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Gramsci e os Intelectuais Estudo baseado em algumas obras de Antonio Gramsci, realizado para a disciplina EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. A parte que se segue, foi elaborada por Sandra Loureiro

Gramsci e Os Intelectuais

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Page 1: Gramsci e Os Intelectuais

Gramsci e os Intelectuais

Estudo baseado em algumas obras de Antonio Gramsci, realizado para a disciplina

EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE, do Programa de Pós-Graduação em Educação e

Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia – UNEB.

A parte que se segue, foi elaborada por Sandra Loureiro

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Gramsci em sua obra “Os Intelectuais e a Organização da Cultura” aponta duas categorias de intelectuais como sendo as mais importantes:

1.Os intelectuais orgânicos: que são criados a partir de “cada grupo social, nascendo no terreno originário de uma função essencial no mundo da produção econômica, (...) de um modo orgânico lhe dão homogeneidade e consciência da própria função, não apenas no campo econômico, mas também no social e no político.” (1991, p. 3)

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2. Os intelectuais tradicionais: pertencentes a “ Cada grupo social ‘essencial’, contudo,

surgindo na história a partir da estrutura econômica anterior e como expressão do desenvolvimento dessa estrutura, encontrou – pelo menos na história que se desenrolou até os nossos dias - categorias intelectuais preexistente, as quais apareciam, aliás, como representantes de uma continuidade histórica que não fora interrompida (...).”

( idem, 1991, p. 5)

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Gramsci considera que: “(...) todos os homens são ‘filósofos’, definindo

os limites e as características desta ‘filosofia espontânea’ peculiar a ‘todo o mundo’.”

(Concepção Dialética da História, 1978, p. 11)

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Esta filosofia está contida:

“1)na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo;

1) no senso comum e no bom senso; 2) na religião popular e, conseqüentemente, em

todo sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que se conhece geralmente por ‘folclore’.” (idem, p. 11)

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O Senso Comum e o Bom Senso

• Gramsci preconiza que todos os homens, em essência, são intelectuais, como afirma:

“Todos os homens são intelectuais, poder-se-ia dizer então; mas nem todos os homens desempenham na sociedade a função de intelectuais.” (Os intelectuais e a organização da cultura, 1991, p. 7).

Contudo, por conta da natureza da atividade, “existem graus diversos de atividade específica intelectual.” (idem)

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Para Gramsci o senso comum possui o embrião do bom senso, contudo, é preciso “inovar e tornar ‘crítica’ uma atividade já existente.”

(Concepção Dialética da História, p. 18), ou seja tornar consciente e crítico o ‘pensar’ uma

concepção de mundo.

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Os intelectuais e a educação em Gramsci

• Segundo Gramsci os intelectuais exercem a função orgânica no processo da reprodução social, sendo capazes de “organizar a sociedade em geral (...) em vista da necessidade de criar condições favoráveis de expansão.” (1991, p.5)

• Como agentes de formação de uma nova moral e uma nova cultura, podendo atuar como força contra-hegemônica – o partido como aglutinador e propositor de uma nova educação/ escola.

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Filosofia da Práxis

• Para Gramsci o homem entra em relação com os outros e com o mundo por meio da ação:

do trabalho, da técnica, da filosofia e da política, unindo teoria e prática. Para isso é preciso construir uma concepção crítica do

mundo e superar a cultura de subalternos que afeta o agir das classes trabalhadoras, por

meio de uma ação revolucionária.

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Escola

• Entendida como “aparelho privado da hegemonia”, assim como outras instâncias da sociedade.

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Referências

• GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. (Coleção Perspectivas do Homem, vol. 12)

• ________, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.

• GRUPPI, Luciano. O conceito de hegemonia em Gramsci.4 ed. Rio de Janeiro: 2000.