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FUNDAÇÃO DOM CABRAL Programa de Especialização em Gestão Plano de Negócios: CPS (Consultoria em Processos Siderúrgicos) Alisson Paulo de Oliveira Bernardo Hermont Barcellos Gonçalves Luciana Melo Rezende Marco Antônio Gomes Fagundes Rodrigo Duarte Belo Horizonte 2010

Grupo 038 - Revisado 140210

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FUNDAÇÃO DOM CABRAL

Programa de Especialização em Gestão

Plano de Negócios: CPS (Consultoria em Processos Siderúrgicos)

Alisson Paulo de Oliveira

Bernardo Hermont Barcellos Gonçalves Luciana Melo Rezende

Marco Antônio Gomes Fagundes Rodrigo Duarte

Belo Horizonte 2010

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Alisson Paulo de Oliveira Bernardo Hermont Barcellos Gonçalves

Luciana Melo Rezende Marco Antônio Gomes Fagundes

Rodrigo Duarte

Plano de Negócios: CPS (Consultoria em Processos Siderúrgicos)

Orientador: Vinícius Castilho

Belo Horizonte

2010

Projeto Aplicativo apresentado na conclusão do Programa de Especialização em Gestão com ênfase em Negócios da Fundação Dom Cabral.

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AGRADECIMENTOS

Todos os participantes agradecem aqueles que tornaram a realização deste trabalho

possível, em especial a seus familiares, ao professor Vinícius Castilho, nosso

orientador, e aos professores e funcionários da Fundação Dom Cabral.

A seguir os agradecimentos individuais:

• Alisson Paulo de Oliveira: Agradeço à minha esposa, Michelle de Oliveira

Gonçalves, pela paciência durante todo este curso na FDC, especialmente nas

sextas-feiras à noite e nos sábados à tarde e aos meus pais e amigos. Agradeço

também aos colegas da Aços Villares S/A, Villares Metals S/A e Gerdau

Açominas S/A pelo crescimento profissional e também ao Departamento de

Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG pela formação acadêmica

obtida durante a Graduação e o Mestrado em Engenharia Metalúrgica;

• Marco Antônio Gomes Fagundes: Agradeço a Deus, aos meus pais e aos

amigos e professores da FDC!

• Bernardo Hermont B. Gonçalves: Agradeço a Deus e aos meus pais, por ter

esta oportunidade; à minha noiva Stela pelo apoio e paciência neste período de

muito estudo e trabalho na FDC; a todos os professores da ênfase de marketing

da FDC, em especial aos excelentes professores Vincent Dubois e Marcelo

Amaral, que me proporcionaram a maior parte dos conhecimentos necessários

para a realização deste bom trabalho; ao Prof. Vinícius Castilho, pelo apoio e

ótimo trabalho de orientação.

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EPÍGRAFE

“A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao

passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.”

Albert Einstein

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RESUMO

Este projeto foi elaborado no intuito de se verificar, através de um Plano de

Negócios, a viabilidade técnica, financeira e de mercado de uma empresa de

consultoria cujo objetivo é a redução de custos através da minimização da

variabilidade estatística e do modelamento matemático de processos siderúrgicos de

conformação mecânica. As ferramentas propostas são aquelas oriundas das

práticas Six Sigma de minimização da variabilidade estatística de processos além de

técnicas de Inteligência Artificial para o modelamento matemático. Desta forma, o

foco do trabalho foi apresentar as principais características empresariais necessárias

a uma Consultoria projetada para atuar neste dinâmico setor da economia Brasileira.

Foram analisados as características de negócio, aspectos técnicos e financeiros,

produtos, principais empresas clientes do setor e as ações mercadológicas

necessárias para a evolução desta Consultoria, cujo nome escolhido é CPS

(Consultoria em Processos Siderúrgicos). Assim sendo, espera-se que este projeto

colabore para o crescimento pessoal e profissional de seus autores e proporcione

uma base sólida, necessária para a eventual exploração comercial desta proposta

de negócios.

Palavras chave: Plano de Negócios, Consultoria, Variabilidade, Processos de

Conformação Mecânica, Siderurgia, Six Sigma, Inteligência Artificial.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Processo de redução de minério de ferro, elaboração do aço líquido e

lingotamento convencional e contínuo. 11

Figura 2 Processo produção de produtos siderúrgicos a partir das matérias primassolidificadas de aço.

12

Figura 3 Relação entre as estratégias genéricas de Porter (1980) e as disciplinas deValor de Treacy e Wiersema.

21

Figura 4 Forças diretrizes da competição na indústria. 24

Figura 5 Matriz SWOT. 30

Figura 6 Fluxo de Caixa. 44

Figura 7 Tópicos analisados na Pesquisa Facilidade de Fazer Negócios. 64

Figura 8 Potencial Estimado de Faturamento (R$) para o primeiro ano da consultoria. 76

Figura 9 Faturamento Potencial da CPS (R$) estimado por Cliente para o primeiroano de consultoria.

77

Figura 10 Ciclo de vida de um produto (Faturamento $ x tempo t) e seu compostomercadológico recomendado para a fase de introdução no mercado

80

Figura 11 Organograma da Empresa 88

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 Produtos da CPS. 53

Tabela 2 Cenários para a CPS. 54

Tabela 3 Principais usinas siderúrgicas brasileiras da área de longos. Fonte: Sites dasrespectivas empresas.

57

Tabela 4 Ranking Facilidade de Fazer Negócios. 64

Tabela 5 Matriz SWOT 71

Tabela 6 Análise Forças e Fraquezas versus Oportunidades e Ameaças. 72

Tabela 7 Fatores Críticos de Sucesso. 74

Tabela 8 Produtos da CPS. 81

Tabela 9 Variáveis de Processo de Conformação Mecânica. 82

Tabela 10 Preços. 84

Tabela 11 Tabela de faturamento e margem bruta de contribuição em função do produtopara um cliente com produção de 400.000 ton./ano.

85

Tabela 12 Exemplo de planilha a ser apresentada aos clientes potenciais, indicando o preço de cada produto CPS e simulando a economia potencial a ser obtida pelasiderúrgica-cliente com cada um deles no período de cinco anos. Considerada uma usina com produção de 400.000 ton./ano e a cotação de US$1,00 = R$1,80.

86

Tabela 13 Cargos e Salários. 89

Tabela 14 Distribuição dos Consultores por Projeto. 90

Tabela 15 Fluxo de Caixa do Projeto. 92

Tabela 16 Indicadores de Viabilidade Cenário Realista. 93

Tabela 17 Cenários para a CPS. 94

Tabela 18 Cenários para a CPS.

96

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO 10

1.1 – Contextualização 10

1.2 – Relevância 14

1.3 – A problemática 15

1.4 – Objetivos 15

1.5 – Método para Construção do Projeto 15

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16

2.1 – O Plano de Negócios 16

2.2 – Introdução ao Projeto Aplicativo 16

2.3 – A ideologia 17

2.4 – O Posicionamento Estratégico 20

2.5 – A Análise Externa 23

2.6 – A análise SWOT 29

2.7 – Os Fatores Críticos de Sucesso 31

2.8 – O Plano Estratégico de Marketing 33

2.9 – O Plano Financeiro 43

2.10 – O Plano de Gerenciamento de Projetos 48

3 – DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS 51

3.1 – Sumário Executivo 51

3.2 – Dados do Setor (Principais Empresas) 54

3.3 – A ideologia do Negócio 59

3.4 – A Estratégia Genérica adotada pela CPS 60

3.5 – Análise do Macroambiente 60

3.6 – Análise do Setor 65

3.7 – Análise SWOT 70

3.8 – Os Fatores Críticos de Sucesso 73

3.9 – O Plano de Marketing 74

3.10 – O Plano de Pessoas 88

3.11 – O Plano Financeiro 90

3.12 – O Plano de Projetos 94

4 – CONCLUSÔES 95

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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97

6 – ANEXOS 102

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1 – INTRODUÇÃO

1.1 – Contextualização

Siderurgia é o ramo da metalurgia que se dedica à fabricação e tratamento do aço.

Antes de qualquer coisa, porém, é de suma importância definir o que é a metalurgia.

A metalurgia é o conjunto de técnicas que o homem desenvolveu com o decorrer do

tempo que lhe permitiu extrair e manipular metais e gerar ligas metálicas. Os

primeiros metais a serem descobertos foram os metais nobres (Ouro, Prata), que por

não reagirem com outros elementos podiam ser encontrados na sua forma bruta na

natureza. Esses metais passaram a ser trabalhados quando se descobriu que o

calor poderia tornar mais fácil a sua manipulação. Acredita-se que, por volta de

2.500 a.C., surgiram as primeiras ligas metálicas, com a adição de estanho ao

cobre, gerando o bronze, uma liga metálica que tinha propriedades superiores às do

cobre. O ferro demorou um pouco mais para começar a ser trabalhado, pois não se

encontra ferro bruto na natureza.

O aço é produzido a partir do ferro em estado líquido, ou fundido, o chamado Ferro-

Gusa, produzido pelo Alto-Forno, o qual apresenta altos teores de Carbono,

superiores a 1,2% em peso. Para se obter o aço realiza-se uma operação de

redução de carbono do ferro-liga, em equipamentos chamados Conversores LD ou

mesmo através de Fornos Elétricos. Nestes equipamentos, com o Ferro-Gusa em

temperaturas superiores a 1.600ºC, injeta-se oxigênio em velocidades supersônicas

com o intuito de forçar a reação com o Carbono. Desta forma, com a formação de

CO e CO2, consegue-se reduzir o teor de Carbono enquanto que simultaneamente

adicionam-se os chamados Fe-Ligas (Exemplo: Ferro Nióbio, Ferro Vanádio, Ferro

Manganês, Ferro Cromo, etc.) com o objetivo de produzir o aço de acordo com o uso

final pretendido. Desta forma o aço é uma liga de Ferro com baixas concentrações

de Carbono (Até 1,1%) e com teores de outros elementos de liga, adicionados

intencionalmente com a intenção de conferir ao produto final as mais diversas

características.

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Dependendo do uso final do produto constituído de aço pode ser necessário um

controle ainda mais apurado de sua composição química. Assim sendo, torna-se

necessário o uso de etapas adicionais de refino, onde equipamentos especiais

(Exemplo: Forno Panela, Desgaseificador, etc.) conseguem proporcionar ao aço

líquido uma composição final extremamente balanceada, de acordo com rígidas

especificações de uso final.

Com o aço ainda líquido, inicia-se o processo de Lingotamento. Neste processo, o

objetivo é dar forma sólida ao aço ainda líquido, a qual é função de seu

processamento posterior. Desta forma têm-se lingotes, placas, blocos, tarugos,

beam blanks, etc.. Os processos utilizados podem ser o Lingotamento Convencional,

onde o aço líquido é vazado em Lingoteiras, formando assim os lingotes, ou o

Lingotamento Contínuo, onde o aço é vazado continuamente em formatos

específicos, próximos à forma final para o qual foi projetado, vide figura 1:

Figura 1: Processo de redução de minério de ferro, elaboração do aço líquido e lingotamento

convencional e contínuo. Dalmolim (2009)

Finda esta etapa, parte-se para o processo de conformação mecânica, o qual se

divide em inúmeros outros processos, tais como Forjamento, Laminação, etc. Neste

processo procura-se dar forma final ou mesmo intermediária ao aço em estado

sólido. São utilizados equipamentos chamados Laminadores os quais possuem

diversas configurações, sempre de acordo com o produto final (Ou intermediário) a

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ser obtido. Como exemplo cita-se: O Lingotamento Contínuo de Placas que produz

placas as quais são laminadas para se obter as chamadas Tiras a Quente e Tiras a

Frio. Estes produtos ainda serão novamente processados visando a obtenção de

peças automobilísticas, tais como capôs, portas, etc. Outro exemplo: Os tarugos

lingotados serão laminados visando a obtenção de fio-máquina, matéria prima para

a obtenção de parafusos e arames. Desta forma têm-se inúmeros produtos finais, ou

intermediários de aço, conforme mostrado na figura 2, abaixo.

Figura 2: Processo produção de produtos siderúrgicos a partir das matérias primas solidificadas de

aço. Dalmolim (2009).

Tais propriedades são função do processo de conformação mecânica utilizado e

refletem a eficiência do próprio processo. Uma das características mais importantes

dos produtos em aço são as chamadas Propriedades Mecânicas, as quais refletem a

resistência do material frente a solicitações mecânicas. Para produtos estruturais

esta é uma característica muito importante, utilizada no projeto de estruturas

metálicas. Estando dentro de certos limites, esta característica torna uma estrutura

totalmente segura em termos de esforços e oscilações. Existe uma faixa, ou valores

mínimos a serem atendidos, a qual é função da especificação técnica adotada.

Estas variáveis podem ser combinadas em um modelo matemático visando a

previsão das Propriedades Mecânicas destes produtos com base na alteração do

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valor destas variáveis. Para tal, podem ser utilizadas diversas metodologias,

destacando-se as Redes Neurais Artificiais e a Regressão Múltipla (Linear e Não

Linear). Este modelo matemático permite propor novas abordagens de processo

visando reduzir os custos de produção ligados ao consumo de elementos de liga

(Fe-Ligas), insumos estes de grande custo para uma usina siderúrgica. Faz parte da

natureza do modelo matemático o aumento de sua capacidade preditiva (E de sua

eficiência) em função da minimização da variabilidade estatística dos dados a serem

modelados.

A flutuação dos valores destas variáveis de processo ao longo do tempo gera uma

variabilidade estatística. Essa é oriunda do descontrole e não racionalização dos

diversos sub-processos responsáveis pela definição da microestrutura do aço, a qual

define suas propriedades mecânicas. O projeto de composição química dos aços

considera esta variabilidade estatística a qual ocasiona o aumento no consumo dos

Fe-Ligas. Portanto, é também possível reduzir os custos de produção, através da

redução no consumo dos Fe-Ligas, desde que a variabilidade estatística das

propriedades mecânicas seja minimizada.

Desta forma têm-se a seguinte situação: Há disponibilidade de uma ferramenta

matemática de previsão de Propriedades Mecânicas juntamente com o uso de

práticas que visam melhorar sistematicamente os processos, através da eliminação

de defeitos e o atendimento a rígidas especificações de controle (Six Sigma). Estas

práticas têm como objetivo principal a redução da variabilidade estatística do

processo de conformação mecânica, a qual tem impacto direto nos custos de

produção. Desta forma, é possível explorar este mercado através de uma empresa

de consultoria, cujo produto principal é o modelamento matemático do processo de

conformação mecânica aliado à redução na variabilidade estatística.

Segundo Oliveira (2008), as ferramentas de modelagem matemática estão sendo

cada vez mais usadas no meio industrial. O objetivo é a redução de custos e

aumento da produtividade dos processos de fabricação. O modelo matemático pode

permitir a compreensão da estrutura de um sistema, a previsão do seu

comportamento em função da alteração de suas variáveis e, também, a otimização

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dos parâmetros de processo de modo a assegurar máximo rendimento e menores

custos.

Conforme Oliveira (2008), dentro do setor siderúrgico uma pequena redução de

custo obtida por tonelada de produto final representa um ganho considerável uma

vez que os volumes produzidos são da ordem de milhões de toneladas anuais.

1.2 – Relevância

O mercado siderúrgico no Brasil é caracterizado pela grande diversidade de

produtos em aço, tanto na linha conhecida como de planos quanto na de longos. O

volume total produzido (Base 2008) foi igual a 20,3 milhões de toneladas (MT),

sendo 11,5 MT para a linha de planos e o restante (8,8 MT) para a linha de longos.

De acordo com a Revista Fator Brasil (2007), têm-se as seguintes informações

sobre o setor siderúrgico brasileiro:

• Parque Produtor de Aço: 25 usinas (11 integradas e 14 semi-integradas),

administradas por 13 empresas;

• Faturamento Líquido: R$ 61,5 bilhões (US$ 31.8 bilhões);

• Impostos Pagos: R$ 12,6 bilhões (US$ 6.6 bilhões);

• Capacidade Instalada: 41 milhões de toneladas anuais de aço;

• 9º Produtor no Ranking Mundial (em toneladas de aço bruto): Brasil: 33,8

milhões de toneladas; Mundial: 1.344,1 milhões de toneladas; América Latina:

67 milhões de toneladas;

• Efetivo Total: 121.597; efetivo próprio: 64.475; efetivo de terceiros: 57.122;

• Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 1,4%;

• Exportações: 10,3 milhões de toneladas.

Como informado, a grande variabilidade existente no processo siderúrgico pode

gerar um custo adicional no produto final. Quando se tem um processo mais

controlado é possível reduzir o custo do produto. Por exemplo, dentro da redução de

custos com Ferros-Liga, considerando-se uma redução média de US$ 1,50 por

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tonelada de produto laminado produzido (Planos e Longos) vislumbra-se uma

economia anual de US$ 38.400.000,00 considerando o ano de 2007 (Volumes

obtidos no site do IBS, Instituto Brasileiro de Siderurgia).

1.3 – A problemática

Diante do exposto, este projeto tem o intuito de responder a seguinte questão: é

viável técnica, financeira e mercadologicamente criar uma empresa de consultoria

focada no modelamento de processos de conformação mecânica, aliada à redução

de variabilidade de processos siderúrgicos de Conformação Mecânica?

1.4 – Objetivos

Objetivo geral: O objetivo é elaborar um Plano de Negócios com o intuito de

responder a questão acima.

Objetivos específicos:

• Analisar a viabilidade técnica por meio de um Plano de Projetos;

• Analisar a viabilidade mercadológica por meio de um Plano de Marketing;

• Analisar a viabilidade econômico-financeira por meio de um Plano Financeiro.

1.5 – Métodos para construção do projeto

O presente projeto começará com uma introdução. Em seguida a construção de uma

fundamentação teórica, a definição da metodologia, da ideologia do negócio e da

estratégia competitiva. Logo em seguida, abordará as variáveis do macro-ambiente,

uma análise do setor, uma análise de SWOT e a respectiva definição de ações

estratégicas. Posteriormente, tratará dos fatores críticos de sucesso e das

estratégias para monitorá-los. Por fim, serão elaborados os planos de marketing,

operacional e financeiro além do Gerenciamento de Projetos aplicados à abertura da

consultoria e de seu funcionamento propriamente dito.

A seguir será explorada a fundamentação teórica do Projeto Aplicativo.

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2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – O Plano de Negócios

Segundo Dolabela (1999), o Plano de Negócios é um documento que objetiva

demonstrar com detalhes quem são os empreendedores, qual é o produto, quais e

quantos são os clientes, qual é o processo tecnológico de produção e vendas, qual é

a estrutura de gerenciamento, quais são as projeções financeiras para o fluxo de

caixa, receitas, despesas, custos e lucros.

De acordo com Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que “destrói" a ordem

econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de

novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.

Ainda segundo Dolabela (1999), o Plano de Negócios objetiva também estruturar as

principais idéias que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da

empresa a ser criada. Estas informações são organizadas de forma a manter uma

seqüência lógica que permita a qualquer leitor do Plano de Negócios entender como

sua empresa é organizada, seus objetivos, seu mercado, seus produtos e serviços,

sua estratégia de marketing e sua situação financeira.

No próximo parágrafo uma descrição da estrutura do Plano de Negócios.

2.2 – Introdução ao Projeto Aplicativo

A seguir será realizado o desenvolvimento da fundamentação teórica a qual será a

base do Plano de Negócios. Serão mostrados os aspectos teóricos relativos à:

• Ideologia;

• Estratégias Competitivas;

• Analise do Macro-Ambiente;

• Analise do Setor;

• Analise SWOT;

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• Fatores Críticos de Sucesso;

• Plano de Marketing;

• Plano de Projetos;

• Plano Financeiro.

Desta forma será explorada, inicialmente, a questão da Ideologia do Negócio, ou

seja, a definição do Negócio, a Missão, a Visão e os Valores. Estes aspectos estão

intrinsecamente ligados ao Projeto Aplicativo uma vez que o mesmo trata do Plano

de Negócios de uma empresa de Consultoria.

2.3 – A Ideologia

2.3.1 – A definição de Negócio

Conforme Abell (1991), a definição do negócio depende fortemente da identificação

da abrangência das atividades da empresa e da diferenciação, tanto de seus

produtos nos segmentos, quanto dos mesmos em relação aos concorrentes.

Segundo Abell (1991), a empresa deve definir o seu negócio em função de três

dimensões. A dimensão de quem está a ser satisfeito (que grupos de

consumidores), a dimensão de o que está a ser satisfeito (que necessidades dos

consumidores) e a dimensão do como estão as necessidades a serem satisfeitas

(por que capacidades ou competências distintivas).

Ainda de acordo com Abell (1991), ao longo das três dimensões, a abrangência e a

diferenciação definem o negócio.

Uma vez definido o negócio da empresa é necessário determinar sua missão.

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2.3.2 – A Missão

Segundo Drucker (2003), uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou

produto que faz. Ela se define pela sua missão. A missão é a razão de existir da

organização. Somente com a definição clara da missão os objetivos da empresa se

tornam claros, realistas e possíveis.

Ainda segundo Drucker (2003), definir a missão de uma empresa é difícil, doloroso e

arriscado, mas é só assim que se consegue estabelecer políticas, desenvolver

estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. “É só assim que uma

empresa pode ser administrada, visando um desempenho ótimo.”

Segundo Kotler (2000), a missão organizacional é o motivo pelo qual a empresa

existe, ou seja, a sua razão de ser. Uma missão bem difundida desenvolve nos

funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização.

Uma missão bem explícita atua como uma mão invisível que guia os funcionários

para um trabalho independente, mas coletivo, na direção da realização dos

potenciais da empresa.

Após definir a missão é necessário definir onde se quer chegar. Esse tema trata da

visão da empresa e será apresentado no item a seguir.

2.3.3 – A Visão

Para Pagano (2002), a visão de futuro pode ser entendida como a intenção

estratégica da organização: Um sonho distante, desafiador, porem realizável.

De acordo com Kotler e Armstrong (1995), a visão pode ser considerada como os

limites os quais os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar

dentro de uma abordagem mais ampla e um período de tempo mais longo. Por meio

da visão é possível identificar quais são os desejos e as expectativas dos acionistas

e pessoas da alta direção da empresa, tendo em vista que esses desejos são

responsáveis pelo delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e

implementado.

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Para Collins e Porras (2000), o mesmo fenômeno que ocorre com os grandes

navegadores ocorre nas grandes empresas. Os grandes navegadores sempre

sabem onde fica o norte. Sabem aonde querem ir e o que fazer para chegar a seu

destino. Com as grandes empresas acontece a mesma coisa: Elas têm visão. É isso

que lhes permite administrar a continuidade e a mudança simultaneamente.

Em seguida serão apresentados os conceitos sobre os valores de uma empresa.

2.3.4 – Os Valores

Para Tavares (2000), os valores servem como instrumento para avaliar e dar

significado à direção buscada pelos participantes da organização. São eles que

evitam que o senso de propósito seja imoral ou antiético e estabelecem a natureza e

o sentido entre o vínculo e a visão e tomada de decisão.

Tavares (2000) sugere que sejam feitos os seguintes questionamentos antes da

divulgação dos princípios e valores:

• Tem substância? Contem crenças, valores e princípios que justifiquem seu

registro?

• São factíveis? A Organização pratica ou pode praticá-los conforme

enunciados? Representam situações que permitem determinar exatamente

sua praticidade?

• São acessíveis? Todos os níveis e membros da organização podem entender

os enunciados e comprometer-se com eles? Eles estão devidamente

documentados e divulgados?

• São coerentes? Representam um conjunto de idéias que guardam significado

e relevância entre si?

Já segundo Collins e Porras (2000), os valores básicos ou centrais de uma empresa

são as doutrinas essências e duradouras da organização que não devem ser

confundidos com práticas culturais ou operacionais.

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Para Kotler e Armstrong (1995), os dirigentes das empresas evidenciam os valores

de uma empresa como os parâmetros orientados para a tomada de decisão,

assegurando assim o alinhamento da base estratégica corporativa.

Em seguida será analisado o posicionamento estratégico da empresa, para, como o

próprio nome diz, definir a estratégia da empresa quanto ao mercado em que

pretende atuar, ou seja, como se posiciona neste mercado.

2.4 – O Posicionamento Estratégico

De acordo com Porter (1980), a estratégia consiste em criar uma posição muito

valiosa englobando um conjunto de atividades. O posicionamento estratégico, que é

resultado da essência da estratégia, consiste em escolher atividades e meios

diferentes daqueles escolhidos pelos concorrentes. A estratégia deve sempre

antecipar as necessidades e ter impacto direto nos objetivos traçados.

Porter (1980), em sua pesquisa, identificou a existência de três estratégias genéricas

que podem ser usadas para se criar uma posição sustentável. São elas:

• Liderança em Custo: Todos os esforços da empresa estão voltados para a

redução nos custos de operação e distribuição. A otimização dos processos é

uma constante com o objetivo único de reduzir os gastos da empresa. Apesar

do custo baixo de produção essa estratégia não implica na oferta do menor

preço ao mercado. Significa que a empresa busca os menores custos de

produção. Possui como principal vantagem a proteção da empresa em caso

de crise no setor, pois a erosão dos lucros afetará primeiramente os

concorrentes;

• Diferenciação: procura diferenciar os produtos e ou serviços da empresa em

relação aos produtos e ou serviços que os concorrentes oferecem. A empresa

está voltada para a construção de algo considerado único no setor. Se

alcançada, essa estratégia permite retornos acima da média, a formação de

consumidores fiéis a marca e menos sensíveis a preço e a blindagem contra

a competição;

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• Enfoque: procura concentrar esforços em atender um segmento específico de

mercado. Nesse nicho de mercado a empresa escolherá uma das duas outras

estratégias para atuar nesse mercado. A estratégia de enfoque tem a

premissa de que a empresa será capaz de atender melhor um nicho

específico do que aquela que atende todo o mercado;

Segundo Porter (1980), a adoção de qualquer estratégia competitiva tem suas

armadilhas e riscos. Na estratégia de liderança em custo, as principais são: a

possibilidade de acabar com qualquer chance de diferenciação; a excessiva

importância que se dá à fabricação; a dificuldade de se estabelecer um critério de

controle de custos; a possibilidade de aparecer um novo concorrente com nova

tecnologia ou novo processo que possa vir a conquistar parcela significativa de

mercado ou o mercado passe a valorizar o produto por critérios diferentes.

Para Porter (1980), na estratégia de diferenciação, as principais armadilhas são

representadas pela diferenciação excessiva, pelo preço muito elevado, por um

enfoque exagerado no produto e pela possibilidade de ignorar os critérios de

sinalização.

Na estratégia de foco o risco é o desaparecimento da demanda esperada e os

concorrentes com alvos mais amplos dominarem o segmento.

A partir das estratégias genéricas de Porter, Treacy e Wiersema (1998) aprimoraram

o conceito e desenvolveram as disciplinas de valor. Essas disciplinas de valor são

uma evolução das estratégias genéricas de Porter (1980) e foram desenvolvidas da

seguinte forma:

Figura 3: Relação entre as estratégias genéricas de Porter (1980) e as disciplinas de Valor de Treacy

e Wiersema (1998).

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Segundo Treacy e Wiersema (1998), existem três disciplinas de valor que são:

• Excelência Operacional: As empresas operacionalmente excelentes buscam

adequar todos os seus processos de modo a reduzir os custos de toda a sua

cadeia produtiva. A padronização, a simplificação e a otimização dos

processos são outras características do seu modelo operacional. Os seus

produtos e serviços não possuem variedade e possuem preços mais baixos

se comparados com a concorrência. A inovação de produtos, se existir, é

mínima, pois o foco é a redução drástica dos custos do produto;

• Liderança no produto: As empresas que buscam a liderança no produto

focam em oferecer produtos diferenciados ao mercado. O desempenho de

seus produtos deverão ser superiores aos de seus concorrentes, e, se

possível, ser único no mercado. A inovação e o desenvolvimento de novos

produtos fazem parte do processo produtivo dessas empresas buscando

sempre oferecer algo a mais ou único aos seus clientes. A criatividade é

altamente desejada e incentivada. Os processos são flexíveis e as tomadas

de decisão são rápidas para possibilitar o pioneirismo no mercado;

• Intimidade com o cliente: As empresas que buscam intimidade com o cliente

buscam entender as necessidades dos seus clientes, geralmente em um

nicho específico, e atende-las de maneira personalizada. O objetivo é criar

um relacionamento duradouro, e, se possível, exclusivo. O foco está na

necessidade dos clientes, e os produtos e serviços ofertados são soluções

específicas, voltadas para o cliente. A participação do cliente é intensa no

desenvolvimento do produto;

As seções seguintes irão analisar a questão do macro ambiente em que uma

organização se encontra e quais são os aspectos mais importantes que impactam

sua operação. Tem relação direta com o projeto da Consultoria, já que a mesma foi

concebida para operar em um ambiente altamente complexo que é o setor

siderúrgico.

Page 23: Grupo 038 - Revisado 140210

23

2.5 – A Análise Externa

2.5.1 – Análise do Macroambiente

Segundo Kotler (2000), em um cenário global em rápida alteração, a Organização

deve monitorar seis forças importantes, descritas a seguir.

1) Ambiente demográfico: É a primeira força macro ambiental que os profissionais

de marketing monitoram. Aspectos de interesse: Tamanho e taxa de crescimento da

população, distribuição das faixas etárias e sua composição étnica, níveis de

instrução, padrões domiciliares, características e movimentos regionais;

2) Ambiente Econômico: O poder de compra de uma economia depende da renda,

dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito;

3) Ambiente Natural: A deterioração do ambiente natural é uma importante

preocupação global. A escassez de matérias primas, o custo mais elevado de

energia, os níveis mais altos de poluição e a mudança de papel dos governos;

4) Ambiente Tecnológico: É uma das forças que mais afetam a vida das pessoas. A

taxa de crescimento da economia é afetada pelo número de novas tecnologias

importantes que são desenvolvidas;

5) Ambiente político-legal: Esse ambiente é formado por leis, órgãos governamentais

e grupos de pressão que influenciam e limitam várias organizações e indivíduos. Às

vezes essas leis criam novas oportunidades e negócios;

6) Ambiente Sociocultural: A sociedade molda nossas crenças, nossos valores e

normas. As pessoas absorvem quase que inconscientemente, a visão de mundo que

define seu relacionamento com si mesmas, com outras pessoas, com organizações,

com a sociedade, com a natureza e com o universo.

A seguir a fundamentação teórica da análise de Setor.

Page 24: Grupo 038 - Revisado 140210

24

2.5.2 – Análise de Setor

2.5.2.1 – As Cinco Forças de Porter

Conforme Porter (1980), a essência da formulação da estratégia competitiva é o

relacionamento da companhia com seu ambiente. Embora o ambiente relevante seja

muito amplo, englobando forças sociais e econômicas, o aspecto chave do ambiente

da companhia é a indústria ou indústrias na qual ela compete. Já que forças

externas normalmente afetam todas as companhias em uma indústria, a chave é

encontrada nas habilidades diferenciadoras das companhias ao lidar com elas.

Ainda de acordo com Porter (1980), a intensidade da competição em uma indústria

não é uma questão de coincidência nem má sorte. O estado da competição em uma

indústria depende de cinco forças competitivas básicas, mostradas na figura abaixo.

O vigor coletivo destas forças determina o lucro definitivo na indústria, onde o

potencial de lucro é medido em termos de retorno em longo prazo do capital

investido.

Figura 4: Forças diretrizes da competição na indústria. Porter (1980).

Conforme Porter (1980), as cinco forças competitivas: Novos Entrantes, Ameaça de

Substituição, Poder de Barganha de Fornecedores e Compradores e Rivalidade

Page 25: Grupo 038 - Revisado 140210

25

entre Concorrentes refletem o fato de que a competição em uma indústria vai além

dos “players” estabelecidos. Consumidores, fornecedores, substitutos e entrantes

potenciais são todos competidores para companhias na indústria e podem ser mais

ou menos proeminentes dependendo das circunstâncias particulares. Competição

neste sendo expandido pode ser denominada “rivalidade estendida”.

Todas as cinco forças competitivas, juntas, determinam a intensidade da competição

na indústria e sua lucratividade, e a força, ou forças mais atuantes, estão

governando e se torna crucial a partir do ponto de vista da formulação da estratégia,

conforme Porter (1980).

Inúmeras e importantes características técnicas e econômicas de uma indústria são

críticas para o vigor de cada força competitiva. Elas serão discutidas uma a uma.

a) Ameaça de Entrada: Novos entrantes em uma indústria trazem nova capacidade,

o desejo de ganhar participação de mercado, e freqüentemente recursos

substanciais. Os preços podem ter baixos lances ou os custos de operação

inflacionados como resultado, reduzindo a lucratividade.

A ameaça de entrada em uma indústria depende das barreiras à entrada que estão

presentes, juntamente com a reação dos competidores existentes, que o entrante

pode esperar, conforme Porter (1980).

Há sete grandes fontes de barreira à entrada:

• Economia de Escala: Se refere ao declínio no custo unitário de um produto

quando o volume absoluto por período aumenta. Desencoraja a entrada por

forçar o entrante a começar em grande escala e arriscar uma forte reação de

companhias existentes ou começar com uma pequena escala e aceitar uma

desvantagem no custo, ambas as opções indesejáveis;

• Diferenciação de Produto: Significa que companhias estabelecidas possuem

diferenciação de marca e lealdade do consumidor o que vem de propaganda

passada, serviço ao consumidor, diferenças no produto, ou simplesmente por

Page 26: Grupo 038 - Revisado 140210

26

ter sido o primeiro na indústria. A diferenciação cria uma barreira à entrada

por forçar os entrantes a gastar de maneira exorbitante para vencer lealdades

existentes de consumidores;

• Requisitos de Capital: A necessidade de investir grandes recursos financeiros

de modo a criar uma barreira à entrada, particularmente se capital é requerido

para atividades arriscadas ou irrecuperáveis, pagas antecipadamente, tais

como propagandas ou pesquisa e desenvolvimento;

• Custos de troca: Uma barreira à entrada é criada pela presença de custos de

troca, isto é, custos que ocorrem quando o comprador muda de fornecedor de

um produto. Se estes custos de troca forem elevados, então os novos

entrantes precisam oferecer uma maior melhoria em custo ou desempenho de

modo que o comprador se incline a realizar a troca;

• Acesso a canais de distribuição: Uma barreira à entrada pode ser criada pelas

necessidades dos novos entrantes pela distribuição segura de seus produtos.

Na medida em que distribuição lógica para os produtos já têm sido fornecida

por companhias estabelecidas, a nova companhia precisa persuadir os canais

para aceitar seu produto através de queda nos preços, subsídios em

propaganda cooperativa e atrativos similares, o que reduz o lucro.

• Desvantagens de custos independentes de escala: Companhias

estabelecidas podem ter vantagens de custo não replicáveis por potenciais

entrantes, não importando seu tamanho e economias de escala atingidas. As

vantagens mais críticas são:

o Tecnologia proprietária de produto;

o Acesso favorável a matérias-primas;

o Localização favorável;

o Subsídios governamentais;

o Curva de aprendizado ou de experiência.

Page 27: Grupo 038 - Revisado 140210

27

• Política governamental: A última maior fonte de barreiras de entrada é a

política governamental. O governo pode limitar ou mesmo impedir a entrada

em indústrias com controles, tais como requisitos de licenciamento e limites

no acesso à matéria prima. Restrições governamentais mais sutis à entrada

podem vir de controles, como, por exemplo, padrões de poluição do ar e da

água, segurança de produtos e regulamentos de eficácia.

b) Intensidade da Rivalidade entre competidores existentes: A intensidade entre

competidores existentes toma a forma familiar de uma corrida de cavalos na qual a

busca por posições é o objetivo final, usando táticas como competição por preços,

batalhas publicitárias, introduções de produtos ou garantias. Se os movimentos e os

contra movimentos se intensificam, então todas as companhias dentro daquela

indústria em particular podem sofrer e se tornarem piores do que antes.

A rivalidade em algumas indústrias é caracterizada por algumas frases, tais como

“bélico“, “implacável”, “degola”, enquanto que em outras indústrias é denominada

“educada”, ou “entre cavalheiros”. A intensa rivalidade é o resultado da interação de

inúmeros fatores estruturais, tais como:

• Competidores numerosos ou igualmente equilibrados;

• Crescimento lento da indústria;

• Elevados custos fixos ou de armazenamento;

• Falta de diferenciação ou custos de troca;

• Capacidade aumentada em grandes incrementos;

• Competidores diversos;

• Elevados prêmios estratégicos;

• Elevadas barreiras à saída.

c) Pressão de produtos substitutos: Todas as companhias em uma indústria estão

competindo, em uma ampla perspectiva, com indústrias produzindo produtos

substitutos. Os substitutos limitam os retornos potenciais de uma indústria por impor

um teto nos preços que as companhias podem aumentar visando lucro.

Page 28: Grupo 038 - Revisado 140210

28

Produtos substitutos que merecem a maioria das atenções são aqueles que (1)

estão sujeitos a tendências que melhoram sua troca por preço-desempenho com o

produto da indústria, ou (2) são produzidos por indústrias com elevados lucros.

d) Barganhando poder de Compradores: Os compradores competem com a indústria

forçando-os a reduzir seus preços, barganhando por alta qualidade ou mais

serviços, e jogando competidores uns contra os outros. Tudo à custa da

lucratividade da indústria. Um grupo comprador é forte se as seguintes condições

são verdadeiras:

• É concentrado ou compra grandes volumes em relação às vendas do

vendedor;

• O produto que ele compra da indústria representa uma fração significativa dos

custos ou compras do comprador;

• O produto que ele compra da indústria é padrão ou sem diferenciação;

• Ele enfrenta poucos custos de troca;

• Ele recebe baixos lucros;

• Compradores colocam uma ameaça de crédito de integração reversa;

• O produto da indústria não é importante para a qualidade do produto ou

serviço do comprador;

• O comprador possui informação total.

e) Barganhando poder de Fornecedores: Fornecedores podem exercer poder de

barganha sobre participantes em uma indústria pela ameaça de elevar os preços ou

reduzir a qualidade dos bens ou serviços adquiridos. Um grupo de fornecedores é

poderoso se os seguintes fatores se aplicam:

• Ele é dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a

indústria para a qual ele vende;

• Ele não é obrigado a competir com outros produtos substitutos à venda para a

indústria;

• A indústria não é um consumidor importante do grupo fornecedor;

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29

• O produto do fornecedor é uma entrada importante para o negócio do

comprador;

• Os produtos do grupo de fornecedores são diferenciados ou possuem custos

de troca acumuladas;

• O grupo fornecedor apresenta uma ameaça de crédito de integração

avançada.

A seção seguinte irá tratar da análise SWOT. Nesta ter-se-á a definição dos Pontos

Fortes, das Fraquezas, das Oportunidades e Ameaças às quais uma organização

está submetida em seu ambiente.

2.6 – A Análise SWOT

Com os dados provenientes da análise interna e externa é possível elaborar a matriz

SWOT, e a partir daí fazer a sua análise. A análise SWOT é uma ferramenta capaz

de analisar o posicionamento da organização em relação ao setor em que ela está.

Segundo Kotler (2000), a análise SWOT é um desenho das oportunidades e

fraquezas da empresa em relação às ameaças e oportunidades identificadas no

ambiente externo. O termo SWOT vem do inglês strengths, weaknesses,

opportunities e threats que traduzidos significam forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças.

Para Kotler (2000), a análise SWOT subdivide-se na análise do ambiente interno,

através da observação das forças e fraquezas da empresa, e na análise do

ambiente externo através da análise das ameaças e das oportunidades do setor.

De acordo com Kotler (2000), a análise do ambiente externo é composta pelo

monitoramento das forças macro ambientais como o contexto sociocultural e as

modificações tecnológicas, por exemplo, e de agentes econômicos como, por

exemplo, os clientes, os concorrentes, os distribuidores e os fornecedores.

Conforme Kotler (2000), a análise do ambiente interno, como o próprio nome diz,

refere-se ao universo da organização como produtividade da mão de obra, poder da

marca, localização, capacidade técnica dos empregados, etc..

Page 30: Grupo 038 - Revisado 140210

30

Para Kotler (2000), ao confrontar a análise do ambiente externo com a análise do

ambiente interno tem-se a Matriz SWOT e uma melhor visualização da posição da

empresa. A partir daí as estratégias poderão ser formuladas de acordo com os seus

objetivos.

A Matriz SWOT, exibida na figura 5, possui quatro quadrantes e cada quadrante

requer uma análise para definir a estratégia.

Forças Fraquezas1 2

Exploração Crescimento3 4

Monitoramento Sobrevivência

Ambiente Interno

Ambiente Externo

Oportunidades

Ameaças

Figura 5: Matriz SWOT. Fonte: elaboração própria a partir de Kotler (2000)

No primeiro quadrante tem-se a estratégia da exploração ou desenvolvimento onde

se observa a existência de oportunidades exatamente nos aspectos que são fortes

da empresa.

No segundo quadrante tem-se a estratégia da oportunidade de crescimento onde se

observam oportunidades no mercado e aspectos que são fracos na empresa e que

necessitam de aprimoramentos.

No terceiro quadrante tem-se a estratégia da observação ou monitoramento, onde

se observam as ameaças do setor em relação aos aspectos fortes do setor para que

esses aspectos não sejam perdidos ou relevados.

No quarto quadrante tem-se a estratégia da sobrevivência, onde se observam as

ameaças do setor em relação às fraquezas da empresa. Nesse quadrante a

empresa deve proceder com bastante cuidado para enfrentar riscos ou tendências

que possam ser desfavoráveis e que possam comprometer o futuro da empresa.

No próximo item serão discutidos os Fatores Críticos de Sucesso (FCS's) que

podem ser entendidos como a definição e atenção aos pontos mais importantes

Page 31: Grupo 038 - Revisado 140210

31

para o sucesso da empresa. Dentro do projeto aplicativo, como alguns dos FCS’s,

citam-se aqueles ligados ao domínio do conhecimento de processo siderúrgico e

ferramentas de Controle Estatístico de Processos.

2.7 – Os Fatores Críticos de Sucesso

De acordo com Rockart (1981), os Fatores Críticos de Sucesso são um número

limitado de áreas nas quais resultados satisfatórios irão garantir desempenho

competitivo bem sucedido para um indivíduo, um departamento ou uma

organização. Estes fatores são das poucas áreas chave onde as “coisas devem ir

bem” para o crescimento do negócio.

Ainda segundo Rockart (1981), os Fatores Críticos de Sucesso são o relativo

pequeno número de questões verdadeiramente importantes aos quais um gerente,

ou organização, deve focar sua atenção. Por esta razão o termo “Fator Crítico de

Sucesso” é apropriadamente escolhido. Existe, na vida de cada gerente, um número

incrível de atividades para os quais sua atenção deve ser desviada. A chave para o

sucesso para a maioria dos gerentes é focar seu recurso mais limitado, o tempo,

naquelas atividades as quais realmente fazem a diferença entre o sucesso e o

fracasso.

Os fatores críticos de sucesso são de importância suficiente de modo que devem

receber atenção constante e cuidadosa do nível gerencial. O “status” corrente de

desempenho em cada área deve ser continuamente medido e a informação do

status deve ser acessível para uso do nível gerencial.

Segundo Rockart (1981), as fontes de Fatores Críticos de Sucesso são:

1) A indústria: Cada indústria possui um conjunto de Fatores Críticos de Sucesso os

quais são determinados pelas características da própria indústria. Cada organização

em uma indústria deve prestar atenção a estes fatores. Por exemplo, para a

indústria de supermercados, o gerente deve estar preocupado com quatro fatores:

Mix de produtos, inventário, promoção de vendas e preço;

Page 32: Grupo 038 - Revisado 140210

32

2) A Estratégia Competitiva e a posição da Indústria: Cada companhia dentro de

uma indústria está em uma situação individual determinada por sua historia e

estratégia competitiva corrente. A posição resultante de uma companhia na indústria

dita alguns fatores críticos de sucesso. Por exemplo, uma pequena companhia em

uma indústria deve quase sempre estar preocupada em proteger seu nicho

particular. De maneira análoga, em uma indústria dominada por uma única

organização, os fatores críticos para todos os outros é entender as estratégias do

líder e seus prováveis impactos. De maneira semelhante, o posicionamento

geográfico da organização pode também gerar fatores críticos de sucesso. Por

exemplo, empresas de varejo em áreas rurais podem ter o gerenciamento de

transporte como um fator crítico de sucesso, enquanto que para empresas mais

urbanas isto é menos crítico;

3) Fatores Ambientais: Os fatores ambientais são aquelas áreas sobre as quais a

organização tem pouco controle. A organização deve concluir sua missão enquanto

se ajusta às mudanças ambientais. Duas fontes óbvias de fatores críticos de

sucesso são as flutuações na economia e na política nacional. Algumas companhias

são sensíveis a fatores adicionais tais como tendências da população, tendências

regulatórias e fontes de energia;

4) Fatores temporais: Estas são áreas de atividade dentro de uma organização as

quais se tornam críticas durante um período particular de tempo por que algo fora do

comum ocorreu. Por exemplo: Uma crise semelhante à perda de um grande número

de executivos em desastre aéreo poderia gerar um fator crítico de sucesso de curto

prazo tal como “reconstruir o grupo executivo”;

5) Posição Gerencial: Cada posição gerencial funcional possui um conjunto genérico

de fatores críticos de processo associados a ele. Por exemplo, quase todos os

gerentes de produção estão preocupados com a qualidade do produto, controle de

inventário e controle de numerário;

Cada fator crítico de sucesso pode ser classificado ao longo de três dimensões,

conforme Rockart (1981):

Page 33: Grupo 038 - Revisado 140210

33

• Interno versus externo;

• Monitorando versus construindo-adaptando;

• Todas as cinco fontes discutidas acima.

Todas as três dimensões são maneiras de categorizar os padrões críticos de

sucesso.

O projeto de consultoria necessitará de um Plano de Marketing visando selecionar

os mercados alvo e se posicionar frente a esse mercado da melhor maneira. Desta

forma esse Plano, cujos conceitos principais serão mostrados na próxima seção,

será um desdobramento das ações necessárias para tal.

2.8 – O Plano Estratégico de Marketing Um plano estratégico de marketing deve ser um resumo claro e simples das

principais tendências do mercado, dos principais segmentos de mercado, do valor

requerido por cada um deles, de como se pretende criar valor superior (aos dos

concorrentes), acompanhado de uma clara priorização de objetivos e estratégias de

marketing, juntamente com as conseqüências financeiras. Dessa forma, o

planejamento de marketing é simplesmente uma seqüência lógica e uma série de

atividades que levam à determinação de objetivos de marketing e à formulação de

planos para atingi-los, segundo McDonald (2008). Contém diretrizes táticas para os

programas de marketing e para a alocação de fundos ao longo do período do

planejamento. É um dos produtos mais importantes do processo de marketing,

conforme Kotler et al (2006).

Resumidamente, o plano para a empresa de serviços de Consultoria em Processos

Siderúrgicos de Conformação Mecânica, objeto de estudo deste projeto aplicativo,

deve conter principalmente: Segmentação de Mercado e Seleção dos Mercados-

Alvo, Posicionamento e Composto Mercadológico. Como a empresa terá foco em

mercados organizacionais, faz-se necessário conhecer o conceito de mercados

Business to Business (B2B) e suas particularidades, que serão abordadas no tópico

a seguir.

Page 34: Grupo 038 - Revisado 140210

34

2.8.1 – O Marketing Business to Business (B2B)

A compra organizacional é um processo de tomada de decisão pelo qual as

organizações estabelecem a necessidade da compra de produtos e serviços, bem

como identificam, avaliam e escolhem, entre as marcas e os fornecedores

disponíveis, qual a melhor opção. As compras feitas por empresas envolvem mais

dinheiro e maior quantidade de produtos do que as feitas por consumidores, de

acordo com Kotler et al (2006).

O mercado organizacional é formado por todas as organizações que produzem bens

e serviços utilizados na produção de outros produtos e serviços que são vendidos,

alugados ou fornecidos a terceiros. Os principais setores que compõem o mercado

organizacional são agricultura, exploração florestal e pesca; mineração; manufatura;

construção; transporte; comunicação; serviços públicos; setor bancário, financeiro e

segurador; distribuição e serviços. Esses mercados possuem diversas

características que os tornam muito diferentes dos mercados consumidores, tais

como: menos compradores, porém de maior porte; relacionamento estreito entre

fornecedor e cliente; compra profissional, feita por compradores treinados; muitas

pessoas influenciando o processo de compra; necessidade de vários contatos de

vendas; demanda derivada dos bens consumidos pelos consumidores finais da

cadeia; demanda inelástica, ou seja, não é tão afetada pela flutuação de preços;

demanda oscilante, ou seja, determinado aumento percentual na demanda de

consumo pode levar a um aumento percentual muito maior na demanda de

instalações e equipamentos necessários à produção adicional; concentração

geográfica dos compradores geralmente em grandes centros; compra direta, ou

seja, preferência dos compradores organizacionais geralmente a comprar direto dos

fabricantes do que de intermediários, conforme Kotler et al (2006).

De acordo com Hutt et al (2002), mercados industriais ou organizacionais (os termos

podem ser usados alternadamente) são mercados para produtos e serviços, locais

ou internacionais, adquiridos por empresas, órgãos governamentais e instituições

(como hospitais) para incorporação (por exemplo, ingredientes ou componentes),

para consumo (por exemplo, materiais de processo, material de escritório, serviços

de consultoria), para uso (por exemplo, instalações ou equipamentos) ou para

Page 35: Grupo 038 - Revisado 140210

35

revenda. Os únicos mercados que não despertam interesse direto são aqueles que

trabalham com produtos ou serviços dirigidos principalmente ao uso ou consumo

pessoal, como mantimentos embalados, eletrodomésticos ou home banking.

Resumidamente, o que diferencia o marketing B2B do marketing de bens de

consumo é a intenção de uso do produto e também o consumidor que se quer

atingir. Algumas vezes os produtos são iguais, mas são necessárias abordagens de

marketing fundamentalmente diferentes para alcançar o comprador organizacional.

Ainda segundo Hutt et al (2002), um conjunto comum de conhecimentos, princípios e

teorias aplicam-se tanto para o marketing B2B quanto para o de bens de consumo,

mas considerando que seus compradores e seus mercados funcionam de forma

bem diferente, eles merecem atenção diferenciada. O marketing de consumo e o

B2B diferem na natureza dos mercados, na demanda de mercado, no

comportamento dos compradores, nas relações entre comprador e vendedor, nas

influências ambientais (economia, política, legislação) e na estratégia de mercado.

O profissional de marketing B2B enfatiza a venda pessoal em vez de anunciar (TV,

Jornal) para atingir compradores em potencial. Apenas uma pequena parte do

orçamento promocional dos profissionais dessa área será investida em propaganda,

feita mais comumente através de jornais mercantis ou mala-direta. Essa

propaganda, no entanto, estabelece a base para uma visita de vendas bem-

sucedida. O vendedor industrial deve entender os aspectos técnicos das

necessidades da organização e como essas necessidades podem ser atendidas,

além de saber quem são os que influenciam a decisão de compras e por quê.

Conforme Hutt et al (2002), o produto do profissional de marketing B2B também

inclui um importante componente de serviço. O consumidor organizacional avalia a

qualidade do produto físico e a qualidade dos serviços agregados. A atenção deve

se concentrar no pacote total de benefícios que o consumidor irá receber. A

negociação de preço é freqüentemente uma parte importante do processo de

compra e venda industrial. Os produtos feitos para atender requisitos especiais de

qualidade ou de projeto devem ser tabelados individualmente. Os profissionais da

área normalmente descobrem que a distribuição direta aos grandes consumidores

fortalece as relações entre comprador e vendedor. Contas menores podem ser

Page 36: Grupo 038 - Revisado 140210

36

atendidas de forma lucrativa por intermediários – representantes dos produtores ou

distribuidores industriais.

O mesmo autor cita que, no mercado industrial, há maior ênfase no relacionamento,

sendo esses normalmente estreitos e duradouros. A concretização de uma venda

não constitui o fim do relacionamento, ao contrário, marca seu início.

2.8.2 – A Segmentação de Mercado e Seleção dos Mercados-Alvo (Targeting)

De acordo com Kotler et al (2006), para competir com mais eficácia muitas

empresas estão optando pelo marketing de mercado-alvo. Em vez de dispersar seus

esforços de marketing (abordagem pulverizada), elas concentram sua atenção nos

compradores que têm maior chance de atender bem (abordagem direcionada). Um

segmento de mercado consiste em um grande grupo de consumidores que possuem

as mesmas preferências. Os profissionais de marketing não criam os segmentos;

sua tarefa é identificá-los e decidir em quais vão se concentrar. O marketing de

segmento oferece benefícios importantes em relação ao marketing de massa. A

empresa pode planejar, definir preços, divulgar e fornecer o produto ou serviço para

melhor satisfazer o mercado-alvo. Também é possível ajustar o programa e as

atividades de marketing para refletir melhor o marketing da concorrência. Contudo, o

próprio segmento é em parte uma ficção, uma vez que nem todas as pessoas

querem exatamente a mesma coisa.

Segundo Hutt et al (2002), segmento de Mercado é um grupo de clientes ou clientes

potenciais com algumas características em comum que sejam relevantes para

explicar (e prever) suas respostas aos estímulos de marketing dos fornecedores. No

mercado organizacional (business to business, B2B), um grupo selecionado (menor)

de clientes sempre responde por uma parcela desproporcional (maior) das vendas e

do lucro de uma empresa.

Ainda conforme Hutt et al (2002), o profissional de marketing B2B tem cinco critérios

para avaliar se deseja atender aos segmentos de mercado em potencial:

Page 37: Grupo 038 - Revisado 140210

37

• Mensurabilidade. Os profissionais de marketing avaliam se existem

informações sobre as características de um determinado comprador ou se

essas informações podem ser obtidas;

• Acessibilidade. Os profissionais de marketing avaliam a possibilidade que a

empresa tem de centrar efetivamente seus esforços de marketing nos

segmentos escolhidos;

• Substancialidade. Os profissionais de marketing avaliam se os segmentos

são grandes ou lucrativos o suficiente para justificar um atendimento

separado;

• Compatibilidade. Os profissionais de marketing avaliam se as forças de

comercialização e de negócios da empresa estão de acordo com as

condições atuais e futuras do mercado no que se refere à competitividade e à

tecnologia;

• Receptividade. Os profissionais de marketing avaliam como os segmentos

respondem aos diferentes elementos do composto mercadológico, como

preço ou características do produto.

Assim, segundo Hutt et al (2002), a arte de segmentação do mercado envolve a

identificação de grupos de consumidores que sejam suficientemente grandes e

específicos para justificar uma estratégia de marketing separada. O ambiente

competitivo do segmento de mercado é um fator que deve ser analisado.

2.8.3 – O Posicionamento

Conforme Kotler et al (2006), o posicionamento é a ação de projetar o produto e a

imagem da empresa para ocupar um lugar diferenciado na mente do público-alvo. O

objetivo é posicionar a marca na mente dos consumidores a fim de maximizar a

vantagem potencial da empresa. Um bom posicionamento de marca ajuda a orientar

a estratégia de marketing, esclarecendo a essência da marca, que objetivos ela

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38

ajuda o consumidor a alcançar e como o faz de maneira inconfundível. O resultado

do posicionamento é a criação bem-sucedida de uma proposta de valor focada no

cliente, ou seja, um motivo convincente pelo qual o mercado-alvo deve comprar

determinado produto.

Conforme Ries et al (1981), o posicionamento é um sistema organizado para achar

uma “janela” na mente. É baseado no conceito de que a comunicação só pode

ocorrer no tempo certo e mediante determinadas circunstâncias. O posicionamento

começa com um produto, uma mercadoria, um serviço, uma empresa, uma

instituição ou até uma pessoa... Mas posicionamento não é o que você faz com o

produto. É o que você faz com a mente do cliente potencial. Ou seja, você posiciona

o produto na mente do cliente potencial.

Segundo Hooley et al (2001), o princípio essencial do posicionamento competitivo é

que ele está preocupado em como os clientes em diferentes partes do mercado

percebem os concorrentes, produtos/serviços e marcas. É importante ter em mente

que o posicionamento pode ser aplicado a qualquer um desses níveis: Empresas;

Marcas; Produtos e Serviços.

Portanto, de acordo com Hooley et al (2001), na essência, o posicionamento trata de

entender como os clientes comparam as ofertas alternativas no mercado e da

construção de estratégias que descrevem aos clientes como as ofertas da empresa

diferem de maneiras importantes daquelas de concorrentes existentes ou potenciais.

Junto com a segmentação de mercado, o posicionamento competitivo é importante

para o desenvolvimento de estratégias de marketing efetivas.

2.8.4 – Marketing de Serviços e o Composto Mercadológico

Conforme Hoffman et al (2008), o setor de serviços empresariais é o de mais rápido

crescimento em termos de vendas e estabelecimentos.

No geral, bens podem ser definidos como objetos, dispositivos ou coisas, ao passo

que serviços podem ser definidos como ações, esforços ou desempenhos. Kotler et

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39

al (2006), define que serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente

intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de

nada. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto. O

termo produto se refere tanto a bens quanto a serviços. A diferença principal entre

bens e serviços é a propriedade da intangibilidade, ou seja, ausência de substância

física. Como resultado da diferença em intangibilidade, surge uma série de

problemas de marketing, nem sempre adequadamente resolvidos por soluções de

marketing relacionadas a bens. Mais especificamente, esses problemas incluem a

falta de estoques de serviços, a falta de proteção por meio de patentes, as

dificuldades para exibição e comunicação dos atributos do serviço para o mercado-

alvo pretendido, além dos desafios especiais envolvidos no estabelecimento dos

preços dos serviços, de acordo com Hoffman et al (2008).

Hoffman (2008) cita, ainda, ser interessante notar que acrescentar aspectos de

serviço a um produto muitas vezes o transforma de uma commodity em uma

experiência, aumentando intensamente as oportunidades de o produto gerar receita.

Quando o cliente compra um serviço, ele compra uma experiência. Os quatros

componentes do sistema “servuction” criam a experiência para o cliente: o ambiente

inanimado, provedores de serviços/pessoal de contato, outros clientes e a

organização, sistemas invisíveis. Por sua vez, a experiência de serviço fornece um

pacote de benefícios ao cliente. Ao contrário da produção de bens, o modelo

“servuction” demonstra que clientes de serviços constituem parte integral do

processo de produção do serviço.

Por causa dos desafios propostos pela natureza dos serviços: Intangibilidade,

inseparabilidade, heterogeneidade e perecibilidade, o marketing representa um

papel muito diferente nas organizações orientadas para serviços do que exerce em

organizações de bens puros. As práticas tradicionais de gerenciamento – que

funcionam sob as premissas de que o departamento de operações é exclusivamente

responsável por vendas – não podem funcionar em uma empresa de serviços. As

partes visíveis e invisíveis da organização, o pessoal de contato, o ambiente físico e

a organização e seus clientes estão entrelaçados por um conjunto complexo de

relacionamentos. Como resultado, o marketing deve manter um relacionamento

Page 40: Grupo 038 - Revisado 140210

40

muito mais estreito com o resto da organização de serviços do que é costumeiro em

uma fábrica tradicional de bens, segundo Hoffman et al (2008).

Segundo Kotler et al (2006), as estratégias de marketing de empresas de serviços

devem contemplar o marketing holístico, isto é, devem levar em conta e se

preocupar com atividades e planejamento do marketing externo (empresa-clientes),

marketing interno (empresa-funcionários) e marketing interativo (funcionários-

clientes). Devem ser levados em consideração os principais fatores que fazem com

que o cliente mude de empresa prestadora de serviços: Preço, inconveniência, falha

no serviço central, falha na entrega do serviço, resposta à falha do serviço,

concorrência, problemas éticos e mudança involuntária.

Quanto ao gerenciamento da qualidade dos serviços, devem ser levadas em

consideração sempre as expectativas do cliente quanto ao serviço (serviço

esperado) versus a percepção do serviço prestado (serviço percebido). Cinco fatores

principais são determinantes da qualidade dos serviços, conforme Kotler et al

(2006):

• Confiabilidade: Habilidade de prestar o serviço exatamente como prometido;

• Capacidade de resposta: Disposição de ajudar os clientes e de fornecer o

serviço dentro do prazo estipulado;

• Segurança: Conhecimento e cortesia dos funcionários e sua habilidade de

transmitir confiança e segurança;

• Empatia: Atenção individualizada dispensada aos clientes;

• Itens tangíveis: Aparência das instalações físicas, dos equipamentos, dos

funcionários e do material de comunicação.

Kotler et al (2006) sugere que todos estes fatores devem ser monitorados (inclusive

através de sistemas de monitoramento) e devem ser estabelecidos padrões

rigorosos para a qualidade de cada um deles. Deve haver comprometimento da alta

direção da empresa quanto à qualidade dos serviços, seus monitoramentos e a

satisfação do cliente (através do pleno atendimento do serviço esperado). Estes

fatores devem ser uma “obsessão”. Outros itens importantes são o bom e rápido

Page 41: Grupo 038 - Revisado 140210

41

atendimento às reclamações de clientes e a satisfação tanto dos funcionários como

dos clientes.

Hutt et al (2002), assim como Kotler et al (2006), também afirmam que para atender

de forma efetiva às necessidades dos compradores de serviços, é necessária uma

estratégia de marketing integrada. Primeiro, os segmentos desejados devem ser

selecionados, e depois deve ser criado um composto mercadológico sob medida

para as expectativas de cada segmento. Os principais elementos do composto

mercadológico de serviços incluem o desenvolvimento de pacotes de serviço, preço,

promoção e distribuição.

• Segmentação: Os segmentos de serviço diferem dos segmentos usuais de

mercado de forma significativa. Primeiro, os segmentos de serviço são

sempre mais restritos. Essa situação reflete o fato de que muitos clientes

dessa área esperam que os serviços sejam sob medida. As expectativas

podem não ser atendidas caso o serviço prestado seja padronizado ou de

rotina. Segundo, a segmentação de serviços concentra-se naquilo que os

compradores empresariais esperam, e não no que eles precisam. A avaliação

da expectativa do comprador irá desempenhar um grande papel na seleção

do mercado desejado e no desenvolvimento do pacote de serviços

apropriado. Considerando que as expectativas desempenham um papel tão

importante na determinação da satisfação final com um serviço, essa

expectativa deve ser usada para segmentar os mercados organizacionais;

• Pacote de serviços: Pode ser visto como a dimensão de produto do serviço,

incluindo as decisões que envolvem o conceito essencial do serviço, a

variedade, a qualidade e o nível dos serviços prestados. Além disso, o pacote

deve considerar alguns fatores que são específicos a essa área – os

prestadores de serviço, o produto físico que acompanha o serviço e o

processo de prestação de serviços;

• Preço dos serviços empresariais: As características únicas dos serviços criam

alguns problemas e oportunidades especiais na formação do preço:

Page 42: Grupo 038 - Revisado 140210

42

Para gerenciar a demanda, o profissional de marketing pode oferecer

esquemas de preço fora do pico da demanda e incentivos para

solicitações de serviços que sejam feitas com antecedência. Também

pode ser possível, dependendo da elasticidade da demanda e da

concorrência, cobrar um premio nas tarifas pelos serviços prestados nos

períodos de pico da demanda;

Muitos serviços empresariais podem incluir um serviço principal e uma

variedade de serviços periféricos. Eles podem ser agrupados e

comercializados em um pacote por um preço especial, o que faz todo o

sentido, uma vez que a maioria dos serviços empresariais tem um alto

índice de custos fixos em relação aos custos variáveis e um alto grau de

compartilhamento de custos entre seus diversos serviços relacionados.

• Promoção de serviços: As características especiais dos serviços empresariais

representam desafios para o profissional de marketing. Hutt et al (2002)

recomenda que:

Deve haver boa comunicação com os empregados, ou seja, deve-se

promover um entendimento sobre a missão da empresa e o benefício

do serviço para o cliente; influenciar os empregados em relação à

forma como os serviços devem ser prestados; motivá-los a executar o

trabalho; definir as expectativas gerenciais para eles. O pessoal de

serviços desempenha um papel essencial na redução do risco que os

clientes associam à compra de serviços, e esse papel pode ser

melhorado ao se preparar essas pessoas para oferecer informações

que antecipem as preocupações do cliente com o serviço;

Como a compra de serviços normalmente é considerada mais

arriscada que a compra de produtos porque é mais difícil para os

compradores avaliarem qualidade e valor, esses últimos estão mais

propensos a serem influenciados por propaganda boca a boca. Dessa

forma, a promoção deve basear as comunicações no boca a boca, por

exemplo, persuadindo-se os clientes satisfeitos a informar os outros

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43

sobre sua satisfação; desenvolvendo materiais que os clientes possam

entregar aos não-clientes; criando-se campanhas publicitárias voltadas

para os formadores de opinião; incentivando-se clientes em potencial a

falar com os clientes já existentes; mostrar em anúncios clientes atuais

e seus comentários; listar testemunhos favoráveis e histórias de

sucesso em seus sites na Internet;

Deve-se tentar traduzir a imagem dos atributos intangíveis do serviço

em elementos mais tangíveis (concretos). Para os profissionais de

marketing de serviços, uniformes, logotipos, contratos e garantias por

escrito, aparência do prédio e esquema de cores são algumas

maneiras de tornar os serviços tangíveis.

• Distribuição de serviços: As decisões de distribuição centralizam-se em como

tornar o pacote de serviços disponível e acessível para o usuário. A venda

direta pode ser atingida quando o usuário vai até o provedor ou, mais

freqüentemente, quando o provedor vai até o comprador. Os serviços podem

ser prestados via Internet ou vendidos através de intermediários (agentes de

vendas, corretores, despachantes, etc.) ou ainda por franquias (essas últimas

funcionam melhor quando o serviço pode ser padronizado), conforme Hutt et

al (2002).

Toda nova empresa (como o projeto da Consultoria) necessita ser pensada em

termos de análise financeira e verificação prévia de sua viabilidade, visando

minimizar os riscos para os investidores. Desta forma o plano financeiro fornece as

ferramentas necessárias para tal análise e será discutido na próxima seção.

2.9 – O Plano Financeiro

A análise de viabilidade fornece os conceitos e ferramentas necessários para uma

eficiente gestão financeira, desenvolvendo uma visão integrada de curto e longo

prazos, necessária à sustentabilidade do negócio. Os métodos de avaliação da

geração de valor são a base para a tomada de decisões, já que a escolha correta do

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44

melhor investimento é essencial para garantir o sucesso financeiro e a sobrevivência

da empresa no mercado.

Braga (1995) acredita que a área financeira de uma empresa necessita de uma

visão geral sobre todas as funções, como: Pagamentos, recebimentos, compras de

matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros. O fluxo de caixa

é um instrumento que controla as saídas (gastos) e entradas (caixa recebido) da

empresa durante um período de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto

específico.

De acordo com Gitman (2002), o fluxo de caixa de um determinado período pode ser

resumido na demonstração dos fluxos operacionais, fluxos de investimento e fluxos

de financiamento.

Para a elaboração do fluxo de caixa, a empresa precisa dispor internamente de

informações organizadas que permitam a visualização das contas a receber, contas

a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos. A figura 6, abaixo,

ilustra o fluxo de caixa.

Figura 6: Fluxo de Caixa. Fonte: Luciana Rezende (2009)

Conforme Gitman (2002), o planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa.

Sem ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações

ou quanto se necessitará de financiamentos bancários.

Para Campos (2008), sob o ponto de vista do acionista da empresa, o fluxo de caixa

do projeto apresenta dois pontos importantes: As despesas financeiras referentes ao

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45

financiamento (em caso de tributação pelo lucro real) e as amortizações do

financiamento. Esses aspectos são considerados no fluxo de caixa do capital

próprio.

Segundo Santi Filho (2004), a partir do entendimento de fluxo de caixa é possível

avaliar determinado projeto levando-se em consideração o fluxo gerado pelo

mesmo. Existem diversas formas de avaliação de fluxo de caixa, que serão

apresentadas a seguir.

2.9.1 – O Valor Presente Líquido (VPL)

O valor presente líquido (VPL) é uma função utilizada na análise da viabilidade de

um projeto de investimento. Ele é definido como o somatório dos valores presentes

dos fluxos estimados de uma aplicação, calculados a partir de uma taxa dada, e de

seu período de duração. Os fluxos estimados podem ser positivos ou negativos, de

acordo com as entradas ou saídas de caixa. A taxa fornecida à função representa o

rendimento esperado do projeto. De acordo com Gitman (2002), o valor presente

líquido é uma técnica sofisticada de análise de orçamento de capital.

VPL = valor presente das entradas de caixa – investimento inicial

Segundo Campos (2008), usando o método VPL, um projeto de investimento

potencial deve ser empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa

menos o valor presente de todas as saídas de caixa (que iguala o valor presente

líquido) for maior que zero. Se o VPL for igual a zero, o investimento é indiferente,

pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das saídas de caixa; se

o VPL for menor do que zero, significa que o investimento não é economicamente

atrativo, já que o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor

presente das saídas de caixa.

Page 46: Grupo 038 - Revisado 140210

46

2.9.2 – A Taxa Interna de Retorno

A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês IRR (Internal Rate of Return), é a taxa

necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus

respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo usada em análise de

investimentos, significa a taxa de retorno de um projeto, ou seja, a taxa que com o

valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas.

Weston (2000) acrescenta que para fins de decisão, a TIR deverá ser confrontada

com a taxa que representa o custo de capital da empresa, e o projeto só deverá ser

aceito quando a sua taxa interna de retorno superar o custo de capital, significando

que as aplicações da empresa estarão rendendo mais que o custo dos recursos

usados na entidade como um todo.

Tanto a VPL quanto a TIR, freqüentemente, classificam os projetos de formas

diferentes. De acordo com Gitman (2002), o VPL é a melhor técnica para análise de

orçamento de capital, do ponto de vista teórico. Porém, os administradores preferem

usar a TIR, já que lucratividade e taxa de juros são freqüentemente expressas como

taxas anuais de retorno, e o VPL não retrata os benefícios em relação ao montante

investido.

2.9.3 – A Taxa Mínima de Atratividade

Segundo Damodaran (2002), a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) refere-se a uma

taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar

quando faz um investimento. Essa taxa é formada considerando as seguintes

variáveis importantes: Custo de oportunidade, risco do negócio e liquidez:

• Custo de Oportunidade: Remuneração obtida em alternativas que não as

analisadas. Exemplo: Caderneta de poupança, fundo de investimento, etc.;

• Risco do Negócio: O ganho tem que remunerar o risco inerente de uma nova

ação. Quanto maior o risco, maior a remuneração esperada;

• Liquidez: Capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no

mercado para assumir outra.

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47

Para Braga (1995) ao se utilizar uma TMA como taxa de juros de referência,

aplicam-se métodos como o Valor Presente Líquido ou o Custo Anual Uniforme para

se determinar a viabilidade financeira de um investimento ou empréstimo. Caso o

resultado seja positivo, a taxa interna de retorno supera a TMA e o investimento é

interessante. O contrário ocorre caso o resultado seja negativo.

2.9.4 – O Período de Payback

Para Gitman (2002), o período de payback é a quantidade de tempo necessária para

que a empresa recupere o seu investimento inicial em um projeto, calculado como

fluxos de caixa. Consiste no cálculo do número de períodos necessários para

recuperação do capital investido. Quando os retornos líquidos são constantes, o

payback pode ser calculado pela fórmula: Investimento inicial dividido pelas receitas

líquidas.

Conforme Gitman (2002), o Payback é uma das técnicas de análise de investimento

mais comuns que existem. Consiste em umas das alternativas mais populares ao

VPL. Sua principal vantagem em relação ao VPL é a consideração do tempo do

investimento. Assim, é uma metodologia mais apropriada para ambientes com risco

elevado.

2.9.5 – Payback Descontado

De acordo com Campos (2008), o método de payback descontado considera o fator

tempo no cálculo do índice, eliminando a limitação do Método de período de retorno.

Ainda segundo Campos (2008), nesse método, os fluxos de caixa são trazidos para

valor presente gerando um fluxo de caixa descontado, que quando acumulados e

ficarem iguais a zero, ter-se-á recuperado o capital investido. Porém, esse método

continua com a limitação de não considerar os fluxos de caixa que ocorrem a pós a

recuperação do capital investido.

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48

2.9.6 – Análise de Sensibilidade

Conforme Campos (2008), a análise de sensibilidade é uma metodologia de

avaliação de risco que identifica as variáveis críticas de um investimento, com a

construção de cenários. O fluxo de caixa resultante da variação dos dados, como

preço, investimento e custo variável, produzirá indicadores financeiros de avaliação,

que indicará se o investimento é viável ou não.

Na seção seguinte será abordada a contribuição dada pelo integrante da ênfase de

Projetos relativo à metodologia de gerenciamento para os projetos que serão

executados pela Consultoria.

2.10 – O Plano de Gerenciamento de Projetos Para se tratar a questão do planejamento, o PMBOK (2004) sugere desenvolver o

plano de gerenciamento do projeto, que define como o projeto será executado,

monitorado, controlado e encerrado. O resultado é um documento que contêm o

conjunto de saída dos processos de planejamento e poderá incluir:

• Os processos de gerenciamento de projetos selecionados pela equipe de

gerenciamento de projetos;

• O nível de implantação de cada processo selecionado;

• As descrições das ferramentas e técnicas que serão usadas para realizar

esses processos;

• Como os processos selecionados serão usados para gerenciar o projeto em

especifico, inclusive as dependências e interações entre esses processos e

as entradas e saídas essenciais;

• Como o trabalho será executado para realizar os objetivos do projeto;

• Como as mudanças serão monitoras e controladas;

• Como o gerenciamento de configuração será realizado;

• Como a integridade das linhas de base da medição de desempenho será

mantida e utilizada;

• A necessidade e as técnicas de comunicação entre as partes interessadas;

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49

• O ciclo de vida do projeto selecionado e, para projetos com várias fases, as

fases associadas do projeto;

• As principais revisões de gerenciamento em relação a conteúdo, extensão e

tempo para facilitar a abordagem de problemas em aberto e de decisões

pendentes.

Conforme o PMBOK (2004), o plano de gerenciamento do projeto pode ser

sumarizado ou detalhado e pode ser constituído por um ou mais planos auxiliares e

outros componentes. Pode incluir:

• Termo de abertura (Project Charter): Desenvolvimento do termo de abertura

do projeto que autoriza formalmente um projeto ou uma fase do projeto;

• Estrutura analítica do projeto (EAP): Do termo em inglês Work breakdown

structure (WBS), é uma ferramenta de decomposição do trabalho do projeto

em partes manejáveis. É uma estrutura em árvore exaustiva, hierárquica (de

mais geral para mais específica) de entregáveis (deliverables) e tarefas que

necessitam ser feitas para completar um projeto;

• Cronograma: Descreve as atividades a serem executadas durante um período

estimado;

• Plano de gerenciamento de escopo do projeto: Descreve os processos

envolvidos na verificação do projeto, Inclui todo o trabalho necessário, e

apenas o necessário, para que o projeto seja concluído com sucesso;

• Plano de gerenciamento do tempo: Descreve os processos relativos ao

término do projeto no prazo correto;

• Plano de gerenciamento dos custos: Descreve os processos envolvidos no

planejamento, estimativa, orçamento e controle de custos de modo que o

projeto termine dentro do orçamento aprovado;

• Plano de gerenciamento da qualidade: Descreve os processos envolvidos na

garantia de que o projeto ira satisfazer os objetivos para os quais foi

realizado;

• Plano de gerenciamento de recursos humanos: Descreve os projetos que

organizam e gerenciam a equipe do projeto;

Page 50: Grupo 038 - Revisado 140210

50

• Plano de gerenciamento das comunicações: Descreve os processos relativos

à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final das

informações do projeto de forma oportuna e adequada;

• Plano de gerenciamento de riscos: Descreve os processos relativos à

realização do gerenciamento de riscos em um projeto;

• Plano de gerenciamento de aquisições: Descreve os processos que compram

ou adquirem produtos, serviços ou resultados, além dos processos de

gerenciamento de contratos.

Será desenvolvido um plano de gerenciamento de projeto genérico, contendo as

principais diretivas de gerenciamento. Este plano deverá ser customizado para cada

cliente. A seguir o desenvolvimento do Plano de Negócios.

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51

3 – DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS

Nesse capitulo, desenvolve-se efetivamente o Plano de Negócios da CPS

(Consultoria em Processos Siderúrgicos) que está inserido no Projeto Aplicativo. A

partir deste ponto inicia-se o estudo de viabilidade para implantação da CPS.

3.1 – Sumário Executivo

Este Plano de Negócios tem como objetivo principal apresentar e analisar a

viabilidade financeira de uma empresa de consultoria cujo foco de atividades é a

redução de custos de processos siderúrgicos de conformação mecânica.

A CPS é uma empresa de Consultoria que tem como foco o modelamento

matemático e a redução de variabilidade estatística de processos siderúrgicos de

conformação mecânica. O público alvo são usinas siderúrgicas e unidades de

processamento de aço cujos produtos atendam aos setores de construção civil e

construção mecânica.

A CPS é composta por cinco (cinco) sócios cada um com 20% de participação na

empresa. Estes sócios são os idealizadores deste Plano de Negócios e juntos eles

compõem o conselho diretor da empresa.

O objetivo da empresa é a redução dos custos de produção através da redução do

consumo de ferro-ligas no processo de aciaria além da racionalização estatística do

processo de conformação mecânica o qual trará ganhos indiretos tais como aumento

na eficiência e redução nos riscos operacionais.

A metodologia empregada pela Consultoria se baseia nos seguintes aspectos

técnicos:

• Conhecimentos de Metalurgia Física dos processos de conformação

mecânica, e o relacionamento das diversas variáveis de processo com as

variáveis de interesse do produto final;

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• Ferramentas computacionais de última geração, baseadas em técnicas de

Inteligência Artificial e Modelamento Estatístico;

• Minimização da Variabilidade Estatística de Processo, de acordo com as

práticas Six Sigma.

Com sede em Belo Horizonte, a CPS oferecerá aos seus clientes um relacionamento

exclusivo e uma equipe de profissionais com alto conhecimento técnico.

Esses profissionais ficarão alocados na empresa cliente para compreender todo o

seu processo produtivo além de assessoria durante o processo de coleta de dados e

posterior análise destes dados. Essa proximidade com o cliente será fundamental

para estreitar o relacionamento e oferecer um produto exclusivo que atenda suas

necessidades e de acordo com as características de seu processo.

Por oferecer, em última instância, redução nos custos dos clientes a consultoria não

espera haver variação na demanda por seus serviços, uma vez que mesmo em

períodos de crise, os investimentos focados em redução de custos continuam a ser

prioridades nas empresas.

Como diferencial a CPS deverá possuir:

• Metodologia de análise do processo de conformação mecânica do cliente,

independentemente das marcas de equipamentos que possui;

• Alta qualificação do corpo técnico, tanto em Engenharia Metalúrgica quanto

em metodologia de redução da variabilidade estatística de processos,

segundo as práticas Six Sigma;

• Uso de tecnologia de ponta em softwares de modelamento matemático; tais

como Matrix Laboratory (MATLAB); MINITAB e Statistica.

Os produtos a serem oferecidos pela CPS estão listados na tabela 1, logo abaixo:

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Tabela 1: Produtos da CPS.

Produto Atividades Produto

CPS1 Auditoria Técnica + Otimização nível 1 Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1

CPS2 Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto

CPS3

Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2 + Modelo Matemático:

Composição Química X Variáveis de Interesse do Produto

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto + Modelo Matemático (Software) que correlaciona as variáveis

de interesse do produto com a composição química do produto

CPS4

Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2 + Modelo Matemático:

Composição Química + Dados de Processo X Variáveis de Interesse do

Produto

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto + Modelo Matemático (Software) que correlaciona as variáveis

de interesse do produto com a composição química e os dados de processo do produto

Para viabilizar tecnicamente o projeto, foi definida uma linha de produtos composta

desde uma auditoria técnica e a otimização nível um e dois (CPS 1 e 2) até o

modelamento matemático (CPS 3 e 4). Com qualquer destes produtos os clientes

terão uma considerável redução na utilização de ferros-liga tornando o projeto

bastante atrativo. Foi elaborado um plano de projetos baseado no Project

Management Institute (PMI), que servirá de guia para todos os projetos que a CPS

irá realizar em seus clientes além de padronizar sua forma de trabalho.

Inicialmente, a CPS irá atuar nas siderúrgicas de pequeno a médio porte instaladas

no Brasil e, conforme foi demonstrado nas pesquisas qualitativas, vinculará o seu

ganho aos resultados obtidos nos clientes de maneira a reduzir a insegurança

existente ao se contratar empresas de consultorias novatas no mercado. A CPS irá

também focar inicialmente nas empresas abertas a novas propostas e

conhecimentos para facilitar a sua conquista de mercado.

O investimento inicial é de baixo valor, totalizando R$ 75.000,00.

Acredita-se que a empresa alcançará, em um curto prazo, o retorno do investimento

realizado, atingindo, assim, a lucratividade desejada e se tornando altamente viável.

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Para se confirmar a viabilidade da empresa, foi projetado o fluxo de caixa para os

seus primeiros cinco anos, analisando de maneira detalhada as estimativas de

faturamento, custos fixos e variáveis e despesas. Essa análise foi realizada em cinco

cenários e a empresa se mostrou viável em todos, como pode ser observado na

tabela 2, abaixo:

Tabela 2: Cenários para a CPS.

Cenário Pessimista 1 Cenário Pessimista 2 Cenário Realista Cenário Otimista 1 Cenário Otimista 2Payback 1,80 1,81 1,51 1,26 1,21Payback Descontado 1,92 1,93 1,59 1,30 1,24VPL (R$) 3.574.161,87 3.567.882,23 4.428.614,77 6.129.009,32 6.402.770,32VPL (%) 139,97% 137,60% 177,85% 252,14% 277,36%

Esse novo negócio pode ser considerado uma abordagem inovadora da metodologia

de controle de processos, modelamento matemático e controle estatístico de

processos com aplicação prática em um dos mais dinâmicos setores da economia

brasileira, a Siderurgia. Representa de alguma forma, a busca pela racionalidade do

uso de matérias primas e energia, tendo como benefício direto à preservação do

meio ambiente. Na prática, trata da obtenção de um produto com menos dispêndio

de recursos naturais. Outra questão é possibilitar previsibilidade ao processo,

questão de suma importância para a garantia da qualidade do produto.

A seguir uma descrição detalhada do setor no qual a CPS pretende atuar. A análise

será focada no mercado interno brasileiro.

3.2 – Dados do Setor (Principais Empresas)

Conforme citado, o mercado siderúrgico no Brasil é caracterizado pela grande

diversidade de produtos em aço, tanto na linha conhecida como de planos quanto na

de longos. Esse mercado é representado por 13 empresas privadas, controladas por

oito grupos empresariais e operando 26 usinas distribuídas por 10 estados

brasileiros, a indústria do aço no Brasil foi responsável pela produção, em 2008, de

33,7 milhões de toneladas de aço bruto, levando o país a ocupar a 9ª posição no

ranking da produção mundial.

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Dentro do setor alvo selecionado (Produtos Longos para aplicações no setor de

construção civil e construção mecânica), existe um total de 23 unidades de

produção, pertencentes a quatro diferentes grupos. A capacidade instalada de

produtos laminados ultrapassa 13 milhões de toneladas anuais.

Dentro do setor alvo selecionado, usinas do setor de aços longos, têm-se as

seguintes empresas:

3.2.1 – Grupo Gerdau

A Gerdau é líder na produção de aços longos nas Américas e uma das maiores

fornecedoras de aços longos especiais no mundo. Possui presença industrial em 14

países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia, as quais somam uma

capacidade instalada de 26 milhões de toneladas de aço por ano.

Produz aços longos comuns, especiais e planos, para os setores da construção civil,

da indústria e da agropecuária.

É a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, por ano, cerca de

16 milhões de toneladas de sucata em aço. Gerdau (2009).

3.2.2 – Arcelor Mittal

A Arcelor Mittal, constituída em 2006 pela fusão da Mittal Steel e da Arcelor, é a

maior empresa siderúrgica do mundo com perto de 300 mil empregados em 61

países e produção de 103,3 milhões de toneladas de aço em 2008, o que

correspondeu a perto de 10% do total produzido no mundo. Ainda em 2008, a

empresa registrou uma receita de vendas de US$ 124,9 bilhões.

Com perfil diversificado, atua nos setores de aços planos, longos e inoxidáveis e

detém a liderança em todos os principais mercados mundiais de aço, incluindo o

automobilístico, de construção, eletrodomésticos e embalagens. Dispõe de uma

destacada posição em Pesquisa e Desenvolvimento. Conta com substanciais fontes

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próprias de matérias-primas (produz 45% de todo o minério que consome) e uma

vasta e bem aparelhada rede de distribuição globalizada. Arcelor Mittal (2009).

3.2.3 – Sinobrás

Voltada para o mercado da construção civil, a SINOBRAS ingressou no setor

siderúrgico tendo como primeiro produto final o vergalhão SI 50, comercializado para

todos os estados brasileiros. Localizada em Marabá, sudeste do estado do Pará,

começou a produzir aço em maio de 2008. Sinobrás (2009).

3.2.4 – Votorantim

A Votorantim Siderurgia (VS) foi criada em julho de 2008, a partir do

reposicionamento do negócio aço dentro da estrutura do Grupo Votorantim. A nova

unidade nasceu com cerca de 5.300 funcionários e operações em três países: Brasil,

Argentina e Colômbia.

No Brasil, a VS possui duas unidades produtivas. A primeira foi fundada em 1937 na

cidade de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e produz 750 mil toneladas por ano. A

segunda, inaugurada em 2009 na cidade de Resende, também no Rio de Janeiro,

será capaz de produzir um milhão de toneladas de aços longos quando atingir

capacidade plena. Votorantim (2009).

Na próxima seção será apresentado um maior detalhamento das empresas citadas

anteriormente, sua localização, capacidade produtiva e principais produtos. Foram

utilizados como fontes os respectivos sites das empresas.

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57

3.2.5 – As unidades produtivas do setor siderúrgico

A tabela 3 ilustra as empresas representativas dentro do setor-alvo, ou seja, longos.

Tabela 3: Principais usinas siderúrgicas brasileiras da área de longos. Fonte: Sites das respectivas

empresas.

.

Page 58: Grupo 038 - Revisado 140210

58

A seguir os resultados obtidos nas pesquisas realizadas (Qualitativa e Quantitativa).

3.2.6 – As Pesquisas Realizadas

As pesquisas qualitativas realizadas em Outubro/09, foram focadas em profissionais

com grandes conhecimentos no processo de conformação mecânica, além de

formação em Engenharia Metalúrgica (Preferencialmente) e familiaridade em

metodologia de redução da variabilidade estatística de processos (Práticas Six

Sigma). De maneira geral obteve-se uma boa perspectiva do Negócio proposto a

partir desta pesquisa. Um ponto importante, que já era de ciência do grupo e que foi

citado nas pesquisas qualitativas realizadas, é o foco da consultoria, basicamente

em usinas de pequeno e médio porte cujos produtos sejam classificados como

longos. Também foi mencionada a necessidade da consultoria ser conhecida no

mercado através de trabalhos já realizados em outras empresas, sendo este um

aspecto crítico para seu sucesso. Outra questão colocada se refere ao baixo

consumo de aço no Brasil. Desta forma tem se um grande mercado potencial, o que

seria um incentivo à abertura de novas usinas e novas possibilidades de negócios

para a CPS.

Como já previsto pelo grupo, foi mencionado que produtos ligados a conhecimento

técnico mais especializado, tais como o modelamento matemático, podem vir a ter

maior possibilidade de sucesso no mercado, já que não terá concorrência com o

auto-serviço, porém isto dependerá, e muito, da capacidade técnica do corpo

técnico-operacional do cliente em questão. Um fato relevante foi a sugestão da

remuneração paga à consultoria estar vinculada aos ganhos auferidos pelos

clientes, exatamente como é proposto neste trabalho. Outros pontos citados:

Qualidade do serviço ofertado e disponibilidade de produtos. No anexo J podem ser

verificados os resultados da pesquisa qualitativa.

A seguir os tópicos relativos à ideologia do Negócio.

Page 59: Grupo 038 - Revisado 140210

59

3.3 – A Ideologia do Negócio

3.3.1 – A definição de Negócio

Consultoria em Processos de conformação mecânica em Siderurgia e Tecnologia.

3.3.2 – A Missão

Ser uma empresa parceira das siderúrgicas, propondo soluções inovadoras e

exclusivas, que gerem resultados consistentes e se adéqüem à sua necessidade e

realidade.

3.3.3 – A Visão

Ser reconhecida até 2015 como uma das três principais empresas de consultoria no

Segmento Siderúrgico no Brasil.

3.3.4 – Os Valores

Os valores da CPS são:

• Integridade: Os colaboradores da CPS devem ser íntegros e éticos acima de

tudo;

• Sede por conhecimento: A busca por conhecimento deve ser realizada a toda

hora e a todo momento para se alcançar o diferencial competitivo;

• Franqueza com os clientes: O cliente deve ser tratado com todo o respeito e

deve ser informado de maneira clara e direta sobre tudo o que é realizado em

sua empresa;

• Segurança em todos os sentidos: A segurança das pessoas, dos

equipamentos e dos resultados são primordiais para a CPS. Nada justifica a falta

de segurança;

• Respeito às diferenças: Para a CPS, cliente e colaborador são únicos e devem

ter as suas particularidades respeitadas;

Page 60: Grupo 038 - Revisado 140210

60

• Foco em resultado: A busca por resultados diferencias é o que move a CPS.

Todas as atividades devem ser desempenhadas com o objetivo de alcançar um

resultado significativo.

Na próxima seção será analisada a Estratégia Genérica adotada pela CPS.

3.4 – A Estratégia Genérica adotada pela CPS A estratégia genérica a ser utilizada pela CPS é a de diferenciação do produto, já

que os produtos oferecidos apresentam características únicas que se adéquam às

condições dos processos do cliente, se aproximando de sua realidade. Esta

estratégia busca aumentar o retorno proporcionado pelos produtos, uma vez que a

CPS não partirá de uma adaptação de um produto base para cada cliente, mas sim

desenvolverá este produto com base nas características que são únicas de cada

cliente. Esta estratégia permitirá a formação de clientes fiéis à marca e menos

sensíveis aos preços. Desta forma a empresa estará mais apta frente a seus

competidores.

Em seguida a análise do Macroambiente na qual a CPS estará inserida.

3.5 – Análise do Macroambiente

3.5.1 – Variável Econômica

O parque siderúrgico brasileiro é reconhecido mundialmente pela qualidade de seus

produtos e pela confiabilidade no atendimento ao mercado consumidor. Com

elevados índices de produtividade, o parque siderúrgico do Brasil garante ao país a

oitava colocação no ranking dos maiores produtores internacionais de aço e o coloca

como ponto de referência do setor no mundo. Exportaminas (2009).

O parque produtor é relativamente novo e passa por processos de atualização

tecnológica constante. Está apto a entregar ao mercado qualquer tipo de produto

siderúrgico, desde que sua produção se justifique economicamente. Açobrasil

(2009).

Page 61: Grupo 038 - Revisado 140210

61

De obsoletas e ineficientes quando estatais, as siderúrgicas brasileiras passaram a

ser modelos de administração empresarial e sinônimo certo de ganho para o

investidor. Hoje o que se vê é um setor competitivo, voltado à verticalização dos

negócios, à formação de parcerias e à obtenção de produtos com maior valor

agregado. As siderúrgicas têm, hoje, uma geração de caixa invejável, o que permite

criar novos negócios à sua volta e o custo de produção caiu expressivamente com

reflexos na produtividade. Usiminas (2009).

A siderurgia brasileira já se destaca no cenário internacional, extremamente

competitivo e conturbado, como exportador regular e confiável e, seguindo a

tendência de globalização da economia, deverá operar cada vez mais no mercado

mundial. Atualmente, o Brasil situa-se entre as dez maiores nações produtoras do

mundo, e é uma das que mais exportam aço, estando o aço brasileiro presente em

107 países. O Brasil possui vantagens estruturais importantes no caminho da

competitividade, como o parque siderúrgico de grande porte e relativamente novo e

abundância de matérias-primas de boa qualidade, principalmente minérios e

fundentes, o que lhe possibilita produzir o aço com custos operacionais mais baixos.

Usiminas (2009).

A siderurgia brasileira possui um dos mais baixos custos de produção do mundo,

apresentando vantagens em relação a seus concorrentes, principalmente nos preços

de minério de ferro e de energia, no custo da mão-de-obra e por possuir plantas

siderúrgicas bem modernas. O custo de produção de placas de aço no Brasil é hoje

o mais baixo entre os maiores produtores do mundo. Outra vantagem é que o Brasil

tem um baixo consumo de aço por habitante (89 kg/Habitante), logo possui um

grande espaço de crescimento. Usiminas (2009).

De acordo com o Guia da Siderurgia (2009), a forte demanda interna de bens de

consumo duráveis e não duráveis e, adicionalmente, os pesados investimentos na

recuperação de todos os setores da infra-estrutura do país já estão tendo um forte

impacto nos investimentos para a ampliação da produção interna de matérias-

primas, com destaque para os produtos básicos, como o aço.

Page 62: Grupo 038 - Revisado 140210

62

Ainda conforme o Guia da Siderurgia (2009), o país se prepara para dobrar o

tamanho de seu parque siderúrgico e automotivo, além de ampliar em até 60% a

capacidade de outros setores, como papel e celulose e petroquímico. Esses quatro

setores devem movimentar mais de R$ 120 bilhões até 2014. Nos próximos anos, o

Brasil vai ganhar cinco novas siderúrgicas. Na avaliação do BNDES, a indústria

siderúrgica será responsável pela maior fatia de investimentos, com R$ 82 bilhões

entre 2008 e 2014, o que deverá permitir que a produção passe dos 33 milhões de

toneladas por ano registrado em 2007 para 80,1 milhões de toneladas em 2014, um

salto de nada menos de 142% em apenas sete anos.

Em resumo: O setor siderúrgico brasileiro é reconhecido mundialmente pela

eficiência, alta produtividade e baixo custo com a qual opera, e pela capacidade de

produzir com alta produtividade e baixo custo. As empresas são reconhecidas pela

qualidade de seus produtos e pelos processos atualizados, porém não em estado da

arte. A expansão de capacidade a qual o setor será submetido se traduz em

oportunidades para uma empresa de consultoria focada no processo siderúrgico.

3.5.2 – Variável Tecnológica

O advento de novas tecnologias permite melhor controle dos processos produtivos.

Este fato é facilmente verificado no processo de produção dos produtos siderúrgicos

conhecidos como planos, tais como tiras a quente e a frio e as chapas grossas.

Nestes processos a automação já alcançou um elevado nível tecnológico, com a

inclusão de modelos matemáticos residentes no próprio equipamento de laminação,

e controles. Isto torna a questão da variabilidade estatística de menor gravidade,

porém não menos importante. Na área de longos a atualização tecnológica é menor,

com equipamentos mais antigos. Os processos são menos controlados e a variação

estatística é maior. Na maioria das vezes não existe modelamento matemático de

processos o que implica em alto custo de produção. Neste caso as oportunidades

são maiores. Este setor é o foco para a Empresa de Consultoria. Desta forma a

atualização tecnológica do setor de longos, aproximando este setor às

características do setor de planos, é uma ameaça ao negócio da CPS.

Page 63: Grupo 038 - Revisado 140210

63

3.5.3 – Variável Demográfica

Esta variável não impacta de forma significativa o negócio proposto.

3.5.4 – Variável Sócio-Cultural

Esta variável não impacta de forma significativa o negócio proposto.

3.5.5 – Variável Político-Legal

Conforme o Portal Exame (2009), o relatório Doing Business elaborado pelo Banco

Mundial aponta que o Brasil ainda é um dos países que mais dificultam a abertura

de empresas. São necessários cerca de 150 dias para concluir todo o processo de

abertura de uma empresa. As regras para abertura, fechamento, condução de

empresas e pagamento de impostos são muito complexas. São vários os trâmites o

que demanda o auxílio de especialistas, despachantes e contadores para processar

todas estas normas que tornam uma empresa menos competitiva e o ambiente

empresarial também menos competitivo.

Ainda de acordo com o Portal Exame (2009), o processo é muito demorado devido

ao excesso de regras, várias instituições, inexistência de um único local onde o

empresário possa atender a todos os requerimentos necessários para abrir uma

empresa ou pagar impostos. O acesso à Internet é uma tendência que pode vir a

simplificar os procedimentos, como ocorre em muitos países, tal como a Colômbia.

Alguns estados da federação já simplificaram grandemente a questão de abertura de

empresas, porém é uma exceção (Alagoas e Minas Gerais). Não existe uma barreira

jurídica à simplificação e integração dos procedimentos. Isto permite que outros

estados copiem e isto se torne uma tendência. Todo o trâmite de abertura e

fechamento de uma empresa necessita ser simplificado.

Na Relatório Doing Business 2010, que analisa o período compreendido entre

Junho/2008 e Maio/2009, as economias são classificadas na facilidade de se realizar

negócios, de 1 a 183. Um alto ranking neste índice significa que o ambiente

regulador contribui para a operação de um negócio. O índice é uma média dos

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64

rankings percentuais do país em 10 diferentes tópicos, feito sobre uma variedade de

indicadores. Neste ranking o Brasil ocupa a posição 129 em 183 países analisados.

Os tópicos analisados são exibidos na figura 7. Doing Business (2009).

Figura 7: Tópicos analisados na Pesquisa Facilidade de Fazer Negócios.

A situação do Brasil perante os 10 países mais bem classificados no mundo é a

mostrada na tabela 4, logo abaixo:

Tabela 4: Ranking Facilidade de Fazer Negócios. Doing Business (2009).

Economy

Ease of Doing

Business Rank

Starting a Business

Dealing with Construction

Permits

Employing Workers

Registering Property

Getting Credit

Protecting Investors

Paying Taxes

Trading Across Borders

Enforcing Contracts

Closing a Business

Singapore 1 4 2 1 16 4 2 5 1 13 2 New Zealand 2 1 5 15 3 4 1 9 26 10 17 Hong Kong,

China 3 18 1 6 75 4 3 3 2 3 13

United States 4 8 25 1 12 4 5 61 18 8 15 United

Kingdom 5 16 16 35 23 2 10 16 16 23 9

Denmark 6 28 10 9 47 15 27 13 6 28 7 Ireland 7 9 30 27 79 15 5 6 21 37 6 Canadá 8 2 29 17 35 30 5 28 38 58 4 Austrália 9 3 62 1 34 4 57 47 27 16 14

Brazil 129 126 113 138 120 87 73 150 100 100 131

Conforme mostrado acima, percebe-se que o ambiente para se fazer negócios no

Brasil não é dos melhores já que o país normalmente se posiciona no pelotão de

trás no ranking do Banco Mundial, porém já existem algumas iniciativas visando

Page 65: Grupo 038 - Revisado 140210

65

melhorar este cenário. Desta forma o ambiente político-legal à qual a CPS estará

inserida não será dos mais apropriados, o que representa uma ameaça ao negócio.

A seguir será analisada a competitividade do segmento que em que a CPS pretende

atuar, através da Análise de Setor.

3.6 – Análise de Setor

Será analisada detalhadamente a competitividade do segmento em que a empresa

pretende atuar, através das Cinco Forças de Porter.

3.6.1 – Ameaça de Entrada (Novos Entrantes) 3.6.1.1 – Diferenciação de Produto

Nas pesquisas qualitativas realizadas via questionário, além de pesquisa realizada

na rede mundial de computadores (World Wide Web) não foi possível identificar

nenhuma empresa de consultoria, baseada no Brasil, com foco em Modelamento/

Redução de Variabilidade de Processos. Existem algumas empresas baseadas na

Europa que possuem, além deste foco, outros tipos de serviços, tais como melhorias

de produtividade e outros ganhos de processo (Exemplo: N-Side e Pepite, da

Bélgica). Desta forma a CPS estaria surgindo para explorar um novo mercado e

seria pioneira. Caso a CPS venha a ser consultoria de primeira linha, com resultados

consistentes e robustos, haveria barreira de entrada para a concorrência, baseadas

em propaganda, serviço ao consumidor, diferenças no produto e pioneirismo.

Uma das barreiras de entrada para novos mais importantes é a identidade da marca.

A CPS não traz identidade de marca já que não é conhecida no mercado.

3.6.1.2 – Custos de Troca

Os produtos CPS3 e CPS4 disponibilizam ao cliente um software o qual traz

residente o conhecimento matemático do processo do cliente obtido através do

tratamento dos dados de processo coletados durante a produção. Este software

Page 66: Grupo 038 - Revisado 140210

66

pode ser projetado de forma tal que não seja de acesso à empresa (Tecnologia

Proprietária), funcionando como aplicativo, sendo o seu modo de funcionamento

invisível à empresa. Desta forma a modificação deste aplicativo não seria possível a

outra empresa, sendo de acesso somente da CPS, sendo assim considerada uma

oportunidade para a CPS.

Por outro lado se o cliente já possuir algum tipo de modelamento de seu processo

que esteja vinculado a algum fabricante (Tecnologia Proprietária) a troca deste

modelamento pelo produto da CPS poderá ser mais difícil de ocorrer devido ao custo

de troca que existe neste caso. Dessa forma o custo de troca de software pelo

cliente, poderia representar uma barreira de entrada.

Em resumo o Custo de Troca pode representar uma oportunidade para a CPS (caso

o cliente não possua nenhum sistema de modelamento matemático) ou uma barreira

de entrada (caso o cliente possua algum tipo de modelamento em seu sistema que

esteja vinculado a algum fabricante).

3.6.1.3 – Desvantagens de custos independentes de escala

A atividade na qual a CPS está inserida possui origem ligada à pesquisa científica e

Gerenciamento da Qualidade Total (GQT) e têm como fatores críticos de sucesso o

domínio de processos de modelamento matemático, conhecimentos em redução da

variabilidade estatística de processos, conforme as práticas Six Sigma, além de

grande familiaridade com o processo siderúrgico. A filosofia do GQT é uma extensão

dos conceitos da Qualidade Total cujo foco é a melhoria contínua dos processos,

iniciando por aqueles que influenciam diretamente no problema de interesse.

Uma empresa que se proponha a explorar este mercado necessita se preocupar em

investir na qualificação de seus colaboradores, tanto em nível de capacitação em

modelamento matemático, estatística, conhecimentos nas práticas Six Sigma, uso

dos diversos softwares relacionados à modelamento matemático (MINITAB,

MATLAB, STATISTICA) e também no conhecimento científico (Metalurgia Física da

Conformação Mecânica) do processo siderúrgico alvo, em nível de mestrado e/ou

Page 67: Grupo 038 - Revisado 140210

67

doutorado. Tais investimentos podem ser caracterizados como riscos, sendo

considerada barreira à entrada.

3.6.2 – Pressão de serviços substitutos (Substitutos)

Novas tecnologias aplicadas ao processo de produção de longos, aliada à evolução

na visão de qualidade total dos gestores das empresas alvo podem vir a impactar na

proposta da CPS. O advento de equipamentos de produção com alta tecnologia de

controle de processos e modelos de simulação residentes significa a possibilidade

de redução de custos, sendo uma ameaça ao negócio.

O mercado que a CPS se propõe a explorar ainda não é explorado de forma

sistemática por outras empresas. Pode-se prever que a disputa entre eventuais

empresas estará concentrada na capacidade técnica e entrega de resultados.

Aquela que atinge o que se propõe certamente irá dominar o mercado. Neste caso a

experiência de seus profissionais é um fator crítico de sucesso. Portanto, a eventual

incapacidade técnica dos concorrentes pode se converter em oportunidade. Outra

possibilidade de concorrência é por parte dos próprios colaboradores das empresas

alvo, o auto-serviço. Porém estes muitas vezes não possuem a capacitação técnica

requerida nem o tempo necessário para desenvolver as ferramentas propostas pelo

negócio da CPS.

A concorrência com o auto-serviço, caso ocorra, seria mais perceptível nos produtos

CPS1 e CPS2. Os produtos CPS3 e CPS4 sofreriam menos concorrência, pois

trazem maior conteúdo tecnológico e necessidade de mão de obra extremamente

qualificada. Outro fator importante diz respeito ao fato de as empresas entenderem

que os aspectos técnicos de seus processos devem ser mantidos como segredo,

não podendo ser abertos a terceiros. Neste caso, portanto, é possível que o contrato

de trabalho entre a CPS e o cliente contenha uma cláusula de confidencialidade.

Empresas de Certificação (Det Norske Veritas, Bureau Veritas, Lloyds Register)

trabalham com este tipo de cláusula, mantendo as informações dos clientes

indisponíveis para os concorrentes.

Page 68: Grupo 038 - Revisado 140210

68

As pesquisas qualitativas realizadas mostraram que os clientes potenciais

(Especialistas e Gestores de Usinas Siderúrgicas), entendem que o negócio

proposto pela CPS é atrativo, desde que seja viável financeiramente. A percepção

dos entrevistados quanto à aplicabilidade desta proposta, é similar à do grupo, ou

seja, os clientes iniciais sendo de usinas do setor de longos, sem muito refino

tecnológico. Outro ponto de discussão é justamente a concorrência com o próprio

corpo técnico do cliente. Porém, neste caso, entende-se que este corpo técnico não

está preparado (Ou simplesmente não tem tempo) para executar o trabalho proposto

pela CPS o qual possui refino técnico e metodológico, principalmente em relação ao

modelamento matemático do processo do cliente.

3.6.3 – Intensidade da Rivalidade entre competidores existentes (Concorrentes)

Entende-se que qualquer proposta de redução de custos de produção oferecida no

mercado pode vir a ser concorrente da CPS. Assim, consultorias especializadas em

processos de gestão e Qualidade Total podem se tornar concorrentes da CPS. Os

produtos CPS1 e CPS2 teriam maior competição com estas consultorias, ao passo

que os produtos CPS3 e CPS4 teriam menor concorrência em função da

necessidade de maior especialização para sua execução. As consultorias

concorrentes possuem como vantagem o fato de já estarem estabelecidas no

mercado e serem reconhecidas pelos resultados já obtidos. Cita-se como uma

possível concorrente indireta da CPS o Instituto de Desenvolvimento Gerencial

(INDG), focado em processos de Qualidade Total e gestão e outras consultorias

especializadas em melhorias na estabilidade de processos e ganhos de

produtividade em equipamentos, tais como as identificadas nas pesquisas

qualitativas. Os produtos ofertados pela CPS possuem como premissas básicas a

necessidade de grande controle de processos o que significa estabilidade. A

redução de custos é função da capacidade estatística de processo e tende a ser de

prazo indefinido caso os clientes mantenham seu desempenho ao longo dos anos.

Desta forma os ganhos proporcionados pela CPS tendem a ser maiores, se

comparadas a outras propostas, se considerado o longo prazo. Existem também

ganhos decorrentes da maior estabilidade de processos, difíceis de mensurar neste

momento.

Page 69: Grupo 038 - Revisado 140210

69

3.6.4 – Barganhando poder de Fornecedores (Fornecedores)

Os principais fornecedores para a CPS são:

• Profissionais capacitados em metodologia estatística e práticas Six Sigma,

habilitados na utilização do software MINITAB;

• Engenheiros com formação técnica em Engenharia Metalúrgica,

preferencialmente com Mestrado e/ou Doutorado na área e com experiência

prática em processos de conformação mecânica;

• Analistas de Sistemas capacitados no projeto de Redes Neurais Artificiais,

utilizando o software MATLAB e/ou STATISTICA;

• Fabricantes dos Softwares citados acima (Minitab, MathWorks e StatSoft,

respectivamente);

• Fornecedores de insumos utilizados em um escritório.

O principal fator crítico de sucesso para a CPS é a disponibilidade de profissionais

com a formação acima. Os demais itens não são tão críticos. No momento atual em

que se encontra o país, com previsão de grande crescimento econômico devido ao

advento das novas fontes de petróleo e o boom no setor siderúrgico, é possível

imaginar uma escassez de profissionais qualificados no mercado. Isto se traduz em

um fator crítico de sucesso.

Quanto aos fabricantes de softwares existem inúmeros no mercado. Também

existem diversos trabalhos em Universidades, em nível de Especialização, Mestrado

e Doutorado, cujos conhecimentos gerados poderiam ser incorporados à CPS. Este

fato é uma força do negócio, pois são várias as opções de fornecimento de Know-

How e software.

3.6.5 – Barganhando poder de Compradores (Clientes)

A diferenciação do produto garantiria oportunidades à CPS já que seu produto é

importante para aumento das margens dos clientes. Este fator se constitui em uma

força do empreendimento. Outro ponto detectado nas pesquisas realizadas diz

Page 70: Grupo 038 - Revisado 140210

70

respeito ao conhecimento das necessidades dos clientes o qual pode também ser

considerado como uma força do empreendimento, conforme questionários

qualitativos (Vide anexo J).

Outro fator que pode vir a se tornar uma ameaça ao negócio é o desconhecimento

da empresa cliente quanto aos seus processos e a recusa em não reconhecer a

necessidade de controle do processo. Este fato foi detectado em uma das pesquisas

realizadas.

Outra ameaça detectada é a possibilidade do cliente ter que realizar um alto

investimento em seu processo para monitorar algumas variáveis de processo para

que a CPS consiga atendê-lo, principalmente em relação aos produtos CPS3 e

CPS4. É importante salientar que este investimento irá variar de empresa para

empresa e dependerá do nível de monitoração já existente.

Na próxima seção será mostrada a matriz SWOT e as respectivas ações

estratégicas.

3.7 – A Análise SWOT

Após as análises de macro ambiente e de setor, foi possível identificar as seguintes

forças da empresa, bem como as oportunidades e ameaças que o mercado oferece.

Essas informações foram agrupadas na tabela 5, logo abaixo.

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71

Tabela 5: Matriz SWOT. Oportunidades Ameaças

Expansão do setor siderúrgico.

Possibilidade de se ter um alto investimento inicial, por

parte do cliente, para realizar o monitoramento das

variáveis de processo.

Custo de Troca. Resistência das empresas.

Ausência de concorrência especifica no Brasil.

A demanda pelo serviço da CPS não tende a diminuir em

tempos de crise.

O parque produtor brasileiro não utiliza tecnologia em

estado da arte.

Incapacidade técnica/outras prioridades dos colaboradores

da empresa alvo.

Forças

Pioneirismo/Proposta Inovadora.

Qualificação do corpo técnico.

Relacionamento já estabelecido com potenciais clientes. Proposta de geração de valor para os clientes baseado no

conhecimento das suas necessidades.

Na tabela 6, são listadas as ações estratégicas oriundas da análise da matriz

SWOT.

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72

Tabela 6 - Análise Forças e Fraquezas versus Oportunidades e Ameaças

Forças 1-Pioneirismo/ Proposta Inovadora;

2- Qualificação do corpo técnico;

3- Relacionamento já estabelecido com potenciais

clientes;

4- Proposta de geração de valor para os clientes.

Oportunidades 1- Expansão do setor siderúrgico;

2- Custo de troca;

3- Ausência de concorrência especifica

no Brasil;

4- A demanda não tende a diminuir em

tempos de crise;

5- O parque produtor brasileiro não utiliza

tecnologia em estado da arte;

6- Incapacidade técnica/outras

prioridades dos colaboradores da

empresa alvo.

-> Priorizar clientes que busquem produtos de maior

valor que envolve o custo de troca (CPS3 e CPS4).

Fo1, 2; Op 2, 3, 6;

-> Realizar parcerias com clientes que queiram

replicar os produtos adquiridos em outras unidades

do grupo ou novas unidades que serão construídas.

Fo 1,3;Op 1,3, 5, 6;

-> Reforçar junto aos possíveis clientes a proposta

de geração de valor que a CPS oferece. Fo 4; Op 1,

4, 6;

-> Reforçar caráter de alta tecnologia envolvida nos

produtos. Fo 1, 4;Op 1, 2, 5, 6.

Ameaças 1- Possibilidade de se ter um alto

investimento inicial para realizar o

monitoramento das variáveis de

processo;

2- Resistência das empresas.

-> Utilizar o relacionamento já estabelecido com

potencias clientes para conseguir o 1° cliente. Fo 1,2;

Am 2;

-> Divulgar os benefícios dos produtos da CPS e

calcular para o cliente o payback do investimento. Fo

4; Am 1, 2;

->Utilizar remuneração baseada no resultado para

atrair cliente e diminuir desconfiança. Fo 2, 4; Am 1,

2.

3.7.2 – Detalhamento das Ações Estratégicas

3.7.2.1 – Ações de Exploração (Oportunidade x Força)

Como estratégia de exploração, a CPS busca expor os seus produtos aos clientes

enfatizando a geração de valor que seus produtos proporcionam aos clientes, além

do fato do modelamento matemático ser de grande valia para possibilitar

Page 73: Grupo 038 - Revisado 140210

73

previsibilidade ao processo de conformação mecânica e com isso proporcionar

redução de custos.

Outro fator importante é a criação de parcerias com os clientes, seja através da

replicação dos produtos oferecidos às outras unidades de uma empresa, uma vez

que este segmento é bastante consolidado, ou seja, através da vinculação que o

cliente terá com a CPS, ao adquirir um produto exclusivo como o modelamento

matemático que irá vincular o cliente à CPS.

3.7.2.3 – Ações de Monitoramento (Ameaça x Força)

A estratégia de monitoramento da CPS está ligada à resistência das empresas em

adquirir um produto que possa necessitar de um alto investimento inicial, ou ao

receio em se contratar uma empresa desconhecida no mercado.

Para eliminar esta resistência, a CPS irá realizar para os clientes o cálculo do

payback mostrando que o retorno do investimento se dará em um período curto,

apesar da possibilidade de se ter um alto investimento inicial. Desta forma o cliente

se sentirá mais seguro em realizar os investimentos necessários que os produtos

CPS3 e CPS4 possam demandar e a CPS possa realizar a venda desses produtos

de maior valor agregado.

Outra ação estratégica é utilizar a remuneração baseada em resultados para

diminuir a desconfiança inicial em relação à empresa. Dessa forma o cliente

vinculará uma parte do seu investimento aos resultados obtidos, e a CPS terá a

oportunidade de aumentar os seus ganhos de acordo com os resultado obtidos.

Na próxima seção serão discutidos os Fatores Críticos de Sucesso além das ações

estratégicas para contorná-los.

3.8 – Os Fatores Críticos de Sucesso

Nos tópicos anteriores foram levantados alguns fatores críticos de sucesso para a

CPS. A tabela 7, abaixo, relaciona todos estes fatores, um detalhamento maior de

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74

cada um (Por que é considerado um FCS) e as estratégias visando a minimização

de seu impacto no negócio da CPS.

Tabela 7 – Fatores Críticos de Sucesso.

Item Fatores Críticos de Sucesso Detalhe Ações Estratégicas

Domínio de processos modelamento matemático.

Domínio das Práticas Six Sigma de Redução da Variabilidade de Processos.

Conhecimento de Metalurgia Física da Conformação Mecânica.

1 Mão de Obra especializada.

Familiaridade com o Processo Siderúrgico.

Estratégia de contratação focada em profissionais com estes conhecimentos, nível mestrado, oriundos de siderurgia; Parcerias com Universidades visando desenvolvimento de metodologias de modelamento; capacitação Green/Black Belt; Realizar treinamentos internos para disseminar o conhecimento da equipe e ajudar na formação de mão de obra qualificada internamente; Adotar remuneração acima da média de mercado.

2 Acesso irrestrito ao processo do cliente.

Espaço para customização dos serviços e produtos.

Elaborar contratos de confidencialidade para garantir pleno acesso ao processo do cliente.

3 Atualização Tecnológica. Busca constante de novas tecnologias e metodologias.

Participação em eventos específicos da área científica; assinatura de periódicos da área; interação com universidades e departamentos de pesquisa; participação em bancas de defesa de mestrado e doutorado; acompanhamento sistemático das soluções de softwares no mercado (Exemplos: MATLAB, MINITAB, Statistica) através do site dos respectivos fabricantes; Priorizar investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento.

4 Identificação e foco nos clientes inovadores do segmento alvo.

Clientes abertos a novas propostas e conhecimentos.

Conforme BCG apenas 3% dos clientes são inovadores, portanto, de forma a reduzir os custos e esforços de venda ao mercado como um todo, na fase de introdução serão focados apenas os clientes que apresentam maior abertura para os produtos da CPS.

5 Resultados. Casos de Sucesso. Elaborar books dos trabalhos realizados, mostrando os ganhos obtidos nos clientes, além de divulgação no site da empresa.

Realizar campanha de Marketing junto aos clientes utilizando os seminários e congressos da área siderúrgica, tais como os congressos da ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração), anúncios em revistas específicas, por exemplo.

6 Empresa não conhecida. -

Venda dos produtos realizados de maneira personalizada, pelos próprios acionistas da empresa.

Na seção seguinte será discutido o Plano de Marketing.

3.9 – O Plano de Marketing

Nesse capitulo é desenvolvido o Plano de Marketing da CPS, contribuindo para o

estudo da viabilidade mercadológica da implantação desta empresa de consultoria.

Page 75: Grupo 038 - Revisado 140210

75

Ele compreenderá a Seleção do Mercado-Alvo da empresa após um processo de

Segmentação de Mercado, a definição do Posicionamento e, finalmente, o

Composto Mercadológico.

3.9.1 – Segmentação de Mercado e Seleção dos Mercados-Alvo

Conforme já citado anteriormente neste trabalho, o mercado siderúrgico no Brasil é

caracterizado pela grande diversidade de produtos, tanto na linha dos chamados

aços laminados planos (folhas para embalagem, bobinas, chapas finas e grossas)

quanto na linha de laminados longos (perfis, vergalhões, fios-máquina, barras, tubos

sem costura, trefilados). O volume total produzido (Base 2008) foi igual a 20,3

milhões de toneladas (MT), sendo 11,5 MT para a linha de planos e o restante (8,8

MT) para a linha de longos. Do total de 26 usinas distribuídas por 10 estados

brasileiros a grande maioria, 23 usinas de 4 grupos empresariais, fabricam produtos

laminados longos, totalizando uma capacidade produtiva instalada que ultrapassa os

13 milhões de toneladas anuais desses produtos.

Conforme já citado na análise do Macroambiente, o advento de novas tecnologias

permite melhor controle dos processos produtivos siderúrgicos. Na área de longos a

atualização tecnológica é menor, com equipamentos mais antigos. Os processos

são menos controlados e a variação estatística é maior. Na maioria das vezes não

existe modelamento de processos o que implica em alto custo de produção. Isso

caracteriza uma boa oportunidade para a CPS para atuação inicialmente em usinas

produtoras de laminados longos.

O mercado-alvo escolhido para a empresa, desta forma, foram usinas siderúrgicas

produtoras de aços laminados longos, com volume de produção de até 620.000

ton/ano. Este volume de produção máximo dos clientes-alvo foi escolhido no intuito

de reduzir tanto a necessidade de investimento inicial em mais consultores como

também o risco da empresa (verificados no caso de atendimento de usinas maiores

pela CPS, empresa considerada como novo entrante no mercado). Inicialmente,

serão focadas essas usinas que tenham suas unidades produtoras no Brasil, país-

sede da CPS. Em uma segunda etapa, as usinas de outros países latino-americanos

também seriam trabalhadas. O possível aumento de custos para se atender usinas

Page 76: Grupo 038 - Revisado 140210

76

no Brasil inteiro não foi considerado, uma vez que os custos de deslocamento e

hospedagem dos consultores da CPS (cuja sede é no estado de Minas Gerais)

serão repassados aos clientes.

O foco da CPS no mercado-alvo citado acima é justificado também pelo seu maior

potencial estimado dentre as usinas produtoras de aços longos no Brasil (total de

cerca de R$ 21,2 milhões/ano), que, conforme mostrado na Figura 8, dentre todas

as usinas desta categoria, as com menores capacidades produtivas (produção anual

de até 620.000 toneladas) representam 70,5% do potencial total de faturamento para

a CPS, enquanto que as com maiores capacidades (produção anual maior que

620.000 toneladas) representam a menor parte (29,5%).

Figura 8 – Potencial Estimado de Faturamento (R$) para o primeiro ano da consultoria, por Faixa de

Capacidade Produtiva dos Clientes do Segmento de Fabricação de Aços Laminados Longos no

Brasil. Dados baseados em informações de capacidade instalada de produção, retirados dos

websites das empresas siderúrgicas.

A Figura 9 mostra as principais usinas dentro do mercado-alvo escolhido e seus

respectivos potenciais de geração de faturamento para a empresa.

Page 77: Grupo 038 - Revisado 140210

77

Figura 9 – Faturamento Potencial da CPS (R$) estimado por Cliente para o primeiro ano de

consultoria. Dados baseados em informações de capacidade instalada de produção, retirados dos

websites das empresas siderúrgicas.

Considerando-se os critérios básicos para definir e optar por atender um segmento

de mercado, concluí-se desta forma que o segmento escolhido como mercado-alvo

para a CPS é:

• Mensurável: Existem informações sobre as características do cliente e essas

podem ser obtidas pela CPS;

• Acessível: A empresa é capaz de concentrar efetivamente seus esforços de

marketing neste segmento, já que os seus consultores técnico-comerciais têm

contatos prévios (Networking) e acesso relativamente fácil aos potenciais

compradores;

• Substancial: Verifica-se que o segmento representa um potencial grande e

lucrativo o suficiente para justificar o seu atendimento pela CPS;

• Compatível: Já que a especialização e tecnologia da CPS iniciaram-se

justamente através de experiências prévias de seus consultores ao trabalharem

como funcionários em empresas do segmento de aços laminados longos, tendo

portanto boas noções da tecnologia e das necessidades específicas dos

potenciais compradores;

• Receptível: O composto mercadológico (produto, preço, promoção e praça) a

ser definido ao final desta seção deverá apresentar boa receptividade por parte

do mercado, uma vez que se baseará nas pesquisas realizadas e no

conhecimento prévio dos consultores da empresa sobre o mercado.

Page 78: Grupo 038 - Revisado 140210

78

No próximo sub-item será definido o posicionamento da CPS no mercado.

3.9.2 – Posicionamento

Como já visto, o Posicionamento é a ação de projetar o produto e a imagem da

empresa para ocupar um lugar diferenciado na mente do público-alvo. Nesta seção

serão estabelecidos o Posicionamento Amplo, o Posicionamento de Valor e uma

Declaração de Posicionamento para a empresa de consultoria CPS.

3.9.2.1 – Posicionamento Amplo

Como a estratégia genérica de Porter definida para a empresa é a de Diferenciação,

o Posicionamento Amplo mais adequado deve criar a imagem que os produtos

(pacotes de serviços) da CPS são diferenciados de alguma forma. Neste sentido, foi

definido que o Posicionamento Amplo mais adequado é o de Liderança do Produto,

uma vez que os produtos da empresa são baseados em alta capacitação e

tecnologia e prometem excelente desempenho. Desta forma, objetiva-se que o

benefício a ser percebido pelo consumidor é o de produtos com desempenhos

superiores aos da concorrência, sendo esta última o próprio auto-serviço (produto

substituto) pelo consumidor. Isto não significa que a empresa não terá Eficiência

Operacional (eficiência em custos) e Intimidade com o Consumidor (personalização

de produtos e soluções) como diferenciais, mas apenas que o posicionamento de

Liderança de Produto será o principal da CPS.

3.9.2.2 – Posicionamento de Valor

Seguindo-se o mesmo raciocínio, a definição do Posicionamento de Valor deve

refletir a imagem de desempenho superior do produto. Desta maneira, definiu-se que

o Posicionamento de Valor para a CPS será o Mais por Mais, ou seja, a empresa

cobrará Mais caro do que a concorrência (Produto substituto: Auto-serviço pelo

cliente), porém também entregará Mais desempenho (Maior redução de custos

através de um processo mais controlado e previsível). Os argumentos de venda que

sustentam este posicionamento de valor são, dentre outros: Maior redução de

custos; garantia de desempenho; know-how do corpo técnico; presença e

Page 79: Grupo 038 - Revisado 140210

79

disponibilidade de pelo menos um consultor da CPS no cliente durante 100% do

período da prestação do serviço de consultoria; assistência técnica pós-venda, ou

seja, mesmo após o término do período da consultoria.

3.9.2.3 – Declaração de Posicionamento

Pode-se, então, concluir com a declaração de posicionamento da CPS:

“Para usinas siderúrgicas de médio porte fabricantes de aços laminados longos que

necessitam de redução drástica de custos e aumento da eficiência operacional, a

CPS é uma empresa de consultoria especializada que tem como diferenciais a

preparação de alto nível de seu corpo técnico e tecnologia de ponta em softwares de

modelamento matemático personalizados e baseados em inteligência artificial para

redução do consumo de ferro-ligas e da variabilidade estatística nos processos de

conformação mecânica.”

3.9.3 – Composto Mercadológico

Ao afirmar que o produto possui um ciclo de vida, se aceita que os produtos têm vida

limitada; as vendas dos produtos atravessam estágios diferentes, cada qual com

desafios, oportunidades e problemas distintos para o vendedor; os lucros sobem e

descem-nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto; os produtos exigem

estratégias diferentes de marketing, finanças, produção, compras e recursos

humanos para cada estágio de seu ciclo de vida. Segundo Kotler (2006).

De forma a se definir da melhor maneira as estratégias para o Composto

Mercadológico dos serviços da CPS, é necessário primeiramente entender em que

fase do Ciclo de Vida eles se encontram. Como não há empresas concorrentes que

atuem no mercado brasileiro para os produtos oferecidos pela CPS (baseado em

pesquisa de mercado e nos questionários respondidos, os concorrentes PEPITe

S.A. e N-SIDE não atuam no Brasil), pode-se considerar que estes se encontram na

fase de introdução de seu ciclo de vida. A figura 10, abaixo, mostra o objetivo de

marketing e as estratégias indicadas para o composto mercadológico na fase de

introdução do ciclo de vida do produto.

Page 80: Grupo 038 - Revisado 140210

80

O objetivo de marketing para os produtos da CPS, portanto, é de fazer com que o

cliente os “experimente”. A seguir serão definidas e explicadas mais detalhadamente

as estratégias para cada elemento do composto mercadológico dos produtos da

empresa.

Figura 10: Ciclo de vida de um produto (Faturamento, $ x Tempo, t) e seu composto mercadológico

recomendado para a fase de introdução no mercado. Adaptado de: Apostila Gestão do Mix

Mercadológico – Fundação Dom Cabral, 2008.

3.9.3.1 – Produto

A CPS oferece como seus produtos os seguintes pacotes de serviços a seus

clientes, relacionados na tabela 8:

Page 81: Grupo 038 - Revisado 140210

81

Tabela 8: Produtos da CPS.

Produto Atividades Produto

CPS1 Auditoria Técnica + Otimização nível 1 Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1

CPS2 Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto

CPS3

Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2 + Modelo Matemático:

Composição Química X Variáveis de Interesse do Produto

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto + Modelo Matemático (Software) que correlaciona as variáveis

de interesse do produto com a composição química do produto

CPS4

Auditoria Técnica + Otimização Nível 1 e Nível 2 + Modelo Matemático:

Composição Química + Dados de Processo X Variáveis de Interesse do

Produto

Determinar as Fontes de Variação Estatística + Elaboração de Plano de Ação para minimizar as fontes de variação Nível 1 + Estudo de

Correlação entre as variáveis nível 2 e as variáveis de interesse do produto + Modelo Matemático (Software) que correlaciona as variáveis

de interesse do produto com a composição química e os dados de processo do produto

As variáveis tipo 1 e tipo 2, listadas acima, foram definidas de acordo com os

seguintes critérios:

• Variável Tipo 1: São variáveis ligadas basicamente aos processos de

normalização das atividades de verificação da qualidade do produto e que têm

importante participação na variabilidade encontrada nos resultados de interesse

do produto;

• Variável Tipo 2: São variáveis relacionadas ao processo de conformação

mecânica e que possuem influência física nos resultados de interesse do

produto, de acordo com o campo de conhecimento de Metalurgia Física.

A tabela 9, abaixo, sumariza estas variáveis e sua classificação:

Page 82: Grupo 038 - Revisado 140210

82

Tabela 9: Variáveis de Processo de Conformação Mecânica.

Fatores que afetam as Propriedades Mecânicas Grau de Dificuldade Projeto Condições de amostragem do corpo de prova 1 Otimização Nível 1 Calibração dos Instrumentos de medida 1 Otimização Nível 1 Processo de ensaio mecânico 1 Otimização Nível 1 Atendimento a padrão 1 Otimização Nível 1 Conhecimento do processo de Laminação 1 Otimização Nível 1 Composição Química 2 Otimização Nível 2 Curva de Aquecimento dos Fornos 2 Otimização Nível 2 Histórico prévio da matéria prima 2 Otimização Nível 2 Tempo de processo de laminação 2 Otimização Nível 2 Reduções percentuais de laminação 2 Otimização Nível 2 Taxa de Redução 2 Otimização Nível 2 Temperaturas de Laminação 2 Otimização Nível 2 Taxa de Resfriamento 2 Otimização Nível 2 Rastreabilidade 2 Otimização Nível 2 Dimensões da Matéria Prima 2 Otimização Nível 2 Velocidade de Laminação 2 Otimização Nível 2 Refrigeração de Cilndros 2 Otimização Nível 2 Existência de Padrão Termomecânico (Prop. Mec.) 2 Otimização Nível 2

As Otimizações nível 1 e nível 2 (Vide Tabela 8) têm como objetivo, demonstrar ao

cliente o impacto ocasionado pelas variáveis de processo nas características de

interesse de seu produto. Consistirá de um estudo com as ações sugeridas para

minimizar a variabilidade encontrada. A execução do Plano de Ação, com seus

respectivos custos, serão de responsabilidade do cliente, porém com assessoria

técnica da equipe da CPS.

O processo de modelamento matemático citado nos principais pacotes de produtos

da empresa (CPS3 e CPS4) envolve a utilização de técnicas de Inteligência Artificial

(Redes Neurais Artificiais) ou Metodologia Estatística (Regressão Linear Múltipla). O

resultado do modelamento é entregue ao cliente na forma de um software aplicativo.

A estratégia de produto indicada pela fase de introdução do ciclo de vida sugere que

o produto deve ser introduzido em sua versão mais básica no mercado. A estratégia

da CPS será oferecer distintos “pacotes pré-definidos de produtos”, variando desde

o “pacote” que contenha os produtos básicos até os que contenham os produtos

mais complexos, os quais terão preços diferenciados. O produto CPS4, que possui

maior complexidade, não será oferecido no primeiro ano da empresa, sendo

reservado para a fase de crescimento, após a entrada de possíveis concorrentes

Page 83: Grupo 038 - Revisado 140210

83

(protegendo desta forma as margens) e após a curva de aprendizado prévio, obtida

com os produtos mais simples.

O investimento prioritário em pesquisa e desenvolvimento de produto para a

constante atualização tecnológica da empresa será uma estratégia fundamental para

a manutenção do posicionamento de líder de produto.

3.9.3.2 – Preço

Os preços de outras consultorias atuantes na siderurgia verificados em pesquisa

através dos questionários preenchidos consideram valores em torno de R$

600.000,00 anuais. Os preços de introdução dos produtos da CPS no mercado

apresentarão alta margem relativa, uma vez que se trata de uma nova categoria de

consultoria (Nova categoria de produto) e, desta forma, a CPS estará estabelecendo

o preço deste produto no mercado, que ainda não tem idéia formada sobre preços

de potenciais concorrentes para esta categoria específica de serviço proposta. A alta

margem ajudará também na geração de caixa e na conseqüente sustentação da

empresa na fase de introdução do produto no mercado, uma vez que o volume de

vendas é naturalmente mais baixo nesta etapa.

Na elaboração de preços, levou-se em consideração que o preço deve ser fácil de

ser entendido pelos clientes; deve representar valor para eles; deve encorajar a sua

lealdade e facilitar o seu relacionamento com a empresa provedora; deve reforçar a

sua confiança e reduzir sua incerteza, conforme Hoffman et al (2008).

As estratégias de determinação de preço escolhidas e adotadas pela CPS foram

baseadas no valor e em satisfação do cliente. A determinação baseada no valor tem

como idéia partir de preços praticados no mercado por consultorias de outras áreas

que atuam no mercado siderúrgico e também no valor que o cliente estaria disposto

a pagar por aqueles benefícios. Desta forma, utiliza-se este número como um ponto

de partida para balizar o preço que será cobrado. A determinação de preço baseada

em satisfação tem como objetivo principal reduzir o risco percebido pelo cliente

associado à compra dos serviços de consultoria e atrair mercados-alvo que

valorizam segurança. Essa estratégia inclui o oferecimento de garantias (pagamento

Page 84: Grupo 038 - Revisado 140210

84

de parte variável mediante resultados obtidos e comprovados com o serviço de

consultoria), preços por benefícios (ou por pacote de benefícios) e preços fixos de

acordo com Hoffman et al (2008).

Os preços foram estipulados conforme tabela 10:

Tabela 10: Preços.

Produto Nível de Complexidade Preço (R$)

CPS1 1 R$ 230.000,00 + 35% sobre o ganho auferido em 12 meses

CPS2 2 R$ 310.000,00 + 35% sobre o ganho auferido em 12 meses

CPS3 3 R$ 600.000,00 + 35% sobre o ganho auferido em 18 meses

CPS4 4 R$ 800.000,00 + 35% sobre o ganho auferido em 18 meses

O nível de complexidade varia de 1 a 4, sendo o 4 o mais complexo, representado

pelo produto CPS4. Este apresentará maiores custos, irá gerar maior valor para o

cliente e conseqüentemente justificará uma melhor remuneração.

O preço a ser pago pelo cliente consistirá em um valor fixo referente à consultoria e

um variável de 35,0% sobre os ganhos auferidos pelo cliente em período que varia

de 12 a 18 meses conforme produto adquirido. Desta forma, os riscos iniciais do

cliente serão minimizados, uma vez que a cobrança da parte variável constitui-se

numa espécie de garantia de desempenho, ou seja, a CPS ganhará apenas se o

cliente ganhar.

Além do preço a ser pago à CPS, possivelmente haverá necessidade de

investimentos por parte do cliente em automação, instrumentação e medição

sugeridos pela empresa para melhoria do processo.

Na tabela 11, abaixo, é mostrada uma simulação de ganhos em função do produto:

Page 85: Grupo 038 - Revisado 140210

85

Tabela 11: Tabela de faturamento e margem bruta de contribuição em função do produto para um

cliente com produção de 400.000 ton./ano, considerando US$1,00 = R$1,80.

Produto Preço (R$)

Redução de

Custo Estimada

(US$/ton.)

35% da redução de custo

obtida no período, a ser

pago a título de

remuneração variável à

CPS (US$)

Faturamento

total da CPS

(US$)

Margem Bruta de

Contribuição de cada

produto (%)

CPS1

R$ 230.000,00 + 35%

sobre a economia

auferida em 12 meses

0,80 112.000,00 239.777,78 65,7%

CPS2

R$ 310.000,00 + 35%

sobre a economia

auferida em 12 meses

1,00 140.000,00 312.222,22 66,8%

CPS3

R$ 600.000,00 + 35%

sobre a economia

auferida em 18 meses

1,30 273.000,00 606.333,33 73,2%

CPS4

R$ 800.000,00 + 35%

sobre a economia

auferida em 18 meses

1,60 336.000,00 780.444,44 73,7%

O cálculo da economia conseguida com a redução no consumo de Fe-Ligas é

realizado através da comparação do volume de Fe-Ligas consumidos antes e depois

do projeto. Deverá ser focado no elemento químico adicionado intencionalmente no

processo de elaboração do aço, na aciaria, e cujo projeto de composição química

permita esta redução, desde que não ultrapasse os teores mínimos estabelecidos

nas normas técnicas adotadas para este produto.

De forma que fatores que não sejam decorrentes do serviço de consultoria não

influenciem nos resultados financeiros do pagamento da parte variável do preço,

fixa-se os preços das matérias-primas utilizadas e também a taxa do dólar do dia do

fechamento do contrato de serviços de consultoria, eliminando assim estes riscos

para a CPS e para o cliente. Desta forma, como o foco da consultoria é na redução

do custo do processo através da redução do desperdício e conseqüentemente do

volume utilizado de matérias-primas, as possíveis variações cambiais e dos preços

dessas, mesmo negociados pela usina não serão influência no preço final da

consultoria.

Page 86: Grupo 038 - Revisado 140210

86

3.9.3.3 – Promoção

Na fase de introdução desta nova categoria de produtos e serviços oferecida pela

CPS ao mercado, o objetivo de marketing é de fazer com que os potenciais clientes

conheçam os produtos da empresa e entendam como funcionam, induzindo à

experimentação dos mesmos. Neste sentido, a estratégia de promoção será

explicativa, ou seja, as campanhas explicarão detalhadamente o que são os serviços

e produtos da CPS, como e quanto o cliente pode ganhar com eles.

Esta estratégia será desdobrada em ações mais específicas: Elaboração de folders

explicativos sobre cada produto da empresa, a serem divulgados e distribuídos aos

clientes potenciais; desenvolvimento de softwares ou planilhas a serem

apresentadas aos potenciais clientes pelos sócios da CPS para simulação do ganho

(economia) que a siderúrgica terá ao adquirir cada um dos produtos, de forma a

promover as vendas ao facilitar a mensuração do valor gerado pelo serviço (Um

exemplo de planilha a ser utilizada é mostrado na tabela 12); elaboração e

publicação de anúncios e matérias para revistas especializadas do setor siderúrgico

e no site da empresa conjuntamente com os primeiros clientes da empresa sobre o

resultado obtido durante e após o serviço de consultoria da CPS, de forma a

incentivar outros clientes através de propagandas testemunhais e depoimentos.

Tabela 12: Exemplo de planilha a ser apresentada aos clientes potenciais, indicando o preço de cada

produto CPS e simulando a economia potencial a ser obtida pela siderúrgica-cliente com cada um

deles no período de 5 anos. Considerada uma usina com produção de 400.000 ton./ano e a cotação

de US$1,00 = R$1,80.

Produto Preço (R$)

Redução de Custo

Estimada

(US$/ton.)

Economia Bruta do cliente em 5

anos (US$)

CPS1 R$ 230.000,00 + 35% sobre a economia

auferida em 12 meses 0,80 1.360.222,22

CPS2 R$ 310.000,00 + 35% sobre a economia

auferida em 12 meses 1,00 1.687.777,78

CPS3 R$ 600.000,00 + 35% sobre a economia

auferida em 18 meses 1,30 1.993.666,67

CPS4 R$ 800.000,00 + 35% sobre a economia

auferida em 18 meses 1,60 2.419.555,56

Page 87: Grupo 038 - Revisado 140210

87

Além destas ações, será incentivada a promoção através de divulgação por clientes

satisfeitos e a indicação de outras siderúrgicas por estes através de descontos

financeiros nos serviços contratados e de brindes. O patrocínio de eventos de

grupos de clientes potenciais, ou seja, congressos, palestras, feiras e seminários

siderúrgicos também é previsto.

Nesta fase é natural que os investimentos em promoção sejam mais altos de forma

a tornar os produtos conhecidos pelos potenciais compradores e efetivamente

alcançar o objetivo de induzir à experimentação.

3.9.3.4 – Praça

O sistema de comercialização dos serviços de consultoria da CPS será inicialmente

apenas o de venda direta, ou seja, apenas por funcionários da área técnica e de

vendas da própria CPS, não havendo inicialmente nenhum intermediário ou

representante. A praça de comercialização e de prestação dos serviços da empresa

será Seletiva Exclusiva, isto é, inicialmente apenas no Brasil (país-sede da

empresa), com plano de expansão futuro para outros países da América Latina. De

forma a minimizar os custos de vendas, a estratégia da empresa será de identificar e

focar inicialmente os clientes considerados inovadores, ou seja, mais propensos a

adotar mais imediatamente os produtos da CPS. Segundo o Boston Consulting

Group, em geral estes clientes representam apenas 3% do mercado total.

Esta prática de prestação dos serviços inicialmente apenas dentro do Brasil

minimizará os riscos e os custos iniciais da empresa (principalmente relacionados ao

número de consultores necessários e à preparação dos mesmos para atuarem em

outros países latino-americanos), sendo ideal na fase de introdução desta nova

categoria de consultoria no mercado.

Na seção seguinte será discutido o Plano de Pessoas, o qual tratará dos requisitos

mínimos de qualificação para os colaboradores da CPS, além de sua evolução

profissional dentro da empresa.

Page 88: Grupo 038 - Revisado 140210

88

3.10 – O Plano de Pessoas 3.10.1 – Organograma O organograma da empresa é demonstrado na Figura 11. Os Engenheiros Plenos

ficarão subordinados aos Engenheiros Sêniores. Os Engenheiros Juniores estarão

subordinados aos Plenos. Há ainda um colaborador responsável pelo suporte à toda

a empresa, como agendamento de viagens e serviços administrativos.

A estrutura societária da empresa será inicialmente formada pelos cinco integrantes

do grupo, compondo a diretoria da CPS, sendo o participante Alisson, o diretor

presidente. Os Engenheiros Seniores, que demonstrarem um excelente

desempenho, e após 10 anos de experiência na empresa, serão convidados para

formar o quadro societário da CPS, obtendo 5% da sociedade, ou seja, 1% de cada

sócio atual.

Figura 11: Organograma da Empresa.

3.10.2 – Processos de Recrutamento e Seleção

Os processos de recrutamento e seleção serão efetuados por meio de uma empresa

especializada no ramo. Após uma triagem inicial, realização de provas e dinâmicas

Page 89: Grupo 038 - Revisado 140210

89

de grupo, haverá uma entrevista com um Engenheiro Sênior da CPS, que decidirá

sobre a contratação.

3.10.3 – Processos de Capacitação

A capacitação de pessoal é um dos fatores críticos de sucesso na empresa, e por

isso, receberá atenção especial.

Os Engenheiros Sêniores serão responsáveis por escolher os cursos de capacitação

a serem realizados por consultores, independente da classificação. O plano de

capacitação segue o orçamento disponibilizado no planejamento financeiro,

conforme Anexo B.

3.10.4 – Cargos, Salários e Plano de Carreira

O plano de Cargos e Salários da CPS pode ser visualizado na tabela 13.

Tabela 13: Cargos e Salários.

Cargo Salário Mensal (R$)

Engenheiro Sênior 15.000,00

Engenheiro Pleno 9.000,00

Engenheiro Júnior 5.000,00

Administrativo 3.000,00

O plano de carreira da CPS só existirá para os cargos de Engenheiros.

Para reclassificação de Júnior para Pleno será necessário um tempo mínimo de três

anos, participação em no mínimo três projetos, além de avaliações positivas do

superior imediado, corroborando sua reclassificação.

Para reclassificação de Pleno para Sênior será necessário um tempo mínimo de

cinco anos como Pleno, participação em no mínimo cinco projetos, além de

avaliações positivas do superior imediado, corroborando sua reclassificação.

A seguir, será apresentado o Plano Financeiro.

Page 90: Grupo 038 - Revisado 140210

90

3.11 – O Plano Financeiro

3.11.1 – Objetivo da Análise Financeira O objetivo da presente análise é verificar se o Plano de Negócios para implantação

de uma Empresa de Consultoria em Processos Siderúrgicos de Conformação

Mecânica é economicamente e financeiramente viável, utilizando métodos de

geração de valor.

3.11.2 – Custos e Despesas Visto que a empresa de consultoria é uma prestadora de serviços, os principais

gastos inerentes ao negócio são relacionados à mão de obra. O custo anual com a

folha de pagamento encontra-se detalhado no Anexo A e representa R$ 763.219,00

no primeiro ano. O número de consultores será acrescido a cada ano, em virtude do

aumento da carteira de clientes da empresa. Foi estimada uma equipe de três

consultores para cada projeto, sendo que a participação dos mesmos não será em

tempo integral. A tabela 14 demonstra a distribuição dos consultores por projeto.

Tabela 14: Distribuição dos Consultores por Projeto.

Produto Consultor Tempo no Projeto (Meses) Senior 2 Pleno 4 CPS1

Junior 12 Senior 3 Pleno 6 CPS2

Junior 12 Senior 6 Pleno 8 CPS3

Junior 18 Senior 8 Pleno 12 CPS4

Junior 18

Há ainda gastos referentes a aluguel do escritório, água, energia, telefone, rede de

dados, despesas de marketing e despesas administrativas. O gasto do ano 1

corresponde à R$ 427.295,00, conforme detalhado no Anexo B.

Page 91: Grupo 038 - Revisado 140210

91

3.11.3 – Investimento

Para abertura da empresa, é necessário registrar o contrato social, obter alvarás de

funcionamento, além da aquisição de notas fiscais. Esses itens representam um

gasto de R$ 1.500,00.

Foi estimado o investimento em computadores, impressora, móveis e utensílios para

escritório, totalizando R$ 75.000,00. Por se tratar de um valor baixo, não haverá

necessidade de obtenção de financiamento.

Os investimentos estão detalhados no Anexo C.

3.11.4 – Faturamento

O faturamento do projeto foi estimado com base nas pesquisas efetuadas nas

entrevistas qualitativas e quantitativas com pessoas ligadas ao ramo de siderurgia.

No primeiro ano há estimativa de venda de dois produtos, havendo um incremento

para seis produtos nos anos 2 à 5.

O preço de venda dos produtos possui uma parcela baseada do dólar, conforme

apresentado no item 3.9.3.2 (Preço). Assim, a variação da taxa cambial incide

fortemente sobre o faturamento da empresa. Visando prever esse impacto no

resultado da empresa, foram construídos três cenários:

• Realista, com a cotação do dólar a R$ 1,80;

• Pessimista, com a cotação do dólar a R$ 1,56;

• Otimista, com a cotação do dólar a R$ 2,50.

Para definição da taxa cambial dos cenários, foi levantada a cotação do dólar

(compra) dos últimos dois anos. A taxa mínima encontrada, de R$ 1,56, foi utilizada

para a construção do cenário pessimista. Já a taxa máxima encontrada, de R$ 2,50,

foi utilizada para a elaboração do cenário otimista.

Page 92: Grupo 038 - Revisado 140210

92

Os anexos D, E, F retratam a previsão de faturamento para os cenários realista,

otimista e pessimista, respectivamente.

3.11.5 – Custo do Capital Próprio

Como os investimentos serão efetuados com recursos próprios, foi utilizado o custo

do capital próprio como sendo a taxa de desconto utilizada nas projeções de fluxo de

caixa e como premissa para calcular o VPL e a TIR do projeto, que foi estimada em

12% ao ano (foi considerado um custo de oportunidade de 8,75% ao ano – taxa de

juros SELIC, acrescido de 3,25%).

3.11.6 – Fluxo de Caixa

A Tabela 15 demonstra o fluxo de caixa do projeto, detalhado no Anexo G.

Tabela 15: Fluxo de Caixa do Projeto. DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento (75.000) Capital De Giro (45.000) Receita Líquida 829.800 4.105.600 5.324.500 5.872.600 6.896.200 Custos Totais (1.190.516) (2.768.451) (3.045.944) (2.776.705) (2.937.944) Lucro Operacional (360.716) 1.337.149 2.278.556 3.095.895 3.958.256 Depreciação (Vida Útil : 5 Anos) 5 (14.000) (14.000) (14.000) (14.000) (14.000) Lucro Tributável (374.716) 1.323.149 2.264.556 3.081.895 3.944.256 Imp. Renda/Contrib. Soc. 30,0% - (396.945) (679.367) (924.569) (1.183.277) Lucro Líquido (374.716) 926.204 1.585.189 2.157.327 2.760.979 Ajustes Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 Valor Residual 5.000 Recuperação Capital De Giro 45.000 FLUXO CAIXA DO PROJETO (120.000) (360.716) 940.204 1.599.189 2.171.327 2.824.979 3.11.7 – Análise de Viabilidade Econômica - Cenários

Para analisar a viabilidade do projeto, foram calculadas a Taxa Interna de Retorno

(TIR), o período de payback, período de payback descontado e o Valor Presente

Líquido (VPL), conforme Tabela 16:

Page 93: Grupo 038 - Revisado 140210

93

Tabela 16: Indicadores de Viabilidade Cenário Realista.

INDICADORTMA 12,00% aaTIR 177,85% aaPayback 1,51 anosPayback Descontado 1,59 anosVPL 4.428.614,77R$

RESULTADO

O cálculo do Payback e Payback Descontado está detalhado no Anexo H. O cálculo

do VPL encontra-se no Anexo I.

No intuito de analisar os possíveis impactos no projeto decorrentes de alterações em

variáveis importantes, foi analisada a sensibilidade do projeto.

Foram propostos quatro cenários com a variação do investimento, preço e do custo

variável, formando cenários otimistas e pessimistas. O cenário pessimista, com a

cotação do dólar a R$ 1,5585, reduzirá o faturamento nos primeiros 5 anos em

5,32%. Já no cenário otimista, ou seja, com a cotação do dólar a R$ 2,4996, o

faturamento sofrerá um incremento de 15,41%. A Figura 12 ilustra os cenários

construídos.

PESSIMISTA I OTIMISTA I Investimento 0% Investimento + 0% Preço -5,32% Preço 15,41% Custo Variável + 5% Custo Variável + 0%

PESSIMISTA I OTIMISTA II Investimento + 10% Investimento -10% Preço -5,32% Preço 15,41% Custo Variável + 10% Custo Variável -5%

Figura 12: Cenários Base para Análise de Sensibilidade do Projeto.

Os quadros demonstrativos da análise de sensibilidade se encontram no anexo K.

O resultado financeiro consolidado para a CPS segue na tabela resumo 17.

Percebe-se que a empresa é atraente deste ponto de vista. Mesmo nos cenários

pessimistas visualiza-se retorno atraente além de pequeno prazo para retorno.

Page 94: Grupo 038 - Revisado 140210

94

Tabela 17: Cenários para a CPS. Cenário Pessimista 1 Cenário Pessimista 2 Cenário Realista Cenário Otimista 1 Cenário Otimista 2

Payback 1,80 1,81 1,51 1,26 1,21Payback Descontado 1,92 1,93 1,59 1,30 1,24VPL (R$) 3.574.161,87 3.567.882,23 4.428.614,77 6.129.009,32 6.402.770,32VPL (%) 139,97% 137,60% 177,85% 252,14% 277,36%

A seguir, será apresentado o Plano de Projetos.

3.12 – O Plano de Projetos

Este documento tem por objetivo padronizar o gerenciamento de qualquer projeto

desenvolvido pela CPS e deverá evoluir com cada projeto. Os processos e modelos

a serem utilizados são exibidos no anexo L.

Page 95: Grupo 038 - Revisado 140210

95

4 – CONCLUSÕES

Este projeto foi elaborado com o objetivo de se verificar a viabilidade técnica,

financeira e mercadológica de uma empresa de consultoria cujo objetivo é a redução

de custos de produção em processos siderúrgicos de conformação mecânica,

através da redução da variabilidade estatística e do modelamento matemático deste

processo.

Tal objetivo será alcançado através de quatro diferentes produtos, configurados de

maneira tal que proporcionam níveis crescentes de redução de custos em função de

sua complexidade (CPS1 a CPS4). De uma profunda análise crítica do processo do

cliente, visando a identificação e eliminação das causas de variabilidade, até o

modelamento matemático do processo de conformação mecânica, visando conhecer

seu comportamento, com a definição de ações específicas (Baseadas na teoria

metalúrgica) para auferir reduções adicionais de custos. É interessante notar que o

produto CPS2 acumula as características do produto CPS1 e assim sucessivamente

até o produto CPS4, o qual acumula as características de todos os demais produtos.

Este produto, em específico, é o que apresenta a maior oportunidade de ganhos

para o cliente.

Por visar em última instância a redução do consumo de matérias-primas, a CPS se

mostra como uma empresa focada em sustentabilidade. Desta forma a redução no

consumo de matérias-primas, os chamados Ferro-Ligas, implica na menor

necessidade de extração destes da Natureza, reduzindo assim a agressão ao nosso

Planeta.

A CPS apresenta uma proposta inovadora, utilizando para o alcance de seus

objetivos, ferramentas atuais, com grande histórico de desenvolvimento e obtenção

de resultados. Esta proposta apresenta, também, grande conteúdo tecnológico,

características típicas de um processo de modelamento matemático, o qual utiliza

técnicas de Inteligência Artificial.

Page 96: Grupo 038 - Revisado 140210

96

Com base nos resultados apresentados nas seções anteriores, é possível concluir

que a CPS tem potencial para se tornar uma empresa de sucesso no mercado de

consultoria dentro do setor siderúrgico.

Analisando-se os indicadores financeiros, VPL, Payback, Payback Descontado e

TIR, nota-se que a empresa é economicamente viável, além de muito atrativa, como

mostrado na tabela 18:

Tabela 18: Cenários para a CPS. Cenário Pessimista 1 Cenário Pessimista 2 Cenário Realista Cenário Otimista 1 Cenário Otimista 2

Payback 1,80 1,81 1,51 1,26 1,21Payback Descontado 1,92 1,93 1,59 1,30 1,24VPL (R$) 3.574.161,87 3.567.882,23 4.428.614,77 6.129.009,32 6.402.770,32VPL (%) 139,97% 137,60% 177,85% 252,14% 277,36%

Os objetivos propostos pelo grupo foram atendidos. Foi possível verificar a

viabilidade técnica de acordo com os questionários qualitativos enviados a diversos

profissionais da área de Siderurgia, ligados a processos de laminação, foco principal

da empresa, pois se trata de um dos principais processos de conformação mecânica

utilizados. Também, do ponto de vista mercadológico foi possível identificar a

viabilidade através destes questionários onde ficou demonstrada uma atratividade

pela proposta de negócio, representada principalmente pelos produtos CPS3 e

CPS4, com maior nível de complexidade. Conforme mostrado acima, verificou-se,

também, a viabilidade financeira da consultoria através do Plano Financeiro. Pelo

resultado obtido é possível afirmar que a empresa proposta é viável técnica,

financeira e mercadológica.

Espera-se que este projeto tenha colaborado com o crescimento profissional e

pessoal de seus idealizadores e que possa significar uma futura oportunidade de

exploração comercial.

Page 97: Grupo 038 - Revisado 140210

97

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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estratégico. São Paulo: Atlas, 1991;

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• COLLINS, C.; PORRAS, JERRY I.. Feitas para Durar. Rio de Janeiro: Ed.

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usuário. Porto Alegre: Bookman, 2002;

• DALMOLIN, C. Siderurgia. Disponível em

<http://www.dalmolim.com.br/EDUCACAO/MATERIAIS/Biblimat/siderurgia2.p

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<www.doingbusiness.org>. Acesso em 8 Dez. 2009;

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negócios: Como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. Rio de

Janeiro: Editora Sextante, 2008;

• DRUCKER, PETER. Prática de administração de empresas: Ed. Cengage

Learning, 2003;

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• EXPORTAMINAS. Disponível em <www.exportaminas.mg.gov.br>. Acesso

em 8 Dez. 2009;

• GALVÃO, ALEXANDRE ET AL. – Finanças Corporativas – Teoria e Prática

Empresarial no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008;

• GERDAU S/A. Disponível em <www.gerdau.com.br>. Acesso em 8 Dez.

2009;

• GITMAN, LAWRENCE J. Princípios De Administração Financeira. New York:

Makron Books Editora, 2002;

• GUIA DA SIDERURGIA. Disponível em <www.guiadasiderurgia.com.br>.

Acesso em: 8 Dez. 2009;

• HOFFMAN, K. DOUGLAS; BATESON, JOHN E.G.. Princípios de Marketing

de Serviços – Conceitos, Estratégias e Casos. Tradução da 2. ed. São Paulo:

Cengage Learning, 2008;

• HOOLEY, J. GRAHAM; SAUNDERS, JOHN A.; PIERCY, NIGEL F. Estratégia

de Marketing e Posicionamento Competitivo. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall,

2001;

• HUTT, MICHAEL D.; SPEH, THOMAS W. B2B: Gestão de Marketing em

Mercados Industriais e Organizacionais. Tradução da 7. ed. Porto Alegre:

Bookman, 2002;

• KOTLER, PHILIP. Administração de Marketing. São Paulo: Ed. Pearson

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• KOTLER, PHILIP; ARMSTRONG, GARY. Princípios de Marketing. Rio de

Janeiro: Ed. Prentice Hall do Brasil, 1995;

Page 99: Grupo 038 - Revisado 140210

99

• KOTLER, PHILIP; KELLER, KEVIN LANE. Administração de Marketing. 12.

ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006;

• MCDONALD, MALCOLM. Planos de Marketing: Planejamento e Gestão

Estratégica – Como criar e implementar planos eficazes. Tradução da 6º

edição, Rio de Janeiro. Elsevier, 2008;

• OLIVEIRA, ALISSON. P. Modelo de Previsão de Propriedades Mecânicas de

Perfis Estruturais Laminados a Quente: Uma Abordagem em Redes Neurais

Artificiais. Belo Horizonte, MG: Escola de Engenharia da Universidade

Federal de Minas Gerais, UFMG, 2008, 156p. (Dissertação, Mestrado em

Engenharia Metalúrgica e de Minas);

• PAGANO, Robin Alves. Identidade organizacional: a base da cultura

corporativa. Porto Alegre: Intelligentia Assessoria Empresarial, 2002;

• PMI. A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK®

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• PORTAL EXAME. As dificuldades de abrir uma empresa no Brasil. Disponível

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• PORTER, MICHAEL. Competitive Strategy. New York. Ed. The Free Press,

1980;

• REVISTA FATOR BRASIL. IBS lança relatório 2008 com foco em

sustentabilidade. Disponível em <http://www.revistafatorbrasil.com.br>.

Acesso em 8 Dez. 2009;

Page 100: Grupo 038 - Revisado 140210

100

• RIES, A; TROUT, J. Positioning, The battle for your mind. New York: Warner

Books - McGraw-Hill Inc.,1981;

• ROCKART, J. F., BULLEN, C. A Primer on Critical Success Factors. Center

for Information Systems Research, Sloan School of Management,

Massachusetts Institute of Technology – MIT, 1981;

• SCHUMPETER, J. A. Economic Theory and Entrepreneurial History, Change

and the Entrepreneur; Postulates and Patterns for Entrepreneurial History.

Cambridge, MA: Harvard University Press, 1949;

• SWIFT, RONALD. CRM – Customer Relationship Management: O

revolucionário marketing de relacionamentos com o cliente. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2001 – 8ª reimpressão;

• SINOBRÁS S/A. Disponível em <www.sinobras.com.br>. Acesso em 8 Dez.

2009;

• SANTI, Armando - Análise do Demonstrativo de Fluxo de Caixa – A chave

para a análise do equilíbrio financeiro das empresas. 2ª. Edição. São Paulo:

Editora do Autor, 2004;

• TAVARES, MAURO. Gestão Estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 2000;

• TREACY, M. WIERSEMA, F. A Disciplina dos líderes de mercado. Rio de

Janeiro: Ed. Rocco, 1998;

• USIMINAS. Disponível em <www.usiminas.com.br>. Acesso em: 8 Dez. 2009;

• VIEIRA, M. M. F.; ZOAUIN, D. M. Pesquisa Qualitativa em Administração.

Segunda Edição, Editora FGV, 2006;

Page 101: Grupo 038 - Revisado 140210

101

• VOTORANTIM S/A. Disponível em <www.votorantim.com.br>. Acesso em 8

Dez. 2009;

• WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. – Fundamentos da Administração

Financeira. Person Education do Brasil, 2000;

• WRIGHT, P., KROLL, M. J., PARNELL, J. Administração Estratégica. São

Paulo, Atlas, 2000.

Page 102: Grupo 038 - Revisado 140210

102

6 – ANEXOS

ANEXO A – CUSTOS VARIÁVEIS Tabela 1: Custos variáveis para a CPS.

MÃO DE OBRA ANO 1

Cargo Quantidade Salário Mensal

Décimo Terceirio

Abono 1/3 s/férias

Alíquota INSS parte Empresa

Alíquota FGTS Mês ANO

Engenheiro Sênior 1,00 15.000,00 15.000,00 4.999,50 4.320,00 1.200,00 20.520,00 266.239,50 Engenheiro Pleno 2,00 9.000,00 9.000,00 2.999,70 2.592,00 720,00 12.312,00 319.487,40 Engenheiro Júnior 2,00 5.000,00 5.000,00 1.666,50 1.440,00 400,00 6.840,00 177.493,00

TOTAL 5,00 763.219,90

MÃO DE OBRA ANO 2

Cargo Quantidade Salário Mensal

Décimo Terceirio

Abono 1/3 s/férias

Alíquota INSS parte Empresa

Alíquota FGTS Mês ANO

Engenheiro Sênior 4,00 15.000,00 15.000,00 4.999,50 4.320,00 1.200,00 20.520,00 1.064.958,00 Engenheiro Pleno 5,00 9.000,00 9.000,00 2.999,70 2.592,00 720,00 12.312,00 798.718,50 Engenheiro Júnior 6,00 5.000,00 5.000,00 1.666,50 1.440,00 400,00 6.840,00 532.479,00

TOTAL 15,00 2.396.155,50 10,00

MÃO DE OBRA ANO 3

Cargo Quantidade Salário Mensal

Décimo Terceirio

Abono 1/3 s/férias

Alíquota INSS parte Empresa

Alíquota FGTS Mês ANO

Engenheiro Sênior 4,00 15.000,00 15.000,00 4.999,50 4.320,00 1.200,00 20.520,00 1.064.958,00 Engenheiro Pleno 5,00 9.000,00 9.000,00 2.999,70 2.592,00 720,00 12.312,00 798.718,50 Engenheiro Júnior 8,00 5.000,00 5.000,00 1.666,50 1.440,00 400,00 6.840,00 709.972,00

TOTAL 17,00 2.573.648,50 2,00

MÃO DE OBRA ANO 4

Cargo Quantidade Salário Mensal

Décimo Terceirio

Abono 1/3 s/férias

Alíquota INSS parte Empresa

Alíquota FGTS Mês ANO

Engenheiro Sênior 3,00 15.000,00 15.000,00 4.999,50 4.320,00 1.200,00 20.520,00 798.718,50 Engenheiro Pleno 5,00 9.000,00 9.000,00 2.999,70 2.592,00 720,00 12.312,00 798.718,50 Engenheiro Júnior 8,00 5.000,00 5.000,00 1.666,50 1.440,00 400,00 6.840,00 709.972,00

TOTAL 16,00 2.307.409,00 (1,00)

MÃO DE OBRA ANO 5

Cargo Quantidade Salário Mensal

Décimo Terceirio

Abono 1/3 s/férias

Alíquota INSS parte Empresa

Alíquota FGTS Mês ANO

Engenheiro Sênior 4,00 15.000,00 15.000,00 4.999,50 4.320,00 1.200,00 20.520,00 1.064.958,00 Engenheiro Pleno 5,00 9.000,00 9.000,00 2.999,70 2.592,00 720,00 12.312,00 798.718,50 Engenheiro Júnior 8,00 5.000,00 5.000,00 1.666,50 1.440,00 400,00 6.840,00 709.972,00

TOTAL 17,00 2.573.648,50

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103

ANEXO B – CUSTOS FIXOS

Tabela 1: Custos fixos para a CPS. Orçamento de Gastos Fixos (comum aos cenários realista, otimista e pessimista)

Custos ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5Aluguel do Escritório 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 18.000,00 Água, Energia, Telefone, Rede de Dados 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 Desenvolvimento de Software 100.000,00 30.000,00 40.000,00 40.000,00 50.000,00 Total 124.000,00 54.000,00 64.000,00 64.000,00 74.000,00 % 29,02% 14,50% 13,55% 13,64% 20,31%

Despesas de MarketingTreinamento e Qualificação do Corpo Técnico/Vendas da CPS 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 Participação com stands e artigos em Feiras e Congressos 40.000,00 40.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 Anúncios em revistas especializadas do segmento siderúrgico 20.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 12.000,00 Visitas introdutórias a prospects e clientes - pré-venda 35.000,00 35.000,00 35.000,00 35.000,00 35.000,00 Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos (softwares) e novas soluções 50.000,00 100.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 Previsão de visitas a clientes para assistência técnica pós-venda 20.000,00 20.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 Total 180.000,00 180.000,00 270.000,00 267.000,00 152.000,00 % 42,13% 48,35% 57,17% 56,89% 61,78%

Despesas AdministrativasSalário Administrativo 106.495,80 - - - - Material de Escritório 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 Material de Limpeza 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 Serviço de Limpeza 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 Contador 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 Seviço de Contratação de Mão de Obra - 15.000,00 15.000,00 15.000,00 15.000,00 Total 123.295,80 138.295,80 138.295,80 138.295,80 138.295,80 % 28,85% 37,15% 29,28% 29,47% 37,96%

TOTAL DOS GASTOS FIXOS 427.295,80 372.295,80 472.295,80 469.295,80 364.295,80

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104

ANEXO C – PREVISÃO DE INVESTIMENTOS

Tabela 1: Previsão de investimentos para a CPS.

Ativos Fixos ValorMóveis e Utensílios 30.000,00 Equipamentos de Informática:Computadores 42.500,00 Impressora 1.000,00 Gastos com Documentação:Registro do Contrato Social 300,00 Taxa de Alvará Sanitário 100,00 Taxa de Alvará do Corpo de Bombeiros 100,00 Taxa de Alvará de Estabelecimento 500,00 Alvará Especial conforme a atividade 200,00 Notas Fiscais 300,00

Investimento Total 75.000,00

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105

ANEXO D – ESTIMATIVA DE RECEITA – CENÁRIO REALISTA

Tabela 1: Estimativa de Receita para a CPS. Cenário Realista Receita Estimada Ano 1

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 330.800,00 1,00 330.800,00 300.000,00 381.200,00 - -

CPS2 300.000,00 499.000,00 1,00 499.000,00 200.000,00 845.700,00 - - 300.000,00 968.550,00 - - 400.000,00 1.091.400,00 - - 300.000,00 1.253.600,00 - - 400.000,00 1.404.800,00 - -

Total 2,00 829.800,00

Receita Estimada Ano 2

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 330.800,00 2,00 661.600,00 300.000,00 381.200,00 - -

CPS2 300.000,00 499.000,00 1,00 499.000,00 200.000,00 845.700,00 2,00 1.691.400,00 300.000,00 968.550,00 400.000,00 1.091.400,00 300.000,00 1.253.600,00 1,00 1.253.600,00 400.000,00 1.404.800,00 - -

Total 6,00 4.105.600,00

Receita Estimada Ano 3

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 330.800,00 - - 300.000,00 381.200,00 1,00 381.200,00

CPS2 300.000,00 499.000,00 1,00 499.000,00 200.000,00 845.700,00 - - 300.000,00 968.550,00 2,00 1.937.100,00 400.000,00 1.091.400,00 300.000,00 1.253.600,00 2,00 2.507.200,00 400.000,00 1.404.800,00 - -

Total 6,00 5.324.500,00

Receita Estimada Ano 4

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 330.800,00 - - 300.000,00 381.200,00 1,00 381.200,00

CPS2 300.000,00 499.000,00 1,00 499.000,00 200.000,00 845.700,00 - - 300.000,00 968.550,00 - - 400.000,00 1.091.400,00 2,00 2.182.800,00 300.000,00 1.253.600,00 - - 400.000,00 1.404.800,00 2,00 2.809.600,00

Total 6,00 5.872.600,00

Receita Estimada Ano 5

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 330.800,00 - - 300.000,00 381.200,00 - -

CPS2 300.000,00 499.000,00 1,00 499.000,00 200.000,00 845.700,00 - - 300.000,00 968.550,00 - - 400.000,00 1.091.400,00 2,00 2.182.800,00 300.000,00 1.253.600,00 - - 400.000,00 1.404.800,00 3,00 4.214.400,00

Total 6,00 6.896.200,00

CPS4

CPS3

CPS4

CPS3

CPS1

CPS1

CPS4

CPS1

CPS4

CPS1

CPS4

CPS1

CPS3

CPS3

CPS3

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ANEXO E – ESTIMATIVA DE RECEITA – CENÁRIO OTIMISTA

Tabela 1: Estimativa de Receita para a CPS. Cenário Otimista Receita Estimada Ano 1

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 369.977,60 1,00 369.977,60 300.000,00 439.966,40 - -

CPS2 300.000,00 572.458,00 1,00 572.458,00 200.000,00 941.195,40 - - 300.000,00 1.111.793,10 - - 400.000,00 1.282.390,80 - - 300.000,00 1.429.899,20 - - 400.000,00 1.639.865,60 - -

Total 2,00 942.435,60

Receita Estimada Ano 2

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 369.977,60 2,00 739.955,20 300.000,00 439.966,40 - -

CPS2 300.000,00 572.458,00 1,00 572.458,00 200.000,00 941.195,40 2,00 1.882.390,80 300.000,00 1.111.793,10 400.000,00 1.282.390,80 300.000,00 1.429.899,20 1,00 1.429.899,20 400.000,00 1.639.865,60 - -

Total 6,00 4.624.703,20

Receita Estimada Ano 3

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 369.977,60 - - 300.000,00 439.966,40 1,00 439.966,40

CPS2 300.000,00 572.458,00 1,00 572.458,00 200.000,00 941.195,40 - - 300.000,00 1.111.793,10 2,00 2.223.586,20 400.000,00 1.282.390,80 300.000,00 1.429.899,20 2,00 2.859.798,40 400.000,00 1.639.865,60 - -

Total 6,00 6.095.809,00

Receita Estimada Ano 4

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 369.977,60 - - 300.000,00 439.966,40 1,00 439.966,40

CPS2 300.000,00 572.458,00 1,00 572.458,00 200.000,00 941.195,40 - - 300.000,00 1.111.793,10 - - 400.000,00 1.282.390,80 2,00 2.564.781,60 300.000,00 1.429.899,20 - - 400.000,00 1.639.865,60 2,00 3.279.731,20

Total 6,00 6.856.937,20

Receita Estimada Ano 5

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 369.977,60 - - 300.000,00 439.966,40 - -

CPS2 300.000,00 572.458,00 1,00 572.458,00 200.000,00 941.195,40 - - 300.000,00 1.111.793,10 - - 400.000,00 1.282.390,80 2,00 2.564.781,60 300.000,00 1.429.899,20 - - 400.000,00 1.639.865,60 3,00 4.919.596,80

Total 6,00 8.056.836,40

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

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ANEXO F – ESTIMATIVA DE RECEITA – CENÁRIO PESSIMISTA

Tabela 1: Estimativa de Receita para a CPS. Cenário Pessimista Receita Estimada Ano 1

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 317.276,00 1,00 317.276,00 300.000,00 360.914,00 - -

CPS2 300.000,00 473.642,50 1,00 473.642,50 200.000,00 812.735,25 - - 300.000,00 919.102,88 - - 400.000,00 1.025.470,50 - - 300.000,00 1.192.742,00 - - 400.000,00 1.323.656,00 - -

Total 2,00 790.918,50

Receita Estimada Ano 2

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 317.276,00 2,00 634.552,00 300.000,00 360.914,00 - -

CPS2 300.000,00 473.642,50 1,00 473.642,50 200.000,00 812.735,25 2,00 1.625.470,50 300.000,00 919.102,88 400.000,00 1.025.470,50 300.000,00 1.192.742,00 1,00 1.192.742,00 400.000,00 1.323.656,00 - -

Total 6,00 3.926.407,00

Receita Estimada Ano 3

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 317.276,00 - - 300.000,00 360.914,00 1,00 360.914,00

CPS2 300.000,00 473.642,50 1,00 473.642,50 200.000,00 812.735,25 - - 300.000,00 919.102,88 2,00 1.838.205,75 400.000,00 1.025.470,50 300.000,00 1.192.742,00 2,00 2.385.484,00 400.000,00 1.323.656,00 - -

Total 6,00 5.058.246,25

Receita Estimada Ano 4

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 317.276,00 - - 300.000,00 360.914,00 1,00 360.914,00

CPS2 300.000,00 473.642,50 1,00 473.642,50 200.000,00 812.735,25 - - 300.000,00 919.102,88 - - 400.000,00 1.025.470,50 2,00 2.050.941,00 300.000,00 1.192.742,00 - - 400.000,00 1.323.656,00 2,00 2.647.312,00

Total 6,00 5.532.809,50

Receita Estimada Ano 5

Produto Volume (t/ano/usina) Receita por Produto Quantidade Vendida Receita Total200.000,00 317.276,00 - - 300.000,00 360.914,00 - -

CPS2 300.000,00 473.642,50 1,00 473.642,50 200.000,00 812.735,25 - - 300.000,00 919.102,88 - - 400.000,00 1.025.470,50 2,00 2.050.941,00 300.000,00 1.192.742,00 - - 400.000,00 1.323.656,00 3,00 3.970.968,00

Total 6,00 6.495.551,50

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

CPS1

CPS3

CPS4

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ANEXO G – FLUXO DE CAIXA – CENÁRIO REALISTA

Tabela 1: Fluxo de Caixa para a CPS. Cenário Realista

PROJETO SEM FINANCIAMENTO - Avaliação Econômica

DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento (75.000) Capital De Giro (45.000) Receita Líquida 829.800 4.105.600 5.324.500 5.872.600 6.896.200 Custos Totais (1.190.516) (2.768.451) (3.045.944) (2.776.705) (2.937.944) Lucro Operacional (360.716) 1.337.149 2.278.556 3.095.895 3.958.256 Depreciação (Vida Útil : 5 Anos) 5 (14.000) (14.000) (14.000) (14.000) (14.000) Lucro Tributável (374.716) 1.323.149 2.264.556 3.081.895 3.944.256 Imp. Renda/Contrib. Soc. 30,0% - (396.945) (679.367) (924.569) (1.183.277) Lucro Líquido (374.716) 926.204 1.585.189 2.157.327 2.760.979 Ajustes Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 Valor Residual 5.000 Recuperação Capital De Giro 45.000 FLUXO CAIXA DO PROJETO (120.000) (360.716) 940.204 1.599.189 2.171.327 2.824.979

RENTABILIDADE DO PROJETO 177,85% aa VPL DO PROJETO : O Projeto é Viável Economicamente 4.428.614,77

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE Perc. Tx Bruta IR/CS Tx Líq. 12,00% Capital de Terceiros 0,00% 0,00% 30,00% 0,00% Capital Próprio 100,00% 12,00% 12,00%

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ANEXO H – PAYBACK – CENÁRIO REALISTA

Tabela 1: Payback para a CPS. Cenário Realista

Payback

Anos Fluxo de Caixa Fluxo Caixa Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) - 1 (360.715,70) (480.715,70) 1,51 2 940.204,09 459.488,39 - 3 1.599.188,99 2.058.677,38 - 4 2.171.326,64 4.230.004,02 - 5 2.824.978,99 7.054.983,01 -

PAYBACK 1,51 anos

Payback Descontado

Tx Desc. 12,00%

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

Fluxo Caixa Desc. Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) (120.000,00) - 1 (360.715,70) (322.067,59) (442.067,59) 1,59 2 940.204,09 749.524,94 307.457,35 - 3 1.599.188,99 1.138.271,14 1.445.728,49 - 4 2.171.326,64 1.379.917,33 2.825.645,82 - 5 2.824.978,99 1.602.968,95 4.428.614,77 -

PAYBACK 1,59 anos

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ANEXO I – VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) – CENÁRIO REALISTA

Tabela 1: Valor Presente Líquido (VPL) para a CPS. Cenário Realista

Valor Presente Líquido - VPL

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

0 (120.000,00) (120.000,00) VPL 4.428.614,77 1 (360.715,70) (322.067,59) Taxa Desc. 12,00% aa2 940.204,09 749.524,943 1.599.188,99 1.138.271,144 2.171.326,64 1.379.917,335 2.824.978,99 1.602.968,95

Total 7.054.983,01 4.428.614,77VP Fluxos Negativos (442.067,59)VP Fluxos Positivos 4.870.682,36

Soma 4.428.614,77

VPL x TAXA DE DESCONTO

-1.000.0000

1.000.0002.000.0003.000.000

4.000.0005.000.0006.000.0007.000.0008.000.000

0% 24% 48% 72% 96% 120% 144% 168% 192% 216% 240% 264% 288% 312% 336% 360%

Taxa de Desconto

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ANEXO J – RESULTADOS DAS PESQUISAS REALIZADAS

Tabela 1: Pesquisas Realizadas

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ANEXO K – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

O fluxo de caixa do cenário Pessimista 1 pode ser visualizado a partir da tabela 1.

Tabela 1: Fluxo de Caixa para Cenário Pessimista 1.

Discriminação Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento 0,0% 75.000Valor Residual 0,0% 5.000Capital de Giro 0,0% 45.000Quantidade 2 6 6 6 6Preço -5,3% 392.834 647.874 840.220 926.712 1.088.238Vendas 785.668 3.887.246 5.041.320 5.560.269 6.529.430

Custo Variável 5,0% 801.381 2.515.963 2.702.331 2.422.779 2.702.331Custo Fixo 0,0% 427.296 372.296 472.296 469.296 364.296Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000

Custos Totais 1.242.677 2.902.259 3.188.627 2.906.075 3.080.627Lucro Tributável -457.009 984.987 1.852.693 2.654.194 3.448.803IR / Contrib. Soc. 30% 0,0% 0 295.496 555.808 796.258 1.034.641Lucro Líquido -457.009 689.491 1.296.885 1.857.936 2.414.162Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000Valor Residual/Capital Giro 50.000

Fluxo de Caixa (120.000) -443.009 703.491 1.310.885 1.871.936 2.478.162

A TIR para tal cenário é de 139,97%, e o VPL resultante é de R$ 3.574.162,

conforme demonstrado na figura 1.

Valor Presente Líquido - VPL

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

0 (120.000,00) (120.000,00) VPL 3.574.161,87 1 (443.009,10) (395.543,84) Taxa Desc. 12,00% aa2 703.490,98 560.818,703 1.310.885,11 933.062,134 1.871.935,89 1.189.649,105 2.478.162,18 1.406.175,78

Total 5.801.465,07 3.574.161,87VP Fluxos Negativos (515.543,84)VP Fluxos Positivos 4.089.705,71

Soma 3.574.161,87

VPL x TAXA DE DESCONTO

-2.000.0000

2.000.0004.000.0006.000.0008.000.000

0% 18% 36% 54% 72% 90% 108% 126% 144% 162% 180% 198% 216% 234% 252% 270%

Taxa de Desconto

Figura 1: Análise de Sensibilidade do Projeto - TIR e VPL - Cenário Pessimista 1.

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113

O Payback e o Payback descontado podem ser visualizados a partir da figura 2.

Payback

Anos Fluxo de Caixa Fluxo Caixa Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) - 1 (443.009,10) (563.009,10) 1,80 2 703.490,98 140.481,88 - 3 1.310.885,11 1.451.366,99 - 4 1.871.935,89 3.323.302,88 - 5 2.478.162,18 5.801.465,07 -

PAYBACK 1,80 anos

Payback Descontado

Tx Desc. 12,00%

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

Fluxo Caixa Desc. Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) (120.000,00) - 1 (443.009,10) (395.543,84) (515.543,84) 1,92 2 703.490,98 560.818,70 45.274,86 - 3 1.310.885,11 933.062,13 978.336,99 - 4 1.871.935,89 1.189.649,10 2.167.986,09 - 5 2.478.162,18 1.406.175,78 3.574.161,87 -

PAYBACK 1,92 anos Figura 2: Análise de Sensibilidade do Projeto – Payback e Payback Descontado – Cenário

Pessimista 1.

Analisando o cenário Pessimista 2, conclui-se que o projeto é viável. O fluxo de

caixa do cenário Pessimista 2 pode ser visualizado a partir da tabela 2.

Tabela 2: Fluxo de Caixa para Cenário Pessimista 2.

Discriminação Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento 10,0% 82.500Valor Residual 0,0% 5.000Capital de Giro 0,0% 45.000Quantidade 2 6 6 6 6Preço -5,3% 392.834 647.874 840.220 926.712 1.088.238Vendas 785.668 3.887.246 5.041.320 5.560.269 6.529.430

Custo Variável 5,0% 801.381 2.515.963 2.702.331 2.422.779 2.702.331Custo Fixo 0,0% 427.296 372.296 472.296 469.296 364.296Depreciação 15.500 15.500 15.500 15.500 15.500 15.500

Custos Totais 1.244.177 2.903.759 3.190.127 2.907.575 3.082.127Lucro Tributável -458.509 983.487 1.851.193 2.652.694 3.447.303IR / Contrib. Soc. 30% 0,0% 0 295.046 555.358 795.808 1.034.191Lucro Líquido -458.509 688.441 1.295.835 1.856.886 2.413.112Depreciação 15.500 15.500 15.500 15.500 15.500Valor Residual/Capital Giro 50.000

Fluxo de Caixa (127.500) -443.009 703.941 1.311.335 1.872.386 2.478.612

A TIR para tal cenário é de 137,60%, e o VPL resultante é de R$ 3.567.882,

conforme demonstrado na figura 3.

Page 114: Grupo 038 - Revisado 140210

114

Valor Presente Líquido - VPL

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

0 (127.500,00) (127.500,00) VPL 3.567.882,23 1 (443.009,10) (395.543,84) Taxa Desc. 12,00% aa2 703.940,98 561.177,443 1.311.335,11 933.382,434 1.872.385,89 1.189.935,085 2.478.612,18 1.406.431,12

Total 5.795.765,07 3.567.882,23VP Fluxos Negativos (523.043,84)VP Fluxos Positivos 4.090.926,07

Soma 3.567.882,23

VPL x TAXA DE DESCONTO

-2.000.0000

2.000.0004.000.0006.000.0008.000.000

0% 18% 36% 54% 72% 90% 108% 126% 144% 162% 180% 198% 216% 234% 252% 270%

Taxa de Desconto

Figura 3: Análise de Sensibilidade do Projeto - TIR e VPL - Cenário Pessimista 2.

O Payback e o Payback descontado podem ser visualizados na figura 4. Payback

Anos Fluxo de Caixa Fluxo Caixa Acumulado Teste

0 (127.500,00) (127.500,00) - 1 (443.009,10) (570.509,10) 1,81 2 703.940,98 133.431,88 - 3 1.311.335,11 1.444.766,99 - 4 1.872.385,89 3.317.152,88 - 5 2.478.612,18 5.795.765,07 -

PAYBACK 1,81 anos

Payback Descontado

Tx Desc. 12,00%

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

Fluxo Caixa Desc. Acumulado Teste

0 (127.500,00) (127.500,00) (127.500,00) - 1 (443.009,10) (395.543,84) (523.043,84) 1,93 2 703.940,98 561.177,44 38.133,60 - 3 1.311.335,11 933.382,43 971.516,03 - 4 1.872.385,89 1.189.935,08 2.161.451,12 - 5 2.478.612,18 1.406.431,12 3.567.882,23 -

PAYBACK 1,93 anos Figura 4: Análise de Sensibilidade do Projeto – Payback e Payback Descontado – Cenário

Pessimista 2.

Analisando o cenário Otimista 1, conclui-se que o projeto é viável. O fluxo de caixa,

do cenário Otimista 2 pode ser visualizado a partir da tabela 3.

Page 115: Grupo 038 - Revisado 140210

115

Tabela 3: Fluxo de Caixa para Cenário Otimista 1.

Discriminação Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento 0,0% 75.000Valor Residual 0,0% 5.000Capital de Giro 0,0% 45.000Quantidade 2 6 6 6 6Preço 15,4% 478.823 789.691 1.024.141 1.129.565 1.326.449Vendas 957.647 4.738.148 6.144.843 6.777.389 7.958.694

Custo Variável 0,0% 763.220 2.396.156 2.573.649 2.307.409 2.573.649Custo Fixo 0,0% 427.296 372.296 472.296 469.296 364.296Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000

Custos Totais 1.204.516 2.782.451 3.059.944 2.790.705 2.951.944Lucro Tributável -246.869 1.955.697 3.084.899 3.986.684 5.006.750IR / Contrib. Soc. 30% 0,0% 0 586.709 925.470 1.196.005 1.502.025Lucro Líquido -246.869 1.368.988 2.159.429 2.790.679 3.504.725Depreciação 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000Valor Residual/Capital Giro 50.000

Fluxo de Caixa (120.000) -232.869 1.382.988 2.173.429 2.804.679 3.568.725

A TIR para tal cenário é de 252,14%, e o VPL resultante é de R$ 6.129.009,

conforme demonstrado na figura 5.

Valor Presente Líquido - VPL

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

0 (120.000,00) (120.000,00) VPL 6.129.009,32 1 (232.868,79) (207.918,56) Taxa Desc. 12,00% aa2 1.382.987,65 1.102.509,283 2.173.429,31 1.547.004,054 2.804.678,82 1.782.424,095 3.568.725,08 2.024.990,45

Total 9.576.952,06 6.129.009,32VP Fluxos Negativos (327.918,56)VP Fluxos Positivos 6.456.927,88

Soma 6.129.009,32

VPL x TAXA DE DESCONTO

-5.000.000

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

0% 34% 68% 102% 136% 170% 204% 238% 272% 306% 340% 374% 408% 442% 476% 510%

Taxa de Desconto

Figura 5: Análise de Sensibilidade do Projeto - TIR e VPL - Cenário Otimista 1.

O Payback e o Payback descontado podem ser visualizados na figura 6.

Page 116: Grupo 038 - Revisado 140210

116

Payback

Anos Fluxo de Caixa Fluxo Caixa Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) - 1 (232.868,79) (352.868,79) 1,26 2 1.382.987,65 1.030.118,86 - 3 2.173.429,31 3.203.548,16 - 4 2.804.678,82 6.008.226,98 - 5 3.568.725,08 9.576.952,06 -

PAYBACK 1,26 anos

Payback Descontado

Tx Desc. 12,00%

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

Fluxo Caixa Desc. Acumulado Teste

0 (120.000,00) (120.000,00) (120.000,00) - 1 (232.868,79) (207.918,56) (327.918,56) 1,30 2 1.382.987,65 1.102.509,28 774.590,72 - 3 2.173.429,31 1.547.004,05 2.321.594,77 - 4 2.804.678,82 1.782.424,09 4.104.018,87 - 5 3.568.725,08 2.024.990,45 6.129.009,32 -

PAYBACK 1,30 anos Figura 6: Análise de Sensibilidade do Projeto – Payback e Payback Descontado – Cenário Otimista 1.

Analisando o cenário Otimista 2, conclui-se que o projeto é viável. O fluxo de caixa,

do cenário Otimista 2 pode ser visualizado a partir da tabela 4.

Tabela 4: Fluxo de Caixa para Cenário Otimista 2.

Discriminação Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento -10,0% 67.500Valor Residual 0,0% 5.000Capital de Giro 0,0% 45.000Quantidade 2 6 6 6 6Preço 15,4% 478.823 789.691 1.024.141 1.129.565 1.326.449Vendas 957.647 4.738.148 6.144.843 6.777.389 7.958.694

Custo Variável -5,0% 725.059 2.276.348 2.444.966 2.192.039 2.444.966Custo Fixo 0,0% 427.296 372.296 472.296 469.296 364.296Depreciação 12.500 12.500 12.500 12.500 12.500 12.500

Custos Totais 1.164.855 2.661.144 2.929.762 2.673.834 2.821.762Lucro Tributável -207.208 2.077.004 3.215.081 4.103.554 5.136.933IR / Contrib. Soc. 30% 0,0% 0 623.101 964.524 1.231.066 1.541.080Lucro Líquido -207.208 1.453.903 2.250.557 2.872.488 3.595.853Depreciação 12.500 12.500 12.500 12.500 12.500Valor Residual/Capital Giro 50.000

Fluxo de Caixa (112.500) -194.708 1.466.403 2.263.057 2.884.988 3.658.353

A TIR para tal cenário é de 277,36%, e o VPL resultante é de R$ 6.402.770,

conforme demonstrado na figura 7.

Page 117: Grupo 038 - Revisado 140210

117

Valor Presente Líquido - VPL

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

0 (112.500,00) (112.500,00) VPL 6.402.770,32 1 (194.707,79) (173.846,24) Taxa Desc. 12,00% aa2 1.466.403,09 1.169.007,563 2.263.057,00 1.610.799,274 2.884.988,13 1.833.462,125 3.658.352,78 2.075.847,61

Total 9.965.593,21 6.402.770,32VP Fluxos Negativos (286.346,24)VP Fluxos Positivos 6.689.116,57

Soma 6.402.770,32

VPL x TAXA DE DESCONTO

-5.000.000

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

0% 36% 72% 108% 144% 180% 216% 252% 288% 324% 360% 396% 432% 468% 504% 540%

Taxa de Desconto

Figura 7: Análise de Sensibilidade do Projeto - TIR e VPL - Cenário Otimista 2.

O Payback e o Payback descontado podem ser visualizados a partir da figura 8.

Payback

Anos Fluxo de Caixa Fluxo Caixa Acumulado Teste

0 (112.500,00) (112.500,00) - 1 (194.707,79) (307.207,79) 1,21 2 1.466.403,09 1.159.195,29 - 3 2.263.057,00 3.422.252,30 - 4 2.884.988,13 6.307.240,43 - 5 3.658.352,78 9.965.593,21 -

PAYBACK 1,21 anos

Payback Descontado

Tx Desc. 12,00%

Anos Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Descontado

Fluxo Caixa Desc. Acumulado Teste

0 (112.500,00) (112.500,00) (112.500,00) - 1 (194.707,79) (173.846,24) (286.346,24) 1,24 2 1.466.403,09 1.169.007,56 882.661,32 - 3 2.263.057,00 1.610.799,27 2.493.460,59 - 4 2.884.988,13 1.833.462,12 4.326.922,71 - 5 3.658.352,78 2.075.847,61 6.402.770,32 -

PAYBACK 1,24 anos Figura 8: Análise de Sensibilidade do Projeto – Payback e Payback Descontado – Cenário Otimista 2.

Page 118: Grupo 038 - Revisado 140210

118

ANEXO L – MODELOS UTILIZADOS NO PLANO DE PROJETOS

1 – Termo de Abertura

1.1 – Informações gerais 1.1.1 – Tema

<descrever o tema do projeto>

1.1.2 – Palavras chave

<informar as palavras chaves do projeto>

1.2 – Necessidade básica do trabalho a ser realizado

1.2.1 – Produto do projeto

<Descrição do produto. Informar as variáveis que serão otimizadas>

1.2.2 – Cronograma do projeto

<Informar a data inicial e o tempo previsto de duração>

1.2.3 – Estimativas iniciais de custo

<Informar o orçamento previsto para o projeto. Valor que será desprendido pela

empresa contratante, tais como passagens, hospedagem, melhoria de infraestrutura,

etc., valores pagos a consultoria>

A tabela 1, abaixo, ilustra os recursos do projeto.

Page 119: Grupo 038 - Revisado 140210

119

Tabela 1: Recursos do projeto. Recurso Quantidade Custo Unitário Valor total

<cargos>

<materiais>

<equipamentos>

<softwares>

<consultorias>

1.3 – Resultado esperado

<descrever a expectativa do cliente e do patrocinador ao fim do projeto>

1.4 – Restrições

<descrever as restrições do projeto. Geralmente limitações impostas pelo processo

do cliente>

1.5 – Premissas

<descrever as suposições e considerações do projeto>

1.6 – Recursos Humanos

<nome, cargo e responsabilidade>

1.7 – StakeHolders

<nome, papel, participação financeira>

1.8 – Aprovação ___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

Page 120: Grupo 038 - Revisado 140210

120

2 – Declaração de Escopo

2.1 – Patrocinador

<Nome do patrocinador do projeto>

2.2 – Nome do gerente, suas responsabilidades e sua autoridade

<Descrição>

2.3 – Equipe

<Nome e cargo dos envolvidos no projeto>

2.4 – Descrição do projeto

<Descrição do projeto>

2.5 – Objetivo do projeto

Reduzir o custo do processo de laminação em <X>% dentro do prazo máximo de 18

meses com um custo máximo de <XXX incluir todos os gastos do cliente> reais.

2.6 – Justificativa do projeto

Reduzir o custo, tornando a empresa mais competitiva.

2.7 – Produto do projeto

Maior controle do processo de produção sobre as variáveis:

2.7.1 – Variável 1

Page 121: Grupo 038 - Revisado 140210

121

2.7.2 – Variável 2

2.7.3 – Variável 3 2.7.4 – Software customizado

Software customizado para otimizar as variáveis acima, garantindo o menor custo

possível, sem perder a qualidade esperada.

2.8 – Restrições

<descrever as restrições do projeto e do produto>

<exemplos:

• Aquisição dos softwares MINITAB, STATISTICA ou MATLAB;

• Deverá haver um servidor capaz de executar os cálculos necessários;

• A empresa deverá adquirir os equipamentos para as medições.>

2.9 – Premissas

<Descrever as premissas do projeto e do produto>

2.9.1 – Exemplos

• O processo de produção será totalmente aberto aos consultores;

• Haverá comprometimento dos colaboradores com as medições necessárias;

• O processo de produção será modificado conforme orientação do consultor

responsável.

2.10 – Limites

<descrever os limites do projeto e do produto>

Page 122: Grupo 038 - Revisado 140210

122

2.10.1 – Exemplos:

• O produto apresenta margem de erro de 1%, sendo possível refazer o

processo corrigindo o defeito apresentado.

2.11 – Principais atividades e estratégias

2.11.1 – Geral

<serão considerados como custo do projeto, os custos do cliente e não da

consultoria>

2.11.2 – Variável 1

2.11.2.1 – Instalar Sensores

2.11.2.2 – Coletar Informações

2.11.2.3 – Calcular novos valores otimizados

2.11.2.4 – Emitir relatório de resultado

2.11.3 – Variável 2

2.11.3.1 – Importar informações do histórico da empresa

2.11.3.2 – Calcular novos valores otimizados

2.11.3.3 – Emitir relatório de resultado

2.11.4 – Modelo matemático

2.11.4.1 – Coletar dados

Page 123: Grupo 038 - Revisado 140210

123

2.11.4.2 – Modelar processo

2.11.4.3 – Realizar análise de correlação

2.11.5 – Software

2.11.5.1 – Customizar 3

2.11.5.2 – Testar

2.11.5.3 – Treinar equipe do cliente

2.11.6 – Apresentação de todos os resultados

2.12 – Orçamento

O projeto prevê um gasto inicial de até XXX.XXX reais, incluindo as reservas. As

reservas gerenciais e de contingencia somadas não podem ultrapassar XX.XXX

reais. As despesas com recursos internos não serão consideradas

2.13 – Entregas

A execução dos trabalhos terá inicio em <dd/mm/aaaa> e deve durar <XX> meses.

O planejamento do projeto, bem como sua finalização, deverá ser realizado fora do

período descrito. A tabela 2 ilustra as entregas a serem realizadas.

Page 124: Grupo 038 - Revisado 140210

124

Tabela 2: Entregas. Produto Descrição Término

Auditoria Técnica dd/mm/aaaa

Variável 1 dd/mm/aaaa

Variável 2 dd/mm/aaaa

Variável 3 dd/mm/aaaa

Variável 4 dd/mm/aaaa

Otimização nível 1

Variável 5 dd/mm/aaaa

Variável 1 dd/mm/aaaa

Variável 2 dd/mm/aaaa

Variável 3 dd/mm/aaaa

Variável 4 dd/mm/aaaa

Otimização nível 2

Variável 5 dd/mm/aaaa

Software customizado dd/mm/aaaa

CPS4

Treinamento da equipe no software dd/mm/aaaa

3.14.2.14 – Aprovação

__________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

3.14.3 – Estrutura Analítica do Projeto

Deverá ser feito no programa MSProject 2008. Veja o exemplo na figura 1 abaixo:

Page 125: Grupo 038 - Revisado 140210

125

Figura 1: Exemplo de EAP utilizando Microsoft PROJECT 2008.

4 – Plano de Gerenciamento do Escopo

4.1 – Descrição dos processos de gerenciamento de escopo

O gerenciamento do escopo do projeto será realizado com base em dois

documentos específicos: Declaração de escopo e EAP.

Todas as mudanças no escopo inicialmente previsto para o projeto devem ser

avaliadas e classificadas dentro do sistema de controle de mudanças de escopo.

Page 126: Grupo 038 - Revisado 140210

126

Serão consideradas mudanças de escopo apenas as medidas corretivas. Inovações

e novas características do produto não serão consideradas pelo gerenciamento de

escopo.

Todas as solicitações de mudança no escopo devem ser feitas por documento

impresso e aprovadas pelo consultor responsável e pelo cliente.

4.2 – Priorização das mudanças de escopo

As mudanças de escopo são classificadas em quatro níveis de prioridades, seguindo

o fluxo descrito a seguir.

Prioridade 0 (zero): Ação imediata;

Prioridade 1 (um): Ação imediata;

Prioridade 2 (dois): Ação imediata, com prazo maior para planejamento;

Prioridade 3 (três): Não requer ação imediata, mas deverá ser realizada.

A figura 2 mostra o fluxograma de priorização de mudanças no escopo.

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Figura 2: Fluxo de priorização de alteração de escopo.

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4.3 – Freqüência de avaliação do escopo

O escopo deverá ser avaliado mensalmente dentro da reunião de gerenciamento de

escopo, conforme prevista no plano de gerenciamento das comunicações, podendo

sofrer alterações.

4.4 – Alocação financeira das mudanças de escopo

As mudanças corretivas podem ser alocadas dentro das reservas gerenciais do

projeto, na categoria Outras reservas, desde que dentro da alçada do gerente de

projetos.

Quando fora da alçada, ou quando não existir mais reservas, o patrocinador deverá

ser acionado.

4.5 – Aprovação

___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

5 – Duração das Atividades e Alocação de Recursos

Deverá ser feito no programa MS-Project 2008. A figura 3, abaixo, ilustra um

exemplo da Estrutura Analítica de Processo (EAP) com duração e respectivos

recursos utilizados.

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129

Figura 3: Exemplo de EAP com duração e recursos empregados.

6 – Plano de Gerenciamento do Tempo

6.1 – Descrição dos processos de gerenciamento de tempo

O Gerenciamento de tempo será realizado a partir da alocação de percentual

completo nas atividades do projeto através da utilização do MS-Project 2008.

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130

A avaliação de desempenho do projeto será realizada através do percentual

concluído de cada tarefas, medidos em dias.

A atualização da linha de base do projeto deverá ser autorizada pelo gerente de

projeto e pelo patrocinador, sendo que a antiga, deverá ser armazenada.

6.2 – Priorização das mudanças nos prazos

As mudanças nos prazos são classificadas em quatro níveis de prioridade. O

identificação da prioridade deverá ser feita através do fluxo a seguir:

Prioridade 0 (zero): Ação imediata;

Prioridade 1 (um): Ação imediata, acionando medidas de recuperação de prazos,

tais como fast tracking, crashing, horas extras, mutirão;

Prioridade 2 (dois): Replanejamento das atividades futuras;

Prioridade 3 (três): Remanejar atividades.

A figura 4, abaixo, mostra o fluxo de priorização das mudanças nos prazos do

projeto.

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131

Figura 4: Fluxo de priorização das mudanças nos prazos.

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6.3 – Freqüência de avaliação do prazo

Os prazos deverão ser avaliados quinzenalmente, e comunicados via relatório de

andamento, conforme descrito no plano de gerenciamento das comunicações.

6.4 – Alocação financeira para o gerenciamento de tempo

As medidas de recuperação de atrasos no projeto podem ser alocadas dentro das

reservas gerenciais do projeto, na categoria Outras reservas, desde que dentro da

alçada do gerente de projetos.

Quando fora da alçada, ou quando não existir mais reservas, o patrocinador deverá

ser acionado.

6.5 – Aprovação

___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

7 – Plano de Gerenciamento do Custo

7.1 – Reservas gerenciais

Foi aprovada pelo patrocinador uma reserva gerencial total de R$ XX.XXX (por

extenso).

7.2 – Reserva de contingência

Reservas destinadas exclusivamente ao processo de gerenciamento de riscos,

conforme descrito no plano de gerenciamento de riscos. Valor: R$ XX.XXX (por

extenso).

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7.3 – Outras reservas

Demais reservas que não sejam para riscos.

Valor: R$ XX.XXX (por extenso).

<caso haja necessidade, descrever valores por variável>

7.4 – Autonomia

O gerente de projeto tem as seguintes autonomias (Tabela 3) quanto à utilização

das reservas:

Tabela 3: Autonomia do gerente sobre os custos.

Nível do Gerente Reserva de contingência Outras reservas

Gerente de projeto isoladamente Até R$ XX.XXX Até R$ XX.XXX

Gerente de projeto com aval do patrocinador Até R$ XX.XXX Até R$ XX.XXX

Patrocinador Acima de R$ XX.XXX Acima de R$ XX.XXX

Essa autonomia é para cada solicitação de mudança, e caso não haja mais

reservas, somente o patrocinador poderá decidir.

7.5 – Aprovação ___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

8 – Plano de Gerenciamento de Recursos Humanos

8.1 – Organograma do projeto

<Inserir organograma do projeto>

8.2 – Contatos

<Nome, área, email, telefones>

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8.3 – Matriz de responsabilidade

<nome, área, variável, atividade>

8.4 – Aprovação ___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

9 – Plano de Gerenciamento das Comunicações

9.1 – Descrição dos processos de gerenciamento das comunicações

O gerenciamento das comunicações do projeto será realizado através dos

processos de comunicação formal, estando incluído nessa categoria:

• E-mails e Memorandos;

• Documentos impressos;

• Reunião com ata lavrada.

9.2 – Eventos de comunicação

<descrever os eventos de comunicação>

9.2.1 – Exemplos

1. Nome do evento 1

a. Objetivo: <descrever>

b. Metodologia: <descrever>

c. Responsável: <nome, cargo>

d. Envolvidos: <nome, cargo>

e. Data e horário: <dd/mm/aaaa HH:MM> (Ou freqüência)

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135

f. Duração: <X> horas

g. Local

9.3 – Cronograma dos eventos

<lista de eventos com suas datas>

9.4 – Atas de reunião

Todos os eventos do projeto deverão apresentar ata de reunião com no mínimo, os

seguintes dados:

• Lista de presença;

• Pauta;

• Decisões tomadas;

• Pendências não solucionadas;

• Aprovações.

9.5 – Aprovação ___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

10 – Plano de Gerenciamento de Riscos e de Respostas aos Riscos

10.1 – Descrição dos processos de gerenciamento de riscos

Os riscos da alteração do processo deverão ser identificados em conjunto com os

técnicos do cliente.

Os riscos identificados deverão ter:

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• Variável monitorada;

• Causa: causa do evento;

• Evento: descrição do risco;

• Impacto: O que ocorre se o evento ocorrer;

• Probabilidade: 25%, 50%, 75%, 90%;

• Impacto financeiro: R$ X.XXX;

• Valor Monetário Esperado (VME): probabilidade X impacto financeiro;

• Para cada risco com VME acima de R$ XXX, deverá ser criado uma resposta

ao risco.

10.2 – Reserva de contingência

São reservas destinadas exclusivamente ao processo de gerenciamento de riscos.

Sugere que seu valor seja a soma dos VME de cada risco.

10.3 – Freqüência de avaliação dos riscos do projeto

Os riscos identificados devem ser avaliados semanalmente pelo gerente de projetos.

10.4 – Aprovação ___________________________________________

<nome, cargo>

___________________________________________

<nome, cargo>

Finalizada esta seção segue-se para a conclusão do trabalho.