinte forma: mais e melhores serviços públicos com menos e menores custos. Desdobrando a generalidade do axioma, a direção da SGP voltou-se para a elaboração e implementação de mecanismos que permitem avaliar os serviços públicos pelos resultados alcançados, vale dizer, pelos impactos sobre o “cliente” final das ações de governo: a população.

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Produtos

resultados

Indicadores

recursos Necessários

objetivos

metaspopulação-alvoresultados esperados

f inanceirospolíticostecnológicosorganizacionaisinstitucionaisde conhecimento

Avaliação esta que leva em consideração a razão custos/resultados, para além do aspecto financeiro/orçamentário, ou seja, inclui no quesito custos: horas de trabalho dos funcionários, adequação organizacional e disponibilidade institucional, dentre outros insumos.

De fato, implantar essa inovação no setor público paulista não é tarefa fácil. Além das resistências normais à mudança, existem muitos nós embara-çando as relações intra e entre órgãos de governo. Mas, para essa equipe pioneira, as dificuldades se transformaram em combustível para a ação.

Para melhor explicitar o novo modo de avaliação dos resultados das ações de governo, consideremos uma política de governo que se pretenda formular e implementar. A figura abaixo esquematiza o processo desse tipo de avaliação.

Nesse esquema parte-se, inicialmente, de listar e tornar claros os objetivos de uma dada política de governo, com suas metas, seus alvos e os resultados que dela se espera.

Na sequência, é feito o balanço dos recursos necessários à sua execução – recursos estes de todos os tipos: financeiros, políticos, tecnológicos, organizacionais, institucionais e de conhecimento.

Daí, pode-se estabelecer quais produtos serão necessários para alcançar os resultados desejados. Esses resultados impactarão a realidade inicial e irão transformá-la. Ou seja, se a política estiver bem formulada, os recursos assegurados e os produtos corretos, têm-se as mudanças e os resultados esperados. A situação-objetivo foi alcançada, a realidade transformada e o êxito da política assegurado.

Um dos fatores críticos de sucesso, neste processo, é a criação de indicadores de produtos e resultados que orientem os dirigentes no acompanhamento das ações necessárias ao desenvolvimento de programas e projetos.

A avaliação por resultados exige a consideração dessas premissas para que seja de fato eficiente e possa direcionar a adoção de novos procedimentos – organizacionais e institucionais e a capacitação dos quadros técnicos do governo.

O ponto focal deste novo meio de formular, implementar e acompanhar políticas de governo foi a criação de uma nova carreira, a de Especialista em Políticas Públicas o que, para a Administração Pública Paulista, significa forte incremento em sua atuação. Com essas premissas, na SGP foram realizadas diversas ações prioritárias:Elaboração de um acordo de resultados com os órgãos da Secretaria num primeiro momento e a conquista de outros setores do governo para a mesma causa. O objetivo é dotar a Administração Pública Paulista de um novo modelo de gestão, no qual são fixadas metas relativas aos objetivos das políticas de governo e cuja eficiência é medida por resultados. O trabalho para se atingir tais metas pode ser avaliado, a qualquer momento, por indicadores apropriados, o que torna possível transformar os ganhos de produtividade em remuneração. Este é um objetivo que encerra grandes obstáculos a serem enfrentados.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201036

A SGP deu um primeiro passo nessa direção estabelecendo um acordo de resultados para a implantação do Programa de Modernização do Iamspe. O acordo foi firmado em julho de 2008 com o objetivo de consolidar o Iamspe como um plano de saúde sustentável, integrado, descentralizado e focado na excelência da assistência médica aos servidores estaduais de São Paulo. De parte do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Gestão Pública, foi assegurada uma contrapartida financeira, da data do acordo até 2010, da ordem de R$ 250 milhões, aumentando o custeio do Instituto em R$ 100 milhões ao ano.

O Iamspe se comprometeu a alcançar metas como zerar o déficit de R$ 25 milhões ao ano e promover um ganho de produtividade igual ou maior que 5% em 2010. Também assumiu o compromisso de ampliar seu raio de abrangência de 118 municípios em 2006 para 189 até 2010. A satisfação do usuário passou a ser medida por meio de pesquisa de avaliação dos serviços prestados e o aumento de 30% no índice de satisfação é um dos indicadores para o cumprimento das metas do Acordo.

Criação da carreira de Especialista em Políticas Públicas, com técnicos capacitados a manejar ferramentas e metodologias de ponta e voltados para o serviço de apoio e acompanhamento dos órgãos de governo no seu trabalho de formulação e desenvolvimento das políticas governamentais. Os especialistas em políticas públicas vão trabalhar na sede da Secretaria de Gestão Pública e, em outras pastas do Governo de São Paulo, de forma descentralizada. Os profissionais serão responsáveis por planejar, orientar, implementar, acompanhar e avaliar a execução das políticas públicas do Governo paulista em áreas como educação, justiça, trabalho e habitação, entre outras. Sob a responsabilidade dos especialistas em políticas públicas estará, também, o Programa de Melhoria dos Gastos Públicos, cujo objetivo é tornar a gestão do Estado mais eficiente e

ampliar os benefícios para a população, oferecendo melhores serviços com menores gastos.

Integração regional da Administração Pública Paulista por meio da reunião, em um único local, de órgãos da Administração Direta e Indireta, nas Regiões Administrativas do Estado de São Paulo. O programa Integra São Paulo prevê a multiplicação de recursos, em especial nas áreas meio. Proporciona um ganho de escala para as ações de governo que podem convergir em seu planejamento, evitando duplicações e inação pela falta de integração. Apresenta a vantagem adicional de tornar possível o envolvimento da sociedade local no desenho dos planos e políticas de governo a ela referidos. O primeiro exemplo dessa ação é a criação do Integra SP na cidade de Franca.

Uso das ouvidorias como instrumento de gestão, por meio da revisão do Sistema Informatizado da Rede de Ouvidorias, que permite o monitoramento periódico do padrão de qualidade dos serviços públicos. O sistema é uma solução em tecnologia que permite e facilita o registro, classificação e acompanhamento dos casos, bem como a elaboração de respostas para as demandas, queixas e outras manifestações dos cidadãos feitas junto às Ouvidorias dos órgãos estaduais.

desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias A criação da Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação definiu um espaço de incorporação incessante de novas tecnologias administrativas, que se multiplicam graças ao avanço tecnológico nas áreas da informação e comunicação. Criada pelo Decreto 51.766, de 19-04-2007, a Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação - UTIC tem as seguintes atribuições:

1. Planejamento, coordenação, organização e controle, em nível central, dos recursos de tecnologia da informação e comunicação no âmbito dos órgãos e entidades do Estado.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 37

2. Acompanhar o andamento dos trabalhos relativos ao Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação, com vista a, em especial:

a. Garantir o cumprimento das diretrizes e prioridades estabelecidas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública;

b. Avaliar o processo de informatização dos órgãos e entidades a que se refere o artigo anterior;

c. Promover os ajustamentos que se fizerem necessários, a cada momento.

3. Manifestar-se, preliminarmente, sobre a aplicação de recursos no processo de informatização dos órgãos e entidades a que se refere o artigo anterior, devendo, em especial:

a. Elaborar propostas, para encaminhamento à apreciação do Comitê de Qualidade da Gestão Pública, de diretrizes e prioridades em relação à matéria;

b. Avaliar as propostas orçamentárias e de suplementação orçamentária pertinentes.

4. Assegurar o cumprimento da política do Governo relativa à informatização dos órgãos e entidades a que se refere o artigo anterior, aprovada pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública, devendo, para esse fim, exercer, entre outras, as seguintes atividades em relação aos planos de informatização:

a. Fixar seu conteúdo mínimo;b. Solicitar, quando necessário, sua elaboração;c. Orientar e avaliar seu conteúdo;d. Acompanhar sua execução.

5. Apresentar relatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos relativos ao Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação, para apreciação pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública.

6. Interagir com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, visando o intercâmbio técnico-cultural em tecnologia da informação e comunicação.

Fazem parte do arcabouço institucional da UTIC:1. o CoETIC – Conselho Estadual de

Tecnologia da Informação e Comunicação, vinculado à Secretaria de Gestão Pública. É um órgão colegiado com atribuições normativas, de planejamento e fiscalização. A atuação do COETIC abrange atividades relacionadas à convergência dos recursos de Comunicação com Tecnologia da Informação.

2. o GETIC – Grupo Executivo de Tecnologia da Informação e Comunicação, formado por representantes de Secretarias, Entidades e órgãos do Estado que se reúnem mensalmente para apresentação, discussão e disseminação de melhores práticas em TIC.

Nesse campo de atuação da SGP ainda há muito a percorrer. Não há uma política explícita de TIC, o que se deve à aceleração do processo de desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação versus a morosidade de absorção de novos insumos por parte do aparato burocrático público. Os ritmos de absorção das inovações no campo da informática foram desiguais nos diferentes órgãos de governo o que, hoje, dificulta sua integração para viabilizar uma política do Governo Paulista referida ao tema.

Todavia, passos importantes foram dados na direção de um futuro mais articulado para a TIC. O Decreto de criação da UTIC (nº 51.766, de abril de 2007) forma uma base institucional forte para que, mais adiante, seja possível a articulação dos variados setores da Administração Pública Paulista em torno de uma política estadual e pública. Ademais, parte dos técnicos da carreira de Especialista em Políticas Públicas irá reforçar a equipe da Unidade.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201038

programas sob responsabilidade da sGp

65% das emissões de RG no Estado

80% das emissões de RG no Estado

1. poupatempo

Os postos do Programa Poupatempo reúnem em um único local um amplo leque de órgãos e empresas prestadoras de serviços de natureza pública. Com atenção total na qualidade do atendimento à população, os funcionários são treinados e permanentemente capacitados - o que explica os altos índices de aprovação (97%), pela população atendida, dos serviços prestados (Ibope 2009).

Os primeiros postos caracterizam-se por grandes dimensões, com vocação para atender uma Região Administrativa inteira e pela presença de órgãos das esferas federal, estadual e municipal, com aproxima-damente 400 serviços diferentes oferecidos à população.

O Plano de Expansão do Poupatempo entregou unidades nos municípios de Osasco, Santos, São José do Rio Preto, Jundiaí, Taubaté e Piracicaba, e prevê a implantação de postos nas seguintes cidades: Caraguatatuba, Tatuí, Botucatu, São Carlos, Araraquara, Franca, Presidente Prudente, Sorocaba e, na Capital, nos bairros Cidade Ademar e Lapa. Ao final desta expansão, a capacidade de atendimento do Programa Poupatempo será ampliada em cerca de 50%, passando dos 90 mil atendimentos por dia realizados em 2006 para mais de 140 mil atendimentos diários.

As novas unidades têm dimensionamento específico para o município em que são instaladas e cidades vizinhas. São preparadas para oferecer os serviços públicos mais procurados pela população (como RG, Carteira de Trabalho e renovação de CNH), além de acesso gratuito à Internet – e, portanto, a todos os serviços públicos eletrônicos disponíveis na rede. Com este modelo é possível capilarizar o atendimento no Estado, levando os serviços para mais perto dos cidadãos, pela implantação de maior quantidade de postos - em função de custos menores.

serviços mais procurados

2010prEvisÃo

rG

8.214

12.486

2006

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 39

sintonia Os serviços do Detran, da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho e do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt nos postos Poupatempo passaram a ser monitorados por meio do Sintonia - Sistema de Gestão de Serviços. O aplicativo permite medir em tempo real a produtividade de postos de atendimento ao público - o usuário pode opinar sobre a qualidade do atendimento recebido no momento seguinte à sua execução. Quando há problemas em um posto de trabalho (tempo de atendimento maior que a média, por exemplo), o Sintonia emite alertas para o gestor, que pode agir de forma rápida e proativa. No total, o Sintonia já monitora 811 postos de atendimento no Poupatempo.

Terminais de acessibilidade universalImplantados nos Postos Poupatempo Itaquera, Santo Amaro, Guarulhos, Campinas Shopping, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo. Os cidadãos portadores de deficiência, com o auxílio de monitores, podem acessar serviços públicos de seu interesse diretamente na Internet. Entre os recursos oferecidos por esses terminais, está um software que permite a usuários paraplégicos ou com deficiência nos membros superiores utilizar o computador apenas com movimentos de cabeça e face.

2006

11 postos fixos

2010 (previsão)

28 postos fixos no final do plano de expansão

2010Poupatempo ultrapassou o número de

de atendimentos245 milhões

2010prEvisÃo

cNH

10.643

2006

3.299

23% das emissões de CNH no Estado

55% das emissões de CNH no Estado

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201040

2. acessa são paulo

O Acessa SP é o programa de inclusão digital do Governo do Estado de São Paulo. Em 2009, ultrapassou 42 milhões de atendimentos, contando com mais de 1,8 milhão de usuários cadastrados. Ao promover a democratização do acesso às tecnologias de informação e comunicação, o programa busca muito mais do que simplesmente fornecer acesso gratuito à Internet.

Além da expansão do número de Postos e de municípios contemplados, fazem parte das metas

do Acessa SP a promoção do uso dos serviços eletrônicos de governo e o estímulo constante à produção de conhecimento, que incentiva a interação entre as pessoas.

Nesta gestão, trabalhou-se enfaticamente para o amadurecimento dos processos de participação pública em redes sociais, com a certeza de que estas são ferramentas essenciais para o desenvolvimento econômico, pessoal e da cidadania.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 41

rede de projetos Mais tempo de uso dos computadores para cursos, oficinas e pesquisas; suporte técnico e metodológico para a execução dos projetos; visibilidade na rede Acessa SP; formação profissional; trabalho em equipe e colaboração; produção de conhecimento e apoio ao desenvolvimento local. Ferramentas de apoio à gestão de projetos online, offline (relatórios de acompanhamento, chats, portal colaborativo etc) e eventos de formação de projetistas.

Escritório virtual Trabalhadores autônomos utilizam os postos do Acessa SP como “escritórios virtuais”. Em períodos renováveis de 30 minutos, pode-se entrar em contato com clientes, passar orçamentos e responder a e-mails profissionais.

sala para surdos Sala exclusiva no posto Acessa SP do Parque da Juventude. Uma monitora especializada em Libras (Língua Brasileira de Sinais) percorre postos com alta frequência de surdos e os convida a conhecer a sala, que também conta com equipamentos para o uso de deficientes visuais.

acessinha Sala exclusiva para a iniciação à informática, dedicada aos usuários de até onze anos. A navegação na Internet estimula o desenvolvimento da coordenação visual e motora, a criatividade e a iniciativa. Monitores ensinam os cuidados necessários para usar o equipamento, fazer pesquisas e acessar sites educativos. São realizadas leituras lúdicas, exercícios de compreensão de palavras, oficinas e cursos.

acessa EscolaParceria com o Programa Escola da Família, que transforma as salas de informática das escolas estaduais em postos de inclusão digital para alunos, professores e servidores da Educação. Permanecendo abertas para uso da comunidade nos finais de semana, estas salas oferecem opções de estudo, lazer e integração, contribuindo também para a diminuição da criminalidade.

2010mais de

de usuários cadastrados1,86 milhão

2010prEvisÃo

2006

posTos Em FuNcioNamENTo

393

633

2010prEvisÃo

2006

muNicípios aTENdidos

353

557

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201042

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 43

as ENTidadEs viNculadas à sGp

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201044

Entre os projetos desenvolvidos com suporte técnico da Prodesp para atender a iniciativas da Secretaria de Gestão Pública no quadriênio, destacam-se o recadastramento do funcionalismo estadual, a instalação de novos Postos Poupatempo e a implantação de novas unidades do Acessa São Paulo.

Além destes, também são de grande relevância o IPVA Online, que interligou em tempo real os bancos e a Secretaria da Fazenda no processo de recolhimento do tributo e de licenciamento de veículos; o Emprega São Paulo, portal de intermediação de mão-de-obra da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, que aproxima cidadãos em busca de uma nova oportunidade no mercado e empregadores; e a modernização do Sistema de Teleaudiências Criminais, da Secretaria da Administração Penitenciária, que permite que réus presos sejam ouvidos à distância pela Justiça.Ao final de fevereiro de 2008, quando o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) foi transferido para a Secretaria de Gestão Pública, iniciou-se um amplo processo de modernização e de ampliação da sua rede de atendimento.

A Prodesp, empresa de economia mista, desenvolve e implanta, para diferentes órgãos estaduais, soluções de governo eletrônico voltadas para a melhoria de processos operacionais, gestão e atendimento ao cidadão.

No período 2007-2010, alinhada com os objetivos estratégicos da Secretaria de Gestão Pública e, de forma mais ampla, com o Programa de Governo, a Prodesp ampliou o foco no cliente e reorientou sua cultura empresarial, com a adoção de modernas práticas de mercado.

Os investimentos se concentraram em renovação tecnológica e aumento de produtividade, e as transformações incluíram o aumento da robustez e da segurança do Data Center, que concentra cerca de 80% das informações do Governo.

Dentre as reestruturações organizacionais feitas para dar mais agilidade e dinamismo na prestação dos serviços, estão a realização de pesquisas periódicas de satisfação do cliente e o desenvolvimento de uma metodologia que abrange todo o processo de atendimento, desde o recebimento da demanda até a entrega formal do serviço ou produto ao cliente.

companhia de processamento de dados do Estado de são paulo – prodesp

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 45

Fundação do desenvolvimento administrativo - Fundap

A Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) completou, em 2009, 35 anos de existência. Dedicada à missão de “contribuir para a elevação dos níveis de eficácia e eficiência da Administração Pública Estadual”, cumpre um importante papel como agente de difusão de conceitos e instrumentos da política de gestão da Secretaria de Gestão Pública do Governo do Estado de São Paulo.

A Fundap também promove a mediação entre a produção universitária e sua adaptação às necessidades objetivas da Administração Pública. Seu Conselho de Curadores é constituído por representantes das principais entidades acadêmicas paulistas – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na atual gestão da Fundap, iniciada em 2007, ocorreram importantes modificações no tipo e forma de trabalho produzido pela instituição. A realização de seminários, palestras e mesas-redondas foi reforçada por uma comunicação

interativa via portal e transmissões simultâneas; diversas pesquisas foram desenvolvidas, com o objetivo de fortalecer o conhecimento técnico para formar e capacitar a forca de trabalho do Estado; foi elaborado e ministrado o primeiro curso voltado à nova carreira de gestores de políticas públicas do Estado e investiu-se em uma importante estrutura de ensino à distância. Também foi iniciado um amplo projeto de capacitação de técnicos em enfermagem e o programa de estágios, um dos mais antigos da Fundap, foi potencializado. Um projeto inovador de avaliação de políticas públicas foi desenvolvido, beneficiando diretamente o cidadão, a partir da escuta direta de sua opinião via Central de Relacionamento.

A Fundap também conduziu ações de reestruturação organizacional, desenho de políticas públicas, formatação de novos órgãos, capacitação de pessoal, revisão de planos de cargos e salários e estruturação de recursos humanos, dentre outras. Nesse contexto, reforçou as linhas de trabalho consolidadas ao longo dos últimos anos, com especial destaque para a capacitação de servidores e a elaboração de novos modelos gerenciais.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201046

Ao final de fevereiro de 2008, quando o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) foi transferido para a Secretaria de Gestão Pública, iniciou-se um amplo processo de modernização e de ampliação da sua rede de atendimento.

Em 2006, 118 cidades contavam com assistência do Iamspe. Em fevereiro de 2010, como parte do plano de expansão, passou para 189 o número de municípios com opções de atendimento.

Foi implantado um novo modelo de assistência, focado na descentralização do atendimento. Médicos credenciados em todo Estado atendem os usuários em consultórios e clínicas particulares - inclusive na Capital.

Investimentos em obras e equipamentos e mudanças em processos de trabalho permitiram ampliar de 60 mil para 97 mil o número de consultas realizadas por mês no Hospital do Servidor Público do Estado (HSPE), além de oferecer mais conforto aos usuários - que ganharam um novo espaço de acolhimento no ambulatório. As consultas passaram a ser com hora marcada.

Reforma no Serviço de Radiologia e aquisição de equipamentos de última geração permitiram ampliar de 16,2 mil para 30 mil o número de exames de imagens realizados por mês no HSPE.

Investiu-se em programas de prevenção, com destaque para o Programa Care (Centro de Alta Resolutividade), em Ginecologia. Em 2009, o Care atendeu mais de cinco mil mulheres, que passaram por exames preventivos.

Outro destaque do Iamspe, o Programa Prevenir adota estratégias de promoção de saúde ajustadas à função e local de trabalho dos servidores. A busca pelo conhecimento sobre doenças específicas de determinadas atividades profissionais possibilita a proposição de mudanças de hábitos e estilos de vida.

O Programa de Pacientes Crônicos, implantado em 15 Centros de Atendimento Médico Ambulatorial (Ceamas), postos de atendimento do Iamspe no Interior, tem mais de 4.700 pacientes cadastrados, portadores de doenças como diabetes e hipertensão, que são atendidos por equipes multidisciplinares.

instituto de assistência médica ao servidor público Estadual - iamspe

acordo de resultados: meta já alcançada

Compromisso Iamspe com a sustentabilidade:Zerar prejuízo anual de 25 milhões ao anoPromover ganho de produtividade > 5%

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 47

assistência médica de Qualidade

No primeiro trimestre de 2010 conta-se mais de 1.700 médicos credenciados no interior, Baixada Santista, ABC e Grande São Paulo.

Menor valor pago em março de 2010 pelo Iamspe aos médicos credenciados é 10% superior ao pago pelo SUS.

700 mil famílias receberam kit com manual do usuário e guia de serviços médicos. Foram distribuídas mais de 1,2 milhão de carteirinhas.

atendimento

Implantação de central de atendimento telefônico, com marcação de consultas e informações sobre a rede credenciada.

Contratação de 1.000 novos funcionários para a área de saúde.

investimento em novos equipamentos

Investimentos de R$ 5,3 milhões na nova ala do Serviço de Radiologia.

Instalação de novos aparelhos de mamografia, ultrassonografia e raio-x.

Investimento de R$ 9,52 milhões em equipamentos modernos, incluindo máquinas destinadas ao tratamento radioterápico de câncer.

Investimento de R$ 7 milhões em próteses permitiu reduzir para menos de um terço a fila de pessoas à espera de cirurgias ortopédicas.

20062010

os NúmEros do iamspE

População atendida em seu município

de residência

56% População atendida em seu município

de residência

87%

Consultas (interior)

143 mIl/MêS

Consultas (HSPE)

60 mIl/MêS Consultas (HSPE)

97 mIl/MêS

Consultas (interior)

223 mIl/MêS

Unidades laboratoriais

Médicos credenciados

0

0

Médicos credenciados

1.700

Unidades laboratoriais

73

Exames de imagem (HSPE)

16,2 mIl/MêS Exames de imagem (HSPE)

30 mIl/MêS

Municípios com atendimento

Municípios com atendimento

189118

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201048

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 49

as aÇõEs da sGp

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201050

rEDUção DE CArGoS DE CoNFIANçADecreto 51748/2007

20082007

MErIToCrACIAbônus por resultado

MErIToCrACIApromoção por mérito

Área Meio LC 1080/2008

Criação das carreiras de Especialista em Políticas PúblicasLC 1034/2008 AbsenteísmoLC 1041/2008

rECADASTrAMENTo Do SErVIDor PúbLICo Decreto 52691/2008

DPMEDecreto 52724/2008

IAMSPEDecreto 52747/2008

Centro Paula Souza LC 1023/2007

Educação LC 1016/2007 LC 1017/2007

ForTALECIMENTo DAS oUVIDorIAS Decreto 52197/2007

desde 2007, mesmo durante sua própria organização, a SGP tem estado presente no processo de tomada de decisões cruciais nas mais diversas áreas do governo, em especial naquelas consideradas prioritárias. Como será visto a seguir, a SGP contribuiu decisivamente na implantação de formas de gestão dotadas de maior racionalidade e eficácia, no compasso das mais modernas técnicas disponíveis.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 51

2009MErIToCrACIAbônus por resultado

MErIToCrACIAbônus por resultado

MErIToCrACIApromoção por mérito

MErIToCrACIApromoção por mérito

Centro Paula Souza LC 1086/2009 LC 1087/ 2009

rEDE PAULISTA DE INoVAção EM GESTão Decreto 53963/2009

Novo plano de carreira para professores, com base na valorização por mérito LC 1097/2009

CErTIFICAção oCUPACIoNAL Decreto 53254/2008 Resolução SGP 13/2008

QUALIFICAção DE orGANIzAção SoCIAL (oS)Decreto 53375/2008

Fazenda e Planejamento LC 1079/2008

Área Meio LC 1080/2008

Ampliação da licença- maternidade para 180 diasLC 1054/2008

Aposentadoria voluntária para policiais civisLC 1062/2008

TECNoLoGIA PArA rEDE DAS ESCoLAS DE GoVErNo (TECrEG)Decreto 54849/2009

bANDA LArGA PoPULArDecreto 54921/2009INTEGrA SP

Decreto 53771/2008

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201052

VALorIzAção Do SErVIDor: Aprovados 61 projetos de iniciativa do Executivo(2007-2009)

boNIFICAção Por rESULTADoS Educação (LC1078/2008); Fazenda e Planejamento (LC1079/2008)Atrelado a metas de melhora da qualidade do serviço, o programa foi implantado em 2009 nas Secretarias de Educação, Planejamento, Fazenda no Centro Paula Souza, com a distribuição de mais de R$ 600 milhões em bônus. Naquele ano, dos cerca de 250 mil servidores beneficiados, 233 mil eram da Secretaria da Educação, 10,5 mil do Centro Paula Souza e 4,8 mil das Secretarias da Fazenda e Planejamento.

NoVAS CArrEIrASLC 1.034/2008Foi instituída, no quadro da Secretaria de Gestão Pública, a carreira de Especialista em Políticas Públicas, de natureza multidisciplinar, que tem como função planejar, implementar e avaliar as políticas públicas; formular e promover a articulação de programas e parcerias estratégicas; desenvolver, negociar e avaliar os contratos de gestão; desenvolver, coordenar e avaliar a área de gestão do Estado.Em 2010, ingressaram na administração os primeiros 132 aprovados. A meta são 500 servidores até 2012.

Também foram criadas as carreiras de Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas na Secretaria da Fazenda (500 vagas) e de Analista de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas na Secretaria de Economia e Planejamento (300 vagas).

CAPACITAçãoDecreto 54849/2009 A tecReg – Tecnologia para Rede das Escolas de

Governo é um programa que utiliza a tecnologia da comunicação (videosconferências) para Decreto 52691/2008 ampliar a capacitação dos servidores paulistas, com base no ensino à distância e formato semipresencial.

O programa possibilita ganho de escala na formação dos servidores e democratização do acesso ao conhecimento. O sistema permite quadruplicar a quantidade de servidores capacitados e treinados, com ganhos substanciais de tempo e diminuição de custos.

rEDUção DE CArGoS DE CoNFIANçADecreto 51748/2007A redução de 4.218 cargos de confiança resultou em uma economia de R$ 64,8 milhões/ano.

rECADASTrAMENToDecreto 52691/2008O Recadastramento é uma atualização anual dos dados cadastrais dos servidores da ativa, a serem utilizados pelas Secretarias na formulação de políticas voltadas ao funcionalismo.

FIM DA ‘LEI DA MorDAçA’LC 1.096/2009Revoga o artigo 242 da Lei nº 10.262, de 28 de outubro de 1968 (a chamada Lei da Mordaça), que impedia manifestação dos servidores paulistas.

LICENçA-MATErNIDADELC 1054/2008Período da licença-maternidade e da licença por adoção (criança de até 7 anos) é ampliado de 120 para 180 dias. Medida beneficia também o servidor que adotar uma criança. Licença-paternidade fica estipulada em 5 dias. Desde a aprovação da lei, 5.575 servidores paulistas já foram beneficiados com seis meses de licença.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 53

LICENçA-PrêMIo EM DINHEIroLC 1080/2008 (área Meio), LC 1051/2008 (Administração Penitenciária), LC 1015/2007 (Educação) e Decreto 52031/2007 (Segurança Pública) Permite a conversão em dinheiro de 30 dias da licença - prêmio de 90 dias.

LEI Do AbSENTEíSMoLC 1041/2008O Estado de São Paulo adotou medidas de saúde (programa Prevenir, do Iamspe), medidas de gestão e medidas legais para combater o absenteísmo. Limitou a seis o número de faltas por motivo de consulta, exame ou sessão de tratamento, fazendo cair o absenteísmo em 50% neste tipo de falta, após um ano da sanção da medida. De 743.843 faltas registradas entre abril de 2007 e março de 2008, o número total caiu para 370.358 entre abril de 2008 e março de 2009. A economia para o Tesouro foi de quase R$ 30 milhões, além da melhora da qualidade dos serviços.

CErTIFICAção oCUPACIoNALDecreto 53254/2008Resolução SGP 13/2008Com a Certificação Ocupacional, ocupantes de cargos comissionados e funções de confiança nas áreas estratégicas de comando devem ser aprovados em uma prova para continuarem no exercício do cargo ou função. A primeira prova foi aplicada em 2009 para dirigentes regionais de ensino, diretores regionais de saúde e diretores de hospitais públicos. O mesmo processo também foi aberto a outros postulantes, com o propósito de criar um Banco de Talentos (espécie de cadastro de reserva), que atualmente conta com 236 servidores certificados. Em 2009, pela primeira vez no Estado, assumiram cargos vagos de Diretor Regional de Ensino três servidores oriundos deste Banco de Talentos. A meta em 2010 é ampliar o processo para outras secretarias.

AbSorção DE GrATIFICAçÕESDiversas gratificações foram incorporadas à remuneração dos servidores, atendendo a uma antiga reivindicação do funcionalismo e simplificando a folha de pagamento do Estado.

Quadro do MagistérioLC 1018/2007 - Absorção do Prêmio de Valorização.LC 1053/2008 - Absorção da Gratificação por Trabalho Educacional - GTE.

Quadro de Apoio EscolarLC 1019/2007 - Absorção da Gratificação Suplementar.LC 1053/2008 - Absorção da Gratificação por Trabalho Educacional - GTE.

Polícia Militar e Polícia CivilLC 1021/2007 - Absorção da Gratificação por Atividades de Polícia - GAP.

Pesquisador Científico e Assistente Técnico de Pesquisa Científica e Tecnológica LC 1022/2007 - Absorção das Gratificações: GASS - Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde, GASA - Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo e Gratificação Geral.

Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica e Apoio Agropecuário LC 1030/2007 - Absorção das Gratificações: GAAP - Gratificação por Atividade de Apoio à Pesquisa, GASS - Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde, GASA - Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo e Gratificação Geral.

Agente de Segurança Penitenciária e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária LC 1047/2008 - Absorção da Gratificação de Suporte à Atividade Penitenciária – GSAP.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201054

EDUCAçãoContratação temporária no Estado de São Paulo LC 1093/2009Os temporários, incluindo professores, têm que passar por uma avaliação antes da contratação, feita após um processo seletivo, com regras regulamentadas pela Secretaria de Gestão Pública.

Novas regras para os cerca de 84 mil professores temporários contratados antes de 2007 (Lei 500/74) e que se tornaram estáveis.

Jornadas de trabalho e novas regras nos concursosLC 1094/2009 Cria duas novas jornadas de trabalho para os professores: integral (40 horas/semana) e reduzida (12 horas/semana) e 80 mil vagas para professores.Novas regras nos concursos de ingresso no Quadro de Magistério. Depois de aprovado em concurso, o docente passará por curso de capacitação e duas provas eliminatórias.

Novo modelo de plano de carreiraLC 1097/2009Cria novo modelo de plano de carreira para os professores, no programa de Valorização pelo Mérito. A evolução salarial será baseada no mérito, por meio de provas e de uma análise da vida funcional do professor. O novo sistema de promoções significa uma evolução adicional na carreira (incorporada à remuneração e à futura aposentadoria), com 4 faixas percentuais acumuladas de aumento.

ÁrEA MEIoAs medidas implantadas pela LC 1080/2008 trouxeram uma série de benefícios aos 130.546 servidores da “área meio” (secretarias, autarquias e Procuradoria Geral). Aumento salarial e redução de nomenclaturas de 210 classes de servidores para 53.

Área da SaúdeLC 1055/2008 - Absorção das Gratificações:Gratificação Extra, GASS - Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde e GASA - Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo

Área meioAbsorção das Gratificações: Gratificação Fixa, Gratificação Extra, Gratificação nas travessias por ferryboat, Gratificação por Travessia, Gratificação de Informática, GEA - Gratificação Especial de Atividade, GEAH - Gratificação Especial por Atividade Hospitalar, GEAPE - Gratificação Especial por Atividade Prioritária e Estratégica e GEER - Gratificação Especial por Atividade no Instituto de Infectologia “Emílio Ribas” e Centro de Referência e Treinamento – DST/AIDS, Gratificação de Pedágio, GAAE - Gratificação por Atividade Administrativa Educacional, GAE - Gratificação de Apoio Escolar, Gratificação de Função, GAAG - Gratificação por Atividade de Apoio à Agricultura, GEMT - Gratificação Especial de Mediação Trabalhista, GAR - Gratificação de Atividade Rodoviária, Prêmio de Valorização, Gratificação área Educação, GASS - Gratificação de Assistência e Suporte a Saúde, GSAE - Gratificação de Suporte às Atividades Escolares, GASA - Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo, Gratificação Geral, Gratificação por Atividade de Defesa Agropecuária, GS - Gratificação Suplementar e GEATD - Gratificação Especial de Atividade Técnico- Desportiva.

Engenheiro, Arquiteto, Engenheiro Agrônomo e Assistente AgropecuárioLC 1085/2008 - Absorção das Gratificações: GASS - Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde, GASA - Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo e Gratificação Geral.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 55

Progressão e promoção vertical Progressão funcional passa a ser baseada em avaliação de desempenho e não mais em tempo de serviço. O servidor de nível intermediário que conquistar diploma universitário, ou de nível universitário que fizer pós-graduação, poderá ser promovido e ter aumento de 40% sobre o salário-base.

CENTro PAULA SoUzAbônus por méritoLC 1023/2007LC 1086/2009Concede bonificação utilizando indicadores (assiduidade, desempenho e empregabilidade dos alunos formados pelo Centro).

Plano de carreirasLC 1044/2008Institui o Plano de Carreiras, de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório no Centro Paula Souza, baseado no desempenho do funcionário. Reajustes e correção de salários.

DEFENSorIA PúbLICALC 1033/2007Reajusta os vencimentos para Defensor Público e cria novas regras de promoção e vencimentos. Institui o regime jurídico da carreira e reajusta o valor da referência dos vencimentos do Defensor Público-Geral do Estado.

SEGUrANçA PúbLICALC 1020/2007 e LC 1021/2007 Aumento para policiais militares, civis e técnico-científicos. Absorção de gratificações, reajuste de adicionais e revisão de níveis para pagamento de salários. Criação de Gratificação por Acúmulo de Titularidade (GAT) para os Delegados de Polícia

que acumulem a chefia de mais de uma unidade policial no interior.LC 1045/2008Aumento do Adicional de Local de Exercício (ALE).

LC 1062/2008Policiais civis do Estado de São Paulo serão aposentados voluntariamente 5 anos mais cedo, desde que atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

I 55 anos de idade, se homem, e 50 anos de idade, se mulher;II 30 anos de contribuição previdenciária;III 20 anos de efetivo exercício em cargo de natureza estritamente policial.

LC 1063/2008 Reajuste salarial para delegados.

LC 1065/2008LC 1068/2008LC1069/2008 Reestruturação de classes e redistribuição de cargos, com um total de 16.032 promoções.

LC 1067/2008 Exigência de diploma de nível superior ou habilitação legal correspondente para ingresso nas carreiras de Escrivão e Investigador de Polícia.

LC 1067/2008Reestruturação da carreira de Delegado de Polícia, do Quadro da Secretaria da Segurança Pública.

SECrETArIA DE ADMINISTrAção PENITENCIÁrIALC 1047/2008Absorção de gratificações e aumento para agentes penitenciários e agentes de escolta.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201056

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 57

oBsErvaÇõEs FiNais

a evolução do órgão estadual responsável pela gestão administrativa tem sido complexa. De suas funções iniciais como responsável pela administração do pessoal do Estado e de materiais, passando por sua extinção e recriação, hoje tem seu campo funcional definido de modo amplo. Não é uma demasia reafirmar que as estruturas de governo refletem, ainda que com defasagem no tempo, as dimensões da vida social.

Gestão designa, no tempo de agora, um tema importante na sociedade. De fato, os cidadãos percebem em seu cotidiano as diferenças entre mecanismos de gestão eficientes ou não. Das empresas, das instituições educacionais e de saúde, tanto privadas quanto governamentais, o cidadão espera eficiência, eficácia e efetividade nas ações que afetam seu dia a dia. E ainda mais: com a evolução das tecnologias da informação, que as tornam um bem público, disponível com velocidade crescente, o reclamo por maior rigor na gestão das coisas e pessoas se universaliza.

A SGP objetiva tornar-se para o conjunto dos órgãos de governo uma das balizas da incorporação contínua dos avanços tecnológicos afetos à gestão, no que diz respeito aos profissionais, às estruturas e aos processos da Administração Pública Paulista.

Muito caminhou e seus dirigentes têm consciência de que o caminho a percorrer será sempre longo, pois o progresso tecnológico não tem data para acabar. Manter os olhos no futuro, com absoluta atenção nas ações do presente, é um imperativo para sua razão de ser.

No capítulo sobre as ações da Secretaria é possível verificar o quanto se fez para a valorização do capital humano do Governo paulista – novas carreiras, reestruturação das pré-existentes, redefinição de salários com incorporação de gratificações, melhoria radical na atenção à saúde do servidor público, introdução da promoção por mérito e da bonificação por resultados, a certificação ocupacional. Também é de se notar o apoio às áreas de TIC dos mais diversos setores governamentais. As ações da SGP são conquistas do Governo, mas, acima de tudo, representam conquistas sociais da maior relevância.

Com a certeza de que percorrem o caminho correto, os integrantes dos quadros da SGP sabem que sementes foram plantadas, muitas germinaram e hão de se tornar frondosas árvores a abrigar o interesse público e as demandas sociais. E que as respostas a essas solicitações serão crescentemente eficientes, eficazes e efetivas.

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201058

decreto Nº 51.187, de 26 de dezembro de 1968

Art. 1º - A Secretaria do Trabalho, Indústria e Comércio fica transformada em Secretaria do Trabalho e Administração.

Art. 2º - Constitui o campo funcional da Secretaria do Trabalho e Administração:

I - desenvolvimento das atividades do Estado no campo da Administração de pessoal, abrangendo:

a. formulação e proposição de diretrizes e normas gerais do Governo no tocante à Administração de pessoal;

b. execução das atividades centrais referentes ao sistema de Administração de pessoal;

c. formulação e execução da política previdenciária do Estado;

d. formulação e execução da política de assistência médica e social ao servidor;

e. fiscalização dos regimes especiais de trabalho;

II - desenvolvimento das atividades do Estado no campo de administração de material abrangendo:

a. formulação e proposição de política e normas do Governo, no tocante à administração de material;

b. execução das atividades centrais referentes ao sistema de administração de material.

III - execução das atividades do Estado no tocante à valorização e proteção do trabalho e ao desenvolvimento de programas complementares correlatos.

A estrutura básica da Secretaria seguiu as atribuições acima definidas, constituindo as coordenações, a seguir indicadas, e destacando as entidades descentralizadas voltadas à saúde e previdência dos servidores.

aNExoArt. 3º - A Secretaria do Trabalho e Administração terá a seguinte estrutura funcional:

I - Administração Centralizada:a. Direção Superior:

1. formulação e avaliação da política e dos planos do Governo do Estado, relacionados com Administração de pessoal, de material, trabalho e atividades complementares;

2. assessoria técnica, administrativa e jurídica;3. planejamento setorial e avaliação

dos resultados;4. serviços de gabinete.

b. Administração de pessoal:1. execução das atividades centrais

referentes ao sistema de administração de pessoal;

2. fiscalização dos regimes especiais e das condições de trabalho do servidor;

3. serviço médico para o servidor civil;4. administração geral do setor.

c. Administração de material:1. administração do sistema central de

compras, armazenagem e distribuição;2. especificação e padronização;3. administração do material excedente;4. administração geral do setor.

d. Trabalho e Atividades Complementares:1. higiene e segurança do trabalho;2. orientação e colocação de mão-de-obra;3. assistência e assessoramento aos

sindicatos;4. administração geral do setor.

e. Pesos e medidas.

II - Administração descentralizadaa. administração de previdência do servidor;b. prestação de assistência médica

ao servidor;

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 59

c. desenvolvimento de programas referentes à habilitação;

d. administração de seguros.

Art. 4º - Fica criada, a Coordenadoria do Trabalho e Atividades Complementares, a ser exercida por servidor designado pelo Secretário do Trabalho e Administração ou por técnico contratado na forma da legislação em vigor.

§ 1º - As atividades de cada uma das áreas da estrutura funcional definidas no artigo 3º, item I, letras “b”, “c” e “d” serão dirigidas por Coordenadores que, no limite do que lhes for delegado pelo Secretário, terão as seguintes atribuições:

I - propor ao Secretário do Trabalho e Administração as diretrizes a serem seguidas em relação à respectiva área de ação indicando as medidas e apresentando os estudos correspondentes;

decreto Nº 5.928, de 15 de março de 1975

Art. 1º - A Secretária do Trabalho e Administração passa a denominar-se Secretaria de Estado dos Negócios da Administração.

Art. 2º - Compete à Secretaria de Estado dos Negócios da Administração:

I - desenvolver as atividades do Estado no campo da administração de pessoal, abrangendo:

a. formulação e preposição de diretrizes e normas gerais do Governo, relativas à administração de pessoal;

b. execução das atividades centrais referentes ao sistema de administração de pessoal;

c. formulação e execução da política previdenciária do Estado;

d. formulação e execução da política assistência médica ao servidor;

e. fiscalização dos regimes especiais de trabalho;

II - desenvolver as atividades do Estado no campo de administração de material, abrangendo:

a. formulação de proposição de política e normas do Governo, sobre administração de material;

b. execução das atividades centrais, referentes ao sistema de administração de material.

Art. 3º - São órgãos da Secretaria de Estado dos Negócios da Administração:

I - o atual Gabinete do Secretário, compreendendo:

a. as Assessorias;b. a Consultoria Jurídica;c. o Grupo de Planejamento Setorial;d. a Comissão Processante Permanente;e. a Comissão de Promoção;f. a Comissão de Fiscalização do Regime de

Dedicação Exclusiva;g. a Seção de Administração;h. o Setor de Recepção; ei. o Setor de Divulgação;

II - a Comissão Especial de Paridade;III - a Coordenadoria de Administração de

Pessoal, compreendendo:a. o Departamento de Administração de

Pessoal do Estado;b. o Departamento Médico do Serviço

Civil do Estado;c. a Comissão Permanente de

Acumulação de Cargos;d. a Comissão dos Regimes Especiais

de Trabalho;

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201060 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201060

e. a Comissão Especial de Readaptação;f. a Comissão Permanente do

Regime de Tempo Integral; eg. a Comissão de Promoção;

IV - a Coordenadoria de Administração de Material, compreendendo:

a. a Comissão Central de Compras do Estado;b. a Divisão Estadual de Material Excedente;c. a Comissão Estadual de Material Excedente;d. a Comissão Especial de Cardápios.

Art 4º - Para efeito do disposto no Decreto-lei Complementar nº. 7, de 6 de novembro de 1969, e nas suas alterações, vinculam-se à Secretaria de Estado dos Negócios da Administração:

I - o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo;

II - o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.

decreto Nº. 12.348, de 27 de setembro de 1978

Art. 1º - A Coordenadoria de Administração de Pessoal, subordinada ao Secretário de Estado dos Negócios da Administração, passa a denominar-se Coordenadoria de recursos Humanos do Estado (CrHE).

Art. 2º - A Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado é o órgão central do Sistema de Administração de Pessoal relativo aos funcionários públicos civis e servidores da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado.

Art. 3º - A Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado, na qualidade de órgão central do Sistema, cabe o planejamento, a coordenação, a orientação técnica e o controle, em nível central, das atividades de administração de pessoal civil da Administração Centralizada e das Autarquias.

Parágrafo único - Em caráter supletivo ou em situações especiais, a Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado poderá exercer, também, observada sua área de atuação, atividades de natureza executiva.

Art. 4º - A Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado fica organizada nos termos do presente decreto.

Art. 5º - Subordinam-se ao Coordenador de Recursos Humanos :

I - Gabinete do Coordenador;II - Comissão Especial de Readaptação;III - Comissão Permanente de Acumulação de

Cargos;IV - Comissão Permanente do Regime

de Tempo Integral;V - Grupo de Planejamento e Controle de

Recursos Humanos;VI - Grupo de Formulação e Análise de

Política Salarial;VII - Grupo de Seleção e Desenvolvimento

de Recursos Humanos;VIII - Grupo de Legislação de Pessoal;IX - Divisão de Administração.

decreto Nº 33.137, de 15 de março de 1991

Art. 1º - A Secretaria da Administração passa a denominar-se Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público. Art. 2º - A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - PRODESP passa a vincular-se à Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público.

Art. 3º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 61SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 61

decreto Nº 42.816, de 19 de janeiro de 1998Art. 1º - A Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público fica reorganizada nos termos deste decreto.

Art. 2º - Constitui o campo funcional da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público:

I - a execução da política do Governo do Estado, na área da administração geral e modernização do serviço público;

II - a formulação e proposição de diretrizes e normas gerais da Administração Pública Estadual, relativas a:

a. recursos humanos;b. suprimentos;c. patrimônio;d. atividades administrativas

complementares;e. contratos com terceiros;

III - a formulação e implementação de diretrizes e normas relativas à política salarial dos servidores do Estado;

IV - a formulação de diretrizes e normas referentes à reforma administrativa do Estado;

V - o desenvolvimento de atividades voltadas à modernização administrativa do Estado;

VI - a formulação e execução da política previdenciária do Estado;

VII - a execução de atividades voltadas à elevação do nível de eficiência e eficácia da Administração Pública Estadual, mediante o desenvolvimento da tecnologia administrativa e a formação e o aperfeiçoamento de executivos públicos.

Art. 3º - A Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público tem a seguinte estrutura básica:

I - Gabinete do Secretário;II - Conselho de Coordenação Geral;III - Coordenadoria de Recursos Humanos do

Estado;IV - Coordenadoria de Sistemas

Administrativos;V - Grupo de Gestão do Patrimônio Imobiliário.

Parágrafo único - A Secretaria conta, ainda, com as seguintes entidades vinculadas:

1. Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP;2. Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP.

Art. 8º - A Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado tem a seguinte estrutura:

I - Comitê do Sistema de Administração de Pessoal;

II - Grupo de Planejamento e Controle, com Centro de Informações Gerenciais;

III - Grupo de Análise e Estudos Salariais;IV - Grupo de Seleção e Desenvolvimento, com

Núcleo de Apoio a Eventos;V - Grupo de Legislação de Pessoal;VI - Núcleo de Benefícios.

Parágrafo único - A Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado conta com Assistência Técnica e Célula de Apoio Administrativo, os Grupos contam, cada um, com Corpo Técnico e Célula de Apoio Administrativo e o Centro com Corpo Técnico.

Art. 9º - A Coordenadoria de Sistemas Administrativos tem a seguinte estrutura:

I - Grupo de Suprimentos, com:a. Centro de Estudos e Normas, com

Núcleo de Cadastro de Especificação e Registro de Preços;

b. Centro de Materiais e Serviços, com

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201062 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201062

Núcleo de Cadastros;c. Centro de Informações Cadastrais de

Fornecedores, com Núcleo de Cadastro Geral de Fornecedores;

d. Centro de Patrimônio Mobiliário, com Núcleo de Material Excedente;

II - Grupo de Acompanhamento de Contratos com Terceiros, com:

a. Centro de Controle e Custos, com Equipe de Planilhamento;

b. Centro de Análise e Divulgação;

III - Grupo de Transportes Internos, com:

a. Centro de Estudos e Normas, com Núcleo de Normatização e Análise de Frotas;

b. Centro de Execução e Controle, com:

1- Núcleo de Informações e Registro de Frotas;2- Núcleo de Armazenagem de Veículos;

IV - Centro de Comunicações Administrativas, com Núcleo de Apoio Operacional.

Parágrafo único - A Coordenadoria de Sistemas Administrativos conta com Assistência Técnica e Célula de Apoio Administrativo, os Grupos contam, cada um, com Célula de Apoio Administrativo e os Centros com Corpo Técnico.Art. 10 - O Grupo de Gestão do Patrimônio Imobiliário conta com Corpo Técnico e Célula de Apoio Administrativo

decreto Nº 43.880, de 9 de março de 1999

Art. 1º - Ficam transferidas para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica as funções previstas no campo funcional da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, definido pelo artigo 2º do Decreto nº 42.816, de 19 de janeiro de 1998.

Art. 2º - Ficam transferidas, da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica, as seguintes unidades:

I - subordinadas diretamente ao Titular da Pasta:

a. a Assessoria Técnica;b. a Comissão Especial criada pelo Decreto

nº 13.670, de 6 de julho de 1979, com a denominação alterada para Comissão Especial da Revolução Constitucionalista de 1932;

c. a Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado;

d. a Coordenadoria de Sistemas Administrativos;

II - subordinada ao Chefe de Gabinete, a Consultoria Jurídica;

III - subordinado ao Presidente do Conselho do Patrimônio Imobiliário, o Grupo de Gestão do Patrimônio Imobiliário;

IV - a Biblioteca, que passa a integrar a estrutura da Assessoria Técnica;

V - o Centro de Convivência Infantil e o Núcleo de Atividades Complementares, que passam a integrar a estrutura do Departamento de Administração.

§ 1º - O Núcleo de Benefícios da Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado fica transferido para a Coordenadoria de Sistemas Administrativos, com a denominação alterada para Núcleo de Auxílio-Alimentação.§ 2º - As atribuições do Grupo de Acompanhamento de Contratos com Terceiros, previstas nos artigos 48 a 50 do Decreto nº 42.816, de 19 de janeiro de 1998, ficam transferidas para a Unidade de Gestão Estratégica do Governo.

Art. 3º - Fica transferida para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica a vinculação das seguintes entidades:

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 63SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 63

I - o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP;

II - a Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP.

Art. 4º - Ficam extintas as seguintes unidades da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público:

I - o Gabinete do Secretário;II - o Conselho de Coordenação Geral;III - a Chefia de Gabinete;IV - a Ouvidoria Administrativa do Estado;V - o Grupo de Planejamento Setorial;VI - a Comissão Processante Permanente;VII - o Centro de Recursos Humanos e os

Núcleos de Cadastro e Expediente de Pessoal e de Freqüência;

VIII - o Departamento de Administração e as seguintes unidades integrantes de sua estrutura:

a. a Divisão de Finanças e Suprimentos, o Núcleo de Finanças e o Núcleo de Suprimentos;

b. a Divisão de Infraestrutura, os Núcleos de Comunicações Administrativas e de Transportes;

IX - da Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado

a. o Centro de Informações Gerenciais;b. o Núcleo de Apoio a Eventos;

X - da Coordenadoria de Sistemas Administrativos:

a. o Grupo de Acompanhamento de Contratos com Terceiros, o Centro de Controle e Custos, a Equipe de Planilhamento e o Centro de Análise e Divulgação;

b. o Centro de Estudos e Normas e o Núcleo de Normatização e Análise de Frotas, do Grupo de Transportes Internos;

c. o Núcleo de Apoio Operacional, do Centro de Comunicações Administrativas.

Art. 1º - Fica extinta a Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, desativada nos termos do Decreto nº 43.880, de 9 de março de 1999, com a transferência de suas funções para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica.

Art. 2º - Ficam extintos os cargos de Secretário de Estado, Secretário Adjunto e Chefe de Gabinete pertencentes ao Quadro da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público.

Art. 3º - Os ajustes da organização da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica incluindo o campo funcional, a estrutura básica, seu desdobramento em unidades administrativas, atribuições, subordinação e competências dos seus dirigentes, serão fixados por decreto.

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 1º - A Secretaria do Governo e Gestão Estratégica fica reorganizada nos termos deste decreto.

Art. 2º - A Secretaria do Governo e Gestão Estratégica é órgão de assessoramento direto do Chefe do Poder Executivo, nas funções de coordenação estratégica e administrativa.

Art. 3º - Constitui campo funcional da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica:

I - coordenação dos trabalhos de execução do Plano de Governo e de seu ajustamento diante da avaliação sistemática das ações dele decorrentes;

II - coordenação da formulação e do controle da execução das políticas para aperfeiçoamento e melhoria da qualidade dos serviços da Administração Pública Estadual;

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201064 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201064

III - coordenação na análise administrativa da ação governamental;

IV - encaminhamento ao Governador das deliberações dos Conselhos de Governo;

V - assessoramento ao Governador, na área técnico-administrativa e em matéria de honorificências;

VI - coordenação e gerenciamento do “POUPATEMPO - Centrais de Atendimento ao Cidadão” - Programa do Governo do Estado de São Paulo, instituído pela Lei Complementar nº 847, de 16 de julho de 1998;

VII - coordenação, acompanhamento e controle:

a. do Sistema Estratégico de Informações, instituído pelo Decreto nº 40.656, de 9 de fevereiro de 1996;

b. das matérias relacionadas com o ambiente Internet do Governo do Estado, instituído pelo Decreto nº 42.907, de 4 de março de 1998;

c. do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado, regido pelo Decreto nº 42.079, de 12 de agosto de 1997;

d. do Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras - SIAFÍSICO, de que trata o Decreto nº 42.604, de 9 de dezembro de 1997, juntamente com a Secretaria da Fazenda;

e. outros sistemas compatíveis com o escopo da Secretaria, que vierem a ser implantados;

VIII - formulação de diretrizes e controle das atividades de informática da Administração Pública Estadual;

IX - execução da política do Governo do Estado na área da Administração geral e reforma administrativa do serviço público;

X - formulação, proposição e implementação de diretrizes e normas gerais da Administração Pública Estadual, relativas a recursos humanos, suprimentos, patrimônio, atividades administrativas complementares e aquisições, contratações e terceirizações;

XI - formulação e implementação de diretrizes e normas referentes à política salarial, previdenciária e à reforma administrativa do Estado;

XII - quanto às entidades descentralizadas a ela vinculadas:

a. execução da política previdenciária do Estado;

b. execução de atividades voltadas à elevação do nível de eficiência e eficácia da Administração Pública Estadual, mediante desenvolvimento da tecnologia e formação e aperfeiçoamento dos servidores do Estado;

c. execução dos trabalhos de imprensa oficial;d. execução dos serviços de processamento de

dados e tratamento de informações para a Administração Direta e Indireta do Estado e prestação de serviços de suporte técnico, treinamento, consultoria e gerenciamento na área da tecnologia da informação;

XIII - assistência social a pessoas físicas e auxílio financeiro a entidades filantrópicas e de natureza pública.

(*) Vide Decreto nº 47.566, de 01 de janeiro de 2003

Art. 4º - A Secretaria do Governo e Gestão Estratégica tem a seguinte estrutura básica:

I - Gabinete do Secretário;II - Conselho Estadual de Informática - CONEI;III - Conselho do Sistema Estratégico de

Informações;(*) Revogados pelo Decreto 47.836, de 27 de

maio de 2003IV - Conselho do Patrimônio Imobiliário;(*) Revogado pelo Decreto 47.820, de 19 de

maio de 2003V - Conselho Estadual de Honrarias e Mérito;VI - Conselho Estadual da Condição Feminina;VII - Conselho de Participação e

Desenvolvimento da Comunidade Negra;VIII - Conselho Estadual para Assuntos da

Pessoa Portadora de Deficiência;

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 65SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 65

IX - Conselho Estadual do Idoso;X - Conselho Curador do Acervo Artístico-

Cultural dos Palácios do Governo;(*) Revogado pelo Decreto nº 47.983,

de 24 de julho de 2003XI - Unidade de Assessoramento em

Comunicação;XII - Unidade de Gestão Estratégica do Governo;XIII - Comitê Estadual de Gestão Pública;(*) Redação dada pelo Decreto 47.836,

de 27 de maio de 2003 “XIII- Comitê de Qualidade de Gestão

Pública;”; (NR)XIV - Cerimonial;XV - Audiências e Representações;XVI - Grupo de Coordenação do Sistema

Estratégico de Informações;XVII - Grupo Técnico de Preservação e Controle

do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo;

(*) Revogado pelo Decreto nº 47.983, de 24 de julho de 2003

XVIII - Unidade Central de Recursos Humanos.

§ 1º - A Unidade de Assessoramento em Comunicação reporta-se ao Assessor Especial do Governador para Comunicação.(*) Redação dada pelo Decreto nº 47.575, de 09 de janeiro de 2003 “§ 1º - A Unidade de Assessoramento em Comunicação reporta-se ao Secretário de Comunicação.”; (NR)

§ 2º - A Audiências e Representações é coordenada pelo Secretário Particular do Governador.

§ 3º - O Grupo Técnico de Preservação e Controle do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo é subordinado ao Curador do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo. (*) Revogado pelo Decreto nº 47.983, de 24 de julho de 2003§ 4º - A Secretaria do Governo e Gestão

Estratégica conta, ainda, com:

1. entidades vinculadas:

a. Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP;

(*) Revogada pelo Decreto nº 47.835, de 21 de maio de 2003

b. Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP;c. Imprensa Oficial do Estado S.A. - IMESP;d. Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - PRODESP;

2. órgão vinculado - Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo - FUSSESP.(*) Vide Decreto nº 47.566, de 01 de janeiro de 2003

lei Nº 10.341, de 16 de julho de 1999

Esta lei, consistente com o Decreto nº 43.880, de 9 de março de 1999, procedeu à extinção da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, antes desativada, extinguindo também os cargos superiores do gabinete, como se vê abaixo na íntegra da lei.

Art. 1º - Fica extinta a Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público, desativada nos termos do Decreto nº 43.880, de 9 de março de 1999, com a transferência de suas funções para a Secretaria do Governo e Gestão Estratégica.

Art. 2º - Ficam extintos os cargos de Secretário de Estado, Secretário Adjunto e Chefe de Gabinete pertencentes ao Quadro da Secretaria da Administração e Modernização do Serviço Público.

Art. 3º - Os ajustes da organização da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica incluindo o campo funcional, a estrutura básica, seu desdobramento

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201066 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201066

em unidades administrativas, atribuições, subordinação e competências dos seus dirigentes, serão fixados por decreto.

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação

lei Nº 12.474, de 26 de dezembro de 2006

Decorridos cerca de oito anos desde a extinção da Secretaria de Administração e Modernização do Serviço Público, esta Lei criou a Secretaria de Gestão Pública para absorver as antigas atribuições daquela pasta transferidas, à época, para a Secretaria do Governo e Gestão Pública.

A Lei procedeu à revisão e ampliação daquelas funções, como se verá pelo decorrente decreto referente à organização básica da nova pasta.

Esta Lei instituiu, em resumo, apenas o que segue:

Art. 1º - Ficam criadas as seguintes Secretarias de Estado:

I - Secretaria de Gestão Pública;II - Secretaria de Comunicação;III - Secretaria de Relações Institucionais.

decreto Nº 51.460, de 1º de janeiro de 2007

Promoveu alterações de denominação e transferências de órgãos e atribuições entre Secretarias, definindo a organização básica da Administração Direta e entidades vinculadas.

No caso específico da Secretaria de Gestão Pública, foram transferidas, de pronto, as unidades anteriormente da Casa Civil voltadas a recursos humanos e modernização, bem como certas competências da Casa Civil, como se vê no extrato a seguir.

Art. 2º - Ficam transferidos, com seus bens móveis e equipamentos, cargos e funções-atividades, direitos e obrigações e acervo:

VII - para a Secretaria de Gestão Pública, todos da Casa Civil:

a. integrando a estrutura básica da Pasta:1- a Unidade Central de recursos Humanos;2- a Unidade de Desenvolvimento e Melhoria

das organizações;

b. subordinando-se ao Chefe de Gabinete, a Comissão Especial da Revolução Constitucionalista de 1932;

Art. 5º - Ficam transferidas, do Secretário-Chefe da Casa Civil para o Secretário de Gestão Pública, as seguintes competências, a serem exercidas em nível central:

I - em relação ao “POUPATEMPO - Centrais de Atendimento ao Cidadão” - Programa do Governo do Estado de São Paulo, exercer o previsto no artigo 19 da Lei Complementar nº 847, de 16 de julho de 1998;

II - em relação ao ambiente Internet do Governo do Estado, exercer o previsto no artigo 7º do Decreto nº 42.907, de 4 de março de 1998;

III - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 21 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998;

IV - definir, por meio de comunicado, diretrizes e normatização relativas à implementação de política de recursos humanos da Administração Direta, Autarquias e Autarquias de regime especial;

V - em relação ao Sistema de Administração dos Transportes Internos Motorizados:

a. propor medidas para reformulação, execução e controle do Sistema, no âmbito da Administração Direta e Indireta do Estado;

b. aprovar a tarifa-quilômetro a ser paga a servidores em razão da inscrição de veículos

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 67SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 67

no regime de quilometragem;c. fixar, para cada unidade frotista, cotas

anuais de consumo de combustíveis;d. estabelecer limites a serem observados

anualmente nas propostas de fixação de cotas de consumo de combustíveis;

e. alterar cotas anuais de consumo de combustíveis, para atendimento de toda e qualquer atividade, projeto ou programa, essencial ou prioritário, devidamente justificado, cujo desenvolvimento venha a exigir quantidade superior ao limite estabelecido;

f. autorizar, a qualquer tempo, remanejamento de cotas de combustíveis;

g. propor aquisição de veículos, após manifestação dos órgãos competentes;

h. propor alienação de veículos pertencentes às Secretarias de Estado e à Procuradoria Geral do Estado;

i. receber, em doação, veículos arrolados como inservíveis pelas Autarquias do Estado;

VI - em relacao a Administracao dos Transportes Internos Motorizados no ambito das empresas em cujo capital o Estado tenha participacao majoritaria, das fundacoes instituidas ou mantidas pelo Poder Público Estadual e dos Fundos, as previstas nos artigos 4º e 6º do Decreto nº 43.027, de 8 de abril de 1998.

decreto Nº 51.463, de 1º de janeiro de 2007

Este é o decreto inicial e mais importante para fins de organização da atual Secretaria de Gestão Pública, tratando de todos os aspectos de atribuições funcionais, competências e estrutura interna.

O artigo 3º deste decreto define um amplo campo funcional para a Secretaria, com destaque para a

melhoria dos serviços públicos, política de recursos humanos, informática e internet.

De outra parte, a estrutura básica foi definida de forma simples e objetiva, focada nas áreas de recursos humanos, melhoria das organizações, gestão de programas , informática e internet, como se observa nos extratos, a seguir.

Art. 1º - A Secretaria de Gestão Pública, criada pelo inciso I do artigo 1º da Lei nº 12.474, de 26 de dezembro de 2006 , fica organizada nos termos deste decreto.

Art. 2º - À Secretaria de Gestão Pública cabe exercer, nessa área, funções de assessoramento, planejamento, coordenação, supervisão, orientação técnica, controle, execução e avaliação, em nível central.

Art. 3º - Constitui o campo funcional da Secretaria de Gestão Pública, além de outras funções compreendidas nas disposições do artigo anterior:

I - a coordenação da formulação e o controle da execução das Políticas para transformação da gestão pública e melhoria da qualidade dos serviços da Administração Pública Estadual;

II - a formulação e o controle da execução da Política de Recursos Humanos do Estado;

III - a coordenação e o gerenciamento do “POUPATEMPO - Centrais de Atendimento ao Cidadão” - Programa do Governo do Estado de São Paulo, instituído pela Lei Complementar nº 847, de 16 de julho de 1998;

IV - a coordenação, o acompanhamento e o controle:

a. das matérias relacionadas com o ambiente Internet do Governo do Estado, instituído pelo Decreto nº 42.907, de 4 de março de 1998;

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201068 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201068

b. do Programa Acessa São Paulo, instituído pelo Decreto nº 45.057, de 11 de julho de 2000 ;

c. de outros sistemas e programas compatíveis com o escopo da Secretaria de Gestão Pública, que vierem a ser implantados;

V - a formulação de diretrizes e o controle das atividades de informática da Administração Pública Estadual;

VI - quanto às entidades a ela vinculadas:

a. a execução das atividades voltadas à elevação do nível de eficiência e eficácia da Administração Pública Estadual, mediante desenvolvimento da tecnologia e formação e aperfeiçoamento dos servidores do Estado;

b. a execução dos serviços de processamento de dados e tratamento de informações para a Administração Direta e Indireta do Estado e a prestação de serviços de suporte técnico, treinamento, consultoria e gerenciamento na área da tecnologia da informação.

Art. 4º - A Secretaria de Gestão Pública tem a seguinte estrutura básica:

I - Gabinete do Secretário;II - Unidade Central de Recursos Humanos;III - Unidade de Desenvolvimento e Melhoria

das Organizações.

Parágrafo único - A Secretaria de Gestão Pública conta, ainda, com as seguintes entidades vinculadas:

1. Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP;2. Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - PRODESP.(*) Redação dada pelo Decreto nº 52.747, de 26 de fevereiro de 2008 “3. Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE.”.

Art. 30 - A Unidade Central de recursos Humanos é o órgão central de recursos humanos do Sistema de Administração de Pessoal relativo aos Servidores Públicos Civis do Estado, cabendo-lhe o planejamento, a coordenação, a orientação técnica e o controle, em nível central, das atividades de administração de pessoal da Administração Direta e das Autarquias, compreendendo as áreas de:

I - planejamento e controle de recursos humanos;

II - seleção e desenvolvimento de recursos humanos;

III - análise e estudos salariais;IV - legislação de pessoal.

Art. 31 - A Unidade Central de recursos Humanos tem, por meio de sua Assistência Técnica e de seus Grupos Técnicos, as seguintes atribuições:

I - na área de planejamento e controle de recursos humanos:

a. gerir as necessidades de recursos humanos do Estado, em função do planejamento e da ação governamental;

b. controlar a composição dos quadros de pessoal, observando a sua adequação aos padrões de lotação fixados;

c. orientar e controlar a atualização, a ampliação e o aperfeiçoamento dos cadastros de informações de pessoal do Estado;

d. promover o planejamento, o desenvolvimento e a implantação de sistemas de informações de pessoal, integrados aos existentes;

II - na área de seleção e desenvolvimento de recursos humanos:

a. elaborar estudos visando à fixação de normas e diretrizes gerais para a realização

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 69SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 69

de concursos públicos e para o cumprimento do estágio probatório;

b. controlar e fiscalizar os concursos públicos realizados pelos órgãos setoriais e subsetoriais do Sistema de Administração de Pessoal;

c. promover a execução de programas de treinamento, capacitação e desenvolvimento de recursos humanos e outros voltados à qualidade de vida;

III - na área de análise e estudos salariais, realizar estudos e examinar propostas relativas a:

a. política salarial e de benefícios a ser observada na Administração Direta e nas Autarquias;

b. definição do conteúdo ocupacional de cargos e funções;

c. fixação de requisitos para provimento ou preenchimento de cargos ou funções;

d. atividades de promoção, progressão, avaliação de desempenho e acesso;

IV - na área de legislação de pessoal:

a. realizar estudos visando à atualização e ao aperfeiçoamento da legislação de pessoal;

b. elaborar e propor a regulamentação de dispositivos legais relativos à área de recursos humanos;

c. acompanhar e prestar orientação técnica sobre a aplicação da legislação de pessoal;

V - promover a normatização dos processos da área de recursos humanos, visando a padronização dos procedimentos;

VI - acompanhar as atividades do auxílio-alimentação.

Art. 32 - À Unidade de Desenvolvimento e Melhoria das organizações cabe planejar, coordenar e apoiar a implementação de planos, programas e projetos para a transformação da

gestão pública paulista, compreendendo:

I - a avaliação do desempenho das organizações;

II - a concepção de estruturas e modelos de gestão;

III - a otimização da alocação de recursos para o alcance dos resultados;

IV - o controle, em nível central, das atividades de administração geral da Administração Pública Estadual, sem prejuízo das atribuições dessa natureza já conferidas a outros órgãos.

Art. 33 - A Unidade de Desenvolvimento e Melhoria das organizações tem, por meio de seu Corpo Técnico, as seguintes atribuições:

I - realizar estudos e elaborar propostas de concepções de:

a. estruturas organizacionais eficientes e modelos de gestão voltados para resultados;

b. função pública, compreendendo normas, critérios e modelos jurídico-institucionais condizentes com a variedade de requisitos operacionais das diversas ações e funções estatais;

II - avaliar propostas relativas à criação ou alteração de estruturas organizacionais;

III - promover e apoiar projetos de simplificação e otimização de regras, processos e atividades de órgãos, entidades e da Administração Pública Estadual em geral, incluindo-se ações de regulamentação, desregulamentação e terceirização de atividades de órgãos, entidades e sistemas estruturantes da ação administrativa estatal;

IV - promover estudos e implementar projetos de sistemas de informações, aprendizado, competências e conhecimento necessários à excelência dos processos organizacionais;

V - promover a gestão do conhecimento e a

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RELATóRIO DE GESTãO 2007-201070 RELATóRIO DE GESTãO 2007-201070

cooperação técnica em gestão pública de forma articulada com órgãos, entidades, Poderes e esferas federativas e outros países;

VI - propor, elaborar e implementar sistemas de mensuração, acompanhamento, avaliação e divulgação de resultados e do desempenho organizacional;

VII - desenvolver e implementar programas e projetos voltados ao aprimoramento e à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas organizações públicas ao cidadão e à sociedade;

VIII - formular e acompanhar as atividades relacionadas ao “Prêmio Governador Mário Covas”, instituído pelo Decreto nº 49.191, de 24 de novembro de 2004 .

decreto Nº 51.766, de 19 de abril de 2007

Alterou a denominação do Sistema Estratégico de Informações, acrescentou funções ao campo funcional da Secretaria de Gestão Pública, criou e organizou a Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação naquela Secretaria.

Com esta providência, se consolidou nesta Secretaria a competência referente aos assuntos de informática no Estado, na medida em que a Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação passou a ser o órgão central do Sistema voltado a essas finalidades.Os extratos, a seguir, mostram essa nova realidade.

Art.1º - O Sistema Estratégico de Informações, instituído pelo Decreto nº 40.656, de 9 de fevereiro de 1996, passa a denominar-se Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação.

Art. 2º - Passam a integrar o campo funcional da Secretaria de Gestão Pública, além das previstas no artigo 3º do Decreto nº 51.463, de 1º de janeiro de 2007 , as seguintes funções:

I - a formulação, a proposição e, quando aprovadas pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública, da Casa Civil, a implementação de:

a. diretrizes voltadas à elevação do nível de eficiência e eficácia da Administração Pública Estadual, mediante evolução do uso da tecnologia da informação e aperfeiçoamento dos servidores do Estado;

b. diretrizes e normas gerais da Administração Pública Estadual, relativas a recursos humanos, inclusive as referentes à política salarial no âmbito da Administração Direta e das Autarquias, suprimentos, patrimônio, atividades administrativas complementares e aquisições, contratações e terceirizações;

c. diretrizes e normas gerais relacionadas com o ambiente Internet do Governo do Estado, instituído pelo Decreto nº 42.907, de 4 de março de 1998, e o Programa Acessa São Paulo, instituído pelo Decreto nº 45.057, de 11 de julho de 2000 ;

d. diretrizes para execução de programa de utilização do poder de compra da Administração Pública Estadual;

II - a formulação e a proposição ao Comitê de Qualidade da Gestão Pública, de diretrizes para:

a. a implementação de padrões e indicadores de qualidade na prestação de serviços públicos pela Administração Estadual;

b. as atividades de tecnologia da informação e comunicação da Administração Pública Estadual;

III - a coordenação, o acompanhamento e o controle do Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação.

Artigo 3º - Fica transferido, do Comitê de Qualidade da Gestão Pública, da Casa Civil, para a Secretaria de Gestão Pública, o Grupo

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SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 71SECRETARIA DE GESTãO PúBLICA 71

Executivo de Tecnologia da Informação e Comunicação - GETIC.

Art. 4º - O Secretário de Gestão Pública passa a ter, além das previstas no artigo 39 do Decreto nº 51.463, de 1º de janeiro de 2007 , as seguintes competências, em nível central:

I - em relação ao Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação, exercer o previsto no inciso I do artigo 12 do Decreto nº 40.656, de 9 de fevereiro de 1996;

II - aprovar, para publicação periódica, os resultados de pesquisas de preços de insumos dos serviços de informática praticados no mercado, a serem utilizados como referência para exame da compatibilidade dos preços ofertados pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - PRODESP.

Art. 5º - Fica criada, na Secretaria de Gestão Pública, diretamente subordinada ao Titular da Pasta, a Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação como órgão central do Sistema a que se refere o artigo 1º deste decreto. Parágrafo único - A unidade criada por este artigo tem o nível hierárquico de Coordenadoria e integra a estrutura básica da Secretaria, definida pelo artigo 4º do Decreto nº 51.463, de 1º de janeiro de 2007.

Art 6º - A Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação tem a seguinte estrutura:

I - Assistência Técnica;II - Grupo Executivo de Tecnologia da Informação

e Comunicação - GETIC;III - Grupo de Gestão Estratégica de

Informações;IV - Grupo de Prospecção Tecnológica;V - Grupo de Relacionamento, Integração e

Compartilhamento de Informações;VI - Núcleo de Apoio Administrativo.

§ 1º - Os Grupos previstos nos incisos III, IV e V deste artigo têm o nível hierárquico de Departamento Técnico e contam, cada um, com Corpo Técnico.

§ 2º - O Núcleo de Apoio Administrativo tem o nível hierárquico de Serviço.

§ 3º - A Assistência Técnica e os Corpos Técnicos não se caracterizam como unidades administrativas.

Art. 7º - A Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação cabe o planejamento, a coordenação, a organização e o controle, em nível central, dos recursos de tecnologia da informação e comunicação no âmbito dos órgãos e entidades a seguir indicados:

I - Secretarias de Estado, Procuradoria Geral do Estado e demais órgãos da Administração Direta do Estado;

II - Autarquias Estaduais, inclusive as de regime especial;

III - Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Estadual;

IV - Empresas em cujo capital o Estado tenha participação majoritária;

V - demais entidades direta ou indiretamente controladas pelo Estado.

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