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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba SUPRAM TMAP Praça Tubal Vilela, 03 – Uberlândia – MG CEP 38400-186 – Tel: (34) 3088-6400 DATA: 02/07/2019 PARECER ÚNICO Nº 299102/2019 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 00078/1980/061/2018 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licença Prévia e Licença de Instalação concomitantes 00078/1980/052/2011 Deferido EMPREENDEDOR: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA CNPJ: 33.931.486/0019-60 EMPREENDIMENTO: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA CNPJ: 33.931.486/0019-60 MUNICÍPIO(S): ARAXÁ ZONA: URBANA COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): WGS 84 LAT: 19° 36’ 39” LONG/Y 47°00’48” LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: RIO PARANAIBA BACIA ESTADUAL: RIO ARAGUARI UPGRH: PN2 SUB-BACIA: CÓRREGO CANJICA CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 217/17): CLASSE A-05-03-7 BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS/RESÍDUOS – CATEGORIA DE CLASSE III 6 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: FLÁVIO HENRIQUE DE FARIA CREA MG 212182 ART 14201700000004036226 AUTO DE FISCALIZAÇÃO: 48413/2019 DATA DA ELABORAÇÃO: 07/05/2019 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Anderson Mendonça Sena – Analista Ambiental (Gestor) 1.225.711-9 Carlos Frederico Guimarães Gestor Ambiental 1.161.938-4 Érica Maria da Silva Gestora Ambiental 1.254.722-0 Amilton Alves Filho – Analista Ambiental 1.146.912-9 Andreza Batista de Aguiar – Gestora Ambiental 1.367.743-0 De acordo: Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor de Regularização Ambiental 1.191.774-7 De acordo: Wanessa Rangel Alves Diretora de Controle Processual 1.472.918-0

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CEP 38400-186 – Tel: (34) 3088-6400 DATA: 02/07/2019

PARECER ÚNICO Nº 299102/2019 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 00078/1980/061/2018 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS : PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licença Prévia e Licença de Instalação concomitantes 00078/1980/052/2011 Deferido

EMPREENDEDOR: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA CNPJ: 33.931.486/0019-60

EMPREENDIMENTO: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA CNPJ: 33.931.486/0019-60

MUNICÍPIO(S): ARAXÁ ZONA: URBANA

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): WGS 84 LAT: 19° 36’ 39” LONG/Y 47°00’48”

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: RIO PARANAIBA BACIA ESTADUAL: RIO ARAGUARI UPGRH: PN2 SUB-BACIA: CÓRREGO CANJICA

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 217/17) : CLASSE

A-05-03-7 BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS/RESÍDUOS – CATEGORIA DE CLASSE III

6

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

FLÁVIO HENRIQUE DE FARIA CREA MG 212182 ART 14201700000004036226

AUTO DE FISCALIZAÇÃO: 48413/2019 DATA DA ELABORAÇÃO:

07/05/2019

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Anderson Mendonça Sena – Analista Ambiental (Gestor) 1.225.711-9

Carlos Frederico Guimarães – Gestor Ambiental 1.161.938-4

Érica Maria da Silva – Gestora Ambiental 1.254.722-0

Amilton Alves Filho – Analista Ambiental 1.146.912-9

Andreza Batista de Aguiar – Gestora Ambiental 1.367.743-0

De acordo: Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor de Regularização Ambiental

1.191.774-7

De acordo: Wanessa Rangel Alves – Diretora de Controle Processual 1.472.918-0

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1. INTRODUÇÃO

O presente Parecer visa subsidiar a CÂMARA TÉCNICA DE ATIVIDADES

MINERÁRIAS no julgamento do pedido de Licença de Operação do empreendimento

Mosaic Fertilizantes P & K Ltda. , para a atividade descrita na DN COPAM n°. 217/2017

como “Barragem de contenção de resíduos ou rejeitos da mineração”. Especificamente,

trata-se da entrada em operação de barragem para a disposição de rejeito proveniente

de complexo minero-industrial de Araxá.

O processo em questão foi formalizado junto a SUPRAM TMAP no dia

05/11/2018, conforme documentos solicitados no Formulário de Orientação Básica

(nº293519/2018). A documentação apresentada contempla o Relatório de Cumprimento

de Condicionantes da Licença de Instalação.

Na 15ª Reunião Extraordinária da CMI, realizada em 14/11/2017, foi concedida a

Licença Prévia e Licença de Instalação concomitantemente para este empreendimento,

originada a partir do processo administrativo nº. 00078/1980/052/2011.

Nos dias 23 e 24 de abril de 2019 foi realizada a vistoria técnica no

empreendimento pela equipe da SUPRAM TMAP, acompanhada pelos seguintes

funcionários da empresa:

Domingos Sávio de Souza – Analista de Meio Ambiente

Nayana Grasielle Marques Silva – Especialista de Meio Ambiente

Flávio Henrique de Faria – Supervisor de Meio Ambiente

Flávio de Araujo Amorim - Advogado

Henrique Oliveira – Gerente Unidade de Araxá

Tarcisio Fulvio dos Santos – Gerente EHS

Gustavo Henrique G. Pitombeira – Gerente Beneficiamento

Renato Capucho – Supervisor de Geotecnia

Antônio Alberto Fróes Schettino – Diretor COE Mineração

Astolfo Rodrigues de Paiva Neto – Técnico de Controle Ambiental

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No dia 13 de maio de 2019, foram solicitadas informações complementares

através do Ofício SUPRAM TMAP 903/2019. Nos dias 16/05/2019, 10/06/2019,

25/06/2019 e 01/07/2019 foram protocoladas as informações solicitadas, conforme

protocolos R0068984/2019, R0082103/2019, R0089649/2019 e R0093265/2019,

respectivamente.

O Complexo Minero-químico de Araxá – CMA – opera atualmente com licença de

operação concedida junto ao Processo Administrativo 00078/1980/041/2008. A referida

licença está revalidada automaticamente até que o órgão se manifeste sobre o processo

de revalidação da mesma que se encontra em análise técnica (PA

00078/1980/058/2017).

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Características gerais

O empreendimento está localizado na avenida Arafertil n° 5000, na zona

suburbana de Araxá.

O empreendimento requer o início da operação da barragem de contenção de

rejeitos da mineração, denominada “Barragem B6”. O rejeito será proveniente da usina de

beneficiamento do minério de fosfato e é constituído, basicamente, por água e partículas

sólidas dos minerais de ganga (polpa), sendo caracterizado como Resíduo Classe II Não

Inerte, conforme NBR 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. A

barragem de rejeito é uma das atividades que compõe o Complexo Mineroquímico de

Araxá - CMA, que possui Portaria de lavra junto a Agência Nacional de Mineração

(035.101/1976).

A barragem foi instalada no córrego Canjica, no vale mais próximo ao complexo

industrial.

A área ocupada pela instalação do reservatório da barragem B6 foi de 145,06 ha e

seu volume total de acumulação será de 18,00 Mm³. Classificam-se, assim, de acordo

com os critérios estabelecidos pela legislação estadual, que o reservatório da barragem

B6 é de grande porte. Em função do porte da barragem e de seu reservatório, a barragem

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de rejeito B6 é classificada, segundo a Deliberação Normativa COPAM 87/05, como

sendo de Classe III, ou seja, de alto potencial de dano ambiental.

À época da vistoria, a empresa estava com sua Unidade de Tratamento Mineral –

UTM – paralisada em virtude de ausência de local para disposição de rejeito, uma vez

que a barragem que vinha sendo utilizada (Barragem B5) operava através de Termo de

Ajustamento de Conduta firmado entre o empreendedor e Ministério Público Estadual,

tendo a SEMAD como órgão interveniente. A referida barragem possuía processo de

licenciamento em caráter corretivo formalizado junto à SUPRAM TMAP, porém, o mesmo

foi arquivado, pois o método construtivo da barragem era do tipo à montante e a Lei

Estadual 23.291/2019 veda concessão de licenças ambientais para barragens com essa

metodologia. Se encontrava em operação apenas as atividades de fabricação de

fertilizantes a partir de concentrado fosfático importado pela empresa.

Os rejeitos que alimentarão a B6 serão provenientes tanto das minas do Barreiro e

F4 em Araxá, quanto da mina de Patrocínio. A lavra dessas minas se dá a céu aberto,

sendo efetuada com utilização de escavadeira e por utilização de explosivos, onde o

material apresenta-se mais compactado. O estéril da mina é direcionado para cada pilha,

próximas às cavas de mineração, respectivamente. Em Araxá, a rocha fosfatada

proveniente da mina segue por caminhões basculantes para as instalações de britagem,

compostas pelas unidades de britagem I e britagem II, para adequação de sua

granulometria. Depois de britado, o minério segue para o pátio de homogeneização, onde

é distribuído uniformemente em pilhas com relação à sua granulometria e teores de P2O5.

Nestas pilhas, o teor médio de P2O5 corresponde, aproximadamente, a 11,5%. O minério

homogeneizado é encaminhado para a planta de beneficiamento por correias

transportadoras, onde será submetido a operações que visam à concentração de seus

teores de P2O5. Em Patrocínio, o minério de fosfato é transportado por caminhões

basculantes até um terminal ferroviário, onde é embarcado em trem de carga, seguindo

cerca de 180 km até um terminal ferroviário localizado em Araxá, vizinho à planta

industrial do CMA. Dali, o minério é transportado por caminhões às unidades de britagem

I e II, integrando-se às operações produtivas executadas no CMA.

No beneficiamento são realizadas operações de tratamento do minério que visam

aumentar o seu teor de P2O5 por meio da eliminação de impurezas da rocha. São

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realizadas operações de moagem, resfriamento, classificação, separação magnética,

deslamagem, condicionamento e flotação.

Para a construção estrutural da barragem utilizou-se o próprio rejeito drenado e

material de empréstimo retirado das conformações realizadas dentro do próprio

reservatório, o que dispensou o uso de outras áreas de empréstimo.

Ainda, foi informado na LP + LI que as características geológicas e hidrogeológicas

dos minerais existentes no Complexo Barreiro (Araxá) e Complexo Salitre I (Patrocínio)

são semelhantes, por este motivo espera-se que os rejeitos lançados na Barragem de

rejeito B6 sejam semelhantes àqueles anteriormente lançados na Barragem B5.

A seguir apresentamos as principais características da Barragem B6:

• Método construtivo: jusante

• Cota (maciço) final do projeto: 980m

• Cota (maciço) aprovada na Licença de Instalação e o bjeto desse

parecer: 960m

• Cota (maciço) no dia da vistoria: 945m (correspondente ao dique de

partida)

• Nível da água no dia da vistoria: 935,80m

• Altura do talude (cota 960m): 45 metros

• Vida útil estimada (cota 960m): 06 anos

• Volume de armazenamento (cota 960): 18 Mm³

• Borda livre ( free board): 05 metros

• Cota vertedouro: 942,8m

• Alteamentos previstos até a cota 960m: 03 alteamentos de 05 metros

cada

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Figura 01: Ilustração do projeto executivo da barragem.

No maciço da barragem, no dia da vistoria, já se encontravam instalados os

seguintes instrumentos de segurança: 09 Indicadores de Nível de Água (INAs) e 04

piezômetros. A frequência de leitura dos instrumentos é quinzenal, atendendo a exigência

da Agência Nacional de Mineração – ANM.

A disposição do rejeito será realizada via canal de lamas (rejeito da deslamagem)

e através de “espigotamento” (rejeito fino retirado do processo de ciclonagem).

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Imagem 01: Delimitação da cota máxima de inundação da barragem B6 (Fonte Google Earth,

20/05/2019).

Foto 01: Maciço da Barragem B6 (cota 945m).

Foto 02: Talude de jusante e vertedouro de segurança.

Toda a construção da barragem B6 foi realizada sob a responsabilidade técnica do

Sr. Edson Fernando Maciel Tavares, engenheiro civil, CREA MG 50505, conforme

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART n° 14201700000004067771.

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Quanto ao canteiro de obras, foram instalados 15 containers para sua estrutura

(vestiários, escritórios, almoxarifado, banheiros). O mesmo ainda não foi desmobilizado,

em virtude dos próximos alteamentos que ocorrerão na barragem. Nele, o efluente

sanitário é direcionado para uma fossa séptica onde, periodicamente, o empreendedor faz

o recolhimento, através de empresa contratada com caminhões do tipo “limpa fossa”. A

água para consumo humano é fornecida através de galões de água mineral e para

consumo em geral o empreendedor abastece caixas d’água com caminhões pipa.

O empreendedor já havia apresentado, na fase de LP + LI, ou em atendimento às

condicionantes da mesma, atendendo previamente a Lei Estadual 23.291/2019, em seu

artigo 7°, incisos I e II, os seguintes documentos:

• Caracterização preliminar do conteúdo a ser disposto no reservatório da

barragem;

• Proposta de estudos e ações, acompanhada de cronograma, para o

desenvolvimento progressivo de tecnologias alternativas, com a finalidade

de substituição da disposição de rejeitos ou resíduos de mineração em

barragens;

• Estudo conceitual de cenários de rupturas com mapas com a mancha de

inundação (Fase de LP +LI);

Plano de segurança da barragem contendo, além das exigências da PNSB, no

mínimo, Plano de Ação de Emergência – PAE –, observado o disposto no art. 9º da Lei

Estadual 23.291/2019, análise de performance do sistema e previsão da execução

periódica de auditorias técnicas de segurança;

• Manual de operação da barragem, contendo, no mínimo, os procedimentos

operacionais e de manutenção, a frequência, pelo menos quinzenal, de

automonitoramento e os níveis de alerta e emergência da instrumentação

instalada;

• Plano de desativação da barragem;

O empreendedor apresentou junto aos estudos, em atendimento a Lei Estadual

23.291/2019, em seu artigo 7°, incisos I, II e III, a seguinte documentação:

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• Projeto conceitual na cota final prevista para a barragem, com respectiva

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;

O empreendedor apresentou os projetos conceituais para as cotas 970 e

980m, ressaltando-se que o alteamento para essas cotas será objeto de

novo licenciamento. O presente trata do alteamento até a cota 960m.

A ART é do geólogo Silvio Luiz de Oliveira, CREA SP 1150147-SP (ARTs

nº 28027230181191189 e 28027230190377571).

• Estudos sobre o risco geológico, estrutural e sísmico e estudos sobre o

comportamento hidrogeológico das descontinuidades estruturais na área

de influência do empreendimento;

Em sua conclusão, o estudo considera que os riscos geológicos, estrutural

e de sismos são relativamente baixos. A pesquisa geotécnica foi extensa e

detalhada. Com a operação da barragem o nível de água deve se elevar

na região da barragem, fato considerado nos estudos de estabilidade, pois

todos os materiais da fundação foram considerados saturados. A vazão

residual deve ser garantida, mesmo nos períodos secos.

A ART é do geólogo Silvio Luiz de Oliveira, CREA SP 1150147-SP (ART

nº 28027230190527346).

• Projeto executivo na cota final prevista para a barragem, incluindo

caracterização físico-química do conteúdo a ser disposto no reservatório,

estudos geológico-geotécnicos da fundação, execução de sondagens e

outras investigações de campo, coleta de amostras e execução de ensaios

de laboratórios dos materiais de construção, estudos hidrológico-

hidráulicos e plano de instrumentação, com as respectivas ARTs;

Para a cota de operação objeto desse licenciamento (960m), o

empreendedor apresentou o referido projeto executivo na fase de LP + LI.

Em atendimento a solicitação da SUPRAM TMAP, o empreendedor

apresentou também o projeto executivo até a cota 975m (objeto de

licenciamento futuro).

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A ART é do geólogo Silvio Luiz de Oliveira, CREA SP 1150147-SP (ART

nº 28027230181520119).

• Laudo de revisão do projeto da barragem, elaborado por especialista

independente, garantindo que todas as premissas do projeto foram

verificadas e que o projeto atende aos padrões de segurança exigidos para

os casos de barragens com médio e alto potencial de dano a jusante;

O laudo de revisão (cross check) foi apresentado, onde o terceiro que o

realizou atesta que o projeto é de boa qualidade.

A ART é do engenheiro civil Ricardo Guilherme Busch, CREA MG 50875

(ART nº 14201800000004400718).

• Estudos completos dos cenários de rupturas com mapas com a mancha de

inundação;

A documentação já havia sido apresentada na fase de LP + LI, mas como

o artigo 7°, da Lei Estadual 23.291/2019, em seu inciso III, determina a

apresentação na fase de LO, o mesmo foi apresentado novamente.

Segundo os estudos, a mancha de inundação em caso de ruptura da

barragem percorreria pelo córrego Canjica, atingindo o rio Capivara, no

qual seguiria até alcançar o reservatório da UHE Nova Ponte. Segundo os

estudos, o fim da mancha de inundação seria no próprio reservatório,

percorrendo, aproximadamente, 89 quilômetros em 17 horas e 57 minutos

(chegada da onda) e 26 horas e 30 minutos para se atingir a inundação

máxima no ponto (altura de 3,1m). Não existem captações para

abastecimento público no trecho, sendo existentes captações para

consumo humano (particulares), dessedentação animal e irrigação.

O responsável técnico pelos estudos é o engenheiro civil Marcus Felipe

Matos Cruz, CREA MG 34506, conforme ART 14201900000005319956.

• Projeto de drenagem pluvial para chuvas decamilenares;

O projeto está contemplado no projeto executivo da barragem e foi

apresentado sob a responsabilidade técnica do Sr. Edson Fernando Maciel

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SUPRAM TMAP Praça Tubal Vilela, 03 – Uberlândia – MG

CEP 38400-186 – Tel: (34) 3088-6400 DATA: 02/07/2019

Tavares, engenheiro civil, CREA MG 50505, conforme Anotação de

Responsabilidade Técnica – ART n° 14201700000004067771.

• Projeto final da barragem como construído, contendo detalhadamente as

interferências identificadas na fase de instalação;

Projeto final apresentado sob a responsabilidade técnica do Sr. Edson

Fernando Maciel Tavares, engenheiro civil, CREA MG 50505, conforme

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART n°

14201700000004067771.

• Versão atualizada do manual de operação da barragem.

Foi apresentada a versão atualizada do manual de operação da barragem

B6, sob responsabilidade técnica da engenheira ambiental Rúbia Prado

Borges, CREA MG 150125, conforme ART nº 14201900000005354210.

O empreendedor instalou todo o sistema de câmeras para monitoramento da

barragem e sistema de alarmes sonoros automatizados, conforme documento

protocolado em 01/07/2019. Também propôs a implantação de monitoramento on-line da

instrumentação do maciço (INAs e piezômetros) até fevereiro de 2020, o que será

condicionado nesse parecer.

Considerou-se, para a Barragem B6, uma Zona de Auto Salvamento – ZAS –

como sendo uma distância de 10 quilômetros do eixo da barragem. A ZAS corresponde a

região a jusante da barragem que se considera não haver tempo suficiente para uma

intervenção das autoridades competentes em caso de acidente, conforme Portaria DNPM

526/2013. Conforme informado nos estudos, na referida Zona, existem dois trechos que

atingiriam a rodovia BR 262 (pontes sobre o córrego do Sal e sobre rio Capivara), além

de fragmentos de vegetação nativa, lavouras, pastagens, estradas e outros (ver Tabela

01). Não existe nenhuma residência na ZAS. Para os dois trechos que seriam atingidos

na rodovia BR 262, o empreendedor firmou um plano de ação junto à Polícia Rodoviária

Federal, Polícia Militar de Minas Gerais e a concessionária responsável pela rodovia,

Triunfo Concebra. No plano ficaram definidas as ações emergenciais de cada ente

participante.

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Foi solicitado como informação complementar o levantamento florístico e

faunístico da ZAS. O empreendedor atendeu à solicitação e apresentou a caracterização

fitofisionômica e a quantificação em área dos fragmentos de vegetação nativa e também

o levantamento faunístico utilizando dados primários coletados em campo (metodologia

de caminhamento) e dados secundários levantados em outros estudos já realizados pela

empresa. A responsável técnica pelo levantamento de flora foi a engenheira florestal

Bruna Dias Rodrigues Torres (CREA MG 114770-D, ART 14201900000005117971). Já o

responsável pelo levantamento de fauna foi o biólogo Lucas Borges de Resende (CRBio

57318/4D, ART 2019/03399).

Tabela 01: Uso e ocupação do solo na ZAS.

O estudo faunístico foi realizado para mastofauna, avifauna e herpetofauna. Ele

representa uma síntese de dados primários compilados das campanhas de

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monitoramento e de levantamentos realizados na Área de Influência do Complexo

Mineroquímico de Araxá.

Apesar das fortes alterações antrópicas, verificou-se uma significativa diversidade

faunística na área.

O levantamento da mastofauna registrou 43 espécies. Destas, 6 estão ameaçadas

considerando-se a lista de espécies ameaçadas do Estado de Minas Gerais (2010),

nacional (MMA, 2014), internacional (IUCN, 2014) e CITES (2015): a Chrysocyon

brachyurus (lobo-guará), vulnerável em nível estadual e nacional e quase ameaçada em

nível internacional; a Leopardus pardalis (jaguatirica), vulnerável em nível nacional e

considerada quase ameaçada pela Convenção Internacional do Comércio de Espécies

Ameaçadas da Fauna e Flora (CITES); a Puma yagouaroundi (gato-mourisco),

considerada vulnerável em nível nacional e quase ameaçada pela CITES; a

Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), considerada na categoria vulnerável em

nível estadual, nacional e mundial (MMA, 2014, ICMBio, 2018, COPAM, 2010, IUCN,

2014); a Puma concolor (onça-parda), considerada vulnerável em nível estadual e

nacional (COPAM, 2010, MMA, 2014), e, por último, a Callicebus nigrifrons (Sauá),

classificada em perigo em nível estadual (COPAM, 2010).

O diagnóstico da avifauna identificou 269 espécies, das quais 9 estão ameaçadas

em algum grau: a Primolius maracana (maracanã), a Alipiopsitta auricapillus (jandaia-de-

testa-vermelha) e a Alipiopsitta xanthops (papagaio-galego), inseridas na categoria de

quase ameaçada (NT) em nível mundial pela IUCN (2018); a Ara ararauna (arara-

canindé), na categoria vulnerável (VU), pelo COPAM (2010); a Urubitinga coronata

(águia-cinzenta), classificada como em perigo (EN) em nível mundial pela IUCN (2018),

em nível nacional pelo MMA (2014) e em nível estadual pelo COPAM (2010); a

Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-brasília), classificada como quase ameaçada (NT)

pela IUCN (2018), em perigo (EN) pelo MMA (2014) e vulnerável (VU) pelo COPAM

(2010); a Mycteria americana (cabeça-seca), classificada como vulnerável (VU) pelo

COPAM (2010); a Crax fasciolata (mutum-de-penacho), classificada como vulnerável

(VU) pela IUCN (2017) e em perigo (EN) pela COPAM (2010). Já a espécie Catharus

fuscescens (sabiá-norte-americano) é classificada como rara (RA), por se tratar de uma

espécie oriunda do hemisfério norte.

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Por último, o compilamento da herpetofauna revelou 35 espécies, sendo 24 de

anfíbios e 11 de répteis. Entre as espécies de herpetofauna registradas neste

diagnóstico, apenas 1 encontra-se ameaçada: a Acanthochelys spixii (cágado-de-

espinhos), catalogada como NT – quase ameaçada (IUCN, 2014).

O empreendedor apresentou, atendendo à solicitação de informações

complementares, Declaração de Condição de Estabilidade da barragem. Após Inspeção

de Segurança Regular na estrutura, o referido laudo atestou a estabilidade da barragem

em consonância com a Lei 12.334/2010 e Portarias ANM vigentes. O responsável técnico

pela auditoria foi o Sr. João Emílio Tozetti Franco, Engenheiro Geólogo, CREA MG

109758, com Anotação de Responsabilidade Técnica n° 14201900000004809872,

emitida em 13/05/2019.

O Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração – PAEBM – foi

protocolado junto à Defesa Civil do Estado de Minas Gerais e junto ao Corpo de

Bombeiros Militar de Minas Gerais. Os artigos 7º e 9º, da Lei Estadual 23.291/2019

determinam a aprovação do PAE para concessão da LO e a submissão do mesmo para

análise do órgão ou entidade estadual competente, respectivamente. Como até o

momento da elaboração desse parecer não houve a regulamentação dos referidos artigos

para que se determine legalmente qual seria o órgão ou entidade estadual competente

para análise e aprovação do PAE, sendo, pois, tais dispositivos de eficácia limitada,

conforme já reconhecido no Termo de Compromisso firmado entre o empreendedor,

Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e SEMAD, será condicionado

nesse parecer o atendimento de todos dispositivos não regulamentados após a

publicação do decreto regulamentador.

Cabe ressaltar que, conforme o artigo 3º, da Lei Estadual 23.291/2019, o

empreendedor é o responsável pela segurança da barr agem , cabendo-lhe o

desenvolvimento das ações necessárias para garantir a segurança nas fases de

planejamento, projeto, instalação, operação e desativação e em usos futuros da

barragem. Desse modo, nesse Parecer Único estão sendo avaliados somente os

impactos ambientais, com suas respectivas medidas compensatórias e mitigadoras,

ocorridos na fase de instalação e que irão ocorrer na fase de operação da barragem. Em

resumo, o presente Parecer Único tem a função de embasar a Câmara Técnica de

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Atividades Minerárias na concessão, ou não, da Licença Ambiental de Operação do

empreendimento.

Imagem 02: Pontos relevantes na ZAS.

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3. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

O empreendedor possui processo de outorga (nº 43533/2016) para a barragem,

com parecer técnico da SUPRAM TMAP concluído pelo deferimento do pleito de outorga

para intervenção em águas públicas, tendo sido encaminhado e aprovado no Comitê de

Bacia Hidrográfica do Rio Araguari – CBH Araguari em julho de 2017. Este processo

também foi avaliado e aprovado na Câmara Técnica de Outorga e Cobrança - CTOC, do

CBH Araguari, em 23/08/2017. Na 3ª Assembleia Geral Extraordinária de 2017 do CBH

Araguari, realizada no dia 14/09/2017, foi aprovado com condicionantes, conforme

Deliberação Normativa CBH Araguari nº 19, de 04 de julho de 2017.

Conforme descrito no parecer técnico da outorga supracitada e conforme

Resolução Conjunta SEMAD‐IGAM nº 1548/2012, para a Bacia do Rio Araguari deve‐se

manter um fluxo residual mínimo a jusante igual ou superior a 50% da Q7,10 (vazão

mínima de sete dias de duração e dez anos de recorrência). Uma vez que o tipo de uso

das águas pela Barragem B6 é considerado não consuntivo, não havendo, portanto,

apropriação de volume de água, durante operação da barragem deverá ser mantida a

jusante 100% da Q7,10, ou seja 26,0 L/s ou 93,6 m³/h. A vazão a jusante vem sendo

garantida, ultimamente, com a vazão do colchão drenante. Na barragem, o

empreendedor fará apenas a recirculação de água, com volume igual ou inferior ao

volume de rejeitos aportado nela.

Por fim, o empreendedor ainda requer o lançamento do excedente de água

acumulado na barragem “B2” na barragem “B6”. O referido lançamento se faz necessário

uma vez que esse excedente era lançado anteriormente na barragem “B5” que está fora

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de operação. Provisoriamente, o empreendedor realiza o bombeamento dessa água para

uma caixa d’água e a mesma é utilizada no processo industrial. A barragem “B2” é uma

barragem de rejeitos inativa que, atualmente, acumula somente água de contribuições

naturais (pluvial e do lençol freático).

4. RESERVA LEGAL

O empreendimento está localizado na zona urbana do município de Araxá/MG,

não sendo passível de constituição de Reserva Legal, conforme Lei Estadual

20.922/2013.

5. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL

A tabela a seguir expõe as áreas das tipologias vegetais suprimidas para a

instalação da Barragem B6:

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O material lenhoso se encontra armazenado em um pátio no empreendimento e

será transformado em cavaco e utilizado como combustível em caldeiras da própria

empresa.

6. COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS

Em se tratando de supressão de vegetação do Bioma Mata Atlântica de Floresta

Estacional Semidecidual (FESD) em estágio médio, foi apresentada a respectiva anuência

do IBAMA, na fase de Licença de Instalação, para a supressão de 28,38 hectares. Como

medida compensatória, foi determinado pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF,

conforme Termo de Compromisso de Compensação Florestal, o plantio de 28,38 hectares

e a preservação de 28,38 hectares. Até o momento da vistoria, o empreendedor havia

realizado o plantio de 1,5 hectares. Posteriormente, em 10/06/2019, o empreendedor

protocolou ofício informando a conclusão do plantio em 8,5 hectares, área prevista para

esse ano no Projeto Técnico de Reconstituição da Flora aprovado pelo IEF.

Pela supressão de 52 indivíduos de ipê-amarelo, o empreendedor realizou o

recolhimento de taxa para o Estado (5.200 UFEMGs), conforme Lei Estadual

20.308/2010.

Pela supressão de 95 indivíduos de cedro, ficou condicionado ao empreendedor o

plantio de 4750 mudas da espécie. Até o momento da vistoria, haviam sido plantadas 460

mudas. Posteriormente, em 10/06/2019, o empreendedor protocolou ofício informando a

conclusão do plantio.

Pela intervenção em 24,18 hectares em Áreas de Preservação Permanente, coube

ao empreendedor a recomposição por plantio de uma área de igual extensão. Até o

momento da vistoria, o empreendedor havia realizado o plantio em 06 hectares.

Posteriormente, em 01/07/2019, o empreendedor protocolou ofício informando que já

havia concluído totalmente o plantio.

Quanto à compensação minerária, determinada na Lei Estadual 20.922/2013,

artigo 75, o empreendedor formalizou junto ao IEF, órgão competente pela análise da

solicitação para a regularização da referida compensação. O processo ainda se encontra

em análise técnica junto ao órgão, uma vez que o mesmo pretende promover a

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regularização de todas as intervenções já realizadas no complexo minero-industrial de

Araxá.

As imagens a seguir identificam os locais para as compensações ambientais

determinadas na Licença de Instalação:

Imagem 03: Áreas de compensação por intervenção em APP (polígonos em azul) dentro do

complexo (polígono em vermelho)

Imagem 04: Área de plantio (polígonos em laranja) e de preservação (polígono em amarelo) pela

supressão de FESD

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Imagem 05: Área de plantio das mudas de cedro (polígono em branco)

No que refere à compensação referente à Lei Federal 9.985/2000 e Decreto

Estadual 45.175/2009, que tratam do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza – SNUC, o empreendedor protocolou junto ao Instituto Estadual de Florestas,

em 08/02/2018, solicitação para abertura de processo para cumprimento do mesmo. O

referido processo já foi finalizado com o devido recolhimento da taxa.

7. CUMPRIMENTO DAS CONDICIONANTES

Antes do início da avaliação desse item, viemos esclarecer que, no Parecer

Único da LP + LI, houve um erro na enumeração das condicionantes, saindo-se da

condicionante 01 direto para a condicionante 03, ficando inexistente a condicionante 02.

Desse modo, nesse parecer, para fins didáticos, seguiremos a enumeração correta das

condicionantes.

Condicionante 01

Apresentar relatórios técnicos conclusivos com ART dos responsáveis, referente

aos programas ambientais, sendo:

Programa de controle ambiental das obras

Continuidade e aprimoramento do sistema de gestão ambiental

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Programa de manejo da flora

Programa de manejo do solo

Programa de controle de erosão e assoreamento

Programa de gestão de resíduos sólidos

Programa de controle da emissão de material particulado

Programa de controle da qualidade das águas superficiais

Programa de monitoramento de águas subterrâneas

Programa de prevenção de acidentes ambientais

Programa de manejo da fauna silvestre

Programa de segurança de barragens

Compensação ambiental Lei Federal 9.985/00 (SNUC)

Centro e Programa de Educação Ambiental

Monitoramento ambiental

Diretrizes da desativação

Recuperação de áreas degradadas

Obs.: Apresentar relatório com as ações executadas no período para cada

programa sendo acompanhado por memorial fotográfico. Seguir a periodicidade descrita

em cada programa e apresentar anualmente.

Prazo: na formalização da LO.

Condicionante cumprida, conforme detalhamento a seguir:

Programa de controle ambiental das obras

O empreendedor apresentou um relatório técnico-fotográfico contemplando todas

as etapas de construção da barragem, descrevendo as etapas construtivas executadas. O

referido relatório também abordou o Programa de manejo do solo, o Programa de controle

de erosão e assoreamento e o Programa de gestão de resíduos sólidos.

Programa de manejo da flora e fauna silvestre

Foi apresentado um relatório final do acompanhamento do desmate e resgate da

fauna e flora para a área diretamente afetada da barragem B6.

Segundo o relatório foram executadas as seguintes etapas para o processo de

supressão de vegetação:

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- Plano de desmate e curso de capacitação, onde se alinhou entre equipe

responsável pelos resgates, empresa executora da supressão e a Mosaic todos os

procedimentos a serem realizados. Foram alinhados os sentidos que os desmates

seguiriam, permitindo, ao máximo, facilitar o afugentamento dos animais, reduzindo,

assim, o número de animais resgatados. Todo processo de supressão foi acompanhado

por um biólogo responsável pelo resgate.

- Área de soltura: os animais resgatados foram soltos em uma área de vegetação

nativa de 242,38 hectares, localizada dentro do próprio empreendimento. Foi realizada a

soltura de 04 jararacas (02 Bothrops jararaca e 02 Bothrops moojeni), 02 cobras-cipó

(Chironius sp), 20 cascavéis (Crotalus durissus) e 01 tatu-galinha (Dasypus novemcictus).

Ao todo, entre animais resgatados e avistados no afugentamento, foram identificados 300

indivíduos, sendo 250 aves, 41 répteis e 09 mamíferos.

- Resgate da flora: Durante a realização do resgate da fauna, foram realizadas

atividades de resgate de epífitas, mudas e sementes de ocorrência na área da Barragem

B6. Todo material coletado durante a supressão foi encaminhado para o viveiro já

instalado na unidade da Mosaic Fertilizantes. Durante o acompanhamento do desmate,

foram coletados 1.427 indivíduos na área da supressão de vegetação da Barragem B6,

compreendendo orquídeas, cactos e bromélias.

Programa de gestão de resíduos sólidos

Será abordado na avaliação do Automonitoramento.

Programa de controle da emissão de material particu lado

Será abordado na avaliação do Automonitoramento.

Programa de controle da qualidade das águas superfi ciais

Será abordado na avaliação do Automonitoramento.

Programa de monitoramento de águas subterrâneas

Será abordado na avaliação do Automonitoramento.

Programa de Educação Ambiental

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Será abordado em condicionante específica (Condicionante 03).

Condicionante 02

Monitoramento de vazão automatizada a jusante da barragem de rejeito B6 para

verificar a vazão de restituição, não podendo a mesma ser inferior a 100 % da Q7,10, ou

seja, 26 l/s).

Obs.: Os relatórios diários de monitoramento deverão ser arquivados em planilhas

mensais, e apresentados aos órgãos ambientais quando solicitado e/ou durante

fiscalização.

Prazo: durante a vigência da Licença Prévia e de Instalação

Condicionante cumprida fora do prazo. O empreendedor realizou apenas o

monitoramento da vazão manualmente , com a utilização de micromolinete, e com

periodicidade quinzenal, motivo pelo qual foi autuado, conforme Auto de Infração

126558/2019. Na forma em que o empreendedor realizou o monitoramento, as leituras

indicaram a garantia da vazão de restituição.

Em 25/06/2019, o empreendedor protocolou documento comprovando a instalação

do monitoramento de vazão automatizada à jusante da barragem, configurando o

cumprimento fora do prazo.

Condicionante 03

Realizar a adequação do PEA (Plano de Educação Ambiental), conforme diretrizes

estabelecidas na DN COPAM 214/2017.

Prazo: 1 ano.

Condicionante cumprida fora do prazo. O empreendedor protocolou, junto ao

processo de LP + LI, como cumprimento dessa condicionante, apenas um relatório das

ações adotadas, apesar de já possuir o PEA adequado à DN 214/2017. Somente em

10/06/2019, o empreendedor protocolou o programa completo, configurando o

cumprimento de condicionante fora do prazo, motivo pelo qual foi autuado, conforme Auto

de Infração 126558/2019.

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Condicionante 04

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de

Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação

ambiental, de acordo com a Lei nº 9.985/00 e Decreto Estadual nº 45.175/09. O processo

de compensação deverá atender aos procedimentos estipulados pela Portaria IEF Nº 55,

de 23 de abril de 2012.

Prazo: 90 dias.

Condicionante cumprida. O empreendedor protocolou, em 08/02/2018, junto ao

IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação ambiental. O

mesmo já foi aprovado e o empreendedor realizou o pagamento da taxa.

Condicionante 05

Apresentar o cumprimento da compensação referente ao corte dos exemplares de

Ipê-amarelo (Handroanthus serratifolius) e (Handroanthus ochraceus), conforme da Lei

Estadual nº. 20.308/2012.

Obs.: Caso o empreendedor opte pela compensação através de plantio, o mesmo

deverá realizar o plantio de no mínimo 05 (cinco) mudas catalogadas e identificadas do

Ipê-amarelo por árvore a ser suprimida, conforme estabelecido no art. 2°, § 1º da Lei

Estadual nº. 20.308/2012.

Prazo: 90 dias.

Condicionante cumprida. O empreendedor protocolou na SUPRAM TMAP em

08/02/2018 ofício comprovando o cumprimento da referida compensação ambiental,

através do pagamento da taxa, conforme Lei Estadual 20.308/2012.

Condicionante 06

Comprovar, através de relatório técnico-fotográfico, com ART, o cumprimento da

compensação para os exemplares de indivíduos arbóreos ameaçados de extinção a

serem suprimidos para a implantação do empreendimento, conforme Portaria IBAMA

n°443 de 17 de dezembro de 2014 e Deliberação Normativa COPAM nº 114, de 10 de

abril de 2008.

Prazo: março do ano vigente por um período mínimo de 05 anos.

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Condicionante cumprida fora do prazo. O empreendedor só concluiu o plantio

das 4.750 mudas de cedro em maio de 2019, conforme já citado no item 6

“Compensações ambientais” desse parecer, descumprindo o prazo estabelecido, motivo

pelo qual foi autuado (Auto de Infração 126558/2019).

Condicionante 07

Apresentar o cumprimento da compensação, que dispõe sobre a compensação

florestal disciplinada pelo artigo 75 da Lei 20.922/2013.

Prazo: 1 ano.

Condicionante em andamento. O empreendedor deu início, junto ao IEF, em

ofício protocolado em 13/07/2018, no processo para o cumprimento da compensação

referida, porém, o órgão tem o intuito de promover, em processo único, a regularização de

todas as intervenções já realizada no complexo minero-industrial, motivo pelo qual o

processo ainda não foi concluído. Pelo fato do cumprimento da condicionante não estar

dependendo do empreendedor, conforme manifestação do próprio IEF, o mesmo não será

autuado nesse caso.

Condicionante 08 (alterada na 15ª RE CMI)

Apresentar mapa de uso e ocupação do solo, com detalhamento das práticas de

uso da terra, das formações vegetacionais (inclusive APP’s e Reserva Legal da região) e

respectivo estado de conservação, da região apresentada no mapa anexo, conforme Item

13.5.

Prazo: 180 dias

Condicionante cumprida. O empreendedor apresentou ao órgão o mapa

supracitado em 11/05/2018. Trata-se de uma área proposta pelo próprio IEF como

possível área de compensação minerária, por necessidade de preservação ambiental da

mesma.

Condicionante 09 (alterada na 15ª RE CMI)

Apresentar mapa com levantamento fundiário, de forma a identificar os

proprietários, número, tamanho e padrão dos imóveis rurais da região apresentada no

mapa em anexo conforme Item 13.5.

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Prazo: 180 dias

Condicionante cumprida. O empreendedor apresentou ao órgão o mapa

supracitado em 11/05/2018. Trata-se da mesma área citada na condicionante 09.

Condicionante 10

Comprovar a correta destinação do material lenhoso oriundo da supressão de

vegetação, conforme previsto no Artigo 72 da Lei Estadual n° 20.922 de 16/10/2013.

Apresentar relatório técnico-fotográfico final detalhado, comprovando o uso e destinação

do material lenhoso.

Prazo: 1 ano

Condicionante em andamento. O material lenhoso resultante da supressão está

devidamente estocado em um pátio nas proximidades da barragem e será transformado

em cavaco e utilizado nas plantas de beneficiamento mineral do próprio empreendimento.

Condicionante 11

Apresentar declaração do IEF quanto ao cumprimento integral das ações

estabelecidas no Termo de Compromisso de Compensação Florestal – TCCF, firmado

perante o IEF, das medidas compensatórias estabelecidas pela CPB/COPAM, referente à

Lei Federal 11.428/06, acompanhada do referido TCCF.

Prazo: Conforme cronograma constante no TCCF

Condicionante cumprida. O empreendedor apresentou declaração do IEF, na

pessoa do Sr. Washington Luiz Silva Lima, supervisor regional do IEF Alto Paranaíba,

emitida em 23/10/2018, atestando o cumprimento do TCCF, dentro do cronograma

previsto e aprovado.

Condicionante 12

Comprovar, através de relatório técnico-fotográfico, com ART, o cumprimento da

medida compensatória, decorrente da intervenção em área de preservação permanente

(APP). A área a título de compensação deverá ser de no mínimo 24,18 ha.

Prazo: 1 ano

Condicionante cumprida fora do prazo. O empreendedor só concluiu o plantio

dos 24,18 hectares em junho de 2019, conforme já citado no item 6 “Compensações

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ambientais” desse parecer, descumprindo o prazo estabelecido, motivo pelo qual foi

autuado (Auto de Infração 126558/2019).

Condicionante 13 (incluída na 15ª RE CMI)

Apresentar estudo de alternativas tecnológicas de disposição de rejeitos

objetivando aumentar a vida útil da barragem. Apresentar cronograma de implantação da

alternativa de melhor viabilidade ambiental. Comprovar a inexistência de alternativas

técnicas aplicáveis para aumentar a vida útil desta barragem, se for o caso.

Prazo: Na formalização da LO

Condicionante cumprida. Foi apresentado junto ao processo de LO, projeto

conceitual de alternativas de disposição de rejeitos para o complexo de Araxá. As

alternativas apresentadas foram as seguintes:

Recuperação/reprocessamento do rejeito

Consiste no reaproveitamento de rejeitos já dispostos nas barragens do

empreendimento. O rejeito para ser reprocessado necessita possuir níveis de fósforo e

granulometria ideais para seu reprocesso, logo, a alternativa não é aplicável a todo rejeito

já disposto no empreendimento. Além disso, precisa se avaliar o processo de lavra na

barragem, de modo que o mesmo não comprometa a estabilidade da estrutura.

Na Mosaic Araxá já ocorreu o reprocessamento de parte de rejeito disposto na

barragem “B2” e os estudos continuam para verificar a viabilidade de aplicação em outras

barragens.

Uso do rejeito de flotação para outros fins

Nessa alternativa, o rejeito gerado no processo de flotação da polpa é utilizado em

obras civis. No complexo, esse tipo de rejeito é utilizado nos alteamentos das barragens.

Empilhamento drenado

A alternativa pode ser aplicada a dois tipos de rejeito gerados no empreendimento:

a magnetita e o rejeito de flotação.

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A magnetita é gerada no processo de desmagnetização do minério e é o rejeito

que pode ser disposto com mais facilidade no processo mineral fosfático por apresentar

alta densidade e grande permeabilidade.

No complexo, o rejeito magnetítico já foi utilizado como lastro de reforço da

barragem “B2”, onde, ao mesmo tempo, atua também como barreira para que a água da

barragem “B1/B4”, que se encontra logo a jusante da “B2”, não fique em contato direto

com o talude dessa, aumentando sua segurança.

O empilhamento drenado do rejeito de flotação é a alternativa que vem sendo

estudada pela Mosaic Fertilizantes. O processo já foi realizado em escala laboratorial,

apresentando bons resultados, segundo relatado no projeto conceitual. O processo de

flotação gera, aproximadamente, 80% de rejeitos finos (lamas) e 20% de rejeitos grossos.

Após criteriosa análise para a caracterização física, química e mecânica do rejeito

de flotação, o empreendedor realizou testes de bancada. Nos referidos testes foram

avaliadas diversas proporções de composição (blends) entre rejeito fino e rejeito grosso

da flotação, de modo a se alcançar um empilhamento eficaz.

O processo se inicia com a entrada no sistema de um “blend” de rejeito grosso e

rejeito fino. Posteriormente, este rejeito segue para processo de hidrociclonagem, visando

a retirada do excesso de água do mesmo. Após, passa por um processamento físico, por

vibração de alta frequência em uma peneira, onde se segrega ainda mais a parte aquosa.

Depois de segregado, a fração sólida estará com umidade entre 17 e 25% e é

transportada por correias até uma pilha pulmão. Toda fração líquida segregada é

reutilizada no processo industrial.

Da pilha pulmão, o rejeito “desaguado” é transportado por caminhões para o local

onde será formado o empilhamento drenado. Espera-se que esse empilhamento possua

comportamento geotécnico similar ao de uma pilha de estéril.

No Complexo Minero-industrial de Araxá já se encontra instalada uma planta de

desaguamento, conforme descrito acima. Será uma planta piloto com capacidade para 25

ton/hora de rejeito. O teste será realizado por 06 meses e ainda não se iniciou devido à

inatividade da UTM, como já relatado nesse parecer. Será obtida uma pilha com 30.000

toneladas de rejeito desaguado, que será instalada em uma área de 50m x 10m (500 m²).

A pilha, depois de pronta, passará por um ano de avaliações para que se entenda seu

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comportamento geotécnico frente as intempéries. Depois dessa avaliação, será possível

definir se a alternativa será viável ou não para ser aplicada em escala operacional.

Conforme informado, via e-mail pelo empreendedor, se as expectativas dos testes

de bancada e da planta piloto se confirmarem, cerca de 85% de todo rejeito gerado no

empreendimento terá viabilidade de ser disposto em forma de empilhamento

drenado, ao invés de barragem de rejeito.

Figura 02: Esquema da planta de desaguamento de rejeito.

Imagem 06: Localização da planta piloto e do local do empilhamento drenado.

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Automonitoramento

Monitoramento com perda de objeto. O empreendedor protocolou documento

informando a inexequibilidade do monitoramento solicitado, uma vez que não houve a

instalação das estruturas a serem monitoradas. Não houve necessidade de bacias de

decantação para águas pluviais e foi utilizada a oficina mecânica definitiva do complexo

que é adequada ambientalmente.

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Monitoramento cumprido parcialmente. Conforme o Programa de Águas

Superficiais e definido no Parecer da LP + LI, o empreendedor deveria realizar o

monitoramento semestral em 06 pontos amostrais, a saber:

- Córrego Canjica, a jusante da B6;

- Um ponto no Córrego da Canjica a jusante do eixo da barragem B6 logo após o

canal de restituição do vertedouro;

- Um ponto no vertedouro da Barragem B6;

- Um ponto na saída do fluxo de drenagem interna da barragem B6;

- Um ponto no rio Capivara a montante da foz do córrego da Canjica e;

- Um ponto no rio Capivara a jusante da foz do córrego da Canjica e antes de

qualquer confluência com outro contribuinte.

Porém, entende-se que os dois primeiros pontos citados são coincidentes,

restando-se assim, 05 pontos de monitoramento.

Também se tornou inexequível o monitoramento no vertedouro da barragem B6,

uma vez que o mesmo ainda não está vertendo, caindo para 04 o número de pontos

amostrais.

Como a condicionante fixou prazo de análise semestral e de apresentação anual,

o empreendedor deveria ter apresentado duas análises para cada um dos 04 pontos.

Foram apresentadas, em atendimento às condicionantes da LP + LI, as seguintes

análises:

- 02 análises (abril e setembro/2018) para o ponto a jusante da B6 e;

- 01 análise (setembro/2018) para o ponto da saída do dreno de fundo.

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Para o segundo caso, foi inexequível a realização de duas amostras no período,

uma vez que, no primeiro semestre de 2018, a referida saída do dreno ainda não havia

sido construída.

O empreendedor realizou também as análises (abril e setembro de 2018) dos

pontos a montante e a jusante da foz do córrego da Canjica, no rio Capivara. Todavia, tais

análises somente foram protocoladas em 10/06/2019, sendo então autuado por

apresentar 04 relatórios de análise fora do prazo.

As análises apresentadas servirão como testemunho para as futuras análises que

serão realizadas pós-operação do empreendimento.

Nesse parecer será condicionado o monitoramento em um ponto a montante da

Barragem B6, um ponto no dreno de fundo, um ponto no rio Capivara a montante da foz

do córrego Canjica e um ponto no rio Capivara a jusante da foz do córrego Canjica.

Monitoramento cumprido parcialmente. Conforme o Plano de Monitoramento do

Aquífero Livre e definido no Parecer da LP + LI, o empreendedor deveria realizar o

monitoramento semestral em 05 pontos amostrais, sendo 04 nos limites da barragem e

um a jusante do maciço da mesma.

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O empreendedor apresentou uma análise para quatro poços instalados no entorno

da futura barragem (novembro/2018), faltando a análise do primeiro semestre de 2018 e

não realizando nenhuma para o poço a jusante do maciço, que não chegou a ser

perfurado. Reavaliando-se tecnicamente, não observamos a necessidade de perfuração

desse quinto poço, uma vez que já existe um, dos outros quatro instalados, localizado a

jusante do maciço, fato que não desconfigura o descumprimento de tal monitoramento,

motivo pelo qual será autuado por deixar de entregar 06 relatórios de análises.

As análises apresentadas servirão como testemunho para as futuras análises que

serão realizadas pós-operação do empreendimento. Será condicionada a manutenção

das análises nos 04 poços perfurados.

Monitoramento cumprido parcialmente. O empreendedor protocolou, junto ao

processo de LP + LI, monitoramento dos ruídos realizados em maio/2018, nos pontos

determinados em seu Plano de Controle Ambiental, contudo, o monitoramento realizado

no segundo semestre de 2018 (setembro) só foi protocolado em 10/06/2019, configurando

cumprimento fora do prazo, motivo pelo qual será autuado. As análises apresentadas

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atendem os limites definidos nos parâmetros legais, conforme Lei Estadual 10.100/1990 e

Resolução CONAMA 01/1990, indicando que a instalação do empreendimento não

causou alterações nos níveis de ruído.

Monitoramento cumprido. O empreendedor protocolou, em 13/11/2018, relatório

apresentando os resultados de monitoramento da qualidade do ar realizado

quinzenalmente nos meses de abril e setembro de 2018, em 03 pontos definidos no Plano

de Controle Ambiental (PCA). Os resultados se apresentaram dentro dos parâmetros

definidos na Resolução CONAMA 03/1990.

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Monitoramento cumprido. O empreendedor protocola anualmente, em

atendimento a condicionante estabelecida em sua licença de operação vigente para o

complexo (Processo Administrativo 00078/1980/041/2008) seu inventário de resíduos

sólidos, comprovando a correta destinação de todos resíduos gerados no complexo. Em

atendimento a solicitação da SUPRAM, o referido inventário também foi protocolado junto

ao processo de LO.

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8. CONTROLE PROCESSUAL

O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante a

legalidade processual e legislações ambientais vigentes, haja vista a apresentação dos

documentos necessários e exigidos pela legislação ambiental em vigor, conforme

enquadramento no disposto da Deliberação Normativa n° 217/2017.

Neste processo se encontra a publicação em periódico local ou regional do pedido

de Licença, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95, bem como foi

apresentado o Cadastro Técnico Federal – CTF.

O local de instalação do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão

em conformidade com as leis e regulamentos administrativos municipais, tal qual faz

prova declaração emitida pelo Município de Araxá-MG que foi apresentada e apreciada no

processo administrativo referente à LI.

Denota-se do presente Parecer Único que as condicionantes impostas no

processo anterior de licenciamento foram, em sua grande maioria, atendidas de maneira

satisfatória e o empreendimento mantém medidas de controle ambiental, razão pela qual,

juridicamente, não há impedimento para o deferimento da licença requerida.

Pelo descumprimento de algumas condicionantes o empreendedor já foi

devidamente autuado, conforme Decreto Estadual 47.383/2018.

A empresa cumpriu as cláusulas de eficácia plena da Lei Estadual 23.291/2019,

salientando-se que alguns dispositivos da referida norma tem eficácia limitada,

necessitando de regulamentação, conforme já reconhecido no Termo de Compromisso

firmado entre o empreendedor, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e

SEMAD.

Nos termos do Decreto Estadual 47.383/2018, o prazo de validade da licença em

referência será de 10 (dez) anos.

9. CONCLUSÃO

A equipe interdisciplinar da Supram TMAP sugere o deferimento desta Licença

Ambiental na fase de Licença de Operação, para o empreendimento MOSAIC

FERTILIZANTES P & K LTDA. para a atividade de “ BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE

REJEITOS – CLASSE III”, no município de ARAXÁ-MG, pelo prazo de 10 anos, aliadas às

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condicionantes listadas no anexo I e automonitoramento do anexo II, devendo ser

apreciada pela Câmara Técnica Especializada de Atividades Minerárias - CMI, do

Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração,

modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação à Supram TMAP, tornam o

empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do

TMAP não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais

apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a

comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s)

responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Qualquer legislação ou norma citada nesse parecer deverá ser desconsiderada em

caso de substituição, alteração, atualização ou revogação, devendo o empreendedor

atender à nova legislação ou norma que a substitua.

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a

obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a

observação acima conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

10. ANEXOS

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação

Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação

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ANEXO I

Condicionantes da Licença de Operação

Empreendedor: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA.

Empreendimento: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA.

CNPJ: 33.931.486/0019-60 Município: ARAXÁ Atividade: BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS – CLASSE III Código(s) DN 217/17: A-05-04-5 Processo: 00078/1980/061/2018 Validade: 10 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01

Apresentar relatório técnico fotográfico para cada etapa de alteamento da Barragem B6. O relatório deve conter: - Análise de performance do sistema e elaboração de plano de contingência, com informação às comunidades, acompanhado de ART; - Supervisão da construção da barragem e elaboração de relatórios as built (como construído), acompanhado de ART; - Manual de operação revisado incluindo procedimentos operacionais e de manutenção, frequência de monitoramento, níveis de alerta e emergência da instrumentação instalada, acompanhado de ART; - Auditoria conclusiva por profissional legalmente habilitado, acompanhado de ART; Obs: Alteamento máximo até a cota 960 m na crista do maciço (cota licenciada na LI e nessa LO), sendo previstos 03 alteamentos.

30 dias após a conclusão do alteamento

02

Apresentar relatório comprovando a instalação de sistema de monitoramento automatizado da instrumentação de segurança da barragem. O relatório deverá vir acompanhado de ART.

Abril de 2020

03

Apresentar relatório conclusivo sob a alternativa de empilhamento drenado que terá seu teste iniciado na retomada das atividades da Unidade de Tratamento Mineral e concluído após um ano. O relatório deverá vir acompanhado de sua respectiva ART. O relatório deverá ser acompanhado de cronograma para implementação de

Setembro de 2020

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unidade de desaguamento e empilhamento de rejeitos em escala industrial, observados os devidos procedimentos administrativos aplicáveis e em vigência junto a Semad

04

Apresentar, conforme dispõe a Deliberação Normativa nº 214, de 26 de abril de 2017, os seguintes documentos: I - Formulário de Acompanhamento Semestral, apresentando as ações previstas e realizadas, conforme modelo apresentado no Anexo II da norma; II - Relatório de Acompanhamento Anual, detalhando e comprovando a execução das ações realizadas. Obs.: Quando da revalidação da licença, deverá ser apresentado um novo diagnóstico socioambiental participativo, de forma a subsidiar a atualização do PEA.

Durante a vigência da licença

06 Comprovar o cumprimento de todos dispositivos ainda não regulamentados na Lei Estadual 23.291/2019, após a publicação da(s) norma(s) regulamentadora(s).

180 dias, salvo prazos específicos determinados na(s)

norma(s) regulamentadora(s)

07 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II.

Durante a vigência da Licença.

* Salvo especificações, os prazos são contados a pa rtir da data de publicação da Licença na Imprensa O ficial do

Estado.

Obs.:1 No caso de impossibilidade técnica de cumprimento de medida condicionante estabelecida pelo órgão ambiental

competente, o empreendedor poderá requerer a exclusão da medida, a prorrogação do prazo para cumprimento ou

alteração de seu conteúdo, formalizando requerimento escrito devidamente instruído com a justificativa e a comprovação da

impossibilidade de cumprimento, até o vencimento da respectiva condicionante;

Obs.:2 - A comprovação do atendimento aos itens destas condicionantes deverá estar acompanhada da anotação de

responsabilidade técnica - ART emitida pelo(s) responsável (eis) técnico(s), devidamente habilitado(s), quando for o caso.

Obs.:3 Apresentar, juntamente com o documento físico, cópia digital das condicionantes e automonitoramento em formado

pdf., acompanhada de declaração, atestando que confere com o original.

Obs.:4 Os laboratórios impreterivelmente estar em conformidade com a Deliberação Normativa COPAM nº 216, de 07 de

outubro de 2017, ou a que sucedê-la.

Obs.:5 Caberá ao requerente providenciar a publicação da concessão ou renovação de licença, no prazo de 30 (trinta) dias

contados da publicação da concessão da licença, em periódico regional local de grande circulação, nos termos da

Deliberação Normativa COPAM nº 217, de 06 de dezembro de 2017.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operaçã o

Empreendedor: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA.

Empreendimento: MOSAIC FERTILIZANTES P & K LTDA.

CNPJ: 33.931.486/0019-60 Município: ARAXÁ Atividade: BARRAGEM DE CONTENÇÃO DE REJEITOS – CLASSE III Código(s) DN 217/17: A-05-04-5 Processo: 00078/1980/061/2018 Validade: 10 anos

1. Águas superficiais

Local de amostragem Parâmetro Frequência de Análise

Quatro pontos, a saber:

1- Um ponto a montante da Barragem B6;

2- Um ponto no dreno de fundo;

3- Um ponto no rio Capivara (50 metros a montante da foz do córrego Canjica) e;

4- Um ponto no rio Capivara (50 metros a jusante da foz do córrego Canjica).

Alcalinidade total, Alumínio dissolvido, Alumínio total, Amônia, Arsênio total, Bário, Chumbo total, Cloreto total, Condutividade elétrica, Cromo total, DBO, DQO, Ferro dissolvido, Ferro total, Fluoreto total, Fósforo total, Manganês total, Nitrato, Nitrito, Oxigênio Dissolvido, pH, Sólidos dissolvidos totais, Sólidos suspensos totais, Sólidos sedimentáveis, Sulfato total, Sulfeto total, Surfactantes, Turbidez e Zinco dissolvido.

Bimestral

Obs 1: Os relatórios deverão ser protocolados anualmente, em até 20 dias após a data da publicação da Licença.

Obs 2: Os resultados deverão ser comparados aos limites estabelecidos pela Resolução Conama n° 357/2005 e Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH – MG nº 01/2008, considerando‐se sempre o valor mais restritivo. Em caso de substituição de alguma das legislações, deverá ser considerada a que a revogou.

Obs. 3: Elaborar relatório técnico contendo o mapa do ponto de análise, relatório fotográfico, os resultados das análises emitidas pelo laboratório creditado na NBR 17205

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

SUPRAM TMAP Praça Tubal Vilela, 03 – Uberlândia – MG

CEP 38400-186 – Tel: (34) 3088-6400 DATA: 02/07/2019

e análises/discussões dos resultados.

2. Águas subterrâneas

Local de amostragem

Parâmetro Frequência de Análise

04 poços de monitoramento perfurados no entorno da barragem.

Alcalinidade total, Alumínio dissolvido, Alumínio total, Amônia, Arsênio total, Bário, Chumbo total, Cloreto total, Condutividade elétrica, Cromo total, Ferro dissolvido, Ferro total, Fluoreto total,

Fósforo total, Manganês total, Nitrato, Nitrito, pH, Sólidos dissolvidos totais, Sólidos suspensos totais, Sulfato total, Sulfeto

total, Surfactantes e Zinco dissolvido.

Trimestral

Obs 1: Os relatórios deverão ser protocolados anualmente, em até 20 dias após a data da publicação da Licença.

Obs 2: Os resultados deverão ser comparados aos limites estabelecidos pela Resolução Conama n° 396/2008 e Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH – MG nº 02/2010, considerando‐se sempre o valor mais restritivo. Em caso de substituição de alguma das legislações, deverá ser considerada a que a revogou.

Obs. 3: Elaborar relatório técnico contendo o mapa do ponto de análise, relatório fotográfico, os resultados das análises emitidas pelo laboratório creditado na NBR 17205 e análises/discussões dos resultados.