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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS PEQUENAS EMPRESAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Por: Dilvania da Silva Machado Orientador Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães NITERÓI

GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS PEQUENAS EMPRESAS … DA SILVA MACHADO.pdfRESUMO Dada a representatividade da pequena empresa no contexto econômico, há necessidade ... necessário a

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS PEQUENAS

EMPRESAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Por: Dilvania da Silva Machado

Orientador

Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães

NITERÓI

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2005

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS PEQUENAS

EMPRESAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso

de Pós-Graduação em Auditoria e Controladoria São os

objetivos da monografia perante o curso e não os objetivos

do aluno

Por: Dilvania da Silva Machado

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AGRADECIMENTOS

....a Deus, ao meu marido Aderbal, as

minhas filhas Beatriz e Raquel e a todas as

pessoas que direta ou indiretamente

contribuíram com seu apoio e interesse na

confecção deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

.....dedico em memória a minha mãe e ao meu

pai.

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RESUMO

Dada a representatividade da pequena empresa no contexto econômico, há necessidade

de se dar atenção especial a este segmento, pois, segundo estatísticas governamental,

ocorre a morte prematura de 80% das pequenas e microempresas nos primeiros dois anos

de atividades. E aos cinco anos de vida, período considerado para estabilização dos

empreendimentos, o índice de sobrevivência dessas empresas cai para o patamar de 10%.

Isso leva a conclusão de que erros de ordem mercadológicos e a falta de sustentação

financeira não são os únicos elementos que justificam esse insucesso. A falta de gestão

empresarial visando sucesso e perpetuação dessas empresas colaboram para sua

degeneração administrativa, econômica e financeira.

Diante do exposto, os princípios de Governança Corporativa adaptados ás

empresas de pequeno porte, divulgados através de um guia de informação denominado “

O ABC DA GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS EMPRESAS”

terá como missão fomentar a conscientização dos empresários, bem como influenciar

todos quantos são afetados pela falta de sobrevivência dessas pequenas corporações

como, governo, cidadãos, entidades representativas de classe, etc.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa, quanto aos meios, trata-se de uma

pesquisa bibliográfica, posto que foi elaborada a partir de material já publicado, quanto

aos fins, é uma pesquisa explicativa e descritiva, pois tem a finalidade de descrever , a

partir dos dados fornecidos pela literatura pesquisada sobre os princípios de Governança

Corporativa e a sua importância para o Brasil, necessário a sobrevivência da economia

nacional.

Utilizou-se como fonte de dados as obras dos principais autores, como por

exemplo Valdir de Jesus Lameira, João Bosco Lodi, o Código Brasileiro de Boas Práticas

de Governança Corporativa(IBGC), a Cartilha de Recomendações da Comissão de

Valore Mobiliários sobre Governança Corporativa, o estudo sobre as Micro e Pequenas

Empresas Comerciais e de Serviços do Brasil realizada pelo IBGE, o trabalho sobre

Demografia das Firmas no Brasil realizado por Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de

Melo Pereira, entre outros.A análise dos dados coletados foi realizada a partir de uma

metodologia descritiva, procurando descrever através do embasamento teórico

pesquisado, o que vem a ser Governança Corporativa, seus princípios, a falta de

perenidade das pequenas empresas do Estado do Rio de Janeiro e a apresentação de um

guia informativo sobre a relevância de profissionalização da gestão dessas empresas,

através do SEBRAE, principal entidade ligada a essas corporações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - GOVERNANÇA CORPORATIVA 09

CAPÍTULO II - A PEQUENA EMPRESA E TAXA

MORTALIDADE 33 CAPÍTULO III – A BUSCA PELA CONTINUIDADE 40

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

BIBLIOGRAFIA CITADA

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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INTRODUÇÃO

Este estudo tem por objetivo, apresentar uma proposta de adaptação aos princípios de

governança corporativa, mediante a divulgação de um informativo, cujo objetivo é

provocar mudanças de comportamento por parte dos empresários, como também do

parte do poder público e demais entidades

A importância dos princípios da governança corporativa para as pequenas empresas é

uma alternativa necessário a sobrevivência desse segmento da economia.

O estudo aborda os principais conceitos envolvidos no tema em questão, como a definição

de Governança Corporativa, o Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança

Corporativa, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa- IBGC, órgão

criado com a meta principal de contribuir para otimizar o conceito de Governança

Corporativa nas empresas do país, a Legislação Básica das Micro e Pequenas Empresas e

o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, entidade que

desenvolve programas de apoio a este segmento da economia.

Relata a importância das pequenas empresas no cenário econômico, bem como os fatores

limitantes para a sua sobrevivência.

Aborda os princípios que norteiam a Governança Corporativa e a proposta de adaptação

desses princípios ás pequenas empresas através do guia de informação sobre governança

corporativa, com a intenção de reduzir as altas taxas de mortalidade que tanto prejudica o

desempenho dessas corporações.

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CAPÍTULO I

GOVERNANÇA CORPORATIVA

O CONCEITO

O capítulo 1º enumera os principais conceitos envolvidos no tema em questão, como a

definição de Governança Corporativa,o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa, com propósito de ser a principal referência nacional em Governança

Corporativa,o Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa,o

conceito de “Stackholders”, os tipos de formas jurídicas mais comuns existentes para as

empresas no Brasil, a Legislação Básica da Micro e Pequena Empresa,o SEBRAE -

Serviço brasileiro de Apoio as microempresas e Pequenas empresas do Brasil.

Tomaremos como autores que em o texto referenciado Siffer Filho, 1998, p. 24,Ventura,

2001, p.2, Vasconcellos, 2002, Melo, 2003 , p 5

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Segundo Melo:

“ Governança Corporativa se relaciona á implementação de

condutas que buscam tornar mais eficiente a utilização dos recursos pelas

empresas, assegurando aos fornecedores de capital retorno adequado

sobre os seus investimentos” (Melo, 2003, p 5)

“O tema se apresenta como um conceito amplo que tem dominado as

agendas das economias desenvolvidas por mais de uma década,

especialmente nos Estados Unidos, na Europa e no Japão”.(Melo, 2003, p

5 )

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A expressão governança corporativa é a tradução da expressão inglesa

“Corporate Governança", que apesar de ser recente em sua forma

combinada, é composta por palavras inglesas bastantes antigas. A

expressão “Corporate surgiu com o advento do capitalismo anglo-saxão e

a expressão “ Governance” remonta a época bem mais antiga, pois foi

usada por Shakespeare para se referir ao poder quase divino que os Papas

da Religião Católica tinham para legislar em nome de Deus. O autor da

combinação dessas duas palavras parece ter dado a intenção de atribuir

aos acionistas, o poder supremo em relação a gestão de sua empresa,

embora respeitando os direitos dos demais participantes - “Stakeholders “

- do processo de Governança Corporativa( Ventura,2001, p. 2)

Governança corporativa pode ser compreendida como uma tema

multidisciplinar porque abrange e envolve questões de economia, de

direito, de contabilidade, de administração e até mesmo de história, porque

as instituições tem uma trajetória histórica também, comenta Siffer

Filho(Siffer Filho, 1998, p.24)

Segundo Araújo, os fundamentos da Governança Corporativa

compreendem um conjunto de controles básicos mediante os quais as

firmas são governadas.

O IBGC(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) define Governança

Corporativa como:

é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e

monitoradas,envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas,

conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho

fiscal.As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de

aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir

para a sua perenidade.(Código, 2001, p 6)

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1.1) GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL

Lodi comenta que o termo Governança Corporativa, apesar de já estar em uso há 10 anos

nos países avançados, ainda é novo no Brasil. Ao longo dos últimos anos apareceram

diversas definições. O Cadbury Report define-se como o “sistema pelo qual as

companhias são dirigidas e controladas. Ela coloca os conselheiros de administração no

centro de qualquer discussão sobre GC”.(Lodi, 2000 p 24)

Segundo Melo:

Os avanços tecnológicos têm reduzido os custos das transações no

mercado internacional permitindo maior integração entre os mercados. O

desenvolvimento das telecomunicações e da informática tem possibilitado

a execução rápida e segura das transações financeiras transferência de

recursos. Melhores arranjos institucionais permitem melhores vantagens

aproveitando de forma mais completa os benefícios trazidos pela

globalização.(Melo, 2003, p 59)

A discussão do tema Governança Corporativa chega ao Brasil com abertura dos

mercados e o fim das velhas formas de financiamento das empresas, provocando

mudanças legais e institucionais.

Segundo Rosenburg citado por Melo, 2003, p 59 :

“Como exemplos a nova Lei das S/A, as privatizações seguidas dos

investimentos nacionais e estrangeiros que mudaram o controle as

companhias e o Novo Mercado da Bovespa, que impõe regras rígidas de

transparências às empresas listadas.

A questão, no Brasil, é muito mais decisiva para o futuro das empresas do

que nos Estados Unidos. A governança corporativa à brasileira está ligada

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à aspiração, à diferença que faz a querer ser um competidor global ou

lojinha da esquina.(Rosenburg, 2001, p.100).

O debate em torno da Governança Corporativa se intensificou na última década, esclarece

Carvalhal da Silva (2002,p.11), na medida em que as relações entre acionistas e

administradores e entre acionistas e minoritários estão mudando com a reestruturação

societária provocada pelas privatizações e a entrada de novos sócios nas empresas do

setor privado, principalmente estrangeiros.

1.2) O IBGC ( Instituto Brasileiro de Governança Corporativa )

O IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da

governança corporativa no Brasil e o principal fomentador das práticas e

discussões sobre o tema no país, tendo alcançado reconhecimento

nacional e internacional.Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC-

uma sociedade civil de âmbito nacional,sem fins lucrativos- tem o

propósito de “ser a principal referência nacional em governança

corporativa; desenvolver e difundir os melhores conceitos e práticas no

Brasil,contribuindo para o melhor desempenho das organizações e,

conseqüentemente, para uma sociedade mais justa, responsável e

transparente”.(código, 2001 , p 7)

Em 1999 o IBGC(Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), diante das variantes de

definições, oficializou o seguinte conceito:

Governança Corporativa é o sistema que assegura aos sócios-

proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da

diretoria executiva.(Código, 1999)

A relação entre propriedade e gestão se dá através do conselho de administração, a

auditoria independente e o conselho fiscal, instrumentos fundamentais para o exercício do

controle. A boa Governança assegura aos sócio equidade, transparência, responsabilidade

pelos resultados(accountability) e obediência as leis do país(compliance).

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1.2.1)O Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa

O Código Brasileiro das Melhoras Práticas de Governança Corporativa preparado pelo

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC foi lançado em um evento na

Bovespa em 6 de maio de 1999, com a presença dos presidentes da Bovespa, da

Associação Brasileira das Companhias Abertas(Abrasca), da CVM e do IBGC.

No desenvolvimento do Código das Melhores Práticas de Governança

Corporativa foram ouvidas entidades governamentais, entidades de

mercado, associações de classe, associações de profissionais e indivíduos

de reconhecida competência na matéria, além de entidades internacionais

congêneres. O código, entretanto, foi elaborado com total independência

pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.(Código: 1999).

O código tem como objetivo indicar caminhos para as empresas visando melhorar seu

desempenho e facilitar o acesso ao capital.Dividido em seis partes, o código trata as

seguintes questões:Propriedade, Conselho de Administração, Gestão, Auditoria,

Fiscalização e Ética.

Segundo Lodi, 2000, pg 46 até 54)o código Brasileiro das Melhores Práticas foi

elaborado pelo IBGC com a finalidade de melhorar a Governança das empresas

brasileiras:

Este documento foi preparado pelo Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa como contribuição para o aperfeiçoamento da Governança

Corporativa das empresas no Brasil.Ele baseou-se na experiência de seus

associados, em Códigos de Melhores Práticas, tais como Cadbury, General

Motors, Hampel, NADC (National Association of Corporate Directors),

Viênot e outros, e leva em conta também algumas sugestões apresentadas

no “ Top Management Summit” realizado de 10 a 12 de abril de 1997 em

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Itu, Estado de São Paulo ( essas sugestões foram incorporadas num

documento editado pela Fundação Dom Cabral, intitulado “ Governança

Corporativa, Subsídios ao Código Brasileiro de Melhores Práticas”).(Lodi,

2000, p 46)

Embora a Governança Corporativa englobe os acionistas/quotistas, o

Conselho de Administração e seus comitês, o executivo principal (CEO), a

auditoria independente e o Conselho Fiscal, os códigos acima citados

estão focados no Conselho de Administração.(Lodi, 2000, p 46)

Conselho de Administração

Missão do Conselho de Administração

A missão do Conselho de Administração é proteger o patrimônio e

maximizar o retorno do investimento dos acionistas agregando valor ao

empreendimento.

O conselho de Administração deve zelar pela observância dos valores,

crenças e propósitos dos acionistas, nas atividades da empresa.)Lodi,

2000, p 47)

Competência do Conselho de Administração

O artigo 142 da Lei das Sociedades por Ações determina a competência do

Conselho de Administração. Deve-se destacar a determinação de

estratégias , a eleição destituição de diretores, a fiscalização da gestão dos

diretores e a eleição e destituição dos auditores independentes.

As atividades de competência do Conselho de Administração devem estar

normalizadas em um regimento interno, tornando claras suas

responsabilidades e atribuições, e prevenindo situações de conflito com a

diretoria executiva, notadamente com o executivo principal (CEO).

O Conselho de Administração deve estimular a criação formal de um

código de ética da empresa.

O Conselho de Administração não deve imiscuir-se nos assuntos

operacionais da diretoria executiva.( Lodi, 2000, p 47)

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Comitês do Conselho de Administração

Várias atividades do Conselho de Administração precisam de analise

profunda que tomam mais tempo do que é disponível nas reuniões.

Diferentes comitês, cada um com alguns membros do Conselho, devem ser

formados, por exemplo : comitês de nomeação, de auditoria, de

remuneração etc. Os comitês estudam seus assuntos e preparam as

decisões. Só o Conselho pleno pode tomar as decisões.(Lodi, 2000, p 47)

Auditoria independente

O Conselho de Administração, ou o comitê de auditoria (se existe),

negocia com os auditores independentes, estabelece o programa de

auditoria e acerta preço e prazo.(Lodi, 2000, p 48)

Tamanho do Conselho

O tamanho do Conselho de Administração deve ser o menor possível,

variando, em função do perfil da empresa, entre 5 e 9 membros.(Lodi, 2000,

p 48)

Reunião dos conselheiros externos (sessão executiva)

É função do Conselho avaliar a gestão da diretoria. Para que isto possa ser

feito sem constrangimento é importante que os conselheiros externos e

independentes possam reunir-se sem a presença dos

diretores/conselheiros internos. Se isto acontece com regularidade, os

diretores sentem-se menos desconfortáveis.(Lodi, 2000, p 48)

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Convidados para as reuniões do Conselho de Administração

Pessoas-chaves da empresa podem ser convidadas ocasionalmente para

as reuniões do Conselho de Administração para exporem suas

atividades.(Lodi, 2000, p48)

Avaliação do conselho e do conselheiro

Cada ano deve ser feita uma avaliação formal do desempenho do conselho

e de cada um dos conselheiros. A sistemática de avaliação deve ser

adaptada à situação de cada empresa.(Lodi, 2000, p48)

O Conselheiro

Qualificação do Conselheiro

Cada conselheiro deve ter:

· Integridade pessoal

· Capacidade de ler e entender relatórios financeiros

· Ausência de conflitos de interesse

· Disponibilidade de tempo

· Motivação

Na Composição do Conselho devem estar presentes entre os membros as

seguintes experiências ou conhecimentos:

· Experiência de participação em bons Conselhos de Administração, ou

seja, os reconhecidos por sua excelência

· Experiências como executivo principal

· Experiências em administrar crises

· Conhecimentos de finanças

· Conhecimentos contábeis

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· Conhecimentos do ramo da empresa

· Conhecimentos do mercado internacional

· Visão estratégica

· Contatos de interesse da empresa

A maioria do Conselho deve ser formada de conselheiros independentes

(ver este no tema a seguir).

O Conselho deve ter diversidade de conhecimentos e experiências.( Lodi,

2000, p 49)

Prazo do Mandato

O prazo do mandato do conselheiro deve ser definido. A sua duração deve

ser curta, variando entre 1 e 3 anos. A reeleição deve ser possível depois

de uma avaliação formal de desempenho. A reeleição não deve ser

automática.(Lodi, 2000, p49)

Limite de idade

Algumas pessoas já estão improdutivas antes de chegarem aos 60 anos.

Outras estão muito produtivas aos 75. Se o mandato é curto e o sistema de

avaliação de desempenho é eficiente, não deve ser fixado um limite de

idade.(Lodi, 2000, p 50)

Mudança de ocupação principal do conselheiro

A ocupação principal do conselheiro é um dos fatores importantes em sua

escolha. Quando muda a ocupação principal, o conselheiro deve

renunciar. O comitê de nomeação deve analisar a conveniência de propor a

sua reeleição.(Lodi, 2000, p 50)

Remuneração do conselheiro

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O conselheiro deve receber na mesma base do valor da hora de trabalho

do executivo principal, aplicado ao tempo efetivamente dedicado à

empresa pelo conselheiro.(Lodi, 2000, p 50)

Consultas externas

Os conselheiros devem ter direito de fazer consultas a profissionais

externos (advogados, auditores, especialistas em impostos, etc) pagos

pela empresa para obter uma segunda opinião. O Conselho deve preparar

um regulamento interno para isto(Lodi, 2000, p 50).

INDEPENDÊNCIA

A razão fundamental da importância de independência é evitar conflitos de

interesse.(Lodi, 2000, p 50)

Conselheiro independente

A maioria do Conselho deve ser formada por conselheiros independentes.

A definição de independência é:

· Não ter qualquer vínculo com a empresa

· Não ter sido empregado da empresa ou alguma subsidiária

· Não estar oferecendo algum serviço ou produto à empresa

· Não ser empregado de alguma entidade que esteja oferecendo

algum serviço ou produto à empresa

· Não ser cônjuge ou parente até segundo grau de algum diretor,

gerente da empresa ou pessoa física controladora direta ou indireta da

empresa

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· Não receber outra remuneração da empresa alem dos honorários de

conselheiro ou eventuais dividendos (se for também acionista).

O conselheiro deve trabalhar para o bem da empresa e por conseguinte

para todos os acionistas. O conselheiro deve buscar máxima

independência possível em relação ao acionista, grupo acionário ou parte

interessada que o tenha indicado para o cargo.(Lodi, 2000, p 51)

Conselheiros – Internos e Externos

Há três classes de conselheiros:

· Independentes (definição ver acima)

· Externos (conselheiros que não trabalham na empresa mas não são

independentes)

· Internos (conselheiros que são diretores da empresa ou que são

empregados pela empresa)

O Conselho fiscaliza a gestão dos diretores. Fiscalizar a si mesmo é uma

situação típica de conflito de interesse. Por conseguinte, deve-se evitar

acumulação de cargos entre conselheiros e diretores.( Lodi, 2000, p 51)

Presidente do Conselho e da Diretoria

Deve-se buscar a separação dos cargos do presidente do Conselho e do

presidente da diretoria (executivo principal).

A lógica é a mesma do caso de evitar conselheiros internos. O Conselho

fiscaliza e gestão dos diretores. Por conseguintes, o presidente do

Conselho não deve ser a mesma pessoa que o presidente da diretoria.(

Lodi, 2000, p 51)

Liderança independente do Conselho

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No caso em que o presidente do Conselho e o presidente da diretoria

sejam a mesma pessoa é importante que o Conselho tenha um membro de

peso, respeitado por seus colegas e a comunidade empresarial em geral,

que pode servir como um contrapeso ao poder da pessoa que é presidente

do Conselho e da diretoria.( Lodi, 2000, p 52)

TRANSPARÊNCIA / DISCLOSURE

Os acionistas têm o direito a informações transparentes e oportunas com

respeito às empresas onde estão investindo.

O funcionamento de um mercado de capital depende de informação

transparente das empresas.( Lodi, 2000, p 52)

Porta-voz da empresa

O Conselho de Administração deve designar uma só pessoa com a

responsabilidade de ser o porta-voz da empresa, eliminando-se o risco de

haver contradições entre as declarações do presidente do Conselho e as

do executivo principal. O diretor de relações com o mercado tem poderes

delegados pelo porta-voz da empresa.( Lodi, 2000, p 52)

Informação Balanceada

As informações da empresa devem ser equilibradas, devendo tratar tanto

de aspectos positivos quanto negativos para facilitar ao leitor a correta

avaliação da empresa.( Lodi, 2000, p 52)

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Veracidade da Informação

O Conselho de Administração e o porta-voz da empresa devem assegurar-

se de que as informações aos acionistas e ao mercado são verídicas.

Informações falsas devem ser punidas.( Lodi, 2000, p 52)

Sistemas de Avaliação

Os sistemas de avaliação do Conselho, dos conselheiros, do executivo

principal e dos diretores devem ser explicados no relatório anual da

empresa.( Lodi, 2000, p 53)

Ações e remuneração dos conselheiros e diretores

Os códigos de melhores práticas internacionais recomendam que o

relatório anual especifique o número de ações e a remuneração de cada um

dos conselheiros e diretores.( Lodi, 2000, p 53)

Práticas de governança Corporativa

O relatório anual deve indicar qual Código das Melhores Práticas tem sido

usado pela empresa e explicar todos os desvios da empresa deste

código.(Lodi, 2000, p 53)

PROCESSOS E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Avaliação do executivo principal

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O conselho de Administração deve fazer anualmente uma avaliação formal

do desempenho do executivo principal.( Lodi, 2000, p 53)

Planejamento da sucessão

O conselho de Administração deve ter, sempre atualizado, um plano de

sucessão do executivo principal e de todas as outras pessoas-chaves da

empresa.( Lodi, 2000, p 53)

Introdução de novos conselheiros

Cada novo conselheiro deve ser exposto a um programa de introdução,

incluindo uma pasta do Conselho com a descrição da função do

conselheiro, os últimos relatórios anuais, atas das assembléias ordinárias e

extraordinárias, atas das reuniões do Conselho e outras informações da

empresa. O novo conselheiro deve ser apresentado a seus colegas, aos

diretores e às pessoas-chave da empresa. Também deve visitar fabricas e

locais de negócios. Dependendo do perfil da empresa, devem ser incluídos

programas adicionais. ( Lodi, 2000, p 53)

REUNIÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Documentação das reuniões

A eficácia das reuniões do Conselho de Administração depende muito da

qualidade da documentação distribuída antecipadamente aos

conselheiros. As proposta para decisões devem ser formuladas. A

documentação deve estar em mãos dos conselheiros antes do fim de

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semana anterior à reunião. Os conselheiros devem haver lido tudo e estar

bem preparados para a reunião.( Lodi, 2000, p 54)

Agenda

A agenda da reunião do Conselho de Administração deve ser preparada

pelo presidente do Conselho com base em sugestões de conselheiros e

diretores.(Lodi, 2000, p 54)

Atas das reuniões do Conselho de Administração

É importante ter um bom secretário para as reuniões do Conselho de

Administração. Decisões tomadas ficam registradas na ata. É importante

que a ata seja fidedigna. Os conselheiros devem ler as atas com atenção.(

Lodi, 2000, p 54)

O conceito de “Stackholders”

Segundo Saddi, citado por Melo, 2003, pg 56

Edward Freeman foi o primeiro a discutir o conceito de stakeholder.

Qualquer participante no processo possui um stake, ou seja, uma parte ou

ascendência sobre a corporação.A idéia de stake é oriunda do sentido que

se lhe dá no jogo de poker, onde alguém que detém um stake, detém uma

vantagem maior ou ainda alguém com um stake é quem, no âmbito de

determinadas regras estabelecidas, coloca algum valor econômico a prêmio

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explica Saddi em sua obra “ Por uma nova visão do regulador bancário”,

onde ele inclui os reguladores como stakeholders (Saddi, 2001, p.92-103)

Stakeholders são todos aqueles agentes econômicos que possuem um

stake, uma parte com valor na empresa. O regulador deve ser incluído

como stakeholders na medida que possui um interesse intrínseco na

empresa para cumprir os seus objetivos, quais sejam, entre outros, evitar

falhas no mercado.

Numa visão mais ampla, a empresa e os administradores não só prestariam

conta de sua atuação aos acionistas como também os stakeholders, ou

seja, a todos os agentes que tiverem na gestão da empresa.

1.3) Principais tipos de formas jurídicas mais comuns existentes para as empresas

no Brasil.

Sociedade por cotas de responsabilidade limitada ( LTDA )

Regida pelo Decreto 3.708, de 10 de janeiro de 1919, este tipo sociedade, pela facilidade

de registro e versatilidade, constitui a esmagadora maioria de empresas registradas e em

operação no Brasil.É a sociedade empresária cujo capital é dividido por cotas

responsabilidade limitada.A principal vantagem decorre do fato de os sócios possuírem

responsabilidade limitada ao montante do capital social, com a possibilidade ainda, de

serem constituídas sob “denominação comercial”, identificando, de imediato, o seu

objetivo social e, por conseguinte, facilitando a fixação de sua marca perante o

consumidor.Quanto ao capital, este tipo de sociedade permite a integralização parcelada,

sem a necessidade de alteração contratual.

Sociedade Anônima ( S/A )

Regida pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976,também denominada de companhia

ou sociedade anônima,normalmente são empresas de grande porte, podendo ser de capital

fechado ou de capital aberto, quando têm suas ações negociadas em Bolsas de Valores.

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É a sociedade empresária, cujo capital é dividido em ações, ou seja, cada acionista

participa com um determinado número de ações.Nesta sociedade cada sócio ou acionista

obriga-se somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.

AÇÕES

A lei 6.404 de dezembro de 1976 define ações como títulos de propriedade

representativos das cotas-partes em que divide o capital social de uma sociedade por

ações.Uma ação representa a menor fração em que é dividido seu capital.As ações

conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares são ordinárias,

preferenciais ou de fruição.(Lei 6404 Art. 15 )

ORDINÁRIAS

São ações comuns, desprovidas de qualquer restrições, porém, não dotadas de nenhum

privilégio, salvo o direito ao voto.(Lei 6.404 Art. 16)

PREFERENCIAIS

São aquelas que conferem preferências previamente declaradas nos estatutos, tais

como:prioridade na distribuição e/ou prioridade no reembolso do capital, com ou sem

prêmio.(Lei 6.404 Art. 17)

FRUIÇÃO

São aquelas que substituem as totalmente amortizadas.A amortização consiste na

distribuição aos acionistas a título de antecipação e sem redução do capital social, de

quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia.

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26

As ações quanto a forma de circulação podem ser nominativas, endossáveis ao

portador.(Lei 6.404 Art. 18)

A) Nominativas: a propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do

nome do acionista no livro de “Registro das Ações Nominativas” com assinatura do

cedente e do cessionário(Lei 6404 Art. 31)

B) Endossáveis: a propriedade das ações endossáveis presume-se pela posse do título

com base em série regular de endossos, mas o exercício de direitos perante a companhia

requer a averbação do nome do acionista no livro “Registro de Ações Endossáveis”, além

do certificado( Lei 6.404 Art. 31,I)

1.4) LEGISLAÇÃO BÁSICA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

A constituição Federal e o Estatuto

A Constituição Federal de 1988 contempla nos artigos 146, 170 e 179 as normas que

se baseiam as medidas e ações de apoio às micro e pequenas empresas. O art. 170

garante tratamento jurídico diferenciado, com o objetivo de simplificar e reduzir as

obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. O art. 146 possui dois

novos incisos aprovados pela Reforma Tributária de 2003, que incluiu o regime único de

arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados e dos Municípios.

A Lei 7.256 de 1984 foi o 1º Estatuto da Microempresa, que estabeleceu tratamento

especial para as empresas de pequeno porte, bem como, apoio ao segmento nas áreas

administrativas, tributárias, previdenciárias e trabalhistas.O segundo Estatuto aprovado em

1984 através da Lei 8.864, tal como o Estatuto anterior, não regulamentou todos os

benefícios previstos pela Lei. Em 1996 foi obtida a aprovação da Lei 9.317, incluindo as

pequenas empresas como beneficiárias da tributação simplificada, além de ampliar a

relação de impostos e contribuições no regime de arrecadação único(Simples). Um novo

Estatuto foi aprovado em 1999 através da Lei 9.841 fundamentada nos artigos 170 e 179

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da Constituição Federal e, regulamentada pelo Decreto 3.474/2000.Esta estabeleceu

normas de tratamento diferenciado aos pequenos empreendimentos nas áreas

administrativa, tributária, trabalhista, creditícia e de desenvolvimento empresarial. A Lei

simplificou o registro de novas MPEs, acabando com a exigência da subscrição por

advogado no ato constitutivo, bem como, da apresentação de algumas certidões negativas.

Segundo o SEBRAE, no Estatuto e no Decreto estão previstos diversas ações de apoio as

MPEs como abaixo:

Diversas outras ações de apoio estão previstas no Estatuto e no Decreto

3.474, necessitando de implementação, como as seguintes: aplicação nas

MPEs de vinte por cento dos recursos federais em pesquisa e capacitação

tecnológica(art. 20): constituição de sociedades de garantia solidária(art.

25); implementação de incentivos fiscais e financeiros para o

desenvolvimento empresarial(art. 19), entre outras medidas (compilado do

site http://www.sebrae.com.br//br/aprendasebrae/estudosepesquisas.asp)

Critérios de tamanho de empresa

A adoção de critérios para a definição de tamanho de empresa constitui

importante fator de apoio às micro e pequenas empresas, permitindo que

as firmas classificadas dentro dos limites estabelecidos possam usufruir os

benefícios e incentivos nas legislações que dispõem sobre o tratamento

diferenciado ao segmento, e que buscam alcançar objetivos prioritários de

política, como o aumento das exportações, a geração de emprego e renda,

a diminuição da informalidade dos pequenos negócios, entre outras.

No Estatuto de 1999, o critério adotado para conceituar micro e pequena

empresa é a receita bruta anual, cujos valores foram atualizados pelo

Decreto nº 5.028/2004, de 31 de março de 2004, que corrigiu os limites

originalmente estabelecidos ( R$ 244.000,00 e R$ 1.200.000,00,

respectivamente ) . Os limites atuais são os seguintes:

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· Microempresa : receita bruta anual igual ou inferior a R$

433.755,14 ( quatrocentos e trinta e três mil, setecentos e cinqüenta e cinco

reais e quatorze centavos) ;

· Empresa de Pequeno Porte : receita brutal anual superior a R$

433.755,14 e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00 ( dois milhões, cento e trinta

e três mil, duzentos e vinte e dois reais) .

Atualmente, os critérios acima vêm sendo adotados em diversos

programas de crédito do governo federal em apoio às MPE. O regime

simplificado de tributação SIMPLES também adota o critério do Estatuto

para enquadrar pequena empresa, mas ainda não corrigiu o valor antigo,

que permanece em R$ 1.200,00 . Em diversos regimes simplificados de

tributação dos Estados também são utilizados os limites de valor do

Estatuto, enquanto outros Estados utilizam limites próprios, adaptados à

situação econômica e fiscal própria .

Além do critério adotado no Estatuto, o SEBRAE utiliza ainda o conceito

de pessoas ocupadas nas empresas, principalmente nos estudos e

levantamentos sobre a presença da micro e pequena empresa na economia

brasileira, conforme os seguintes números :

· Microempresa : i) na indústria, até 19 pessoas ocupadas; ii) no

comércio e serviços, até 09 pessoas ocupadas;

· Pequena empresa : i) na indústria, de 20 a 99 pessoas ocupadas; ii)

no comércio e serviços, de 10 a 49 pessoas ocupadas .

As estatísticas sobre micro e pequenas empresas divulgadas neste portal

utilizam o critério acima, nos levantamentos que têm como fonte de dados

o IBGE . Nos levantamentos dos censos e pesquisas socioeconômicas,

anuais e mensais, o IBGE classifica as firmas segundo as faixas de pessoal

ocupado total . O conceito abrange não somente os empregados, mas

inclui também os proprietários das empresas, como forma de se dispor de

informações sobre o expressivo número de micro unidades empresariais

que não empregam trabalhadores, mas funcionam como importante fator

de geração de renda para seus proprietários (SEBRAE

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1.5)O SEBRAE-SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICROEMPRESAS E

PEQUENAS EMPRESAS DO BRASIL.

Conforme pesquisa realizada no site do Sebrae, discorremos abaixo o histórico, missão e a

estrutura dessa importante entidade.

O SEBRAE, trabalha desde 1972 pelo desenvolvimento sustentável das

empresas de pequeno porte. Para isso, a identidade promove cursos de

capacitação, facilita o acesso a serviços financeiros, estimula a cooperação

entre as empresas, organiza feiras e rodadas de negócios e incentiva o

desenvolvimento de atividades que contribuem para a geração de emprego

e renda. São centenas de projetos gerenciados pelas Unidades de

Negócios e de Gestão do SEBRAE.

Hoje o SEBRAE atua no Brasil inteiro, com unidades nos 26 estados e no

Distrito Federal, que formam um sistema de ampla capilaridade, com

aproximadamente 600 pontos de atendimento, do extremo Norte ao extremo

Sul do País.

Estrutura

O Sebrae é uma sociedade civil sem fins lucrativo, que tem o objetivo de

promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos

empreendimentos de micro e pequeno portes. Sua receita principal advém

da contribuição das empresas, em média 0,6% sobre a folha de pagamento,

recolhida pelo INSS.

Do total dessa contribuição, que gira em torno de R$ 840 milhões, 65% são

aplicados diretamente às programações orçamentárias das Unidades

Estaduais. São os chamados recursos ordinários.

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Conselho Deliberativo Nacional

O órgão máximo do Sistema Sebrae é o Conselho Deliberativo Nacional

(CDN), responsável por traçar as políticas e estratégias gerais de atuação,

instituindo normas e orientando o trabalho de todo o conjunto.

O presidente do Conselho Deliberativo é eleito pelo próprio Conselho,

sendo escolhido entre um dos seus integrantes para mandato de dois

anos, renovável. É também o Conselho Deliberativo Nacional que elege a

Diretoria Executiva, por indicação de um dos seus integrantes, igualmente

para mandato de dois anos, também renovável.

O Conselho Deliberativo Nacional tem 13 membros, que representam o

Governo Federal, entidades empresarias de classe e instituições de

tecnologia, que aprovam suas grandes políticas.

Este Conselho, já em sua composição, reflete a parceria que criou o Sebrae

e respalda suas atividades. Integram-no representantes das seguintes

entidades:

· Associação Brasileira de Instituições Financeiras de

Desenvolvimento (ABDE)

· Associação Brasileira dos Sebraes das Unidades Federais

(Abase) Associação Nacional das Entidades Promotoras de

Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec)

· Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das

Empresas Industriais (Anpel)

· Banco do Brasil S. A.

· Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES)

· Caixa Econômica Federal (CEF)

· Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB)

· Confederação Nacional da Agricultura (CNA)

· Confederação Nacional do Comércio (CNC)

· Confederação da Indústria (CNI)

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· Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

· Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Diretoria Executiva

Abaixo do Conselho, existe uma Diretoria Executiva (DIREX), com diretor

Presidente, diretor Técnico e diretor de Administração e Finanças.

A Diretoria Executiva comanda 12 Unidades de Negócios e de Gestão, que

trabalham em estreita articulação. É comum duas ou mais unidades atuarem

conjuntamente em um mesmo programa ou projeto. Essa estrutura se

repete nas Unidades Estaduais.

· Unidade de Educação – Gerente : Ênio Duarte Pinto

· Unidade de Acesso a Serviços Financeiros – Gerente : Carlos

Alberto dos Santos

· Unidade Políticas públicas – Gerente : Bruno Quick

· Unidade de Desenvolvimento Local : Gerente : Juarez de Paula

· Unidade de Acesso a Mercados – Gerente : Raissa Rossiter

· Unidade de Orientação Empresarial – Gerente : Oscar Ferreira da

Silva Júnior

· Unidade de Desenvolvimento Setorial – Gerente : Vinícius Nobres

Lages

· Unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia – Gerente : Paulo

César Rezende de Carvalho Alvim

· Unidade de Estratégias e Diretrizes – Gerente : Gustavo Morelli

· Unidade de Qualidade de Equipes – Gerente : Maria de Lourdes e

Silva

· Unidade de Administração e Finanças – Gerente : Marcello Joé

Mattoso d’Ávila

· Unidade de Marketing e Comunicação – Gerente : Luiz Eduardo

Barreto

· Unidade de Tecnologia da Informação – Gerente : Wolney

Mendes Martins

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· Unidade de Gestão Orçamentária – Gerente : Domingos Poubel de

Castro

· Assessoria de Assuntos Legislativos – Assessor : Antônio

Carlos Pojo do Rego

· Auditoria – Gerente : Luiz Carlos Braga de Figueiredo

· Assessoria Jurídica – Assessor : Paulo Oliveira

· Assessoria de Assuntos Internacionais – Assessor : Renato

Caporali

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CAPITULO II

A PEQUENA EMPRESA E A TAXA DE MORTALIDADE

O capítulo 2º do trabalho relata a importância das pequenas empresas no cenário

econômico brasileiro, bem como os fatores limitantes á sobrevivência dessas corporações.

O texto referenciado embasa-se no relatório de pesquisa realizado pelo Serviço

Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e a Fundação

Universitária de Brasília – FUBRA e do estudo especial sobre as Micro e Pequenas

empresas de comércio e Serviços no Brasil , relativo ao ano de 2001, realizado pelo IBGE

– Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O fechamento prematuro de empresas no País tem sido uma das

preocupações da sociedade, particularmente para as entidades que

desenvolvem programas de apoio ao segmento de pequeno porte, como é

o caso do SEBRAE, cuja atuação coordenada e efetiva busca a

permanência das micro e pequenas empresa em atividade, evitando o seu

encerramento precoce.(SEBRAE 2005)

Segundo o IBGE, uma importante contribuição das micro e pequenas

empresas no crescimento e desenvolvimento do País é a de servirem de

“colchão” amortecedor do desemprego. Constituem uma alternativa de

ocupação para uma pequena parcela da população que tem condição de

desenvolver seu próprio negócio, e em uma alternativa de emprego formal

ou informal, para uma grande parcela da força de trabalho excedente, em

geral com pouca qualificação, que não encontra emprego nas empresas de

maior porte.( IBGE 2001)

2.1)Conceituação de micro e pequenas empresas

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Segundo estudo especial sobre as Micro e Pequenas de Comércio e Serviço no Brasil

realizado pelo IBGE no ano 2001, as MPEs são conceituadas e classificadas conforme

abaixo:

Não há unanimidade sobre a delimitação do segmento das micro e

pequenas empresas.Observa-se, na prática, uma variedade de critérios

para a sua definição tanto por parte da legislação específica, como por

parte de instituições financeiras oficiais e órgãos representativos do setor,

ora baseando-se no valor do faturamento, ora no número de

pessoas.(IBGE 2001)

2.2)TIPOS DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

As micro e pequenas empresas podem ser de dois tipos: empregadoras e

familiares. As MPE´s empregadoras foram definidas como aquelas que

tinham pelo menos uma pessoa na condição de empregado em 2001 e as

familiares como aquelas em que apenas trabalhavam os proprietários, os

sócios e/ou membros da família.

O estudo realizado pelo IBGE em 2001 , computou um total de 1,1 milhão

de MPE´s empregadoras e 926,8 mil familiares, nas atividades de comércio

e serviços.( IBGE, 2001)

Na composição das micro e pequenas empresas comerciais varejistas, o

“comércio de produtos alimentícios ” apresentava a maior proporção de

empresas familiares, respondendo por 58,9% do total, seguido do “

comércio de outros produtos( livros, revistas, papelarias, artigos de

informática, etc), com 47,1% , e ” tecidos e artigos do vestuário” , com

44,8%.O comércio de combustíveis apresentava a menor proporção de

micro e pequenas empresas familiares na sua composição.( IBGE, 2001)

2.3)Características Gerais das Micro e Pequenas Empresas

a) Baixa intensidade de capital:

b) Altas taxas de natalidade e de mortalidade: demografia elevada;

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c) Forte presença de proprietários, sócios e membros da família como

mão-de-obra ocupada nos negócios;

a. Poder decisório centralizado;

b. Estreito vínculo entre os proprietários e aa empresas, não se

distinguindo, principalmente em termos contábeis e financeiros, pessoa

física e jurídica;

c. Registros contábeis pouco adequados;

d. Contratação direta de mão-de-obra;

e. Utilização de mão-de-obra não qualificada ou semiqualificada;

f. Baixo investimento em inovação tecnológica;maior dificuldade de

acesso ao financiamento de capital de giro; e

g. Relação de complementaridade e subordinação com as empresas

de grande porte.

O comportamento das taxas de mortalidade das empresas mostra-se

bastante sensível á variável de porte/tamanho das empresas. Observou-se

que as taxas mais elevadas ocorrem nas empresas de menor porte. As

taxas de mortalidade do segmento de serviços foram superiores ás do

segmento comercial, em todos os anos e em todas as classes de pessoas

ocupadas. O setor de serviços, de modo geral, está mais intrinsecamente

ligado á atividade empresarial do que as famílias, e, desse modo, suas

taxas de mortalidade refletiram não apenas o aumento da concorrência

entre as empresas, como também o fraco desempenho da economia

brasileira nos últimos anos.( IBGE, 2001)

2.4) DEMOGRAFIA DAS FIRMAS NO BRASIL

Segundo o trabalho elaborado por Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de Mello Faria,

cujo objetivo principal foi a identificação das tendências de longo prazo da composição de

firmas no Brasil, com base nas taxas observadas de sobrevivência e mortalidade do setor

formal da economia brasileira, com cortes por porte, idade região e setor de atividade.

Conforme informações obtidas do Ministério do trabalho e Emprego

(MTE), no ano de 200 existiam no País 5,1 milhões de estabelecimentos

formais, dos quais 2,2 milhões eram empregadores, ou seja, com pelo

menos 1 empregado durante esse ano. Essa “população” era composta por

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unidades de diferentes tamanhos e idades, se localizava em diferentes

regiões geográficas e atuava nos diversos setores econômicos.

O ambiente de negócios em que essas unidades nascem, se desenvolvem

e morrem, é influenciado por fatores conjunturais, que podem alterar sua

dinâmica de sobrevivência. Por outro lado, características mais profundas,

tais como escala ótima de operação, ambiente tributário e barreiras de

entrada, cuja alteração só ocorre em prazos mais longos, condicionam

preponderantemente as tendências demográficas da população de firmas.

2 .4.1)Conceitos Básicos

Diversos estudos publicados nos últimos anos focalizaram as diferentes

taxas de sobrevivência de empresas no Brasil. Em particular, observaram-

se elevadas taxas de nascimento e morte de micro empresas e o relevante

papel dessas na geração dos novos empregos.

De fato, as firmas de menor porte nascem em quantidade muito maior,

apresentam grande flexibilidade para o atendimento a mudanças no

mercado, têm estruturas mais ágeis e menos burocratizadas. Entretanto, um

conjunto de fatores está associado à sua alta taxa de mortalidade, tais

como inexperiência dos novos empreendedores, dificuldades de acesso ao

credito, baixa escala, etc.

2.4.2) Classificação das Firmas

Firmas são caracterizadas por um endereço postal. Portanto uma empresa

pode ser composta por várias firmas. Ao longo deste trabalho os termos

firmas e estabelecimentos são usados indistintamente.

As firmas foram classificadas por porte, idade, setor e região, de acordo

com os critérios detalhados a seguir.

Adotou-se a seguinte tipologia para definição de porte:

Micro (0) – Estabelecimentos sem empregados;

Micro (1-4) – Entre 1 e 4 empregados;

Micro (5-19) – Entre 5 e 19 empregados;

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Pequena – entre 20 e 99 empregados;

Média – Entre 100 e 499 empregados;

Grande – Mais de 500 empregados;

Quanto à idade, os estabelecimentos foram classificados como: 0 (entre 0 e

1 ano), 1 (entre 1 e 2 anos), 2 (entre 2 e 3 anos), 3 ( entre 3 e 4 anos) e 4

anos ou mais.

Setorialmente, as firmas foram agrupadas em : Indústria, Comércio,

Serviços e Agropecuária.

A análise regional foi realizada com base nas cinco regiões geográficas:

Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

2.5) PERFIL ATUAL DO ESTOQUE DE FIRMAS BRASILEIRAS

Gráfico 1 – Participação no estoque por idade em 2000

18%

14%

11%10%

47% 0 ano

1 ano

2 anos

3 anos

4 ou+

Fonte: Elaborado por Roberto de Oliveira e Daniela de Melo Farias, 2003

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O Brasil apresenta um perfil jovem das firmas: 53% dos estabelecimentos do País tinham 3

anos ou menos em 200. Como se verá mais adiante, esse perfil está associado às altas

taxas de nascimento e mortalidade das firmas de menor porte.

O Gráfico 2 evidencia a enorme preponderância das firmas de menor porte: 92,8% das

firmas em 2000 eram de porte micro( até 19 empregados).

Gráfico 2 – Participação no Estoque por Portes

Em 2000

Fonte: Elaborado por Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de Melo Farias, 2003

Quanto à distribuição setorial, o perfil de firmas é fortemente concentrado no setor

terciário. Comércio e Serviços detinham 73% do total de firmas em 2000, como se pode

observar no Gráfico 3, a seguir.

11,8%

58,3%

22,8%

5,8%

1,2%

0,2%

Zero emp.

1 a 4 emp.

5 a 19 emp.

20 a 99 emp.

100 a 499 emp.

>500 emp.

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Gráfico 3 – Participação no Estoque por Setores

Em 2000

15,2%

37,3%36%

11,5%

Indústria

Comécio

Serviços

Agropecuária

Fonte: Elaborado por Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de Melo Farias,

2003.

Quanto à distribuição regional, o Gráfico 4 a seguir, mostra grande concentração na

Região Sudeste, que detêm mais da metade das firmas do País.

Gráfico 4 – Participação no Estoque por Região em 2000

2,8% 12,8%

54,5%

21,9%

8,0%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Fonte: Elaborado por Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de Melo Faria

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40

CAPÍTULO III

A BUSCA PELA CONTINUIDADE

O capítulo 3º da monografia visa demonstrar a possibilidade de adaptar os princípios de

Governança Corporativa, bem como apresentar um guia informativo, denominado “ O

ABC da Governança Corporativa para as pequenas empresas do Estado do Rio de

Janeiro”, para que efetivamente esses princípios possam ser aplicados, promovendo assim

o desenvolvimento sustentável dessas empresas.

Tomaremos como autores que em o texto referenciado Valdir de Jesus Lameira, João

Bosco Lodi, Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa(IBGC).

3.1)Princípios Básicos de Governança Corporativa

Segundo o IBGC os princípios básicos de governança corporativa são:

- Transparência;

- Equidade;

- Prestação de contas (accountability);

- Responsabilidade corporativa.

A transparência diz respeito ao nível de comunicação interna e externa que deve ser

espontânea franca e rápida, para que favoreça um clima da confiança,tanto internamente,

quanto nas relações da empresa com terceiros.Não se restringindo somente ao

desempenho econômico-financeiro como também contemplando os demais

fatores(inclusive os intangíveis) e que conduzem a criação de valor. A gestão transparente

é um princípio fundamental que todo cidadão de defender. Em relação a equidade,

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caracteriza-se pelo tratamento justo e igualitário que todos os grupos minoritários, sejam

do capital ou das demais “partes interessadas (stakeholders), como colaboradores,

clientes, fornecedores ou credores.Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer

pretexto, são totalmente inaceitáveis.Já o princípio da prestação de contas (accoutability),

responsabiliza os agentes de governança corporativa pela atuação e por todos os atos

praticados no exercício de seus mandatos.Finalmente a responsabilidade corporativa dos

conselheiros e executivos que tem o dever de zelar pela perenidade das organizações, com

a visão de longo prazo e sustentabilidade.Uma estratégia empresarial que contempla todos

os relacionamentos com a comunidade em que a sociedade atua.

Segundo o código:

A função social da empresa deve incluir a criação de riquezas e de

oportunidade de emprego,qualificação e diversidade da força de trabalho,

estímulo ao desenvolvimento científico por intermédio de tecnologia,

melhoria da qualidade de vida por meio de ações educativas,culturais,

assistenciais e de defesa do meio ambiente.Inclui-se neste princípio a

contratação preferencialmente de recurso(trabalho e insumo)oferecido pela

própria comunidade.(CÓDIGO, 2001)

Segundo Melo:

Com base no trabalho desenvolvido pela OECD (Organization for

Economic co-Operation and Development), os princípios que norteiam a

boa governança e que deveriam ser seguidos por todos os tipos de

sociedades, por ações de capital aberto ou fechado, Ltda ou civis, são

quatro a saber:

Equidade - (Fairness) tratamento justo para todos os acionistas, cotistas,

além da clareza e consistência nos contratos com os provedores de

recursos.

Transparência - (Transparency) transparência das operações junto aos

agentes envolvidos, principalmente acionistas.

Prestação de contas(Accountability) a divergência de interesse entre o

administrador e o acionista tem sido a tônica nas empresas modernas

exigindo que os direitos e responsabilidades de cada um sejam claramente

definida.

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Responsabilidade (Responsability) responsabilidade dos agentes

diretamente envolvidos na gestão da empresa.(MELO, 2001)

3.2)Como posso adaptar esses princípios?

O intuito de adaptar os princípios de governança corporativa ás características

próprias da realidade brasileira, notadamente das pequenas empresas, e com a finalidade

de aumentar a taxa de sobrevida dessas empresas.

Apesar da Lei 9.317 de 5 dezembro de 1996, que instituiu o Sistema Integrado

de Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de

Pequeno Porte – SIMPLES que simplificou a apuração dos impostos, para satisfazer o “

Princípio da Transparência é fundamental a utilização da contabilidade para se obter

informações confiáveis e oferecer aos usuários dessas, como os sócios, Governo, bancos,

fornecedores, etc., a real situação econômica, financeira e social da empresa. Este é o

princípio fundamental que todo cidadão deve defender.

O “ Princípio da Equidade”, refere-se ao tratamento justo e equânime que se

deve caracterizar o relacionamento entre os agentes de governança e os sócios da

empresa. Em relação as pequenas empresas, os agentes de governança seria um conselho

de administração, nomeados pela diretoria executiva do SEBRAE através das unidades de

Negócios e de Gestão que trabalhariam em conjuntamente em um mesmo programa ou

projeto.

O código define a missão do conselho de administração da seguinte forma:

A missão do conselho de administração é proteger o patrimônio e

maximizar o retorno do investimento dos sócios agregando valor do

empreendimento. O conselho de administração deve zelar pelos valores da

empresa , crenças e propósitos dos proprietários, discutidos, aprovados e

revistos em reunião. (Código, 2001)

Segundo Melo:

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A composição do conselho de administração segundo Araújo, propõe um

conselho de administração independente, formado por profissionais

externos que permite a separação pessoal e não apenas institucional do

órgão. Argumenta que além de trazer independência, garante a discussão

exaustiva dos problemas e a contribuição de profissionais qualificados

que permitirá a empresa acesso a técnicas modernas de administração,

gestão e condução dos negócios, tornando a empresa mais competitiva. A

composição do conselho deve considerar as experiências e conhecimentos

de seus membros. A habilidade em lidar com finanças, conhecimentos de

contabilidade, experiência quanto ao funcionamento do mercado nacional

e internacional e conhecimento do ramo da empresa são atributos

necessários aos seus membros.( Melo pg 45)

Já a Prestação de Contas, cujo princípio responsabiliza os agentes de

governança por todos atos praticados no exercício de seus mandatos, é um importante

agente de governança corporativa e tem como atuação fundamental, averiguar e constatar

se as demonstrações contábeis refletem adequadamente a realidade da empresa. Esse

serviços de auditoria devem ser executados pela unidade de auditoria do SEBRAE, que

faria parte do conselho de administração, com o dever de assegurar os procedimentos

adotados, garantindo a independência e objetividade dos trabalhos.

Enfim, o “ Princípio da Responsabilidade Corporativa”, cuja visão é mais ampla

da estratégia empresarial, contempla todos os relacionamentos com a comunidade em que

a sociedade atua. Os agentes de governança e o sócios da empresa terão bem definidos

seus papéis e responsabilidades., os quais deverão ser elaborados pela Assessoria

Jurídica do SEBRAE.

A boa conduta empresarial é a base sobre a qual os negócios de uma empresa

devem ser administrados. O sucesso do negócio traz consigo a obrigação de altos padrões

de comportamentos e a integridade em tudo que faz e onde opera. Esses padrões não

devem ser comprometidos em razão dos resultados.Uma empresa tem que ser uma

organização capaz de animar modelos de desenvolvimento local e influenciar as políticas

públicas.

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3.3)O GUIA INFORMATIVO: O ABC DA GOVERNANÇA

CORPORATIVA PARA AS PEQUENAS EMPRESAS.

Um guia para obter sucesso A intenção de lançar esse guia, é informar aos pequenos empresários que essa filosofia empresarial, adotado pela maioria das grandes empresas, pode também ser seguido por eles, cuja finalidade é aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade. Conheça melhor o tema: Governança corporativa – é um modelo que assegura a profissionalização da gestão, a maximização do valor e a sustentabilidade do negócio. Saiba mais: www.ibgc.gov.br www.cvm.gov.br

1 - “O Princípio da Transparência”

“ Contabilidade não é despesa é investimento” (52ª Convenção dos Contabilistas do

Estado do Rio de Janeiro)

Preciso de escrita contábil, apesar de ser pequena empresa?

Apesar da Lei 9.317/1996 que simplifica a apuração dos impostos, a contabilidade é

imprescindível para o empresário tomar decisões e para obter crédito junto às Instituições

financeiras.

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2-“O Princípio da Equidade”

Repúdio a atitudes discriminatórias.Tratamento justo e equânime deve caracterizar o

relacionamento entre os agentes de governança e os sócios da empresa.

3-“ O Princípio da Prestação de Contas”

Responsabiliza os agentes de governança por todos os atos praticados no exercício de

seus mandatos.

Quem são os agentes de governança corporativa?

R: Os agentes de governança são o conselho de administração composto por membros

das diversas unidades do SEBRAE.

Qual o papel do conselho de administração?

R: O conselho de administração é nomeado pelo SEBRAE e aprovado pelos sócios para

representa-los perante a empresa.O papel do conselho é acompanhar de perto a gestão

da empresa, monitorando permanentemente sua atuação.

4-“ Princípio da Responsabilidade Corporativa”

É a visão mais ampla da estratégia empresarial, contemplando todos os relacionamentos

com a comunidade em que a empresa atua .Os agentes de governança e os sócios da

empresa terão bem definidos seus papéis e responsabilidades.

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CONCLUSÃO

Ao tomar conhecimento dos altos índices de extinção das pequenas

empresas do Estado do Rio de Janeiro, percebi na Governança Corporativa uma

alternativa de tentar mudar este quadro trágico que tanto o País quanto a sociedade saem

perdendo.

Com a adoção dos princípios que norteiam a Governança Corporativa,

logicamente adaptado a essas corporações, certamente, vislumbraremos mudanças

gradativas nas estatísticas.

A idéia de criar uma guia de orientação denominado o ” ABC da Governança

Corporativa para as Pequenas Empresas”, baseado nos princípios da governança

corporativa é apenas o ponta pé inicial para a conscientizar os pequenos empresários que

a adoção dessas práticas, poderá colaborar para a prosperidade da empresa.É bem

verdade que será preciso do apóio das entidades que desenvolvem esses programas , no

caso o SEBRAE. Esse, através das diversas unidades estaduais, no caso em questão a

Unidade de Marketing e Comunicação juntamente com a Unidade de Orientação

empresarial,para que a divulgação do guia informativo, alcance grandes proporções no

meio empresarial.

No entanto se, as empresas que se engancharem no firme propósito de colocar em

prática o guia de orientação, não tiverem monitoramento, suporte financeiro, capacitação

gerencial no sentido de fortalecer essas empresas, essa iniciativa não passará apenas de

um sonho utópico.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LODI, João Bosco . Governança Corporativa. Campus 5a edição.

LAMEIRA,Valdir de Jesus. Governança Corporativa

MELO, Lenice Correa de. Governança Corporativa: uma análise de balanços comparativa

dos bancos listados no nível 1 da Bolsa de Valores.Dissertação apresentada no programa

de Mestrado em Ciências Contábeis.Universidade do Estado do Rio de Janeiro, segundo

semestre de 2003.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

Disponível em: www.sebrae.com.br

Demografia das Firmas no Brasil: Roberto de Oliveira Pereira e Daniela de Melo

Farias, 2003.

Disponível em: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/resposta_tit.asp

CVM - Comissão de Valores Mobiliários: Recomendações da CVM sobre

Governança Corporativa.

Disponível em : www.cvm.gov.br

Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC.

Disponível em: www.ibgc.gov.br

As Micro e Pequenas Empresas Comerciais e de Serviços no Brasil: 2001/IBGE,

Coordenação de Serviços e Comércio – Rio de Janeiro: IBGE 2003. 12 p.(Estudos e

pesquisas.Informação econômica, ISSN: n.1).

Disponível em: www.ibge.gov.br

Lei 6406 de dezembro de 1976. Constituição da República Federativa do Brasil. Série Legislação Brasileira, Editora

Saraiva, 1988

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Governança Corporativa 9

1.1 – Governança Corporativa no Brasil ______11

1.2 – O IBGC ______________12

1.2.1 – O Código Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa

______________ 13

1.3 – Principais Tipos de Formas Jurídicas mais comuns no Brasil_____24

1.4Legislação Básica das Micro e Pequenas Empresas_____________ 26

1.5 – O SEBRAE____________________________________________29

CAPÍTULO II

A Pequena Empresa e a Taxa de Mortalidade_____________________33

2.1 – Conceituação de Micro e Pequena Empresa__________________34

2.2 – Tipos de Micro e Pequenas Empresas_______________________35

2.3 – Características Gerais das Micro e Pequenas Empresas________35

2.4 – Demografia das Firmas no Brasil___________________________36

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CAPÍTULO III

A Busca pela Continuidade____________________________________40

3.1 – Os Princípios Básicos de Governança Corporativa 41 3.2 – Como Posso Adaptar esses Princípios 42 3.3 – O Guia Informativo: “ O ABC da Governança Corporativa para as Pequenas Empresas” 44 CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 48

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Título da Monografia: GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS PEQUENAS

EMPRESAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autor: DILVANIA DA SILVA MACHADO

Data da entrega:

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Conceito: