Graça e Libertação - A Atualidade Do Embate Entre Agostinho e Pelágio

8/9/2019 Graça e Libertação - A Atualidade Do Embate Entre Agostinho e Pelágio

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U M


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Copyright desta edição © Palavra & Prece Editora Ltda., 2015.Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser

utilizada ou reproduzida sem a expressa autorização da editora.

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Coordenação editorial Júlio César Porfírio

Revisão e diagramação Equipe Palavra & Prece


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Sumário

I ...................................................................................

C – A AA herança do Antigo Testamento ..........................................O Novo Testamento: Evangelhos e Atos .................................O Evangelho anunciado por Paulo ........................................Da experiência da fé ao anúncio ............................................O pecado e a graça


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UBIRAJARA DE MELO

A graça de Cristo, remédio pela fé e pelo batismo ......

Somente pela graça o ser humano supera o pecado e em ordem a salvação ......................................................A vida em Cristo como caminho de santificação ........A graça de uma Igreja misericordiosa .........................

Os semipelagianos ....................................................................A refutação a Juliano de Eclano ....................................A refutação aos monges de Adrumeto e Marselha ....

C – R ..................Antropologia e Cristologia: A graça do homem novo .........

Uma antropologia da graça ...........................................Uma cristologia da graça ...............................................


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Agradeço ao teólogo e escritor FrPrelazia do Opus Dei, por sua paciêncginais desta obra e apontar sugestões v


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Introdução

Como uma heresia que está há mais de 1500 anos nointeressar e fazer pensar problemas e realidades da Igrejmeira vez que ouvi falar sobre a heresia pelagiana, foi jreedição. Um artigo afirmava que alguns teólogos quedoutrina de Pelágio, um antigo herege que, basicamentebom uso do livre-arbítrio seria suficiente para o homem


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UBIRAJARA DE MELO

“ Aparece fundamentalmente sob a forma de restau

males da Igreja, busca-se uma solução apenas discração de condutas e formas superadas que nem mes

tem capacidade de ser significativas. Na América L

em pequenos grupos, em algumas novas Congregaç

tendências exageradas para a ‘segurança’ doutrin

Fundamentalmente é estática, embora possa prome

ad intra: regride. Procura ‘recuperar’ o passado per

A crítica de Francisco é acertada, mas penso que poainda mais sua análise. O chamado “ projeto pelagiano” uma tentação exclusiva de setores tradicionalistas mais r


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GRAÇA E LIBERTAÇÃO

O Papa Francisco chamou a atenção para um aspecto

giano, que podemos encontrar na maioria das outras corrque povoam o cenário eclesial atual, naquilo que o Pap

“busca de uma solução apenas disciplinar, na restauraç

formas superadas que nem mesmo culturalmente tem c

significativas”. Ora, tal exprobração vale para soluçõe

restaurações de condutas e formas superadas, sejam de tcentenas de anos atrás. Qual a diferença entre o anacron

que vivem com a mente de cristãos militantes revolucion

queda do Muro de Berlim ainda não tivesse ocorrido, da

militam pelo reinado social de Cristo como se ainda v


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UBIRAJARA DE MELO

ideologização da mensagem evangélica (no reducionism

ideologização psicológica, na proposta gnóstica e no peltentação do funcionalismo e do clericalismo. Aquilo quacertadamente como perigosas tendências eclesiais, sãonos de ação que têm no pelagianismo, como veremos nseu denominador comum. No final, cada um destes proj

nuindo o Cristianismo a uma ética, a um esforço moral, o mistério imprevisível da graça de Deus, mesmo que cadnue acreditando ou ensinando a doutrina tradicional sobcomo os mais perfeitos católicos.

Pelágio queria uma Igreja composta apenas de fortes


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obediência às regras, a um exercício ascético, ou aos pr

humanos, por maior importância que todas estas coisabase de tudo está a caridade de Deus agindo, e é a Palav

insiste nisto (cf. 1Cor 13). As ideologias, que nascem de

desconhecem, ou se aborrecem do Mistério da graça ex

esta retira do homem, e de suas instituições, o controle

que pertence à soberania divina. Mergulha-o na dinâmisurpreendente, e por vezes inefável, do encontro com a

vina. Subliminarmente, o que o Papa está dizendo é qu

missão devem abordados e vivenciados sob o prisma de

Graça e portanto em oposição ao projeto pelagiano qu


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UBIRAJARA DE MELO

que acode a todos com os remédios da graça deixados pelo

que confia que, misteriosamente, Deus faz agir a Sua misde todos os homens, inclusive por meios que ela mesma de

Neste trabalho de revisitar a Teologia da Graça, em esptriz agostiniana, nos deparamos com certas interpretaçõteologia tradicional da graça uma espécie de “beco sem sa

falso impasse entre uma ortopráxis do dever e a liberdadelado, e a vida segundo o Espírito, de outro. Interpretaçõora privilegiam Deus, ora privilegiam o homem, dianteSabemos da predileção, sem muita margem de manobraGraça, na ação divina. Esta doutrina que põe Deus com


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da Graça. A teologia de Agostinho tem sido lida por estes

gia que estaria mais pronta a condenar ao fogo do infernoDurante o tempo de sua produção teológica, Rahner chegtou em favor da reabilitação de Pelágio, exatamente por na crítica de Agostinho, conforme a compreenderemos aquKarl Rahner, assim como grande parte dos teólogos modabranger na salvação aqueles que não receberam, ou não cotodo a mensagem de Cristo (e mesmo assim procuram vivo melhor de suas consciências, o que seria conhecido comanônimo”), se afastou e criticou a teologia tradicional da teologia restritiva e, portanto, pessimista no plano da sal


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deu Cristo como exemplo a ser seguido. Assim, o proj

zia da Igreja um punhado restrito de pessoal altamenteo Reino. Nisto Agostinho não se ressentiria, afinal o próperguntado: “ Mas quando o Filho do Homem voltar enconterra? ” (Lc 18,8). Contudo, o problema de Agostinho nãopoucos ou muitos se salvam. De outro lado, quanto à qunão há o que se perguntar, pois deveria ser altíssima, e ntambém, com Pelágio. A questão do Bispo de Hipona é odamental e absoluta. Ele quer saber o que, de fato faz, criaímpio em justo. Ou seja, o que a fé cristã tem a oferecer vive na impiedade, sob o Maligno (1Jo 5,19)? O pelagiani


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