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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO OBSERVATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Belo Horizonte Dezembro de 2011 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE ...social.mg.gov.br/images/stories/galeria_observatorio/relatrio... · como um plano de trabalho, que contou com a contribuição

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO OBSERVATÓRIO DE

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Belo Horizonte

Dezembro de 2011

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Secretaria do Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais

Governador do Estado

Antônio Augusto Júnio Anastasia

Vice-Governador do Estado

Alberto Pinto Coelho

Secretária de Estado da Casa Civil

Maria Coeli Simões Pires

Secretário de Estado de Desenvolvimento Social

Wander José Goddard Borges

Secretário-Adjunto

Marcio Eli Almeida Leandro

Chefia de Gabinete

Carla Elias de Souza

Assessoria de Comunicação Social

Renata Lauar

Assessoria de Gestão Estratégica e inovação

Vânia Mendonça Rocha

Assessoria Jurídica

Solange Vieira de Farias Franca

Auditoria Setorial

Márcia de Andrade Dornellas

Subsecretaria de Assistência Social

Nívia Soares da Silva

Subsecretaria de Direitos Humanos

Carmen Rocha

Subsecretaria de Projetos Especiais de Promoção Social

Maria Albanita Roberta Lima

LISTA DE MAPAS

MAPA 1 -INDICADOR DE INFRAESTRUTURA SOCIAL, MINAS GERAIS - 2010 ............................. 13

MAPA 2 -INDICADOR DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E COMBATE À FOME, MINAS GERAIS –

2010............ ........................................................................................................................................... 15

MAPA 3 - INDICADOR DE DIREITOS INCONDICIONAIS DE CIDADANIA SOCIAL, MINAS GERAIS -

2010 ....................................................................................................................................................... 16

MAPA 4 -INDICADOR DE EMPREGO E RENDA, MINAS GERAIS - 2010 ......................................... 17

MAPA 5 -ÍNDICE DE DESPROTEÇÃO SOCIAL, MINAS GERAIS - 2010 .......................................... 19

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AGEI - Assessoria de Gestão Estratégica e Inovação

ASCF – Assistência Social e Combate a Fome

DIC – Direitos Incondicionais da Cidadania Social

ER – Emprego e Renda

IDF – Índice de Desenvolvimento da Família

IDS – Índice de Desproteção Social

IES – Infraestrutura Social

IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas

SUBAS – Subsecretaria de Assistência Social

SUBDH – Subsecretaria de Direitos Humanos

SUBPROESP – Subsecretaria de Projetos Especiais de Promoção Social

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 11

2. INFRAESTRUTURA SOCIAL (IES) ............................................................................................. 13

3. ASSISTÊNCIA SOCIAL E COMBATE À FOME (ASCF) ............................................................. 14

4. DIREITOS INCONDICIONAIS DA CIDADANIA SOCIAL (DIC) .................................................. 15

5. EMPREGO E RENDA (ER) .......................................................................................................... 16

6. ÍNDICE DE DESPROTEÇÃO SOCIAL CONSOLIDADO (IDS) ................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................... 20

APRESENTAÇÃO

O presente relatório tem por objetivo apresentar os resultados das metas

pactuadas pelo Observatório de Desenvolvimento Social em, 31/05/2011 dispostas

como um plano de trabalho, que contou com a contribuição do Exmo;. Secretário

Adjunto, da Assessoria de Gestão Estratégica e Inovação (AGEI), das

Subsecretárias em desígnio e, dos demais setores da SEDESE.

Trata-se de delinear a execução de ações atinentes aos estudos e pesquisas,

que permitam informações mais apuradas, no intuito de apreender subsídios que

levem ao aprimoramento de Políticas Públicas, que concernem às demandas das

Subsecretarias, Superintendências e Coordenadorias, como fixa o organograma da

SEDESE.

Ressalta-se, que foi realizado um intenso trabalho junto às áreas finalísticas

e, em seguida, tratou-se de identificar as principais demandas de cada setor,

considerando o papel institucional do Observatório, a fim de atendermos e

envolvermos transversalmente, os setores desta agência de Governo.

Todo o trabalho foi desenvolvido pela equipe do Observatório, valendo-se, de

suas especialidades técnicas e, dedicado esforço em manter o trabalho em pleno

desenvolvimento, no intuito de maior presteza e cumprimento da meta. Constata-se,

ainda, que a equipe do Observatório se prestou a diversos trabalhos além dos que

foram pactuados, como exposto na seção denominada (ANEXO), deste relatório.

Compreende-se que o Observatório de Desenvolvimento Social

consubstancia-se no contexto de subsidiar as ações da Secretaria de

Desenvolvimento Social - SEDESE. Entre as formas de subsídio, podemos destacar

a produção de estudos e pesquisas empiricamente orientadas, além da tentativa de

se operacionalizar o conceito de desenvolvimento social – contribuindo assim com

sua definição. Ademais, estima-se contribuir com a formulação, em parceria com as

áreas fins, de projetos, programas e políticas que possam delinear a agenda de

trabalhos do gestor estadual, por meio de uma concepção intersetorial e integrada

dos problemas sociais.

À diferença de um organismo exclusivamente acadêmico, o Observatório de

Desenvolvimento Social envolve uma clara interação com o desencadeamento de

políticas públicas por parte da SEDESE e um contato constante com a esfera

pública, na diversidade de suas dimensões. À vista disso, devem ser assegurados

meios que garantam a circulação das informações e o pleno acesso a elas.

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OBJETIVOS DO OBSERVATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

A constituição de um Observatório com caráter consultivo, propositivo e

informacional, vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de

Minas Gerais, baseia-se na necessidade de consolidação de um espaço institucional

que congregue informações e análises de questões estratégicas relativas às áreas

da Assistência Social, da Promoção Social e dos Direitos Humanos.

Sua principal meta, enquanto instância de gestão do conhecimento concentra-

se, em subsidiar a formulação e o aperfeiçoamento das políticas públicas em busca

de soluções para problemas relacionados à questão social. Deste modo, as

informações produzidas pelo Observatório servem como suporte aos gestores e

formuladores das políticas sociais na tomada de decisões que levam ao

aprimoramento dos programas a serem implementados.

Ademais, as informações produzidas permitem que o Observatório se

estabeleça, como referência enquanto acervo de dados nas áreas de

desenvolvimento social no estado. O alinhamento das atividades do Observatório

com os objetivos da Secretaria, como um todo, deve ser constantemente repensado,

de modo a evitar a constituição de uma pauta própria, que o leve a se distanciar de

seu propósito primeiro.

Assim, pode-se dizer, de maneira esquemática, que são objetivos do

Observatório:

Organizar, processar, tabular, sistematizar e divulgar, através de relatórios e

boletins, os dados disponíveis, produzidos na SEDESE ou de origem externa,

na área social e, mais especificamente, no campo dos direitos humanos,

assistência social e trabalho, emprego e renda;

Encomendar pesquisas e fomentar projetos de pesquisa nas áreas de

trabalho, assistência social e direitos humanos;

Interagir com universidades, instituições de pesquisa e com organismos

nacionais e internacionais na área do Observatório, através de seminários

9

periódicos, residência para estágio e reciprocidade na disponibilização de

dados;

Analisar pesquisas e divulgar suas conclusões;

Desenvolver produtos de uso mais diretamente ligado às Administrações

Municipais e aos Conselhos, tais como Atlas social e outros;

Trabalhar informações a fim de manter a tempestividade dos indicadores

existentes e desencadear estudos para a construção de novos indicadores;

Fornecer informações suficientes para promover a transversalidade efetiva

das políticas sociais;

Promover seminários públicos em temáticas próprias do Observatório;

Fortalecer, por meio da divulgação de informações, o aspecto social na

agenda governamental.

1. IDS – ÍNDICE DE

DESPROTEÇÃO SOCIAL

Sistematização dos Dados

1. INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta um diagnóstico sobre a realidade de exclusão

social e pobreza no Estado de Minas Gerais, valendo-se do banco CAUNICO-

Agosto 2010. Para tanto, vale-se da sistematização de dados referentes ao

Índice de Desproteção Social (IDS), como principal ferramenta para identificar e

tratar informações, que permitam maior compreensão acerca de nossa

realidade social.

O IDS é uma ferramenta destinada, em princípio, a auxiliar aqueles que

trabalham com políticas públicas na elaboração de programas e projetos

voltados para a área social, por lhes fornecer instrumentos específicos e

objetivos para essa finalidade – sobretudo informações mais bem embasadas,

numa tentativa de se maximizar os investimentos públicos na redução das

referidas desproteções.

Especificamente, a proposta do IDS é identificar por meio das

desproteções, algumas características reconhecidamente importantes para

qualificar a situação socioeconômica dos indivíduos e de suas famílias que

possam ser mensuradas e objetivadas com base nas informações do Cadastro

Único para Programas Sociais do Ministério de Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (CadÚnico).

Essas informações serão sintetizadas em indicadores compostos, de

forma a possibilitar a sistematização e criação de um novo instrumento que

facilite acompanhar os resultados de políticas voltadas para a área social, bem

como possibilitar a criação de novas diretrizes e políticas públicas que

contribuam para a diminuição da exposição ao risco e à vulnerabilidade da

população com perfil CadÚnico 1. O CadÚnico é atualizado anualmente de

maneira a ser possível acompanhar, pelo menos, ano a ano, o estado de –

desproteção / privações - em que se encontram as famílias mineiras.

1 Tal proposta baseia-se, principalmente, nos trabalhos de BARROS, R.; CARVALHO, M.;

FRANCO, S. “O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF)”. Texto para discussão, 986. Rio de Janeiro: IPEA, 2003 e BARROS, R. P.; CARVALHO, M.; MENDONCA, R. S.. “Sobre as utilidades do cadastro único”. Rio de Janeiro: IPEA, 2008 (Texto para Discussão - IPEA).

Estima-se, que por meio do IDS, torna-se possível diagnosticar diversos

problemas que assolam a população mineira, principalmente, àqueles que

impedem o rompimento do ciclo de perpetuação da pobreza. Portanto, essa

iniciativa do governo mineiro visa a atender os anseios de grande parte da

população por uma condição de vida mais justa e digna, afastada do contexto

de desproteções que acometem aqueles mais desvalidos do ponto de vista

econômico e, em grande medida, por conseguinte, do ponto de vista social.

Considera-se, também, que o IDS possa ser revisto periodicamente, para

sempre atender de maneira mais apropriada às demandas advindas da

sociedade.

Para os fins de categorização de informações, as desproteções serão

identificadas por um (1), ao passo que as proteções serão identificadas

por zero (0). Salienta-se que foram atribuídos pesos diferentes a alguns

indicadores, pelo fato de se considerar que alguns deles merecem maior

importância do que outros, de acordo com os objetivos para os quais o IDS foi

criado.

Posto que as desproteções são múltiplas e podem interagir entre si para

caracterizar determinadas condições socioeconômicas, torna-se sobremodo

relevante dar conta de organizar quais dimensões se deseja considerar para

intervir adequadamente sobre determinados problemas. Assim, de acordo com

Barros, Carvalho e Franco (2003), esse conceito multidimensional de pobreza

deve ser convertido num conceito escalar, devido ao fato de o conceito escalar

ser justamente aquele que leva em conta a referida natureza multidimensional

da pobreza (BARROS, CARVALHO E FRANCO, 2006).

Neste específico documento, serão apresentados os quatro eixos que

compõem o IDS: Infraestrutura Social, Assistência Social e Combate à Fome,

Direitos Incondicionais de Cidadania Social – Educação e Saúde, Emprego e

Renda. Será feita uma descrição de cada um desses eixos e uma análise

descritiva de cada região, bem como a apresentação de alguns dados que são

de importância na formulação desse relatório. Ao final é apresentado o Índice

de Desproteção Social por região e sua distribuição espacial (mapa) do Estado

de Minas Gerais.

2. INFRAESTRUTURA SOCIAL (IES)

Estão no eixo Infraestrutura Social, as políticas de habitação,

saneamento e de transporte coletivo urbano, que, a despeito de possuírem

reconhecida importância social, não foram consubstanciadas em programas e

projetos que busquem integrar tais serviços ao Sistema de Proteção Social

Brasileiro. De acordo com Cardoso e Jaccoud (2009), tais políticas ainda

enfrentam desafios concernentes ao grau de institucionalização e a problemas

financeiros. A Infraestrutura Social é indispensável para que as pessoas

habitem lugares dignos e se mantenham em patamares mínimos de dignidade.

O Mapa 1 apresenta o índice de Infraestrutura em Minas Gerais, numa

escala de 0 a 1, de forma que, quanto mais escuro o local, maior é a sua

desproteção nesse quesito. Nota-se que à medida que se aproxima do Norte

de Minas e de Jequitinhonha, mais desprotegidos estão os municípios.

MAPA 1 - Indicador de Infraestrutura Social, Minas Gerais - 2010

40°0'0"W45°0'0"W50°0'0"W

14

°0'0

"S18

°0'0

"S22

°0'0

"S

INFRAESTRUTURA SOCIAL - MG

¯

0 100 20050km

Elaborado por: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE Minas GeraisGCS SAD69

Fonte Plano de Fundo: GeoMinasFonte dos Dados: CADUNICO Julho 2010 (Dados Preliminares)

LEGENDA:

Infraestrutura Social

(Municípios)

Regiões de Planejamento

acima de 0,75 (Alta Desproteção)

0,60 - 0,75

0,45 - 0,60

0,30 - 0,45

0,15 - 0,30

0 - 0,15 (Baixa Desproteção)

Norte de Minas

Centro-Oeste

Alto Paranaíba

Noroeste de Minas

Central

Vale Rio Doce

Jequitinhonha

Triângulo Mineiro

Sul de Minas

Zona da Mata

3. ASSISTÊNCIA SOCIAL E COMBATE À FOME (ASCF)

No Eixo da Assistência Social e Combate à Fome, marcado por um

caráter de seletividade, estão as políticas voltadas para um público alvo

reconhecido como em condição de extrema carência ou de alta vulnerabilidade.

O histórico das ações nesta área é bastante fragmentado e descontínuo,

sendo que apenas na década de 1990 passou-se, à tentativa de convergir

determinados programas e projetos que visam assegurar diversos direitos até

então inacessíveis a grande parte da população brasileira. Nesse eixo estão as

políticas de estado e governo que objetivam fornecer aos cidadãos insumos

capazes de possibilitá-los viver com mais dignidade e, se possível, sendo

capazes de romper com o ciclo intergeracional de pobreza. Os Programas e

Projetos sociais visam à redução das desproteções a que os indivíduos e/ou

suas famílias possam estar submetidos. Assim, se há pelos menos um membro

beneficiado por programa social, tem-se um indicativo de que se trata de uma

pessoa ou família que, de alguma forma, encontra-se sob alguma desproteção

que reduz sua a chance de melhorar de vida.

De modo geral, Minas Gerais está em uma condição de desproteção

média-baixa, com índices variando de 0 a 0,45. As regiões do Triângulo Mineiro

e Alto Paranaíba são as menos protegidas com relação à Assistência Social e

Combate à Fome.

MAPA 2 - Indicador de Assistência Social e Combate à Fome, Minas Gerais - 2010

4. DIREITOS INCONDICIONAIS DA CIDADANIA SOCIAL (DIC)

O Eixo dos Direitos Incondicionais de Cidadania Social reúne as políticas

de saúde e educação. Nesse caso, corroborando os ditames constitucionais, a

prestação de serviços cumpre a lógica universalista, ou seja, basta pertencer à

comunidade nacional para se ter acesso aos serviços dessa natureza.

Contudo, na prática, tais direitos não são facilmente acessíveis a todos os

cidadãos, de sorte que há a necessidade de programas e projetos que

permitam e facilitem o acesso das pessoas aos serviços de educação e saúde.

O acesso à saúde e à educação são reconhecidamente imprescindíveis à vida

das pessoas. É por meio desses insumos que elas podem se alocar com mais

qualidade no mercado de trabalho, gozando de saúde para executar suas

tarefas rotineiras.

O índice de Direitos Incondicionais de Cidadania Social apresentado no

Mapa 3 consolidam as informações relacionadas à saúde e educação. Em

40°0'0"W45°0'0"W50°0'0"W

14

°0'0

"S18

°0'0

"S22

°0'0

"S

ASSISTÊNCIA SOCIAL E COMBATE A FOME - MG

¯

0 100 20050km

LEGENDA:

Assistência Social e Combate a Fome

(Municípios)

Regiões de Planejamento

acima de 0,75 (Alta Desproteção)

0,60 - 0,75

0,45 - 0,60

0,30 - 0,45

0,15 - 0,30

0 - 0,15 (Baixa Desproteção)

Elaborado por: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE Minas GeraisGCS SAD69

Fonte Plano de Fundo: GeoMinasFonte dos Dados: CADUNICO Julho 2010 (Dados Preliminares)

Norte de Minas

Centro-Oeste

Alto Paranaíba

Noroeste de Minas

Central

Vale Rio Doce

Jequitinhonha

Triângulo Mineiro

Sul de Minas

Zona da Mata

Minas este índice variou de 0,15 a 0,45. Jequitinhonha e Norte de Minas são as

regiões mais desprotegidas quando comparadas com as demais regiões

mineiras.

MAPA 3 - Indicador de Direitos Incondicionais de Cidadania Social, Minas Gerais - 2010

5. EMPREGO E RENDA (ER)

O Eixo Emprego e Renda é composto pelas políticas que se dão

mediante a participação contributiva e a participação no mercado de trabalho,

sobretudo no mercado formal de trabalho. Esse eixo se justifica em função da

necessidade de as pessoas, normalmente, terem de trabalhar para adquirir

receita suficiente para a manutenção de mínimas condições de sobrevivência.

Ademais, é a inserção formal no mercado de trabalho que garante às pessoas

gozar dos direitos previdenciários, quando em idade para se aposentar ou por

eventuais motivos que as impeçam de trabalhar.

Avaliando-se Minas Gerais no que se refere a emprego e renda,

observa-se no Mapa 4 que de modo geral o Estado encontra-se numa situação

de desproteção mediana, entre 0,45 e 0,60.

40°0'0"W45°0'0"W50°0'0"W

14

°0'0

"S18

°0'0

"S22

°0'0

"S

DIREITOS INCONDICIONAIS DA CIDADANIA SOCIAL - MG

¯

0 100 20050km

LEGENDA:

Direitos Incondicionais da Cidadania Social

(Municípios)

Regiões de Planejamento

Norte de Minas

Centro-Oeste

Alto Paranaíba

Noroeste de Minas

Central

Vale Rio Doce

Jequitinhonha

Triângulo Mineiro

Sul de Minas

Zona da Mata

acima de 0,75 (Alta Desproteção)

0,60 - 0,75

0,45 - 0,60

0,30 - 0,45

0,15 - 0,30

0 - 0,15 (Baixa Desproteção)

Elaborado por: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE Minas GeraisGCS SAD69

Fonte Plano de Fundo: GeoMinasFonte dos Dados: CADUNICO Julho 2010 (Dados Preliminares)

MAPA 4 - Indicador de Emprego e Renda, Minas Gerais - 2010

6. ÍNDICE DE DESPROTEÇÃO SOCIAL CONSOLIDADO (IDS)

Cada um dos indicadores apresentados anteriormente compõem o IDS.

Sendo assim, pode-se dizer que este índice é um instrumento de grande valia

para a análise do desenvolvimento social de forma mais ampla em Minas

Gerais.

Na Tabela E 1 está a distribuição do IDS médio para cada região. A

região do Jequitinhonha possui o maior índice: 0,35. A região mais protegida foi

o Centro-Oeste, com índice de 0,27. Essas informações podem ser

confirmadas através do Mapa 5.

40°0'0"W45°0'0"W50°0'0"W

14

°0'0

"S18

°0'0

"S22

°0'0

"S

EMPREGO E RENDA - MG

¯

0 100 20050km

LEGENDA:

Emprego e Renda

(Municípios)

Regiões de Planejamento

acima de 0,75 (Alta Desproteção)

0,60 - 0,75

0,45 - 0,60

0,30 - 0,45

0,15 - 0,30

0 - 0,15 (Baixa Desproteção)

Elaborado por: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE Minas GeraisGCS SAD69

Fonte Plano de Fundo: GeoMinasFonte dos Dados: CADUNICO Julho 2010 (Dados Preliminares)

Norte de Minas

Centro-Oeste

Alto Paranaíba

Noroeste de Minas

Central

Vale Rio Doce

Jequitinhonha

Triângulo Mineiro

Sul de Minas

Zona da Mata

TABELA E 1 - Distribuição do Índice Médio de Desproteção Social por região, Minas Gerais

REGIÃO ÍNDICE MÉDIO DE

DESPROTEÇÃO SOCIAL

Alto Paranaíba 0,32

Central 0,29

Centro-Oeste 0,27

Jequitinhonha 0,35

Noroeste 0,30

Norte 0,33

Rio Doce 0,32

Sul 0,29

Triângulo Mineiro 0,29

Zona da Mata 0,30

Fonte: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE, Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) Julho/2010

O Mapa 5 apresenta a espacialização do IDS em todo o estado. É

possível notar que também quando se avalia o desenvolvimento social de

forma geral, a situação é intermediária, variando entre 0,15 e 0,45.

MAPA 5 - Índice de Desproteção Social, Minas Gerais - 2010

40°0'0"W45°0'0"W50°0'0"W

14

°0'0

"S18

°0'0

"S22

°0'0

"S

ÍNDICE DE DESPROTEÇÃO SOCIAL - MG

¯

0 100 20050km

Norte de Minas

Centro-Oeste

Alto Paranaíba

Noroeste de Minas

Central

Vale Rio Doce

Jequitinhonha

Triângulo Mineiro

Sul de Minas

LEGENDA:

Índice de Desproteção Social (Municípios)

Regiões de PlanejamentoZona da Mata

acima de 0,75 (Alta Desproteção)

0,60 - 0,75

0,45 - 0,60

0,30 - 0,45

0,15 - 0,30

0 - 0,15 (Baixa Desproteção)

Elaborado por: Observatório de Desenvolvimento Social - SEDESE Minas GeraisGCS SAD69

Fonte Plano de Fundo: GeoMinasFonte dos Dados: CADUNICO Julho 2010 (Dados Preliminares)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BARROS, R.; CARVALHO, M.; FRANCO, S. “O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF)”. Texto para discussão, 986. Rio de Janeiro: IPEA, 2003.

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