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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador Geraldo Alckmin

Secretário da Educação João Cury Neto

Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio

Chefe de Gabinete Amauri Gavião Almeida Marques da Silva

Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Presidente Alexandre Hagge dos Santos (respondendo)

Chefe de Gabinete Alexandre Hagge dos Santos

Diretor Administrativo e Financeiro – DAF Johnny Roberty Bibe de Souza Oliveira

Diretor de Projetos Especiais – DPE Antonio Henrique Filho

Diretora de Obras e Serviços – DOS Selene Augusta Barreiros

Diretora de Tecnologia da Informação – DTI Malde Maria Vilas Bôas

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Plano Estadual de Educação

São Paulo, 2018

Meta 8 – Escolaridade Média da População de 18 a 29 anos

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e

nove) anos, de modo a alcançar o mínimo de 12 (doze) anos de estudo

até o último ano de vigência do PEE, para as populações do campo, das

regiões de menor escolaridade dos Municípios do Estado, dos 25%

(vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média

entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística.

SUMÁRIO

Considerações Iniciais ..................................................................................... 7

Escolaridade média da população de 18 a 29 anos no Estado de São Paulo:

indicadores .................................................................................................... 11

Indicador 8 A: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos de

idade. ................................................................................................ 11

Indicador 8 B: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos

residentes no campo........................................................................... 14

Indicador 8 C: Escolaridade média da população de 18 a 29 anos

entre os 25% mais pobres. ................................................................. 17

Indicador 8 D: Razão entre a escolaridade média de negros e

não negros na faixa etária de 18 a 29 anos .......................................... 19

Considerações Finais ...................................................................................... 23

6

7

META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA DA

POPULAÇÃO DE 18 A 29 ANOS

Considerações iniciais

A meta 8 do Plano Estadual da Educação – PEE 1 tem por foco principal ampliar a

escolaridade média da população jovem da faixa etária de 18 a 29 anos de idade

para ao menos 12 anos de estudos, até 2026, prazo final da vigência do atual

Plano. O grande desafio neste processo será garantir que isso aconteça de forma

equânime, promova a ascensão sem reproduzir desigualdades.

Há diferenças conceituais entre “escolaridade média” que é resultante do acúmulo

de anos concluídos com êxito na educação básica e em etapas subsequentes e “

escolarização” 2 – que é o indicador que mede a frequência à escola de determinado

grupo de pessoas, notadamente aqueles que se encontram em idade escolar.

Para determinar o número de anos de estudos de um indivíduo, a Pnad leva em

conta a última série/ano completado com sucesso, desconsiderando desse total os

insucessos (reprovações/repetência). Assim sendo, se um estudante demora 11

anos para concluir o ensino fundamental, para efeito do cálculo do número de anos

de estudos, a escolaridade por ele adquirida será de 8 anos, o correspondente ao

ensino fundamental completo.

No estado de São Paulo o momento atual praticamente assinala o fim do período

de transição do ensino fundamental de 8 séries para 9 anos, por causa da

implantação progressiva do ensino fundamental organizado em nove anos, iniciada

em 2009/2010 (1º e 2º ano), de acordo com as normas estabelecidas na

Deliberação CEE nº 73/2008.

1 PEE: Lei Estadual nº 16.279/2016.

2 A taxa de escolarização, também conhecida como taxa de frequência à escola, é um indicador socioeducacional que mede a frequência à escola e é produzida pelo IBGE. Essa taxa pode ser bruta ou líquida.

8

Antes da norma que definiu a implantação do ensino de 9 anos a partir de 2009 no

sistema estadual, foram identificados casos pontuais de escolas que anteciparam a

adoção da organização do ensino fundamental em nove anos: a Escola Paulistinha

de Educação (federal), a Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP e

algumas escolas da rede particular.

Nos últimos oito anos coexistiram as duas formas de organização, pois a Deliberação

do CEE estabeleceu a implantação gradativa; assim aquelas crianças que tinham

ingressado na organização de 8 séries deveriam concluir o ensino fundamental

organizado em oito anos em 2016/17.

De outra parte, aqueles que ingressaram no ensino fundamental em 2009/2010,

início da implantação do ensino fundamental organizado em nove anos, com a

antecipação do ingresso nesse nível de ensino das crianças com 6 anos de idade

presume-se que devam estar concluindo o ensino fundamental entre 2017/2018.

De acordo com informações do próprio IBGE no cálculo da contagem dos anos de

estudo do ensino fundamental de nove anos, o 1º ano concluído com aprovação foi

enquadrado na categoria menos de um ano de estudo, o 2º, em um ano de estudo,

e assim, sucessivamente, até o 9º ano, classificado em oito anos de estudo.

Assim sendo, em razão da metodologia adotada pelo IBGE para harmonizar as

diferenças entre as pessoas que cursaram o ensino fundamental de 8 séries e de 9

anos, na Pnad, o conceito 12 anos de estudo corresponde à educação básica

completa (fundamental e médio) e mais um ano de estudo concluído em etapa

posterior.

Objetivamente a forma de cálculo do número médio de anos de estudo –

escolaridade média de 12 anos, conforme proposto na meta 8 – é superior ao

número de anos de estudos previsto na educação básica completa, em especial

nesta fase de transição e de compatibilização de 8 para 9 anos no ensino

fundamental.

Outro ponto a ser considerado no cálculo do número de “anos de estudo” é o fato

da Pnad não diferenciar se o indivíduo concluiu a educação básica no ensino regular

9

ou na modalidade de educação de jovens e adultos, considerando 11 anos de

estudos nos dois casos.

Essa meta sintetiza o cumprimento de vários outros indicadores importantes no

processo de escolarização da população, uma vez que é consequência de políticas

públicas direcionadas aos grupos de idade que antecedem a faixa etária de 18 a 29

anos, objeto das metas 1, 2 e 3 dos Planos Nacional (PNE) e estadual (PEE) de

Educação, o que implica em:

Universalizar o acesso à educação infantil, em especial a pré-escola, etapa

da educação formal em que se inicia o processo de escolarização obrigatória;

Melhorar o fluxo escolar dos estudantes do ensino fundamental, reduzindo

as taxas de reprovação/repetência, abandono/evasão escolar e distorção

idade-série, aumentando consequentemente a taxa de conclusão.

Universalizar o acesso ao ensino médio, reduzir as taxas de

reprovação/repetência, abandono/evasão escolar e distorção idade-série,

elevando a taxa de conclusão.

O Estado de São Paulo abrangia , em 2016, um universo de 44.719.021 pessoas3,

das quais 17,8% (7.959.141) eram jovens com idade entre 18 a 29 anos. Trata-se

de um grupo diversificado por englobar indivíduos com diferentes perfis quanto ao

nível de escolaridade: uma parcela é constituída de jovens com ensino superior

concluído ou em curso; outra alcançou a educação básica completa (ensino médio),

outra o nível médio incompleto, pois ainda não atingiu 11 anos de estudo, ou nem

ao menos completou o ensino fundamental.

Além desses jovens que tanto podem estar só estudando, estudando e trabalhando

ou só trabalhando, há um grupo que não se enquadra em nenhuma dessas

categorias e que no contexto de políticas sociais formam um contingente bastante

preocupante, identificados como jovens da geração “nem nem”: não estudam e não

3 Fonte: IBGE – Pnad Contínua 2016, dados divulgados em 17 de dezembro de 2017.

10

estão ocupados”, e que cotidianamente vivenciam situações de riscos e sujeitos a

uma maior probabilidade de agravo quanto à vulnerabilidade social.

O monitoramento dessa meta utiliza como fonte os resultados das pesquisas

realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE: a Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad e a Pnad Contínua quando a abrangência

é o Estado de São Paulo, mas quando o foco de interesse é a informação

desagregada por município, o único recurso disponível é a base de dados coletada

pelo Censo Demográfico (ver indicadores desagregados por município no Anexo I).

No acompanhamento dessa meta o relatório, sempre que possível, priorizou a

evolução ano a ano desse indicador calculado a partir dos dados da Pnad para o

conjunto do estado até 2015. Hoje a informação disponível é da Pnad Contínua

2016, sendo importante destacar que as diferenças metodológicas entre duas

pesquisas impedem a comparabilidade entre elas.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad foi sempre a principal fonte

de referência no acompanhamento dessa meta, dada a credibilidade e facilidade de

compor esse indicador com os dados da Pnad, que durante anos manteve os

mesmos parâmetros e metodologia para a captação dos dados, bem como a

referência da data-base da coleta, possibilitando o acompanhamento no tempo e a

comparabilidade dos resultados ao longo dos anos.

Por sua vez a Pnad Contínua, de periodicidade trimestral e anual, tem por objetivo

produzir indicadores para acompanhar as flutuações de curto prazo e a evolução, a

médio e longo prazos, da força de trabalho e outras informações necessárias para

o estudo e desenvolvimento socioeconômico.

A Pnad tradicional, de periodicidade anual, captava as informações uma única vez

no ano e tinha como referência a última semana do mês de setembro, enquanto

que os dados de educação da Pnad Contínua são captados no 2º trimestre de cada

ano, data próxima à coleta do censo da educação básica.

11

Subsistem diferenças inclusive em relação à população investigada e a prevalência

do tema objeto trabalho: pessoas de 14 anos ou mais de idade na Pnad Contínua e

de 10 anos ou mais de idade na Pnad tradicional.

Escolaridade média da população de 18 a 29 anos no

Estado de São Paulo: indicadores

Indicador 8 A: Escolaridade média da população de 18 a 29

anos de idade.

No Estado de São Paulo, o número médio de anos de estudo para o grupo etário

discriminado nesse indicador é o mais elevado entre as unidades da Federação. Em

2016 essa média alcançou 11 anos de estudos, o que corresponde ao ensino médio

completo4. A média do Brasil e da região Sudeste foi de 10,2 anos e 10,7 anos,

respectivamente. Quando esse indicador é desagregado por sexo, a escolaridade da

mulher é mais elevada que a dos homens (gráfico 1).

Gráfico 1: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Escolaridade média da população de 18 a 29 anos por sexo 2016

(em anos de estudo)

Fonte: IBGE – Pnad Contínua.

4 IBGE – Pnad Contínua 2016.

Brasil Região Sudeste São PauloTotal 10,2 10,7 11,0Homem 9,8 10,4 10,7Mulher 10,6 11,0 11,3

9,0

9,5

10,0

10,5

11,0

11,5

12

Esse cenário se repete para as unidades da Federação: uma média de anos de

estudo mais elevada para as mulheres que a média dos homens, destacando-se os

resultados do Estado de São Paulo (gráfico 2).

Gráfico 2: Unidades da Federação Escolaridade média da população de 18 a 29 anos por sexo 2016

(em anos de estudo)

Fonte: IBGE – Pnad Contínua.

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

Alagoas

Pará

Maranhão

Sergipe

Rondônia

Paraíba

Bahia

Amazonas

Piauí

Acre

Ceará

Pernambuco

Tocantins

Rio Grande do Norte

Roraima

Mato Grosso do Sul

Amapá

Mato Grosso

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

Goiás

Paraná

Santa Catarina

Distrito Federal

São Paulo

Mulher Homem Total

13

A série histórica desse indicador para Brasil, regiões e unidades da Federação entre

2004 e 2014 demostra uma evolução lenta e constante, assinalando as diferenças

regionais: Sul e Sudeste com médias mais elevadas, e Norte e Nordeste com as

menores médias (tabela 1 e gráfico 3).

Tabela 1: Brasil, região e unidades da Federação Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos 2004-2014

(em anos de estudo) (ordem decrescente da média de 2014)

Região/ UF Anos Variação

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 (pp) Brasil 8,3 8,5 8,8 9,0 9,2 9,4 9,5 9,7 9,8 9,9 1,6

Sudeste 9,2 9,4 9,6 9,8 9,9 10,1 10,2 10,3 10,4 10,5 1,3 Sul 9,0 9,2 9,4 9,5 9,8 9,9 10,0 10,1 10,2 10,3 1,3

Centro-Oeste 8,5 8,8 9,1 9,2 9,5 9,7 9,9 10,1 10,2 10,2 1,7 Norte 7,4 7,7 7,9 8,1 8,3 8,5 8,6 8,9 9,1 9,3 1,9

Nordeste 7,0 7,2 7,5 7,8 8,0 8,3 8,6 8,8 9,0 9,1 2,1 Distrito Federal 9,4 9,8 10,0 10,1 10,4 10,6 10,7 10,9 11,1 11,0 1,6 São Paulo 9,7 9,8 10,1 10,2 10,3 10,5 10,6 10,7 10,7 10,8 1,1 Santa Catarina 9,0 9,5 9,5 9,5 10,0 10,1 10,3 10,3 10,4 10,5 1,5 Rio de Janeiro 9,2 9,3 9,5 9,6 9,9 9,9 9,9 10,1 10,2 10,3 1,1 Paraná 9,0 9,3 9,5 9,6 9,8 9,9 10,0 10,2 10,2 10,3 1,3 Amapá 8,5 9,0 9,5 9,2 9,5 9,3 9,7 9,6 9,8 10,2 1,7 Roraima 8,2 8,5 8,8 9,2 9,6 9,7 10,2 10,4 10,0 10,1 1,9 Espírito Santo 8,7 8,8 9,0 9,2 9,1 9,5 9,7 10,0 9,9 10,1 1,4 Rio Grande do Sul 9,0 9,0 9,3 9,5 9,7 9,7 9,8 9,9 10,0 10,1 1,1 Goiás 8,3 8,7 9,0 9,1 9,4 9,5 9,8 10,0 10,3 10,1 1,8 Minas Gerais 8,4 8,7 8,9 9,1 9,2 9,5 9,5 9,8 9,9 10,0 1,6 Mato Grosso 8,3 8,5 8,6 8,5 9,2 9,4 9,8 9,8 9,9 10,0 1,7 Tocantins 7,9 8,3 8,2 8,6 9,2 9,5 9,4 9,5 9,7 9,9 2,0 Mato Grosso do Sul 8,3 8,4 8,7 9,0 9,2 9,3 9,6 9,9 9,7 9,8 1,5 Rondônia 7,6 7,6 7,8 8,5 8,4 8,9 9,1 9,1 9,2 9,6 2,0 Amazonas 8,0 8,4 8,4 8,7 8,5 8,9 8,7 9,0 9,3 9,6 1,6 Ceará 7,3 7,7 8,0 8,3 8,5 8,7 9,0 9,2 9,3 9,4 2,1 Pernambuco 7,2 7,4 7,5 7,7 8,0 8,3 8,5 8,8 9,1 9,2 2,0 Bahia 7,0 7,3 7,6 7,9 8,2 8,3 8,6 8,9 8,9 9,2 2,2 Rio Grande do Norte 7,2 7,6 7,9 7,9 8,3 8,2 9,0 9,2 9,4 9,1 1,9 Acre 6,7 7,2 7,4 8,0 8,1 8,3 8,5 8,9 8,7 9,0 2,3 Maranhão 6,9 6,9 7,1 7,6 7,8 8,1 8,3 8,4 8,7 9,0 2,1 Piauí 6,5 6,7 7,2 7,3 7,5 8,1 8,5 8,6 8,9 9,0 2,5 Pará 6,8 7,1 7,4 7,6 7,9 8,0 8,2 8,4 8,8 8,8 2,0 Paraíba 6,4 6,8 7,0 7,3 7,8 7,9 8,4 8,8 9,1 8,8 2,4 Sergipe 7,0 7,1 7,5 8,0 8,5 8,4 8,7 8,8 8,9 8,8 1,8 Alagoas 5,8 6,1 6,5 7,0 7,0 7,6 8,1 8,3 8,3 8,4 2,6

Fonte: Elaborado pela Dired/Inep com base em dados da Pnad/IBGE in Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: biênio 2014-2016.

14

Gráfico 3: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos 2004-2014

(em anos de estudo)

Fonte: Elaborado pela Dired/Inep com base em dados da Pnad/IBGE in Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: biênio 2014-2016.

Indicador 8 B: Escolaridade média da população de 18 a 29

anos residentes no campo.

O indicador 8B é mais complexo quanto ao monitoramento, uma vez que depende

da publicação pelo IBGE da variável localização (urbana e rural) condição não

divulgada em 2016.

O estado de São Paulo tem uma população no campo percentualmente pequena.

Em 2015 eram 1.526.714 pessoas (3,4%) de um universo de 44.499.7555. Para a

faixa etária em estudo, 18 a 29 anos, esse percentual correspondia a 3,1% –

249.729 pessoas na área rural de um total de 8.078.610 habitantes.

5 IBGE – Pnad 2015. Os dados de pessoas por localização – urbana e rural – relativos a 2016, não foram divulgados.

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014Sudeste 9,2 9,4 9,6 9,8 9,9 10,1 10,2 10,3 10,4 10,5São Paulo 9,7 9,8 10,1 10,2 10,3 10,5 10,6 10,7 10,7 10,8Brasil 8,3 8,5 8,8 9,0 9,2 9,4 9,5 9,7 9,8 9,9

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

Sudeste São Paulo Brasil

15

O Brasil e a região sudeste registram percentuais mais elevados de pessoas

residindo no campo conforme evidenciado no gráfico 4.

Gráfico 4: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Percentual da população residente de 18 a 29 anos por localização 2015

Fonte: IBGE – Pnad.

Em 2015, a escolaridade média da população rural, no estado, segundo divulgado

pelo SIMEC era de 10,0 anos de estudo.

De acordo com o Relatório do 1º ciclo de Monitoramento das Metas do PNE – biênio

2014-2016, os estados de São Paulo e Santa Catarina registraram as médias mais

elevadas em 2014: 9,5 anos.

O crescimento paulista entre 2004 e 2014 foi de 1,5 anos, tendo em vista que, em

2004, São Paulo já apresentava uma média de 8,0 anos, superior à registrada nas

demais unidades federadas.

Brasil Sudeste São PauloRural 13,8 5,9 3,1Urbana 86,2 94,1 96,9

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

16

Tabela 2: Brasil, região e unidades da Federação Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos residentes no campo 2004-2014

(em anos de estudo) (ordem decrescente da média de 2014)

Região/ UF Anos Variação

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 (pp)

Brasil 5,5 5,9 6,2 6,5 6,7 7,0 7,3 7,6 7,8 8,1 2,6

Sul 7,0 7,3 7,6 7,9 8,2 8,3 8,6 8,8 9,1 9,2 2,2

Sudeste 6,7 7,0 7,2 7,4 7,8 8,0 8,2 8,4 8,6 8,7 2,0

Centro-Oeste 6,4 6,9 7,2 7,0 7,6 7,9 7,6 8,1 8,4 8,6 2,2

Nordeste 4,7 5,1 5,4 5,8 6,0 6,3 6,9 7,2 7,4 7,8 3,1

Norte 5,2 5,7 5,9 6,3 6,4 6,6 6,5 6,9 7,3 7,5 2,3

São Paulo 8,0 8,3 8,3 8,5 9,0 9,2 9,6 9,3 9,4 9,5 1,5

Santa Catarina 7,1 7,5 7,0 7,9 8,3 8,5 9,2 9,0 9,7 9,5 2,4

Amapá 6,2 7,0 6,8 7,0 6,7 7,2 7,1 8,0 7,9 9,3 3,1

Paraná 7,0 7,2 7,9 7,6 7,9 8,1 8,5 8,9 8,9 9,1 2,1

Rio Grande do Sul 7,0 7,3 7,6 8,1 8,4 8,4 8,3 8,6 9,1 9,1 2,1

Distrito Federal 7,6 8,1 8,2 8,4 8,9 9,6 8,2 8,9 9,2 9,1 1,5

Goiás 6,1 6,8 7,2 6,8 7,3 7,6 7,7 8,2 8,7 8,9 2,8

Rio de Janeiro 6,7 6,1 6,8 7,1 8,2 8,1 7,9 8,0 8,0 8,8 2,1

Espírito Santo 6,3 6,6 6,7 6,7 6,9 7,6 7,8 8,4 8,3 8,7 2,4

Roraima 6,4 7,5 7,0 6,9 8,6 8,0 7,9 8,6 7,9 8,6 2,2

Rondônia 6,1 6,0 6,4 6,6 6,7 6,8 7,6 7,8 8,2 8,5 2,4

Ceará 5,0 5,6 6,3 6,4 6,5 7,1 7,7 7,8 8,2 8,5 3,5

Mato Grosso 6,1 6,6 6,9 6,7 7,5 7,4 7,7 8,2 8,5 8,5 2,4

Minas Gerais 5,8 6,2 6,5 6,6 6,8 7,2 7,6 8,0 8,3 8,3 2,5

Maranhão 4,3 4,4 5,1 5,6 5,7 5,7 7,0 7,2 7,4 8,2 3,9

Mato Grosso do Sul 6,9 7,1 7,5 7,3 7,6 8,1 7,3 7,5 7,3 8,1 1,2

Bahia 4,8 5,4 5,5 6,0 6,2 6,4 6,8 7,3 7,3 7,9 3,1

Tocantins 5,8 6,7 6,8 7,0 7,4 7,3 7,1 7,4 7,9 7,7 1,9

Rio Grande do Norte 5,6 6,1 6,4 6,4 6,6 6,9 7,4 7,7 7,7 7,7 2,1

Sergipe 4,8 4,8 4,9 5,7 5,4 6,0 6,4 6,9 7,1 7,6 2,8

Piauí 4,5 4,3 4,6 5,1 5,4 5,7 6,9 7,1 7,4 7,5 3,0

Amazonas 4,9 6,3 6,0 6,1 5,5 6,8 5,9 6,5 7,1 7,3 2,4

Pará 5,1 5,3 5,7 6,2 6,3 6,4 6,4 6,7 7,2 7,3 2,2

Paraíba 4,3 4,9 5,2 5,2 6,0 6,2 6,7 7,0 6,9 7,2 2,9

Alagoas 3,7 4,1 4,4 5,4 5,3 5,9 6,4 6,8 6,7 7,2 3,5

Pernambuco 4,8 5,1 5,2 5,7 5,9 6,4 6,1 6,5 7,2 7,1 2,3

Acre 4,0 4,2 4,6 5,2 5,5 6,3 6,0 6,6 6,1 6,5 2,5 Fonte: Elaborado pela Dired/Inep com base em dados da Pnad/IBGE in Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: biênio 2014-2016.

17

Gráfico 5: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos residentes no campo 2004-2014

(em anos de estudo)

Conforme evidencia o gráfico 5, o registro histórico da média de anos de estudo

paulista foi sempre superior à média da região Sudeste e à do Brasil.

Indicador 8 C: Escolaridade média da população de 18 a 29

anos entre os 25% mais pobres.

Esse indicador expressa a média de anos de estudo da população jovem – 18 a 29

anos – identificada no 1º quartil de renda domiciliar per capita, ou melhor, os 25%

mais pobres. Na composição dos rendimentos mensais dos moradores do domicílio

é considerada a renda de todas as pessoas, excluídas aquelas com menos de 10

anos de idade. A construção do indicador leva em consideração o total de

rendimento mensal dos residentes no domicílio, dividido em quartis, sendo que a

referência ao 1º quartil compõe os 25% mais pobres.

Entre as diretrizes dos Planos fica expressa a redução das desigualdades

educacionais associadas às condições socioeconômicas. O Indicador 8C tem por

objeto acompanhar a evolução da escolaridade média da população entre 18 e 29

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014Sudeste 6,7 7,0 7,2 7,4 7,8 8,0 8,2 8,4 8,6 8,7São Paulo 8,0 8,3 8,3 8,5 9,0 9,2 9,6 9,3 9,4 9,5Brasil 5,5 5,9 6,2 6,5 6,7 7,0 7,3 7,6 7,8 8,1

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

Sudeste São Paulo Brasil

18

anos de idade segundo sua renda média mensal domiciliar, levando em conta,

especificamente, aqueles que são oriundos dos 25% mais pobres. O 1º Relatório do

Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE aponta São Paulo e Distrito Federal com

as mais elevadas médias de anos de estudo entre a população mais desfavorecida

(ver tabela 3).

Tabela 3: Brasil, região e unidades da Federação Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os 25% mais pobres 2004-2014

(em anos de estudo) (ordem decrescente da média de 2014)

Região/ UF Anos Variação

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 (pp)

Brasil 5,6 5,8 6,2 6,4 6,7 7,0 7,3 7,6 7,8 8,0 2,4 Sudeste 6,9 7,1 7,4 7,6 7,8 8,0 8,3 8,5 8,7 8,8 1,9

Centro-Oeste 6,3 6,6 7,0 7,0 7,4 7,6 8,0 8,4 8,4 8,6 2,3 Sul 6,3 6,7 7,0 7,1 7,5 7,7 8,0 8,0 8,2 8,4 2,1

Norte 5,1 5,3 5,5 6,0 6,2 6,2 6,6 6,9 7,3 7,6 2,5 Nordeste 4,8 4,9 5,2 5,6 5,8 6,1 6,7 7,0 7,1 7,3 2,5

São Paulo 7,6 7,7 8,0 8,4 8,4 8,7 8,9 9,0 9,2 9,2 1,6 Distrito Federal 7,3 7,3 7,8 8,0 8,4 8,3 8,6 8,9 9,2 9,2 1,9

Roraima 6,2 6,9 7,3 8,2 8,1 7,6 8,0 8,6 8,7 9,0 2,8 Amapá 6,2 6,6 7,8 7,5 7,4 7,6 7,4 7,4 8,4 8,8 2,6

Rio de Janeiro 6,8 7,1 7,3 7,5 7,8 7,9 8,0 8,3 8,5 8,7 1,9 Santa Catarina 6,4 7,0 7,0 7,0 7,6 7,8 8,2 8,2 8,8 8,7 2,3

Goiás 6,0 6,4 7,0 7,0 7,4 7,8 8,0 8,5 8,5 8,7 2,7 Paraná 6,1 6,5 7,1 7,0 7,4 7,8 8,0 8,0 8,0 8,4 2,3

Mato Grosso 6,4 6,5 6,7 7,0 7,4 7,3 7,8 8,2 8,2 8,4 2,0 Minas Gerais 6,1 6,4 6,8 7,0 7,1 7,3 7,8 8,1 8,3 8,3 2,2

Rio Grande do Sul 6,4 6,7 6,8 7,2 7,4 7,6 7,7 8,0 8,1 8,2 1,8 Mato Grosso do Sul 5,7 6,3 6,5 6,3 6,9 7,0 7,8 7,8 7,9 8,2 2,5

Tocantins 5,6 6,1 6,2 6,6 7,1 7,0 7,3 7,5 8,0 8,1 2,5 Espírito Santo 6,1 6,1 6,4 6,8 6,9 7,3 7,6 7,9 7,9 7,9 1,8

Rondônia 6,0 5,7 5,8 6,5 6,1 6,5 7,2 7,5 7,5 7,7 1,7 Ceará 5,0 5,1 5,7 6,3 6,5 6,6 7,4 7,6 7,8 7,7 2,7

Amazonas 5,5 6,1 5,9 6,3 6,4 6,5 6,9 6,9 7,4 7,6 2,1 Maranhão 4,6 4,7 5,1 4,9 5,5 5,8 6,7 6,5 6,9 7,6 3,0

Bahia 5,1 5,2 5,5 5,8 6,1 6,5 6,4 7,3 6,9 7,6 2,5 Pará 4,7 4,8 5,2 5,7 5,8 5,8 6,2 6,7 7,1 7,2 2,5

Piauí 4,3 4,3 4,7 5,0 5,4 5,4 6,4 6,5 6,9 7,2 2,9 Rio Grande do Norte 5,2 5,3 5,7 5,4 6,5 5,9 7,4 7,5 8,0 7,2 2,0

Pernambuco 5,0 5,2 5,2 5,7 5,8 6,1 6,5 6,7 6,9 7,2 2,2 Sergipe 4,5 4,7 5,3 5,4 5,8 6,1 6,4 6,5 6,8 7,1 2,6

Paraíba 4,2 4,4 5,1 5,5 5,3 5,7 6,4 6,9 7,2 6,6 2,4 Acre 3,9 4,0 4,5 4,9 5,5 6,0 6,0 6,3 6,5 6,5 2,6

Alagoas 3,6 3,7 4,2 5,1 5,1 5,6 6,0 6,6 6,1 6,5 2,9 Fonte: MEC/ Inep: elaborado pela Dired com base em dados da Pnad.

19

Entre 2004 e 2014, verificou-se uma tendência de crescimento constante na média

dos anos de estudo dos mais pobres. A Meta 8 propõe que, em 2024, a média do

grupo – que era de 8,0 em 2014 – atinja 12 anos.

Gráfico 6: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Evolução da escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os 25% mais pobres 2004-2014

(em anos de estudo)

Conforme pode ser observado no gráfico 6, São Paulo apresentou um incremento

de 1,6 pontos percentuais (pp), um diferencial inferior à média da região Sudeste

de 1,9 pp e a média brasileira de 2,4 pp. Isso decorre do fato da média paulista ser

a mais elevada ao longo desses anos.

Indicador 8 D: Razão entre a escolaridade média de negros e

não negros na faixa etária de 18 a 29 anos

O indicador 8D expressa em percentual a razão entre a escolaridade média da

população negra (pretos e pardos) e a média dos anos de estudos da população

não negra (branca e amarela). Quanto mais próximo de 100% for o resultado do

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014Sudeste 6,9 7,1 7,4 7,6 7,8 8,0 8,3 8,5 8,7 8,8São Paulo 7,6 7,7 8,0 8,4 8,4 8,7 8,9 9,0 9,2 9,2Brasil 5,6 5,8 6,2 6,4 6,7 7,0 7,3 7,6 7,8 8,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

20

cálculo, menor é a desigualdade entre negros e não negros no que se refere à média

de anos de estudo.

De acordo com os dados da Pnad Contínua, em 2016, a escolaridade média entre a

população negra no estado era de 10,2 anos de estudo, enquanto que a dos que se

declararam brancos alcançou 11,5 anos.

Gráfico 7: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Escolaridade média de negros e não negros na faixa etária de 18 a 29 anos 2016

(em anos de estudo)

Fonte: IBGE – Pnad Contínua 2016. Nota: 1- inclusive as pessoas que se declararam amarelas, indígenas e ignoradas.

O ideário pela igualdade de direitos na educação justifica plenamente o esforço no

sentido de eliminar as diferenças em relação ao nível de escolaridade de não negros

e negros, uma vez que o grupo de negros, que é composto pela população que se

declarou como pretos e pardos, registra valores inferiores ao dos não negros.

Dados da Pnad contínua de 2016 apontam que 34,7% da população total residente

no estado de São Paulo, declararam-se negros (pretos e pardos), somando

15.524.636 pessoas em um universo de 44.719.021 habitantes.

De um total de 7.959.141 pessoas, no grupo etário de 18 a 29 anos, 60,2%

(4.764.963 pessoas) declararam-se “brancos” e 38,4% “negros” (3.056.247). O

Brasil Sudeste São PauloTotal¹ 10,2 10,7 11,0Branca 11,0 11,4 11,5Preta ou Parda 9,6 10,0 10,2

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

21

indicador/razão tem por objetivo equalizar essa média de anos de estudo (100,0%)

que, no momento, mantém em 88,7%.

Tabela 4: Unidades da Federação Razão e escolaridade média da população de 18 a 29 anos por cor ou raça 2016

(em ordem decrescente da média de escolaridade dos pretos e pardos)

UF Cor ou raça

Razão Total¹ Brancos Negros

Distrito Federal 10,9 11,6 10,5 90,5 São Paulo 11,0 11,5 10,2 88,7 Goiás 10,4 11,1 10,1 91,0 Roraima 10,0 10,6 10,0 94,3 Espírito Santo 10,4 11,1 10,0 90,1 Amapá 10,1 10,9 9,9 90,8 Mato Grosso 10,2 11,2 9,9 88,4 Minas Gerais 10,4 11,2 9,9 88,4 Rio de Janeiro 10,4 11,1 9,9 89,2 Tocantins 9,8 10,5 9,7 92,4 Paraná 10,5 10,9 9,6 88,1 Acre 9,6 10,4 9,5 91,3 Mato Grosso do Sul 10,0 10,7 9,5 88,8 Amazonas 9,5 10,2 9,4 92,2 Ceará 9,6 10,3 9,4 91,3 Rio Grande do Norte 9,8 10,4 9,4 90,4 Rio Grande do Sul 10,4 10,7 9,4 87,9 Santa Catarina 10,7 10,9 9,4 86,2 Bahia 9,4 10,1 9,3 92,1 Piauí 9,5 10,5 9,3 88,6 Sergipe 9,3 9,6 9,2 95,8 Rondônia 9,4 10,1 9,2 91,1 Pernambuco 9,6 10,4 9,2 88,5 Pará 9,2 10,0 9,1 91,0 Maranhão 9,2 9,8 9,1 92,9 Paraíba 9,4 10,1 9,1 90,1 Alagoas 8,8 9,7 8,5 87,6

Fonte: IBGE – Pnad Contínua. Nota: ¹ inclusive pessoas que se declararam amarelas, indígenas e ignoradas.

Segundo o Relatório do 1º ciclo de Monitoramento das Metas do PNE, que

disseminou uma série histórica do indicador 8D para as unidades federadas, a razão

entre escolaridade média de negros e a de não negros nessa faixa etária no período

de 2004 e 2014, houve uma variação positiva na maioria dos estados com exceção

do Rio Grande do Norte que apresentou uma queda da – 0,7%. No caso específico

de São Paulo ocorreu uma variação positiva de 4,2 pp.

Com relação à média de anos de estudos dos negros, somente 5 unidades da

federação registraram, em 2016, uma escolaridade média superior a 10 anos:

22

Distrito Federal ocupa a liderança com 10,5 anos, São Paulo com 10,2 anos na

segunda posição, seguidos de Goiás com 10,1 anos e Roraima e Espírito Santo com

média de 10,0 anos.

Cabe ressaltar que a razão entre negros e não negros é suscetível em relação à

proporção da população segundo cor ou raça. Nas unidades da federação onde há

prevalência de pessoas que se declararam pretas ou pardas a razão entre negros e

não negros é menos diferenciada (ver tabela 5).

Tabela 5: Brasil, região e unidades da Federação Razão entre a escolaridade média de negros e não negros na faixa etária de 18 a 29 anos 2004-2014

(em ordem decrescente dos valores em 2014)

Região/ UF Anos Variação

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 (pp) Brasil 79,6 81,4 81,2 82,2 83,1 83,9 85,4 85,4 86,4 87,1 7,5

Nordeste 86,3 85,1 86,5 87,1 87,8 88,2 89,3 89,1 89,5 91,0 4,7 Centro-Oeste 84,0 86,4 85,4 85,9 87,3 88,5 88,5 88,2 89,8 90,7 6,7

Norte 84,3 87,4 87,3 88,1 89,9 88,6 87,7 88,8 88,9 89,6 5,3 Sudeste 83,6 85,6 84,9 85,0 85,6 86,0 87,8 87,1 87,8 88,4 4,8

Sul 82,4 81,8 82,2 83,2 83,8 85,5 85,7 85,0 85,6 85,4 3,0 Sergipe 80,8 84,7 90,6 93,5 92,2 86,8 97,6 96,4 94,7 96,6 15,8 Amapá 90,7 90,4 89,7 94,8 90,8 90,1 90,9 90,1 87,1 94,0 3,3 Bahia 88,7 84,8 89,0 88,0 91,4 91,3 92,5 89,0 90,1 93,6 4,9 Roraima 92,6 96,9 89,3 92,9 95,2 85,6 94,2 90,5 91,6 93,4 0,8 Rondônia 91,9 90,5 92,3 90,1 91,2 92,0 89,8 93,9 90,7 93,2 1,3 Piauí 87,8 83,0 78,9 82,3 81,0 88,6 89,1 93,9 89,4 93,1 5,3 Goiás 85,3 88,8 86,9 87,6 87,4 89,9 88,5 87,4 90,6 92,0 6,7 Ceará 85,1 85,4 87,0 89,1 89,9 88,5 86,9 89,5 88,6 91,9 6,8 Maranhão 86,2 90,4 92,1 88,9 89,4 93,1 94,1 90,1 88,0 91,8 5,6 Mato Grosso 85,1 85,0 84,7 86,2 85,6 86,7 89,5 86,0 90,2 90,7 5,6 Distrito Federal 83,8 85,6 85,7 85,5 88,3 88,1 88,5 90,5 90,7 90,6 6,8 Acre 85,6 81,5 92,2 84,2 82,9 81,3 96,3 93,0 88,3 90,5 4,9 Pará 84,1 86,1 85,1 88,5 90,7 91,4 87,6 86,7 90,5 89,4 5,3 São Paulo 85,2 88,1 87,2 86,9 87,6 87,6 90,2 88,9 88,9 89,4 4,2 Minas Gerais 84,6 85,8 84,5 85,0 86,4 86,5 88,2 86,7 89,9 89,2 4,6 Paraíba 85,6 82,0 82,6 82,2 79,8 80,3 87,2 89,6 89,7 89,1 3,5 Amazonas 83,3 85,7 88,6 87,9 89,9 87,2 85,4 89,3 86,8 88,4 5,1 Rio de Janeiro 85,3 85,6 86,6 86,5 85,7 86,8 86,7 86,2 86,4 88,2 2,9 Rio Grande do Norte 88,8 86,6 87,0 86,7 85,3 89,5 86,8 89,9 90,3 88,1 -0,7 Pernambuco 85,2 85,4 85,3 85,1 86,6 85,8 88,5 87,3 91,9 88,1 2,9 Espírito Santo 86,5 86,6 84,3 83,7 84,3 85,8 88,0 88,0 85,6 87,8 1,3 Tocantins 83,0 88,1 84,0 88,0 87,3 86,0 88,7 90,0 88,3 87,7 4,7 Mato Grosso do Sul 80,5 82,3 81,1 82,6 87,2 86,4 85,9 88,4 86,9 87,1 6,6 Rio Grande do Sul 81,4 83,0 81,8 82,1 83,9 86,4 85,7 83,4 86,6 86,4 5,0 Alagoas 77,3 74,3 73,1 81,0 81,9 81,5 84,2 83,0 85,5 85,3 8,0 Paraná 84,1 82,3 81,2 82,9 84,3 85,4 84,6 85,1 85,7 84,7 0,6 Santa Catarina 74,5 75,9 83,5 83,2 81,2 83,1 87,3 86,3 82,1 84,5 10,0

Fonte: MEC/ Inep: elaborado pela Dired com base em dados da Pnad.

23

A análise do indicador 8D por unidade da federação demonstrou que a prevalência

da cor e raça negra no conjunto da população interfere na razão entre negros e não

negros.

Por exemplo, em São Paulo a diferença entre o número médio de anos de estudo

entre negros e não negros é de 1,3 anos a favor dos últimos. No entanto para

alcançar a média de 12 anos prevista por essa meta, a diferença para os não negros

é de 0,5 anos, ao passo que para os negros essa distância é de 1,8 anos, entretanto,

o indicativo razão isolado (88,7% em 2016) evidencia menor equidade (tabela 4).

Aplicando-se esse mesmo exercício para Sergipe, nota-se que para atingir a média

dos 12 anos faltam 2,4 anos para os não negros e 2,8 anos para os negros, o que

torna a situação desse estado mais equalizada em termos da razão: 95,8%, apesar

do maior percurso para alcançar os 12 anos de estudos.

Considerações Finais

Esse indicador – anos de estudo – conforme exposto nas considerações iniciais deste

relatório, utiliza como fonte de dados as pesquisas do IBGE6 que, para os dados de

Educação de 20177, alterou a metodologia e a forma de cálculo, uma vez que

considerou como concluída a fase de transição da duração do ensino fundamental

de 8 anos para 9 anos.

Dessa forma, como a recente revisão na metodologia passou a incorporar o 1º ano

do ensino fundamental de 9 anos como início da escolarização, a conclusão desse

nível de ensino, caso o fluxo entre os níveis de ensino (fundamental e médio) ocorra

sem interrupção, os 12 anos de estudo é alcançado na conclusão do Ensino Médio

– etapa final da Educação Básica.

6 Pnad e Pnad Contínua para Brasil, Regiões e Unidades da Federação e Censo Demográfico para os municípios.

7 Pnad Contínua 2017: Educação, publicação em maio de 2018.

24

A Pnad Contínua 2017, ao divulgar os dados referentes à variável anos de estudo e

nível de instrução, apresentou as informações apoiada na nova metodologia para o

biênio 2016-2017, possibilitando a comparabilidade entre elas.

Considerando essa alteração metodológica no cálculo do indicador, os dados

divulgados na Pnad Continua – Educação 2017 evidencia que o Estado de São Paulo,

na faixa de idade de 18 a 29 anos de idade, já alcançou a meta de 12 anos de

estudo, apresentando uma diferença de 0,1 pp entre 2016 e 2017: respectivamente

12,0 e 12,1 anos de estudo, valores um pouco mais elevados que as médias da

região sudeste e do Brasil (gráfico 8).

Gráfico 8: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Escolaridade média total e por sexo na faixa etária de 18 a 29 anos 2016-2017

(em anos de estudo)

Fonte: IBGGE – Pnad Contínua: Educação 2017

O gráfico indica que persistem diferenças entre sexo: a escolaridade das mulheres

é um pouco mais elevada que a alcançada pelos homens, tanto no estado de São

Paulo quanto na região Sudeste e no Brasil.

O indicador razão de escolaridade média entre negros e não negros apresentou uma

melhora mais significativa no estado de São Paulo: 2,4 pp – era de 89,6% em 2016

e em 2017 foi de 92,0% (tabela 6 e gráfico 9).

2016 2017 2016 2017 2016 2017Total Homem Mulher

Brasil 11,2 11,3 10,8 10,9 11,6 11,7Sudeste 11,7 11,8 11,4 11,5 12,0 12,1São Paulo 12,0 12,1 11,7 11,9 12,3 12,4

10,0

10,5

11,0

11,5

12,0

12,5

13,0

25

Tabela 6: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Razão entre a escolaridade média de negros e não negros na faixa etária de 18 a 29 anos 2016-2017

Região

Cor ou raça Razão *

Total¹ Branca Preta ou Parda

2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017

Brasil 11,2 11,3 12,0 12,1 10,6 10,8 88,3 89,3

Sudeste 11,7 11,8 12,4 12,4 11,0 11,2 88,7 90,3

São Paulo 12,0 12,1 12,5 12,5 11,2 11,5 89,6 92,0 Fonte: IBGGE – Pnad Contínua: Educação 2017 Nota: 1- inclusive as pessoas que se declararam amarelas, indígenas e ignoradas. (*): cálculo elaborado pela DTPI –FDE/DTI/GSI

Gráfico 9: Brasil, região Sudeste e Estado de São Paulo Escolaridade média total e por sexo na faixa etária de 18 a 29 anos 2016-2017

(em anos de estudo)

Fonte: IBGGE – Pnad Contínua: Educação 2017 Nota: 1- inclusive as pessoas que se declararam amarelas, indígenas e ignoradas.

Assim sendo, o alcance da meta 8 está atrelado não só à eficácia da universalização

e melhoria de fluxo da educação básica, mas principalmente ao êxito de políticas

específicas que privilegiem a continuidade de estudos de jovens em especial os

menos favorecidos provenientes dos estratos sociais mais vulneráveis.

2016 2017 2016 2017 2016 2017Total¹ Branca Preta ou Parda

Brasil 11,2 11,3 12,0 12,1 10,6 10,8Sudeste 11,7 11,8 12,4 12,4 11,0 11,2São Paulo 12,0 12,1 12,5 12,5 11,2 11,5

9,5

10,0

10,5

11,0

11,5

12,0

12,5

13,0

26

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE

Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI Malde Maria Vilas Bôas

PREPARAÇÃO DAS TABELAS, ANÁLISE E ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO Maria Nicia Pestana de Castro Maria Tereza Franchon Maria Lúcia de Rezende Walter Ribeiro Filho

REVISÃO DO DOCUMENTO E EXTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS Maria Isabel Pompei Tafner (Chefe) Jesilene Fatima Godoy