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pedro-almeida
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A proposta Desenvolver a capacidade de solucionar problemas gráficos visuais através da diagramação. Foi proposto aos alunos a produção de uma revista com 24 páginas, 8 seções pré-estabelecidas, capa de própria autoria. Os materiais fornecidos foram fontes de consulta na web, tanto para conteúdo textual, quanto para obtenção de imagens e anúncios. As seções ILUSTRAÇÃO e PORTFÓLIO eram livres para que eles pudessem divulgar seus trabalhos criando assim, uma publicação que mostrasse toda sua capacidade técnica e criativa. O período de execução da tarefa foi de aproximadamente 25 dias, sendo que semanalmente etapas do trabalho eram apresentadas para revisão e orientação. O software utilizado para a execução da tarefa foi o InDesign e os alunos aprenderam desde a configuração do grid até o fechamento e montagem do arquivo.
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Grafik Monkey
MAC ou PCDescubra qual a
melhor opção para o designer na hora
da criação.grafik
Sumário4
6
8
10
12
15
18
21
BRIEFING
PUBLICIDADE
PORTFÓLIO
DESIGN
FOTOGRAFIA
TECNOLOGIA
IMPRESSÃO
COR
8
12
15
Criação :
Pedro Almeida
Revisão:
Rangel Sales
rangelsales.com.br/
Local de impressão:
Aster Graf
Tiragem :
100.000 exemplares
Tipo de Papel :
capa: couchê 250 gr
miolo: couche 120gr
BRIEFING, VOÇÊ TEM QUE FAZER
As pessoas entopem seus canais criativos com conceitos negativos e acreditam que não sabem criar. Use este artigo para montar o seu briefing e verá a criatividade fluir
BriefingO briefing é um conjunto de informações
passadas em uma reunião para o
desenvolvimento de um trabalho, sendo
muito utilizadas emAdministração, Relações
Públicas e na Publicidade. O briefing deve
criar um roteiro de ação para criar a solução
que o cliente procura, é como mapear o
problema, e com estas pistas, ter idéias para
criar soluções
O briefing é uma peça fundamental para a
elaboração de uma proposta de pesquisa
de mercado. É um elemento chave para o
planejamentode todas as etapas da pesquisa
de acordo com as necessidades do cliente.
FormaHá diversos modelos de briefing. Na verdade,
cada agência ou empresa possui o modelo que
melhor encaixa de acordo com seu modelo
de negócios e estrutura interna. Abaixo
existem alguns itens que podem compor um
briefing, elaborado para a execução de um
determinado trabalho.
Histórico: Aqui é importante que o cliente
conte uma história a respeito de seu mercado
(o que vem acontecendo com ele), da marca,
da empresa, ou outras informações relevantes
março de 2010 | Grafik Monkey
Briefing
4
que nos ajudem a compor um cenário.
O Problema de Marketing: Este item pode até
vir dentro do anterior ou não, mas é muito
importante. O histórico deve desembocar no
problema que o cliente está enfrentado no
momento, e que é o pano de fundo para a
necessidade que ele identificou para a condução
da pesquisa. Em outras palavras, é o que ele
espera ver resolvido depois da pesquisa.
Objetivo(s) da Pesquisa: Deve ser uma
descrição sucinta e estar relacionado com
o problema anteriormente definido.Aqui
são apontados aos tópicos que a pesquisa
deve cumprir.
Padrão de Ação: Talvez um dos pontos mais
importantes e normalmente menos lembrados
pelos clientes. Aqui ele deve definir o
que fará com os resultados da pesquisa,
independentemente do que virá pela frente.
Ou seja, que decisão será tomada com os
resultados futuros em mãos. O Padrão de
Ação é um guia fundamental para calibrar e
melhor desenhar o plano de pesquisa, definir
os envolvidos no projeto e para a análise dos
resultados, incluindo aí as recomendações
estratégicas. Importante aqui é não incorrer
no risco de definir um padrão de ação
genérico, por exemplo, “os resultados desta
pesquisa serão utilizados na definição da
estratégia futura da marca”. Isso pode até ser
verdade mas na maioria das vezes é possível
ser mais específico. Devemos nos perguntar:
que aspecto da estratégia da marca?
Questões Específicas (ou Áreas de
Investigação): Neste item o cliente deve
incluir todas as perguntas ou áreas de
informação que ele precisa/deseja obter,
sempre à luz do problema de marketing e
dos objetivos do estudo.
Público-Alvo: Não cabe aqui falar do target
do cliente ou de sua marca e sim o público-
alvo da pesquisa. Atenção para a eventual
necessidade de informações além da
descrição sócio-demográfica básica. Muitas
vezes é importante considerar elementos
adicionais dotarget, a exemplo de dados de
comportamento e atitude.
Áreas Geográficas: Definição das áreas
geográficas/cidades que o estudo deverá
cobrir.Pode-se pensar em bairros, como zonas
nobres ou menos favorecidas, como campos
geográficos de delimitação da pesquisa.
Materiais Anexos: Neste item o cliente
deve relacionar os materiais que farão parte
da pesquisa, a exemplo de photo boards,
cartazes, etc.Chamados também de materiais
de apoio. São referências, geralmente, aos
trabalhos anteriores, quando houver.
Limitações de Prazo e Custo: Algumas
pesquisas acabam não sendo planejadas e
conduzidas idealmente por limitações de
prazo e/oucusto. Cabe ao cliente mencionar
alguma restrição no briefing, se for o caso.
Grafik Monkey | março de 2010
Briefing
5
Publicidade
março de 2010 | Grafik Monkey6
Como funciona uma agência de publicidadeUma agência de propaganda se estrutura essencialmente em função das três principais etapas do trabalho que presta:o atendimento/planejamento, a criação e a mídia.
A publicidade é uma atividade profissional
dedicada à difusão pública de idéias
associadas a empresas, produtos ou serviços,
especificamente, propaganda comercial.
Publicidade é um termo que pode englobar
diversas áreas de conhecimento que envolvam
esta difusão comercial de produtos, em especial
atividades como o planejamento, criação,
veiculação e produção de peças publicitárias.
Áreas de atuação em uma agência de publicidadeDentro de uma agência de publicidade
ocorre uma divisão das tarefas. Como em
Publicidade
Grafik Monkey | março de 20107
uma empresa normal, há departamentos
designados para determinadas funções,
porém, por se tratar de uma profissão
“criativa” às vezes esses departamentos,
ou o modo operacional da empresa, podem
diferenciar de empresas de outros segmentos.
Os cargos mais comuns que encontramos
nas agências são: Atendimento, Mídia,
Planejamento, Criação, Finalização,
Produção (Produção gráfica e RTVC).
Atendimento: Responsável pela comunicação
cliente-agência e agência-cliente. É o
profissional de atendimento que apresenta
peças e campanhas, planejamentos etc.
Mídia: Elabora o planejamento de mídia, de
modo a atingir melhor cobertura e freqüência
com o mínimo de gastos ao público-alvoesperado.
Planejamento: O profissional de
Planejamento é responsável pela criação
do plano de comunicação, estudando o
mercado atual, a concorrência, o público
consumidor, fatores do macroambientais
e microambientais, etc. Tudo isso para
traçar com precisão as metas e objetivos
do cliente a curto, médio ou longo prazo.
Criação: Este departamento é composto pela
dupla de criação, formada pelo diretor de
arte, que é o responsável pela parte visual das
peças publicitárias e pelo redator, responsável
pela criação dos textos (títulos, slogans e
outros textos), esta dupla é coordenada pelo
Diretor de Criação. É deste departamento
que saem as idéias para os anúncios.
Produção: Neste departamento, que é dividido
em produção gráfica e produção eletrônica
(ou RTVC), são feitos todos os contatos
(orçamentos, visitas, consultas, etc) com os
fornecedores gráficos e produtoras de vídeo.
Portfolio
março de 2010 | Grafik Monkey8
Cako Martin é diretor de arte e ilustrador,
graduado pela faculdade de Belas Artes de São
Paulo. Ele já trabalhou em diversas agências de
publicidade e escritórios de design e atualmente
faz parte do time de criação da Young &
Rubicam Brasil, do grupo Newcomm/WPP.
Possui trabalhos divulgados e alguns paises
como Brasil, Estados Unidos, Itália, Grécia,
e algumas publicações: Cent Magazine
(Inglaterra), Zeroin (Grécia), Caras (Brasil),
CCSP (Brasil), CoolMagazine (Brasil),
Daslu (Brasil), IM / Representing the
Underachiever (USA), Zupi (Brasil), Novum
(Alemanha) e livros das editoras Rockport.
Portfolio
Grafik Monkey | março de 20109
Campanha
para a marca
de tenis allsatr
Cow Parade2010
Design
março de 2010 | Grafik Monkey10
Conceitos de design: função, letras, cores e
formasNão sabe bem o que é design, mas tem
simpatia? Leia para ter uma compreensão mais clara da função do design e um roteiro para
iniciar estudos. Se entendeu e empolgou, é isso mesmo.
Tio, o que é design?Design refere-se ao projeto visual e funcional
de um produto.
É adaptar um produto à necessidade dos
seus usuários, cativar o seu uso através da
estética, aplicar conceitos e usabilidade à
sua forma.
Alguns profissionais, empresas, cursos,
matérias de revistas e conversas de botequim
associam o design à produção de imagens ou
manipulação de um software específico.
No entanto, os softwares são apenas
ferramentas e não garantem a qualidade do
projeto. Nenhum software deve ser encarado
como uma solução pronta.
O design é uma área projetual. É
responsável por gerar desempenho,
qualidade, durabilidade e aparência a um
produto. Cada trabalho a ser realizado
exige planejamento, pesquisa, criatividade
e técnica. Ao contrário do que muitos
pensam, a função do design não está
vinculada pura e simplesmente à produção
de imagens.
Tio, por onde começar o projeto?Inicialmente, devem ser coletadas e
organizadas as informações para o projeto.
Utilizar elementos dentro de qualquer
peça gráfica sem um estudo do caso é um
equívoco que compromete a comunicação e
a funcionalidade.
Há que se levar em consideração fatores
como o objetivo do projeto, o produto a
ser divulgado, o público alvo (sexo, idade,
cultura, classe social, etc), identidade visual,
motivações etc. Para realizar tal estudo do
caso, nada melhor do que ter em mãos um
briefing bem elaborado.
O ideal para a elaboração desse documento é
reunir-se com o cliente, tirando suas dúvidas,
esclarecendo detalhes e orientando-o sobre
conceitos e tecnologias. Quando esse processo
Design
Grafik Monkey | março de 201011
de elaboração não é possível de se realizar com
o cliente, pode-se enviar a ele um documento
com perguntas a serem respondidas, o que
nem sempre é satisfatório.
É possível encontrar vários modelos e
exemplos de briefing na web, dando uma
noção de como esse documento deve ser
feito. No entanto o ideal é não seguir um
modelo, e sim elaborá-lo sempre de acordo
com a necessidade do projeto.
Após a análise do briefing e com as devidas
pesquisas feitas, o próximo passo é a
arquitetura da informação. Como organizar
a estrutura da interface e a distribuição
das informações em categorias, além de
priorizar a comunicação de informações
mais relevantes.
Cada elemento do layout deve ter uma funçãoUma vez que uma das funções do design é
transformar informação em comunicação,
nenhum elemento dentro do layout deve estar
lá sem comunicar algo.
Elementos desnecessários podem confundir,
poluir e dificultar o acesso e o entendimento
das informações. Para um bom trabalho, é
necessário fazer um estudo de conceitos
visuais e de comunicação e saber porque usar
determinadas cores, fontes e formas, em
função da imagem e das sensações que esses
elementos transmitem ao usuário.
As cores têm poder de comunicação bem
maior do que se imagina. É importante saber
trabalhar com a psicodinâmica das cores, para
que elas transmitam a imagem e as sensações
orientadas no briefing.
Por mais que se saiba que cores transmitem
as sensações desejadas, é essencial saber
combiná-las. Nesta tarefa é essencial ter em
mãos um círculo cromático.
Toda idé ia a ser transmitida é traduzida através de letrasOutro fato que se deve ter em mente é que
toda idéia a ser transmitida é traduzida
através de letras. Sendo assim, é importante
ter um bom conhecimento de como trabalhar
com a Tipografia. Para comunicar uma idéia
deve-se trabalhar com fontes que priorizem
a legibilidade e que tenham relação com
o contexto do projeto. Deve-se saber, por
exemplo, que fontes com serifas não são
indicadas para textos na web, pois a baixa
resolução dos monitores faz com que as
serifas se sobreponham, o que dificulta a
leitura. Porém, em títulos elas podem ter um
bom resultado decorativo. Fontes sem serifa
conseguem obter melhor leitura no monitor,
principalmente se trabalhadas com um bom
entrelinhamento.
Os processos e conceitos necessários para se
tornar um designer não se encerram aqui.
Outros conhecimentos, como semiótica,
antropologia, arte, técnicas de composição
e a busca de boas influências são essenciais
na formação de um profissional. Porém, a
partir daqui pode-se ter uma compreensão
mais clara do que é design e uma direção
para iniciar os estudos.
Fotografia
março de 2010 | Grafik Monkey 12
Carlos Alkimin
Cena na estação de
trens de Guararema
- Estado de São Paulo
(foto finalista do concurso
Creatives Behind the
Lens, da Corbis Images
e exposta na Fiap 2006,
e m B u e n o s A i r e s ) .
G r u p o d a
“bicicletada” em
passagem pela
famosa esquina
das Avenidas São
João e Ipiranga.
Cena de provável flash
mob nas ruas ao redor
da E s tac ión A tocha
Madrid - Espanha - 2008
Fotografia
Black PeopleS | março de 201013
Sou um apaixonado pela fotografia
desde a infância, por influência do
pai e irmão mais velho, fotógrafos
amadores no sent ido da palavra.
Em 1987 concluí minha formação
universitária em publicidade e propaganda,
pela ECA-USP. Foi lá que adquiri mais
conhecimentos técnicos sobre fotografia.
Durante 20 anos, exerci a direção de arte
em agências de comunicação e house-
agencies, tendo, entre uma das atribuições,
o acompanhamento em estúdio do trabalho
de ótimos fotógrafos publicitários.
Em 2005 integrei-me a um grupo de fotógrafos
A arquitetura da Estação da Luz em harmonia
com des ign de automóvel dos anos 30, no
encontro de colecionadores de carros antigos - 2005
com os quais passei a participar de exposições
coletivas e projetos culturais em forma de livros
fotográficos. Tive 5 fotos publicadas no livro
“Brazil by Night”, lançado em junho de 2008.
Ultimamente tenho feito, a serviço de agências
de comunicação, registros de ações de ativação
de marcas e produções still em estúdio
para materiais promocionais, bem como
coberturas fotográficas de eventos e shows.
Também dedicado ao fotojornalismo,
de forma colaborativa, tive imagens
publicadas no Jornal Metro e no Jornal
“O Estado de São Paulo”. Veja detalhes
Realizo frequentes viagens nacionais e
Fotografia
março de 2010 | Grafik Monkey14
publicadas no Jornal Metro e no Jornal “O Estado
de São Paulo”. Realizo frequentes viagens
nacionais e internacionais, nas quais dedico
especial atenção à paisagem urbana noturna
e à chamada street photography, imagens
que, assim, passam a integrar meu acervo
para futuros projetos artísticos ou comerciais.
Este acervo fotográfico é disponibilizado mediante
consulta no sistema de “banco de imagens”. São
cerca de 10.000 fotos sobre diversos temas, entre
paisagem urbana e natural, objetos, veículos,
estabelecimentos famosos e comportamento.
(Mercado Municipal de São Paulo -
fachada do lado da Av. do Estado,
ângulo pelo qual costuma ser
menos fotografado. Foto de 2004)
Estação da Luz em vista noturna
de no i te p r i v i l e g i ada - 2008
Debutantes
junto à
Brooklyn
Bridge - New
York City
Elevadores do Lavra (bondes
funiculares de Lisboa - Portugal)
Tecnologia
Grafik Monkey | março de 201015
PC ou Mac: qual o melhor no design gráfico?Na verdade, como na música, importa mais o talento do pianista do que a marca do piano, desde que bem afinado. Preferências são importantes, mas resultados falam mais alto. Você concorda?
A escolha de plataformas para a produção
de impressos, ou desktop publishing,
gera discussões anos a fio. Enquanto
todos reconhecem asqualidades do Mac,
existe até uma comunidade no Orkut
chamada Macho que é macho usa PC.
Independente de preferências, o colunista
da revistaDesign Gráfico, Flávio Wild, na
edição de n° 89, destaca a importância da
criatividade antes da escolha da plataforma.
É uma opinião sensata. Na prática a
escolha de plataforma costuma ser posta
em segundo plano. Designers criativos
tendem a se adaptar à máquina e suas
respectivas ferramentas oferecidas, por
diversidade de conteúdo ou por condição
de trabalho – entenda-se máquina lenta.
Tecnologia
março de 2010 | Grafik Monkey16
Há colegas que não fazem absolutamente nada
sem o uso de um bom Macintosh, de preferência
um G5, daqueles de deixar qualquer sonhador
babando. Em contrapartida, conheço também
(e convivo) com designers que não trocam
um bom upgrade em seu PC pela máquina
da Apple. De fato, um bom PC equipado
chega bem próximo a um equipamento
como o G5, mas com preço bem menor.
O importante é lembrar sempre que o
designer trabalha com o cérebro antes da
ferramenta. E é neste momento que o cliente
avalia a máquina que usamos. Não importa
o que é utilizado quando passamos para a
tela (e o papel) o que nossa plataforma-
cérebro fez nascer ao mundo. E é neste
ambiente criativo que a discussão PC-
Mac acaba. É na teoria das cores e formas
que buscamos a verdadeira utilização do
conhecimento em design. É na pureza das
ideias que fazemos uso para mostrar do
que somos capazes. Neste ambiente pouco
importa o instrumento de publicação.
O processo de criação depende diretamente
do que o pensativo elabora. Das ideias
expostas no raf até o produto final nas mãos
e nos olhos dos clientes, com raras exceções
o criativo depende da boa plataforma para
elaboração de sua obra. Neste contexto, PC ou
Mac são ferramentas meramente à disposição.
Tecnologia
Grafik Monkey | março de 201017
Na linha do “designer que é macho usa PC”,
existe um bom instrutor de programas Adobe,
que conheço bem, que não abre mão do PC
para os treinamentos que pratica e para
uso próprio. Segundo ele, “usar Mac é mais
por status que funcionalidade”. Confesso
que eu não seria tão radical, mas diante
de tantos gastos com hardware e software
para tentarmos nos manter sólidos no
mercado, num país em que um bom software
chega R$ 3 mil, não é difícil concordar.
Mesmo um bom PC, nos preços atuais,
não sai por menos de R$ 4 mil. Somando-
se os programas mais usados no mercado,
a cobiçada máquina chega aos R$ 8 mil.
Se levarmos em conta os baixos orçamentos
que os cliente pedem acabamos por
desanimar de vez. O que nos re-ergue é o
amor à profissão e a necessidade de um
mercado cada vez mais competitivo, que
exige cada vez mais conhecimento, portfolios
mais elaborados e cartela mais e mais rica.
Neste contexto, tanto faz o PC ou o Macintosh
que o designer utiliza. Vale mais o impacto
da criação. E para cabeça sem criatividade
não há ferramenta que seja remédio.
Processos de Impressão
março de 2010 | Grafik Monkey 18
Quando um projeto gráfico deve ser impresso
em uma impressora comercial, será muito
importante definir, antes mesmo do início
do projeto enquanto arquivo digital, qual
será o sistema de impressão e o tipo de
papel em que esse projeto será impresso.
Não só por questões de orçamentos, mas
também por questões intimamente ligadas
à estrutura interna do arquivo. Para discutir
estas questões procure a gráfica de sua
preferência e exponha as características
principais do projeto (tiragem, tamanho
final, número de cores etc.), para que ela
possa auxiliá-lo numa escolha mais adequada
do sistema de impressão e tipo de papel.
Existem vários sistemas de impressão,
cada um mais adequado ao tipo de
SISTEMAS DE IMPRESSÃOConheça os sistemas de impressão mais utilizados
Processos de Impressão
Grafik Monkey | março de 201019
aplicação: offset, flexografia, serigrafia,
tampografia, impressão digital, etc.
A utilização de cada um vai depender de
alguns fatores, tais como: o tipo de suporte
(papel, plástico, adesivo ...) a qualidade
estética final do material impresso,
a resistência do material, a tiragem etc.
O offsetÉ um dos sistemas mais utilizados pelas gráficas,
devido à alta qualidade e ao baixo custo
que oferece, principalmente para grandes
quantidades. É um sistema de impressão
indireto, conforme a palavra original
inglesa, baseado na repulsão tinta-água.
Os processos de impressão exigem a
confecção de fotolitos e as subseqüentes
chapas de impressão (direto para o filme).
Atualmente, existe também o offset digital,
que dispensa o uso dos fotolitos, também
chamado de processo direto para a chapa
(direct to plate ou computer to plate).
O sistema offset permite o uso de várias cores,
retículas uniformes ou variáveis, de modo que
as cópias obtidas podem ser de alta qualidade.
As máquinas offset podem ser planas ou
rotativas, sendo que as rotativas servem para
grandes tiragens (geralmente acima de 20.000
cópias) e as planas para menores tiragens.
As impressoras podem variar o número de
tintas que imprimem simultaneamente:
existem impressoras offset que imprimem
apenas uma cor e aquelas que imprimem até
dez cores automaticamente (ciano, magenta,
amarelo, preto e mais seis cores especiais).
A flexografiaÉ um sistema voltado para a impressão de
materiais contínuos, como etiquetas em bobinal.
Máquina Offset monocolor
A impressão é feita por uma matriz de
material sintético flexível, semelhante
à borracha, na qual a imagem a ser
impressa está gravada em alto-relevo.
As características da flexografia permitem
impressão sobre vários tipos de materiais,
além do papel (plásticos, laminados, etc).
Processos de Impressão
março de 2010 | Grafik Monkey20
A serigrafia (Silk Screen)É um dos mais antigos processos de impressão,
sendo bastante artesanal e sendo um dos
processos mais flexíveis pois pode ser realizado
na maioria dos materiais existentes na terra;
hoje é um processo muito usado no acabamento
de produtos gráficos, nas industrias do ramo
automobilistico, elétrico, eletrônico( painéis,
placas de circuito impresso, computadores,
teclados,etc..), construção civil, comunicação
urbana, industria textil, produção artistica,
e outros. Atualmente, o seu processo é
totalmente automatizado. Dos fotolitos, as
imagens são gravadas por processo fotográfico
em telas sintéticas especiais revestidas
com uma finíssima camada impermeável às
tintas; as regiões gravadas com a imagem
são permeáveis às tintas, ao contrário do
resto da tela, que permanece impermeável;
cada tela é fixada numa moldura rígida e
posicionada sobre a superfície a ser impressa.
A tampografiaÉ um sistema indireto de impressão que
utiliza um clichê em baixo relevo. A imagem
é transferida da matriz para o suporte através
de uma peça de silicone denominado tampão.
O tampão pode ter diferentes formatos, o que,
aliado a sua flexibilidade, permite a impressão
em superfícies irregulares, tais como:
côncavas, convexas e em degraus (não planas).
Atualmente utiliza-se em concorrência
com a ser ig ra f ia no campo da
estamparia de objetos tridimensionais.
Aplicações típicas incluem brinquedos,
relógios, eletrodomésticos, vidrarias,
brindes, pratos, teclas de computador, painéis
de aparelhos eletrônicos, canetas, e outros.
Silk Screen
Tampografia
Grafik Monkey | março de 201021
Cor
21
CyanMagentaYellowKey
As quatro letras CMYK são as mais importantes no mundo do design gráfico. Essas letras representam o sistema de impressão atual e todo designer deve saber o que significa
CMYK é a abreviação para as cores ciano,
magenta, amarelo e preto. O termo
advêm do inglês “Cyan“, “Magenta“,
“Yel low” e “Key” (ou “chave”).
O acrônimo CMYK têm a letra “K” no final
em vez de “B” (para “black“) por dois
motivos: um deles é por causa que, no
passado a chapa que continha a cor preta era
chamada de “key plate” ou “chapa chave”
pois era geralmente a chapa com maior
detalhe artístico ou “informações chave”.
O segundo motivo é para que seja evitado a
confusão com o outro modelo de cor popular
– o RGB. RGB significa “Red, Green, Blue”
(vermelho, verde, azul) e é como monitores
e TVs representam a cor. E embora o termo
“key” não seja mais usado hoje em dia,
para evitar confusão com a letra “B” do
RGB, o acrônimo CMYK continuou inalterado.
Embora as cores ciano, magenta e amarelo
quando misturadas formam o preto,
esse preto é tido como “insatisfatório” e
“imprático em certas ocasiões”. Estas
Cor
março de 2010 | Grafik Monkey22
ocasiões ocorrem quando existe uma
predominância de preto na imagem, e as
três cores juntas podem enrugar o papel (por
excesso de líquido) atrasando a secagem, Além
do mais, utilizar tinta preta é menos caro do
que utilizar 100% de cada uma das 3 cores.
O sistema CMYK é usado na impressão em
cores com tinta, ocultando certas cores
quando impresso em um fundo branco (ou
seja, absorvendo ondas de luz particulares).
Este modelo chama-se subrativo pois a
tinta “subtrai” luminosidade do branco. A
combinação das quatro cores do CMYK podem
reproduzir toda a principal gama de cores do
espectro visível, porém não todas as cores
existentes do mundo (embora o sistema CMYK
possa imprimir milhões de cores diferentes).
Identificar a escala CMYK em um impresso
pode ser feito com uma lupa ou um conta-
fio. Caso o impresso seja feito de pequenas
retículas das quatro cores, geralmente
dispostas em ângulos padrões, pode se
ter certeza que foi impresso em CMYK.
Os “pontos de cores CMYK” que
aparecem nas imagens têm ângulos
definidos, e formam um padrão.
Esses “pontos”, quando vistos pelos olhos
humanos, são interpretados como uma cor
só. Faça um teste: pegue uma lupa e veja
algum tipo de material impresso. Em jornais,
a visualização da retícula é mais fácil, pois a
qualidade da impressão é geralmente menor.