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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA SEBASTIANA BRAGA A CIVILIZAÇÃO GREGA

Grecia - Trabalho

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Trabalho sobre a grécia antiga

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA SEBASTIANA BRAGA

A CIVILIZAÇÃO GREGA

MANAUS

2015

INGRID MARINHO

LUCAS ADRIANO

PEDRO ELIAS

RUDYSON SANTOS

TAINÁ RIBEIRO

THAIS EDUARDA

YAN BARBOSA

A CIVILIZAÇÃO GREGA

TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE “HISTÓRIA” MINISTRADA PELA PROFESSORA CLEU, COMO REQUISITO PARCIAL DE APROVAÇÃO

MANAUS

2015

INTRODUÇÃO

Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever o mundo grego e áreas

próximas (tais como Chipre,Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além

de assentamentos gregos no litoral de outros países, como o Egito). Tradicionalmente, a

Grécia Antiga abrange desde 1 100 a.C. (período posterior à invasão dórica) até à

dominação romana em 146 a.C., contudo deve-se lembrar que a história da

Grécia inicia-se desde operíodo paleolítico, perpassando a Idade do Bronze com as

civilizações Cicládica (3000-2 000 a.C.), minoica(3000-1 400 a.C.) e micênica (1600-

1 200 a.C.); alguns autores utilizam de outro período, o período pré-homérico (2000-

1 200 a.C.), para incorporar mais um trecho histórico a Grécia Antiga.

Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade,

nunca tendo chamado a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas

essas palavras são latinas, tendo sido-lhes atribuídas pelos romanos. O país homônimo

hoje existente (ver República Helênica) descende desta, embora, como já dito acima, o

termo Grécia Antiga abrange demais locais.

DA ORIGEM AO PERÍODO HOMÉRICO

Os gregos originaram-se de povos que migraram para a península Balcânica em

diversas ondas, no início do milênio II a.C.: aqueus, jônicos, eólios e dóricos.2 As

populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização

de clãs fundamentava-se, na crença de que descendiam do herói Heleno, filho

de Deucalião e Pirra.

Período pré-homérico

Civilização Minoica

A Civilização Minoica surgiu durante a Idade do Bronze Grega em Creta e

floresceu de aproximadamente doséculo XXX ao XV a.C. O termo "minoico" foi

cunhado por Arthur Evans, seu redescobridor, e deriva do nome do rei mítico

"Minos". Arthur Evans e Nicolaos Platon, importantes arqueólogos minoicos,

desenvolveram dois tipos de periodização para a civilização. Evans baseou-se nos

estilos de cerâmica produzidos criando assim três períodos, o Minoano Antigo, o Médio

e o Recente. Platon baseou-se no desenvolvimento dos palácios minoicos o que gerou os

períodos pré-palaciano, protopalaciano, neopalaciano e pós-palaciano.

Como resultado do comércio com o Egeu e Mediterrâneo, no Minoano Antigo,

os minoicos viveram uma transição de uma economia agrícola para adentrar noutras

economias, o resultado do comércio marítimo com outras regiões

do Egeu e Mediterrâneo Ocidental. Com a utilização de metais, houve o aumento das

transações com os países produtores: os minoicos

procuravam cobre do Chipre, ouro do Egito, prata e obsidiana das Cíclades. Os portos

estavam crescendo tornando-se grandes centros sob influência do aumento das

atividades comerciais com a Ásia Menor, sendo que a parte oriental da ilha mostra a

preponderância do período. Centros na parte oriental (Vasilicí eMália) começam a

notabilizar-se e sua influência irradia-se ao longo da ilha dando origem a novos centros;

aldeias e pequenas cidades tornaram-se abundantes e as fazendas isoladas são raras.

No final do milênio III a.C., várias localidades na ilha desenvolveram-se em

centros de comércio e trabalho manual, devido à introdução do torno na cerâmica e na

metalurgia de bronze, a qual se acrescenta um aumento da população (densamente

povoada), especialmente no centro-oeste. Além disso, o estanho dapenínsula

Ibérica e Gália, assim como o comércio com a Sicília e mar Adriático começaram a

frear o comércio oriental. No âmbito da agricultura , é conhecido através das escavações

que quase todas as espécies conhecidas de cereais e leguminosas são cultivados e todos

os produtos agrícolas ainda hoje conhecidos como o vinho e uvas, óleo e azeitonas, já

ocorriam nessa época. O uso da tração animal na agricultura é introduzida.

Em torno de 2 000 a.C. foram construídos os primeiros palácios minoicos

(Cnossos, Mália e Festo), sendo estes a principal mudança do minoano médio. Como

resultado, houve a centralização do poder em alguns centros, o que impulsionou o

desenvolvimento econômico e social. Estes centros foram erigidos nas planícies mais

férteis da ilha, permitindo que seus proprietários acumulassem riquezas, especialmente

agrícolas, como evidenciados pelos grandes armazéns para produtos agrícolas

encontrados nos palácios. O sistema social era provavelmente teocrático, sendo o rei de

cada palácio o chefe supremo oficial e religioso. A realização de trabalhos importantes

são indícios de que os minoicos tinham uma divisão bem sucedida do trabalho, e tinham

uma grande quantidade deles. Um sistema burocrático e a necessidade de melhor

controle de entrada e saída de mercadorias, além de uma possível economia baseada em

um sistema escravista, formaram as bases sólidas para esta civilização.

Com o tempo, o poder dos centros orientais começa a eclipsar, sendo estes

substituídos pelo ascendente poderio dos centros interioranos e ocidentais. Isto ocorreu,

principalmente, por distúrbios políticos na Ásia (invasão cassita na Babilônia, expansão

hititae invasão hicsa no Egito) que enfraqueceram o mercado oriental, motivando um

maior contato com a Grécia continental e as Cíclades.

No final do período MMII (1750 - 1 700 a.C.), houve uma grande perturbação

em Creta, provavelmente um terremoto, ou possivelmente uma invasão da Anatólia. A

teoria do terremoto é sustentada pela descoberta do Anemospília pelo arqueólogo

Sakelarakis, no qual foram encontrados os corpos de três pessoas (uma delas vítima de

um sacrifício humano) que foram surpreendidas pelo desabamento do templo. Outra

teoria é que havia um conflito dentro de Creta, e Cnossos saiu vitorioso. Os palácios

de Cnossos, Festo, Mália e Cato Zacro foram destruídos. Mas, com o início do período

neopalaciano, a população voltou a crescer, os palácios foram reconstruídos em larga

escala33 (no entanto, menores que os anteriores) e novos assentamentos foram

construídos por toda a ilha, especialmente grandes propriedades rurais.

Este período (séculos XVII e XVI a.C., MM III/neopalaciano) representa o

apogeu da Civilização Minoica. Os centros administrativos controlavam extensos

territórios, fruto da melhoria e desenvolvimento das comunicações terrestres e

marítimas, mediante a construção de estradas e portos, e de navios mercantes que

navegavam com produções artísticas e agrícolas, que eram trocadas por matérias-

primas. Entre 1700 e 1 450 a.C., a monarquia de Cnossos deteve a supremacia da ilha.

Essa monarquia, apoiada, pela elite mercantil surgida em decorrência do intenso

comércio, criou um império comercial marítimo, atalassocracia. Após cerca de 1 700

a.C., a cultura material do continente grego alcançou um novo nível, devido a influência

minoica. Importações de cerâmicas do Egito, Síria, Biblos e Ugarit demonstram

ligações entre Creta e esses países. Os hieróglifos egípcios serviram de modelo para

a escrita pictográfica minoica, a partir da qual os famosos sistemas de escrita Linear

A e B mais tarde desenvolveram-se.

A erupção do vulcão Tera (atual Santorini) foi implacável para o rumo de

Creta. A erupção foi datada como tendo ocorrido entre 1639 e 1 616 a.C., por meio

de datação por radiocarbono; em 1 628 a.C. por dendrocronologia; e entre 1530 -1 500

a.C. pela arqueologia. O leste da ilha foi alcançado por nuvens e chuva de cinzas que

possivelmente alastraram gases nocivos que intoxicaram muitos seres vivos, além de

terem causado mudanças climáticas e tsunamis, o que possivelmente fez com que Creta

se tornasse polo de refugiados provenientes das Cíclades, o que minou, juntamente com

os cataclismos naturais prévios, a estabilidade da ilha. Além disso, a destruição do

assentamento minoico em Tera (conhecido como Acrotíri) poderia ter impactado,

mesmo que indiretamente, o comércio minoico com o norte. Em torno de 1 550 a.C.,

um novo abalo sísmico consecutivo às catástrofes do Santorini, destruiu outra vez os

palácios minoicos, no entanto, estes foram novamente reconstruídos e foram feitos

ainda maiores do que os anteriores.

Em torno de 1 450 a.C., a Civilização Minoica experimentou uma reviravolta,

devido a uma catástrofe natural, possivelmente um terremoto. Outra erupção do vulcão

Tera tem sido associada a esta queda, mas a datação e implicações permanecem

controversas. Vários palácios importantes em locais como Mália, Tílissos, Festo, Hagia

Triada bem como os alojamentos de Cnossos foram destruídos. Durante o MRIIIB a

ilha foi invadida pelos aqueus daCivilização Micênica. Os sítios dos palácios minoicos

foram ocupados pelos micênicos em torno de 1 420 a.C. (1 375 a.C. de acordo com

outras fontes ).

Civilização Micênica

Os minoicos viriam a influenciar a história da Grécia através dos micênicos, que

adoptam aspectos da cultura minoica. O nome "micênico" foi criado por Heinrich

Schliemann com base nos estudos que fez no sítio de Micenas, no nordeste

do Peloponeso, onde outrora se erguia um grande palácio e uma das principais cidades

além de Tirinto, Tebas e Esparta. Julga-se que os micênicos se chamariam a si próprios

aqueus. De acordo com vários historiadores, os micênios eram chamados

de Ahhiyawa pelos hititas. A sua civilização floresceu entre 1600 e 1 200 a.C.

Os micênicos já falavam grego. Não tinham uma unidade política, existindo

vários reinos micénicos. À semelhança dos minoicos, o centro político encontrava-se no

palácio, cujas paredes também estavam decoradas com afrescos.

Para além de praticarem o comércio, os micênicos eram amantes da guerra e da

caça. Por volta de 1 400 a.C. os micênicos teriam ocupado Cnossos, centro da cultura

minoica.

Por volta de 1 250 a.C. o mundo micénico entra em declínio, o que estaria

relacionado com a decadência do reino hitita no Oriente Próximo, que teria provocado a

queda das rotas comerciais. Sua decadência envolveu também guerras internas [carece de

fontes]. É provável que a destruição da cidade de Troia, facto que se teria verificado entre

1230 e 1 180 a.C., possa estar relacionado com o relato literário de Homero na Ilíada,

escrita séculos depois.

Período Homérico

Dá-se o nome de período homérico ao período que se seguiu ao fim da

Civilização Micênica e que se situa entre 1100 e 800 a.C. Durante este período perdeu-

se o conhecimento da escrita, que só seria readquirido no século VIII a.C.. Os objectos

de luxo produzidos durante a era micénica não são mais fabricados neste período. A

designação atribuída ao período encontra-se relacionada não apenas com a decadência

civilizacional, mas também com as escassas fontes para o conhecimento da época.

Outro dos fenómenos que se verificou durante este período foi o da diminuição

populacional, não sendo conhecidas as razões exactas que o possam explicar. Para além

disso, as populações também se movimentam, abandonando antigos povoados para se

fixarem em locais que ofereciam melhores condições de segurança.

A PINTURA GREGA EM CERÂMICA

A maior parte dos relictos pictóricos que sobrevivem da Grécia Antiga se

encontra na vasta produção de vasos para uso decorativo ou utilitário. Mas é importante

lembrar que a partir do período clássico a pintura sobre cerâmica passou a constituir

uma esfera especial, com técnicas e estética diferenciadas, basicamente de caráter

gráfico e não propriamente pictórico, muito diversa da pintura mural ou de painéis

cênicos. Mesmo assim é uma arte que merece atenção pela riqueza de soluções

plásticas, pela sua beleza e grande efeito decorativo, e pela enorme quantidade de peças

que sobreviveram até os dias de hoje, possibilitando pelo menos sobre esta modalidade

de pintura formarmos um panorama bastante detalhado sobre suas origens, evolução e

influência sobre outras culturas.

Os gregos em geral faziam vasos com propósitos simplesmente utilitários.

As ânforas panatenaicas, usadas como troféus nos jogos eram exceções a essa regra. No

helenismo, porém, a cerâmica puramente decorativa foi mais largamente cultivada. A

maioria dos ceramistas e pintores são geralmente identificados por seu estilo (Pintor de

Berlim, etc..), visto que poucas obras eram assinadas pelos autores.

A história da pintura dos vasos gregos pode ser dividida estilisticamente em:

Estilo Protogeométrico – de aproximadamente 1 050 a.C.;

Estilo Geométrico – de aproximadamente 900 a.C.;

Estilo Arcaico – de aproximadamente 750 a.C.;

Pinturas negras – do aproximadamente entre (700–600 a.C.);

Pinturas vermelhas – de aproximadamente 530 a.C..

Durante os períodos Protogeométrico e Geométrico a cerâmica grega foi decorada

com projetos abstratos. Exemplos de obras deste período podem ser encontradas no sítio

arqueológico de Lefcandi e no cemitério de Dípilo, em Atenas. Em períodos posteriores,

com a mudança estética os temas mudaram, passando a ser figuras humanas. A batalha e

cenas de caçada também eram populares. Em períodos posteriores, temas eróticos, tanto

homossexual quanto heterossexual, tornaram-se comum.

Como na escultura, no Período Arcaico a pintura grega lembrava a egípcia, com

todos os símbolos e detalhes usados de forma a simplificar o desenho, como os pés

sempre de lado (são mais difíceis de serem desenhados vistos de frente) e os rostos de

perfil com o olho virado para a frente (os olhos também eram complicados de se

desenhar de perfil), além da firmeza e do equilíbrio comum a esta.

As pinturas representavam o cotidiano das pessoas e cenas mitológicas,

como deuses e semideuses. A pintura grega de vasos basicamente conta histórias.

Muitos vasos trazem episódios das aventuras contadas por Homero na Ilíada e

na Odisseia.

A FORMAÇÃO DA PÓLIS GREGA E A INVENÇÃO DA

DEMOCRACIA

AS COMUNIDADES GENTÍLICAS

O genos constituía a primitiva unidade econômica, social política e religiosa dos

gregos. Todo o grupo vivia sob a autoridade do pater (patriarca) que, ao morrer, era

sucedido pelo primogênito, e assim sucessivamente. Era um grupo consangüíneo e a

solidariedade entre seus membros era muito grande. Os casamentos eram feitos dentro

do clã. 

Os bens de produção (terras, sementes, instrumentos) e o trabalho eram

coletivos. Sendo assim, a produção era distribuída igualmente entre todos os membros

da comunidade.

Socialmente, predominava a igualdade, pois não havia diferenças econômicas.

Só existiam as diferenças tradicionais, pois os parentes se hierarquizavam em função de

sua proximidade para com o pater.

O poder político do pater advinha de ser ele o responsável pelo culto dos

antepassados (antigos paires) que ele realizava todos os dias, antes das refeições

comuns. Distribuía justiça costumeira (as leis eram orais) e comandava o exército do

genos.

Nos fins do Período Homérico, essas comunidades começaram a se transformar.

A população cresceu, mas a produção agrícola não acompanhava o mesmo ritmo.

Faltavam terras férteis e as técnicas de produção eram rudimentares. Em vista disso,

houve a desintegração das comunidades gentílicas: seus membros, liderados pelo pater

de sua submissão, resolveram partilhar as terras coletivas. Os paires favoreceram seus

parentes mais próximos, que passaram a ser chamados eupátridas (bem- nascidos),

permitindo-lhes ficar com as melhores terras. Os parentes mais afastados herdaram as

terras menos férteis da periferia, sendo chamados georgoi (agricultores). Muitos outros,

porém, ficaram sem terras, o que lhes valeu o nome de thetas (marginais).

Os eupátridas herdaram a tradição dos paires, monopolizando o poder político e

constituindo uma aristocracia de base fundiária. Esses aristocratas se agrupavam em

fratrias. Um grupo de fratrias, por sua vez, formava uma tribo.

A reunião de várias tribos deu origem a pequenos Estados locais, as poleis

(cidades-Estado). Por volta dessa época, surgiram na Grécia cerca de 160 cidades

independentes umas das outras. Cada uma delas se caracterizava por um templo

construído em sua parte mais alta: a Acrópole.

Primitivamente, as poleis eram governadas por um Basileus (rei), cujo poder era

limitado pelos eupátridas. Em geral, quando os reis tentaram assumir um controle maior

sobre o poder, foram depostos e substituídos por arcontes (magistrados indicados pelo

Conselho dos Ai-istocratas e renovados anualmente).

A COMUNIDADE DE CIDADÃOS: A PÓLIS

Era o modelo das antigas cidades gregas, desde o período arcaico até o

período clássico, vindo a perder importância durante o domínio grego. Devido às suas

características, o termo pode ser usado como sinonimo de cidade-Estado. As poleis,

definindo um modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental, mostraram-

se um elemento fundamental na constituição da cultura grega, a ponto de se dizer que o

homem é um "animal político".

Essa comunidade organizada, é formada pelos cidadãos, isto é, pelos homens

nascidos no solo da Cidade, livres e "iguais" (vale lembrar que nenhum individuo da

pólis é exatamente "igual" ao outro, por que eles tem diferentes aspirações tanto para si

quanto para a cidade, o que muitas vezes levou a conflitos separatistas ou mesmo

emigração para fundação de novas cidades-estados fora dos limites das anteriores).

A CRISE SOCIAL NA PÓLIS

A repartição desigual de terras gerou uma vasta classe de empobrecidos que,

necessitando de empréstimos tomados aos mais ricos para sobreviver, passaram a sofrer

a escravidão. E a necessidade de fugir da escravização levou os mais pobres a ocuparem

novas áreas ao longo do mediterrâneo (sul da Itália e Sicília, às margens do mar Negro).

Tal expansão colonizadora incentivou as atividades comerciais propiciando o

surgimento de uma nova aristocracia – gregos enriquecidos pelo comércio. Com isto, a

antiga aristocracia se vê diante de um problema: além das pressões populares para deter

a pauperização, a pressão dessa nova aristocracia para participar das decisões políticas

das pólis.

Atenas, Esparta, Mégara, Corinto, Argos e Mileto foram as principais cidades-

estados gregas. As duas primeiras ficaram célebres por suas profundas diferenças. O

caso de Esparta, com seu militarismo, foi atípico e representou uma exceção entre as

pólis gregas, cuja evolução geral assemelhou-se mais ao desenvolvimento de Atenas.

AS REFORMAS SOCIAIS

No final do Período Arcaico, em pleno regime aristocrático (onde era os

“melhores” detêm o poder), Atenas estava em crescente expansão política e social. Por

um lado, a aristocracia “reinava” e por outro a população reivindicavam seus direitos

perante a pólis. A população da Ática crescia demasiadamente por fatores políticos e

econômicos, mas ainda eram os eupátridas que detinham o maior número de terras.

Os camponeses pobres ainda lutavam por seus direitos a terra, o que gerou uma

crise agrária que agravaria um conflito entre este grupo social e os aristocratas.

Com esse crescimento demográfico em Atenas, medidas importantes foram

tomadas: fora necessário que fossem colonizadas novas áreas fora de Atenas,

principalmente pelo Mediterrâneo, para que essas áreas pudessem comportar os “novos

habitantes” e, de certa forma, intensificar o comércio com a pólis de origem. Platão,

(Leis, 735e-736a) via nos homens desprovidos de recursos um perigo, já que

ambicionavam os bens dos ricos, e na colonização uma expulsão benigna, para que a

pólis deles se desembaraçasse.

A esse conjunto de transformações e reformas políticas e sociais, daremos o

nome de Stásis.

Nestas expedições, houve algumas conseqüências que, por sua vez, modificaram

o cenário econômico e político de Atenas. O comércio entre essas novas colônias e a

pólis de origem foi a cada dia se intensificando mais. Começava-se então uma expansão

da economia mercantil por estas áreas. Diante de tal situação, novos portos e mercados

foram abertos para que se aproximassem ainda mais o comércio entre tais regiões. Com

isso, foi implantado um sistema monetário, que visava, por exemplo, facilitar o

pagamento de impostos e multas exigidos pelas cidades-estados. Segundo o historiador

Ciro Flamarion Cardoso (1993, p.24) o surgimento da moeda (inventada no Reino da

Lídia, no século VII a.C.) deve-se a fatores extra-econômicos, como por exemplo:

proclamar a soberania das póleis, facilitar o pagamento de impostos e multas exigidos

pelas cidades-estado, financiar tropas mercenárias, etc.

Os novos comerciantes, que foram juntamente com essas expedições para fora

da Ática, acumularam fortunas e se tornaram novos ricos, se juntando à velha

aristocracia. Novos padrões de riquezas foram formados: o mobiliário, que veio a se

juntar ao padrão imobiliário.

Cardoso acredita que o principal objetivo dos gregos com essas expedições feitas

pelo Mediterrâneo foi o de buscarem novas terras cultiváveis, visando assim uma

multiplicação e fortificação da pólis de origem. Nesse processo de colonização, o

número chegaria a aproximadamente 1500 a 2000 colônias. Houve, ainda assim,

algumas colônias que fundaram novas colônias.

Com todas essas mudanças em Atenas, a população continuava insatisfeita. Os

pobres queriam a abolição da escravidão e servidão por dívidas. Os enriquecidos não

pertencentes à aristocracia queriam a fixação das leis por escrito e de certos direitos

políticos.

Na medida em que os problemas das classes populares e inferiores não eram

solucionados com tais reformas, abriam-se possibilidades para que outros regimes

políticos fossem implantados para tentar resolver tais interesses da população

Durante o Período Arcaico, em Atenas, os legisladores e os tiranos foram

governantes de suma importância para a implantação da democracia ateniense. Foram

eles os principais responsáveis pelas novas reformas políticas que abrangeram todas as

classes sociais, desde a classe dominante (Eupátridas; Aristocratas) até as classes

populares, deixando essa última com maiores “concessões” perante a pólis ateniense.

Os legisladores não se limitaram a fixar somente por escrito o direito

aristocrático. Eles agiram também como mediadores das facções em conflito. Eram

vitalícios, mas em certos casos tinham tempo limitado no poder. Gozavam de poderes

extensos, tanto legislativos como executivos.

Em 621 a.C., Drácon, um legislador que compunha o Areópago (Conselho

Aristocrático; Magistrados), introduziu reformas políticas bastante rigorosas para a

época. Ele foi o responsável pela criação das leis escritas de domínio público, e não

mais segundo às arbitrariedades dos aristocratas através da oralidade. Drácon também

foi o responsável pela admissão de todos os hoplítas – inclusive os de origem não nobre

– à cidadania. Eles poderiam eleger os arcontes, mas não poderiam compor o Areópago.

Ainda assim, Drácon manteve os privilégios da aristocracia. Os escravos e os

camponeses pobres não foram favorecidos, permanecendo assim a escravidão por

dívidas. Estes camponeses pobres, ao se endividarem com os ricos, tornavam-se clientes

e arrendatários dos mesmos, pagando certa quantia da colheita (entre um sexto e cinco

sextos) como aluguel da terra que haviam perdido. Permanecendo esta dívida, estes

camponeses podiam, com sua família, serem vendidos como escravos para fora da Ática

(já que em Atenas os escravos eram exclusivamente estrangeiros), ou nesta trabalhar

como servos de seus credores.

ATENAS: O SURGIMENTO DA DEMOCRACIA

A Atenas Antiga alcançou seu auge durante o período clássico da Grécia

Antiga (508-322 a.C.) quando era o principal centro urbano da importante pólis (cidade-

Estado) de mesmo nome, localizado em Ática, na Grécia. A cidade tem sido

continuamente habitada há cerca de 4000 anos e tornou-se a principal cidade grega da

época, sendo a líder da Liga de Delos durante a Guerra do Peloponeso contra Esparta e

a Liga do Peloponeso.

A democracia ateniense foi criada em 508 a.C. por Clístenes após

a tirania do Iságoras. Este sistema de governopermaneceu notavelmente estável e,

apesar de algumas breves interrupções, permaneceu funcionando por 180 anos, até 322

a.C. (após a Guerra Lamiaca). O auge da hegemonia ateniense foi alcançado entre as

décadas de 440 e 430 aC, conhecido como o "Século de Péricles".

No período clássico, Atenas era um centro artístico, estudantil e filosófico, sendo

a sede da Academia de Platão e do Liceu de Aristóteles. Atenas também foi o berço

de Sócrates, Péricles, Sófocles e muitos outros proeminentes filósofos, escritores e

políticos do mundo antigo. A cidade é amplamente considerada como o berço

da civilização ocidental e da democracia, em grande parte devido ao impacto de suas

realizações culturais e políticas na Europadurante os século IV e V a.C.

Após o fim do período clássico, a cidade foi dominada por povos estrangeiros e

entrou em declínio durante a Idade Média. Durante o domínio do Império

Bizantino Atenas se recuperou e a cidade foi relativamente próspera durante o período

das Cruzadas (séculos XII e XIII), beneficiando o comércio italiano. Após um período

de declínio acentuado sob o domínio do Império Otomano, Atenas ressurgiu no século

XIX como a capital do novo Estado grego independente.

Na política, através das reformas constitucionais de Efialtes e Péricles, Atenas

atingiu o auge de sua democracia: Governo do povo pelo povo, cargos públicos

acessíveis a todos os cidadãos e remuneração dos cidadãos que exercessem cargos

públicos para que mesmo os mais pobres pudessem suportar o ônus desses cargos.

Foram criados em 501 a.C 10 novos cargos de estratego e a escolha dos arcontes passou

a ser mediante sorteio a partir de 487 a.C. A partir de 458-457 a.C. o arcontado foi

aberto a todos os cidadãos, e não apenas aos mais ricos.

Entretanto, o imperialismo ateniense ofendeu o sentimento grego de

independência das cidades estado e ameaçou a hegemonia comercial de Corinto. Esta

cidade comercial por excelência viu seus interesses ameaçados quando Atenas assumiu

o controle deMégara e ocupou Náupactos, no Golfo de Corinto em 459 a.C. e no mesmo

ano a guerra entre as duas cidades havia eclodido.Égina e Esparta se juntaram também a

esta guerra contra Atenas. Apesar de conseguir a capitulação de Égina em 457-456 a.C.

e conquistar a Beócia em 457 a.C., Atenas sofreu reveses em várias frentes. A decisão

de atacar os persas no Egito levando a destruição de um flotilha de socorro em 454 a.C.

e a derrota para os beócios em Coroneia no ano de 447 a.C. deixaram Atenas em uma

posição frágil. Por isso, em 446 a.C. Atenas concluiu um tratado de paz por 30 anos

(chamado de "Paz de Trinta Anos") com Esparta pondo fim a primeira Guerra do

Peloponeso.

ESPARTA: A PÓLIS OLIGÁQUICA

Esparta foi uma proeminente pólis (cidade-Estado) da Grécia Antiga, situada nas

margens do rio Eurotas, na Lacônia, sudeste do Peloponeso. Ela surgiu como uma

entidade política em torno do século 10 aC, quando os invasores dórios subjugaram a

população local. Por volta de 650 aC, a cidade passou a se tornar o poder terrestre

militar dominante na Grécia Antiga.

Dada a sua preeminência militar, Esparta era reconhecida como a líder de todas

as forças gregas combinadas durante as Guerras Greco-Persas. Entre 431 e 404 aC, a

cidade foi o principal inimigo de Atenas durante a Guerra do Peloponeso, conflito do

qual Esparta saiu vitoriosa junto com sua Liga do Peloponeso, embora por um grande

custo. A derrota de Esparta por Tebas na Batalha de Leuctra em 371 a.C. acabou com o

papel proeminente de Esparta na região e iniciou o período da hegemonia tebana. No

entanto, ela manteve a sua independência política até a conquista romana da Grécia em

146 a,C. Em seguida, a cidade passou por um longo período de declínio, especialmente

durante a Idade Média, quando muitos espartanos mudaram-se para viver em Mystras.

A Esparta Moderna é a capital da unidade regional da Lacônia,

na Grécia contemporânea, e um centro para produtos comofrutas cítricas e azeitonas.

A cidade era única na Grécia Antiga por conta de seu sistema social

e constituição, que eram completamente focados no treinamento militar de excelência.

Seus habitantes eram classificados como esparciatas (cidadãos espartanos, que gozavam

de plenos direitos), periecos (libertos) e hilotas (servos estatais, população local não-

espartana escravizada). Os esparciatas realizavam o agōgē, um rigoroso regime de

treinamento e educação, sendo que as falanges espartanas eram amplamente

consideradas entre as melhores no campo de batalha. As mulheres espartanas tinham

consideravelmente mais direitos e igualdade em relação aos homens do que em outras

partes domundo clássico.

Esparta foi objeto de fascínio em sua própria época, assim como

no Ocidente após o Renascimento da cultura clássica. Este amor ou admiração de

Esparta é conhecido como laconismo ou laconofilia. No seu auge, por volta de 500 aC,

o tamanho da cidade teria sido de cerca de 20 mil a 35 mil habitantes livres, além dos

inúmeros periecos e hilotas ("moradores ao redor"). Entre 40 mil e 50 mil habitantes

seria uma das maiores cidades-Estado gregas; no entanto, de acordo com Tucídides, a

população de Atenas em 431 aC era de 360-610 mil habitantes, o que torna improvável

que Atenas fosse menor do que Esparta durante o século 5 a.C.

O UNIVERSO CULTURAL DA PÓLIS

OS JOGOS OLÍMPICOS

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram

um festival religioso e atlético da Grécia Antiga, que se realizava de quatro em quatro

anos no santuário de Olímpia, em honra de Zeus. A data tradicional atribuída à primeira

edição dos Jogos Olímpicos é 776 a.C..

Os Jogos Olímpicos eram os mais importantes jogos pan-helénicos, tendo sido

proibidos pelo imperador cristão Teodósio Iem 393, por serem uma manifestação de

rituais do paganismo.

Uma importante fonte sobre os jogos é Pausânias (século II d.C.), autor do

livro Descrição da Grécia, um guia da Grécia baseado nas suas viagens pelo território.

Outra importante fonte é um tratado sobre a ginástica de Filóstrato de Lemnos(século II-

III d.C).

A escultura e a cerâmica gregas representaram não só os atletas como a própria

prática desportiva. No que diz respeito à escultura, que tinha no bronze e no mármore os

materiais predilectos, muitos trabalhos sobreviveram apenas como cópias da era

romana. De algumas estátuas ficou apenas a base, onde se encontram gravadas

inscrições relativas ao atleta, fornecedoras de informação. Por último, as moedas

cunhadas em determinadas pólis retratam determinada modalidade desportiva na qual a

cidade se destacou.

PENSAMENTO FILOSÓFICO

Uma religião, se encarada de um modo ligeiro e superficial, não pode perdurar,

especialmente quando não tem um sacerdócio para fomentar as suas formas e para

preencher, de temor e de respeito, os corações dos devotos.

A religião do Olimpo não prometia a salvação, nem saciava a sede espiritual dos

seus crentes; portanto, estava fadada a perecer.

Um milênio depois do seu início, ela já havia quase desaparecido e os gregos

estavam sem uma religião nacional, pois os deuses do Olimpo haviam perdido o poder

sobre as suas melhores mentes.

Essa era a situação quando, durante o sexto século antes de Cristo, o Oriente e o

Levante tiveram um renascimento de consciência espiritual e um novo despertar para o

reconhecimento do monoteísmo.

Contudo, o Ocidente não partilhou desse novo desenvolvimento; nem a Europa,

nem o norte da África participaram de um modo importante desse renascimento

religioso.

Os gregos, porém, se empenharam em um avanço intelectual magnífico.

Eles haviam começado a controlar o medo e não mais buscavam a religião como

um antídoto para ele, mas ainda não haviam percebido que a verdadeira religião cura a

fome da alma, cura a inquietação espiritual e o desespero moral.

Eles buscavam o consolo da alma no pensar em profundidade — por meio da

filosofia e da metafísica.

Da contemplação de si e da preservação de si — a salvação —, eles se voltaram

para a compreensão e o entendimento de si próprios.

Por meio do pensamento rigoroso, os gregos tentaram alcançar uma consciência

de segurança que serviria como substituta da crença na sobrevivência, mas fracassaram

completamente.

Apenas os mais inteligentes, entre os das classes mais elevadas dos povos

helênicos, puderam compreender esse novo ensinamento; as fileiras da massa, progênie

escrava de gerações anteriores, não tinham capacidade para receber esse novo substituto

para a religião.

Os filósofos desdenhavam todas as formas de adoração, não obstante

praticamente todos eles haverem se agarrado, de um modo pouco claro, ao

embasamento passado da crença na doutrina de Salém, da “Inteligência do universo”, da

“idéia de Deus” e da “Grande Fonte”.

Visto que os filósofos gregos deram reconhecimento ao divino e ao suprafinito,

eles estavam sendo francamente monoteístas; e quase não deram reconhecimento

nenhum a toda a galáxia olimpiana de deuses e de deusas.

Os poetas gregos do quinto e do sexto séculos, notadamente Píndaro, intentaram

reformar a religião grega.

EDUCAÇÃO GREGA

As meninas não recebiam qualquer educação formal, mas aprendiam os ofícios

domésticos e os trabalhos manuais com as mães. Principal objetivo da educação grega

era preparar o menino para ser um bom cidadão. Os gregos antigos não contavam com

uma educação técnica para preparar os estudantes para uma profissão ou negócio. 

Em Esparta a educação era organizada em modos militares e dava-se ênfase à

educação física. Os meninos viviam em casernas dos 7 anos 30 anos e sua educação

incluía intermináveis exercícios de ginástica e atletismo. Os professores surravam os

alunos, as vezes, seriamente, a fim de reforçar a disciplina. Os espartanos alcançavam a

maturidade em ótimas condições físicas mas em geral eram ignorantes; somente alguns

sabiam ler e escrever. 

A educação em Atenas contrastava acentuadamente com àquela que era adotada

em Esparta. Eles acreditavam que sua cidade-estado tornar-se-ia a mais forte se cada

menino desenvolvesse integralmente as suas melhores aptidões individuais. O governo

não controlava os alunos e as escolas. Um garoto ateniense entrava na escola aos 6 anos

e ficava confiado a um pedagogo. Ele estudava aritmética, literatura, música escrita e

educação física; além disso decorava muitos poemas e aprendia a tomar parte nos

cortejos públicos e religiosos. Os meninos tinham feriados apenas nos dias de festas

religiosas. O governo recrutava para treinamento militar durante 24 meses, todos os

jovens quando atingiam a idade de 18 anos.

TEATRO GREGO

O teatro na Grécia antiga teve suas origens ligadas a Dionísio, divindade da

vegetação, da fertilidade e do vinho, cujos rituais tinham um caráter orgiástico. Durante

as celebrações, que duravam seis dias, em honra ao deus, em meio a procissões e com o

auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, os ditirambos, que mais

tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje

conhecemos através de peças consagradas.

Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial

em Atenas, que neste período também conheceu seu esplendor, mas espalhou-se por

toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte

da África. Sua tradição foi depois herdada pelos romanos, que a levaram até as suas

mais distantes províncias, e é uma referência fundamental na cultura do ocidente até os

dias de hoje.

Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais

elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que

elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro

e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão

deAtenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado. Téspis parece ter sido

um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado

e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem

individualizado, o ator, em contraste ao coro, anônimo e coletivo. Com estas inovações,

é considerado o pai da tragédia, mas possivelmente não tenha sido de fato o primeiro a

usar diálogos. Sólon parece ter escrito poemas com esta característica, e os rapsodos que

recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada. Também parece ter

introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois papéis

na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face na frente e outra na nuca.

As máscaras tinham uma outra função, eminentemente prática, por possibilitarem às

pessoas acompanhar a ação cénica pelas expressões que mostravam, quando a voz do

ator não conseguia alcançar toda a plateia.

MATEMÁTICA GREGA

A matemática grega clássica ou matemática da Grécia Antiga é o nome dado

à matemática escrita em grego dentre ~600 a.C. (época em que viveu Tales de Mileto)

até o fechamento da Academia de Platão em 529 d.C.

Egípcios, babilônicos e chineses, muito antes do século VI a.C., já eram já capazes de

efetuar cálculos e medidas de ordem prática com grande precisão. Foram os gregos, no

entanto, que introduziram o método axiomático: as rigorosas provas dedutivas e o

encadeamento sistemático de teoremas demonstrativos que tornaram a Matemática uma

ciência.

A palavra "matemática”, que é de origem grega, englobava o que hoje se chama

de aritmética, geometria,astronomia e mecânica. Mas os pitagóricos a dividiam em:

aritmética, geometria, astronomia, e música. Na concepção deAristóteles, apenas a

aritmética e a geometria, as duas áreas teóricas que mais atraíram os gregos antigos,

eram consideradas ciências puramente matemáticas.

A CRISE DAS PÓLIS E A CONQUISTA MACEDÔNICA

GUERRAS MÉDICAS

As Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos

(aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia

Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se

do domínio persa.

Esta região da Jônia era colonizada pela Grécia, mas durante a expansão persa

em direção ao Ocidente, este poderoso império conquistou estas diversas colónias

gregas da Ásia Menor, entre elas Mileto. As colônias lideradas por Mileto e contando

com a ajuda de Atenas, tentaram sem sucesso libertar-se do domínio persa, promovendo

uma revolta.

Estas revoltas levaram o imperador persa Dario I a lançar seu poderoso exército

sobre a Grécia continental, dando início às Guerras Médicas. O que estava em jogo era

o controle do comércio marítimo na região.

Após a derrota da Lídia frente aos persas (em 546 a.C., provavelmente), as

cidades gregas daJônia passaram ao domínio persa. Em 499 a.C., com o apoio de

Atenas e Erétria revoltaram-se, mas foram vencidas entre 497 e 494 a.C.. Em 490

a.C., Dario I (522/486 a.C.) decidiu enviar àGrécia continental uma expedição punitiva.

Erétria foi arrasada e saqueada, mas os atenienses e platenses, chefiados

por Milcíades (550/489 a.C.), conseguiram rechaçar os persas na planície de Maratona.

Xerxes I (486/465 a.C.), filho de Dario, comandou dez anos depois (480 a.C.)

uma invasão à Grécia em grande escala. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas

e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor. Outras, como Tebas,

submeteram-se aos persas.

Inicialmente, os persas venceram os gregos no desfiladeiro das Termópilas e em

Artemision; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota ateniense, porém,

comandada por Temístocles (524 a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa

em Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois, comandada pelo espartano

Pausânias (510/467 a.C.), o exército da coalização grega venceu o exército persa

em Plateia e pôs fim à invasão.

A GUERRA DO PELOPONESO

A guerra do Peloponeso foi um conflito armado entre Atenas (centro político e

civilizacional do mundo ocidental no século V a.C.) e Esparta (cidade-Estado de

tradição militarista e costumes austeros), de 431 a404 a.C. Sua história foi

detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte. De acordo com Tucídides, a

razão fundamental da guerra foi o crescimento do poder ateniense e o temor que tal

despertava entre os espartanos. A cidade de Corinto foi especialmente atuante,

pressionando Esparta a fim de que esta declarasse guerra contra Atenas.

O declínio de Atenas marcou a ascensão de Esparta e desfez a única via possível

para a unificação política do mundo grego, bastante afetada pela devolução

aosPersas das cidades da Ásia Menor em troca do seu ouro. A substituição do império

ateniense, baseado no projeto de Delos, por um sistema militarista, como o de Esparta,

causou alguns desgastes do mundo helênico (a ruína econômica de várias cidades

outrora consideradas poderosas, devido aos gastos exorbitantes com a guerra e disputas

internas entre as principais cidades-Estado), porém manteve a independência do modelo

espartano. Tempos depois, se aproveitando dessa situação, o rei macedônico, Filipe II,

promoveu a organização de um grande exército que conquistou os territórios gregos ao

longo do século IV a.C.

O IMPÉRIO MACEDÔNICO

O Império Macedônico promoveu a integração do Ocidente grego com o Oriente

persa.

A Macedônia era um reino situado ao norte da Grécia. A população da

Macedônia era formada por agricultores a pastores que eram governados pelos grandes

proprietários de terra e de escravos.A História do Império Macedônico inicia-se com

Filipe II em 359 a.C.. Após tornasse Rei, Filipe distribuiu as terras pertencentes a

aristocracia para os camponeses.Foi criado um governo centralizado forte militarmente

e capaz de competir de igual para igual contra os povos da Grécia que os tachavam de

Bárbaros.

Aproveitando-se do caos em que estava as cidades estados gregas em

decorrencia da Guerra da Peloponeso, Filipe II conquistou toda a Grécia. Em 338 a.C os

macedônicos derrotaram os gregos na Batalha de Queronéia. Com isso a Macedônia

passou a exercer a tutela sobre o Mundo Grego.

Filipe II morreu assassinado dois anos depois. Em seu lugar assumiria o Império

o seu filho, Alexandre Magno. As cidades gregas não aceitaram o jovem rei como

soberano, rebelaram-se achando o momento ideal para se libertarem do domínio

macedônico. Alexandre mostrou ser um hábil governante e conseguiu sufocar as

rebeliões liderada pela Cidade de Tebas.

Contornado a situação na Grécia, o Império Macedônico voltou as suas atenções

para o Oriente, onde a muito tempo os persas buscavam destruir a Civilização Grega.

A Macedônia iniciaria uma guerra contra o Império Persa, na época governado por

Dario III. Quando iniciado as lutas, as Falanges Macedônicas mostraram-se superiores

as tropas do Exército Persa.

Com a morte de Dario III, Alexandre tornou-se o senhor do Oriente, dono do

maior Império da historia até então formado. O Império Macedônico ia da cidade de

Pela na Macedônia até aos arredores da Índia. O gigantesco Império formado por

Alexandre, o Grande, seria desfeito após a sua morte em 323 a.C.

Os principais generais macedônicos dividiram o império, formando reinos particulares

na Ásia, no Egito e na Pérsia. Inicia-se assim o Período Helenístico, onde a cultura

grega fundiu-se com os costumes dos povos do Oriente.

CONCLUSÃO

A Grécia fez importantes contribuições ao campo da arte, da literatura e da

filosofia: seus escultores e arquitetos, poetas e dramaturgos, filósofos e legisladores

lançaram as bases longínquas de toda a cultura ocidental; suas colônias estenderam-se

até o mar Negro, norte da África e sul da Itália e França, mas a constante rivalidade,

sobretudo entre Esparta e Atenas, acabou enfraquecendo a civilização grega permitindo

a sua conquista por Filipe da Macedônia em 338 a.C. 

REFERÊNCIAS

pt.wikipedia.org/wiki/Grécia_Antiga

www.suapesquisa.com/grecia

www.brasilescola.com/historiag/grecia-antiga.htm

ANEXOS