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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO ANTEPROJETO DE LEI DA POLÍTICA FLORESTAL DO ESTADO DO MARANHÃO
19 de setembro de 2019 Local: Auditório da Universidade Aberta do Brasil- Imperatriz- MA
Horário: 09:02h às 11:50h
Abertura
Aos dezenove dias de setembro de 2019, às 09h02min da manhã no auditório da Universidade
Aberta do Brasil UAB- em Imperatriz - MA, deu-se início a abertura da Audiência Pública que
tratou da atualização da Política Florestal do Estado do Maranhão. Foi feita a leitura do
regulamento da audiência pública, regulamentado pela Portaria SEMA nº 155/2019, fez-se uma
breve leitura do histórico da política florestal e chamou-se a mesa o Sr. Diego Lima Barros,
Secretário Adjunto de Licenciamento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Naturais – SEMA, que presidiu a mesa, representando o Secretário de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Naturais, o Exmo Sr. Rafael Ribeiro. Em seguida, foram convidados a
compor a mesa, as analistas ambientais da SEMA Sras. Isabel Cruz Camizão e Claudia Cristina
Everton Dominice, o supervisor de desmatamento e queimadas, Sr. Jadiel Lins , o chefe do
escritório regional da SEMA da cidade de Imperatriz, Sr. Israel Moraes, a técnica ambiental da
SEMA, Sra . Jane Cavalcante Rodrigues. Posteriormente, ocorreu a execução do hino nacional,
com a mesa formada. Foram registradas as presenças de Frederico Bacelar Ribeiro, da
Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, o Sr. Guilherme Maia, a Secretária Municipal
de Meio Ambiente de Imperatriz, Sra. Rosa Arruda, o presidente do sindicato rural, Sr.
Carmerlindo Soares Júnior, o representante da associação dos produtores de soja do Maranhão,
Marcelo Bueno. E o representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão,
Emerson Macedo. O cerimonial fez a leitura dos principais pontos do regulamento. Passa-se a
palavra para o presidente da mesa, Sr. Diego. O mesmo agradeceu a presença de todos dizendo
que o objeto da audiência é colher as sugestões do público. Posteriormente, perguntou quem
tomou água diretamente de uma nascente este ano. Disse que deveria ser algo normal, ter e
beber água diretamente da fonte (classe especial de qualidade da água), e que não vivemos sem
água. Posteriormente, afirmou que conhece municípios que passam por problemas com a água
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e da necessidade da recuperação de nascentes, manutenção de áreas de preservação
permanente. Expôs que a temática florestal não diz respeito somente a questão
agrossilvipastoril, mas a todos os interessados, já que tem diversos benefícios, como atração de
fauna, manutenção. Temos o IBAMA, os municípios, que são parceiros e estão fazendo a
diferença. Vários municípios com recuperação de nascentes, inclusive, com o prêmio de gestão
ambiental dos municípios. O município de Imperatriz foi vencedor do primeiro premio de gestão
ambiental do Maranhão, no ranking que fez abrangendo várias categorias, elencou os
municípios e Imperatriz saiu em primeiro lugar. Posteriormente, Sr. Diego Lima perguntou pelo
pessoal de Açailândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Grajaú, Estreito. Enfatizou que
“essa é a gestão ambiental compartilhada que queremos ver funcionar, que queremos ver hoje,
o que se deseja de alteração ou de inclusão na política, no projeto de lei”. Passou-se então a
palavra a Isabel Camizão, analista ambiental da SEMA. Esta falou do momento de termos
contato mais próximo com a sociedade, e que se tem explicado a função da audiência pública,
principalmente pela questão dos estudantes no evento. Expôs os motivos da reformulação da
legislação, apresentou o histórico desde 2014, na qual ocorreram reuniões no consema e
deliberou-se pela realização de audiência. Falou de novos conceitos que foram inseridos no
Código Florestal Federal de 2012, como o conceito de área rural consolidada, data marco de 22
de julho de 2012. Falou da importância de manter as florestas e demais vegetações nativas, da
necessidade de restaurar a qualidade de nossas águas, da mitigação das questões climáticas, do
auxilio na polinização dos plantios nas lavouras,se houver áreas nativas próximas,e dos povos
tradicionais que vivem destas áreas, dos povos que vivem da florestal, áreas passíveis de
desertificação. Explicou os conceitos de uso alternativo do solo, reserva legal, área de
preservação permanente, do manejo florestal para se utilizar a reserva legal, posteriormente,
apresentou-se a estrutura, sumário da política florestal (objetivos, diretrizes, do programa de
regularização ambiental, do cadastro ambiental rural, fomento florestal). Quanto ao fomento
falou da necessidade da possibilidade de uso dessas áreas, de como geraremos renda,
economia, qualidade de vida, da sociedade maranhense, por meio dos recursos florestais,
garantindo a sustentabilidade a médio e longo prazo. Explanou as formas de uso da reserva
legal, diferenciação de agricultor familiar, e suas benesses jurídico-legais, apresentou-se o mapa
de distribuição da reserva legal (80%, 35%, 20%), falou-se das áreas de ecótonos, de áreas de
transição (tensão). Destacou ainda que há imóveis no Pará e no Amazonas que 100% do imóvel
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é destinado a Manejo Florestal, falou da autorização de supressão de vegetação, da exploração
florestal, controle de origem florestal, documento de origem florestal que vai rastrear toda a
cadeia produtiva daquele produto. Também explanou que em 2017 o governo federal lançou o
SINAFLOR, um sistema que todos os planos de manejo, as ASVs, estão naquele sistema, falou
do capitulo sobre taxas florestais, das custas do processo de licenciamento, das vistorias, e
disposições finais. Por fim, falou do prazo para contribuição do projeto de lei. E questionou:
Qual política florestal que queremos? E colocou-se a disposição juntamente com a mesa para
responder aos questionamentos. Abriu-se para as perguntas. A primeira pergunta escrita foi
relacionada às queimadas. Sabendo que a maior parte do alimento que chega nas mesas
maranhenses é oriunda da agricultura familiar, no qual o uso do fogo como limpeza do solo, isso
por conta da condição econômica, e do alto custo de maquinas agrícolas, como fica a situação e
o que fazer? Isabel Camizão afirmou que a política florestal atual prioriza algumas exceções,
então no caso é proibido como regra geral o uso do fogo, contudo, a própria Portaria 45 que a
SEMA já utiliza prevê que a agricultura familiar possa usar o fogo desde que seja por meio de
queima controlada, então é permitido ainda, só que existe essa busca de mudança dessa matriz,
pra que no futuro apesar de ser feita hoje a questão da roça no toco, para que essas pessoas
possam ter acesso as outras formas de cultivo, outras formas tecnológicas. Em seguida passou-
se a palavra para Jadiel Lins, supervisor de queimadas da SEMA que complementou a fala de
Isabel informando que o novo decreto que o governador falou em questão das queimadas, que
“esteve em reunião na Secretaria de Agricultura Familiar e que eles também estão bem
preocupados com esta questão da produção agrícola da agricultura familiar, sendo adequado
aos módulos especiais e no decreto não objetivou, não explicou diretamente quem já ta isento
ou não, mas lá tem falando que para esse tipo de agricultor familiar, ele vai precisar ir ao Corpo
de Bombeiros pegar uma autorização pra realizar essa queima, queima controlada. Essa queima
tem início, meio e fim, justamente para não ocorrer acidente, para o agricultor não perder o
controle do fogo, então dentro dessa autorização do Corpo de Bombeiros ele vai ter que
informar o tamanho dessa área, a localização do imóvel, quantas pessoas vão estar disponíveis
pra essa queima controlada, então tem um checklist lá também e além da autorização do
Bombeiro ele vai precisar da autorização da SEMA, no site da SEMA tem o link serviços e depois
queimadas, no checklist tem documentos pessoais, o CAR, e do mesmo jeito a localização, tem
lá no checklist todos os itens necessários para essas duas autorizações de acordo com o novo
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decreto”. Em outra pergunta o interessado questiona: Ainda se vê muita prática do uso do fogo
na nossa região, a ideia inicial é que seja de forma controlada, porém muitas vezes este fogo se
torna de forma incontrolada. Quais serão as penalidades da SEMA enquanto a esta prática? E a
segunda: Qual o próximo passo após a aprovação do decreto? Serão os programas de
recuperação de áreas degradadas? Sr Jadiel Lins respondeu que a Portaria 45 da SEMA fala da
autorização da queima controlada. “Um fogo praticado por atividades agrossilvipastoris, ou pelo
caçador, ou por alguém que perdeu o controle e chega a sua área, você vai ser notificado, a
SEMA tem banco de dados interligado ao INPE, há um cruzamento desses dados com o INPE, a
SEMA tem acesso a esse banco de dados, faz o tratamento, por exemplo. Sabemos qual o
horário, o inicio e o final, pegar todos esses dados, descobrir quem é o proprietário da área. A
SEMA é órgão de monitoramento, e o proprietário vai ser notificado, há um prazo da defesa,
para dar entrada no sistema e em qualquer situação quem responde é o proprietário, nessa
questão do fogo. Com relação a segunda pergunta, quais os próximos passos da lei.
Posteriormente, Isabel Camizão complementou a resposta afirmando que não só o programa
de áreas degradadas, mas a necessidade de regulamentar outros temas, como reposição
florestal, manejo florestal, de uso múltiplo, a política florestal trás de forma genérica, mas
outras temáticas precisam de portarias, regulamentações. Leu-se então a pergunta de Sonia
Maria da Silva, se a há todo o aparato legal de multas, por que a Amazônia foi incendiada? Sr
Jadiel falou que o grande problema surgiu a titulo de informação de janeiro de 2018 a agosto, o
número de queimadas em 2018 foram maiores, o grande problema relacionado a Amazônia, foi
a questão do INPE, efeito cascata, a noticia correu o mundo, problemas do fundo Amazônia,
dados oficiais, tem um incêndio do congo que está três vezes maior que na Amazônia e ninguém
fala nada. Estão fazendo tempestade em copo d’água nisso. O corpo de bombeiros tem
combatido isso, para complementar, Isabel Camizão afirmou tratar-se de varias possíveis
causas, quase que 99% de iniciativas de fogo são humanas, se houve incêndio é por provocação
humana. Tem que investigar. Outra pergunta foi de Egídio de Açailândia, a aprovação da lei
florestal do Maranhão será feita em consonância com as diretrizes do zoneamento? Jane
Cavalcante respondeu que no máximo em duas semanas vai ocorrer as audiências do ZEE em
Imperatriz, depois Grajaú , Bacabal, Governador Nunes Freire, Pinheiro, Santa Inês, e São Luís.
Nós temos que aguardar, se nós juntarmos o texto da SEMA, sem o texto final do ZEE, a gente
vai criar mais um embaraço de ordem jurídica. A próxima pergunta, Marcos Jean, da Rainha da
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madeira: “Além das tradicionais fiscalizações e coibições ao ramo, o que o governo através da
SEMA tem proporcionado no incentivo ao ramo de venda de madeiras da construção civil, ramo
este que gera milhares de emprego e milhões em arrecadações em impostos para o governo?
Israel Moraes falou que a questão da madeira no estado é problemática, acredita algumas ações
que a SEMA esteja tomando, alguns incentivos a plano de manejo na área de cerrado, em
regiões de Codó, Timon, próximas a Teresina, no que tange às madeiras, tradicionalmente são
colocadas nos depósitos, a gente incentiva que as pessoas procurem um órgão que possa
controlar, que por ventura estejam bloqueados, que a gente possa fazer o desbloqueio através
das vistorias, que a gente possa regulamentar o que possa estar errado, desde que o
empreendedor procure também fazer o abastecimento desse deposito através de madeira que
venha de natureza de supressão ou de plano de manejo, ou seja, um suprimento legalizado.
Próxima pergunta do Djalma Filho. Ele questiona se no Maranhão foi aprovado o ZEE? Se o CAR
já esta em evidencia e está sendo aprovado? O que é PRA? Qual o percentual de mata no
Maranhão na reserva? Jane Cavalcante disse que o ZEE ainda não foi aprovado, faltam sete
audiências públicas, o ZEE é só do bioma amazônico e a partir de 2020 será no bioma cerrado e
no bioma caatinga, Claudia Dominice complementou sobre o CAR, que sempre participam de
eventos a nível nacional que o serviço florestal brasileiro promovem. Claudia Dominice também
enfatizou que os estados em sua maioria ainda estão na fase de inscrição, há alguns estados que
tem sistema próprio, o Maranhão não tem sistema próprio, nós usamos o SICAR, o estado não
tem condições de abrir o modulo de análise, por falta de pessoal suficiente,e a SEMA já
contratou imagens de alta resolução e provavelmente fim desse ano e começo do próximo
estaremos fazendo a análise, os que tem pendência precisam ver a situação de cada um, e já a
questão do PRA, que é fase posterior a análise, o PRA é um programa que veio para
regularização dos imóveis que tem passivo ambiental de reseva legal e área de preservação
permanente. Isso não impede que o proprietário já comece a fazer a sua restauração, mas
precisamos primeiro fazer a homologação do CAR, para depois passar para análise dos termos
de compromisso e os PRA’S. Com relação ao percentual de área de mata, da reserva, ficou 80%
na Amazônia, 35% no cerrado, e 20% nas demais regiões do estado, a nossa lei tem algumas
especificidades para a pequena propriedade, mas no geral é esse percentual. Em seguida, Diego
Lima leu mais uma pergunta, da Sr Rosa Arruda, Secretária Municipal de Meio Ambiente de
Imperatriz. Qual a previsão de homologar o CAR, e após a aprovação, as áreas para serem
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aprovadas PRAD? Claudia Dominice respondeu que ainda vão criar os procedimentos do PRA, a
gente não consegue, com relação à inscrição temos um projeto do BNDES, executado pela SAF
(Secretaria de Agricultura Familiar) em todos os municípios do estado, atualmente temos mais
de 120 mil cadastros na base, a gente vai caminhando aos poucos, a pretensão é de que ano
que vêm. Somos muito cobrados, mas infelizmente não avançamos ainda nesse sentido de
analise dos termos de compromisso. Passou-se para o bloco das perguntas orais: Guilherme
Maia, da associação comercial questionou o seguinte: o Maranhão precisa avançar, sair da
pobreza. Questiono com relação ao CAR, se eu tenho, 3 ou 4 propriedades, são 4 matrículas,
mas nada fala que tenho que unificar de forma unilateral, se eu quero fazer uma venda, e ficar
atrelada a apenas um CAR, um único sistema, porque eu tenho que fazer isso? Por que fazer
um único GEO, mesmo sendo várias matrículas? Por que existe limitação de recurso Banco do
Nordeste, porque tenho que fazer isso, por isso defendo que o CAR seja por matricula, e não por
CPF ou CNPJ. Outra questão destacada Poe ele foi, ... Claudia respondeu que a instrução nº
02/2014 do MMA, se um imóvel é contíguo e é do mesmo proprietário que seja feito um único
cadastro, mas não obriga a unificação das matrículas, o cadastro quando for analisado vai ser
analisado pela unificação do CAR, com relação ao desmembramento, remembramento, o
proprietário pode fazer suas alterações, se for vender, etc, esse quesito ele não entrou na
análise, pode fazer, mas independente de ter sido analisado a gente sabe que isso é dinâmico,
constantemente pode fazer retificações, procurar a secretaria, etc. Em replica, o Sr. Guilherme
Maia falou que em relação a regularização ambiental, a questão do passivo ambiental, e a
questão das taxas, e quando a gente vai fazer um autorização, tem que ser de forma clara, tem
hoje na região uma propriedade de um CAR, que um a pessoa tá usando de forma extorsiva 175
mil hectares, aberrações, mas temos que buscar soluções rápidas. Claudia respondeu que em
relação a sobreposições, que a SEMA vai corrigir na análise, mas já fizeram cancelamentos de
cadastros. São cadastros espúrios, sem comprovação, se não se manifestar ou não tiver como
provar cancela-se, se tiver dificuldade ou problema pode entrar em contato com o setor do car.
Em resposta ao tema, Isabel Camizão respondeu que quanto as áreas rurais consolidadas
anteriores, no que se refere à reposição florestal, a SEMA está avaliando a constitucionalidade
ou não de cobrança. A pergunta em seguida oral foi de Emerson Macedo da FAEMA, perguntou
e fez críticas, a primeira a proibição do uso de fogo de forma tímida, pois desconsidera a política
de mecanização agrícola do estado, é desagregador essa proibição com as exceções. Não se
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pode confundir agricultura familiar com agricultura de subsistência. Em relação ao ZEE, discorda
de Jane Cavalcante, de ter que aguardar a conclusão para apresentar a lei, acha que são
legislações distintas, temos que avançar no CAR e no PRA, e quando falou-se na recomposição,
há situações dificultantes. Ex, não gosta que não seja passada a minuta na audiência, a retirada
das compilações do art., 14,§ 3§, é obrigatória suspensão imediata, repetição literal do art. 17.
Os do art. 5º só repetição literal, o art., 26, § 3º, continua da diminuição da reserva legal com
espécie exótica, tenho preocupação em relação a isso, e ter de compensar em outro estado,
sem ter em outro bioma, disse que vão fazer documento especifico para Imperatriz, e que esse
texto pode ser muito melhor. Jane Cavalcante em resposta disse que apesar da agricultura
familiar estar recebendo atenção especial do governo Dino, a gente compreende que os casos
de exceção, a agricultura familiar, campesina, não tem acesso, ela não chega lá na ponta, na
roça do toco. Não há uma posição da SEMA aguardar o texto final pra encaminhar o nosso,em
relação ao ZEE, é a coincidência das nossas audiências correrem próximas do ZEE. E, relação às
queimadas comentadas, Sr Jadiel expos que a queimada é crime, pode responder
criminalmente, e administrativamente, responder pelo Decreto Federal 6514. É uma agricultura
com origens dos índios que faziam no passado, as pessoas vão ser notificadas, multadas, e às
vezes não tem acesso financeiro à maquinário, a contratar pessoas ainda é questão de
sobrevivência. Sr. Emerson Macedo em tréplica disse que é necessário que as queimadas sejam
tratadas de forma mais rígida, o manejo de roça, pode provocar, tem que ter essa consciência.
Isabel Camizão comentou que todos precisam ter autorização pra queima controlada, não é
assim, ah “eu faço sozinho”, mas nós sabemos que o índice de solicitação da secretaria é muito
baixo. E que a SEMA não autoriza a renovação de pastagens, se virem pastagens sendo
queimadas foi sem autorização. Posteriormente, o mestre de cerimônia registrou a presença de
Elane Lisboa e Patrícia Araújo do Chico Mendes de Biodiversidade. Cooperatins, Luisio Bello,
falou que em relação a SEMA, muitas consultorias, perguntam porque a SEMA não esta em
Imperatriz, tanto para pequeno quanto para grande, e outra coisa, as APPs estão sendo
devastadas nas margens do rio Tocantins por construções e queimadas, a gente faz denúncia e a
Secretaria de Imperatriz faz a parte dela e restante dos outros, não faz a parte. Áreas de APPs
podem permitir definitivo para desmatar construir? Recentemente passamos por catástrofes
em relação ao Rio Cacau. Foi destruído, nos buscamos a CODEVASF, para amenizar essa situação
e em Davinópolis com açudes, grandes construções, inclusive prédios, e autorizadas pela
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prefeitura. Aí pergunto, existe lei que o devastador, tenha limitado uso nessas áreas de APP?
Israel falou que o escritório regional de Imperatriz está para auxiliar nas questões de PMFS, uso
alternativo do solo e fortalecer o licenciamento dos recursos florestais na cidade. “Também há
um geólogo, e um estudante se formando em Eng. Florestal, e um Eng. Florestal do Rio Grande
do Norte que passou no concurso e está assumindo”. Diego Lima complementou que as APPs
têm exceções de supressão que são utilidade pública, interesse social e baixo impacto, mas não
há hipótese de loteamento privado ou tanque de piscicultura. Diego comentou ainda que o fato
de se ter licença ambiental na quer dizer que ele possa fazer tudo e que é semelhante com
quem tem CNH. Você sabe que não pode fazer determinadas coisas, mas não vai estar o fiscal
do DETRAN o tempo todo. A gente está disposto a receber as denúncias e os municípios, vários
deles são habilitados. Isabel Camizão complementou que os municípios habilitados não podem
autorizar as ASVs, nesses casos de APP. Então são situações como essa que precisam de
operações especiais, de fiscalização. Posteriormente, deu-se a fala ao Sr Mauro, da cidade de
Itinga: “eu to instalando uma fábrica, em Itinga, já tenho licença, mas não estamos operando,
pelo fluxo de madeira ilegal que existe lá, nossa venda é no exterior, mudamos pra
reflorestamento e tem um grande reflorestamento de seringueira, duzentos mil metros cúbicos
de madeira, já adquiri uma área no Pará e uma no Amazonas e uma na REBIO para Reserva
Legal, eu não quero fazer compensação em regime de servidão”. Israel Moraes respondeu que
“em Itinga não adianta o órgão não apresentar soluções. Sugerimos que possam adquirir
suprimento legalizado que a gente possa legalizar. Outra coisa, seria um pátio unificado, que
não fiquem na BR em áreas insustentáveis, sem extintor de incêndio (...). Eles estão correndo
atrás das pendências para se licenciar, a prefeitura quer tirar o pessoal da ilegalidade”. Sr Mauro
em réplica questionou referente á área dele, qual seria a melhor forma da compensação de
reserva legal. Pela SEMA tem que ser dentro do estado. Dentro da REBIO precisa ser de
servidão, tem que ser responsável por área, que pode ser invadida. Em resposta, Jane
Cavalcante complementou que a atual lei estadual fala que seja compensado dentro do estado.
A gente tenta salvaguardar que seja dentro do estado por questão de monitoramento, dentro
da bacia hidrográfica. Em tréplica, Sr. Mauro disse que quer fazer a compensação, mas não quer
por servidão. Em resposta Sr. Diego Lima sugeriu que a proposta possa ser redigida por ele, e
Isabel Camizão em resposta sugeriu que procure a Secretaria para tratar do caso específico, em
momento oportuno. Posteriormente, deu-se a palavra ao Sr. Joel Macedo, Secretário de
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Agricultura de Davinópolis, destacou que estão implantando oitenta e cinco campos agrícolas da
agricultura familiar, de 2018 para 2019 atenderam 156 produtores, com campo médio de 2 a 3
hectares, porque vamos fazer esses campos? Justamente pra evitar essas grandes queimadas,
nos já temos as maquinas, infelizmente alguns municípios não estão usando essas máquinas
como deveriam usar, Davinópolis há três anos não tem ocorrência de queimadas, esse é o
resultado desse trabalho, porque se não fizer os agricultores vão usar o fogo, que é o único
meio de sobrevivência, temos feito um trabalho intenso, e queremos saber se o município pode
se habilitar para dar essas licenças ambientais. Nós pretendemos fazer projeto de produção de
frutas e verduras. Em resposta, Diego Lima respondeu que o Secretário de Meio Ambiente de
Davinópolis demonstrou o interesse em estruturas a secretaria municipal de meio ambiente.
Agora quem indica as atividades que o município pode licenciar é que os municípios não
poderiam licenciar as atividades agrossilvipastoris, em 2015, ate 4 módulos, emitido pela
SAGRIAM, a DCAA. Declaração de conformidade ambiental agrossilvipastoril, precisa de CAR, e
entrar no site da SAGRIMA. E queremos capacitar o município para que dê suporte ao produtor,
pra fazer o CAR e dar essas orientações. Em réplica, o senhor Joel Macedo afirmou que já
fizeram quase que 90% dos cadastros rurais do município, “fizemos uma força tarefa e são
poucas pessoas hoje que não tem o CAR, porque o Banco do Nordeste, a partir desses
financiamentos, o primeiro pedido é o CAR. Posteriormente, foi dada a fala ao senhor
Armelindo Ferrari do sindicato rural. Este afirmou que “foi criado em Imperatriz o escritório da
SEMA, e esse escritório tem pessoas que nem sabem que há, e isso precisa ser feito o trabalho
da SEMA, não pra ser o órgão fiscalizador, mas pra ser o parceiro do produtor, para explicar o
caminho e a facilidade, nós do sindicato rural estamos tentando buscar ajuda ao governo do
estado, ficar mais perto da SEMA, e uma das reivindicações do sindicato foi trazer esse
escritório para Imperatriz pra ficar mais perto de todos, e tem muita coisa acontecendo e nós
produtores não estamos sabendo, mas queremos parceiro e não órgão fiscalizador. Esse
negócio de que o produtor vá ao Corpo de Bombeiros e depois faça a solicitação à SEMA para
pegar autorização (queima controlada) ... sabe quando vai chegar isso? Nunca! Porque nós
estamos numa região que tem um Corpo de Bombeiros aqui, mas não andam 120 km, tem
coisas que temos que simplificar. Outra coisa, do lado de uma rodovia, e pega fogo, e esse fogo
entrou na propriedade. O maior prejudicado é o produtor, que perdeu porteira, queimou o
gado, e temos que ver onde vamos fazer a defesa do produtor, se é na Policia, pra nós ficarmos
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protegidos no dia de amanhã. É muito preocupante, é muito importante termos
desenvolvimento no Maranhão. Se só colocar barreira vamos ficar muito atrás, nós temos o
Pará, temos o Tocantins, muito mais a frente, e nós temos que trazer novos produtores, para
gente trazer desenvolvimento pra região, que nós temos que ter uma política florestal que
realmente agregue pra todos nós. Foi chamado posteriormente o Sr. Timóteo Campos,
Secretário de Meio Ambiente, que não compareceu para a fala. Posteriormente, o Sr Egidio
Quintal, da Associação dos Produtores Rurais de Açailândia, em sua fala abordou “o assunto da
madeira, e há muitos anos atrás foi pedido de dar uma sugestão, porque hoje as empresas que
plantam florestas por que não destinam pequena porcentagem que sirva para construção civil?
Nós vamos ficar sem madeira, se há 20 anos atrás nós tivéssemos plantado, hoje teríamos
floresta, plantasse de uma forma que houvesse o comprometimento, para que tivéssemos
floresta e madeira para moradia”. Israel Moraes respondeu que tecnicamente seriam plantios
bem planejados, espaçados, para que possamos ter madeira legalizada, temos que entender os
plantios florestais como uma diminuição da pressão sobre a floresta nativa. Isabel Camizão
colaborou com a resposta, dizendo que é necessária a restauração florestal, de o estado ter
déficit, mas voltar a restaurar as áreas para que daqui uns anos possamos voltar a fazer o
manejo delas, o ZEE, o déficit e da necessidade urgente de restaurar as reservas legais e quando
falamos de fomento temos que pensar a médio e longo prazo e as contribuições em relação ao
fomento elas são importantíssimas tanto para ordenar a cadeia e para que se evite a atividade
ilegal. Sabemos-nos que a madeira nativa hoje está em áreas protegidas, temos que retirar a
pressão sobre essas áreas e que o produtor restaure as suas, para poder usá-las futuramente.
Sugerimos que o senhor escreva proposta, não há nenhum detalhamento na lei, de incentivo ao
produtor rural para manter a sua floresta. Em tréplica o senhor Egídio disse que os projetos de
siderúrgica, que deveriam se destinar dentro desses projetos uma porcentagem da produção
para que as florestas servissem para uso de moveis e de construção civil. Sr. Diego Lima
ressaltou que em nenhuma das audiências haviam recebido proposta nesse sentido, e que a
mesma é pertinente. O Secretário Adjunto Diego Lima deu as possibilidades de contribuição,
dentre eles o email [email protected], agradeceu a presença de todos e disse que aguarda a
contribuição de todos. Por fim, foi declarada o fim da audiência, encerrada às 11h50min.
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