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REI'ISTA FORENSE, v. 1 - 1901 Publicaçào triiiicsrral. Voluiiie 35 1 - 2000 Cjiilholagostolsstei~ibro) Rio de Janeiro: Forense - 2000 I. Direito - Brasil - Periódicos FORENSE/RJ CDU - 34(8 1)(05) Voloiiic 35 1 ANO 06 JULHO - AGOSTO - SETEMBRO DE 2000 < ISSN 0102-8413 -- REVISTA .I FORENSE Proibida a reprodução total oii parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta Revis- i ta, de qli~lqiiei forma ou por qualquer meio eletrônico ou iiiecânico, inclusive atraves de processos xe- 1 FUND4DA EM 1904 iograficos, de fotocopia e de gravação, sem permissão expressa do Editor (Lei no 9 61 0, de 19 02 98) 1 PUBLICACÀO NACIONAL DE DOUTRNA, KJR~SPRUDÊNCIA E LEGISI-ACÃO Reservados os direitos de edição e distribiiição pela REVISTA FORENSE Av. Erasino Braga, 299 - I", 2" e 7' aiidares - 20020-000 - Rio de Janeiro-RJ Rua Senador Feijó, 137 - Centro - 01006-001 - São Paulo-SP Rua Giiajajaras, 1.934 - Barro Preto - 30180-101 -Belo Horizoiite-MG E-iiiail: [email protected] Iiiipresso no Brasil Pritited itr Brçrzil FUNDADORES Mendes Pinlentel Estêviio Pinto . r DIRETORES Bilac Pirito. i- Jose Francisco <Rezek (j1369i Caio Máiio da ~ $ 1 ~ P,ereira['l/ 1 , L ,o J de ~agdlliãds Pii~to f José ~onceiro de-~~tèrro f . - -.. - - - . - - . . - .- José de Alnleida Paiva t REDATOR-CHEFE José Carlos Barbosa Moreira

Greco, Luís Filipe Maksoud - Desvio Do Curso Causal Como Problema Da Imputação Ao Tipo Subjetivo (Imputação Ao Dolo) - Comentário Ao Julgado Do Stf No c 78049-8-Pr

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REI'ISTA FORENSE, v. 1 - 1901 Publicaçào triiiicsrral. Voluiiie 35 1 - 2000 Cjiilholagostolsstei~ibro)

Rio de Janeiro: Forense - 2000

I. Direito - Brasil - Periódicos

FORENSE/RJ CDU - 34(8 1)(05)

Voloiiic 35 1 ANO 06

JULHO - AGOSTO - SETEMBRO DE 2000 <

ISSN 0102-8413

--

R E V I S T A

.I FORENSE Proibida a reprodução total oii parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta Revis- i

ta, de qli~lqiiei forma ou por qualquer meio eletrônico ou iiiecânico, inclusive atraves de processos xe- 1

FUND4DA EM 1904 iograficos, de fotocopia e de gravação, sem permissão expressa do Editor (Lei no 9 61 0, de 19 02 98) 1 PUBLICACÀO NACIONAL DE DOUTRNA, KJR~SPRUDÊNCIA E LEGISI-ACÃO

Reservados os direitos de edição e distribiiição pela

REVISTA FORENSE

Av. Erasino Braga, 299 - I", 2" e 7' aiidares - 20020-000 - Rio de Janeiro-RJ Rua Senador Feijó, 137 - Centro - 01006-001 - São Paulo-SP

Rua Giiajajaras, 1.934 - Barro Preto - 30180-101 -Belo Horizoiite-MG E-iiiail: [email protected]

Iiiipresso no Brasil Pritited itr Brçrzil

FUNDADORES Mendes Pinlentel

Estêviio Pinto

. r

DIRETORES Bilac Pirito. i-

Jose Francisco <Rezek ( j 1 3 6 9 i Caio Máiio da ~ $ 1 ~ P,ereira['l/ 1 , L ,o

J de ~agd l l i ãd s Pii~to f José ~ o n c e i r o de-~~tèrro f . - -.. - - - . - - . . - .- José de Alnleida Paiva t

REDATOR-CHEFE José Carlos Barbosa Moreira

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Desvio do curso causal como problema da imputaqão ao tipo subjetivo (imputação ao dolo). Comeiitário ao julgado

do STF no Hclberrs Co~pzis no 78.049-8/PR

Foi j~ilç~itlo, recenieineiite, pela 7" Turiiia du Siipreiiio 'ri-ib~iii~il Feclerril o Hri- heiir Curpiis 11" 78.049-8-PR, rel~itor Miri. hilaurício Corren, Ii~iblicatlo no DJU ele 9.1.99, e tainbtiii iia r\ei,i.sttr 110s Ti&r~cis, vol. 766, p. 538. O p n c % ~ ~ l i a ~ a , coiii dolo de hoiiiicídio, lesioiiado a vítiinn, a cl~ial só veio a morrer posterioriiieiite, e i i w iiifccçáo pi.ovocada pela fzrida. Coiideiiado por lioiiiicídio doloso coiisiiiiiado, preteii- cle~i, titravés tio l~(rbccts corpirs, ver sua coii- d~i ta clescl;issificticl~i para deliro de lesões corporais seguidas tie iiiorte, pois susreiita-

que inzsisiiria o iiexo ca~is;il. O reltitor, poréiii, afiriiio~i ti ca~istilidade, ritravés da aplicaqào cla fóriii~iln da coirtliciio siiie qirn irori, coiicl~iiiido, seiii iiiais, t:iiiibéiii pelo dolo. A einentti siiiteriza praticaineiire totlri a argliiiieiitrição do acbrdão: "Sobreviiicio o dito óbito por iiifecç5o eiii face da cii.~irgia, há relaçào de c;i~isiilidadz eiitre o res~iltíido (iiiorte da vítiiiia) e n ca~isa (ato de clzsferir f~icadas), elaí decorrendo que a iiiorte foi provocada pelo coiiiportaiiiento do ageiite (art. I3 do CP), o q ~ i e cariicterizn liomicidio 2 1150 lesdo corporal szgiiidn de iiiorte."

Parece-ine qkiz o acórdso, ziiibuia h - iilin coiicl~iido acertadaii~en~e q~ii\iito 3 13iiiii- $30 do ageiite pelo crii~ie cle Iii~~iiicíclio. eleveria ter titlotado par21 a 1iipcití:si. argci- iiieiitaçào di\,ersa, coiili)riiie teni~iiei eiii SC-

gliida deiiionsti.ai.. Por ~ i i n I;i~lo, cei.r:iiiieiirr. 1150 se 11211 ~1111;i iiite1~~11)(;50 de IIL'XO cie ciiii- salidade, no que iiiido~i bzin o STF, iipça~ii c-r lia nplicaç5o da ~11ti.iip.i.-, L b ~ c i t l r i 1.6~- I I I L I I ~ tia ( ,oi~(/ ic~io s i ~ i e r111~1 IZO,, iv121s t :~ i i i -

bCiii a les50 coCpo6l sPL;.EZ de iiiorte, i-izgada pelo Tribuiial, press~ip6e c;r~isalici.i- dz eiitre a coiicl~irci e o irs~iltri~iu cj~i~iliiic~i- clor. 1-loiiiicíilio doloso e lzsòes ~oi-pornis seg~iidas de inoile difereiicinni-se pri~icip~il- iiieiite iio tipo siibjeti\co. iio priineiro, « clolu abrange rodos os elenieiitos do t i l ~ c ~ objeli- vo, incl~isive o resultiido iilorte; iio seg~iiiilo al)ainuas lesões. Se o STF queria :~liriiiar ;I exist2ncia de tlolo, nunca podziia f:izC-10 através de Liiiia aplicaçào dii ioriii~ilt ~ A ~ I P -

(licrio: teria, isso sim, q ~ i e pergliiiiar por ele, - ja ein outra sede, nào iiiais no tipo objeri\,o, e sini iio s~ibjetivo.

Se bein que, coino se verá, ti tio~itriii:~ 6 ~iiiâiiiiiie eiii coiicl~iir de iiiiiiieii-a concorcle

I hlcllioi scii;~ ler-se valitlo d~ Iiojc coiis:rgr~da /dr~riiirl<i (lu curr~/ic.G~i i-i,&, dc E i i g i ~ ~ l i , fmii~niiiciiri: iii.yu- -

riiii-i.1 11.1 d o u ~ i i i i ~ i nlciiii- "litiia q i o C cniisai j)%inr;iiiii dcicriiiiiia&rcsiilr~u r$icu wflipi-qtc e!- s SIICC-

<I:I I~III~~~~~I~I~I~~~~TII~C e h ~ j a ~ i ~ ~ l G ~ I I ~ I ~ ~ ~ I ~ ~ ( ~ ~ ~ ~ J I J " (Toiiiei J fori11id.1~50 dc R i i ~ i < ) I p l ~ ~ , I I I

l?~i&hK~i I-loriii Giiiiilia-i ~ ~ ~ o ~ ~ i r e i i i i i ~ ~ ~ ~ i k ~ u ~ ~ i 1 . 2 1 & 1 1 ~ 1 S~i<i/gei~'irbriiii, 7' cd . Liiclircili.iii~i.

Hciliii, 1907. pie\ io ao $ li4 I , p c l ~ soii cl.ircza c111 I;ice d:is dos ouri-os iiiaiiu:iis.) Poi>i~i , i b i o 6 iiiii;i qtic:r.i~, bccuiiiliri.i, qiic su 110s iiiicrcss.1 m.ii~iiinI~iiciire

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< % i RE\'IST.-\ I'OIENSE - \'OL. 31 1 ESTUDOS E COAIENTARIOS 595

.i so l~ iq io ~ l a ~ l ~ i pclu STF ao caso, a fiiiiclu- iiieiit.iq;Io iipreseiitada pela nossa Coi-te ioiisiii~icioiial encerrli o in:iis alto perigo. Siiii. pois concl~iiii elo dolo ~inicaiiieiite [ia *--- ? I I ; I I~X c ~ : ~ C; ILIS ; IS~O, ~ ~ s s ~ ~ s c i t a l ; d G i ~ @ ~ - .r:ibili~i.rde obirti\,a, o fainii'erado ilolirs =:i ~i izdiev;~ 11ieiit:ilidiide cio i.t~rsirr.i i11 I.&

iilic.iitr. A ca~isnc;io-n&a_giz sobre o dXo; - iúiXcilinclc., se,-pze~- de ressTrr2iç,io do -. =

i , ~ ~ . ~ ~ i i : i i i t o , urge qiie aiialiseinos coiii iii~iioi c~iiJ:i~Io 3 qliestUü enfrentada pelo STF, iiào r;iii~o p:ria qiie saib~iiiios resol- \?-Ia. irias 1xii1bÈiii :i o~itriis anilogas, eiii qiie ~ i i i i ; i ;irg~iineiirai;:iu err6iiea pode iiáo ter .i sorti. 112 ~iieg:ir a coiic~~isões jiistas.'

C3 vroblciiia erifrentado oelo STF 2

~~~icis~ilid:itls", "eii-o sobre o ii~xo-ca~is&': 9 i esii li~cio ocori-2-1 inaiieira coino - o :~~iTrríi~ previra e q~iiszra. O p i i ~ 2 i i ~ o ha- /IL,~IJ L o i ~ n i . ~ qiiis iiiatar através de facadas, 3 . .

íriiii:i iiioirzu 1150 da?; facadas, iiias da infec- $,do. Logo, iião I i i coiigr~iiiicia perfeita entre o que O ageiite quis e o que realinente fez: Iio~i\ c iiiii ~iesvio iio perc~irso da caiisalidade.

O que se perçiiiit.i i: pode ~ i i i i tiil erro

não ira '.iiiatar" niiigiiéiii), OLI sobre o o b j o . --

(o sujeito pensa que atira ii~iin ~luso, e 1150 i i ~ i i i i "alg~iéiii"), mas vacilanios ein excl~ii-lo q~iaiido o probleiiia é de nexo ca~is:ilid;ide? Coiiio :i cloiitriiia resolve esta q~iest8o?

Para o kiiialisiiio, o dolo iiio é iim con- ceito criado pelo diieito, nias é i1111 rótiilo jii- rídico que se d i ao conceito oiitológico de finalidacle, o ~ i voiitade tle a c ; ã i ~ tiiialitl~icle, tem Liin sigiiiiicatlo e ~ i i i i c ~ n t e í i d o ~ pri-iiiridico; e o direito, ao seg~ili-Ia, ieiii qiie

-respeitai-lhe a estrLit1ii.a ontológic;~, clo con- : alio, estará reg~ilaiido irrealidades, cois;is

s w á ~ e x i ~ ~ . 4 ~ fiii:iIistii acredita qiie 116 ceitas esrrLit ir s chainadas I6 i ~ o ieciis oacA,w*/<,Li,.c,,), q i e i i i c k gislador está obri-nclo a recoiiliecer: lima de- 1-tica finalística do agir Iiurna~o, ourra o próprio coi t íido desta fiiia- lidade'. E costiiiiiii defiii*dacle coiiio - -...* -

Noic-,c ilii~. 1150 icr c~aiiiiii.idi> o tipo siibjclivo 1150 c ,i iii1ic.i \~icissiiiidc do jiilçdilo A c.iris~çda, dcsdc o ii .~li,illio ilc Roxiii scibrc d I I I I P L I I ~ $ ; ~ O objcii\. (piiblicado origiiialiiiciiic lia Fes/scIri.rj//irr iFloiiry, Goitiii-

@i, 1970. p I .33; 11.1 trndiiçio para o poriiigiiCs, qiic foi 3 vcrsào coiisiiltndd: ~'R~11c~Ões sobrc a problcii~h- iic.1 J.i iiiipui:iç;io ciii rlircito pciial", ,ri . P~obli~nrcrs Fir~i<Iirni~iir~ris rle Diiciru Peiirrl, 2" cd , Vzg;i Ciiii\crsid.idc. Lishod, 1993. pp 115-16s) lii iiiiiiio qiicjb tlcisoii de scr siiliciciiic p'irn qiic o tipo ob~cii\,o cs1cj.~ C O I I I ~ I C I O Apiis \,crific,ir ii c.iusalid.id~, scri.1 iiecessirio pcrgiiiitar se foi criiido iiiii risco iiBo pcriiiiii-

do, c a< csic iisco 2c ic:ilizoii iio rcsiiltodo (.issiin, a fóriiiiila gcriiliiiciiic acciia \t~'~iii-sc, por iodos, Jcs-

1121.1 ddlo .iiitcs de rcsolvcr a qiicstio do tipo objciivo hlas, coiiio o aciirdio iiio foriiccc siibsidios p a r d a iic~nrùo dn iiiipiii.iy?io, c IniiibCiii, por problciiins de espaço, lios liiiiirarciiios a disçiiiir ;i qiicsiio da iiiipiiid-

. y3i) s i i l? r~ , r i i . i r , isto C, o v r w l i do dolo. / . I ' ~ I I I ~ I L I I . I ~ ~ ~ i).Iciivd, coiiio iiisiii~ici 113 lioro diitcrior.

N.i hc1.i iliiiir~ilac.io dos tiiiolistas Z:iff:iroiii c Picr,iiircli. iLlo1irio1 de Urrei10 PCIIUI B~~isileiiu. I ' ed . RT. . . ,

w >C- S:io P,iiilo, 19'~7,'4 10. ..O direito iião r>rcrciidc ser gi~oÍqiier coisa a l~ i i i de iiiiia ortlciii rcgiiladorii tl:i coiidii- i G 1 r . i isio, ici11 L iie rcspcii3r O S C ~ da c~iidutil".

\ hl i i i i i i I : i ; i i ~liri/ril;l)Kdr iVriziiI ( " l i i i l BMbc!rleu llili/ i u n 1 h ~ ~ i ~ i ~ / ~ i i e ~ i iri i i « r S i i i i i ~ i / ~ ~ s i i i s s r i n - - c liii/i.', !ir. Li.iii~ii,i irii~sy~ibejiir. i\/<rx C,-rbiirhi;i, El\vcrt Vcrliig kbnrburg, 1965, pp 177- 178), ciii pol6iiiica coiii 1L~~iii; ". 2 c.ii>.icidadc de 3qir o r i ~ i i i ~ l o 3 LIIIYJ füuJ&d$&~~~~~ ~ ~ i r ~ i c t c r i ~ l i c ~ i ~ ~ pin_jiii- poiiiiiidù :i i i ~ i i l i ~ ~ ~ l i c i c l : ~ ~ . I i i s ~ S r ~ d;;?_i!iiicuipl Por isso, @as a csra lci csinitiir.11 fiiiaJs!iuh ---- -= ---- ~ - =-

,i '.I,> Iiiiiiiuii.~, o ilirciio iaiiibtiii repoiisa cin algo pcriiidiiciiie. rcsisrciirc a iiiiid;iii$ns, qiic iiio i i i i i i l .~ iiciii

&.IC I ~ I ~ I . ~ ~ ~ , ~ i l ~ g ~ i ~ s ~ r ~ i ~ - ~ ; a i ~ = ? a - - +S p~t~X~d~~F~~~~iiiyni~í;iiJ~c~X~ -- - - - - -

~,>i., Ic~I" . - - - .- -

a vontade de direcionar coiiscieiiteinerite ne- xos caiisais artgbteiic---

v e ; O , s s i m , que o fi>a1isiiio conse- qiieiite cleveria excluir o dolo, a tinalidade, assiii~ qiie ho~ivesse ii iiieiior irioditicação no

_nexo ca~isnl. Pois se a fiiialidiicle do s~ijeito Tiii i n : i t a ~ r a \ ~ é s tle Liiiia hcada, e a iiiürie só se ileii por Linin cloeiiça, c~ i ja ocoi~ inc ia ele iiein teve coino controlar ou usar a seLi fa\,or, a fiiialiclade não se realizoii. Haveria ~iiiicaiiiente teiit~itiva de liomicj&h_ con- jl;:-io% h~iikidio E U ~ O S Q lsecowi-o:

a d tosse a ~LIIJ , - --Folein, os finalistas rião pareceiii dis- postos a iilaiiter-se fiéis a seli conceito oiito- lógico d e finalidade. Eles iiotaraiii que, a rigor, se o podes das estrtitliras Iógico-reais fosse supervaloriz~ido, se o dolo fosse só e iiiiicaiiieiite tinalitlacle, então o iiiíiiiiiio des- vio, a iníiiiiiia cliferenqa entre o peiisado e o realizado exigiria sua exclusão. Che- gar-se-ia ao ponto de piiiiir por tent:iti\~a aquele qlie quer matar c0111 três tiros, e reali- za seu intento já no priiiieiro, OLI o que quer acertar a testa do desafeto, iiias o inata com tiriia bala no pescoço. Para contornar tais coriseqiiências. arxLiinent;iraiii os fiiialistas =o agente niiiica pode prever o curso ca~i - sal eni todos os seus detalhes. Sempre liá l ~ g e l l l , I112S1110 110 I l h oii tolnplrn , . qiSpiTiánece fora do i i i i i ~ & o - ç c & n t e T o g o , dever-se-ia distingiiir entre desvio - rsse~icic~l do percui-so caiisal e cl-,~~;ro' I;;O

--.. rssençici17: só o priiiieiro, que se dá quaiido o desvio supera os limites do qb'etivainente

revisívei &,g&ym<io> e x c i i h ~ o - S ; k = o , o desirio se niantiver no 5iiibito

do objetiv~iriente previsível, pei- in~neceri integro o dolo.

Isto significa que, no Iici6en.s c.oi.pii~ ein tela, $- o p s i t e 5% coridsn>do pelo ciime doloso consuii i~do, ~ s z L 11s e ob \-- js"' agLente p L e m C a i i i o i b i

produzii-se por c a u g d z s f e q à o decoi ieii- tê~?@Gs-q~ie so estas e 'i incite te- nhain sidolineladas

Poréiii, poi inais que se esfoiceiii os ilnalistiis e111 &egar a esili coiicliistio a pai-rir de sua &&@"o oi~tológica, a tiiiidainziit;i- ção não convence. Pois se o dolo 2 fiiialiil:i-

de ser oiitológica, e ganlio~i ;i111 eieineii~o iioriiiati\/o, teleológico. E a prova tle t~iie os pressupostos metodológicos do tiiicilisiiio (isto é, extrair sol~ições das categoriiis do ser) se mostra111 iiisdequados es t i ria regulii- ineiitação proposta para uili caso pni-ccido de 2rro: a riberratio icrris. ~ e l z e l ' clLiei. tr;i- ta-Ia através de tiin critério q ~ i e nada reiii de oiirolijgico, iiias i piirainente iioriiiativo: se o objeto atingido for equivalente ao ol'jeto aliiiejado, o eilo não é essericial (isto é, se inii-o em Jorge e atinjo Fernando, o dolo se iiianténi); já se não existir a eqiiivalêiicia (se iiiiio num cão e acerto o dono), o erro é es- sencial, haverá tentativa eiii concurso for- inal coiii o delito inipr~idei~te. Ora, por que n'lo aplicar aqui ig~ialiiiente a previsibilitlu- de objetiva?

Estes dois probleiiias - desvio do nexo de causalidade e crberi-nrio icr~rs - de-

Wclzcl, Drrr ~leirrsclie Sri.rfii-ch!, 1 I k d . , Dc Gruyrcr, Uerliii, 1969, p. 3: .'A ~iii;ilidudc dii iicão dccoiic dii que o hoinciii i~odc, corii base ciii scii coiilicciiiieiiro catisiil, piever d tc ccrrÒpoi~to 3s ~)ossiveis C O I I S C ~ L I C ~ I - ciaj de scu agir, dcfiiiir difcrciites fiiis c guiar sua atividade planejadaiiisiiic vira a obiciiçiío ilesic f i i i i "

Vcjani-se os seguiiiriis fiiialistas. Welzel. So-ri/,.crh[., p 1 3 , Mauroch, li~icoilo ile De,-e~.lio Prri~il, Ariel, Bnrccloiia, 1962. trad. dd 2' edição por Cordoba Roda. p. 311 (a niiial cdiyio, isro L', a S', ai i~al izad~i 1101

, . f , dcisoii o iiiarco d a ieoria fíiialista do ação, c por isso iiào é cirada); Fragoso, LI<&$ <li. Diirrlo Piiriil- Prrrte Geriil, Ycd., Foreiisc, Rio de Jaiiciro, 1983,p. 183, dcfiiie o crro esseiiciol rcporiaiido-se .!o ari. 13, I ", do CP, qiic diz iiiicrroiiipido o iicxo c:irisal q ~ ~ a i i d o Iio~i\'er coiidição superveii~cnie iiind?qiidcla, sem )1111-

iia clarczii, hliiiioz Condc, Teurici GCIIC'~LII~IC/ DCIIIO, I' cd., Tirant lo Blaiich, V ~ ~ C I I C I ' I . 1989, p 67. I'óriniila da adcqriaqão: fàz-se iiiiiu cliainadd progiiosc posiliiiio objetiva (ubjekrii, r i ~ i ~ l ~ i r . i ~ l i r h e P,ogiio- ~ e ) , isto Li, ~crgiii~ta-sc se.0 ~ e ~ l ! g d ~ ~ ~ ~ i a _ p r e v i s ~ a ~ ~ uni qbsrnsiior ideal, de uiiiaperspS:pci'i\.acLu,~~ p. <11<i .. iiiiia crilic:~ ièrrciih;~ b (li13 fóriii~ild, ;&-;C Jakobs, Sri.irji.ec111 - ~l l~e i~ ie ;~ i r r T ~ ~ I , D I ~ . GI tK/i<:rti iriid rlre Ztrrech~~i~~igslel~re~ 2' ed., DeGriiyrcr, Berliii/Neiv York, 1993, pp 7-39 c scgs S/rr!/rcchi ..., pp. 73-71.

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ESTUDOS E CO~IENTARIOS <<li,

<L) 7 REVISTA TORENSE - VOL 351

inonsrrai i i cl:iiaiiieiite a \ , ic issi t i ide fu i ida - iiieiitLil d o f inal is i i io, j i há i i i ~ i i r o p o s t a i 1112 por Ro.\iii: iiiasciii.iiiii-se v ~ i l o r a ç õ e s t e leo ló - gico-l i i i ic ioi iais s o b o Lispecto i n o c e i i t e de ~ S I I L I I L I I ~ S 1 6 g i c o - i . e a i ~ . ' ~ A f in i i l idade pzi.- iiiiliiece t)iitoIógic:i s6 eiii ap: ir i i icia; ei i l v e r - Jti~li., c l i s t « ~ . c ~ - j ~ , torna-sz i i ~ a l s i v e l l i a s i i i iu , ~ lc i i l o g ~ i i ~ i i i c o , q u e n foi- ina e re lo r i i i a tlz iiiiineirli a i i iel l ior a t i i ip i r se t i s tiiis. E iiailti I i i t le ei.raclii i i isro: o d e v e r t lo ciogini t i - co i iào p o d e s e r o ~ i t r o q ~ i e rido o de co i i s t ru i r co i i cc i ios i12 iiianzir;i a i i i e l l io r aieiiilei- os f ins ilo sistei i ia t lo J i r e i r o p e n a l : giiraiitia e I N O ~ C I ; ~ dclc be i i s j ~ i i i t i i c o s , ; i r r a \ ~ é s de pi-e- \,ei~q;ic) ger:1l e e ~ ~ ~ e c i i ~ l . ~ ~ E n i s r o q t i e coii- s i s l c o si.$rcri~iit frt/i,o/rj,yic.o o i ~ ~ f i i i ~ ~ ~ i o i i i r / i s r c ! CIO < / , , / / f< l

Um c o n c e i t o f i incioi ial ile d o l o iitili- z a r - s e - i clo dado o i i to lóg ico t r a z i d o i l u z pelo fiiialisiiio, iiitis ira s ~ i p e r i - l o , co r r ig i - lq , f u n d i - l o a \ f a l o r a c ò e s polí t ico-cri i i i inaisi ' ,

R o x i i i , i io iiiiirco do q ~ i o l l e v a r e i n o s aciiiiiiic e s t a CLII-ta ~ i ~ v e s t i g a ç ã o , é a c o i i v e r l2i icia d i a l i i i c a '10 tiii;ilisiiio (on io iog i s i i io )k e cio i ieokii i i t is i i io ( v i i ~ o r a ~ ò e s ) . ' " ~ '

L o g o , poii to d e paititia pa ra ii coricei- t i iaçào clo tlulo coiitin~i:ii.á seiitlo a finnlitlnilc oi i tolóyica. Poré in , elii 1150 e suficiente. Preci- Si1111OS de illglllll L'OI.lXtl\ O, COlll O qllill [IOSSH- mos ig i i~ l i i i e i i t e chai i iar d o l o s o 30 ;i[o daqiiele que c l~ ie r in;itLir coiii tr2s t i ros e o C O I I S ~ ~ L I C

coi i i ~1111 s ó , o11 CIO qiie i i i i ro~ i iio ol l io d o desii-

li1 \\'clzcl, ciiiscit c>iii~lo so t~ ic ~ ~ j i i s i i : i i ~ i r , i I i s i i i ~ ~ ~ i ~ iiio;\'tii~i~ c ~ l ~ ~ ~ l l l ~ i l : l ~ l iiioieii,i/e, Giiil'l't-2, Llilio, 1965, i i . i t I Eiiii~.u P.iiiscc. 11 3-1 I ). :11>01iioii i1111 f i e ~ l ~ ~ c ~ i i c ciieiilo VI CIOS^ 110s i i los~fos :11i:ilis:111os. L I I I ~ ~ I c i1111

~~)i icci i , ) \ . ~ L I U JLI I IAII I ICL.~ I L I I ~ I ~ ~ \ . ~ I I I .is 111.11s ~Ii\ci,.is e co i i i~~ id~r i j~~ . i s soI~<;i)cs. p.11.1 i i i i i~l.i~iiciii<i-I.ih, b.15- i.11 . i ~lii?-1.1:. ,oiiihiiiic .i ii.iiiirczn It~i\iii ( " ~ ~ L ~ ~ i ~ i ~ i h r i ~ ~ d o p c i i ~ ~ i '1 L.I.NILII LILI ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ i t i j i i i ~ i l i . ~ ~ ~ ~ i1'1 <ii(<jol', 111

Pi l>!i/i,iii,i~ i.'ii,i,i,ri,rciiiiirr . 11. 108, iiot.1 2 4 ) ob,cn..i qiic i:iiiibciii \Vclzcl .issiiii proccdc. iii.is oiidc sc di- ri.! islo 2 corisia. pori1iie collk?rlll2 .I llilliiiczi~, agora se diz. 1stO e colrcto, polqllc collfllrill~ ;leslilliilr;lS 16- :ic~~-rc.iis ~-1 iiicsiii.~ erit~c:t L? fcii:i p o ~ Figiicirc~lo !>i,is, "Sol>i L, ( i C U ~ I ~ I I ~ ~ I ~ & J ~ I U ~ I I I L ~ I I L ~ L I C/LI ~/~JIIII~III(I <1o/r11u ,,~t,iil ' ,r', I , ] QL(<.L!&S ~ ~ i ~ ~ ~ L / . ~ ~ ~ ~ L ~ ~ ~ ~ c ~ ~ s Diwiio Fe,>'>/ I<e> i s i i ~ ~ ~ l r i ~ , IYF, S i o P;iti\o, 1999, 1111 199-20U, qiic : i i i i ~ ~ . l .isris:l u iii1:i~isiiio de lei- dcgclicinrio i10 '~111.11s 1cfiii:irlo c iiiilcsiv~l coii~~piii:l~i~liii>".

I I I' ii:iii i~riI.rr-.\s iio L ~ I I I I ) ~ 2 I I ~ es/)n$~~, coiiid qiicr ,Ai i i i i i i K.iiifiilaiiii (11111 dos ~~i-iiiçi~mis discil)i~los i12 \LrcIzcI, cii,.i iiioiic)~i.ili~ siibrc o rlcliio iiiiiissi\ o iiifl~iciicioii ilc tòiiii.~ decisi\,a 3s i~llii:is de seu II~CSIIC): ":i dogiii.íii~~i cIc\e rcvc1.1i .I> I C ~ . I ~ ~ I I S l i )gi~o-~cdi s Lli~c foi~ieccii~ J ~ L I < I C I I O JCIIIIO do qi1.11 LISVC I)IOCCSSJI-SL. 1ud.i C qii,ililii~r i~~?iiii.iii\ id,iils iii:iicri.iI" (Tc,ui ici <Li . i ' ~ t i i i ~ ~ Jiii-i<li'.i, Edtrora RIO, Rio de J.iiiciro, 1976, p I I) E c1t.i C Ibliis- hctl, . ILIWI ~>.ir.i L~~~~~~~ <I I.IIC~.I ,IA dogiii,iiica Ç O I ~ S I , ~ C -11~1 clilbol-.iç.io de 11111 S15iClll:1 de ~ O I I C C I I I I S ~ ~ I I ~ ~ : L I I I C I I I . I I ~

,311105 C :iicli!lii>r~is. que l'orii~din 11111:i 6ien de 1i0siibiJid.itl~~ a p r i ~ i i ~ i i ~ ~ i s do ~ I I . C I I U " (op (.I/ . 1) C I I ) 12 Ki>\iii. S ~ , , i i i - ~ ~ ~ / i i - . l l l~r~ir is i i r~i 7;,rl. vol 1, 3' c ~ l . C. 13. i3ci.k'sclic Vcrlngsbiiclili~ii1i1li11ig hliiiiclicii. 1997,

7 '-i '..i coii>ii.ii~;io <lu sisrciii,~ jiii iclico pciinl iiio LI<\ c viiiciil.iisc .i d.iilos oiiiolijgicos (.ii;.io. ~~iiisdliila~lc, CS-

~ i i i i i i i . i h I~)gii.o-r~31s, ciiiril ot i i i~s) , iii,is siiii o~~iciii~ir-sc ~ X C I L I S ~ V : I I ~ ~ C ~ I ~ C pel<is litis dil dirciio p ~ i \ ~ l . " V c j . i - ~ ~ , !.iiiib~iii. LI<> Illesllli> ,111ror. XI ;11111i>~ilpulii~k ii1111Sri <I/I'CL/IIJ~J~I<SI~, )ll. I*.. DeC~.ityter, ~ ~ I I I I I : N C W Y0l.h. 1973, 11l> l i c scgs . iii.iiiiiCsro tio qrid I.iii$s .i> hascs do bisiciiin qiic ciii seu iuniiiial iciiiilii.1 tIc ciigir

i.! C .I ~pcrqic~ii\.i ~>iiliiico-cr~~iiiiiaI q ~ i c ~~cprese i i t~ o , I Y , I I I ~ ilccisivo do S ~ ~ ~ C I I I . ~ ru>iiiii;iiio sobic as di1iig.i~ ciiii~iriiijcs iicùh.iiirisi.is V C J J - ~ C Rosiii, Ki iiiii~r~ilpol~~ik. ., 11 10: "o cniiiiiiliri correio s6 p«rlc ser dcisur as Jc~l532s \.i/oi-.lii\:~s poliuco-criiiiiiims iiiiro<liizirciii-si: iio sisiciii.i do Dirciio Pcii.11"; vga-se, LcliiibCiii, .S!l ,l/I~',< 111. , 7 25

I4 Rouiii. 7;i1,~1~s~lr,i/~ i i i i J 7ii!lii.i.rsclrofl, 6" zd , DcGruytcr, Bcrliii!Ncw York. 199-1, pp 19 c sega. 15 O liii.ilisiiio c.ii.icierizn-se por i i i i i pciisiiiriciiio ùnrol6gico. iquc i1uw cxi~air conclusões ilc<l~itiv;iiiiciite,

.iir,ii cs d.is csiiti11ir3s sci ( \V~l ic I , S~i.,qi.~,cli~ riiril Pli~losupiir~~. ~)iiblic.i~lo oripiii:iliiiciitc c111 Koliicr Uiii- \ c ~ ~ ~ l . i i s - Z c i t ~ t i i ~ , I? , Jg , 1930, 11" 9 , pp j c scgs , rcpiihlic~do ciii E i i ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ i ~ i ~ g ~ g ~ i l i e j ~ ~ ~ ~ , l l ~ ~ i Giiiiiliii~ , 111) 19-1- 1 US) .'N.io L. II ob~c io L ~ L I Z drvc scr~l~ieriiii~iildo pelo i i ictod~, iiiiis o 11161odo pelo ~bjelci" (li 196)

16 O iic~oh.iiiiisiii~>. pelo c,~iiii.ii io, ~)ciis.i qiic i1111 ser cin j i i ~ i o csisic, in:is st i siin iiiaiiiI'~si~i$io (.i Eisrli~iriiiiig, ilc K.iiiir. logi>. iiidd iliic?. .'porque si. iii.iiiifc~i.i 3 11111 aliJcii~. dcii\:i tl'i iii.iiicir~ e o i i i o o s i ~ ~ ~ i i ~ ~ B I I ~ C ~ I I J ~ O iiici~i~io si>ii,iiriii o objcio ~ v c ~ . i i i ~ - w rc jcrPiici.i~ iio siipr.icii.iilo csiiido Jc U'clzcl, ~pp. I94-ll)j, II«\iii, 7;ilLisili'i/i , l>i> 7- 12).

17 12 iiisi~> iIifcic <lu J.ik«bs, (.S~i-~r/i-e~Iii ..., p. \'!I) qiic prctciiclc iioiiii:iiiviz.ir i-.idiç.iliiiciii~: iodos OS CoiiCCi- iiis. libsii.iiiilii-sc '1s todo e q~iillqiicr l ~ ~ i i o l o g ~ s ~ ~ ~ ~ i o11 ~ ~ ~ ~ i i i i ~ l i ~ i i i o De CCI-LI iiiiiiirl. i31 pcrspcciivil pode SCI

1ar.i r oiiio iiiii rci~iiiio .io iicok31111si1~d, npcs.ir clc si13 tiiiicl.iiiiciii:i~.io sociol6gic.1, coiii ijiic icii1.i siibliiii.~r ,I I i;i.l.i s.'li,ii:iii~i ciiirc acr i' dcvcr-ser csinbclcciila por aqi~eI.i coiicelifii> lilos6lica.

fdto iiias o m a t o u c o m i i i i i tiro ria gargiliiiii. Eiifiiii: o t b l u irfio é s o i i ~ e i ~ r e ulgo q u e o cigc.11- t e decide [ri; tlios i r i i i ibi i~i crlgo q u e n ot.r/ei~i

,jrri.ic/ic.ci ilie iiiipirtrr. Daí r>orqlie é coiliiiin atii- a l inei i te tratareiii-se os problei i ias d e en.0 s o b a rubrica de i r i i p u ~ r i ( ~ k iro ilolu. '"

Que c r i t é r i o s i lccidei i l a c e r c a da i io- ir ir ação ao t l o l o ? N e s t e po i i to , ns o p i n i ò e s se separn i i i . C o i i i o o i n t u i t o d e s t e estudo n ã o e fo r i i ece r ~iiii:i r e s p o s t a c l a r a a o problei i i i i , i n a s npresei i t6-lo, c o n s c i e n t i z a r os es tu t l io -

> sos de q u e ele es is~e e iião p o d e s e r coi iror- iiatlo coiii Lima a r g ~ i i n e i i t a ç d o versaris i i i ,

i escolher-se- ,?o a l g u m a s o p i n i õ e s pari idig- 1 mii t i cas do f~iiicioii:ilisiiio, que s e r à o espos-

1 t a s b r e v e e descoiiiproiiiissada~~ieiiie~ W o l t e r t z i i t a ndicioricir a o i i i j ~ i s t o p e s -

I I s o n l do f ina l i s i i io e x t r e i n o i 9 L I I ~ C ~ I ~ ~ ~ I ~ I ~ S I I -

t e social": o d o l o , c o i i i o n ú c l e o clo d c s v a l o r p e s s o a l do i i i j i is to, d i r i g e - s e so i i i e i i l e a

I ac;'io e a c r i a ç à o t le ~ i i i i r i s c o r icleq~indo e ju- r id ica i i i e i i t e c l e s v a l o r a d o ao beii i j~ i r í t l i co ' ' ; I a r e a l i z u q ã o d e s t e r i s c o iiiiiii r c s i i l i ado , p e l o i

I c o i i t r i r i o , n a d a teiii de p e s s o a l , s e i i d o Liin co i i ipo i i e i l t e s o c i a l do i i i j ~ i s t o a o q u a l n ã o é preciso que se d i r i j a o d o l o . " P a r a W o l t e r , b a s t a a c o n s c i ê i i c i a e v o i i t a d e de c r i a r Liin

r i s c o a n i l j l i i i d i c ~ p i i r a q i i e o d o l o esrej;i p e r f e i r o . L o g o , o p r o b l e i n a t l o d e s v i o do iiexo de c a ~ i s a l i d a d e seq~ier ss t o l o c n iio

t i p o s u b j e t i v o , já qiie o d o l o i i à o p r e c i s a se d i r i g i r i realizaçào do r i s c o ; r i - a ta r - se - i . i i i i ~ t e s clisso, Liiiia q ~ i e s t à o d e tipo o b j e t i v o . " E s t a p e r s p e c t i v a , q u e i g ~ i a i a o d o l o t l e dciiio a o d o l o de p e r i g o c o n c r e i o , r e d ~ i z i n t l o c i i -

n i e s de d a i i o a c r i i i i e s de perigo, iião po<le ser a c e i r a .

J a k o b s p a i t e cie seli p e c ~ i l i n r coiicziio de d o l o , baseado pr inc ipa l ine i i t e iio ~.leiiieii- t o cog i i i t ivo . P a r a e l e , "do lo é o c o n l i e c i - mento d e q ~ i e a rea l i z i i ção d o t ipo , aiiidii y ~ i e i i à o q u e r i d a . d e p e n d e d a iiçiio q~ ies id ; i (!); i i l inia s í n t e s e : t lo lo i o c ~ o r c l l t ~ c i i i i c ~ ~ ~ ~ i ~ r/<, a ç r i o bri i i corrio ( /r s r ros ~ o ~ i s e ~ i ~ ~ ~ i ~ c i r r s " . ~ ~ Ele c o n s t r ó i , e i i r ào , a r e l a ç à o do ~ l o l o coiii u d e s v i o d o n e x o de c a ~ i s a l i d n d e eiii siiiieti-ia i sua t e o r i a d a i ~ i i p ~ i t a ~ ã o objeti\/;i. O l ~ j e t i v i i - i n e n t e in ip l i t áve l é só a q u e l e coi i ipoirai i ier i- t o que cr ia Liin r i s c o n ã o pern i i t i t lo , vi i i t lo e s t e a se r e a l i z a r no r e s ~ i l t a d o . L o g o , o q u e i m p o r t a é o co i i l i ec i i i i en to d o r i s c o e 1.12 sii:i

r e a l i z a ç à o . " O b j e t o do d o l o n ã o é ~ i n i c ~ i r s o c a u s a l c o n c r e t o , i r ias a r e a l i z a ç ã o de Liin ris- co"." Reparos f e i t o s i d i s p e n s a d o r l e i i i e i i ro

Tcriiiiiiologin ~itilizada, pcir cx., por Roxlii, Srrri/rcc h1 . . 1211 10. blcrccciii ilcolhid~ as o b ~ c m i i ~ õ c s do ~ i l i i ~ do autor. "Coiiio o problciiia corrcspoiiJciiic do tipo objciivo, aqui riiiibCiii tciii-se itiii~.aiiiciirc iiiii.1 qiics izio dc \ ~ ~ ~ l o i i i ~ à o , qual seja. o dc atc qiic poiito dcveiii os desvios iio curso caiis:il scr iiiipiitsdos no dolu, i i

jiiizo sobre se o desvio será rclcvsiitc ou irrclcvaiiic para n .11?riiinçBo OU iicgaydo do dolo ii.idii ~ C I I I 3 \ C I

coiii os (Iados dc coiiscii-iicin da crlbcça do ageiitc" (ob cir . l2!113) Coiiio o tlc Ariiiiii Katifiii<iiiii ("Ziiii Si~iiirle tli2i. Lehre i ~ u i i i p ~ ' i i ~ o ~ i t i l ~ i ~ L'~IIPL/II", 111. F<,.SI( lii.i/ijN~ ll;,/:i,/, DcGrnyicr, Bcrliii, 1974), Sonrcz Moiircs (" l lér~eiei i i ir .rtkl i i i~g ,lei. Ji~i<ilrii H~riiilliiiigsicli~~I~777, iii

F~.S/CIII.!/IJNI. IVdrrl, 1111 379-392), Sniiciiictri, (Siibjein isiliu e iiiip~r~<rr.idii objrriirt rir [lei icliopi,iiiii, Uiii- vcrsidad Prrcriindo dc Coloiiibizi, Bogoid, 1996) Pala csics niitorcs, o iilJliS1~ C cxcliisivaiiiciits iIcs\,,iI~r dii ação; o rcsoliddo ciiiiia iiicracoiidiçio ob~criva dcpuiiibilidadc. Logo, o dolo do autor iiio o nb~rc.i.iii.is sS vai aic a tciitaiiva ~cdbnd;~ . Woltci, 0bjekrii.c riii~ll)nsoiiole Z~ii~e~hiirriig I.UII V~i~ l~c i l~e i i , Gc/~~Iii iiiirl I/ci-ler:rriy i i i eiiioii / I ~ I ~ ~ I I U I I ( I / P I I S l ~ ~ i ~ J l ~ r l s ~ ' ~ i ~ ~ i i , Duiickcr Ss Hiiiiibl~t, Bcrliii, I98 I, p. 27 O IlljLlStO c01110 "tiiiidadc de s ~ ~ i i i d o soctrll- tiiiill" Woltci., ob. c i i , p. 177. \Voltei-, ob. cit., pp. 122-150. T3iiibC111 Kraizsch ( C ' e i . h ( i l ~ e ~ ~ s s ~ e i ~ r r ~ ~ ~ ~ g iiiid O I X ~ I ~ I I S ~ I I ~ ~ J ~ I 1111 SII.(I/I.~L.~I, DUIIC~CT & Huiiibloi, BCIIIII, 1985, p 3 10). qiicr i-csolvcr tais problemas no tipo objciivo, se bciii qiic parriiido dc prciiiisses disiiiiws, 111- cliisivc de iiiii ouiro coiicciio de causiilidadc, qric 'iqui iiào cabe aprcsciitar. Rudolplii ($srciir~iris~ire~ Kuiii- riiçr~r~ii~ ..., 1-13 I) iaiiibl'iii :iclin qiic aqiii Iinvcrá Liiii problciiia de iiiipiiraç3o ob~ciivo E se for iilir:ipiihsnJo o filtro da iiiil>iiia$áo, aiiiJ:i qiic o autor iiio rciilia coii~ci?iicia do perigo que se rcaliza, dcvc ser-llic iiiipiii,idu o dolo. Tal soliiç50, s~ccssivaiiiciiic \,crsarisin, 1130 pode ser iicciin, por razões 6bi iils. cl.1 pi.:itic;iiiiciirc ic- 1ir.i o dolo do dcliio doloso Altis, ela c iào niacivcl qiinnto a sciirciiça qiic orJ sc coiiiciii:~. Jakobs, SI/-ii/iechi. , 818. Os grifos c o poiiio de cxclniii~içào s io tio auior. Jakobs, Sliiflir~lil ... , 8/66, Para saber sc uiii risco se realiza oii iiio, vale-se o auior da id,'i,i dc ~~crp i i ca - ç.30". o risco qiic sc realiza C aqiiclcdc qiic a ordeiiijuridica se valc para cxplicor O rcsulriido, iiquclc qiic por ela c "dciiiiido coiiio decisivo" (7172; vqa-sc, raiiibciii, Lli riiipiriacidii objeiiiii ?>I Dei r ~ l i o Peii~il. Civiiaa, h,l.~drid, 1996, irad Caiicio Mclii. pp. 91 c scgs , pp. 176 c scgs.)

Page 5: Greco, Luís Filipe Maksoud - Desvio Do Curso Causal Como Problema Da Imputação Ao Tipo Subjetivo (Imputação Ao Dolo) - Comentário Ao Julgado Do Stf No c 78049-8-Pr

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59s REVIST-\ FOREI

\ oliii\o cio $alo, que n iiossa lei espressri- ~:ieiiic 2xiçe-", O poiito de vista parece x e i - i i \eI . :itr iiieii~rs. C iiiiia toiii:icia de posiçáo eiii 1 : i ~ t c10 prt>hleiii;i ti3 I I ~ I ~ L I I ~ Ç ~ O ;i0 dolo, ~ ~ i i s i qiie :I<) tribiiii;il sequer ocoil.cii. A so- lii~lio : I L ~ I I I heii:~ r111e r e ~ p o i i c l e ~ ~ e qj~aciei i te 1mi I i t~ i i~ i~ i t l io tloloso coiisiirii;itlo.-' O crité- rio ill~sii;i-se igii;~Iiiitiiie satisfiitó~.io 110 eii- L'i-c.iiiaiiieiiri> ila < i h ~ , ~ . r i ~ r i ~ ~ L . / ~ I S " , qiie iiào pii~leiiios e\plicrir coiii in:iis Jer311irs.

I'cir Iiiii, t;i<,~iiius referSiiciii :I posi&Ao L I C R o ~ i i i . P~iia cle. o cles\~io Jeve ser iiiip~i- tciclo tio tiolu, se se piiilei. falai iiiiiiia re;iliza- $30 tli> ~ l l ~ l i l i l (P/~llll~~i~ll~;l~l</;c/il/iig) cio

211 L I L I I ~ I . . D:I i i i ? ~ i i i : i Il>riii;i c1iie a i i i i l~~~t~iç l io i>b~c.ii\ :i biisci.1-se 11.1 rei~liz:iylio de 11111 p21.1- 20. :i s~ilqzii\ ;i liiii~l~~iiiciira-se nn reiiliz;iy5o I I L ~ (1111 I I I , I I I L ) >'I hi;is ;I iepseseiit;1(;5i) c10 :iiitor ii;iu i.. ,iiii~l.i .issiiii, o clscisi\.o; doiitro inodo, I ~ ~ L I ;e ieti;i s i 1 1 i e i ~ ~ I ~ i :i persiiecti~a siil>.ieri- \ , I \ I : I . o i i r~~I~)g is~ : i : ;ii]tieI:i + só " ~ i ~ i ~ ~ I : ~ i i i e i i i ~ p.ir:i t1111;i \ :ilur,i~.io uhjeti\ ii"", 1101" ;i or- ~lciii .liiii~lic~i qiieiii ~ 1 i i . i a iiliiiiia p,il;i\,r;i so- l>rc L) pI.iii~i t l ~ i i ~ i i t ~ i i - be ie~iliziiii ou 1130 .\ssiiii, iiu c:isu eiii rcl:i, ter-se-I:] Ii~>iiiicitIiu tIoliis~> C O I I S ~ I I ~ I : ~ L ~ O , \ 2i que, ;ipcsar cia ;ilte- rii<.;ti ii*i ~~ii~is~ll i~l ; lLle~ o ilillor ~~l;ilie;il\ a n1a- [,ir c re:iliro~i o pl,iiiqiiJu.

Esie crii2iiu te111 ii v;iiii;igeiii ile eqiii- libi:ii- tlc. iiiotlir s i i ~ t r i o r n iriter.iç5o dos ele- 11121110~ [>ri'\ 1~111s 5 ~ii i~)i~e\~istos, ~iiii~~cIo-os sul) o ~ l~ i i~~i i i i i i ; i t I t~r c~iiii~iiii cio 11i:iiio. h'lio ~'txlt.. ~>c~~i : i i i , ser ;iceito '/L> / Z Z ~ 1irri1; pois

pai-a Rosiii, i i i i i ei.roriIit>erso/c(i \.c1 o~jecro , se coiiiproiiieter 3 realização rio pliiiio, es- clui o dolo", o iiiesino cleveiido ocoi-rer h cibri.i.ri/io i~~riis.' ' O CP, 110riiii. tlec1;11-0~1 a irrelevãiiciii da prinieira clas iiiod;ilicl;itles do erro. e só recoiihece efeitos h ~16ei.i.iictiu se os objetos foreiii de vrilores dikreiiies, iio qiie coiitradiz a soliição rosiiii;iii;i. Ao L ~ L I ~

p:irece, o criririo de Jiikobs C o qiie iii;iis se couiiiin,i coiii ;I iiossci lei, o qiie 1130 sigiiitica clii"ie\,;i ser ele o ~itili~iitlo, iii:is siiii qiiz n ~l~iltl'lll;l dt\'e illZI1~;Il' 133I.a 0 pi'~bleii1a 2 25-

foi.y;ir-se por resolvÈ-10. Coiicl~iiiiios este ciirto coiiieiitirio ao

jiilgatlo coiii n re;itiriiiaçáo cla iiiriiliciSiici~ cI;i c;iiisiilitl;~ile para que exiska « tlolo. Niii- giitiii iizgci qiie o iigeii~e resl~oiideri [)elo h ~ i - iiiiciili~) coiisiiiiiatla. s-j;i porqiie o clss\,io c10 ileso cle cciiis~li~l~iclz C iitieqiin~lo, pai-iaiiio iiào essei~ci;iI (\\'eizeI), sej;i 1)oril~ie 1iii11;i

coiilieciiiieiito do i-isco que gcr;i\ ;i e qiic' 1èz reiilizar (J:ikobs); sej;i poriliic seli ploiio se r~;ilizo~i (ROSIII). PorCiii, ioclos estes ; I I I \ U ~ C S

ti\ eriiiii o ciiitl~icio de descer iio tipo siibjeti- \,o, pergiiiit;indo se ;I tlssyeito do iles\ io tiiii- c13 se pocleiia Fcil;ir eiii dolo. .h\ c;iiis:iliil~il~, tiesde o estiido de Rosiii sobre a teori;i tia iiiip~itação objetiva3', toriio~i-se ião 11oiico ~lecisivii, qiie iieiii iiu tipo ob~el i \~o . siiii srilz, oc~ipa iiiais 1iig;ir ~)roeiniiieiire. Qiierei. Iii- ptrtrofiá-lu a poiiio de hzè-I:] cle\,orar iiiclii- si\,< o tipo siiL?jetivo é uiiia teiid5iici;i ~ ~ e i ~ g o ~ r i i i i e i ~ t s ve~siiris[ii e irieJieval.

L>,tiiii 111.1 qti.isc iiii.iiiiiiic a CP, n u ilcci.irir .i c\i;ifiisi.i 'lu ddlu c\ciiiii:il qii.iii\lo o .igciiir. iiaiiiiiic o rimcii LI< ~ ~ o ~ l i i i i i L i isaiilt.icli~ ici1.1 .iLloi.ido 3 ~ciiii.i t1.i .iiiii?iici.i (\q.iiii-sc, 11.1 r1oii1riii.i 1113la :iiii~g.i, ~k tu i ig ld , Cù- ~ , ~ ~ ~ i i , ~ i i :<O.viii, í;i.iigu PL,ii,il. v01 I , ioiiio 11. j'crl . 170iciiac. Ria Jc J~iiciiu. 197s. p 12; Aiiib.11 Iiiiiiio. 01- i c i io l'i,ii.i/, ;"cJ . r u i i i i i l i . ForCiisc, Rio de J.IIICISO. 1967, 6-3-64; 11.1 111;iis sccciii~, U I I I C I I C ~ ~ L I S I . I \ / i ~ i ~ i ~ t ~ l

,I<, i)i,~,iii> PL,ii<i/, 'i' cd , E~1iror.i Rsvisr:i dos Tribiiiiilis. S.io PJLIIO. 1999, 1). 2 4 6 ) .i.ikob, iiioiiii;-si.]-se c\liccssiiiirciiic 'i I . C S P ~ I I O c111 IIIII c\;ci~ipIa (00. C I I , SiD-0. \'q.i-sc .I.ihiib>. Siiii/i-~~r/ir. . , S r S O e àcps l ~ o ~ l l r , sll,i~l,~L/l/ , 12, 144 c 1-15 l l u \ i i i , ob cii . 10:. cii Esra siiiiciii.~ eiiisc o !:ido oblcti\o e o siilqctivo do 11110 t.iiiibL:iii >C CIICL>II~I.<I eiir J.1-

LLIL>S. colll~l \ , \ i L > . lC i l l i .~

I<u\iii, 0 1 1 ~ i i . 12 1-16, . \ l r > . i i - clc csic .iiiriir .Issciivolvci i1111.i sci-ic clc gsiipii, iIc s:isiis. .tos iliinia iiprcrciiis solit<òi.s diicsciici.id.is {SI,#,/,L,'~!I , 12 17.7 c scgs )

IZ\>\iii, Srrriii~~Iii ... )?.i154 C seis. \'cln-sz :I iioii d; r ~ > \ l ~ p z 11" ?.

Notas sobre a conipetência na ação de execução fiscal

TEOR1 ALBLNO ZAVASCKI Ju iz do TRF - 4" Rcgibo.

Professor dc I'roccsso Civil ii,i UI-RGS

Execiiçáo fiscíil é a cliie tem por objeto 11 cobraiiçri da dívicla ativa tla Fazeiida Piibli- C;I, O L I seja, tla Uiiiào, dos Estatlos, do Distri- io Federal e das siias respectivas aiitarcliiias. Tem discipliiia procediineiiral pi-óprin, esta- Irielecida na Lei 11" 6.830, de 22.9.80. Coiisti- tiii clivicla ativa "qiialquer valor, ciijn cobranqa seja ati-ibuída por lei hs entitiades tis que ti.at:i o ar[. I"", iiciina referitl;is (S 1" do nrt. 2"), coiiipreeiidendo a divida tributi- riu e ;i iião tribiitiria ( 9 2" do art. 2"). O tir~ilo esec~iti\*o que eiiibzisa 3 deiiiaiitla é a Cei-ii- tláo de Divida Ativa, qiie "coiiterá os iiies- iiios eleiiientos c10 Teriiio de Inscriclo" (3 6" do ai-t. 2"), ato pelo q~ia l a aiitoriclade ndiiii- iiistrativa, eiii procediiiieiito próprio, docii- irirrita a liqiiidez e certeza cio crédito ( 9 5 3" a 6" do cirt. 2").

"Esec~ição fiscal" é, pois, execução para cobraiiça de qiinntia certa. Não pode sei coriçiderada coino tal a execução para entrega de coisa, oii de obr i~nçào de fazer oii de 1150 fazer, ciiJii discipliiia de coinpe- têiicia é a geral, previstii iios arts. 573 e 576 do CPC, inesiiio qiiaiido figiii-ar coiiio exe- qiierite a Fazencla Píiblica.

A Lei li0 6.830, de 22.9.S0, iiào ir.itoii da competêiicia de jiiízo, s:ilvo para estabele- cer qiie "a competiiicia para pioccssar e jiil- gar a execiii;áo &a divida atii.a da Fazsiicla Pública excliii a de q~ialiluer oiitro jiiízo. iii- cliisive o da falêrici:i, d ~ i coiicordata, da Iiqiii- daçào, da insolvêiicia oii clo iiiveiithrio" (;irt. j0), esteiiden~io, desse iiiodo, parli o credito iriío rr.ib~i(hrio da Fazeiida Piiblica, eiii privi- légio assegiirado ao crédito tributário pelo iirt. 187 do Código Tiibiitário Naciontil.

Assini, a coiiiperSiicia para 3 execii- $20 da dívida ativa tem sede iioriiiati\/;i f~iii- d;iiiiental iio irrt. 578 do CPC, do seg~iiiite teor: "Art. 578. A execiiq3o fiscal (ai-t. 585, VI) será proposta rio foro do doniicilio cio réli, se rião o tiver, no de s ~ i a resitiência oii iio Iiigar onde for eiicontraclo. Parágr;ifo iiiiico. Nii execuçáo fiscal, a Fazeiitls Piibli- cu poderi escolher o foro de qiialqiier iiiii

dos devedores, quando liouver inais de iiiri, OLI o foro de q~ialyiiei- dos cioiiiicílios tlo rEu; a aç.50 poderá airida sei- pi'opost;~ no foi-o ido liigar e111 qiie se praticou o ato oii ocori-eii o f. 'iro - que deu origeiii à ciivid;~, einboin iiele i ~ à o i~iais resida o réii, ou, aincia, iio foro tia sitiiação dqs bens, qiianclo n cli\~ida deles se origiiiar". E dispositivo qiie reprodiiz (I ~ i - r .

3. do Decreto-Lei 11" 960, de 1938 ("r\rt. 3"