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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
WILSON ANTONIO RODRIGUES FERREIRA
AVALIAÇÃO ESCOLAR SOB A ÓTICA DO PROFESSOR E DO ALUNO NO
COLÉGIO ESTADUAL ALMIRANTE TAMANDARÉ DE FOZ DO IGUAÇU: UMA
EXPERIÊNCIA COM A UTILIZAÇÃO DE PORTFÓLIOS
Material didático para intervenção pedagógica na escola, apresentado à Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Professor PDE, sob a responsabilidade da IES Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Francisco Beltrão, tendo como orientador Eduardo Donizeti Girotto.
FOZ DO IGUAÇU-PR, 2012
1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: “Avaliação Escolar sob a ótica do professor e do aluno no Colégio Estadual Almirante Tamandaré de Foz do Iguaçu: uma experiência com a utilização de
portfólios”.
Autor Wilson Antonio Rodrigues Ferreira Disciplina/Área (ingresso no PDE)
Geografia Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Almirante Tamandaré – Ensino Fundamental e Médio -
Município da escola Foz do Iguaçu Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu Professor Orientador Eduardo Donizeti Girotto Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Francisco Beltrão Relação Interdisciplinar Resumo Esta unidade didática tem como temática a avaliação
e o uso de portfólio na realização de atividades de Geografia com alunos de 6º ano do ensino fundamental. A produção de recursos didáticos pode possibilitar que a avaliação na disciplina de Geografia se torne mais motivadora para o professor e para o aluno, buscando metodologias que aliem a Teoria à Prática contribuindo para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma mais dinâmica e interessante. A problemática que instiga este estudo compreende a busca de resposta para questões como as razões que explicam o fenômeno da avaliação na configuração em que se apresenta na realidade escolar. O objetivo estabelecido para investigação busca compreender as concepções de avaliação e produzir recursos didáticos e metodológicos que conciliem a teoria da avaliação com a prática na disciplina de Geografia, para tanto toma como objetivos específicos difundir estudos críticos sobre avaliação escolar junto aos demais professores de Geografia; compreender as concepções de avaliação dos professores e alunos do Colégio Estadual Almirante Tamandaré e desenvolver intervenção pedagógica com alunos do 6º ano utilizando portfólios como instrumentos de avaliação.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Avaliação – conhecimentos geográficos - portfólio
Formato do Material Didático Caderno Temático Público Alvo Professores e Alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental
3
2 APRESENTAÇÃO
O tema dessa unidade didática é a avaliação do processo ensino-
aprendizagem na disciplina de Geografia.
Esta produção pedagógica visa analisar e produzir recursos didáticos que
possibilitem uma avaliação mais motivadora na disciplina de Geografia, que se
adapte ás necessidades tanto do professor quanto do aluno, buscando metodologias
que aliem a Teoria à Prática contribuindo para que o processo ensino-aprendizagem
ocorra de forma mais dinâmica e interessante.
As Diretrizes Curriculares da disciplina de Geografia para a Educação Básica
destacam que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma
escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o
coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos)
assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a
formação dos alunos. (DCE, 2008, p.33).
Desta forma, desenvolve-se esta intervenção pedagógica buscando ampliar o
conhecimento sobre avaliação para os docentes e educandos, enfim, reconhecendo
a importância da avaliação no processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica não só do professor, mas de todos os que fazem parte do
ambiente escolar.
A relação entre a prática da avaliação escolar e o processo de conhecimento
do aluno exige reflexão, pois avaliar deve ser uma ação aliada ao ensino e se
apresenta como um desafio aos professores que necessitam apresentar
instrumentos avaliativos de forma funcional que possam ser vivenciados pelo aluno.
Assim, torna-se necessário desenvolver métodos e recursos didáticos que venham
favorecer o processo ensino aprendizagem.
Associar a avaliação à prática tem sido um dos principais problemas
enfrentados pelos professores. Muitas vezes a teoria se apresenta distante do dia a
dia do aluno. Desta forma, a avaliação que deveria ser um elemento motivador,
intrigante e interessante se torna cansativa, transformando o que deveria ser parte
integrante da construção do ser humano como pessoa ativa e atuante numa prática
distante e, muitas vezes, opressora.
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As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica (2008,p.86) orientam:
Avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.
A avaliação da maneira como vem se desenvolvendo se apresenta ora como
manifestações de resistência, ora como gestos de submissão não consentida e
negociada. Em ambos os casos, na voz do aluno estão os apelos para que a
aprendizagem ocorra.
Diante disso, esta intervenção busca respostas para questões como as
dúvidas sobre as razões que explicam o fenômeno da avaliação na configuração em
que se apresenta na realidade escolar contemporânea, a fim de identificar a
natureza da relação que existe entre a prática da avaliação escolar e o processo de
conhecimento do aluno, analisando o potencial da avaliação para produzir
mudanças dentro do ensino e os instrumentos de avaliação que contribuem para um
processo formativo e continuado dos alunos.
Portanto, o objetivo da realização d esta intervenção é compreender as
concepções de avaliação e produzir recursos didáticos e metodológicos que
conciliem a teoria da avaliação com a prática na disciplina de Geografia, para tanto
torna-se necessário difundir estudos críticos sobre avaliação escolar junto aos
demais professores de Geografia; compreender as concepções de avaliação dos
professores e alunos do Colégio Estadual Almirante Tamandaré e desenvolver
intervenção pedagógica com alunos do 6º ano utilizando portfólios como
instrumentos de avaliação.
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3 MATERIAL DIDÁTICO
3.1 CADERNO TEMÁTICO
Este caderno temático aborda a avaliação no ensino de geografia
apresentando textos e atividades que colaborem na reflexão sobre o assunto tanto
entre os professores quanto com os alunos.
TEMA 1: AÇÃO COM PROFESSORES
Duração: 4 horas/aula
Atividade: Leitura, reflexão, debate, produção de texto memória sobre a ação
realizada.
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA (LDB, 9394/96)
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei n. 9394/96) trouxe modificações e novas
proposições com relação à formulação e gestão de políticas públicas de avaliação,
representando alguns avanços na questão da avaliação da aprendizagem,
apresentando um enfoque maior na questão da qualidade da aprendizagem.
Há alguns pontos da LDB que direcionam para construção de uma avaliação
emancipadora/formativa da escola e na escola, pontos estes representados pelos
artigos 12, 13 e 24, da citada lei.
Uma dessas exigências legais é da participação dos educadores na
elaboração e execução da proposta pedagógica da escola, assegurando a
participação de todos os envolvidos no processo. É também previsto o cumprimento
do plano de trabalho docente, segundo a proposta pedagógica, além disso, cabe ao
educador zelar pela aprendizagem dos alunos e estabelecer estratégias de
recuperação para os alunos de menor rendimento.
O artigo 24 apresenta na sua alínea V, as disposições legais para a avaliação,
estabelecendo:
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
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quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;(BRASIL, 1996)
Neste contexto, cabe refletir a respeito da avaliação formativa, principalmente
na concepção de que esta é responsável pelas discussões sobre a construção do
êxito e do fracasso escolar, sendo que é inconcebível mistificar ou maquiar a
excelência escolar. A democratização do espaço escolar exige apresenta como
exigência o desenvolvimento de uma avaliação formativa, onde as competências e
as habilidades do educandos sejam permeadas por uma pedagogia diferenciada.
Hadji (2001) procura estabelecer distinções entre medir e avaliar,
demonstrando que a avaliação tem uma natureza diferente da medida. A avaliação é
essencialmente um processo de comunicação, que depende da intencionalidade
formativa por parte do professor, caracterizada fundamentalmente pelo seu
compromisso com a aprendizagem dos alunos.
Para Demo (2008) a avaliação está vinculada ao planejamento e aos
objetivos estabelecidos, assim os critérios de avaliação que condicionam seus
resultados são subordinados às finalidades e objetivos previamente estabelecidos
para qualquer prática, seja educativa, social ou política.
Hadji (2001) comenta que a avaliação formativa é construída num processo
compartilhado, dialógico, formativo por excelência tanto para professores como para
os alunos, e isto está relacionado à política de organização da escola, da maneira
como a gestão pedagógica é desenvolvida em relação às políticas públicas de
educação, aos currículos e á avaliação em si.
Demo (2008, p. 10) declara: “Seria ingênuo pensar que a avaliação é apenas
um processo técnico, Ela é também uma questão política, Avaliar pode constituir um
exercício autoritário do poder de julgar ou, ao contrário, pode constituir um processo
e um projeto do avaliador e avaliando buscam sofrem uma mudança qualitativa”.
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Desta forma, cabe refletir sobre a afirmação de Hadji (2001, p. 132) quando
afirma: “Para que a avaliação se torne formativa, será necessário que os professores
deem provas, antes de tudo, de coragem. A coragem necessária para ousar falar, e
„julgar‟ ”.
ATIVIDADES PARA REFLETIR
1. Após a leitura e o debate, sobre a concepção de avaliação formativa, segundo
Hadji.
2. Escreva sobre a concepção de avaliação implícita na LDB 9394/96.
TEMA 2: AÇÃO COM PROFESSORES
Duração: 4 horas/aula
Atividade: Leitura, reflexão, debate, produção de texto memória sobre a ação
realizada.
CONCEITO DE AVALIAÇÃO EM FUNÇÃO DA APRENDIZAGEM
Não somente na área educacional como também em outras áreas do meio
social, a saber nos setores primário, secundário, terciário e serviços da economia,
avaliação e aprendizagem cumprem a mesma função com vistas ao bom
desempenho dos recursos humanos.
Tais expressões não caracterizam sinônimos, no entanto, refletem grande
proximidade e intercomplementaridade acadêmica ,pedagógica e social. Por sua
vez, concordamos que em avaliação da aprendizagem, particularmente, existem
dois componentes imprescindíveis no conjunto acadêmico e complementar
pedagogicamente. Tais componentes atendem por conceito e instrumentos.
Esses componentes igualmente mantém necessária hierarquia pedagógica
entre si. A hierarquia se coloca da seguinte forma: primeiro, o domínio de conceito
de avaliação; e, segundo a aplicação de instrumentos de avaliação. Seguidamente
repetimos que todo avaliador deve ter absoluta clareza com relação ao conceito de
avaliação, pois, dessa maneira, a avaliação cumpre com maior possibilidade de
acerto o seu objetivo de facilitar a aprendizagem em prol de bom desempenho do
ser humano.
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Por isso mesmo, domínio pleno, claro e preciso de conceito de avaliação é o
ponto mais alto para sua atualização de forma consequente. Não existe verdadeira
aprendizagem, não havendo avaliação condizente. Não podemos possibilitar uma
boa aprendizagem sem a indispensável disponibilidade e contribuição do aprendiz a
ser beneficiado em âmbito pessoal, social e profissional.
Os conceitos de avaliação e de instrumentos de avaliação, juntos, podem
cumprir o objetivo de favorecimento de aprendizagem. Avaliar, na verdade, é
perceber a quantas anda a aprendizagem dos alunos, e não somente descobrir o
quanto e em que nível os alunos dominam conteúdos ou o quanto e em que nível
eles os têm em falta.
No entanto, não basta ao avaliador ter domínio de variados tipos de
instrumentos de avaliação, pois, por si só, não cumprem em plenitude papel
avaliativo nem em profundidade nem em abrangência, quando não empregados de
acordo com a característica funcional de cada um.
Outro aspecto não menos importante academicamente é o avaliador perceber
mediante qual tipo de instrumento de avaliação por determinado tempo poderá
demonstrar certa injustiça com relação a um e a outro aluno. Isso porque alguns
alunos conseguem demonstrar domínio de conhecimentos mediante o uso de certo
tipo de instrumento e com relação a outros tal fato poderá não ocorrer com a mesma
fluência e desenvoltura.
É evidente que a utilização de variados tipos de instrumentos exige do
professor maior intensidade de trabalhos do que com o empregado de um mesmo
instrumento para todos os alunos, simultaneamente. No entanto, a diversidade de
utilização de instrumentos em avaliação da aprendizagem poderá favorecer a todos
os alunos em igualdade de condições. A diversidade de utilização de instrumentos
de avaliação sempre devera facilitar a manifestação de conhecimentos para todos
os alunos homogeneamente, e não privilegiadamente na individualidade.
ATIVIDADES PARA REFLETIR
1. Após a leitura construa um texto sobre qual a sua concepção de avaliação?
2. Quais os instrumentos de avaliação mais utilizados na sua aula? Que tipo de
planejamento esse instrumento demanda?
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TEMA 3: AÇÃO COM ALUNOS
Duração: 4 horas/aula
Atividade: Assistir ao filme “Entre os Muros da Escola”. (com François Bégaudeau,
Nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Bounaïdja Rachedi, Juliette Demaille, Dalla
Doucoure, Arthur Fogel e Damien Gomes. Direção de Laurent Cantet. Vencedor da
Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008.
O filme trata das relações entre alunos de culturas diferentes e o
conhecimento, que neste caso é retratado pelo professor de língua francesa, já que
a história desenrola numa escola de Paris.
ATIVIDADES PARA REFLETIR
1. Promover um debate sobre as diferentes situações que o filme apresenta
relacionando com a realidade das escolas reais do nosso contexto.
2. Registrar os pontos mais importantes relacionados à avaliação que aparecem no
filme, escrever pelo menos um parágrafo elaborando uma visão crítica do filme.
3. Cada aluno deverá ler o seu parecer para a sala e no final elaborar um texto
conjunto sobre a avaliação que será arquivada no portfólio.
TEMA 4: AÇÃO COM ALUNOS
Duração: 16 horas/aula.
PORTFÓLIO
Para Villas Boas (2008, p. 81) a construção de um portfólio é um tipo de
avaliação formativa que leva o aluno a uma autoavaliação natural. O aluno aprende
a pensar sobre o que vem fazendo e sobre o que precisa fazer, o portfólio pode ser
uma forma de desenvolver a autoavaliação da aprendizagem escolar.
A avaliação contínua com portfólio pode proporcionar um aumento de
conhecimento e de habilidades que os profissionais de educação necessitam,
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incluindo os conhecimentos e o desenvolvimento dos aprendizes, uma variedade de
técnicas de entrevista de observação, a habilidade de adaptar ambientes de
aprendizagem para suprir as necessidades individuais dos alunos, os métodos de
desenvolvimento curricular centrados na criança e nas técnicas para envolver
famílias na vida escolar dos filhos trazendo a sua vivência de casa para a sala de
aula (SHORES, 2001).
Os portfólios podem ser indicados para planejar novas atividades de
aprendizagem auxiliando na busca por objetos específicos. O processo de
montagem de um portfólio pode seguir dez passos.
1. Estabelecer uma política para o portfólio;
2. Coletar amostras dos trabalhos;
3. Tirar fotografias;
4. Conduzir consultas nos diários de aprendizagem;
5. Conduzir entrevistas;
6. Realizar registros sistemáticos;
7. Realizar registros de casos;
8. Preparar relatórios Narrativos;
9. Conduzir reuniões de análise de portfólios em três vias;
10. Usar portfólios em situações de transição.
Segundo Magalhães (2009) o recurso do portfólio tem se mostrado excelente
para valorizar a aula em todos os seus momentos, ele registra todos os momentos
do aluno na sua construção de conteúdo. Na construção de um portfólio valorizam-
se todas as etapas, mesmo as inacabadas, dos processos de busca e investigação
que os alunos realizam do mesmo modo que as impressões, opiniões e sentimentos
despertados pelo assunto em pauta ou até pela forma de trabalho e questionamento
aos encaminhamentos dados. O uso de portfólio não elimina a possibilidade de
chamar os alunos para fazer síntese de suas atividades, porém realiza a avaliação
com mais segurança, abordando o simples desempenho do aluno.
Desta forma, a montagem do portfólio é uma excelente maneira de realizar
uma avaliação formativa.
O portfólio dos alunos será organizado em pasta arquivo, cada atividade
desenvolvida pelos alunos durante a realização da implementação será arquivada.
Na pasta estarão arquivados os trabalhos realizados nas aulas seguintes que
compreendem a construção de mapas, a compreensão de legendas, escalas.
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Temática do portfólio: Mapeando os nossos espaços
Para realizar a localização no espaço em que vivemos, é necessário
sabermos nos orientar nele. Para isso, também é fundamental recorrermos às
formas que representam a localização geográfica desse espaço e aos elementos
(naturais e culturais) que fazem parte dele.
Quando queremos convidar alguém para ir à nossa casa, podemos elaborar
um desenho num papel que represente o caminho a ser percorrido, inserindo no
desenho as ruas, as construções e outros pontos de referência, como uma igreja,
uma praça, um rio, etc., que facilitem a leitura e a interpretação do espaço
representado.
1ª Atividade: Mapeamento do trajeto da escola a casa
Tema: Cartografia no 6º ano de escolaridade.
Objetivo: Ler, interpretar e representar espaços físicos conhecidos, como a casa, a
escola e o bairro. Criar e ler símbolos e legendas. Adquirir noções de direção,
sentido, projeção, proporção, paisagem, escalas gráficas e numéricas.
Metodologia: Junto com os alunos pesquisar nos computadores do laboratório de
informática o mapa do município de Foz do Iguaçu, localizar o bairro da escola e o
bairro onde o aluno reside, imprimir o mapa de cada aluno. Em seguida de posse do
mapa o aluno vai identificar o seu trajeto marcando com caneta marca texto o trajeto
feito por ele até a escola.
Avaliação da atividade: Escrever um texto descritivo sobre a atividade realizada
identificando os pontos que levaram è realizar a identificação, que referências cada
aluno utilizou. Arquivar no seu portfólio a atividade realizada junto com o mapa.
2ª Atividade: Mapeamento do Bairro da escola e dos seus principais pontos de
Referência.
Tema: Cartografia no 6º ano de escolaridade.
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Objetivo: Descrever, interpretar e analisar a localização de pessoas e objetos e
utilizar informações e pontos de referência para escolher caminhos.
Metodologia:
A partir do uso do laboratório de informática encontrar o mapa da região em
que se localiza a escola, fazer cópias de um esquema simples de quarteirões
vizinhos à escola e identificar os pontos de referência marcando o posicionamento
pelo lugar onde nasce o sol.
Junto com os alunos elaborar um itinerário para um passeio por algum local
da vizinhança escolhido coletivamente.Solicitar que os alunos observem edifícios
comerciais e equipamentos urbanos, como supermercado, padaria, farmácia, banca
de revistas e praças.
Os alunos devem anotar a localização de cada um para servir de referência
na produção de um mapa da região. A turma deve ser dividida em grupos de quatro
alunos. Cada grupo vai utilizar a representação dos quarteirões visitados para que
assinalem os lugares observados no trajeto.
Deve-se propor uma discussão para comparar as produções e criar novas
sugestões de caminhos. Criar situações em que os alunos tenham que indicar o
caminho de sua casa ou da escola para um amigo, como vai utilizar as referências.
Os grupos devem marcar os edifícios citados no mapa.
Avaliação:
Será proposta a exploração de plantas baixas a partir de pistas para que os
alunos localizem um lugar no mapa, refletindo se as pistas são suficientes. Cada
equipe deve imaginar um caminho e fornecer informações para outro grupo traçá-lo
no mapa. Verificar se são usados pontos de referência e dicas de direção. Os
estudantes que apresentarem dificuldades deverão refazer a tarefa para se apropriar
do conhecimento construído.
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3º Atividade: Construção da Planta da Sala de Aula
Objetivo: Ler, interpretar e representar espaços físicos conhecidos, como a sala de
aula. Criar e ler símbolos e legendas. Adquirir noções de direção, sentido, projeção,
proporção, escalas gráficas e numéricas.
Metodologia: Em conjunto todos os alunos da classe constroem uma maquete da
sala de aula, usando materiais alternativos como caixas de fósforos e outras
embalagens pequenas como tampas de garrafas. Cada material de sucata vai
representar dentro de uma caixa, os elementos que compõem a sala de aula
(carteiras, mesa, cadeira, quadro, armários, lousa, etc.).
Avaliação: Depois de pronta a maquete cada aluno irá desenhar a planta baixa da
sala de aula, utilizando as medidas de escala, para cada palmo 1cm. As plantas da
sala de aula deve compor o portfólio de cada aluno.
4º Atividade: Construção da Planta da Escola
Objetivo: Ler, interpretar e representar espaços físicos conhecidos, como a escola.
Criar e ler símbolos e legendas. Adquirir noções de direção, sentido, projeção,
proporção, paisagem, escalas gráficas e numéricas.
Metodologia: Para se executar uma planta é necessário conhecer as proporções
que serão utilizadas em centímetros, ou até mesmo milímetros, ao investigar o
tamanho da escola os alunos serão inicialmente divididos em grupos de quatro para
realizar as medidas da escola e depois será realizada a divisão em proporções
menores para realizar o desenho da planta utilizando uma escala determinada pelo
tamanho das medidas constatadas pelos alunos.
Avaliação: O desenho da planta da escola também será arquivado no portfólio.
5º Atividade: Construção do Mapa de Foz Iguaçu, com as legendas dos bairros
e identificando os bairros onde os alunos moram.
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Objetivos: Desenvolver a percepção da realidade dos alunos a partir do
conhecimento geográfico do município.
Metodologia:
Passo 1 – Acessar o site: http://www.geografos.com.br/cidades-parana/, encontrar
Foz do Iguaçu e tomar nota da localização desta (Latitude e Longitude).
Passo 2 – Abrir o software Google Earth e digitar no campo “voar para” (canto
superior esquerdo) a latitude e longitude do município. Clicar na lupa ao lado.
Passo 3 – Realizar uma observação geral do município, identificar áreas
conhecidas, as rotas utilizadas com frequência, áreas que estão em processos de
mudança e áreas que já estão estagnadas há certo tempo.
Passo 4 – Após este reconhecimento pela imagem de satélite, ajustar o zoom da
imagem de forma que visualize a área urbana e parte da área rural do município.
Passo 5 – Na barra de ferramentas do Google Earth (parte superior) clicar em
“Arquivo” “Salvar” “Salvar imagem...” e salvar a imagem visualizada com o nome
do município.
Passo 6 – Com base na imagem de satélite e no conhecimento do município
identificar quais são as áreas que concentram as modalidades de uso do solo:
Residencial; Comercial; Industrial; Área Rural.
Passo 7 – Identificada estas áreas e munidos de uma câmera fotográfica digital,
registrar fotograficamente cada uma destas áreas.
Passo 8 –O trabalho que consiste em demonstrar na imagem de satélite as áreas de
uso do solo do município.
Passo 9 – Inserir as 4 fotografias das áreas registradas de acordo com o uso do
solo, criar uma legenda informando o tipo de uso do solo e imprimir para colocar no
portfólio.
Passo 10 – A partir do conhecimento de escalas desenhar o mapa do município a
partir de modelos trazidos para sala de aula
Avaliação: O desenho do mapa em tamanho A4 e as fotografias impressas será
arquivado no portfólio
6º Atividade: Construção do Mapa do Paraná Identificando Foz do Iguaçu.
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Objetivo: Fazer uso dos conhecimentos de escala e legenda para reproduzir o
mapa do Paraná.
Metodologia: No laboratório de informática localizar no site www.guiamais.com.br. o
mapa do Estado do Paraná, salvar o mapa e imprimir em tamanho A4. Na sala de
aula com lápis e régua quadricular o mapa estabelecendo uma escala. Identificar
com uma Rosa dos Ventos o posicionamento do estado em relação ao sol.
Reduzir o mapa através de desenho utilizando ½ da escala estabelecida.
Identificar o município de Foz do Iguaçu no mapa do Paraná.
Avaliação: As atividades realizadas devem ser arquivadas no portfólio.
7º Atividade: Construção do Mapa da Região Sul identificando o Paraná.
Objetivo: Fazer uso dos conhecimentos de escala e legenda para reproduzir o
mapa da região sul do Brasil.
Metodologia: Localizar em site o mapa da região sul do Brasil salvar, estabelecer
uma escala e reproduzir o mapa reduzindo a figura. Identificar o posicionamento em
relação ao sol, identificar os estados que compõem a região sul, identificar o estado
do Paraná na região Sul e identificar Foz do Iguaçu no mapa do Paraná. Construir
uma legenda identificando os pontos mais importantes observados.
Avaliação: As atividades realizadas devem ser arquivadas no portfólio.
8º Atividade: Leitura do Mapa do Brasil.
Objetivo: Fazer uso dos conhecimentos de escala e legenda para realizar a leitura
do mapa do Brasil.
Metodologia: Expor na sala de aula diferentes mapas do Brasil, tomar o cuidado de
colocar os mapas no chão e posicionados corretamente em relação ao sol.
Identificar as legendas e as escalas dos mapas para entender os assuntos que os
mapas revelam.
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Avaliação: Realizar um registro escrito sobre os diferentes assuntos dos mapas
lidos e arquivar no portfólio
9º Atividade: Montagem do Portfólio
Objetivo: Apresentar o portfólio como resultado trabalho realizado
Metodologia: Realizar a leitura dos portfólios, desenvolvendo uma reflexão sobre as
atividades e descobertas realizadas durante a implementação do projeto. Cada
aluno deverá escrever um texto sobre seu portfólio justificando as suas descobertas
e aprendizagens a partir dele. Após a organização do portfólio e a realização de uma
abertura e um fechamento da atividade. será organizada uma exposição dos
portfólios.
Avaliação: A avaliação será realizada a partir da análise de cada portfólio
apresentado.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Duração: 4 horas/aula.
A avaliação realizada no estabelecimento e mais indicada para o
desenvolvimento de atividades de estudos em geografia é a avaliação contínua e
formativa. Assim, todas as atividades resultam na elaboração de portfólio e indica
que pode ser usado a qualquer momento para ser analisado e avaliado.
Este material compreende orientações para a realização de avaliação
formativa no ensino de geografia. É necessário perceber que todas as atividades
são passíveis de avaliação desde que sejam planejados meios de não tornar a
avaliação um ato em si.
A realização de um portfólio exige criatividade, principalmente desenvolvendo
atividades criativas que venham acrescentar conhecimento ao processo de
avaliação, além disso um portfólio não é um processo fechado, podendo envolver
vários autores aproximando os alunos tantos da escola, dos colegas e professor,
quanto da família, pois os pais podem ser auxiliares muito competentes na
construção de conhecimentos de geografia .
Desta forma, a atividade final da realização do projeto compreende a
realização de uma reunião com os pais onde serão apresentados os portfólios com
os registros das atividades.
A reunião será desenvolvida em horário de aula e contará também com a
presença dos gestores da escola, quando será explicado aos pais os processos
educativos que contribuíram, para a realização das atividades contidas no portfólio.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Saberes e práticas da inclusão: avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais. 2. ed. Coordenação Geral SEESP/MEC. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 92 p. (Série: Saberes e práticas da inclusão). BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 126 p. DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. São Paulo, Cortez, 1991. DEMO, P. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1993. HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. (trad. Patrícia C. ramos). Porto Alegre: Artmed, 2001. LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, ed. Estadual, APP-Sindicato. Curitiba: Popular, 1997. 102 p. LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, Lei 5692/71. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/l5692_71.htm> Acesso em: 9 fev. 2009. MAGALHÃES, Claudia; SOURIENT, Lilian; GONÇALVES, Marcos; RUDEK, Roseni. Geografia. São Paulo: Editora do Brasil, 2009. MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. 4 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. SHORES, Elizabeth F. Manual de portfólio: um guia passo a passo para professores. Porto Alegre: Artmed, 2001. Portal Educar, do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina (www.educ.ar/educar)